MOV 2019 - Catálogo

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I V F E S T I V A L I N T E R N A C I O N A L D E C I N E M A U N I V E R S I T Á R I O D E P E R N A M B U C O

RECIFE • 8 A 14 DE JULHO • CINEMA SÃO LUIZ + PORTO DIGITAL




APRESENTAÇÃO DO FESTIVAL FESTIVAL INTRODUCTION

O primeiro MOV aconteceu em 2014 com a missão de promover e democratizar o diálogo entre filmes universitários do Brasil e do mundo. Desde então, nosso Festival foi crescendo, pouco a pouco, até chegar, em 2019, no formato que sempre almejamos. Além de exibir filmes, sentíamos, ao longo das edições passadas, a necessidade latente de atuar como um encontro de interessados em produzir e refletir sobre cinema no país. Era preciso, em outras palavras, que as imagens que nos convocavam à ação pudessem de fato nos atravessar, furar a tela, e isso não seria possível se nosso festival não ousasse ampliar sua programação para acolher cada vez mais debates, oficinas, partilhas e manifestações de luta e de afeto. Com este desejo, chegamos a 2019, ano em que questões há muito incrustadas na sociedade brasileira se acirraram. A perseguição à liberdade de pensamento, à educação e à cultura buscam criminalizar e extinguir aquilo que o MOV sempre defendeu. Hoje, temos consciência, promovemos um festival de cinema universitário em um momento no qual tanto a universidade quanto o cinema brasileiros são atacados em seus pressupostos mais básicos. Era preciso que esta quarta edição, desta maneira, não ignorasse a luta travada em nome daquilo que permite nosso evento existir. Tomamos então um partido: escolhemos fazer do MOV também um momento de fortalecimento e de resistência. Na tela do Cinema São Luiz, nas oficinas e na mesa de debate, o cinema será o centro das atenções pelas suas técnicas e narrativas, mas também por aquilo que mobiliza o corpo à ação política. A culminância desse movimento é o MOV Acampa, projeto que estreamos nesta edição e irá acolher gratuitamente estudantes de todo o país durante o Festival. Assim, o diálogo e a união serão a nossa força-motriz neste ano. Nossa escolha se refletiu também nos filmes de abertura e de encerramento do festival. Começaremos com o longa Onde começa um rio, realização coletiva de Julia Karam, Maiara Mascarenhas, Maria Cardozo e Pedro Severien, e encerraremos com Uma juventude alemã, de Jean-Gabriel Périot. Nos passados recente e distante da luta estudantil, buscamos inspiração e sangue nos olhos; imagens de intervenção.

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MOV 2000 E DEZENOVE

The first MOV was set in 2014 with the mission to promote and democratize the dialogue between student films from Brazil and the world. Hence, our Festival has been growing, little by little, until we get in 2019, in a format we've always aimed for. In addition to exhibiting films, we notice from past editions a latent need to act as a meeting event for those producing and reflecting about cinema in this country. It was necessary, in other words, that images calling us to action could actually cross us, tear the screen, and this would not be possible if our festival hadn't dare to expand its programming with more debates and workshops involving struggle and affection. With these desires we have reached 2019, a year in which issues trenched in Brazilian society for so long have drastically flourished. Persecutions to liberty of expression, education and culture seek to criminalize and extinguish important things MOV has always defended. Nowadays we are aware. We are promoting a student film festival at a time when both the universities and Brazilian cinema are basically under attack. In this fourth edition we cannot ignore a battle essential to our existence. We assume our party: we've chosen to make MOV a moment of strengthening and resistance as well. On the screen of Cinema São Luiz or during the workshops and debates, cinema is going to be the center of attention for its techniques and narratives, but also rooting the body to political action. The culmination of this movement is the new MOV Acampa, a project that welcomes students from all over the country during this edition. Dialogue and union will be our driving force this year. Our curatorship is reflected in the opening and closing films of the festival. We begin with the long film Where a river begins (Onde começa um rio), collective realization of Julia Karam, Maiara Mascarenhas, Maria Cardozo and Pedro Severien, and we finish the festival with A German youth by Jean-Gabriel Périot. In the recent and distant past of the student struggle, we seek inspiration and brave eyes, scenes of an intervention. Our national and international competitive screenings have been expanded. The festival, for the first


Nossas mostras competitivas nacional e internacional foram ampliadas. O festival, pela primeira vez, terá 7 dias de programação. Ainda no Cinema São Luiz, trazemos uma sessão especial costurada em parceria com a ONG Usina da Imaginação e o projeto FavelaNews, promovendo produções audiovisuais de jovens e crianças de comunidades da zona norte do Recife. A parceria é uma dobradinha: no domingo, é o MOV que se desloca ao bairro do Arruda, em exibição open air que trará filmes universitários com narrativas infanto-juvenis e curtas-metragens assinados pelos próprios moradores. Nossa etapa educativa, mais uma vez, evidencia a atenção especial do MOV à formação. São 6 oficinas realizadas no Porto Digital: Assistência de Direção, com Fellipe Fernandes; Imagens Queer, com André Antônio; Afroficção, com Anti Ribeiro; Direção de Arte, com Yanna Luz; Conflitos Políticos através da Imagem Documental, com Marcelo Pedroso; e Cinema e Educação, com Jane Pinheiro e Thiago Antunes. Na Galeria do Portomídia, no sábado, promovemos ainda o debate aberto ao público “Encontros de Cinema: Direções”, com os realizadores Vinícius Silva, Letícia Simões e Fellipe Fernandes. Gostaríamos de mencionar, por fim, que o IV MOV jamais seria possível sem a colaboração de muitos parceiros que fizeram e estão fazendo parte de uma história coletiva. A todas e todos sempre presentes, nosso muito obrigada e o desejo de seguir crescendo em rede. Com incentivo da Fundarpe e do Governo do Estado de Pernambuco, chegamos fortalecidos a 2019, aspirando continuidade. Sejam bem-vindos, vocês são nossos convidados!

time, shall have a 7 days program. Also, at São Luiz Cinema we bring a special session collaborated with the NGO Usina da Imaginação and the FavelaNews project, promoting audiovisual productions of youngsters and children from communities in the northern area of Recife. This partnership moves us to the neighborhood of Arruda, for an open air exhibition of student films with children's narratives and short films signed by the residents themselves. Our educational stage, once again, shows MOV's special attention to training. There are 6 workshops held in Porto Digital: Assistant Director, with Fellipe Fernandes; Queer Images, with André Antônio; Afrofiction, with Anti Ribeiro; Art Direction, with Yanna Luz; Political Conflicts through the Documentary Image, with Marcelo Pedroso; and Cinema and Education, with Jane Pinheiro and Thiago Antunes. At the Portomídia Gallery, on Saturday, we also promoted the debate open to the public "Encontros de Cinema: Direções", with the directors Vinícius Silva, Letícia Simões and Fellipe Fernandes. Finally, we would like to mention that IV MOV would never be possible without the collaboration of many partners who have been and are being part of a collective history. To all and ever present, our thanks and our desire to continue growing in a network. With the encouragement of Fundarpe and the Government of the State of Pernambuco, we were strengthened to 2019, aspiring for continuity. Welcome, you are our guests!

Thaís Vidal, Txai Ferraz, Vinícius Gouveia and Amanda Beça -------------------(MOV ARTISTIC DIRECTORS)

Thaís Vidal, Txai Ferraz, Vinícius Gouveia e Amanda Beça -------------------(DIRETORES ARTÍSTICOS DO MOV)

APRESENTAÇÃO

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EBULIÇÃO

BOILING

2019. O Brasil passa pelo retrocesso de ter como projeto de governo um desmonte sistemático da cultura e da educação. 2019. A quarta edição do MOV - Festival Internacional de Cinema Universitário de Pernambuco recebe as inscrições de quase 400 curtas nacionais. E nós da equipe de curadoria pudemos constatar que, mais do que nunca, o curta-metragem universitário se mostra um dos lugares mais instigantes de experimentação estética e política do país. Como uma barricada que elabora imagens e constrói narrativas que desengessam as formas de olhar impostas cotidianamente pelas máquinas programadas pelo golpe. Os filmes dxs universitárixs brasileirxs estão mais complexos, mostram mais desenvoltura técnica e uma multiplicidade revigorante de lugares de fala. As políticas de inclusão e acesso à educação, cultura e tecnologia produziram, nos últimos anos, algo de novo nos cursos de cinema do Brasil. Não apenas houve um aumento desses cursos nas universidades públicas. Principalmente, tornou-se possível que outros sujeitos históricos ocupassem esses espaços. E este é um ganho que não será perdido em meio à disputa simbólica e material pelas imagens em movimento - e pela nossa existência. Não foi uma tarefa fácil escolher apenas alguns desses filmes. Mas acreditamos que as sessões espelham e representam bem esse cenário em ebulição. O desmonte não vai ser fácil. Seis grupos de filmes. Seis verbos. Cinema-ação:

2019. The fourth edition of MOV - International Student Film Festival of Pernambuco receives almost 400 submissions for national short films. And we curators have been able to verify, more than ever, the student short film as one of the most exciting places of aesthetic and political experimentation in the country. Like a barricade that elaborates images and constructs narratives that disturb the ways of looking imposed and programmed daily by the machines of a coup-d'état. Brazilian student films are showing more complexity, more technical ease and an invigorating multiplicity of social perspectives. The policies of inclusion and access to education, culture and technology have produced in recent years something new in the Brazilian film courses. There was an increase of these courses at public universities. But mainly, it has become possible for other historical subjects to occupy these spaces. This is an inheritance that won't be lost amid the symbolic and material dispute over moving images - and over our existences. It was not an easy task to choose just a few of these movies. But we believe our programs reflect and represent this boiling scenario. Dismantling will not be easy. Six groups of movies. Six verbs. Cinema-action:

DESTRAVAR: Agora, tudo parece pantanoso e engessado. As janelas

UNLOCKING (DESTRAVAR): Now, everything looks marshy and plastered. The windows and doors are closed. We are paralyzed. How to unlock? How to put everything in motion? How to get back to the right pace? How to save us?

AMANHECER:

DAWNING (AMANHECER): The night may not let us see. The dark hides desire and hope. Nothing but the night. There is something beyond the night. The dawn reminds us that a new day is coming.

e portas estão fechadas. Estamos paralisados. Como destravar? Como colocar tudo em movimento? Como retomar o ritmo certo? Como nos salvar?

A noite pode não nos deixar ver. O escuro esconde o desejo e a esperança. Nada além da noite. Há algo além da noite. A alvorada nos lembra que um novo dia se aproxima.

GOLPEAR:

Num momento onde a sensação generalizada é de repetição, de se estar vivendo mais um dos constantes golpes que estruturam a história da barbárie brasileira, há filmes que procuram fazer história. Tanto no sentido de manipular imagens de arquivo, escrevendo-a a contrapelo, quanto no de celebrar corpos em resistência, que podem escrever histórias outras.

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2019. Brazil faces a government retracement project for systematic dismantling of culture and education.

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FIGHTING (GOLPEAR): The widespread sensation sounds like repetition, like we are living another coup-d'état in the history of Brazilian barbarism. But there are films trying to make history, both in the sense of manipulating found-footage, brushing it against the grain, and celebrating political bodies in resistance. Bodies that can write another, new history.


DESAPARECER: Estão tentando restringir nossas fabulações, limitar nossas lombras, estreitar a forma com que enxergamos o mundo. É preciso - bruxaria - conjurar imagens onde as sombras se instalam, onde nossos corpos adquirem seus aspectos mais vampirescos, mais fantasmáticos.

DISAPPEARING (DESPARECER): They are trying to restrict our fabulations, to limit our trips, to narrow the way we see the world. It is necessary - witchcraft - to conjure images where the shadows settle, where our bodies acquire their most vampiric, most ghostly aspects.

CRESCER: Quando o futuro parece nossa dimensão menos acessível, há filmes que tentam encenar a complexidade do crescer. Filmar processos de amadurecimento e coqnstruir caminhos para as possibilidades que precisam despontar no horizonte.

GROWING UP (CRESCER): When the future seems our least accessible dimension, there are films showing us the complexity of growing up. Staging processes of maturity and building paths for the possibilities that need to emerge on the horizon.

FLANAR: Quando tentam nos isolar e nos amedrontar, quando transformam a normalidade num estado de exceção, ocupar as ruas é preciso. Andar, passear, pixar, pedalar, estar presente.

WANDERING (FLANAR): When they try to isolate us and frighten us, when they turn regularity into a state of exception, occupying the streets is necessary. Walking, promenading, spraying paint, riding, being present.

Neste processo curatorial, ainda tivemos a oportunidade de assistir a cerca de 300 curtas realizados por estudantes dos mais variados países do mundo. O desafio, aqui, para além de montar sessões coerentes com obras tão heterogêneas entre si, foi conectar essas sessões com o a potência emanada pelos filmes brasileiros. Acreditamos que conseguimos chegar a um diálogo bastante bonito entre as mostras competitivas nacional e internacional. Laços entre o específico, o local, e aquilo que podemos compartilhar através de conexões globais. As sessões:

ATRAVÉS DO ESPELHO: Lewis Carroll uma vez escreveu: “Pode chamar isso de 'absurdo' se quiser, mas já ouvi absurdos que fariam este parecer tão sensato quanto um dicionário”. CONSTRUIR/DESTRUIR: Construir como bênção e depois como maldição. Destruir como catarse. PUSSY RIOT:

Mulheres diferentes. Idades diferentes. Formas de rebelião diferentes. Desejamos a todes uma experiência intensa dentro do Cinema São Luiz. Com carinho, André Antônio, Julia Katharine, Mariana Souza, Mayara Santana e Sabrina Tenório -------------------(EQUIPE DE CURADORIA DAS MOSTRAS COMPETITIVAS)

In this curatorial process, we also had the opportunity to watch around 300 short films by students from the most varied countries in the world. The challenge here, besides setting up programs coherently with such heterogeneous works, was to connect these programs with the power emanated by the Brazilian films. We believe that we achieved a very beautiful dialogue between national and international competitive screenings. Links between the specific, the local, and what we can share through global connections. Here are the programs: Through the looking glass (Através do espelho): Lewis Carroll once wrote: "'You may call it nonsense if you like', she said, 'but I've heard nonsense, compared with which that would be as sensible as a dictionary!'" Building/Unbuilding (Construir/Destruir): Build as a blessing and then as a curse. Unbuid as catharsis. Pussy Riot: Different women. Different ages. Different forms of rebellion. We wish everyone an intense experience inside Cinema São Luiz. With love, André Antônio, Julia Katharine, Mariana Souza, Mayara Santana and Sabrina Tenório. -------------------(CURATORIAL TEAM OF COMPETITIVE SCREENINGS)

EBULIÇÃO

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COMPONENTES DO JÚRI

JUDGE PANEL

NACIONAL A R IA NA NUA LA

Nasceu em Recife, em 1993. É curadora, pesquisadora independente e educadora. Formada em Artes Visuais pela UFPE, atualmente é coordenadora do Educativo do Museu Murillo La Greca. Na instituição, criou projetos como a Mostra Práticas Desviantes (2018) e também compôs o corpo curatorial na Mostra Coletiva de Artes Visuais - Vetores (2018). Em espaços e ações independentes já participou em diversos eventos, como co-curadora das 3º e 4º edições da Revista Propágulo (2018/19), e curadora do CARNE Coletivo de Arte Negra, responsável pela Mostra Palco Preto (@palcopreto). Atualmente, pesquisa como curadora independente a produção do Rés no Chão a convite do artista Edson Barrus.

V INÍC IUS S ILVA

Jovem cineasta negro da zona leste, periferia da cidade de São Paulo, formado em Cinema pela Universidade Federal de Pelotas. Estreou como diretor e roteirista com seu projeto de conclusão de curso, o curta-metragem “Deus” (2017), “Deus” teve sua estreia mundial no III MOV e, posteriormente, recebeu cerca de 40 prêmios em mais de 50 festivais no mundo inteiro. Seu segundo filme, "Liberdade" (codirigido com Pedro Nishi) foi exibido no Festival de Cinema Latino-Americano de Toulouse na França e no 50º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, onde recebeu o Prêmio Especial do Júri de Melhor Filme. “Quantos Eram Pra Tá?”, seu terceiro filme, obteve sua estreia internacional em janeiro de 2019 no International Film Festival Rotterdam. Recentemente, Vinícius fundou a Studio L, uma pequena produtora de cinema independente e no momento atua como diretor, roteirista, montador e assistente de direção.

LETÍCIA S IMÕ ES

Nasceu em Salvador, em 1988. Formou-se em Comunicação na PUC-Rio e estudou Roteiro e Documentário na London Academy of Film, Media and TV e Artes Plásticas na London Art Academy. É Mestre em Cine-Ensaio pela Escuela de Cine y Televisión de San Antonio de Los Baños, em Cuba, e Mestre em Estudos Contemporâneos das Artes pela Universidade Federal Fluminense. Como diretora e roteirista, assina os longas-metragens documentais "Bruta Aventura em Versos”, “Tudo vai ficar da cor que você quiser" e “O Chalé é uma Ilha Batida de Vento e Chuva”, que compõem uma trilogia sobre poesia brasileira, e “Casa”, seu mais recente filme.

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INTERNACIONAL R ITA V ÊNUS

É pesquisadora independente em artes visuais e cinema. Trabalha como curadora-assistente na Residência Belojardim, programa de residências artísticas no agreste de Pernambuco, desde 2017. Foi cocuradora da mostra competitiva de curtas-metragens brasileiros para o XI Janela Internacional de Cinema do Recife (2018) e pesquisadora do Espaço Fonte - Centro de Investigação em Arte e Convivialidade do Recife (2015).

LA ÉC IO R ICA R DO

Possui graduação em Comunicação Social pela Universidade Federal do Ceará (1998) e mestrado em Sociologia pela mesma instituição (2005). É doutor em Multimeios pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e professor do Bacharelado em Cinema da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em estudos da imagem (história e teoria do cinema; estética e teoria do documentário).

F ELIP E A ND R É SILVA

É realizador, roteirista, produtor de elenco, e poeta. Dirigiu, entre outros, os longas Santa Monica (2015), Um Homem Sentado No Corredor (2017) e Passou (2019). Atua também como curador, tendo colaborado com o Janela Internacional de Cinema do Recife.

COMPONENTES DO JÚRI

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LISTAGEM DOS PRÊMIOS

AWARDS LIST

M ELH O R FI L ME N ACI ON AL /I N TER NA C IONA L

BEST NATIONAL/INTERNATIONAL FILM The award given to that film which distinguishes itself in form and content trhough the expressive use of film tools.

C R I A Ç Ã O DE AT MOSFE RA

CREATION OF ATMOSPHERE The award given to that film which grabs the spectator’s attention thanks to captivating diegesis and the marriage of a splendid visual and aural universe.

Aquele filme que marca pela forma e pelo discurso através de um uso expressivo das ferramentas fílmicas.

A construção de uma diegese envolvente, fruição espectatorial. Aquele filme que marca e prende a atenção do espectador graças ao seu universo imagético e sonoro conjugados com a montagem.

C O N S T RUÇÃO DE N ARRAT I VI DA DE

Relativo à construção de uma narratividade vigorosa e madura para o filme. Não significa dizer que este prêmio é destinado a um filme necessariamente narrativo, mas sim para uma obra que conjuga bem roteiro e montagem na construção do espaço e tempo do filme.

N OV O O L HAR

Direcionado a filmes que trazem inovações de linguagem, forma ou conteúdo. Procuramos olhar e imagens frescas, novidades.

NARRATIVE CONSTRUCTION An award for mature, vigorous construction of narrativity in a film. This award is not meant exclusively for narrative films, but for works which successfully combine script and editing in their construction of space and time in a film.

NEW OUTLOOK Award given to that film which brings innovation in form, content or language.

DRAMATIC PERFORMANCE Award given to the best dramatic treatment of actors and their mise-en-scène

J O G O DE CE N A

Direcionado ao tratamento dramático dos atores e sua miseen-scène.

D ES TA Q UE PE

Prêmio especial dedicado ao melhor filme produzido em Pernambuco.

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PERNAMBUCO’S BEST A special award given to the most outstanding work filmed in Pernambuco.


MOSTRAS DE FILMES SCREENINGS

L EG EN D AS / S U B TITL ES (D) direção / direction · (P) produção / production · (R) roteiro / screenplay (F) direção de fotografia / cinematograph · (DA) direção de arte / art director (S) som / sound · (M) montagem / editor · (TS) trilha sonora / soundtrack (A) animador / animation · (E) elenco / cast · (C) contato / contact filmes legendados para surdos e ensudercidos / subtitles for the deaf and hard of hearing tradução em libras / sign language translation

MOSTRAS DE FILMES

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COMPETITIVA NACIONAL NATIONAL COMPETITIVE SCREENING

#1: DESTRAVAR

Segunda (8) • 20h20 • 73 min • 16 anos • @Cinema São Luiz • R$5,00 (meia promocional para todos)

PER PÉTUO Lorran Dias, 23’, 2018, UFRJ C: lorrandiasdesousa@gmail.com. D, R: Lorran Dias. P: Daniele Araujo e Gabriela Amadei. F: Suelen Menezes. DA: Max Willa Morais. S: Isabela Godoi. M: Clarissa Ribeiro e Lorran Dias. TS: Jhonattan Vicente. E: Rainha Timbuca, Gustavo Dias, Edna Toledo, Elvecio Martins, Kesia de Farias e Marilda Batista.

Silvia e Alex voltam a morar juntos. Vida em movimento. Silvia And Alex back to live together. Life in motion.

ELEGU Á Yuri Costa, 25’, 2018, UFRJ C: costayuriyc@gmail.com. D: Yuri Costa. P: Janyne Sousa, Fernanda Cunha, Leonardo Feliciano, Marina Lemos Gonzaga, Manuella Braz e Yuri Costa. R: Yuri Costa e Luan de Souza Oliveira. F: Max Chagas e João Gabriel Barreto. DA: Max William Morais. S: Victor Oliver. M: Kepler Jofre e Yuri Costa. E: Rainha Timbuca, Paulo Guidelly e Diomar Nascimento.

Mariana é uma jovem negra se recuperando de uma séria crise de depressão. Ela só quer ser feliz, mas ainda ainda precisa encontrar seu caminho. Mariana, a young black woman is recovering from a heavy depression. She just wants to be happy, but hasn’t found her way yet.

SU P ER ES TR ELA P R ATE AD A Leonardo Branco, 25’, 2018, Centro

Universitário Una

C: amaral.lucas123@gmail.com. D: Leonardo Branco. P: Vitor Miranda, Leonardo Branco e Lucas Campos. R: André Pádua, Leonardo Branco e Lucas Campos. F: Lucas Campos. DA: Helena Vannucci. S: Leonardo Rosse e Yara Torres. M: Lucas Campos e Leonardo Branco. TS: André Pádua e Elvis Marçal.

Um casal aficionado por fogos de artifício descobre o grande Super Estrela Prateada. A firework-addicted couple finds out the great Super Silver Star.

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#2: DESAPARECER

Terça (9) • 18h45 • 74 min • 16 anos • @Cinema São Luiz • R$5,00 (meia promocional para todos)

A F OG O Carla Caroline Mota Neri, 8', 2018, UFRB C: cacamone@outlook.com. D, P, R, S: Carla Caroline Mota Neri. F: Felipe da Silva Borges. M: Carla Caroline Mota Neri e Felipe da Silva Borges. E: Carla Caroline Mota Neri e Lorena da Silva Dantas.

Uma casa, uma mulher. A house, a woman.

C R AV O, LÍR IO E R OS A Maju de Paiva, 20’, 2018, UFF C: mjuliadep@gmail.com. D, R: Maju de Paiva. P: Isa Morelli, Rachel Aranha e Júlia Couto. F: João Victor Borges. DA: Marina Pavez e Tatiana Delgado. S: Gustavo Silveira. M: Isabel Salomon. TS: Pedro Drumond. E: Antônia Lonn, Giseli Balestreri, Milena Pessoa, Carol Colla, Renan Brum, Fernanda Maranhão, Valentim Lissovsky, Gisela de Castro e Pedro Florim.

Cê, uma menina de oito anos, tropeça no cadáver de uma adolescente. A aparição do corpo muda drasticamente a vida de Cê e de sua irmã mais velha, Sara. Cê, an eight-year-old girl, stumbles upon the body of a dead woman. The corpse drastically changes the lives of both the girl and her older sister, Sara.

ESPAV ENTO

Ana Francelino, 23’, 2019, Escola Pública de Audiovisual Vila das Artes C: solta.produtora@gmail.com. D: Ana Francelino. P: Clara Capelo e Samara Cabral. R: Ana Francelino e Clara Capelo. F: Gabi Trindade e Luciana Rodrigues. DA: Daniela Costa e Eduardo Barrosa. S, Tatiana Ferreira, Beatriz Tanabe. M: Clébson Oscar. TS: Miss Jane. E: Mara Rachel Oliveira, Lidia dos Anjos, Tupiniqueer, Patrícia Maria e Fernando Diego.

Em um futuro qualquer, a cidade de Fortaleza sofre a contaminação de uma patologia causada pela poluição das construções civis. In any future, the city of Fortaleza suffers the contamination of a pathology caused by the pollution of the civil constructions.

MOSTRAS DE FILMES

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AQUELES QUE SE FORAM Bruno Christofoletti Barrenha, 23’, 2019, UFPE C: bbarrenha@gmail.com. D, M, TS: Bruno Christofoletti Barrenha. P: Bernardo Lessa, David Moura, Juliana Gleymir. F: Nuno Aymar. DA: Letícia Barros. S: Camila van-Lum e Ícaro Muniz. E: Jozy Gonçalves, Almir Mitto, Walter Damatta, Carla Patrícia, Michelly Luz, Josué Rodrigues, Ramos, João Régis Soares Júnior, Dona Adriana F., Orlando Lionel, Ronaldo Sobreira Jr.

Uma mulher se sente atraída pelos manequins da loja em que trabalha. Um homem é contratado para fazer serviços na casa onde ela morava. A woman feels attracted by mannequins at the store she works. A man is hired at the house where she lived.

#3: GOLPEAR

Terça (9) • 20h20 • 70 min • 16 anos • @Cinema São Luiz • R$5,00 (meia promocional para todos)

LA C ER DA , O C O RV O D A G U AN AB AR A Sayd Mansur, 18’, 2018, UFF/FGV C: rranquine@gmail.com. D, R: Sayd Mansur. P, M: Renato Ranquine. S: William Maquinho. E: Adriana Brites, Felipe Cataldo, João Martins, Rodrigo Guéron e Stevenson Ismael.

A trajetória de Carlos Lacerda, primeiro governador da Guanabara e líder radical da UDN, e sua participação direta em conspirações e tentativas de golpe em momentos-chave da história do Brasil. The trajectory of Carlos Lacerda, the first governor of the State of Guanabara and radical leader of the UDN, and his direct participation in conspiracies and coup attempts at key moments in Brazilian history.

MA GA LHÃ ES Lucas Lazarini, 22’, 2018, UNICAMP C: lucaslazarini94@gmail.com. D, R, M: Lucas Lazarini. P: Vini Campos. F: Tobias Rezende. S: Guilherme Augusto

Nas eleições municipais de 1992, Magalhães Teixeira é eleito prefeito de Campinas. Filme-arquivo, sobre um político em campanha, os embaraços de sua equipe de filmagem e eleitores desconfiados em meio ao impeachment do presidente Collor. In the municipal elections of 1992, Magalhães Teixeira is elected mayor of the city of Campinas. From archival footage, the film shows a politician in campaign, the embarrassments of his team and the distrust of voters amid the impeachment of Brazilian president Fernando Collor de Melo.

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TA O QU EI Clara Ballena, Chris Mariani, Klaus Hastenreiter, 10’, UFBA C: producoesolhodevidro@gmail.com. D, R: Clara Ballena, Chris Mariani, Klaus Hastenreiter. P: Hilda Lopes Pontes, Clara Ballena, Chris Mariani, Klaus Hastenreiter. F: Klaus Hastenreiter. M: Hilda Lopes Pontes e Klaus Hastenreiter. S: Klaus Hastenreiter. E: Chris Mariani, Klaus Hastenreiter e Jair Bolsonaro.

Uma semana antes da eleição, infiltrados entre os bolsominions, dois cineastas entrevistam os eleitores que apertaram 17. One week before the election, infiltrated among the bolsominions (Bolsonaro supporters), two filmmakers interview voters who tightened 17.

F R ERV O Thiago Santos e Libra, 20’, 2019, UFPE C: thiagoosnt@gmail.com. D, R: Libra e Thiago Santos. P: Bernardo Lessa, Libra, Thiago Santos. F: Anti, Isabelle Ribeiro, Tiago Lima, Thiago Santos. S: Anti, Bernardo Lessa, Thiago Santos. M: Libra, Roberta Cardoso, Thiago Santos. TS: Libra.

Centrado na cena eletrônica LGBTQ+ de Recife e nas dinâmicas de produção de suas festas, FRERVO acompanha a vivência das pessoas que organizam esses eventos em paralelo às experiências performáticas ali desenvolvidas. Focused on the LGBTQ+ electronic scene in Recife, Brazil, and on the dynamics of its parties’ production, FRERVO follows the background of those involved in the organization of these events as well as the performative experiences seen there.

#4: AMANHECER

Quarta (10) • 20h20 • 71 min • 16 anos • @Cinema São Luiz • R$5,00 (meia promocional para todos)

NADA ALÉM DA NOITE Rodrigo de Janeiro, 21’, 2018, UFRJ C: nadaalemdanoite@gmail.com. D: Rodrigo de Janeiro. P: Igor Leite. R: Leonardo Maciel e Rodrigo de Janeiro. F: Alexandre Kubrusly e Mariana Moraes. E: Augusto Magno Maciel, Guiomar Ramos, Léa Garcia, Rafael “Bob” Ricardo, Rodrigo de Janeiro e Sil Bahia.

Cai a Noite na Pavuna. Enquanto Bob revisita seu passado com um amigo de infância, o pequeno Augusto e sua avó acompanham na TV uma votação que vai mudar os rumos do Brasil. Night falls in Pavuna. Bob revisits his past with a childhood friend, meanwhile little Augusto and his grandma follow an assembly on TV which will recraft the path of Brazil.

MOSTRAS DE FILMES

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CARINHO Pedro Estrada, 18’, 2018, Centro Universitário Una C: pedroide@gmail.com. D, R: Pedro Estrada. P: Carla Onodera e Frederico Pequeno. F: Leonardo Good God. DA: Daniella Basilio. S: Yara Torres. M: Matheus Torres. TS: Teach me Tiger. E: Ramon Brant, Bianca Rolff, Lira Ribas, Christiane Antuña, Léo Quintão e Istéfani Pontes.

A complexa jornada do autodescobrimento da sexualidade. A busca pela compreensão de desejos e anseios referentes a um universo que foge do convencional. O que nos impede de imaginar e até mesmo experimentar o diferente? The complex journey to self-discovery of sexuality. The attempt to understand the desires of an universe that escapes from the convencional. What prevents us from imagining and even experiencing the different?

DIRITI DE BDÈ BURÈ Silvana Beline, 17’, 2018, IFG C: matheus_las@hotmail.com. D, P: Silvana Beline. F: Matheus Leandro. S: Sankirtana Dharma e Guile Martins. M: Matheus Leandro.

Diriti de Bdè Burè é um documentário etnobiográfico que relaciona o presente com o passado para criar e pensar o futuro, projetando luz sobre a vida de uma mulher mestra ceramista Karajá que luta pela preservação de sua língua e o modo de fazer de seu povo. Diriti of Bdè Burè is an ethnobiographic documentary that relates the present with the past to create and think about the future, projecting light on the life of a ceramist master from the Karajá people who struggles for the preservation of her language and the way of doing of her people.

A SÚSSIA Lucrecia Dias, 15’, 2018, UFT C: beatriz.vix@gmail.com. D, R: Lucrecia Dias. P: Patricia Cortes. F: Rafael Mazza. S: Greco Nogueira. M: Márcia Medeiros. TS: Bernardo Gebara.

Ao som de caixas, pandeiros e bumbos, mulheres e homens de todas as idades cantam, tocam, batem palmas, dançam, recriam as tradições e recontam sua própria história na Comunidade Quilombola Lagoa da Pedra. With tambourines and drums, women and men of all ages sing, play, clap, dance, recreate traditions and recount their own history in the Quilombola Community named Lagoa da Pedra, Tocantins, Brazil.

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MOV 2000 E DEZENOVE


#5: CRESCER

Quinta (11) • 20h10 • 74 min • 16 anos • @Cinema São Luiz • R$5,00 (meia promocional para todos)

R EBENTO Vinicius Eliziário, 17’, 2019, UNIJORGE C: barreto.eliziario@gmail.com. D, R, F, M: Vinicius Eliziário. P: Edson Jr. DA: Roberjan Magalhães e Edson Jr. S: Icaro da Hora. TS: La Furia, Racionais Mcs e Elis Regina. E: Pedro Riccardo, Jéssica Moura, Gabriel Piedade, Juliete Nascimento e JP Santos.

Zói, ao saber da gravidez de sua namorada, desata em si, sentimentos suspensos. Pedro, só queria terminar o desenho de sua família. When Zói gets to know the pregnancy of his girlfriend, he has a breakdown, full of mixed feelings. Pedro just wanted to finish his family's drawing.

C O R A ÇÃ O D O MA R Rafael Nascimento, 20’, 2018, UFPE C: rafadzi@live.com. D, P, R: Rafael Nascimento. F: Raul Henrique e Gabriel Munhoz. DA: Camila Hion, Gabriel Gutierrez e Thaís Carolini. S: Luiz Gustavo. M: Carol Rodrigues. E: Naruna Costa e Murilo Farias.

Cercado pela violência da região metropolitana, onde no Brasil a cada 23 minutos um jovem negro é assassinado, Cadu, filho de Teresa, aos 10 anos sonha conhecer o mar. Surrounded by the violence on the outskirts of São Paulo, Cadu, son of Teresa, is a ten years old boy with dreams of the sea.

IMP ER MEÁ V EL PAV IO C U R TO Higor Gomes, 20’, 2018, Centro Universitário Una

C: higorgomesbh@gmail.com. D, R: Higor Gomes. P: Bárbara Amâncio. F: Jenny Cardoso. DA: Gabriel Afonso. S: Cristiano Soares. M: Higor Gomes. E: Kauane Tarcila e Juliana Floriano.

Jaqueline tem aquilo que muitos chamariam de personalidade forte. A adolescente vive com a tia e enfrenta alguns problemas na escola. Sua companhia diária é uma bicicleta, com a qual passeia pelo bairro. Jaqueline has what some people would call a strong personality. The teenage girl lives with her aunt and faces some problems at school. Her daily company is a bicycle by which she wanders at the neighborhood.

MOSTRAS DE FILMES

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CO P ILOTO Andrei Bueno Carvalho, 17’, 2018 - UNESPAR C: andreibuenocarvalho@gmail.com. D, R: Andrei Bueno Carvalho. P: Amanda Soprani. F: Lucas Carrera. DA: José Lucas Alves. S: Matheus Borges, Roberto Carrera. M: Luiz Mira. TS: Kathelen Siqueira, BadSista e Pris Elias. E: Matheus Moura, Ronnald Pinheiro, Sol do Rosário e Kayo Francisco.

Mais um dia de silêncio entre Júnior e seu pai. O não-dito que carrega desejos, afetos e memórias. Mas a noite chega, uma notícia também. O corpo represado de Júnior se irrompe. Another silent day between Junior and his father. The unsaid that carries desires, affections and memories. But when the night comes, so does the bad news. Junior's imprisoned body erupts.

#6: FLANAR

Sexta (12) • 20h10 • 74 min • 16 anos • @Cinema São Luiz • R$5,00 (meia promocional para todos)

A F ETO Gabriela Gaia Meirelles e Tainá Medina, 15’, 2019, PUC-Rio/UFRJ C: mrtaina@gmail.com. D: Gabriela Gaia Meirelles e Tainá Medina. P: Anthonio Boeri Andreazza, Gabriela Gaia Meirelles, Tainá Medina, Olivia Nielebock. R: Gabriela Gaia Meirelles Isabela Peccini, Luiza Dreyer, Tainá Medina. F: Dudu Mafra, Fernanda Lins, Yulli Nakamura. DA: Luana Kozlowski. S: Ernesto Sena. M: Isadora Boschiroli. TS: Pedro Sodré e Rogério da Costa Jr. E: Aline Besouro, Ana Lobo, Joana Castro, Gabriela Gaia Meirelles, Tainá Medina Mônica Lima, Geisa Garibaldi.

O corpo-mulher versus o trator-cidade. Um apagamento histórico, arquitetônico, simbólico. Um desmemoriamento. The woman-body versus the tractor-city: an architectural and symbolic erasure. A desmemorization.

DO LA R Socorro Alves, 9’, 2018, UFPE C: rodrigo.pokerface@gmail.com. D: Socorro Alves. P: Mia Aragão e Ana Pereira. R: Rodrigo Fernan e Carol Lima. F: Carol Lima. S: Gabriela Martinez. M: Rodrigo Fernan.

A partir de relatos de mulheres encontradas na rua, "Do Lar" é uma investigação do sujeito feminino, sua atmosfera e vivências do corpo. Built with reports of women found on the street, "Do Lar" (Your Home) is a female subject investigation, their atmosphere and body experiences.

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R ISC A DA S Karolyne Mendes, 15’, 2018, UFES C: mendeskarolyne@gmail.com. D, R: Karolyne Mendes. P: Willian Loyola. F: Luana Correa. S: Natália Dornelas. M: Carol Covre. E: Amanda Brommonschenkel, Kika Carvalho e Thiara Pagani.

Três mulheres artistas capixabas contam suas vivências e como a arte se tornou uma importante ferramenta no enfrentamento à violência contra a mulher. Three women artists from the state of Espírito Santo tell about their experiences and how art has become an important tool in coping with violence against women.

S O MBR A Fernanda Siqueira, 4’, 2018, UFPE C: fernandasqc@gmail.com. D, R: Fernanda Siqueira. P: Rodrigo Grilli. F: Xaiana Louis. DA: Anthony Ribeiro, Lilit, Caleb Benjamin e Marcos Lemos. S: Márcia Rezende e Pedro Fiorini.

Sombra é um relato experimental do cotidiano, a partir da sensação de sufocamento que se dá na relação entre mulher e cidade. A sombra é o que nos acompanha, mas também o que nos persegue. Sombra is an experimental story of daily life, about the feeling of suffocation that takes place in the relation between woman and city. The shadow is what accompanies us, but also something that chases us.

P EIXE Yasmin Guimarães, 17’, 2019, Centro Universitário Una C: yasmin.guic@gmail.com. D: Yasmin Guimarães. P: Gabriel Quintão e Yasmin Guimarães. R: Yasmin Guimarães e Gabriel Quintão. F: Lorena Cardoso. DA: Lorena Maruch, Bruna Maynart e Gabriela Rezende. S: Marina Meira, João Tito, Yara Tôrres e Pedro Durães. M: Yasmin Guimarães, Gabriel Quintão, Juliana Antunes. TS: DiBetim. E: Andrea Cøpio, Daniel Jaber, Dora Bellavinha, Andréia Quaresma, Lorena Tófani, Felipe Oliveira, Jennifer Candeias, Andréa Rodrigues e Marjorie Lessa.

Marina é uma jovem mulher que trabalha em Belo Horizonte realizando entregas com a sua bicicleta. Marina is a young woman that works in Belo Horizonte doing deliveries in her bike.

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COMPETITIVA INTERNACIONAL INTERNATIONAL COMPETITIVE SCREENINGS

#1: ATRAVÉS DO ESPELHO

Quarta (10) • 19h • 68 min • 16 anos • @Cinema São Luiz • R$5,00 (meia promocional para todos)

WELC O ME TO TELEV ISIO N

Ivan Dubrovin, 11’, 2018, Wilhelm Hittorf Gymnasium Münster, Alemanha C: ivan@ivogo.de. D, R: Ivan Dubrovin. P: Ivan Dubrovin e Serdar Sarial. E: Serdar Sarial e Angelina Laukamp.

Tarek entra na televisão e se apaixona por Elsa, mesmo que seja apenas uma invenção do roteirista. Tarek gets flushed into the television, falls in love with Elsa there even if she's just an invention by the scriptwriter.

DO IT A G A IN

Hsin Hsuan Yeh, 4’, 2018, National University of the Arts Taipei, Taiwan C: m35044@gmail.com. D, R, P: Hsin Hsuan Yeh. S: Fang Jia Lin. TS: Tt.

Não sabendo quem sou e o que devo fazer, flutuando no ar, sou um urso no mundo mortal. Eu sempre ando pela estrada sem saída, balançando para frente e para trás entre nojo e alegria. Quando vou encarar meus próprios desejos sem me odiar? Not knowing who I am and what should I do, floating in the air, I am a bear in the mortal world. I always wander in the dead-end road, swinging back and forth between disgust and joy. When will I face my own desires without hating myself?

BEA R WITH ME

Daphna Awadish, 5’, 2019, AKV St. Joost Master Institute, Holanda C: daphna.awadish@gmail.com. D: Daphna Awadish. TS: Martin Fondse. S: Bram Meindersma.

Um curta documentário de animação sobre imigrantes que deixaram suas casas e cruzaram fronteiras por amor. A short animated documentary on immigrants who left their home and crossed borders for love.

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TR IBE O F GH O S TS

Holanda

Almicheal Fraay, 9’, 2018, AKV Sint Joost Breda,

C: almicheal@me.com

“Tribe of Ghosts” é um documentário que se passa dentro de um abrigo administrado pelo governo; aqui vemos como as crianças com albinismo convivem com crianças com problemas visuais e auditivos. “Tribe of Ghosts” is a documentary that takes place within a government-run shelter; here we see how children with albinism live alongside children with visual and auditory problems.

S O NG O F TH E LOV ER S Maxime Gros, 20’, 2018, ESRA, França C: wawaxofficiel@yahoo.fr. D, R: Maxime Gros. P: Orlane Afriat. E: Camille Roy, Joelle Luthi e Denis D'Arcangelo.

Ophelie é uma estrela chef de sucesso, mas ela não consegue encontrar o amor. Quando Joelle, uma jovem florista, vem entregar flores para a nova festa de lançamento do cardápio de Ophelie, é amor à primeira vista. No entanto, Arian, pretendente de Joelle, não pretende deixar esse amor florescer... Ophelie is a successful star chef, but she cannot find love. When Joelle, a young florist, comes to deliver flowers for Ophelie's new menu launching party, it is love at first sight. However, Arian, Joelle's suitor, does not intend to let this love blossom…

B ELIEF A S THE LIGH T IN DAR K N ES S

Eastern University, Filipinas

Francis Guillermo, 15’, 2018, Far

C: francisamirguillermo@gmail.com. D, R: Francis Guillermo. P: Patrizsia Reyes, Dylan Ray e Ariana Napay. F: Rocket Ruiz. M: Zaire Andrade e Francis Guillermo. S: Krysver Gomez e CJ Miranda. DA: Celine Arriola e Anna Puente. E: Dylan Ray Talon, Soliman Cruz, Stefanoni Nunah e Sheryll Ceasico.

Esta é uma história sobre o desaparecimento de pessoas e suas identidades. Dylan, o filho do capitão da cidade Soliman, viu os desaparecidos e sabe onde eles estão. Mas quando Soliman e outros moradores começam a busca, Dylan sabia que eles poderiam ter o mesmo destino. This is a story about the disappearances of people and their identities. Dylan, the son of the town captain Soliman, had seen the missing people and knows where they are. But when Soliman and other townsmen began their search, Dylan knew that they might suffer the same fate.

MOSTRAS DE FILMES

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YO U WIP E YOU R LIP S I D O TO O Bianca Caderas, 4’, 2019, Hochschule für bildende Künste Hamburg, Alemanha

C: biancacaderas@hotmail.de. D: Bianca Caderas. P: HFBK. TS: Clemens Fiechter. E: Norwin Tharayil.

Campos abandonados, árvores e aspiradores de pó. Lagoas de carpas. Uma exploração visual e poética da melancolia e do amor em tempos de inquietação. Deserted playing fields, trees and vacuum cleaners. Koi ponds. Squats. A visual and poetic exploration of melancholy and love in the time of restlessness.

#2: CONSTRUIR/DESTRUIR

Quinta (11) • 19h • 65 min • 16 anos • @Cinema São Luiz • R$5,00 (meia promocional para todos)

A MYTHO LO G Y O F PLEAS U R E

Lara Rodríguez Cruz, 6’, 2018, KHM Academy of Media Arts Cologne, Alemanha C: kinopatio@gmail.com. D: Lara Rodríguez Cruz. F: Jule Katinka Cramer. TS: Lennart Saathoff.

Um grupo de mulheres em Valência, Espanha, iniciou uma revolução. Seus deuses e deusas deram-lhes as ferramentas para transformar o mundo em um lugar de alegria para todos. A group of women in Valencia have started a revolution. Their Gods and Goddesses gave them the tools to take it upon themselves to turn the world into a place of joy for all.

SU ICIDR A G

Andrea Perez Su e Arturo Campos Nieto, 10’, 2018, Universidad Autónoma de México, México C: aperezsu@gmail.com. D, P: Andrea Perez Su e Arturo Campos Nieto. R: Andrea Perez Su. F: Marco González e Diego Ruiz. S: Bernardo Chávez. E: Frido Gal, Tabris Berges, Arturo González, Sigfrido Requenes, Eduardo Meaney e Bruno Mondragón.

O grupo mexicano de drag queens Suicidrag percorre as ruas e boates da Cidade do México para aumentar a conscientização sobre o estereótipo de gênero imposto pela sociedade de consumo. The mexican group of drag queens Suicidrag streak the streets and nightclubs of Mexico City to raise awareness about the gender stereotype imposed by the consumer society.

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H O W TO BU ILD A BR IDG E Westminster, Inglaterra

Deandra Asara, 2’, 2019, University of

C: deandraasara@gmail.com. D: Deandra Asara. E: Tatang Hendarman.

O sonho de um menino de se tornar um piloto é frustrado quando ele descobriu que ele era daltônico. Uma animação documental que explora um sonho de infância e a realidade da vida adulta. A boy's dream of becoming a pilot is thwarted when he found out that he was colourblind. A documentary animation exploring a childhood dream and the reality of adulthood.

ARENA

Alarba Bousso, Khadyja Mahfou Aidara, Malou Briand, Raphael Meyer, Oumy Sarr Ndoye e Mamadou Sané, 12’, 2019, ECAL, Suíça C: raphael.meyer9@gmail.com. D, R: Alarba Bousso, Khadyja Mahfou Aidara, Malou Briand, Raphael Meyer, Oumy Sarr Ndoye e Mamadou Sané. P: Khadyja Mahfou Aidara. E: Ndeye Ndiaye.

Linguère, 14, gosta de escapar de sua aldeia natal para passear pela nova cidade de Diamniadio. Linguère, 14, enjoys escaping her home village to roam around the new city of Diamniadio.

S C O R C H ED

Akshay Gouri, 23', 2018, Satyajit Ray Film & Television Institute, Índia C: akshaygouri2005@yahoo.co.in. D, R: Akshay Gouri. P: SRFTI, Kolkata.

Em uma sociedade predominantemente agrária, os provedores de alimentos para milhões lutam para comer. Suas condições de vida são desumanas, muitas vezes forçando-os a se matar. In a predominantly agrarian society, providers of food to millions struggle to eat. Their living conditions are pathetic, often forcing them to kill themselves.

O F BLO O D A ND PISS

Julien Falardeau, 12’, 2019, Université du Québec à Montréal, Canadá C: julien.falardeau@outlook.com. D: Julien Falardeau. P: Alexe Laroche. F: Cloé Lafortune. M: Antoine Frenette. TS: Erik Grenier.

Uma meditação sobre a morte em um ferro-velho; onde os humanos são frios como o ferro e os carros respiram o cheiro da morte. A meditation on death in a scrap yard; where humans are cold as iron and cars breathe the smell of death.

MOSTRAS DE FILMES

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#3: PUSSY RIOT

Sexta (12) • 19h • 80 min • 16 anos • @Cinema São Luiz • R$5,00 (meia promocional para todos)

SAWS A N

Saliba Rishmawi, 10’, 2018, Dar Al-Kalima University College for Art and Culture, Palestina C: saliba.g.rishmawi@gmail.com. D, R: Saliba Rishmawi. P: Saed Andoni.

Sawsan é uma garota de vinte e dois anos que briga com sua mãe e foge de casa para uma jornada na vida noturna da cidade de Belém. Sawsan is a twenty two years old girl who fights with her mom and run away from home to a journey in the night life of Bethlehem city.

MO TH ER ’ S DAY

Dorka Vermes, 15’, 2018, SZFE Theatre and Film Arts, Hungria

- University of

C: gosvath@gmail.com. D: Dorka Vermes. P: Ferenc Pusztai, Linda Pfeiffer e Gábor Osváth. E: Anikó Für.

Juli e Réka decidiram levar seu relacionamento para o próximo nível. Elas estão à espera da mãe de Juli para o jantar, para que possam contar-lhe as novidades. Não vai ser fácil, porém, pois Mari sempre foi crítica com a filha ... Juli and Réka have decided to take their relationship to the next level. They are waiting for Juli’s mother for dinner so they can tell her the news. It is not going to be easy as Mari has always been critical towards her daughter...

V ICTO R IA XXI

Mira Akirova, 17’, Cinematography, Rússia

2019, Gerasimov Institute of

C: soteluna98@gmail.com. D, R: Mira Akirova. E: Nadezhda Kaleganova, Evgenii Sitii, Natalia Belyaeva, Grigorii Stepanov.

Este é um vídeo para a minha geração. Eu sou Lucia Izmailova. E eu posso controlar o tempo. This is a video for my generation. I'm Lucia Izmailova. And I can control time.

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MY COUSIN TAMI Tomer Asayag, 25’, 2017, Sapir Academic College, Israel C: costanzafilms@gmail.com. D, R, P, F: Tomer Asayag. S, TS: Evgeny Yanov. M: Shir Didi. E: Tami Ben-Illouz e Rachel Ben-Illouz.

Uma história de uma jovem garota, lutando com a turbulência da dependência de drogas, documentada por sua prima, que tenta intervir e conseguir a ajuda necessária. A story of a young girl, struggling with the turmoil of drug addiction, documented by her cousin, who tries to intervene and to get her the help she needs.

D ELTA

Jules St-Jean, 13’, 2019, Université du Québec à Montréal, Canadá

C: jules.st-jean@live.ca. D: Jules St-Jean. P: Gabriella Quesnel-Olivo. F: William Saumur. M: Marie-Soleil Trudel. TS: Jérôme Rotier. E: France Doucette, Michèle Doucette e Monique Doucette.

Três irmãs viajam para a província canadense da Ilha do Príncipe Eduardo para conceder a última vontade de seu pai. Anos depois, eles ainda estão lamentando a morte desse homem imperfeito. Three sisters travel to Prince Edward Island, to grant their father’s last will. Years later, they are still mourning the death of this imperfect man.

MOSTRAS ESPECIAIS SPECIAL SCREENINGS

#1: SESSÃO DE ABERTURA

Segunda (8) • 19h • 72 min • 12 anos • @Cinema São Luiz • R$5,00 (meia promocional para todos)

O ND E CO MEÇ A UM R IO

Julia Karam, Maiara Mascarenhas, Maria Cardozo e Pedro Severien, 72', 2017, Brasil C: ondecomecaumrio@gmail.com. D: Julia Karam, Maiara Mascarenhas, Maria Cardozo e Pedro Severien. R, P: Ernesto de Carvalho, Julia Karam, Maiara Mascarenhas, Maria Cardozo, Pedro Severien e Tiago Lacerda. F: Pedro Severien S: Julia Karam, Maria Cardozo, Tiago Lacerda e Nicolau Domingues (mixagem). M: Maria Cardozo. TS: Caio Domingues e Nicolau Domingues.

MOSTRAS DE FILMES

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Onde começa um rio se volta para as ocupações estudantis universitárias de 2016 durante a luta contra a PEC da Morte (Emenda Constitucional 95 que congelou investimentos sociais por vinte anos). O filme desacelera as turbulências diárias para ouvir xs ocupantes, saber quem são, de onde vem, o que pensam sobre suas experiências, desejos, conflitos e leituras do país. Um filme feito em defesa da universidade pública para todxs. Where a River Begins looks towards university students’ occupations in 2016 during the struggle against PEC da Morte (Constitutional Amendment 95 that blocked social investment for twenty years). The film slows down the daily turbulences to listen to the occupants, to know who they are, where they come from, what they think about their experiences, desires, conflicts and readings of Brazil. A film made in favor of public university for all.

#2: SESSÃO DE ENCERRAMENTO

Sábado (13) • 19h • 90 min • 14 anos • @Cinema São Luiz • R$5,00 (meia promocional para todos)

UMA JU V ENTU D E A LEM Ã ( U N E J EU N ES S E AL L EM AN D E) Périot, 95', 2015, França/Suíça/Alemanha

Jean-Gabriel

C: jgperiot@gmail.com. D, M: Jean-Gabriel Périot. P: Nicolas Brevière. R: Jean-Gabriel Périot, Pierre Hodgson, Anne Steiner, Nicole Brenez e Anne Paschetta. S: Laure Arto, Etienne Curchod e Lionel Guenoun. TS: Alan Mumenthaler. E: Harun Farocki, Philip Werner Sauber, Holger Meinsm e Helke Sander.

Uma Juventude Alemã narra a radicalização política de alguns jovens alemães no final da década de 1960 que deu origem à Facção do Exército Vermelho (RAF), um grupo terrorista revolucionário alemão fundado principalmente por Andreas Baader e Ulrike Meinhof, bem como imagens geradas por esta história. O filme é inteiramente produzido pela edição de arquivos visuais e sonoros preexistentes e tem como objetivo questionar os espectadores sobre o significado desse movimento revolucionário durante sua época, bem como sua ressonância para a sociedade atual. Une Jeunesse Allemande chronicles the political radicalization of some German youth in the late 1960s that gave birth to the Red Army Faction (RAF), a German revolutionary terrorist group founded notably by Andreas Baader and Ulrike Meinhof, as well as the images generated by this story. The film is entirely produced by editing preexisting visual and sound archives and aims to question viewers on the significance of this revolutionary movement during its time, as well as its resonance for today’s society.

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#4 SESSÃO ESPECIAL USINA DA IMAGINAÇÃO/FAVELANEWS+ #5 MOSTRINHA PIRILAMPO

#4: Sábado (13) • 20h30 • 30 min • Livre • @Cinema São Luiz • R$5,00 (meia promocional para todos) #5: Domingo (14) • 18h50 • Livre • @Sesssão Open Air (consulte endereço em movfestival.com • Entrada franca

C: oenningdasilva@gmail.com (Rita de Cácia Oenning)

A mídia sempre tem a favela na sua lente, mas são poucas as vezes que os repórteres contam as histórias que o povo da favela acha importante. Com FavelaNews e Pirilampo Criativo, canais da Usina da Imaginação e Shine a Light, jovens e crianças das favelas da Zona Norte de Recife produzem cinema, fotografia, campanhas e documentários para contar histórias sobre a beleza, força e criatividade das suas comunidades. Nestas duas sessões especiais trazidas em parceria com o MOV, alguns dos filmes instigantes que revelam o mundo das favelas serão apresentados ao público. The media always have the favela in their lens, but it is not often that reporters tell the stories that the favela people find important. With FavelaNews and Pirilampo Criativo, channels from Usina da Imaginação and Shine a Light, youth and children from the slums of the Northern Zone of Recife produce film, photography, advertising campaigns and documentaries to tell stories about the beauty, strength and creativity of their communities. In these two special programs brought in partnership with MOV, some of the most provocative films that reveal the world of favelas will be presented to the public.

#6: CINEMA UNIVERSITÁRIO INFANTO-JUVENIL

Domingo (14) • 18h • 49 min • Livre • @Sesssão Open Air (consulte endereço em movfestival.com • Entrada franca

MENINA NÃ O S O LTA PU M Ayodele Gathoni, 14', 2019 - UFRJ C: yaminaah.abayomi@gmail.com. D, R: Ayodele Gathoni. P: Ana Lidia Guerrero, Caio Casagrande, Fernanda de Assis e Paula Castro. F: Lucas Badini, Vinicius Mantovi, Tassiana Catein. DA: Lizie Maria. S: Douglas Farias, Mario Calso Neto. M: Sandro Lima. E: Bia Navegantes, Gabriela Campos e Maria Victorya Manzi.

Mirella se sente aprisionada pela rotina em sala de aula. Sua única companhia é Clara, a melhor amiga. For Mirella, school is deeply annoying. Only her best friend, Clara, can make she feels better.

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NO ESP ELHO D O O U TR O Kariny Martins, 16', 2018 - UNESPAR C: kari_nymartins@hotmail.com. D, R: Kariny Martins. P: Andrei Bueno Carvalho. F: Mariana Boaventura. DA: Larissa Monteiro. S: Diego R.M. M: Lucas Mancini. E: Aline Xavier Raimundo, Gabriel Cavalcante de Oliveira da Cruz, Gabriela da Silva Barreto, Gustavo Antonio de Oliveira, Kayo Francisco Batista Caetano, Lucca Vieira Virgolino dos Santos, Marjorie Mathias Camargo, Naomi Bastos da Silva e Wendell de Jesus Amaral V. Gonçalves.

O documentário aborda a relação das crianças negras com as imagens de personagens negros no audiovisual brasileiro, refletindo sobre como estas imagens perpetuam o racismo estrutural. The documentary discusses the relationship of black children with the images of black characters in the Brazilian audiovisual, reflecting on how these images perpetuate structural racism.

O C EMITÉR IO D A S Á GU AS -VIVAS

Aline Cavalcanti, Elis Barbosa e Mariana Florentino, 12', 2018 - UFPE C: florentino.mari@gmail.com. D: Aline Cavalcanti, Elis Barbosa e Mariana Florentino. P: Mariana Florentino. R: Aline Cavalcanti, Elis Barbosa e Mariana Florentino. F: Aline Cavalcanti. DA: Elis Barbosa. S: Heitor Pereira. M: Paulo Sano. E: Flora Kamilly e Caio Danilo.

Lorena, uma menina de 7 anos de Tamandaré - cidade litorânea do sul de Pernambuco -, um dia acorda e percebe que seu cachorro Feijão sumiu. Ela sai caminhando pela praia à procura do melhor amigo. A story about Lorena, a 7 year old from a Brazillian seaside town, and her journey of hope and discovery when she faces the disappearance of her dog, Beans.

SÓ S EI QU E F OI A S S IM Giovanna Muzel, 7', 2019 - UFPel C: giovannamuzel@gmail.com. D, P, R, F, DA, M, TS: Giovanna Muzel. TS: Rodrigo A. Acedo. E: Jacson Piovesan e Giovanna Muzel.

Julia, uma jovem adulta ansiosa que costuma literalmente perder pedaços de si, vive com seu melhor amigo Santiago, até o dia em que ele decide se mudar. Julia, an anxious young woman, lives with her best friend Santiago, until the day he tells her he's moving out.

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ETAPA EDUCATIVA

EDUCATIONAL ACTIVITIES

ETAPA EDUCATIVA

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OFICINAS WORKSHOPS

ASSISTÊNCIA DE DIREÇÃO: P E N S A N D O A E S T R UTUR A DO FI LME

Com Fellipe Fernandes • Terça (9) a quinta (11) • 9h às 13h @Porto Digital Ministrada pelo realizador pernambucano Fellipe Fernandes. Assistente de direção desde 2007, Fellipe já trabalhou em diversos longas, como “Bacurau” e “Aquarius”. Como diretor e roteirista, assina o curta-metragem “O Delírio é a Redenção dos Aflitos” (Semana da Crítica do Festival de Cannes) e o longa “O Último Quintal”, atualmente em fase de montagem.

CONFLITOS POLÍTICOS ATRAVÉS DA IMAGEM DOCUMENTAL:

COMO O INIMIGO OU O ADVERSÁRIO ENTRAM EM QUADRO Com Marcelo Pedroso • Quarta (10) a sexta (12) • 9h às 13h @Porto Digital Aborda como o inimigo ou o adversário entram em quadro no documentário. Doutor em Comunicação pela UFPE, Marcelo é diretor dos longas “Por trás da linha de escudos”, “Brasil S/A” e “Pacific”, e de curtas como “Em trânsito” e “Câmara Escura”.

CINEMA E EDUCAÇÃO

Com Jane Pinheiro e Thiago Antunes • Terça (9) a quinta (11) 9h às 13h •@Porto Digital Num cenário no qual o cinema entra na sala da aula normalmente como instrumento para facilitar a aprendizagem de conteúdos de outras disciplinas, a proposta da oficina é discutir a possibilidade de outros vínculos entre cinema e educação, apostando na potência poética da fricção entre os termos. Jane Pinheiro é escritora, fotógrafa, professora Titular do Colégio de Aplicação da UFPE e doutora em Antropologia pela PUC-SP. Thiago Antunes é videomaker, pesquisador do LEVE-UFPE e integrante da coordenação colegiada da Rede Latino-americana de Cinema e Educação (Rede Kino).

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DIREÇÃO DE ARTE

Com Yanna Luz • Terça (9) a quinta (11) • 14h às 18h @Porto Digital Com a realizadora e pesquisadora Yanna Luz, a oficina estimula a capacidade de produção visual dos oficinandos a partir de trocas de experiência e abordagens afetivas dos espaços e objetos! A oficineira é mestre em Comunicação Social pela UFPE e já assinou a direção de arte de longas como "Ferrolho" e "Paterno". Como pesquisadora, investiga múltiplas expressões artísticas, acreditando na potência de trocas e hibridismos entre as linguagens.

AFROFICÇÃO

Com Anti Ribeiro • Terça (9) a quinta (11) • 14h às 18h @Porto Digital Ministrada pela realizadora sergipana Anti Ribeiro, estudante de Cinema e Audiovisual na UFPE e diretora e produtora do curta-metragem “O Fio”. O programa da oficina passa por diversos aspectos da afroficção, desde arquétipos históricos da representação de personagens negrxs no cinema às perspectivas de futuro do cinema afrocentrado.

IMAGENS QUEER

Com André Antônio • Terça (9) a quinta (11) • 14h às 18h @Porto Digital Integrante do coletivo Surto & Deslumbramento e diretor do longa “A Seita”, André Antônio é doutor em Comunicação e Cultura pela UFRJ. A oficina se propõe a discutir, através de exemplos do cinema e outras manifestações, aspectos estéticos de práticas artísticas e imagens queer, de modo a pensar sua complexidade e potência política naquilo que elas têm de excêntrico, raro, artificial, subversivo, perverso e erótico.

ETAPA EDUCATIVA

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MESA DE DEBATE PANEL DISCUSSION

ENCONTROS DE CINEMA: DIREÇÕES

Com Vinícius Silva, Letícia Simões e Fellipe Fernandes • Sábado (13) • 15h • Entrada Gratuita @Galeria Portomídia Como começar a dirigir filmes? Tendo como base a experiência pessoal de três jovens diretores do cinema brasileiro, este encontro visa discutir os caminhos possíveis para ingressar nesta profissão, passando pelas dificuldades de financiamento e barreiras estruturais existentes, bem como pelas soluções encontradas no estabelecimento de novas redes de produção.

V I N Í C I US SI LVA

Jovem cineasta negro da zona leste de São Paulo, é formado em Cinema pela UFPel. Estreou como diretor e roteirista com seu projeto de conclusão de curso, o curta-metragem “Deus”, exibido em première mundial no III MOV, onde venceu o prêmio de Melhor Filme, e mais tarde exibido e premiado em mais de 50 festivais do mundo inteiro.

LET Í C I A SI MÕE S

Nasceu em Salvador, em 1988, e soma formações a nível de graduação e mestrado em instituições como PUCRio, UFF e Escuela de Cine y Televisión de San Antonio de Los Baños, Cuba. Seu mais recente longa-metragem, “Casa”, recebeu o Prêmio da Crítica no Olhar de Cinema 2019, em Curitiba.

FELLI P E FE RN AN DE S

Já trabalhou em diversos longas como assistente de direção, a exemplo de “Bacurau” e “Aquarius”. Como diretor e roteirista assina o curta-metragem “O Delírio é a Redenção dos Aflitos” (Semana da Crítica do Festival de Cannes) e o longa “O Último Quintal”, atualmente em fase de montagem.

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BRASIL DE 2019. O QUE PODE O CINEMA UNIVERSITÁRIO NO MOMENTO ATUAL?

BRAZIL, 2019. WHAT STUDENT FILM CAN DO AT THE PRESENT TIME?

O QUE PODE O CINEMA UNIVERSITÁRIO?

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SER UM ALUNO NEGRO NA UNIVERSIDADE É CONTRARIAR AS ESTATÍSTICAS; FAZER CINEMA NEGRO COM UMA EQUIPE MAJORITARIAMENTE NEGRA, DENTRO E FORA DA ACADEMIA, É RESISTÊNCIA. YURI COSTA (UFRJ)

AFRONTAR, ESCANDALIZAR, ESCARNECER. LUCAS LAZARINI (UNICAMP)

ESSA PERGUNTA TEM GERMINADO EM TODOS OS MEIOS EM QUE O AUDIOVISUAL TEM VIDA ATIVA, PRINCIPALMENTE APÓS AS ELEIÇÕES DO ANO PASSADO. NÃO TENHO UMA RESPOSTA CONCRETA PARA DAR, MAS ESTOU EM BUSCA DELA NAS MINHAS PRODUÇÕES ATUAIS. CARLA CAROLINE MOTA NERI (UFRB)

CONSTRUIR NARRATIVAS QUE APONTEM HORIZONTES DIVERSOS AO FASCISMO INSTALADO NO GOVERNO. RAFAEL NASCIMENTO (UFPE)

E M UM MOMENTO ONDE OS DIREITOS DAS MULHERES, NEGRXS E LGBTQ+ ESTÃO FORTEMENTE AMEAÇADOS PELAS FORÇAS CONSERVADORAS QUE GANHAM FORÇA INTERNACIONALMENTE, O CINEMA É DAS FERRAMENTAS MAIS PODEROSAS QUE TEMOS PARA PROJETAR NOSSAS VOZES EM IMAGENS POTENTES PARA TODO O MUNDO E DAR AINDA MAIS FORÇA A ESTES CORPOS QUE RESISTEM EM MEIO A TODO RETROCESSO. FERNANDA SIQUEIRA (UFPE)

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O CINEMA UNIVERSITÁRIO NO MOMENTO ATUAL PODE NOS APRESENTAR A IMPORTÂNCIA DE UM PAÍS QUE INVESTE EM EDUCAÇÃO, MOSTRANDO A PLURALIDADE DE PENSAMENTOS, FAZENDO-NOS REVISITAR O PASSADO E REPENSAR O PRESENTE. KARINY MARTINS (UNESPAR)

VINDO DE UMA UNIVERSIDADE QUE AINDA NÃO IMPLEMENTOU O SISTEMA DE COTAS, VEJO NO AQUILOMBAMENTO ENTRE ESTUDANTES NEGROS DE CINEMA A FORÇA PARA REAPROPRIAR ESPAÇOS QUE SÃO NOSSOS POR DIREITO E ASSUMIR A AUTONOMIA DAS NOSSAS NARRATIVAS. ANDREI BUENO CARVALHO (UNESPAR)

UM CINEMA QUE REVELA PARA O PRESENTE SAÍDAS E ESCOLHAS DIFERENTES DO PASSADO E DO PRÓPRIO PRESENTE. COMBATIVO E REFLEXIVO, CONTANDO REALIDADES QUE SÓ A LIBERDADE QUE TEMOS DÁ PRA CONTAR. QUE SÓ A VIVÊNCIA QUE TEMOS TORNA VISCERAL PORQUE SÃO NOSSAS PRÓPRIAS VIDAS; NOSSAS VIDAS PRETAS, INDÍGENAS, FEMININAS, NOSSAS VIDAS LGBTQS, NOSSAS VIDAS OCUPADAS, NO RURAL OU NA CIDADE. VINÍCIUS ELIZÁRIO (UNIJORGE)

ABRIR AS PORTAS DA UNIVERSIDADE PARA QUEM NÃO ESTÁ NELA. IR ATÉ OS LUGARES ONDE A UNIVERSIDADE NÃO ESTÁ. PARTILHAR O ACESSO À INFORMAÇÃO. LORRAN DIAS (UFRJ)

O QUE PODE O CINEMA UNIVERSITÁRIO?

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EQUIPE TEAM

DIREÇÃO A RT Í S T I C A Artistic directors

A S S I S T ÊN C I A D E P R O D U Ç Ã O M OV A C A M PA

Amanda Beça, Thaís Vidal, Txai Ferraz e Vinícius Gouveia

Production assistant MOV Acampa

CURADORI A C O MP E T I T I VA S

ES T R U T U R A T ÉC N I C A

Curators of competitive screenings

André Antonio, Julia Katharine, Mariana Sousa, Mayara Santana e Sabrina Tenório

André Aguiar e Hellen Laílla

Technical structure

Radar Produções

P R O J EÇ Ã O D E L EG EN D A S CURADORI A L O N G A S

Curator of feature films

Subtitling

Letícia Barros

Amanda Beça

P RO G RA M A D O R W EB Web design

Doug Azevedo

ID . V IS U A L E D ES IG N G RÁ FIC O

Visual identity and graphic design

L EG EN D A G EM L I B R A S

Tomaz Alencar

Thaís Vidal

COM Acessibilidade Comunicacional e Tela Livre

FO TÓ G RA FA

DIREÇÃO D E P RO D U Ç Ã O

L EG EN D A S L S E

Director of production

LSE subtitles

Vinícius Gouveia

Amanda Beça

COORDEN A Ç ÃO D E P RO G RA MA Ç ÃO

A S S ES S O R I A D E I M P R EN S A

PRODUÇÃO E XE C U T I VA

Executive production

Sign language interpreter

Photographer

Luiza Santana

M A KING O F

Making of

Pedro Giongo Programming coordinator

Txai Ferraz

Press officers

Márcio Bastos e Renato Contente - Rasif Comunicação

COORDEN A Ç ÃO T É C N I C A

Projections and print supervisor

Amanda Beça

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Workshop instructors

Júlia Machado

ASSISTÊNC I A D E P RO G RA MA Ç ÃO

FO T O C A R TA Z

Programming assistant

Poster photo

Juliana Soares Lima

Ana Lu

Executive production assistant

MOV 2000 E DEZENOVE

Translation

Amanda Beça, Txai Ferraz e Vinicius Gomes

O FI C I N EI R O S

André Antônio, Anti Ribeiro, Fellipe Fernandes, Jane Pinheiro, Marcelo Pedroso, Thiago Antunes e Yanna Luz

ASSISTÊNC I A D E P RO D U Ç Ã O E XE C U TI VA

TRA D U Ç Ã O

V INH ETA S

Teaser makers

Amanda Beça e Txai Ferraz

M O NITO RES

Assistants

Azilis Pierriel, Camila Queiroz, Carol Santino, Gabriel Gomes, Lucas Bebiano e Victor Uchoa


AGRADECIMENTOS THANKS TO

Daniel Forn

Liliana Tavares

Rita Oening

Chico Lacerda

Dora Amorim

Christoph Ostendorf

Marina Gusmão

Eugênea Bezerra

Cristiane Gouveia

Amanda Guimarães

Okado do Canal

Flávio Gouveia

Amanda Beça, Vinícius Gouveia, Thaís Vidal e Txai Ferraz, diretores artísticos do MOV.

EQUIPE E AGRADECIMENTOS

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“CI N EM A E UN I V ERS ID A D E : DIFE REN T ES CON V ERG Ê N C IA S ” Com organização de Laécio Ricardo, Thaís Vidal e Txai Ferraz, a publicação “Cinema e Universidade: Diferentes Convergências” reúne ensaios de professores e pós-graduandos de diversos estados do país sobre o binômio “cinema e universidade”. O ebook traz reflexões a respeito de questões como a ampliação do ensino, da pesquisa e da extensão em cinema nas universidades brasileiras, a produção universitária e os festivais do segmento, o papel da universidade no percurso de cineastas e cinéfilos, além de experiências de educação não-formal em audiovisual.

Faça o download do e-book em PDF: bit.ly/downloadcinemaeuniversidade



MO VF ESTIV AL.C OM

/M OV U N IV ERSTARIO

/MOVFEST IVAL


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