José Monteiro Limão Diretor Postal ilustrado
As nossas (in)capacidades
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ATUALIDADES Governo nomeia direção da AMT
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Programa Avançado de Gestão de Sistemas de Transportes
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Gigantes dos mares vêm a Sines 16 AdC identifica constrangimentos 22 no setor portuário Samskip assume-se como operador 24 multimodal 16
OPINIÃO Vitor Caldeirinha - “Defendo não fundir 14 de forma simples Setúbal com outros portos” Sistemas – Hugo Fonseca 42 Visita à Transport Logistic de Munique
Carlos Vasconcelos - MSC - “CP Carga 34 precisa de todas as cargas e todos os contentores” INDÚSTRIA WeTruck: tecnologia portuguesa 52 para poupar combustível Scania R730 V8 Streamline Topline 54
índice
DESTAQUE MSC Rail vence privatização da CP Carga 32
editorial
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Final da Renault Optifuel Challenge 57 em Lisboa Novo Citroën Berlingo Van 58 Sexta geração da Volkswagen 60 Transporter
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Novo Peugeot Partner em Portugal 62 Foto de capa: Nelso Silva Propriedade – Editor e sede de Redacção: N.I.C.P. 504 565 060 Rua Manuel Marques, 14 - Lj H - 1750 - 171 Lisboa Tel. +351 213 559 015 / Fax. +351 213 559 020 info@dicasepistas.pt - www.dicasepistas.pt Conselho Editorial: António B. Correia Alemão, Alberto Castanho Ribeiro, António Proênça, António Corrêa de Sampaio, Artur Humberto Pedrosa, João Miguel Almeida, Manuel Nunes, José Manuel Palma, José M. Silva Rodrigues, Manuel Pires Nascimento, Martins de Brito, Orlando C. Ferreira Diretor: José Monteiro Limão Secretariado: Margarida Nascimento Redação: Carlos Moura Pedro (carlos.moura@transportesemrevista.com), Pedro Costa Pereira (pedro. pereira@transportesemrevista.com) Fotografia: Augusto Conceição Silva Paginação: Bernardo Pereira, Teresa Matias, Susana Bolotinha Impressão: A Gráfica - Praceta José Sebastião e Silva, Lote 20, Parque Indústrial do Seixal Distribuição: Mailing Directo Periodicidade: Mensal Tiragem: 10000 exemplares Depósito Legal: 178 390/02 Registo do ICS n.º 125418 Publicidade e Assinaturas: Margarida Nascimento - margarida.nascimento@transportesemrevista.com
JULHO 2015 TR 149
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A CP Carga foi vendida. Contra os agoiros de muitos que afirmavam que a empresa não tinha valor; contra os opositores da solução que nunca entenderam a obrigatoriedade da venda; contra um setor recheado de técnicos especialistas, académicos e teóricos, gestores com experiência; contra muitos dos trabalhadores e, principalmente, contra os sindicatos que nunca querem fazer parte de qualquer solução, a CP Carga acabou por ser vendida, a meses do fim da legislatura. Indignação, desilusão, apreensão e pena foram, porventura, sentimentos comuns a muitos de nós. Enquanto cidadão tive pena, muita pena, que o único fim possível tivesse sido este. Ouvi inúmeras teorias, estratégias, planos e modelos de salvação para a empresa, mas todos eles desvalorizavam um erro antigo e que fez parte integrante do seu código genético: a capacidade de gerir o ativo. Desde a revolução de Abril, o Estado teve a capacidade ímpar de o desvalorizar de forma militante e continuada. O atual Governo, obrigado pela Troika, teve a capacidade de o vender, não sem antes encontrar formas criativas e com maestria de o valorizar. Por último, o setor empresarial português também não encontrou capacidade para, no todo ou em parte, o tomar em mãos. Mais uma vez ficou demonstrada a incompetência de muitos, a habilidade de alguns e a fragilidade ou falta de rasgo de outros. Este pode ser o resumo da história de uma empresa, que na minha singela opinião, representa um valor estratégico para a Economia superior ao da TAP. A diferença da notoriedade de ambas as empresas e sua visibilidade junto da população, terão, por certo, contribuído em muito para a perceção contrária. Sendo esta opinião discutível, julgo ser consensual o reconhecimento do altíssimo valor estratégico que tem o transporte ferroviário de mercadorias como pilar, e alavanca desbloqueadora, do sistema portuário nacional. Este setor é essencial para exponenciar as capacidades que o País tem e pode ter para que se afirme como um hub do comércio à escala ibérica e europeia, e como lugar de referência no comércio marítimo mundial, capitalizando o valor do seu posicionamento geoestratégico. É bom de ver e fácil de entender. Basta recordar que quando assim olhámos para Portugal, crescemos como povo e nação e demos novos mundos ao mundo. Esta foi nossa incapacidade! A CP Carga foi vendida! E agora? Portugal perdeu ou ganhou? Perdeu alguma coisa, mas acredito que ganhou mais! Perdeu a propriedade do ativo e a tempo o destino deste. E sob esse ponto de vista... lá se vai mais um anel! Mas ganhou mais! Ao ser adquirida por um armador global, fortemente posicionado em Portugal e Espanha - e com a ambição de alcançar a liderança ibérica no transporte ferroviário de mercadorias - a empresa vai assegurar através dos fluxos próprios em Portugal e Espanha e dos existentes nos dois mercados, que Portugal se afirme como presença incontornável na cadeia de comércio ibérico, europeu e mundial. Acredito que os novos proprietários tragam mais sucesso, mas o setor está expectante em perceber a força e a autoridade do regulador na promoção da livre e sã concorrência e da defesa intransigente do interesse nacional. Uma palavra final. Estou curioso para saber quanto tempo a Autoridade da Concorrência vai levar a dar o seu parecer sobre a venda da CP Carga, tendo em conta os três anos que demorou a identificar os constrangimentos do setor portuário, identificados pelo Governo nos seus primeiros seis meses de mandato. jose.limao@transportesemrevista.com
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POSTAL ILUSTRADO
A CP Carga movimentou no primeiro semestre deste ano um total de 4,93 milhões de toneladas, um crescimento de 11 por cento face a período homólogo de 2014. Em relação aos produtos transportados, destaque para o crescimento de 99 por cento no transporte de carvão e nos combustíveis (51%). Registaram-se ainda crescimentos no transporte de contentores (8%), pasta de papel (20%), produtos siderúrgicos (16%), areia (15%), e minérios (19%). Os comboios de mercadorias passam por zonas de uma beleza paisagística indiscutível, como por exemplo, na linha do Douro, onde a objetiva do Nelson Silva captou esta imagem de um transporte de cimento na Linha do Douro.
EM DIRETO
EM RESUMO
«O processo de privatização da EMEF termina aqui» Sérgio Monteiro, secretário de Estado dos Transportes
«Sines tem todas as condições para receber os maiores e os mais modernos navios do mundo» João Franco, presidente da APS
«A nossa base de trabalho quando assumirmos o controlo da CP Carga permite-nos dizer que temos condições para chegar a curto ou médio prazo à liderança ibérica do transporte ferroviário de mercadorias» Carlos Vasconcelos, diretor geral da MSC Portugal (em declarações ao Diário Económico)
«Defendo não fundir de forma simples Setúbal com outros portos. Será negativo para a economia da região e para o País» Vítor Caldeirinha, presidente da APSS
«Porto tem vocação para liderar Noroeste Peninsular em logística» António Pires de Lima, ministro da Economia
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«CP Carga irá mudar de nome com o novo dono» Jornal de Negócios
«Suspeitas de cartel levam Concorrência a fazer buscas em quatro portos» Público
«Poupança com PPP rodoviárias pode chegar aos 10 mil milhões» Diário Económico
«Exportações portuguesas para Espanha aumentam 8,4% no primeiro semestre» Dinheiro Vivo
«APDL inaugura nova plataforma logística» Diário de Notícias
TR 149 JULHO 2015
ATUALIDADES gerais
Autoridade da Mobilidade e dos Transportes
Governo nomeia direção do novo regulador dos transportes A direção da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes já foi designada pelo Governo e será constituída por cinco elementos. O presidente e o vice-presidente transitam do IMT para o novo organismo de regulação do setor no nosso país. A nova entidade vai ter instalações na antiga sede da REFER, em Santa Apólónia. O PRESIDENTE DO IMT – Instituto da Mobilidade e Transportes, João Carvalho, foi indicado pelo Governo para liderar a AMT Autoridade da Mobilidade e dos Transportes, que terá uma direção constituída por cinco membros. Para o cargo de vice-presidente foi indigitado Eduardo Lopes Rodrigues, que transita de vogal do IMT, enquanto os cargos de vogais da AMT serão assumidos por Cristina Dias, António Ferreira de Lemos e Maria Sampaio Nunes. Criada em março de 2014, por altura da aprovação da nova orgânica do IMT, a AMT esteve mais de um ano sem ter uma estrutura definida e sem poder exercer a sua atividade. Caberá à AMT, cujos estatutos também já foram aprovados em Conselho de Ministros, a missão de definir e implementar o quadro geral de políticas de regulação e de supervisão aplicáveis aos setores e atividades de infraestruturas e de transportes terrestres, fluviais e marítimos, “num contexto de escassez de recursos e de otimização da qualidade e da eficiência, numa perspetiva de desenvolvimento sustentável”, refere o Governo. A AMT irá também passar a ser responsável pela regulação do sistema de identificação eletrónica de veículos, que estava na esfera do SIEV- Sistema de Identificação Eletrónica de Veículos, S.A. João Carvalho, que estava à frente do IMT, foi também presidente do já extinto IPTM – Ins4
tituto Portuário e dos Transportes Marítimos, e possui uma longa carreira ligada, principalmente, ao setor marítimo portuário. Foi administrador da Transinsular, presidente da CPL - Comunidade Portuária de Lisboa e membro da comissão executiva da ETE - Empresa de Tráfego e Estiva, entre outros cargos no setor público e privado. Eduardo Lopes Rodrigues é professor universitário e especialista em regulação económica, tendo ocupado o cargo de assessor do Ministério da Economia e Emprego até agosto de 2011. Foi ainda vogal do Conselho de Autoridade de Concorrência, diretor-geral do Gabinete dos Assuntos Comunitários do Ministério da Indústria e Energia e do Ministério da Economia, entre outros cargos. Por sua vez, Cristina Dias tem uma vasta carreira na área dos transportes, maioritariamente ligada à CP. Foi ainda assessora para as áreas de Transportes, Economia e Finanças do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações e diretora do INTF – Instituto Nacional de Transporte Ferroviário. António Ferreira de Lemos é licenciado em Finanças e desde 2002 tem estado ligado ao transporte aéreo. Ocupou o cargo de vice-presidente e administrador da ANA – Aeroportos de Portugal, administrador da ANAM – Aeroportos e Navegação Aérea da Madeira e até agora era presidente da portway. Maria Sampaio Nunes é jurista de formação, foi www.transportesemrevista.com
quadro da PT durante 20 anos e fez parte do regulador das telecomunicações, a ANACOM.
Antiga sede da REFER é a nova “casa” da AMT A Infraestruturas de Portugal (IP) e a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) acordaram a subconcessão do Palácio de Coimbra, por um período de cinco anos, que desde o dia 1 de agosto passou a acolher a sede do regulador nacional para o setor dos transportes e infraestruturas. O Palácio Coimbra, localizado em Santa Apolónia, é a antiga sede da Refer e possui uma área útil de 1847 m2 distribuídos por quatro Pisos e espaço para estacionamento. A subconcessão incorpora não só o corpo do Palácio, mas, também, o bloco contíguo que, atualmente, acomodava a “Academia IP”. Apesar de não terem sido revelados os valores da renda a pagar pela AMT, a IP refere que “o valor da cedência tem como base um valor referência, mas a renda final dependerá de avaliação independente que está já em curso”. A IP refere que “a cedência deste Edifício que, pela sua localização e caraterísticas funcionais, é mais adequado a uma entidade reguladora que a uma empresa que opera no mercado competitivo, insere-se na política da Infraestruturas de Portugal de racionalização e valorização dos seus ativos e na sua política de redução de serviços no complexo de Santa Apolónia”. TR 149 JULHO 2015
ATUALIDADES gerais
Área de negócio dos Transportes
Mota Engil negoceia venda da Tertir aos turcos da Yildirim A Mota Engil está em negociações com os turcos da Yildirim Holding para vender a área de transportes em Portugal. Ao que a Transportes em Revista apurou, o negócio é referente à Tertir e engloba a totalidade das empresas e participações, destacando-se do conjunto a Liscont, que detém a operação do Terminal de Contentores de Alcântara Sul, a Sotagus - Terminal de Contentores de Santa Apolónia e a Takargo, operador ferroviário de transporte de mercadorias. No grupo estão também Multiterminal - Sociedade de Estiva e Tráfego, S.A.; a Sadoport - Terminal Marítimo do Sado, S.A; a Socarpor – Sociedade de Cargas Portuárias (Aveiro), S.A.; a Sotagus - Terminal de Contentores de Santa Apolónia., S.A.; a participação no TCL - Terminal de Contentores de Leixões S.A.; a Tersado – Terminais Portuários do Sado, SA; os transitários E.A.Moreira – Agentes de Navegação, S.A., SEALINE - Navegação e Afretamentos, Lda., Transitex – Trânsitos de Extremadura, S.A. e Sonauta; e a partici-
pação na plataforma LOGZ – Atlantic HUB, S.A. De acordo com fontes da Transportes em Revista, embora ainda não se saiba o valor da venda, o negócio deverá rondar os 300 milhões de euros, introduzindo um novo player no mercado nacional. De resto, a Yildirim Holding tem vindo a fazer aquisições sucessivas no setor portuário mundial. A empresa assume como objetivo fazer “aquisições estratégicas para expandir o grupo”, gerindo através da Yilport Holding, sete portos e terminais de contentores e seis portos secos. No seu relatório anual, referente a 2014, a Yildirim assume mesmo ser seu objetivo alcançar o top 10 mundial da gestão portuária até 2025, e, adquirir, pelo menos, dois portos todos os anos. A Yiidirim está no mercado desde 1963, tendo iniciado a sua internacionalização em 2008, com a aquisição de uma empresa sueca. Hoje, tem operações em 19 países de quatro continentes e emprega mais de nove mil pessoas. Gerida por três irmãos - Ali Riza, Robert Yuksel
e Mehmet Yildirim -, tem negócios na área portuária, de shipping, logística, construção naval e energia, entre outras. Na Europa, e para além do mercado turco, está já presente na Bélgica, Holanda, França, Malta, Suíça, Irlanda, Reino Unido, Suécia, Russia e Noruega, destacando-se a sua participação de 24 por cento na CMA CGM França.
Investimento em infraestruturas de transportes
Foto: Dario Silva
Bruxelas aprova 195 milhões de euros para 11 projetos nacionais
A Comissão Europeia, através do fundo “Connecting Europe Facility”, aprovou uma verba de 195 milhões de euros para financiar 11 projetos de infraestruturas de transportes em Portugal, no âmbito das Redes Transeuropeias de Transportes. Entre o financiamento de estudos e obras de infraestruturas rodoviárias, logísticas e portuárias, salienta-se o financiamento da Plataforma Logística de 6
Leixões, da Via Navegável do Douro, da Plataforma Multimodal do Porto de Lisboa e os montantes alocados aos corredores ferroviários Sines-Caia e Leixões/Aveiro/Coimbra – Vilar Formoso. Para além dos referidos projetos foram também aprovadas iniciativas no âmbito das Autoestradas do Mar, em especial a promoção do uso de Gás Natural Liquefeito como combustível para os navios que escalam os nossos portos. A Janela Única Logística foi outro projeto a merecer apoio financeiro por parte da Comissão Europeia. Em comunicado, o Ministério da Economia, revela que “a aprovação, pela Comissão Europeia, deste conjunto de projetos apresentados por empresas portuguesas, públicas e privadas, individualmente ou em consórcio, representa uma oportunidade para Portugal e para o desenvolvimento das nossas infraestruturas de transportes”. A Tutela, adianta que “a qualidade e mérito das propostas apresentadas ao CEF Geral (mecanismo de apoio ao qual concorrem todos os países da União Europeia) levou a que um país que represente 1,3 www.transportesemrevista.com
por cento do PIB da UE tivesse merecido 2,7 por cento do total de apoios desta fase de candidatura”. Sérgio Silva Monteiro, secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações congratulou as candidaturas apresentadas por Portugal, individualmente ou em consórcio, salientando que “o Governo português fez o seu trabalho de casa, a tempo e horas, desde o momento em que convidou a economia real a participar no Grupo de Trabalho para as Infraestruturas de Elevado Valor Acrescentado, até à aprovação do Plano Estratégico de Transportes e Infraestruturas (PETI3+), depois de uma longa e produtiva discussão pública”. O governante referiu ainda “que os projetos agora aprovados pela CE são transversais a todo o País, de Norte a Sul, do litoral ao interior, demonstrando também que a estratégia seguida na ferrovia e que o acerto de estratégias comuns com Espanha e França, relativamente à migração da bitola ibérica para a bitola europeia foi uma estratégia acertada”. TR 149 JULHO 2015
ATUALIDADES gerais
Troféu entregue na gala “Acredita Portugal”
Projeto Truckion vence Prémio Brisa O projeto Truckion foi galardoado com o Prémio Brisa, no âmbito da 5ª edição da Gala do Concurso de Empreendedorismo da “Acredita Portugal”. Este prémio, atribuído pela primeira vez este ano, distinguiu as ideias no âmbito dos transportes e da nova mobilidade. Segundo a “Acredita Portugal”, ”o Truckion é uma plataforma digital de escolha de uma transportadora de forma rápida, intuitiva e ao menor custo de mercado. Tudo isto apenas à distância de um clique”. De acordo com a Brisa, “este prémio tem por objetivo distinguir projetos de sistemas inteligentes de transportes e novos serviços de mobilidade, promovendo o foco dos jovens empreendedores numa área que é central para o desenvolvimento do País e o crescimento da Economia. Uma temática que encontra paralelo na
prioridade da Brisa ao fomento da geração de ideias de negócio e à criação de empresas”.
Para João Gonçalo Cunha, CEO da “Acredita Portugal”, “este concurso existe para possibilitar que o espírito empreendedor dos portugueses possa ser colocado em prática. O nível de participação conseguido e o apoio recebido atestam a necessidade de uma plataforma desta natureza na realidade portuguesa. Uma relevância reconhecida nas parcerias estratégicas que tornam esta iniciativa possível”. O apoio prestado é justificado por Franco Caruso, da Direção de Marketing e Relações Institucionais da Brisa, porque “o projeto “Acredita Portugal” tem o mérito de conjugar duas atividades fundamentais: a promoção do espírito empreendedor, através da atribuição de prémios, e o suporte ao desenvolvimento das competências necessárias para construir projetos empresariais”. pub.
ATUALIDADES gerais
Programa Avançado de Gestão em Sistemas de Transportes
Uma aposta e uma mais valia Terminou recentemente a primeira edição do PAGST, uma iniciativa conjunta da CATÓLICA-LISBON Executive Education e do TÉCNICO – Universidade de Lisboa. Duas escolas de excelência, que figuram entre as 20 melhores da sua classe na Europa, reuniram-se para oferecer um programa de caraterísticas únicas a nível mundial. Rosário Macário, Luís Cardoso
O PAGST AMBICIONA DAR RESPOSTA às necessidades dos executivos que trabalham tipicamente em zonas de fronteira, e, por isso, sempre em ambiente multidisciplinar. O atual contexto de mudança que atravessa o setor dos transportes em geral, e em particular em Portugal, introduz novos paradigmas e elevada exigência sobre a qualidade de decisão, de planeamento e de operação. A intensidade da mudança que vivemos não é comparável à que se viveu em Portugal nas últimas décadas, exigindo uma elevada capacidade de leitura da conjuntura económica e social, assim como das tendências de evolução do mercado e das oportunidades geradas pela inovação tecnológica. O PAGST adota um estilo de sessões participadas onde as questões são dissecadas e identificados os seus impactos sobre as empresas e as suas opções estratégicas. O modelo de formação escolhido dá resposta às restrições de pouca disponibilidade dos executivos participantes, tanto na organização dos módulos e 8
horários, como nos métodos de transferência de conhecimento. É um curso onde a qualidade dos participantes (docentes e discentes) é um elemento fundamental para o sucesso do curso e para a riqueza de conteúdo das discussões. A primeira edição do PAGST teve o privilégio de ter um conjunto
diversificado de executivos experientes, de entidades públicas, empresas privadas dos vários modos de transportes de passageiros e também de mercadorias, proporcionando uma discussão aprofundada e de largo espectro sobre o passado e o futuro do setor dos transportes e, sobretudo, sobre as implicações da mudan-
Carlos Julião Director de Qualidade e Inovaçao, LASO Transportes
Sobre o PAGST, o que tenho a testemunhar é que foi uma agradável experiência de troca de vivências e realidades empresariais diferentes no setor dos transportes, que permitiu consolidar conhecimentos e otimizar formas de resolver alguns dos problemas com que as nossas empresas se deparam no dia a dia. Com um corpo docente extremamente competente e com testemunhos reais da vida empresarial que são fundamentais ter neste tipo de programas para executivos. A quem ainda não fez o programa, aconselho vivamente a frequência do mesmo, nomeadamente a quadros superiores e administrações das empresas de transportes. Um programa de referência para o setor com nível internacional.
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ATUALIDADES gerais ça. As diferentes matérias foram tratadas e ilustradas com casos reais, em discussões abertas, confrontando perspetivas e opiniões, conduzidas por docentes de elevada experiência e na sua maioria de reputação internacional. A satisfação dos participantes com os resultados obtidos ao longo dos vários módulos do curso foi unânime, o que aumenta a responsabilidade destas duas escolas e dos seus docentes em melhorar ainda mais o curso para a segunda edição, analisando e acolhendo criteriosamente os comentários e avaliações feitas. Esta é uma lógica de excelência que carateriza a CATÓLICA e o TÉCNICO, e se reflete neste desafio de organização de uma oferta multidisciplinar e transversal que constitua uma oportunidade ímpar de valorização pessoal e profissional. A segunda edição do PAGST tem já as inscrições abertas e decorrerá entre 11 de março e 07 julho de 2016.
A coordenação do PAGST é assegurada pelos Professores Luís Cardoso, Diretor da Formação de Executivos da CATÓLICA-LISBON, e
Rosário Macário, Diretora do Mestrado em Planeamento e Operação de Transportes do TÉCNICO.
Fábio Miguel Rodrigues Direção Transportes Sonae MC
A frequência do Curso PAGST proporciona uma configuração futura do setor de transportes, que está em constante transformação devido às necessidades dos seus utilizadores. A conjugação da excelência do corpo docente e o networking que advém dos temas transversais abordados representam um fator chave para acrescentar valor e competências nas funções do gestor. Num setor fundamental para qualquer empresa/Sociedade será indispensável mencionar a importância de ampliar o know-how técnico com o intuito primordial de sincronização sublime da competitividade e satisfação do consumidor. Simplesmente uma excelente harmonia (Católica e IST).
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Manuel Carneiro Novais Automotive Manager, Rodocargo
O Programa Avançado de Gestão para o Setor dos Transportes revelou uma experiência de aprendizagem muito enriquecedora, quer do ponto de vista profissional quer do ponto de vista pessoal. Com um corpo docente de elevada qualidade e a novidade de ser composto por formadores da Católica e do Técnico, com um grande conhecimento transversal do setor, que manifestou sempre grande interesse e total disponibilidade. O programa curricular é muito ecléctico e atualizado, conseguindo conciliar todas as áreas do setor, quer no transporte de mercadorias quer no transporte de passageiros, de uma forma muito sistematizada num programa de apenas 100 horas. Após alguns anos a exercer atividade na área dos transportes, senti necessidade de efetuar uma atualização dos conhecimentos e de competências. O PAGST revelou-se uma aposta acertada. O partilhar de experiências com parceiros do setor, o debate com os colegas formandos bem como um surpreendente espírito de grupo, são aspetos que gostaria de realçar. De sublinhar também a qualidade superior do programa ao nível da organização. O programa excedeu claramente as minhas expetativas, estando seguro de que as próximas edições serão ainda melhores. Recomendo vivamente o programa a todos os profissionais do setor dos transportes.
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ATUALIDADES marítimas
Com cerca de 400 metros
Maersk encomenda mais 11 porta-contentores Triple_E... A Maersk encomendou à Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering a construção de 11 mega porta-contentores, com opção para mais seis navios. Os novos navios fazem parte da segunda geração Triple-E, os maiores do Mundo, com capacidade para 19.630 TEU´s, um comprimento de aproximadamente 400 metros e um calado de 16,5 metros. O estaleiro sul-coreano deverá entregar estes gigan-
tes dos mares entre abril de 2017 e maio de 2018. O contrato, no valor de 1,8 mil milhões de dólares foi assinado na sede da Maersk, em Copenhaga, e faz parte do plano de investimentos do armador dinamarquês para os próximos anos, que representa cerca de 15 mil milhões de dólares. Os navios, que serão os maiores da frota da Maersk, irão operar na rota Europa-Ásia.
... e mais nove navios de 14.000 TEU’s A Maersk estabeleceu um acordo com a Hyundai Heavy Industries para a construção de nove navios porta-contentores de 14 mil TEU’s. O valor do contrato com os estaleiros sul-coreanos está estimado em mil milhões de euros, com opção para encomenda adicional de oito navios com a mesma capacidade. Trata-se da terceira encomenda da Maersk Line para a construção de novos navios porta-contentores desde setembro de 2014. A pri-
meira foi efetuada aos estaleiros chineses da Cosco de Zhoushan para a contrução de sete navios de 3.600 TEU’s, ao que se seguiu, no início de 2015, um contrato com os estaleiros sul-coreanos da Daewoo Shipbuilding para a construção de 11 porta-contentores de 19.630 TEU’s. Antes deste novo plano de investimentos, que ascende a 13.600 milhões de euros, para a renovação de infraestruturas, navios, contentores e outros equipamentos, a multi-
Inquérito de satisfação
Até maio
Porto de Setúbal cresce 17% no Ro-Ro
Até maio de 2015, o porto de Setúbal cresceu 17 por cento em unidades Ro-Ro, comparativamente com igual período do ano passado. Foram movimentadas mais 74 mil viaturas ligeiras novas, das quais, cerca de 38 mil correspondem a veículos fabricados e exportados pela VW Autoeuropa, ou seja, 51 por cento do total movimentado. Entretanto, já arrancaram as obras de Expansão do Terminal Ro-Ro Coelho da Mota para Jusante, prevendo-se que terminem no final do ano, refere o porto de Setúbal em comunicado. “Estão a ser construídos mais 5,8 ha de terrapleno no terminal, para melhorar o serviço 10
nacional dinamarquesa já tinha encomendado 11 navios, com capacidades compreendidas entre 9.500 e 11.500 TEU’s, sendo que as primeiras unidades começam a ser entregues este ano e as últimas em 2016. Quando todos os navios encomendados tiverem sido entregues, a Maersk Line terá incorporado na sua frota mais de meio milhão de TEU’s de capacidade, o que representa um aumento de 16 por cento em relação à capacidade atual.
de importação e exportação de automóveis e passar a oferecer serviços de valor acrescentado na importação e exportação de veículos, serviços atualmente em parques logísticos exteriores ao porto”, adianta a administração portuária. Com este investimento e a disponibilização destes novos serviços, o porto de Setúbal pretende ser um hub ro-ro de crosstrade intercontinental na ligação entre as rotas do Atlântico, África, Ásia e as linhas do Mediterrâneo e, de igual modo, potenciar a distribuição de automóveis para Portugal e Espanha, até Madrid com áreas de atividades logísticas especializadas no interior do porto. www.transportesemrevista.com
MSC recebe nota máxima dos seus clientes Os clientes da MSC Portugal classificaram os serviços da empresa como “Bons” ou “Excelentes”, revela um estudo de satisfação realizado pelo armador europeu, que ganhou o concurso para a privatização da CP Carga. Segundo a empresa, “a MSC Portugal efetua regularmente questionários para aferimento da satisfação dos clientes relativamente ao serviço prestado, de forma a melhorar continuamente os índices de qualidade”. Os resultados apurados nas opiniões recolhidas entre janeiro e junho de 2015 indicam que 86 por cento dos clientes da MSC Portugal dão nota máxima no Índice de Satisfação Global, classificando os seus serviços com “Bom” ou “Excelente”. Este resultado é, para a companhia, “um motivo de orgulho e motiva toda a equipa a fazer cada vez mais e melhor”.
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ATUALIDADES marítimas
JUST IN TIME… GARLAND ABRE DELEGAÇÃO EM PORTIMÃO – O Grupo Garland abriu uma nova delegação, em Portimão, no Algarve. Com este investimento, a Garland Navegação passa a cobrir todo o território português, com escritórios próprios nos principais terminais marítimos, de forma a oferecer serviços permanentes em Lisboa, Leixões e, a partir de agora, no sul do país. A mais recente delegação do Grupo garante uma solução completa que servirá todos os portos da região do Algarve, especializando-se no atendimento de pequenos navios e de iates. DELEGAÇÃO DO PORTO DE CABINDA VISITOU SINES – Uma delegação do porto de Cabinda (Angola) visitou o porto de Sines no passado dia 29 de julho, com o intuito de aprofundar o conhecimento sobre a organização e o funcionamento dos portos sob jurisdição da APS. Na reunião com Eduardo Bandeira, administrador da APS, a comitiva do Porto de Cabinda, liderada pelo seu administrador Zeferino Estevão Juliana, teve oportunidade de debater assuntos relacionados com a sustentabilidade e ética na gestão portuária. PORTO DE SETÚBAL BATE RECORDE EM MAIO – O porto de Setúbal viu o mês de maio de 2015 ser o melhor mês de sempre, com 848 mil toneladas de mercadorias movimentadas, superando o anterior recorde de 813 mil toneladas, registado, no mês de março de 2007. Este desempenho significa, também, relativamente ao mês de maio de 2014, em que foram processadas 695 mil toneladas, um crescimento de 22 por cento. No acumulado, até maio, a carga movimentada recupera para valores próximos dos registados no ano transato, com mais de 3,3 milhões de toneladas. APS MODERNIZA SITE INSTITUCIONAL – A APS - Administração dos Portos de Sines e do Algarve, tem um novo sítio na internet, desenvolvido com base na nova imagem corporativa da empresa e de acordo com a nova realidade de gestão de três portos, Sines, Faro e Portimão. O site está estruturado em quatro grandes áreas, agrupando desde logo informação institucional e obrigatória sobre a empresa APS, complementada por informação individualizada por cada um dos portos sob sua responsabilidade, através de páginas especializadas por porto, de cariz mais operacional e comercial. 12
Portimão e Faro
Portos do Algarve recebem investimento de 2,8 milhões de euros A APS – Administração dos Portos de Sines e do Algarve concluiu as obras de melhoramentos dos portos de Faro e Portimão. Em Portimão, terminou a reabilitação do cais Ro-Ro e do cais flutuante Bartolomeu Dias. Decorre igualmente a requalificação dos espaços afetos aos passageiros do Edifício da Gare Marítima daquele porto. Em Faro, procederam-se aos trabalhos de reparação do caminho de rolamento dos guindastes, encontrando-se a área de jurisdição do porto a ser alvo de ordenamento e requalificação. Segundo a APS, “a modernização dos sistemas de informação e comunicação em ambos os portos foi igualmente uma das preocupações da Autoridade Portuária, encontrando-se praticamente terminada a implementação do sistema de controlo de acessos, enquanto se procede à melhoria das condições operacionais e de segurança dos Datacenters, bem como a instalação da solução de integração de comunicações rádio VHF e evolução dos ativos da rede informática, com migração das firewalls (TMG)”. Ao nível da segurança e proteção portuária nos portos de Faro e Portimão se-
rão reforçadas com a extensão do Sistema de Supervisão Portuária (SSP) e do VTS Portuário (AIS), o que permitirá uma cobertura vídeo das várias áreas dos cais e a melhoria das operações e do controlo de tráfego marítimo nas áreas molhadas. Em Portimão foram ainda instalados um scanner no terminal de passageiros e novas defesas pneumáticas. De salientar ainda a melhoria dos serviços de apoio técnico, segurança e fiscalização de obras portuárias e a disponibilização de veículos polivalentes de Intervenção para os dois portos. “Estas intervenções integram duas operações designadas ‘Aumento operacionalidade e segurança do Porto de Faro’ e ‘Aumento operacionalidade e segurança do Porto de Portimão’ que totalizam, respetivamente, um investimento previsto de 1,2 milhões de euros e 1,6 milhões de euros, apoiados por uma comparticipação comunitária de 480 mil e 700 mil de euros, proveniente do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) através do Programa Operacional ALGARVE 21”, adianta a APS.
...e acolhe reunião do Comité Executivo da ESPO A APS – Administração dos Portos de Sines e do Algarve vai receber, em setembro, a reunião do Comité Executivo da ESPO – European Sea Ports Organization. O encontro terá lugar no porto de Portimão e reunirá os principais representantes do setor portuário europeu. Simultaneamente, em Sines, terá lugar uma reunião do comité técnico daquela organização sobre www.transportesemrevista.com
“Port Governance”. “A ESPO representa as autoridades portuárias e associações de portos dos Estados-Membros da União Europeia e da Noruega, tendo como objetivo a promoção dos interesses comuns dos seus membros, fomentando o diálogo entre os stakeholders europeus do setor marítimo-portuário”, revela a APS em comunicado. TR 149 JULHO 2015
ATUALIDADES marítimas
Promoção da navegabilidade
Rio Douro recebe investimento de 74 milhões de euros A APDL – Administração dos Portos de Douro e Leixões apresentou o projeto de intervenção na Via Navegável do Douro – Douro’s Inland Waterway 2020. Este projeto, que faz parte do PETI 3+, está orçado em 74 milhões de euros e tem como objetivo “transformar o Douro num curso de água seguro, com boas rotas de comércio, que contribua para os propósitos europeus de transportes de transportes para 2020”, refere a APDL. A primeira fase de estudos do projeto está já aprovada e tem a duração de dois anos, num investimento que representará um total de 4.7 milhões de euros. De acordo com a APDL, “a promoção, desenvolvimento e conservação de infraestruturas e equipamentos, assim como a administração e coordenação de intervenções no canal passaram a ser responsabilidade da APDL, que possui inclusive um novo órgão de consulta – o Conselho da Navegabilidade do Douro – para questões da via navegável”.
No porto de Viana do Castelo
APDL quer concessionar movimentação de cargas A APDL - Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo criou um grupo de trabalho que tem como objetivo “estudar e preparar o processo de atribuição de concessão das atividades de movimentação de cargas no porto de Viana do Castelo”. A administração portuária revela que pretende lançar o respetivo concurso público ainda durante o corrente ano. O porto comercial de Viana do Castelo, instalado na margem esquerda do rio Lima, tem capacidade instalada para movimentar mais de um milhão de toneladas de carga por ano. Está acessível a navios até oito metros de calado e 180 metros de comprimento, sendo constituído por dois lanços de cais, com um comprimento total de 487 metros. Está apetrechado com seis guindastes elétricos, dispõe de terraplenos com uma área de 16 hectares e encontra-se dotado com um terminal Roll-On/Roll-Off. pub.
Ligação semanal
CEVA introduz rota entre Antuérpia e Nova Iorque A CEVA Logistics lançou um novo serviço direto LCL (Less-thain-Container Load) entre Antuérpia, na Bélgica, e Nova Iorque, nos Estados Unidos. O novo serviço semanal vem reforçar a oferta existente que a CEVA Logistics tem vindo a disponibilizar desde 2011 e que tem registado um rápido crescimento. O novo serviço entre Antuérpia e Nova Iorque tem um tempo de trânsito de 11 dias e assegura uma disponibilidade de carga mais rápida no destino e um maior controlo da mercadoria. A nova rota direta da CEVA Logistics pode incluir serviços de entrega porta a porta e permite o acesso aos serviços integrais para a cadeia de abastecimento da CEVA, assim como o apoio dos escritórios deste operador logístico na origem e no destino para assegurar os mesmos níveis de serviço ao cliente. A CEVA assegura o tracking da mercadoria que é visível para o cliente.
OPINIÃO
Vitor Caldeirinha Presidente da APSS-Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra
articulistas@transportesemrevista.com
Defendo não fundir de forma simples Setúbal com outros portos A fusão simples e imediata de Administrações Portuárias de portos nacionais principais e semelhantes, como é o caso de Setúbal, com comunidades portuárias distintas e concorrentes não é aconselhável sem equilibrar poderes, garantir autonomia, eficiência local, estruturas distintas e garantir a concorrência comercial e de estratégias, assim como soluções logísticas.
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efendo não fundir de forma simples Setúbal com outros portos. Será negativo para a economia da região e para o País. É mais adequado a “coopetition” e a coordenação regional institucionalizada. É preferível a coordenação regional institucionalizada no modelo de “coopetition” do que fazer fusões. Acima de tudo, deve-se respeitar a concorrência comercial entre terminais e a concorrência da gestão operacional, de soluções logísticas e de planos de desenvolvimento e eficiência entre portos e Administrações Portuárias. As modernas Autoridades Portuárias possuem papel determinante na competitividade logística e no desenvolvimento dos portos. Sou favorável a uma entidade nacional que faça a coordenação de ações a nível nacional. A solução espanhola de compromisso dos Puertos del Estado poderia ser uma solução. Sou favorável a uma gestão coordenada a nível regional, que, de forma gradual, se vá intensificando ao longo dos anos e respeite a autonomia, o desenvolvimento e os interesses de cada porto e de cada comunidade portuária e região. Cada porto deve ter autonomia e estar próximo da sua área e encontrar as suas melhores soluções de desenvolvimento para o futuro do porto e as melhores soluções logísticas. Deve procurar fazer mais com menores custos e menor investimento. Os portos grandes são unidades de negócio com uma vida própria, como é o caso de Setúbal, pelo que devem ter autonomia local e proximidade ao que gerem. Claro que os portos devem colaborar mais no âmbito da Associação de Portos (ou outro organismo que seja mais eficaz) nos sistemas de informação, compras comuns, marketing e até com serviços partilhados.
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Ou seja, quanto aos cinco grandes portos nacionais (Leixões, Aveiro, Lisboa, Setúbal e Sines), depois da experiência que tive nos últimos anos, opto primeiro pela coordenação nacional centralizada e/ou pela colaboração nacional na APP ou noutro órgão, e só depois pela gestão coordenada regional. Por muitas sinergias regionais que alguém possa imaginar, o que não deve haver são soluções mal pensadas que levem à subjugação total da estrutura de direção e decisão, do planeamento e da oferta comercial atual e futura de um dos grandes portos ao interesse económico ou regional/local de outro ou particular da sua comunidade portuária, com interesses naturalmente antagónicos, concorrentes e muitas vezes predatórios, sem se cuidar de criar gradualmente fortes mecanismos equilibrados de autonomia versus coordenação, concorrência versus cooperação/complementaridade e de equilíbrio de poderes entre diferentes interesses dos diversos portos, comunidades portuárias e das diferentes regiões e atores públicos e privados. É como as cidades, onde não faz sentido uma ser gerida pela câmara municipal de outra devido à necessidade de proximidade das questões e à concorrência entre regiões.
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Vale mais pensar bem e demorar do que correr e fazer mal. Há que ter muito cuidado com isto. Um porto não deve ser dominado e deixar que o seu futuro e potencial, importante para a região e o País, seja “asfixiado” (ou desconsiderado/diminuído) por outro com distinta comunidade portuária e interesses concorrentes, sem motivos de racionalidade económica, o que é normal ocorrer na natureza concorrencial dos mercados e das pessoas, se um passar a dominar o outro, mesmo que ao nível da gestão pública económica e administrativa. É um risco para a Economia, para a região e para as empresas exportadoras. É como a gestão das cidades. Pode e deve haver coordenação regional em certos temas, mas não pura subjugação. Deve haver autonomia municipal local e de soluções de desenvolvimento de proximidade. Gestão coordenada regional, sim. Com mecanismo de inter-relação institucionalizados, de decisão conjunta gradualmente mais integrada, mas sem afetar a autonomia para operar mais barato, para oferecer serviços melhores, para ser mais eficiente nos custos e investimentos e para ter projetos concorrentes melhores para o futuro.
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ATUALIDADES marítimas
Desde a Dinamarca
Novos navios partulha rebocados pela Rebonave
A Rebonave assegurou a operação de reboque oceânico de mais dois dos novos navios patrulha da Marinha de Guerra Portuguesa, o NRP ‘Douro’ e o NRP ‘Mondego’, que ocorreu entre a base naval de Horsor, na Dinamarca, e o Alfeite. A operação teve início a 3 de julho e foi concluída a 19 de julho, tendo sido efetuada pelo rebocador ‘Montenovo’. Na manobra já em Lisboa estiveram envolvidos os rebocadores ‘Poseidon’ (a partir de Cascais) e o ‘Montemuro’, já no estuário do Tejo, ambos da frota de Lisboa da Rebonave. Esta foi a segunda fase do projeto de reboques dos novos navios patrulha para a Marinha Portuguesa, faltando uma outra com reboque duplo.
Primeiro semestre
Porto de Aveiro movimenta carga O porto de Aveiro movimentou, no primeiro semestre do ano, 2,45 milhões de toneladas, um crescimento de 3,76 por cento em relação a igual período do ano passado. O crescimento registou-se nas exportações e nas importações, mas as exportações têm um peso superior, com 53,04 por cento do tráfego do porto. Segundo a APA – Administração do Porto de Aveiro, foram exportadas por Aveiro 1,3 milhões de de toneladas, crescendo 0,12 por centro em relação a 2014, embora as importações tenham registado um crescimento de 8,21 por cento em relação ao ano anterior, perfazendo 1,14 milhões de toneladas, o que corresponde a 46,96 por cento do movimento do porto. O número de navios que visitaram o porto de Aveiro também registou um aumento neste primeiro semestre de 2015, totalizando 547, isto é, mais 52 do que em igual período de 2014. Quanto ao comprimento médio dos navios que demandaram o porto de Aveiro, cifrou-se em 103,79 metros.
Grupo Maersk
APM Terminals investe no porto de Cartagena A APM Terminals, um dos principais operadores de terminais portuários a nível mundial, anunciou que vai passar a gerir o terminal multipurpose do porto colombiano de Cartagena. A empresa do Grupo Maersk realizou uma joint venture com a Compañia de Puertos Asociados S.A. (Compas S.A.) para a gestão conjunta do terminal e irá investir cerca de 200 milhões de dólares na expansão daquela infraestrutura, incluindo aquisição de novo equipamentos. A APM Terminal espera triplicar a capacidade do terminal de modo a que possa receber navios maiores. Atualmente, a companhia está a construir dois terminais de águas profundas na América Central, um em Moin, na Costa Rica, e outro em Lazaro Cardenas, no México.
Em agosto
Porto da Figueira com dragas em prevenção permanente Durante o mês de agosto, o porto da Figueira da Foz colocou em prevenção permanente o serviço de dragas que permite a limpeza dos acessos marítimos e o restabelecimento dos fundos previstos para a prática normal do porto. A APFF – Administração do Porto da Figueira da Foz revela que, com esta medida pretendeu ultrapassar “um dos maiores constrangimentos à competitividade do porto”. Para a administração portuária “a instabilidade dos fundos na barra e no canal de acesso, principalmente no inverno, obrigou, no passado recente, ao condicionamento temporário do calado dos navios que frequentam o porto. A alternativa a ser desenvolvida consiste no estabelecimento de um contrato com uma empresa de dragagem, que permita dispor de dragas JULHO 2015 TR 149
em prevenção para serem utilizadas, de modo a minimizar o tempo de mobilização deste equipamento”. A APFF revela ainda que irá passar a cobrar uma taxa sobre as mercadorias movimentadas, cujo produto será destinado em exclusivo a reforçar as verbas disponíveis para a execução de dragagens. O estabelecimento do valor para estas taxas foi acordado www.transportesemrevista.com
com a Comunidade Portuária de Aveiro, num processo que envolveu as empresas de estiva e os principais clientes. Foi previsto, também, um processo de monitorização que assegura que o pagamento da taxa está ligado à disponibilidade de condições para que os navios usufruam dos fundos anunciados pela APFF para a prática normal do porto. 15
ATUALIDADES marítimas
No top 100 a nível mundial
Gigantes dos mares vêm a Sines
395,4 metros
DIMENSÃO DO ‘MSC ZOE’ Com 395,4 metros de comprimento, o ‘MSC Zoe’ é maior que a Torre Eiffel de Paris e tem quase quatro vezes o comprimento de um campo de futebol.
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O porto de Sines tem vindo a receber os maiores navios porta-contentores da atualidade, incluindo o MSC ZOE e o MSC NEW YORK, o que lhe permitirá alcançar o objetivo de obter um crescimento de 20 por cento em 2015. No primeiro semestre, esse resultado até foi ultrapassado, tendo sido registado um movimento de 21,8 milhões de toneladas, o que constituiu um aumento de 25 por cento. 16
Carlos Moura Pedro
carlos.moura@transportesemrevista.com
OS GIGANTES DOS MARES têm vindo a escalar o porto de Sines, contribuindo para o aumento da movimentação de mercadorias nesta infraestrutura portuária. Entre os maiores navios porta-contentores que escalaram o Terminal XXI destaque para o MSC ZOE e o MSC NEW YORK. O primeiro navio foi recebido no passado dia 11 de agosto e, em conjunto, com o MSC OSCAR e o MSC OLIVER, é o maior navio porta-contentores do mundo. Com 395,4 metros de comprimento, 59 metros de boca e capacidade para transportar 19.220 TEU´s, o MSC ZOE é o terceiro navio dos seis que integrarão a “Classe Oscar” da MSC. O navio foi batizado em agosto, em Hamburgo, e zarpou de imediato para Antuérwww.transportesemrevista.com
pia, na Bélgica, integrando o serviço SWAN da MSC, entre a Ásia e o Norte da Europa. De acordo com o armador europeu, “habitualmente, os navios porta-contentores da MSC são batizados com nomes femininos de familiares dos colaboradores da MSC. Até à data houve apenas cinco exceções: MSC Aniello, MSC Don Giovanni, MSC Diego, MSC Oscar e o MSC Oliver. Esta nova geração de navio porta-contentores da MSC tem sido batizada com os nomes da nova geração da família, netos do fundador, Gianluigi Aponte, sendo Zoe uma das netas”. O “MSC Zoe”, “MSC Oscar” e “MSC Oliver” são navios da mesma classe, transportando mais contentores que qualquer outro navio, sendo também mais amigos do ambiente e com uma maior eficiência de combustível. Poucos dias depois, o porto de Sines receTR 149 JULHO 2015
ATUALIDADES marítimas
11400
CAPACIDADE DE CARGA Para transportar os 19.224 TEU que são a capacidade do ‘MSC Zoe’ são necessários:
CAMIÕES
458
COMBOIOS DE 450 METROS
1100
AVIÕES BOEING 747 59 metros
19.224 TEU =
+117 km Se os 19.224 TEU que o ‘MSC Zoe’ transporta fossem colocados em fila, teríamos uma linha de mais de 117 km.
beu a escala inagural do MSC NEW YORK, outro ULCS – Ultra Large Container Ships, com um comprimento de 399 metros (LOA), uma largura de 54 metros (Boca), um porte de 186.776 toneladas (DWT) e um calado máximo de 16,02 metros. A capacidade máxima é de 16.652 TEU’s. Aquele navio porta-contentores partiu do porto de Antuérpia com destino ao Extremo Oriente, escalando, ao longo do trajeto, os portos de “King Abdullah City” na Arábia Saudita após passagem pelo Canal do Suez. A sua operação em Sines consistiu no embarque de 2.258 contentores (3.284 TEU), contemplando carga com destino ao Médio Oriente e Extremo Oriente, nomeadamente Singapura e Xangai, numa operação que durou menos de 24h. A primeira escala do MSC New York foi assinalada com a entrega de uma Cresta do Porto de Sines ao Comandante do navio. JULHO 2015 TR 149
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ATUALIDADES marítimas A receção deste tipo de navios contribuirá para que o porto de Sines possa alcançar uma taxa de crescimento de 20 por cento em 2015. Em declarações à comunicação social, o presidente da APS – Administração dos Portos de Sines e do Algarve, João Franco, referiu que o porto de Sines se encontra “entre os quatro maiores da Península Ibérica, os 20 maiores da Europa e no top 100 a nível mundial”. No primeiro semestre deste ano, o objetivo de crescimento estabelecido pela administração portuária até já foi ultrapassado, uma vez que foram movimentadas 21,8 milhões de toneladas de mercadorias, um aumento superior a 25 por cento face a igual período do ano passado. A contribuir para este novo resultado histórico, estiveram todos os segmentos de carga, pois todos eles tiveram um comportamento positivo, o que na prática significa dizer que todos os terminais especializados do porto de Sines cresceram. Nos contentores foram movimentados 676.898 TEU no primeiro semestre do corrente ano, o que significou um crescimento superior a 13 por cento face a 2014. O segundo trimestre de 2015 permitiu este importante resultado, com o mês de junho a atingir os 140.947 TEU movimentados. De referir ainda que a movimentação de bancas (combustíveis para os navios) teve um crescimento de 30 por cento (162.807
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toneladas), o número de navios em operação comercial cresceu oito por cento e o GT acumulado (Gross Tonnage) cresceu 11 por cento.
Investimento de 9,5 milhões na regularização dos fundos do Terminal XXI A Administração dos Portos de Sines e do Algarve (APS) está a investir 9,5 milhões de euros nas obras de regularização dos fundos da bacia do Terminal de Contentores de Sines, que têm o objetivo de melhorar a segurança e condições de operacionalidade do terminal face ao crescimento do nú-
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mero de navios e ao aumento da dimensão dos mesmos. As obras de regularização dos fundos da bacia para cotas de – 17,0 / 17,5 metros já tiveram início para permitirem uma maior fluidez operacional (nomeadamente rotação de navios) e segurança do tráfego marítimo, atendendo à entrada em operação dos Super-ULCS (Super Ultra Large Container Ships). Será de referir que o canal de acesso ao terminal foi sujeito a trabalhos de regularização de fundos em 2011 para as referidas cotas e a nova empreitada pretende assegurar a disponibilização de fundos similares numa área mais alargada da
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ATUALIDADES marítimas
bacia. Os trabalhos decorrerão até ao final do próximo mês de setembro. A draga que está a ser utilizada é a “Artemis” e tem um comprimento de 131,5 metros. Pertence ao armador “VAN OORD SHIP MANAGEMENT B.V.” com sede na
pub.
Holanda, e é irmã gémea da “Athena”, utilizada em 2011. Tem capacidade para trabalhar até 32,4 metros de profundidade e expelir o material através de uma conduta de 1.000 mm de diâmetro com auxílio de três bombas de 5.000 KW, uma das quais
submersas, apresentando uma potência máxima de corte instalada de 7.000 KW. Nos trabalhos em curso, que estão abrangidos pelas avaliações de impacto ambiental (AIA) de construção do Terminal XXI, passam pela regularização de fundos rochosos caraterísticos de Sines não sujeitos a assoreamento, optou-se pela adoção de técnica por corte dos afloramentos de rocha, em vez do tradicional desmonte com recurso a explosivos. Esta tecnologia permite reduzir ao mínimo os impactos da atividade que ficam assim limitados à zona a intervencionar, não existindo ondas de choque e suspensão de sedimentos com dispersão destes por uma vasta área. Ainda assim, é desenvolvido um estudo de monitorização da turbidez das águas, por determinação dos sólidos em suspensão e por medições com disco de Secchi, efetuado pelo CIEMAR, para confirmação da não existência de impactos significativos na envolvente, nomeadamente nas praias de São Torpes.
ATUALIDADES marítimas
Estudo está em consulta pública
AdC identifica principais constrangimentos do setor portuário A Autoridade da Concorrência (AdC) lançou, em consulta pública, o estudo que identifica os principais constrangimentos à concorrência nos portos portugueses e apresenta um conjunto de recomendações destinadas a promover a concorrência no setor. Pedro Costa Pereira
pedro.pereira@transportesemrevista.com
A ADC LEVOU A CABO uma caraterização das condições de concorrência do setor portuário, uma vez que “se entende que os constrangimentos à concorrência são uma das principais causas subjacentes à menor eficiência e qualidade de funcionamento dos portos nacionais”. A autoridade destaca a elevada concentração da estrutura de oferta que carateriza o 22
setor, os riscos de congestionamento que afetam vários terminais portuários, as restrições de acesso à prestação da maioria dos serviços portuários, bem como os riscos de discriminação no acesso às infraestruturas portuárias por determinados operadores económicos. Refere, igualmente, como um dos problemas que afeta o setor portuário nacional, a ausência de uma clara separação entre a atividade regulatória, a atividade de administração portuária e, nalguns casos, as próprias atividades comerciais de operação www.transportesemrevista.com
de terminais e de prestação de serviços portuários. O documento salienta que “o setor portuário apresenta uma estrutura de oferta significativamente concentrada, quer se considere cada um dos portos individualmente quer se considere o conjunto dos portos do Continente”. Por outro lado, acrescenta, que as diversas infraestruturas portuárias apresentam “uma elevada taxa de utilização da sua capacidade, na movimentação de determinados tipos de carga, o que redunda em potenciais TR 149 JULHO 2015
ATUALIDADES marítimas riscos de congestionamento e, consequentemente, em constrangimentos à concorrência no mercado”. Outras das ineficiências apresentadas, e que é criticada pela AdC, é o facto de os portos nacionais distinguirem-se, entre si, por apresentarem intensidades de especialização por categorias de carga distintas “o que tenderá a ser um sintoma de uma certa diferenciação entre os vários portos e terminais portuários (…) ora, a concorrência entre duas infraestruturas portuárias será tanto menor quanto mais diferenciadas entre si forem essas infraestruturas portuárias”. Também a existência de “elevadas barreiras à entrada/acesso à operação de infraestruturas portuárias, quer de natureza legal quer, ainda, de natureza estrutural” são apontadas pelo estudo. Para a AdC, estas barreiras ameaçam o surgimento de novos operadores no mercado, redundando numa menor concorrência dentro do setor. Também os operadores de terminais portuários são visados no documento. É referido que alguns destes operadores atuam, igualmente, a jusante da cadeira de valor, uma vez que controlam armadores e agentes de navegação, “não se excluindo que desta integração vertical possam resultar entraves adicionais à concorrên-
cia no mercado, em particular se o operador integrado verticalmente passar a impedir ou a dificultar, em benefício das suas próprias empresas que atuam a jusante, o acesso dos concorrentes destas ultimas à utilização do terminal portuário”. O estudo conclui que “devido à inexistência de um poder negocial significativo dos utilizadores das infraestruturas portuárias, os quais se encontram, em larga medida, dependentes destas e, consequentemente, o poder negocial dos clientes das infraestrutuJULHO 2015 TR 149
ras portuárias não parece ser suficiente para contrabalançar os efeitos resultantes de uma reduzida concorrência no mercado”.
As recomendações da AdC O regulador faz várias recomendações ao Governo que têm como objetivo “mitigar os constrangimentos de natureza concorrencial identificados”. Por um lado, apela para a redefinição do modelo de governação do setor portuário, através da implementação de “uma clara separação entre a atividade regulatória, a atividade de administração portuária e as atividades comerciais de operação de terminais e de prestação de serviços portuários”. Refere ainda que uma das principais linhas orientadoras das administrações portuárias, deverá ser a promoção da utilização eficiente das infraestruturas, do desempenho dos serviços portuários e do valor gerado para os utilizadores dos portos. E, neste âmbito, salienta que é essencial a implementação efetiva do regulador setorial, a Autoridade de Mobilidade e dos Transportes (AMT). A AdC recomenda, também, que a redução das rendas e taxas cobradas pelas administrações portuárias se reflitam numa efetiva redução dos preços de utilização dos termi-
nais e restantes serviços portuários, em benefício dos utilizadores finais dos portos. E acrescenta que “esta recomendação deverá aplicar-se não só aos novos contratos de concessão, mas também para efeitos de renegociação dos atuais contratos de concessão”. Outra das recomendações feita, é a inclusão nos contratos de concessão de um conjunto de indicadores de desempenho associados a objetivos claros de movimentação de carga e de promoção de utilização das infraestruturas. Estes indicadores devem ser complewww.transportesemrevista.com
Utilizadores dos portos dizem que a relação qualidade-preço é negativa A AdC identificou neste estudo um conjunto de factos e sintomas passíveis de indiciar problemas de funcionamento no setor portuário nacional. Um desses sintomas é o facto de Portugal aparecer apenas na 26ª posição no Índice de Desempenho Logístico, documento publicado pelo Banco Mundial, situando-se atrás de países como Espanha 18º), Bélgica (3º), Holanda (2º) ou Alemanha (1º). Portugal aparece ainda em 23º lugar no Índice de Competitividade do World Economic Fórum 2014-2015, no que se refere à qualidade da sua rede de portos, atrás de países como a Alemanha (14º), Espanha (9º), Bélgica (6º) e Holanda (1º). Já a qualidade das redes de portos de países como a Estónia, Reino Unido, Noruega, Dinamarca, Islândia e Finlândia aparecem classificadas em 17º, 16º, 13º, 10º, 8º e 5º, respetivamente. Outro dos fatores apontados pelo estudo prende-se com a opinião dos utilizadores dos portos nacionais. E esta não é nada favorável. Do inquérito realizado pela AdC junto dos principais utilizadores dos portos nacionais, obtiveram-se resultados médios negativos para a maioria das dimensões de desempenho das infraestruturas e serviços portuários consideradas, com o preço e o value for money ou relação qualidade-preço a apresentar resultados particularmente negativos. O estudo adianta que diversos operadores portuários apresentam níveis de rentabilidade significativos, por comparação ao que se verifica nos portos espanhóis, o que revela margem para redução dos preços cobrados pela utilização das infraestruturas portuárias. A avaliação e divulgação de indicadores de produtividade dos portos e terminais portuários é também negativa, revela o estudo. mentados por um sistema de monitorização efetiva do cumprimento de tais objetivos e indicadores de desempenho, bem como um sistema de incentivos que inclua as adequadas bonificações e penalizações ligadas ao grau de cumprimento dos objetivos e indicadores de desempenho. 23
ATUALIDADES marítimas
Luís Paz da Silva – Samskip
Samskip assume-se como operador multimodal
Especialização, ‘network’, compromisso são as vantagens competitivas da Samskip face à concorrência, refere o responsável da Samskip em Portugal, Luís Paz da Silva, à Transportes em Revista. Mais do que uma companhia de navegação, a Samskip é um operador multimodal e 30 por cento do seu volume de negócios resulta já de operações não relacionadas com o transporte marítimo. Com o objetivo de simplificar as suas operações, a empresa procedeu a uma reestruturação organizacional através da criação da Samskip Logistics, que reúne todas as unidades de negócio numa só entidade. 24
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TR 149 JULHO 2015
ATUALIDADES marítimas
Carlos Moura Pedro
carlos.moura@transportesemrevista.com
TRANSPORTES EM REVISTA – A Samskip anunciou recentemente uma reestruturação organizacional para simplificar as suas operações. Que alterações foram essas? Qual o objetivo? Qual o impacto na atividade em Portugal, designadamente para as empresas exportadoras e importadoras? LUÍS PAZ DA SILVA – Foi recentemente criada a SAMSKIP LOGISTICS, que agrupa toda a atividade de trânsito de carga seca e refrigerada/frigorífica numa só unidade de negócio, incluindo a SAMSKIP ICEPAK LOGISTICS bem como todos os serviços de trânsitos anteriormente prestados através de organizações locais a operar sob a marca SAMSKIP. Também a área da armazenagem frigorífica e terminais frigoríficos operada pela FrigoCare se acolhe sob a liderança da SAMSKIP LOGISTICS, ainda que mantendo a sua marca própria. A participação da SAMSKIP na Silver Green fica igualmente sob a alçada da SAMSKIP LOGISTICS. Esta mudança não terá impacto na nossa atividade em Portugal no futuro próximo. TR – Em seu entender, qual é a vantagem competitiva da Samskip em relação a outros armadores / linhas de navegação? LPS – Três palavras: especialização, “network”, compromisso. A SAMSKIP não é tanto uma companhia de navegação como um operador multimodal puro com mais de 30 por cento da sua faturação bruta a resultar de operações não relacionadas com o transporte marítimo. O nosso caminho é o caminho que o cliente necessita de percorrer e para isso utilizamos todos os meios existentes para fazer o caminho de casa do exportador até à casa do importador: caminho-de-ferro, barcaças, camiões. E sim: também navios. A SAMSKIP é especialista e líder de mercado em algumas áreas europeias em transporte multimodal. Esta multimodalidade gera uma rede de serviços que, vista num mapa, se assemelha a uma aranha: linhas que percorrem todos os espaços, ligando todos os pontos. A partir de Roterdão ou Duisburgo, a Samskip liga o Sul com o Norte, o Oeste com o Leste e dispõe de um “portfolio” de serviços que não JULHO 2015 TR 149
sivamente com plataformas e equipamento “flat-rack” para cargas especiais. Além disto, a SAMSKIP tem uma atenção permanente na inovação de equipamento através de protocolos criados com a indústria de construção de contentores para a investigação de soluções que possam melhorar a quantidade de carga por unidade e que permita a utilização de materiais mais amigos do ambiente. Que, em síntese, permita alcançar aumento de eficiências através de soluções sofisticadas.
perde para nenhum dos nossos concorrentes, antes se destaca. Da especialização multimodal e da rede de serviços, resulta um compromisso: a dedicação completa a satisfazer as necessidades dos nossos clientes buscando melhores soluções multimodais de transporte em 45’ que se traduzam em maior fiabilidade, mais criatividade em soluções inovadoras e melhor relação qualidade/preço do transporte com a permanente preocupação pela preservação do ambiente. Como se traduz esse compromisso na prática? Através do maior stock de 45’ na Europa e da rede mais alargada de serviços no continente europeu; através da necessidade de criar áreas específicas de negócio para atender a necessidades específicas do negócio: a “Steel and Construction Division”, uma unidade de negócios da SAMSKIP que opera excluwww.transportesemrevista.com
TR – Qual o balanço da atividade da Samskip no mercado nacional no ano passado, em termos de exportações e importações? Como avalia os primeiros meses do ano em curso? LPS – Apesar de operar num ambiente difícil, graças à competente ação dos nossos concorrentes, a SAMSKIP alcançou em 2014 um crescimento global das cargas, em ambos os sentidos, de 12 por cento quando comparado com o ano anterior. Mantemos essa tendência e ritmo em 2015 com um crescimento consolidado de oito por cento até maio, comparado com igual período do ano anterior. TR – Quais são as principais linhas servidas pela Samskip em Portugal, qual a frequência e número de navios, e como se processa a articulação com o resto da rede intermodal da empresa? LPS – Em Portugal, a Samskip oferece duas escalas semanais em Leixões e uma em Lis25
ATUALIDADES marítimas boa, com escala em Roterdão onde as cargas se conectam com a rede central de serviços da Samskip, seja através de transbordo direto (para outros navios ou barcaças), seja por estrada a partir de ou para uma empresa local, ou ligando com o terminal ferroviário da Samskip em Duisburgo para todas as ligações por comboio. TR – Para um armador como a Samskip e para o seu agente de navegação, quais são as principais vantagens proporcionadas pelos portos portugueses? LPS – A capacidade de diálogo, o empenho em buscar soluções em conjunto, a coordenação e articulação que os meios tecnológicos (JUP) proporcionam aos operadores. TR – Quais são os principais problemas que ainda deverão ser ultrapassados para os portos nacionais se tornarem ainda competitivos? LPS – O custo da operação portuária, apesar do vasto esforço realizado nos últimos anos pelas administrações portuárias, continua elevado quando comparado com portos congéneres europeus. Também alguns procedimentos ainda em vigor, mas já obso letos por força das soluções tecnológicas implantadas, carecem de reformulação. Por último, o conflito social vivido no porto de Lisboa nos últimos anos, ainda que sanado de momento – e que pode naturalmente ocorrer noutros portos – causou sérios prejuízos aos operadores e também à reputação do próprio porto. Não temos evidentemente nenhuma solução mágica no bolso
para esse problema, mas deverá haver uma reflexão séria sobre as implicações para a economia nacional, até porque exemplos há no País onde foram encontradas soluções concertadas entre as partes, que eliminaram essa conflitualidade de há muitos anos a esta parte. TR – Num plano puramente teórico, como encara os planos de investimentos nos portos nacionais, designadamente Leixões, Lisboa, com terminal de contentores no Barreiro, Setúbal e Sines? LPS – Salvo algumas excepções (Aveiro e Setúbal, pelo menos por enquanto), os portos nacionais estão no limite da sua capacidade e da gestão do espaço vital: damos como exemplo o caso de Leixões, que está acima dos 80 por cento da sua capacidade, o que se traduz nos problemas que enfrenta no que concerne à gestão do espaço de armazenagem ou, bem mais grave, na navegabilidade para navios de maior capacidade que não podem, de momento, demandar o porto pelas limitações técnicas de que hoje sofre e que podem ser resolvidas com a construção do “Terminal -14” previsto no PETI, mas sem qualquer evolução que se conheça. O mesmo acontece com Lisboa. Não dispomos evidentemente do conhecimento técnico para discutir se a melhor solução para este porto se encontra no Barreiro ou noutra localização, mas tal não obsta à necessidade de expandir o porto de Lisboa para permitir-lhe dar resposta aos desafios que já hoje se colocam, quer a necessidade de escala de navios de
maior capacidade, quer a obrigatoriedade de levar a cabo as operações portuárias de forma mais eficiente já em custos, já na velocidade da operação. Os portos nacionais necessitam ainda de investir em melhores ligações à rede ferroviária, melhores serviços de portaria, que sejam mais rápidos e sem impacto nocivo no ordenamento das cidades onde se integram. Só desta forma se alcança um dos objetivos cimeiros a que a SAMSKIP (e todos os demais operadores multimodais) se propõem: converter carga da estrada para o mar, diminuindo o impacto ambiental da movimentação de cargas, diminuindo os custos do transporte, aumentando a competitividade dos agentes económicos. TR – Além do serviço marítimo, a Samskip assegura outros tipos de serviços quer de transportes quer de logística? E em Portugal? LPS – Sim. Oferecemos serviços ferroviários e fluviais através da Europa. O serviço fluvial por barcaça centra-se essencialmente na Holanda e Alemanha, enquanto o serviço ferroviário cobre a Dinamarca, a Suécia, a Alemanha, a França, o Luxemburgo, Itália, a Europa Central e de Leste e ainda a Turquia (sendo o segmento final servido com um navio roro). Em Portugal oferecemos, de momento, ligações ferroviárias à Extremadura Espanhola e à Andaluzia. Na vizinha Espanha, proporcionamos serviço ferroviário desde Le Boulou, em França, para Barcelona e servimos ainda, através do porto de Bilbao, as áreas de Madrid, Valencia, Vitoria, Saragoça e Barcelona. TR – Está prevista a introdução de novos serviços no mercado nacional? Em caso afirmativo, quais? LPS – Vai depender do desenvolvimento do mercado. Novos serviços serão equacionados se as oportunidades surgirem e o mercado o exigir. Portugal viu o seu PIB elevar-se a 0,9 por cento em 2014, com a expectativa para 2015 a situar-se num crescimento de 1,6 por cento, de acordo com as previsões da Comissão Europeia. Analisamos estes números com confiança e expectativa, certos de que eles se materializarão pelo aumento da procura num mercado que está, não apenas mas também, alavancado nas exportações como um dos motores da economia.
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TR 149 JULHO 2015
ATUALIDADES ferroviárias
Consórcio AEIECA
TIS ganha contrato para estudo de corredor ferroviário A TIS faz parte do consórcio vencedor que irá realizar o estudo de coordenação do “Corredor de Mercadorias nº4”. Liderado pelo Agrupamento Europeu de Interesse Económico Corredor Atlântico (AEIECA) - composto pelas entidades gestoras das infraestruturas ferroviárias, nomeadamente a Infraestruturas de Portugal, ADIF (Espanha), RFF (França) e DB (Alemanha) – este projeto tem como principal objetivo a rentabilização da infraestrutura ferroviária existente, sem investimento adicional, através de uma gestão centralizada da atribuição de capacidade, da gestão de tráfego e do relacionamento com os clientes. Por outro lado, assume-se também como plataforma privilegiada para a coordenação dos investimentos na infraestrutura ferroviária em
Portugal, Espanha e França, “no sentido de serem ultrapassadas barreiras técnicas e operacionais, promovendo a interoperabilidade e, consequentemente, fomentando uma maior competitividade do transporte ferroviário de
mercadorias”, refere o AEIECA. O corredor é constituído por troços da infraestrutura ferroviária existente e planeada entre Sines/Setúbal/Lisboa/Aveiro/Leixões– Algeciras/Madrid/ Bilbao – Bordéus/Paris/Le Havre/Metz, transpondo as fronteiras em Vilar Formoso/Fuentes de Oñoro, Elvas/Badajoz e Irun/Hendaye. Está também prevista a extensão até à Alemanha através de dois itinerários, um até Mannheim e outro pela fronteira franco-alemã em Strasbourg. A extensão até à Alemanha deverá estar operacional até novembro de 2016. O consórcio, que inclui a Systra e a INECO, será também responsável pelo estudo sobre o impacto do desenvolvimento dos portos do Atlântico no tráfego ferroviário internacional de mercadorias.
Investimento de 2,4 milhões de euros
IE reabilita vias na estação do Entroncamento
Para desenvolver atividade em Portugal
Acciona pede licença de operador ferroviário ao IMT A Acciona Rail Services enviou uma carta ao IMT (Instituto da Mobilidade e Transportes) manifestando o seu interesse em obter o reconhecimento, pelo Estado Português, da licença de operador de transporte ferroviário de mercadorias, de que é atualmente detentora em Espanha. A Acciona Rail Services adianta que pretende igualmente submeter à aprovação do IMT o processo relativo à obtenção do respetivo certificado de segurança, para posteriormente iniciar a sua atividade de operador ferroviário de mercadorias em Portugal. A Acciona Rail Services é detentora da licença de operação ferroviária em Espanha, desde março de 2006, tendo sido revalidada em no28
vembro de 2011 pelo Ministério do Fomento de Espanha. A empresa adianta que já é detentora dos requisitos regulamentares vigentes em Portugal, designadamente no que se refere às especificidades relativas ao Certificado de Segurança. As propostas apresentadas pelos concorrentes à reprivatização da CP Carga, que, nalguns casos casos apontam para a manutenção ou redução da atividade da empresa, está na origem do interesse da Acciona Rail Services no mercado nacional, uma vez que antevê algumas oportunidades de negócio em alguns tráfegos que possam ser descontinuados pela administração de uma CP Carga privada. www.transportesemrevista.com
A Infraestruturas de Portugal (IP) concluiu recentemente os trabalhos de reabilitação integral das vias principais na Estação do Entroncamento. Foram renovadas as diferentes componentes da superestrutura de via, nomeadamente, travessas, carril, balastro e aparelhos de mudança de via, viabilizando o aumento da velocidade máxima, no local, de 60km/h para 100km/h para comboios convencionais e pendulares. Segundo a IP, “com esta ação melhorou-se a qualidade da infraestrutura, dela decorrendo um maior conforto, segurança e fiabilidade para a circulação ferroviária e passageiros, bem como uma redução nos custos de manutenção”. A empreitada, com um investimento associado de cerca de 2,4 milhões de euros, esteve a cargo da empresa Fergrupo, Construções e Técnicas Ferroviárias, S.A, tendo a gestão, coordenação e fiscalização da obra sido assegurada por meios internos da IP.
TR 149 JULHO 2015
ATUALIDADES ferroviárias
Pela Autoridade da Concorrência
CP Carga condenada a pagar coima de 100 mil euros...
A Autoridade da Concorrência (AdC) condenou a CP Carga ao pagamento de uma coima de 100 mil euros por prestação de informações falsas, inexatas ou incompletas, no âmbito de um processo por alegado abuso de posição dominante no transporte ferroviário de mercadorias em contentores, entretanto arquivado. Esta é a segunda decisão da AdC, em 2015, de imposição de coima por prestação de informações falsas, inexatas ou incompletas, nos termos da Lei da Concorrência, refere o Regulador. Segundo a AdC, “o processo por prestação de informações falsas, inexatas ou incompletas contra a CP Carga foi aberto em novembro de 2014, tendo agora culminado com uma decisão final sancionatória após ter sido dada à arguida a oportunidade de exercer o seu direito de audição e defesa”. Para o Regulador, “o fornecimento pelas empresas, na sequência de pedidos da Autoridade, de toda a informação que se encontre ao seu dispor, de forma rigorosa, exata e completa, é crucial ao exercício cabal das atividades sancionatória e de supervisão da AdC. Nesse contexto, a prestação por uma empresa, de modo doloso ou meramente negligente, de informação que venha a revelar-se enganosa ou de alguma forma incompleta, pode permitir ocultar problemas de concorrência no mercado e prejudicar as empresas e os consumidores, além de criar obstáculos à investigação, gerando um dispêndio desnecessário de tempo e recursos”.
...mas contesta a decisão do regulador A CP Carga alega que a decisão da Autoridade da Concorrência, que condenou a empresa ao pagamento de uma coima de 100 mil euros, por ter prestado “informações falsas, inexactas ou incompletas” carece de fundamento. A infração imputada à CP Carga “surge no âmbito de um outro processo, por alegada posição dominante no transporte ferroviário, que foi objeto de arquivamento pela Autoridade da Concorrência, por se ter demonstrado que, ao contrário do invocado pela denunciante, Takargo, em momento algum a CP Carga praticou preços predatórios. Tal arquivamento data de 3 de dezembro de 2014”, revela a empresa. A CP Carga, refere, em comunicado que “no âmbito do presente processo, afirma categoricamente, e sem prejuízo pelo devido respeito pela decisão condenatória proferida pela Autoridade da Concorrência, que tal decisão carece em absoluto de fundamento, razão pela qual a CP Carga já mandatou os seus advogados para interpor o competente recurso junto do Tribunal da Concorrência e Regulação”. A empresa mostra-se convicta de que “também este processo culminará numa decisão em que a justiça prevalecerá, sendo que tudo fará para que seja garantida a preservação do bom nome da empresa e de quem nela trabalha”. JULHO 2015 TR 149
ATUALIDADES ferroviárias
No âmbito da nova Rota da Seda
UPS lança serviço ferroviário entre a China e a Europa A UPS passou a disponibilizar uma opção Less-than-Container Load (LCL) para envios ferroviários entre a China e a Europa. O novo serviço, disponível a partir da cidade chinesa de Zhengzhou para Hamburgo (Alemanha), vem reforçar a solução de transporte multimodal UPS Preferred - que combina meios aéreos, ferroviários, marítimos e/ou terrestres para equilibrar custos e otimizar tempos de envio. “O serviço UPS Preferred LCL dá aos nossos clientes várias opções de transporte para entregas de cargas maiores e mais frequentes num dos mercados mundiais com maior movimento e dimensão”, refere Jens Poggensee, presidente da divisão de Freight Forwarding da UPS Europa. A expansão do serviço ferroviário da UPS na China reflete o compromisso da multinacional com o investimento e desenvolvimento
Com capacidade de 56 TEU’s
ALB lança serviço ferroviário semanal para Badajoz
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Aposta estratégica
MSC Rail renova certificado de segurança ferroviária de infraestruturas ao longo do denominado ‘Cinto Económico da Rota da Seda’. Esta expansão coincide com a transformação da indústria da manufaturação chinesa, que está a abandonar o modelo económico baseado em grandes volumes de produção com baixos custos para iniciar uma abordagem mais inovadora e focada na qualidade do produto. Disponível a partir de Chengdu para Lodz (Polónia) e de Zhengzhou para Hamburgo, desde 2014 que a UPS oferece a solução Full Container Load (FCL) China-Europa. Os clientes que usufruíram deste serviço obtiveram reduções de custos na ordem dos 65 por cento quando comparado com o transporte aéreo, bem como poupanças de tempo de cerca de 40 por cento em relação ao serviço de transporte marítimo realizado nas mesmas rotas.
A MSC Rail Portugal, filiada da MSC Portugal, anunciou a renovação do seu Certificado de Segurança – Parte A, emitido pelo IMT, que “comprova, reconhece e aprova o seu Sistema de Gestão de Segurança enquanto operador ferroviário de mercadorias”. Em comunicado, o operador ferroviário, refere que este sistema “reflete e detalha a atuação da MSC Rail, em matéria de segurança, em conformidade com a regulamentação Nacional e Comunitária e as exigências da Agência Ferroviária Europeia e do Instituto da Mobilidade e dos Transportes”. A empresa faz ainda questão de revelar que mantém um “forte empenho na persecução dos seus objetivos de investimento no transporte ferroviário de mercadorias, reafirmando a sua posição de interesse estratégico no setor ferroviário”.
A ALB iniciou no dia 26 de junho um serviço ferroviário de mercadorias para Badajoz, que se veio juntar ao já existente para Mérida. A introdução deste novo comboio insere-se na política de expansão do operador logístico ALB e permite estabelecer uma ligação semanal entre Badajoz e a Bobadela, podendo, no entanto, ser direcionado para os terminais da Sadoport, da Sotagus ou da Liscont. Operado pela CP Carga, vem complementar a oferta da ALB na região da Extremadura e na raia portuguesa, designadamente na zona de Campo Maior e Elvas, permitindo a exportação de produtos utilizando os portos portugueses. Cada comboio tem capacidade para transportar 56 TEU’s, no total de 1.200 toneladas. Entre os produtos transportados em carga contentorizada destaque para os vinhos, o azeite, a azeitona, alguns produtos industriais, tomate ou pasta de tomate. Será de referir que os procedimentos aduaneiros para a exportação de vinhos da Extremadura são efetuados pelas autoridades espanholas em Badajoz.
Se a recetividade do mercado for positiva neste novo serviço de Badajoz, a ALB admite duplicar a sua frequência. Em declarações à Transportes em Revista, Lourenço Silva, da ALB, referiu que «já foram realizados dois comboios, um em direção a Badajoz, e outro em direção a Portugal. Os dois comboios foram e vieram cheios. E existe a possibilidade de criarmos um segundo comboio». O comboio parte de Portugal todas as quintas-feiras e chega a Badajoz no dia seguinte, de manhã. Já o retorno é feito todas as sextas-feiras de manhã, chegando à Bobadela durante o período da tarde. Apesar de ter como destino a Bobadela, o serviço é direcionado para os portos portugueses de Lisboa, Setúbal e Sines. Este é o segundo corredor da ALB a partir da Extremadura espanhola para os portos portugueses. O primeiro foi introduzido no ano passado e já conta com três frequências semanais. Durante o primeiro semestre do ano, a empresa já movimentou um total de 10.244 TEU´s, esperando fechar o ano com um total de 15 mil TEU´s movimentados.
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TR 149 JULHO 2015
DESTAQUE
Melhor proposta financeira
MSC Rail vence privatização da CP Carga A subsidiária ferroviária do armador suíço venceu o concurso para a privatização da CP Carga. Para o Governo, a proposta da MSC Rail foi a que ofereceu maiores garantias e aquela que vai proporcionar um maior crescimento da empresa.
VOLUME DE NEGÓCIOS
TONELADAS TRANSPORTADAS
TONELADAS QUILÓMETRO (TKM)
89,6 milhões
9,2 milhões
2,1 milhões
2014
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DESTAQUE
Pedro Costa Pereira
Governo deixa cair concurso para a EMEF O Governo anunciou, também, que não vai avançar com a privatização da EMEF. Segundo Sérgio Monteiro, a queixa apresentada pela Bombardier em Bruxelas, alegando que a EMEF recebeu ajudas estatais na ordem dos 90 milhões de euros, «dificultou e impediu o avanço do processo. Estamos a falar de um concorrente que quer eliminar a EMEF do mercado». Sérgio Monteiro disse ainda que a suspensão da privatização da EMEF «coloca em causa a própria atividade e a reestruturação da empresa». Fica, assim, sem efeito, a proposta apresentada pela Alstom que tinha sido a única empresa a concorrer à privatização da EMEF.
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Fotos: Nelso Silva
A PROPOSTA DA MSC RAIL, empresa participada da MSC Portugal (e que pertence ao gigante mundial MSC - Mediterranean Shipping Company, o segundo maior armador mundial), foi a grande vencedora do processo de privatização da CP Carga. A decisão foi tomada em Conselho de Ministros, tendo o Governo escolhido o armador suíço, que é um dos principais clientes da CP Carga ao nível do transporte contentorizado no eixo Sines-Entroncamento/Bobadela, em detrimento das propostas apresentadas pela Cofihold e pela Atena Equity Partners. De acordo com o Conselho de Ministros, a vitória da MSC Rail deveu-se “ao maior mérito destacado da respetiva proposta final, em especial no que respeita à qualidade e credibilidade do projeto estratégico apresentado”, do “valor inerente da proposta financeira global” e o “reforço da capacidade económico-financeira e estrutura de capital da CP Carga”. Já o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, revelou que a MSC Rail ofereceu dois milhões de euros pelas ações, assim como a Atena, e a Cofihold ofereceu três milhões de euros. Em relação aos compromissos de capitalização, a MSC Rail deu 51 milhões, contra os 43,5 milhões de euros da Atena e os 27 milhões de euros da Cofihold. O governante disse, também, que a proposta da MSC se destacou por assumir a totalidade das dívidas da CP Carga com a CP e com a Infraestruturas de Portugal, assim como de parte da dívida comercial. “As propostas da MSC Rail e da Cofihold tinham um mérito equivalente na componente do plano estratégico para a empresa, mas um dos fatores diferenciadores para a propostas vencedora foi o facto de a MSC
assumir o compromisso de não aumentar unilateralmente os preços a cobrar junto dos clientes da CP Carga”, sublinhou Sérgio Silva Monteiro. O secretário de Estados das Infraestruturas e dos Transportes adiantou que, no âmbito deste processo de privatização, a CP fez um esforço de capitalização na ordem os 110 milhões de euros, através da transferência de locomotivas e de vagões no valor de 110 milhões de euros, que passarão a ser utilizados pela MSC Rail. Além disso, a MSC Rail comprometeu-se a alugar locomotivas e vagões à CP no valor de 16 milhões de euros. A MSC Rail congratulou-se com a vitória no concurso e adiantou que “estamos, agora, perante uma enorme responsabilidade e um profundo compromisso: a responsabilidade de correspondermos às expectativas de todas as mulheres e homens que trabalham na CP Carga e o compromisso de trabalharmos arduamente para que a empresa cresça, se
32%
21%
Contentores
64
2.917
LOCOMOTIVAS
VAGÕES
renove e se afirme como um sólido Operador Ferroviário”. A MSC Rail diz que “acredita no enorme potencial da CP Carga” e que será capaz de contribuir para o crescimento e desenvolvimento da Economia nacional, em especial do setor exportador português. “Temos confiança nos trabalhadores da CP Carga e no Projeto Estratégico que trilhámos para o futuro da empresa. Juntos, iremos transformar a empresa no maior operador ferroviário de mercadorias da Península Ibérica”, refere a MSC Rail. Em declarações ao Diário Económico, o diretor-geral da MSC Portugal, adiantou que o objetivo é alcançar a liderança ibérica do transporte ferroviário de mercadorias, não apenas nos contentores, mas em todos os tipos de mercadorias. O Governo espera agora por luz verde da Autoridade da Concorrência para finalizar o processo, cujo contrato, revelou Sérgio Monteiro, deverá ser assinado em agosto.
Cimento
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Carvão
PRINCIPAL CARGA TRANSPORTADA
34 elétricas + 30 diesel JULHO 2015 TR 149
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DESTAQUE
Carlos Vasconcelos – diretor-geral da MSC Portugal
“CP Carga precisa de todas as cargas e todos os contentores” A CP Carga irá continuar a prestar os serviços que atualmente presta a todo os seus clientes, uma vez que a empresa só faz sentido numa perspetiva global, com todos os segmentos de carga que movimenta, afirma o diretorgeral da MSC Portugal, Carlos Vasconcelos. O responsável adianta que a estratégia para a CP Carga passa por dinamizar todos os tráfegos e tentar atrair outros porque só em rede é possível rentabilizar a empresa. Aumentos de preços aos clientes acima da inflação não estão previstos nos próximos três anos, garante Carlos Vasconcelos. Pedro Costa Pereira
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TRANSPORTES EM REVISTA – Quando a MSC criou a MSC Rail, em 2013, disse que a nova empresa tinha sido criada na sequência “da confirmação da privatização da CP Carga e consequente preocupação da companhia com a qualidade e fiabilidade do serviço ferroviário”. Foi esse o motivo que levou a MSC Rail a concorrer à privatização da CP Carga? CARLOS VASCONCELOS – Foram dois os motivos que nos levaram a concorrer: a necessidade de assegurar a fiabilidade do ser34
viço ferroviário para os nossos contentores e a perceção da oportunidade de podermos desenvolver a CP Carga e criar um negócio interessante. TR – Na génese da criação da MSC Rail estava apenas a prestação de serviços para a MSC e não tinham prevista a abertura ao mercado. O que mudou nestes últimos dois anos para que tenham mudado de opinião? CV – A CP Carga só faz sentido numa perspetiva global, isto é, com todos os segmentos de carga que movimenta. Só em rede é possível rentabilizar a empresa. www.transportesemrevista.com
TR – Em linhas gerais, no que consistia a proposta da MSC Rail para a privatização da CP Carga? CV – Esta questão faz parte da nossa proposta, estando sujeita ao acordo de confidencialidade acordado com a CP, que todos os concorrentes tiveram de subscrever. TR – Na sua opinião, quais foram as mais-valias da proposta da MSC Rail em relação às dos outros concorrentes? CV – Desconhecemos as propostas dos outros concorrentes. TR – Na proposta financeira da MSC Rail e no que respeita ao valor de 51 milhões de TR 149 JULHO 2015
DESTAQUE
TR – Foi referido que a mais-valia da proposta era a garantia dos preços atuais dos Clientes. Como vai ser isso garantido, uma vez que muitos dos contratos atuais acabam dentro de dez meses? CV – Assumimos o compromisso de não alterar unilateralmente os preços acima da inflação durante os três próximos anos. E, obviamente, iremos manter escrupulosamente o compromisso assumido. TR – Está prevista a atualização, entenda-se subida, dos preços do frete ferroviário? CV – Não está previsto qualquer aumento unilateral, acima da inflação, nos próximos três anos. TR – A atividade da CP Carga está centrada em diversos tipos de tráfego. Esta estratégia é para continuar ou pretendem apostar mais na área do transporte contentorizado? CV – A estratégia passa por desenvolver todos os tipos de tráfegos e tentar atrair outros. TR – Recentemente, a Autoridade da Concorrência criticou alguns dos operadores de terminais portuários, referindo que muitas vezes estes atuam, igualmente, a jusante da cadeira de valor, uma vez que controlam armadores e agentes de navegação e que esse facto pode afetar negativamente a concorrência. A MSC é um armador, que também é agente de navegação, que opera num terminal exclusivo, e que agora adquiriu o maior operador ferroviário de mercadorias. Em final de junho de 2015, constituiu a empresa MSC Terminal de Aveiro com o objectivo de operar o terminal de Cacia. Não entende que há dúvidas quanto à promoção da concorrência? Como vão garantir que existem as mesmas condições de concorrência? CV – Uma correção: o Terminal de Sines não é exclusivo da MSC. Somos, na verdade, o maior cliente, mas não somos o único. Por exemplo, a Maersk está, hoje, a operar em Sines e a CMA-CGM também já o fez no passado. JULHO 2015 TR 149
E, se não há outros, não é seguramente por falta de vontade do concessionário. A MSC Rail já hoje tem na sua carteira de clientes diversos armadores como clientes. Nos comboios que compramos à CP Carga já movimentamos contentores de concorrentes nossos. Estes contentores já constituem quase dez por cento do total movimentado pela MSC Rail. Em 2014, a MSC Rail contou com mais de uma centena de clientes na sua carteira. Como operador ferroviário, a CP Carga irá continuar a prestar os serviços que atualmente presta a todos os seus clientes, sem qualquer exceção e/ou discriminação. Precisamos de todas as cargas e de todos os contentores. Entendemos que conseguiremos garantir as mesmas condições de concorrência. Mas este é um processo da exclusiva competência de Autoridade da Concorrência, cabendo-nos aguardar a sua apreciação e decisão.
para conseguirem atingir este objetivo? E em quantos anos? CV – Ainda é muito cedo para nos pronunciarmos sobre esta questão.
TR – Em relação ao material circulante, já chegaram a acordo com a Tutela para a passagem de todas as 64 locomotivas para o domínio da CP Carga? A MSC terá de dispender algum valor? CV – Esta questão faz parte da nossa proposta, estando sujeita ao acordo de confidencialidade acordado com a CP, que todos os concorrentes tiveram de subscrever. Apenas poderemos corrigir que são 59 e não 64 as locomotivas.
TR – A MSC é, também, um dos principais clientes da Renfe. Podem assegurar que em breve toda a operação em Espanha será realizada pela MSC Rail? CV – Ainda é muito cedo para nos pronunciarmos sobre esta questão.
TR – Já disse publicamente que a aquisição da CP Carga faz parte de uma estratégia que pretende fazer da empresa a líder no transporte ibérico de mercadorias por modo ferroviário. Como vai ser abordado o mercado espanhol? Qual é a estratégia
TR – Qual vai ser a relação com a MSC Espanha? CV – A mesma relação que existirá com a MSC Portugal ou qualquer outro cliente da CP Carga. TR – Essa estratégia irá passar pelo estabelecimento de parcerias com outros operadores ferroviários ibéricos? CV – Ainda é muito cedo para nos pronunciarmos sobre esta questão. TR – A parceria entre a CP Carga e a Renfe Mercancias, a Iberian Link, irá manter-se? CV – Não houve oportunidade ainda de discutir com a RENFE, que é um parceiro nesse serviço e deve ser consultada.
TR – A MSC Sines tem ganho trafego à MSC Valência que gere cerca de 50 por cento do tráfego da MSC Espanha. A que se deve este facto? CV – Não sei se Sines tem ganho tráfego a Valência; o crescimento de Sines deve-se à excelente performance do Terminal XXI, ao forte compromisso das mulheres e dos homens que nele trabalham e ao crescimento da MSC, quer nos volumes locais de exportação e importação, quer nas cargas de transhipment.
Foto: João Cunha
Euros de capitalização, como vai esta ser realizada e em quanto tempo? CV – Vai ser de acordo com o caderno de encargos.
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DESTAQUE
CP CARGA
Foto: Nelso Silva
Como reagiu o mercado
QUESTÕES
OS OPERADORES CONTACTADOS pela Transportes em Revista acreditam que o resultado da privatização da CP Carga será positivo para o transporte ferroviário de mercadorias no nosso país. Os operadores esperam que a MSC Rail leve em conta as necessidades do mercado e não acreditam na deterioração da qualidade do serviço porque isso iria por em causa o investimento efetuado e a solvabilidade da empresa. A Transportes em Revista procurou conhecer a posição dos principais intervenientes do mercado do transporte ferroviário de mercadorias relativamente à aquisição da CP Carga pela MSC Rail. Apesar de terem sido contactadas inúmeras entidades, obtivemos a resposta da Lusocider, da TMIP, da Iberolinhas, da Alcont e da ALB. Das restantes entidades não houve resposta pelos mais variados motivos, desde as férias ou a incoveniência em avançar com uma posição pública neste momento. 36
1. A MSC Rail foi a grande vencedora do processo de privatização da CP Carga. O que esperam do novo operador? Quais são as expetativas? 2. O facto de o novo operador ser também um armador, com operações a jusante da cadeia logística, pode ser um entrave à concorrência no setor ferroviário de mercadorias? Há o perigo de cartelização? 3. P oderá existir deterioração do serviço que é prestado? Ou a entrada de um operador privado pode abrir oportunidades e um maior dinamismo a nível comercial? 4. O facto de o novo operador ferroviário pertencer a um “concorrente” e ficar a conhecer os detalhes da operação e do desenho da cadeia logística dos outros concorrentes é preocupante para a atividade?
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TR 149 JULHO 2015
DESTAQUE
JÚLIO TOMÁS
LOURENÇO SILVA
1. As nossas expetativas são muito positivas.
1. A ALB também levantou e analisou o caderno de encargos da privati-
Não podendo alterar o curso da decisão, cabe-nos trabalhar como sempre fizemos nos últimos 16 anos em prol do transporte ferroviário de mercadorias. Conhecendo a mentalidade MSC nessa área, estamos aparentemente sintonizados nesse mesmo objetivo.
2. Essa questão não se coloca tanto na TMIP, uma vez que trabalhamos em nichos de mercado diferentes: a MSC nos contentores, enquanto nós estamos mais vocacionados para a carga geral.
3. Não pensamos nisso. Em nossa opinião, na área de tráfego em que trabalhamos, o dinamismo comercial não fica nada atrás do dinamismo de uma empresa “privada”. Talvez onde se irão notar melhorias substanciais será ao nível da decisão, ainda de maior agilidade, maior flexibilidade e acima de tudo de maior proximidade ao cliente e ao mercado. Pensamos que todas as áreas devem eleger o cliente como o seu foco principal e não apenas a área comercial.
4. Desde que haja transparência, confiança, parcerias, diálogo, compreensão e objetivos comuns, as organizações sabem viver em sã convivência. Atualmente, só assim se conseguem atingir os objetivos, que sendo individuais de empresa para empresa acabam por comuns para ambas.
zação da CP CARGA. E fê-lo porque, conhecedor das potencialidades da empresa e do seu funcionamento, acredita que há espaço para incrementar e melhorar significativamente o seu papel no transporte ferroviário de mercadorias dentro de uma ótica de gestão privada voltada para o mercado. Acreditamos que a MSC RAIL também comungue desta visão e é isto que esperamos na nova CP CARGA privada.
2. Mais do que limitador da concorrência poderá ser um dinamizador; uma vez que, a haver algum desconforto com a prática da MSC Rail, tal abriria as portas para terem maior audiência junto dos agentes económicos nacionais os projectos de operadores espanhóis alargarem a sua atividade ao mercado nacional, seguindo uma estratégia de “cherry picking” de que a MSC Rail seria a principal prejudicada. Tanto mais que, uma vez iniciado, este processo não ficaria apenas nos tráfegos de contentores, mas alagar-se-ia aos principais negócios da CP CARGA.
3. A deterioração do seviço prestado conduziria inevitavelmente a perda de posições de mercado e pressões a nível da solvabilidade da empresa que consubstanciam um risco que acreditamos que a MSC Rail não quererá incorrer. Mais do que um concorrente, encaramos a MSC como um parceiro com o qual desenvolvemos negócios há bastantes anos. Como tal, não nos preocupa esta perspetiva além de que, a acontecer, desenvolveríamos outras soluções para a nossa atividade.
4. A informação está cada vez mais globalizada, mesmo nos pequenos detalhes comerciais e estratégicos, logo cada vez mais os segredos vitais são raros. E sendo verdade que o Grupo MSC, na sua componente marítima e transitária tem concorrentes, não deixará de olhar para eles como clientes da sua atividade ferroviária, sob pena de abrir um flanco à concorrência (fluxos marítimo continentais) num segmento de mercado vital ao desenvolvimento e sustentabilidade de qualquer operador ferroviário.
FRANCISCO GASPAR
1. Esperamos que o novo operador tenha em conta as necessidades dos clientes, amplie os serviços atualmente existentes, invista em material circulante e melhore a produtividade dos seus recursos.
2. No caso da Lusosider, não há esse perigo. 3. Qualquer uma das possibilidades é real, mas
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a viabilidade da CP Carga só ocorrerá com mais oportunidades e mais dinamismo a nível comercial.
JULHO 2015 TR 149
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4. O novo operador ferroviário não é nosso concorrente e no nosso mercado continuarão a existir outros operadores ferroviários. 37
DESTAQUE
LUÍS ANTUNES
Foto: João Cunha
1. O que se espera é o saneamento das dívidas acumuladas de
JOSÉ SILVA
1. Tanto quanto já se conhece, o principal objetivo da MSC Rail é a sua afirmação como operador ferroviário de referência na Península Ibérica. Ora, parece-nos de bom senso prever que tal só acontecerá se se verificar uma considerável evolução no nível competitivo e na qualidade do transporte ferroviário, e assim sendo, as expectativas da Alcont são naturalmente otimistas.
2. Será um facto que também na cadeia logística existe alguma tendência e risco de cartelização. Contudo, quer a MSC, enquanto linha marítima, quer a MSC Portugal, enquanto transitário em Portugal, têm boa imagem no mercado. E ainda que ambas sejam importantes clientes do transporte ferroviário, donde, de resto, resultará parte do seu sucesso em Portugal, quer por razões éticas e estratégicas quer por razões de sustentabilidade da MSC Rail, enquanto operador ferroviário, o risco de cartelização será muito esbatido ou até mesmo inexistente.
3. Não nos parece que vá existir uma deterioração do serviço, tanto mais que será exatamente o contrário que permitirá o desenvolvimento e a sustentabilidade do transporte ferroviário, logo a viabilidade própria da MSC Rail. Acrescerá àquela razão uma previsível alteração do quadro concorrencial pós privatização da CP Carga, por maior transparência da atividade, o que levará ao reposicionamento dos atuais operadores ferroviários privados ou até mesmo ao aparecimento de novos.
4. A informação está cada vez mais globalizada, mesmo nos pequenos detalhes comerciais e estratégicos, logo cada vez mais os segredos vitais são raros. E sendo verdade que o Grupo MSC, na sua componente marítima e transitária tem concorrentes, não deixará de olhar para eles como clientes da sua atividade ferroviária, sob pena de abrir um flanco à concorrência (fluxos marítimo continentais) num segmento de mercado vital ao desenvolvimento e sustentabilidade de qualquer operador ferroviário. 38
um serviço que nos onerava a todos. Contudo, num processo de privatização, o normal é esperar o reforço das estruturas materiais, que suportam o negócio, mas garantir também que a estrutura humana que daqui decorre, acompanha a mudança, se integra em novas lógicas, focadas, sempre, no cliente. O que é expectável é garantir o passo para a modernização de uma estrutura efetivamente logística, integrada, que garanta a ligação de todos os portos nacionais, assim como toda uma variedade de movimentações e serviços, de forma rápida e essencialmente fiável, a valores tidos como aceitáveis e não discriminatórios. O que se pretende é claramente alinhar as necessidades constantes dos clientes a novas soluções e tentar afirmar a frente atlântica nacional como opção de saída, para o ‘hinterland ibérico, aumentando a possibilidade de negócio.
2. Teremos (e queremos) acreditar que, antes do processo de privatização e da decisão da atribuição, estas “pequenas” nuances foram acauteladas, tendo sido descartadas as possibilidades de práticas ou possibilidades de cartelização ou práticas monopolistas. Queremos acreditar que a empresa vencedora sabe os limites das práticas da livre concorrência e garantirá a saúde concorrencial, separando a sua vertente ferroviária, do negócio e oferta marítima, que já detém a nível nacional, nomedamente em Sines.
3. Não cremos que haja deteriorização. Quem avança para um investimento desta indole, sabe à partida, que terá níveis de serviço sempre melhores que os anteriores. Se os tiver mais baixos, só por uma questão de inabilidade, que não nos parece ser o caso. A MSC, desde a abertura do canal ferroviário de Sines, entre o Terminal XXI, onde opera os seus navios, juntamente com os da WEC, que tem consolidado a sua posição, conhecimentos, e, se tem vindo a reforçar em quadros, para garantir o sucesso deste passo estratégico. A experiência que temos dos nossos contactos comerciais com a MSC, nos fluxos de movimentações, antes da privatização, são de uma boa capacitaçao técnica e uma postura de enquadramento com o cliente, que, obviamente, esperamos que seja a bandeira do novo projeto.
4. É sempre preocupante. Obviamente, não sendo esta questão ingénua, estará sempre ligada à questão relativa ao perigo de cartelizaçao ou práticas monopolistas. Estrategicamente, estamos a falar de uma organização que, no seu todo, fecha o seu ciclo de oferta, numa área específica, e que tem a vantagem de poder oferecer um serviço combinado. Se o fará, ou não, cremos que este não é o momento, a altura ou o local indicado para esta discussão. Como afirmamos antes, somos parceiros de negócio, em vários tráfegos, como outros tambem o são, e acreditamos que todos irão poder beneficiar de um novo projeto, a bem do desenvolvimento das estruturas logísticas nacionais.
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ATUALIDADES logísticas
JUST IN TIME… KERRY LOGISTICS E IMPLEMENTA TECNOLOGIA TRANSPORTER PARA EMISSÃO DE FATURAÇÃO – A Kerry Logistics implementou o software da “Transporter” da Maeil. Desde o início de 2013, todas as empresas em Portugal são obrigadas a anunciar mensalmente à Autoridade Tributária todos os documentos de venda emitidos (Faturas, Notas de Débito e Crédito) através do envio ou submissão de um ficheiro eletrónico com essa informação. A tecnologia Transporter dispõe dessa funcionalidade e automatismo, sendo um software certificado pelas Finanças desde 2010, e garantindo assim à Kerry Logistics o cumprimento desta obrigatoriedade. LOGITERS CONCLUI LICENCIAMENTO JUNTO DO INFARMED – A Logiters concluiu o processo de licenciamento das suas instalações em Portugal para o exercício de operações de reacondicionamento secundário de medicamentos. Esta é a primeira autorização de fabrico a ser requerida por um operador logístico, em Portugal. A nova operação foi integrada no sistema de Gestão da Qualidade da Logiters e assegura uma total compliance com os requisitos GMP’s, facto que foi comprovado pelo INFARMED durante a inspeção realizada. PLATAFORMA DA KLOG DE COIMBRA CRESCE 37% -- A plataforma logística de Coimbra da empresa portuguesa KLOG registou um crescimento de 37 por cento durante o primeiro semestre do ano, comparativamente com igual período do ano passado. A zona centro tem já um peso relevante na faturação da empresa, no que toca ao transporte terrestre para a Europa, representando 40 por cento do volume de negócios daquele segmento. Semanalmente, a partir da plataforma de Coimbra, a KLOG tem assegurado, em média, o transporte de 20 camiões de grupagem para diferentes destinos na Europa, tendo como principais clientes empresas como a Renova, Sanidusa, Pecol ou Revigrés 40
Novo serviço
Dachser apresenta solução para logística de “jardins” O Grupo Dachser – que em Portugal opera através da Azkar para o transporte terrestre e da Dachser Portugal ASL nos segmentos aéreo e marítimo – participa, de 30 de agosto a 1 de Setembro, na spoga+gafa, a maior feira mundial de material de jardinagem e lazer, que terá lugar em Colónia, Alemanha. Durante o evento, a empresa pretende promover o segmento de negócio “Dachser DIY-Logistics”, um serviço especializado de logística direcionada para produtos da área da bricolage, decoração e jardim. “Através da participação no certame, o Grupo Dachser pretende dar a conhecer os detalhes da complexa cadeia de fornecimento global que permite ao consumidor desfrutar o verão numa rede de baloiço colocada no jardim que, antes de chegar à loja de bricolage e decoração onde foi adquirida, teve de percorrer metade do globo”, refere a empresa. Ralf Meistes, da DIY-Logistics, revela que “para o setor da logística, o sinal de partida começa no verão do ano anterior com os pedidos de encomendas feitos pelos retalhistas. Assim que essa informação chega ao fornecedor logístico, arranca o processo de organização do transporte dos bens para o exterior”.
Os produtos sazonais são distribuídos em três momentos do ano (dezembro, fevereiro e abril), de modo a garantir que os mercados têm sempre artigos suficientes. Ao longo de toda a expedição, que pode durar entre 28 a 30 dias e percorrer 20 mil quilómetros, a Dachser faz atualizações em tempo real para que o cliente esteja a par do status da sua mercadoria. No âmbito de uma rede de logística, com 437 filiais em todo o mundo, a Dachser recolhe as mercadorias nos produtores, guarda-as temporariamente sempre que necessário, em armazéns situados na Europa, Ásia ou Estados Unidos, e distribui-as aos fornecedores e às lojas de retalho do setor da construção e da jardinagem.
Com capacidade de 6.000 TEU’s
ALB abre terceiro parque de contentores em Leixões O Grupo ALB anunciou a abertura do novo parque de contentores da região norte, que está localizado na zona industrial de Aveleda, com excelentes acessos ao porto de Leixões e ao terminal ferroviário de Leixões. O investimento insere-se na política de crescimento do Grupo ALB. A infraestrutura dispõe de uma área de 20 mil metros quatros, capacidade para seis mil TEU’s e conta com dois equipamentos de movimentação de contentores vazios, assim com um terceiro para movimentação de contentores cheiros. O terminal de Leixões do Grupo ALB possui capacidade de frio através de 20 ligações para contentores ‘reefers’, das quais quatro já estão disponíveis, assim como uma zona de reparação de contentores (sendo de cinco a seis nesta fase). A abertura do parque de contentores de Leixões do Grupo ALB teve como objetivo responder àos anseios dos clientes na região norte que já trabalhavam com a empresa em Lisboa e em Setúbal, dando apoio ao transporte ferroviário de mercadorias entre Lisboa e Leixões. Atualmente, a empresa opera um comboio diário nos dois sentidos e a tendência é para aumentar, uma vez que já houve necessidade de solicitar à CP Carga uma composição e meia. O parque de contentores de Leixões oferece ainda parqueamento de segunda linha para clientes na região norte, designadamente armadores de referência como a MSC, a Kline ou a OPDR.
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TR 149 JULHO 2015
sistemas Hugo Fonseca
OPINIÃO
ATUALIDADES logísticas
Director Geral da MAEIL articulistas@transportesemrevista.com
Com uma área de 20 mil m2
Visita à Transport Logistic em Munique, um evento bi-anual
F
oram três dias de visita, e ainda assim insuficientes para visitar todas as empresas e organizações presentes, nos oito a nove pavilhões ocupados por muitas centenas de entidades e por milhares de expositores, de largas dezenas de países, com espaços dedicados por temáticas (aéreo e rail), por clusters (tal como os portos ou regiões) e por setores (por exemplo, de TI), na maior feira do género organizada na Europa. É um ponto de encontro incontornável do setor, para fazer negócio, conhecer novos parceiros e saber o que se passa no mercado e quais as novidades, em que todos os grandes players a nível internacional estão presentes. A dimensão e o investimento de muitas marcas nos seus espaços refletem a importância e reputação que dão a este certame. A presença portuguesa comparativamente a outros países foi bastante modesta, mas organizada num espaço comum partilhado por uma meia-dúzia de entidades a promoverem a atividade e o nosso mercado, e a aproveitarem o networking global nesta concentração de única de profissionais de todo o mundo. Parabéns aquelas que marcaram presença e que percebem a importância de participarem.
Luís Simões inaugura plataforma em Leixões A Luís Simões inaugurou recentemente o seu novo Centro de Operações, na Plataforma Logística do Porto de Leixões. As novas instalações têm uma área de 20.000 m2, 34 cais e capacidade para 32 mil paletes. O operador logístico foi a primeira empresa a instalar-se na nova plataforma de Leixões e para além do centro de operações, o edifício contém uma zona dedicada a funções administrativas e atividade de co-packing, entre outras. Segundo José Luís Simões, “o porto de Leixões tem um enorme potencial para o desenvolvimento das nossas atividades logísticas, em que a co-modalidade, através de alianças com parceiros estratégicos, é uma das formas de acrescentar valor à cadeia de abastecimento. A intermodalidade é fundamental para alavancar a competitividade do nosso setor e da nossa economia. Somos o centro do Atlântico e não a periferia da Europa. Na Luís Simões, mais do que envolvidos, estamos implicados”.
APS celebrou contrato
ZalSines com novo entreposto frigorífico
Surpreendeu-me muitas das empresas alemãs no pavilhão de TI terem apenas conteúdos e marketing na sua língua nativa, pouco preocupadas com o mercado internacional e apenas focadas no mercado interno, o que mostra a dimensão e riqueza do mesmo e que não obriga a sua internacionalização, para o crescimento das suas empresas locais. Assisti, também, a várias iniciativas de parceria e associativismo de muitas entidades para terem uma presença mais forte e significativa em grupo, nos seus pavilhões, como por exemplo os espaços do Luxemburgo, Portos de Espanha, Innovation Made in Germany, e da ITCO (International Tank Container Organisation). Fica o desafio ao setor dos Transportes e Logística em Portugal, para se organizar e marcar uma presença mais forte, com a nossa identidade e para potenciar a relação com os mercados em que temos relações privilegiadas. Julgo que também que pode ser um evento interessante para exportadores e importadores que queiram perceber melhor o que o setor lhes pode oferecer. O próximo transport logistic será de 9 a 12 de Maio, em 2017. Marque na sua agenda, vale a pena a visita! 42
A APS celebrou um contrato de constituição de direito de superfície com a FP Sines para a construção e manutenção de um armazém logístico na ZALSINES - Zona de Atividades Logísticas de Sines. Segundo a APS, “o objetivo é criar uma infraestrutura de temperatura controlada para incentivar a importação e exportação de bens perecíveis, proporcionando um conjunto de serviços de valor acrescentado baseados em requisitos logísticos de controlo de temperatura”. O investimento projetado é superior a dois milhões de euros na primeira fase, envolvendo a construção de um armazém de 3.100 m2 com duas câmaras para produtos refrigerados, principalmente fruta fresca (0ºC a +18ºC), um cais de movimentação de 750 m2 e um total de oito plataformas niveladoras. Numa segunda fase está prevista a duplicação da capacidade das instalações, incluindo também câmaras bi-temperatura para produtos congelados. A FP Sines é uma subsidiária detida a 100 por cento pela Friopuerto Investment (FPI, Espanha), holding do Grupo Romeu para o setor de armazenagem e logística frigorífica. Este grupo opera em 23 países, estando presente em Portugal há mais de duas décadas, com interesses ligados a agências de navegação, transitários e serviços alfandegários.
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TR 149 JULHO 2015
ATUALIDADES logísticas
Crescimento de 55%
KLOG fatura 14 milhões de euros no primeiro semestre... A empresa portuguesa KLOG faturou 14,1 milhões de euros nos primeiros seis meses deste ano, o que significou um crescimento de 55 por cento, comparativamente com igual período do ano passado. Entre os segmentos que mais cresceram, destaque para o transporte terrestre que representa cerca de 11 milhões de euros do volume de negócios. A empresa revela que esta é uma das apostas da empresa para este ano, “com o reforço dos serviços de grupagem diária para toda a Europa, de forma a dar uma resposta célere e eficaz ao crescimento das exportações das empresas nacionais. São já mais de 250 os clientes deste segmento, a partir das plataformas logísticas do Porto, Coimbra e Lisboa”. Outras das prioridades da KLOG passa pelo reforço do
transporte aéreo-marítimo, que neste primeiro semestre atingiu os 2,5 milhões de euros. Neste âmbito, a empresa nacional detém uma parceria com a Geodis, uma das mais prestigiadas redes mundiais de transporte e logística, que disponibiliza serviços em mais de 120 países. Em curso está ainda o investimento na divisão Contract – operação dedicada ao setor
do mobiliário, lançada no final de 2014 – que deverá representar 1,5 milhões em 2015. “A KLOG tem vindo a registar um crescimento sustentado desde a sua fundação, em 2012, sendo que este ano espera atingir os 32 milhões de euros de faturação, o que representará um crescimento de 33 por cento face a 2014”, refere a empresa.
...e abre dois novos hubs na Alemanha e em França A empresa portuguesa KLOG anunciou que acaba de reforçar a aposta no mercado europeu com a abertura de dois hubs, em França (Poitiers) e Alemanha (região de Frankfurt). Segundo a empresa, estas são “as duas localizações nas quais a KLOG desenvolveu parcerias estratégicas, que fazem com que a mercadoria das empresas nacionais parta de Portugal por via terrestre e chegue de forma direta, com saídas diárias, aos principais destinos na Europa”. Além do reforço em França e na Alemanha, a
abertura das plataformas em regiões centrais também permite à KLOG intensificar a sua expansão para mercados da Europa Central, Escandinávia e o Leste europeu. ”Um das principais vantagens passa pela redução do tempo de trânsito. Com os novos hubs, é possível entregar uma mercadoria em França no prazo de 48 a 72 horas e, no caso da Alemanha, de 72 a 96 horas. Os clientes da KLOG têm ainda a possibilidade de monitorizar o transporte das mercadorias, através de um dispositivo de tra-
Aposta na internacionalização
No Barreiro
Grupo Garland cresce 6% no primeiro semestre
Projeto “Lisbon South Bay” apresentado oficialmente
O Grupo Garland estima um crescimento global nos primeiros seis meses deste ano na ordem dos seis por cento comparativamente a igual período do ano passado. Em comunicado, o grupo de logística e transportes, revela que este aumento vem na linha “do verificado em 2014, em que o Grupo faturou cerca de 98 milhões de euros, a que correspondeu um crescimento consolidado de 5,9% no volume de negócios”. Segundo Bruce Dawson, presidente do grupo português, “os resultados do grupo, antes de impostos e da distribuição anual de lucros pelos colaboradores, aumentaram mais de 24% em 2014 em relação ao ano anterior. Esta melhoria significativa deve-se em grande medida ao investimento constante que a Garland tem vindo a fazer em tecnologia, especificamente nas áreas de informática e comunicação”.
JULHO 2015 TR 149
ck and trace”, refere a empresa portuguesa. Os novos hubs inserem-se na estratégia de expansão da empresa, que fechou 2014 com um volume de negócios de 24 milhões de euros, um crescimento próximo dos 120 por cento face aos 11 milhões registados em 2013. A KLOG conta já com mais de 250 clientes, distribuídos pelas suas plataformas de Porto, Coimbra e Lisboa, e, além de transporte terrestre, oferece também soluções no segmento aéreo, marítimo, ferroviário, e logística contratual.
A Câmara Municipal do Barreiro organizou uma sessão de apresentação do novo projeto “Lisbon South Bay”, o nome escolhido para promover internacionalmente os antigos territórios da Lisnave (Almada), Siderurgia Nacional (Seixal) e Quimiparque (Barreiro), local onde deverá ser construído o novo terminal de contentores de Lisboa. Este novo “nome” resulta do lançamento de um Plano de Marketing para os territórios da Baía do Tejo, no âmbito de uma candidatura ao Programa Regional Operacional de Lisboa, cofinanciada pelo FEDER, sob a designação “Estratégia de Promoção Nacional e Internacional do Arco Ribeirinho Sul”, no valor de cerca de 100 mil euros, realizada, conjuntamente, pela Baía do Tejo e pelos três municípios. Segundo Rui Lopo, vereador com a área Planeamento, Ordenamento do Território, Ambiente, Paisagismo e Mobilidade, “nunca, no contexto atual, foi necessário aos territórios promoverem-se”.
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ATUALIDADES transporte expresso
Parceria com EPIS
Chronopost ajuda jovens a escolher carreiras
A Chronopost recebeu quatro alunos da EPIS (Associação Empresários Pela Inclusão Social) numa iniciativa que pretende ajudar jovens portugueses nas escolhas profissionais futuras através do contato direto e integração em empresas e organizações. A iniciativa surgiu no âmbito da parceria com a EPIS e permitiu a estes quatro alunos acompanhar os profissionais da Chronopost no seu ambiente de trabalho, ajudando-os desta forma a ter um contato direto com o mundo empresarial. A semana dos Ateliês Vocacionais da EPIS, como é designada, decorreu de 29 de junho a 3 de julho e envolveu outras empresas e organizações nacionais e internacionais. O objetivo passou por dar a conhecer aos jovens alunos da EPIS as empresas em questão de forma a promover o seu futuro profissio-
nal através de experiências reais em ambientes empresariais. Este foi o prémio pelo bom desempenho para 52 alunos de várias escolas públicas do país que integram os programas EPIS de combate ao insucesso escolar. “Entendemos que esta ligação entre empresas e academias é muito relevante porque permite aos alunos desenvolverem competências que podem vir a ser fundamentais no seu futuro mercado de trabalho. Estamos por isso orgulhosos pela iniciativa e pela oportunidade que demos a estes alunos”, refere Olivier Establet, Administrador Delegado da Chronopost Portugal. Esta iniciativa surge também alinhada com a política de responsabilidade social corporativa da Chronopost e com o compromisso assumido pela empresa de trabalhar em prol da sociedade, apoiando-a e valorizando-a.
Investimento de um milhão de euros
TNT inaugurou sede europeia de clientes em Lisboa O Grupo TNT inaugurou, em Lisboa, a nova sede europeia de clientes estratégicos (Central Strategic Account Desk), que será responsável pelo acompanhamento e gestão diária e completa do fluxo de transporte e envios europeus e mundiais de clientes globais da TNT. A cerimónia de inauguração contou com a presença de Jorge Gaspar, presidente do IEFP, Vital Morgado, vogal do Conselho de Administração da AICEP, Govert Jan Bijl de Vroe, embaixador da Holanda em Portugal, entre outros convidados. O Central Strategic Account Desk, anteriormente localizado na Holanda, representou um investimento direto de um milhão de euros e dá apoio a alguns dos maiores clientes do grupo como a Apple, a Sony, entre outros, que face às especificidades das operações requerem um acompanhamento diário e centralizado. De acordo com José Domingos, Country Manager da TNT Portugal, “as diversas infraestruturas de que o país dispõe, o mercado de trabalho, o conhecimento de línguas foram alguns dos critérios mais importantes na escolha. Mas a isto será também necessário acrescentar os resultados das operações da TNT Portugal bem como os nossos níveis de produtividade e de “engagement” dos nossos colaboradores. Hoje somos apontados como um exemplo no seio do grupo TNT. Estaremos atentos a novas oportunidades de podermos atrair novas estruturas do grupo para Lisboa”. A equipa de mais de 40 colaboradores foi integralmente recrutada em Portugal e é constituída por jovens qualificados e com formação universitária. “Há clientes globais que, face às necessidades dos seus negócios, requerem o apoio de uma equipa dedicada a acompanhar todos os seus fluxos de transporte e envios a nível global e que atue de forma proativa para solucionar qualquer problema nos envios. Trata-se de um tipo de serviço cada vez mais procurado por clientes globais e que poderão ser servidos a partir de Lisboa. O Central Strategic Account Desk é independente da TNT Portugal, mas enquanto parte do grupo TNT trabalha em colaboração com as diversas operações onde a empresa está presente” revelou Sandra Van Breukelen, diretora do Central Strategic Desk.
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Contrato de representação
Rangel renova contrato com a Fedex em Portugal A Rangel vai continuar a ser o representante exclusivo da multinacional americana Fedex em Portugal. As duas empresas assinaram um contrato que é válido para os próximos cinco anos e que tem como objetivo atingir um volume de negócios na ordem dos 100 milhões de euros. Para Nuno Rangel, vice-presidente da empresa portuguesa, “esta renovação é um motivo de orgulho e é a garantia de que o grupo tem vindo a prestar um serviço de excelência a todos os clientes, resultado do esforço e dedicação de toda a equipa”. Segundo a empresa, o novo contrato visa aumentar o negócio expresso internacional na sua globalidade, criar novas oportunidades de emprego, reforçar a marca FedEx e continuar a investir em tecnologias para tornar as aplicações para o cliente rápidas, flexíveis e mais eficientes. TR 149 JULHO 2015
Pela FedEx
Bruxelas aprova segunda fase da aquisição da TNT A Comissão Europeia aprovou o início da segunda fase da análise da proposta da aquisição da TNT por parte da FedEx. A Fase II da análise é parte integrante do processo regular de investigação da Comissão Europeia. A TNT revela aguardar “com expetativa o sucesso da aquisição” que deverá estar concluída na primeira metade de 2016, e adianta que irá “continuar a cooperar com a FedEx e a Comissão Europeia com vista a um desfecho positivo. Uma vez aprovada, a junção da FedEx e a TNT irá trazer benefícios para todos os stakeholders”. Para a TNT, esta aquisição irá proporcionar aos clientes das duas multinacionais “o acesso a uma rede global integrada, consideravelmente melhorada, combinando as fortes capacidades europeias da TNT com a força da FedEx em outras regiões no mundo, incluindo América do Norte e Ásia. Os clientes da TNT irão também beneficiar do acesso ao portfólio de soluções FedEx, incluindo global air express, freight forwarding, contratos logísticos e as capacidades de transporte de superfície”.
ATUALIDADES transporte expresso
A nível mundial
Deutsche Post aumenta vendas no segundo trimestre O Grupo Deutsche Post DHL aumentou as suas vendas no segundo trimestre de 2015 e conseguiu avanços positivos na consolidação da posição de sucesso das suas unidades de negócio, em linha com a “Estratégia 2020” que foi desenvolvida pelo grupo. Entre abril e junho, considerando os efeitos positivos das taxas de câmbio, as vendas cresceram 7,3 por cento para 14,7 mil milhões de euros. As divisões DHL cresceram 9,1 por cento e a Post – Ecommerce – Parcel (PeP) registou um crescimento de 1,9 por cento. A receita orgânica foi 0,6 por cento superior em relação ao mesmo período do ano passado, com as sobretaxas de combustível a comprometerem um crescimento mais sólido. O serviço internacional de encomendas expresso, alimentado pelo comércio online, continuou a desenvolver-se de forma dinâmica, contudo as receitas do Grupo foram fortemente penalizadas pelos frágeis resultados do serviço de correio, principalmente devido às greves, que provocaram um impacto negativo de 100 milhões de euros, e pelo decréscimo das sobretaxas de combustível. Para 2016, o Grupo Deustche Post DHL mantém a previsão de crescimento do EBIT para valores entre os 3,4 e os 3,7 mil milhões de euros. A natureza extemporânea da greve ocorrida no segundo trimestre e o impacto esperado das medidas adicionais tomadas nos últimos meses permitem prever uma tendência de crescimento de lucros mais dinâmica no próximo ano. Para atingir os objetivos do EBIT em 2016, espera-se que a unidade de PeP contribua em mais de 1,3 mil milhões de euros, com as restantes unidades a registarem um contributo entre os 2,45 e os 2,75 mil milhões de euros. pub.
ATUALIDADES aéreas
Regiões Europa e África
Lufthansa Cargo distingue Dachser pela fiabilidade A Lufthansa Cargo distinguiu a atuação da Dachser Air & Sea Logistics nas regiões da Europa e África com o prémio “Lufthansa Cargo Quality Award for Europe & Africa 2014”. O galardão reconhece a qualidade superior do operador logístico, assegurando que a multinacional alemã apresenta, de entre todas as outras empresas de transporte e logística que estiveram em competição, o maior nível de fiabilidade ao nível de reservas. Um dos critérios fundamentais da Lufthansa Cargo para a atribuição desta distinção é o facto da performance do grupo corresponder totalmente às expetativas. Esta métrica inclui especificamente o tipo de reserva, taxas de
‘no-show’ mínimas, assim como o facto de cumprir o indicador Cargo 2000 RCS (carga recebida do transitário pronta para embarque). Estes critérios foram analisados mensalmente pela companhia aérea, que agora reconhece os três parceiros com o melhor
desempenho. A Dachser Air & Sea Logistics alcançou a posição máxima na categoria de expedidores e operadores logísticos, para a qual é necessária a realização de um mínimo de 200 embarques com a Lufthansa Cargo na zona da Europa e África. “Na Dachser, a questão da qualidade é a principal prioridade. Este prémio vem apenas comprovar que fizemos o nosso trabalho de casa“, afirma Thomas Krüger, regional manager North Central Europe na Dachser Air & Sea Logistics. Em nome de todos os funcionários, o responsável recebeu o prémio numa cerimónia que decorreu no âmbito do Fórum da Lufthansa Cargo para a Europa e África 2014.
Em 2014
Rangel eleita maior “agente” da TAP Cargo A Rangel foi eleita o maior agente da TAP em 2014, tendo para isso contribuído o transporte de um total de 350 mil toneladas de carga, expedidas a partir de Lisboa e
Porto, refere a empresa em comunicado. A empresa venceu três Prémios “TAP Cargo” relativos ao ano transato: primeiro prémio na TAP Cargo Sul assim como na TAP Car-
go Norte e ainda uma Menção Honrosa, também relativa à atividade no norte do país. Segundo Nuno Rangel, vice-presidente do Grupo Rangel, “ser o maior agente da TAP é naturalmente uma honra e o culminar de um percurso de crescimento sustentado, que nos levou à liderança do mercado de carga aérea em Portugal”. Recorde-se que a TAP Cargo atribui, todos os anos, prémios aos melhores agentes a trabalhar com a empresa, sendo que o vencedor é escolhido com base na faturação da tonelagem transportada.
Operado pela madeirense FlyMii
Avião cargueiro vai ligar Funchal e Lisboa O operador madeirense FlyMii vai iniciar transporte de carga aérea entre o Funchal e Lisboa, com avião cargueiro com capacidade de 6,5 toneladas. O voo será efetuado cinco vezes por semana e tem como objetivo transportar produtos hortícolas, frutícolas e peixe para Portugal Continental. A FlyMii pode ainda colocar os produtos regionais em diversos pontos da Europa, a preços competitivos, com base em parcerias com outras companhias. Os administradores das empresas responsáveis pela operação de transporte aéreo de 46
carga entre a região autónoma e o território continental reuniram-se com o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque. “O início desta operação”, que deverá se concretizar em agosto, “tem um significado importante para a nossa Região”, sendo necessário, a partir de agora, “estimular os nossos produtores em todas as áreas, no sentido de canalizar os nossos produtos maravilhosos para o mercado quer continental, quer europeu”, sublinhou o presidente da Região www.transportesemrevista.com
Autónoma da Madeira. A operação será assegurada por um aparelho Bombardier CRJ200, alugado a uma empresa dinamarquesa, que consegue assegurar a ligação entre o Funchal e Lisboa em 1h25. TR 149 JULHO 2015
ATUALIDADES rodoviárias pesadas
Programa Horizonte 2020
Luís Simões participa em projeto europeu de ITS A Luís Simões está a participar num projeto europeu de ITS (Intelligent Transport Systems) OPTIMUM – Research and Innovation Action, que tem como objetivo desenvolver novas formas de gestão de tráfego. O projeto-piloto é apoiado pelo Programa-Quadro Comunitário de Investigação e Inovação da União Europeia, Horizonte 2020, e está integrado num consórcio de 18 parceiros europeus, em representação de oito países.
O projeto OPTIMUM - Research and Innovation Action visa explorar soluções inovadoras para colmatar o congestionamento das redes de transportes, designadamente a transferência de fluxos para vias menos congestionadas, e, conta também com as empresas portuguesas: Estradas de Portugal (EP), Transportes Inovação e Sistemas (TIS) e Uninova. No âmbito deste projeto estão a ser implementados cinco casos-piloto no total, em quatro Estados-Membro: Portugal, Eslovénia, Áustria e Inglaterra, num inves-
timento de 5,9 milhões de euros. No caso português, o foco está na exploração de novas formas de gestão de tráfego visando a transferência de fluxos para vias menos congestionadas, explorando conceitos inovadores como esquemas dinâmicos de tarifação. Esperam-se ganhos de tempo de viagem, segurança e conforto, assim como os custos associados à circulação. O processo é apoiado através da recolha, processamento e transmissão de dados de vários sensores, social media, sistemas diversos e prestadores de serviços que serão integrados numa aplicação informática que determinará os preços de portagens em tempo real. No projeto-piloto português, a Uninova será responsável pela componente tecnológica de processamento de dados; a TIS pelo planeamento, operacionalização e avaliação, assim como pelo contributo em questões de disseminação e deployment de práticas. Em complemento, a EP contribui na definição de requisitos e implementação do projeto em conjunto com a Luís Simões, que testa as soluções em condições reais de planeamento de viagem. Este projeto arrancou em maio, estendendo-se ao longo de 2016, 2017 e 2018, com testes aos sistemas de portagens e análise da sua competitividade, no Porto e em alguns fluxos de saída para Espanha.
Dias 23 e 24 de outubro
15º Congresso da Antram realiza-se no Algarve O 15º Congresso da Antram irá realizar-se entre 23 e 24 de outubro no Epic Sana Algarve Hotel, anunciou a associação dos transportadores rodoviários de mercadorias. Dedicado ao tema “Sinergias que nos unem”, o congresso irá também assinalar os 40 anos da associação e das relações que foram construídas ao longo das últimas quatro décadas. De acordo com a Antram, “contaremos neste evento com a presença de Ilustres oradores e individualidades bem conhecedoras da realidade setorial.De realçar que o primeiro painel se prima pela presença de personalidades ligadas à cena política e economia nacional, e cujos contributos se revelam essenciais para quem diariamente trabalha no setor. Os restantes painéis são sobretudo de teor técnicos, versando temas ligados à operacionalidade e ao desenvolvimento da atividade das empresas”. Durante a conferência irá também realizar-se uma exposição fotográfica intitulada “ANTRAM - 40 anos com história”, com Imagens recolhidas do espólio fotográfico da associação.
Dia 30 de outubro
Próxima edição do WConnecta regressa a Madrid A sexta edição do WConnecta vai realizar-se em Madrid, no próximo dia 30 de outubro. A data do WConnecta Madrid 2015 vai coincidir com a feira de internacional de hortofrutícolas, Fruit Attraction, que irá decorrer entre os dias 28 e 30 de outubro, nos pavilhões do IFEMA, na capital espanhola. Desta forma, o WConnecta Madrid 2015 será uma excelente oportunidade para todos os participantes, uma vez que os responsáveis das empresas de transporte que se deslocarem à Fruit Attraction poderão complementar a sua visita, participando no evento de ‘networking’ organizado pela Fundação Wtransnet. O WConnecta irá manter o seu formato tradicional de speed networking. Os participantes 48
mantém reuniões de sete minutos com outros profissionais que complementam a sua atividade, em rondas de uma hora organizadas por especialidades. Quando ouvem sinal acústico, devem mudar de interlocutor, uma vez que o objetivo é o contacto com o máximo número de operadores. www.transportesemrevista.com
Uma das atrações do evento é a Networking Cargo Area, um espaço onde operadores logísticos e empresas de transporte com oferta de carga mantêm reuniões privadas com profissionais interessados em colaborar com eles. Esta iniciativa única no setor tem vindo a registar um aumento da participação de empresas nacionais e internacionais. Na edição de 2014 em Barcelona, não só se bateram todos os recorde s de participação - com 506 profissionais acreditados – mas também significou um passo à frente na internacionalização do evento, já que 46 por cento das empresas eram europeias e foram 17 os países representados. As expetativas da organização para o WConnecta Madrid 2015 é de 600 participantes. TR 149 JULHO 2015
ATUALIDADES rodoviárias pesadas
pu b.
Quatro novos campos
Garland transporta relvados do Boavista e FC Porto A Garland assegurou o transporte dos novos relvados naturais do Boavista e do Centro de Treinos de FC Porto, oriundos da RED - Relvados e Equipamentos Desportivos, num total de quatro novos campos. A operação de transporte de três novos campos de treino da equipa principal do clube azul e branco para o Centro do Olival do FC Porto, em Vila Nova de Gaia, envolveu 66 camiões frigoríficos (a uma temperatura controlada de 2º C) que, durante uma semana inteira, transportaram desde Salvaterra de Magos o relvado da RED. Também o Boavista FC, atualmente na I Divisão da Liga, efetuou trabalhos de substituição do campo sintético do Estádio do Bessa por um relvado natural, tendo a operação ocupado somente três dias com a utilização de 27 camiões, também frigoríficos, chegados de Bordéus, França. Este último transporte representou o maior desafio logístico com o qual a Garland Transportes se deparou, uma vez que o Estádo do Bessa se encontra localizado num dos principais núcleos habitacionais da cidade do Porto, onde existem restrições a veículos pesados, incluindo, por exemplo, o impedimento de efetuar trabalhos a menos de 500 m das moradias e a proibição de pernoitar no local. Como resultado, a Garland Transportes redefiniu o serviço, que exigia um elevado rigor, de modo a salvaguardar o bem-estar dos moradores. “Ambos
Account Manager da Garland. A preferência da RED pelo Grupo Garland mantém-se, depois de a empresa de relvados ter previamente escolhido a Garland Transportes em 2012 e em 2013 para o transporte dos relvados do Estádio do Dragão e da Luz, respetivamente. os transportes atestam uma parceria que demonstra, uma vez mais, a confiança que não só a RED mas também o FC Porto e agora o Boavista FC depositam na Garland. A nossa frota está equipada com material inteiramente adequado ao transporte deste tipo de mercadoria nas melhores condições de segurança” comentou Ligia Nev e s , Key
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Direto e diário
Rhenus introduz novo serviço Madrid – Alemanha... A Rhenus Logistics lançou um novo serviço diário e direto entre Madrid e as cidades alemãs de Düsseldorf e Estugarda, para consolidar as ligações existentes entre a Península Ibérica e a Alemanha. A ligação diária e direta de transporte terrestre de longo curso da empresa pertencente ao grupo internacional Rhenus foi introduzida no mês de maio e vem ampliar a cobertura para a exportação e a importação, com tempos de trânsito de 48 horas, e com entregas a partir dos “hubs” da Alemanha e de Madrid em 24/48 horas.
Segundo Constantino Sáez, gerente da Rhenus Logistics em Madrid, “com este novo serviço e seguindo a linha da nossa filosofia de oferecer a máxima qualidade, rapidez e fiabilidade aos nossos clientes, era necessário iniciar esta nova ligação entre Madrid e os “hubs” de Hilden em Düsseldorf e de Fellbach em Estugarda”. Com esta nova ligação, a Rhenus Logistics obtém um claro valor acrescentado aos seus serviços, otimizando os tempos de trânsito e as entregas, e também reforçando as rotas diretas entre Madrid e as suas delegações da Região do Ruhr e do sul da Alemanha.
...reforça tráfegos em Espanha A Rhenus Logistics, empresa pertencente ao grupo internacional Rhenus, reforçou recentemente os tráfegos em Espanha entre a zona do litoral mediterrânico e a zona da Andaluzia com o objetivo de “consolidar as ligações já existentes, oferecendo tempos de trânsito de 24 horas para as principais cidades andaluzas e um máximo de 48 horas para as restantes localidades”. De acordo com Francisco Garcia, diretor de produto de Tráfego Nacional da Rhenus,
“esta potenciação dos tráfegos entre a Andaluzia e o Litoral Mediterrânico são o resultado do importante crescimento que temos vindo a registar nos nossos serviços, por isso era prioritário ampliar a cobertura de serviços entre estas duas zonas da península. Além disso, ambas são importantes portas para a entrada e a saída de mercadorias para os restantes países da Europa e do mundo, o que oferece uma maior solidez a este reforço das linhas de trânsito”.
Bolsa de Cargas
Modelo TGX EfficientLine 2
Gasogás reforça frota com sete camiões MAN A Gasogás reforçou a sua frota com sete tratores novos MAN TGX 18.480 EfficientLine 2. Todos os veículos adquiridos pela empresa de transporte e distribuição de óleos e combustíveis da Marinha Grande vêm equipados com a mais recente tecnologia, designadamente a caixa de velocidades MAN TipMatic2 com fast-shifting, que consiste numa estratégia de mudança de velocidades mais rápida entre a décima e a décima segunda velocidades, Intarder Eco e TopTorque, o que proporciona um aumento do binário do motor em 200 Nm na 11ª e 12ª velocidades. Todos os camiões contam ainda com o sistema Efficient Roll, que aproveita a inércia em locais onde se consegue ir com o veículo a rolar devido à inclinação do percurso. A integração destes componentes permite aumentar a eficiência do veículo, pois aumentam ainda mais a economia de combustível. Com 50
Devido à sua localização no extremo sul da Península Ibérica, a região andaluza afirmou-se como uma zona importante para o transporte de mercadorias que têm como destino ou como origem o território peninsular ou europeu. A ampliação da cobertura de serviço entre ambas as zonas da península não só faz parte da estratégia da empresa por otimizar os seus serviços, “mas também contribui com grandes benefícios para os restantes tráfegos da rede ibérica e internacionais”, refere a Rhenus.
a aquisição destes camiões, a Gasogás apostou ainda no pacote MAN Solutions, o que significa que todos os camiões terão incluído o serviço de gestão de frotas, MAN TeleMatics, contrato de Manutenção e Reparação, e os motoristas da empresa poderão ainda usufruir da formação de condução MAN ProfiDrive. www.transportesemrevista.com
WKTS renova parceria com Grupo Carreras A Wolters Kluwer Transport Services (WKTS), fornecedor europeu de software de gestão de transportes e serviços de bolsas de carga, renovou parceria com o Carreras Grupo Logístico, uma das maiores empresas ibéricas de transporte e logística. O acordo irá permitir o reforço da cooperação entre as duas companhias, o que se traduzirá num aumento da eficiência dos seus serviços mediante a reorganização dos serviços de bolsas de cargas e a vinculação dos sistemas de gestão de transporte do Carreras Grupo às soluções da WKTS. Esta parceria não se limita à mera prestação de serviços por parte da WKTS, permitindo-lhe ainda demostrar ao mercado a sua solidez como parceiro comercial.
TR 149 JULHO 2015
Vilar Formoso - Fronteira
IP lança concurso para conclusão da A25 A Infraestruturas de Portugal (IP) lançou o concurso público para a construção do troço final da A25 entre Vilar Formoso e a Fronteira, com uma extensão de cerca de 3,5 quilómetros. No âmbito desta empreitada será concretizada a ligação em perfil de autoestrada entre Vilar Formoso, dando continuidade ao atual A25, e a A62 da Autovia de Castilla, e a zona da Fronteira com Espanha. O objetivo é evitar a travessia urbana de Vilar Formoso. A obra, prevista no Plano Estratégico dos Transportes e Infraestruturas (PETI3+), tem um prazo de execução de 450 dias e preço base de 14,9 milhões de euros, prevendo-se que seja consignada no início de 2016. O tráfego estimado é de dez mil veículos por dia, estando prevista a introdução de portagens nesta extensão adicional da A25.
ATUALIDADES rodoviárias pesadas
Desde 1 de julho
Portagens na Alemanha alargadas às nacionais O sistema de cobrança de portagens para veículos pesados na Alemanha, denominado TollCollect, foi alargado no dia 1 de julho e inclui mais de 2.200 quilómetros da rede de estradas nacionais, que estavam isentas. Os veículos pesados com peso bruto superior a 12 toneladas estão sujeitos ao pagamento de taxas de portagens na região de Baden-Wurtemberg, designadamente nos acessos à cidade de Estugarda, e na região da Baixa Saxónia, onde se localiza a cidade de Hannover. Além disso, as portagens também foram estendidas a muitos troços pequenos de autoestradas em praticamente todas as regiões da Alemanha, geralmente nos acessos às principais cidades do país. Desta forma, a Alemanha volta a incorportar portagens nas estradas federais da sua infraestrutura rodoviária, que se vêm juntar aos 2.500 quilómetros portajados entre 2007 e 2012. Assim, com os 4.700 quilómetros de estradas federais incluídas no sistema ‘Toll Collect’ e que se somam aos 25.700 quilómetros já taxados, a infraestrutura com portagens vai passar para os 30.400 quilómetros. Além disso, o valor das taxas a pagar também vai aumentar a partir de outubro, estando previsto um aumento de 2,96 por cento para os veículos Euro 6, para 0,135 euros/km, de 2,56 por cento para os Euro 5, para 0,156 euros/km. Os veículos Euro 4 e Euro 3 Red Part terão um agravamento de 2,4 por cento, para 0,167 euros/km, e os Euro 3 de 2,2 por cento, para 0,198 euros/km. pub.
INDÚSTRIA rodoviária pesada
Em camiões frigoríficos
WeTruck: Tecnologia portuguesa que permite poupar combustível Resultado de um trabalho académico em colaboração com uma empresa de transportes, o projeto WeTruck veio dar origem à criação da AddVolt, uma StartUp idealizada por quatro jovens engenheiros com mestrado em Engenharia Eletrotécnica pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Esta solução permite maiores poupanças de combustível, menores emissões de gases com efeito de estufa e uma redução significativa do ruído nas frotas das empresas de transporte e logística de produtos refrigerados.
Pedro Costa Pereira
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BRUNO AZEVEDO, CEO da Addvolt, revela à Transportes em Revista que a ideia de criar este projeto surgiu «na sequência da dissertação de mestrado em sistemas de travagem regenerativa aplicada aos veí52
culos pesados». A ideia começou a ganhar forma com uma estreita relação com uma empresa de transportes nacional em que «o grande entusiasmo e empenho dos respetivos colaboradores que nos têm vindo a acompanhar contribuiu, e muito, para encararmos este desafio com enorme responsabilidade», revela o responsável. A www.transportesemrevista.com
equipa conta, atualmente, com seis profissionais inteiramente dedicados ao desenvolvimento da solução, que deverá começar a ser comercializada em meados de 2016. Segundo Bruno Azevedo, «estamos neste momento a avançar com o processo de certificação e homologação a nível nacional e internacional. Já entrámos em contacto TR 149 JULHO 2015
INDÚSTRIA rodoviária pesada com o IMT para o efeito, e o princípio tecnológico do projeto já está concluído». Mas, afinal, o que é o WeTruck? Trata-se de um sistema que permite alimentar diretamente os sistemas auxiliares de um camião sem recorrer ao motor diesel. A produção de energia é feita de duas formas: através de painéis fotovoltaicos que são instalados no topo do camião e através de um sistema de recuperação de energia durante as travagens e as desacelerações. A energia elétrica gerada é armazenada em baterias para posteriormente poder ser utilizada para alimentar os sistemas auxiliares do próprio veículo. Isto só é possível através da gestão do fluxo de energia entre os diversos recursos que é feita de forma automática e autónoma pelo controlador, uma combinação de “hardware” e “software” totalmente desenvolvido pela Addvolt, sendo esta a tecnologia-chave da solução. Uma das grandes vantagens é, segundo Bruno Azevedo, «ser uma tecnologia não invasiva. É um kit que pode ser instalado em qualquer camião, nos vários estágios da sua vida útil, ou seja, pode ser instalado no momento do fabrico ou numa fase posterior». Bruno Azevedo assegura ainda que a instalação do WeTruck não afeta as dimensões nem o próprio peso do camião, uma situação que poderia gerar um maior consumo de combustível: «tivemos sempre a preocupação de não ultrapassar a tara máxima do veículo. Neste sentido, a instalação do sistema nunca representará um aumento superior a um por cento do peso bruto do camião ». Com a introdução deste sistema, os transportadores conseguem não só reduzir o consumo de combustível, como também os próprios custos de manutenção, e o nível de emissões de CO2 e de ruído. Para o res-
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ponsável da AddVolt, «o WeTruck pode ser instalado em qualquer camião, mas o nosso principal foco são os camiões com um peso bruto superior a 12 toneladas que fazem transporte de produtos refrigerados. Com o WeTruck conseguiremos alimentar todos esses sistemas auxiliares através de energia elétrica que é produzida diretamente pelo próprio veículo. O WeTruck pode também ser aplicado em outras áreas, como por exemplo, nos camiões de recolha de lixo, cujos sistemas basculantes são também alimentados pelo respetivo motor do camião». O projeto WeTruck tem recebido vários elogios e tem vindo a colecionar alguns prémios no âmbito da inovação. Por exemplo, em 2014, ficou em primeiro lugar no iUP25k, concurso de ideias de negócio organizado pela Universidade do Porto, no âmbito do GAPI3. A AddVolt foi então convidada a apresentar o projeto na RedEmprendia Spin2014, um evento de empreendedorismo universitário ibero-americano realizado em outubro de 2014, no México. O segundo lugar alcançado permitiu-lhes receber um cheque de 20 mil dólares, cujo valor foi aplicado inteiramente no desenvolvimento do projeto. A AddVolt participou, também, no inRes 2014, um programa de aceleração de negócios nos Estados Unidos, promovido pelo Programa CMU Portugal e que contou com o apoio da prestigiada Universidade americana Carnegie Mellon University, situada em Pittsburgh. De acordo com Bruno Azevedo, estas experiências permitiram à StartUp aprimorar o modelo de negócio e entrar em contacto com outras realidades. Um dos grandes objetivos da AddVolt passa por, numa segunda fase, entrar em contacto com outros mercados. «O sistema é internacionalizável e pode ser
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aplicado noutros mercados. No entanto, o nosso foco passa por abordar os mercados de países como Espanha, França, Itália e Turquia, para além de Portugal, claro». A escolha destes países, localizados no Mediterrâneo, está relacionada com alguns indicadores que servem de apoio à análise de mercado para o WeTruck: são países onde a exposição solar é maior e para além deste, os responsáveis da AddVolt tiveram ainda em conta variáveis como o preço do combustível (a Turquia, por exemplo, é o país europeu onde o custo do diesel é mais elevado), os incentivos às políticas verdes, como a recém implementada Fiscalidade Verde, em Portugal, e o número de viaturas frigoríficas existente em cada país. A análise de mercado elaborada pela empresa, revelou que só na Península Ibérica existem cerca de 9000 viaturas com esta tipologia. E, se numa primeira fase, a AddVolt pretende centrar-se no desenvolvimento e comercialização do WeTruck, Bruno Azevedo revela que «já começámos a identificar outras áreas onde podemos aplicar a nossa tecnologia, nomeadamente no sector da mobilidade elétrica e no desenvolvimento de sistemas de gestão e conversão de energia».
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INDÚSTRIA rodoviária pesada
Scania R730 V8 Streamline Topline
Prazer de condução Com a entrada em vigor da norma Euro 6, a Scania passou a ser o único fabricante a disponibilizar um motor V8 para camiões. Este propulsor é proposto em três níveis de potência, sendo a mais elevada de 730 cv, que corresponde à unidade ensaiada. Além da excelente performance em termos de acelerações e recuperações para um conjunto articulado com um peso bruto de 40 toneladas, os consumos são relativamente comedidos. 54
Carlos Moura Pedro
carlos.moura@transportesemrevista.com
APRESENTADO NO ÚLTIMO TRIMESTRE de 2013, o motor V8 de 730 cv veio juntar-se às versões de 520 e 580 cv, lançadas no início desse ano, e que se destinam a clientes que valorizam caraterísticas como a performance, a economia operacional e a durabilidade. Estes tipos de motores estão vocacionados para aplicações como o transporte de longo curso sob temperatura controlada, transporte de madeira, inertes, construção ou minas. Em ambientes onde as condições topográficas são mais exigentes, respondem melhor às necessidades dos operadores, uma vez que permitem velocidades comerciais mais elevadas. Na Noruega, por exemplo, mais de metade dos camiões vendidos pela Scania têm motores V8. www.transportesemrevista.com
O fabricante sueco tem uma longa tradição neste tipo de motores e decidiu mantê-la, disponibilizando um bloco de oito cilindros, com arquitetura em V, e uma capacidade de 16,4 litros. Para cumprir os limites da norma Euro 6, recorre à combinação das tecnologias SCR (redução catalítica seletiva), EGR (recirculação dos gases de escape), turbocompressor de geometria variável. A unidade topo de gama oferece uma potência de 730 cv às 1.900 rpm e um binário de 3.500 Nm entre as 1.100 e as 1.400 rpm. Mesmo totalmente carregado, com um peso bruto de 40 toneladas, distingue-se pela capacidade de aceleração, especialmente nas subidas mais pronunciadas, e pelas recuperações. Para um motorista é muito agradável conduzir um camião Scania R730 V8 Streamline Topline, sensação essa que é reforçada por um ambiente interior de elevado TR 149 JULHO 2015
INDÚSTRIA rodoviária pesada nível e requinte. Um camião V8 recebe bancos em pele, que incluem insígnias V8 no encosto de cabeça e nos bancos, volante em couro, que pode ter aplicações em madeira. O motor V8 Euro 6 está disponível em associação com a caixa de velocidades automatizada Scania Opticruise e dois pedais. Os comandos encontram-se integrados na alavanca localizada no lado direito do volante e que também controla o Scania Retarder. Para otimizar o consumo de combustível, a marca sueca propõe o sistema de Antecipação Ativa Scania, que funciona em associação com a caixa de velocidades Opticruise, o sistema de cruise control e o sistema Eco-Roll (que coloca o motor eletronicamente em ‘ponto morto’ numa descida). A transmissão Scania Opticruise pode ser especificada com três modos de desempenho: Normal, Economia e Potência. A primeira opção está otimizada para proporcionar uma boa economia de combustível, assegurando ao mesmo tempo um bom desempenho em declive. O sistema está programado para que o motor utilize o binário máximo nas subidas. A Antecipação Ativa Scania está totalmente integrada na funcionalidade, aumentando ligeiramente a velocidade do camião para ganhar impulso antes de entrar numa subida íngreme. Antes de chegar à descida, o veículo começa em marcha livre para poupar combustível e vai ganhando velocidade recorrendo ao impulso do próprio veículo. No modo Normal, o sistema de Antecipação Ativa Scania funciona dentro de uma margem de velocidade de seis por cento abaixo e quatro por cento acima da velocidade de cruzeiro fixada.
O Scania Opticruise oferece ainda o modo Economia, que é regulado para consumir o mínimo de combustível possível mesmo que isso implique um tempo de viagem ligeiramente superior. No Scania Opticruise está disponível o modo Potência para viagens onde o tempo de trânsito é determinante. Neste caso a resposta do motor é mais agressiva e o desempenho nas subidas é otimizado pelo funcionamento do motor à máxima potência, com mudanças de velocidade ligeiramente mais rápidas do que no modo Normal. Apesar da elevada potência disponibilizada pelo motor V8 de 730 cv, ao que se juntam os sistemas como a caixa Opticruise, o sistema Antecipação Ativa Scania, o sistema de apoio ao condutor “Scania Driver Support’, o consumo de combustível até não é muito penalizado. Será de referir que no trajeto entre Madrid e Lisboa, a unidade ensaiada registou uma média de 33,0 l/100 km.
FICHA TÉCNICA
Motor/Chassis cilindrada
16.400 cc
cilindros/posição
8 em V 90º
taxa de compressão
17:4:1
Diâmetro/curso (mm)
130x 154
potência (cv/rpm)
730/1.900
binário (Nm/rpm)
3.500/1.100 - 1.400
velocidades Ponte traseira
GRSO925R 12 vel. com Opticruise Scania R780, redução simples
Nível de emissões susp. Dianteira susp. Traseira
Euro 6 Pneumática, de dois foles Pneumática, de quatro foles
travões fr/tr travão auxiliar
discos/discos Scania Retarder
Carroçaria comp/larg/alt. (mm) - tractor
6.050/2.550/3.860
dist. entre eixos (mm)
3 700
Peso bruto combinado (kg)
40 000
Tara (kg) - tractor
7,610
Performance e consumos vel. Máxima (km/h) Depósito combustível
90 km/h 400 litros
Depósito AdBlue
90 litros
Equipamento Cabina CR19T - Topline Ar condicionado, airbag condutor, bancos em pele, retrovisores aquecidos e vidros de comando eléctrico, fecho central com telecomando, tecto de abrir, auto-rádio com leitor de CD, sistema navegação, cruise control com comando no volante, auxiliar de arranque em subida (Hill Start Aid), Scania Retarder, Scania Opticruise, Scania Ecoroll, armário superior, duas camas, Scania Driver Support, ESP, Sistema CCAP (Antecipação Ativa Scania)
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INDÚSTRIA rodoviária pesada
Protótipo FTCC
DAF reduz 500 kg na tara de camião de distribuição A Leyland Trucks, subsidiária britânica da DAF Trucks, desenvolveu o protótipo de um camião de distribuição de 12 toneladas que permite uma redução de meia tonelada na sua carga, aumentando assim a sua carga útil. Denominado FTCC (Future Truck Chassis Concept), o desenvolvimento deste projeto foi efetuado por técnicos da DAF e do Grupo CSA, tendo sido co-financiado pelo Governo britânico, ao abrigo de um programa para a redução do consumo de combustível e das emissões. O DAF FTCC inclui a utilização de vários componentes em alumínio para a otimizar a relação entre peso e rigidez, designadamente nas uniões laterais e junções, em partes da suspensão, no chão da carroçaria e na barra inferior de proteção dianteira (Front Underrun Protection). Este dispositivo de segurança passiva foi montado num novo mó-
dulo dianteiro do chassis. Outra inovação é a integração da estrutura do chão da carroçaria no design do chassis, ao incorporar o subchassis da carroçaria nas longarinas do
chassis. O projeto incluiu ainda a montagem de uma suspensão dianteira independente pneumática, com direção de pinhão e cremalheira. De acordo com o engenheiro-chefe da Leyland Trucks, Rob Lawton, que liderou a equipa do projeto, “a redução do peso é o objetivo do nosso trabalho para diminuir o consumo de combustível e as emissões. O nosso projeto FTCC alcançou o nosso objetivo de redução de 30 por cento de peso, graças aos componentes utilizados no chassis principal, na estrutura inferior da carroçaria, na suspensão dianteira e na direção”. A DAF Trucks adianta que o FTCC não passa de um modelo de estudo e que não será comercializado a curto prazo. Contudo, apresenta inovações que poderão ser levadas em conta no futuro, se forem economicamente viáveis.
No primeiro semestre
RETA aumenta vendas de semirreboques A RETA registou um aumento nas vendas de semirreboques novos e usados durante os primeiros seis meses do ano. Segundo a empresa “a venda de veículos usados obteve, no primeiro semestre de 2015, um crescimento de cerca de 10 por cento, face ao período homólogo. As tipologias mais procuradas foram os semirreboques de lonas e frigoríficos. No que se refere à venda de semirreboques novos, registou-se no primeiro semestre um crescimento de 60%, comparativamente com o mesmo período de 2014, destacando-se positivamente a procura de semirreboques frigoríficos da fabricante espanhola LeciTrailer –, da qual é representante exclusivo no mercado português”. Neste segmento de negócio a estratégia da Reta tem vindo a ser reforçada através da representação de grandes marcas, existindo já um impacto bastante significativo na atividade comercial. Para Paulo Caires, diretor de marketing da RETA, “os resultados apresentados revelam a capacidade que a Reta tem em conseguir superar-se ano após ano, e, adaptar-se às necessidades do mercado, proporcionando aos nossos clientes as melhores ferramentas para o seu trabalho”.
Para carga geral nacional
Transruelsa adquire sete veículos Scania Approved A Scania entregou à empresa Transruelsa-Transportes Lda, sete unidades Scania Approved para integrarem os seus serviços de transporte de carga geral à escala nacional. Segundo a Scania, “estes veículos estão otimizados em relação a outros veículos de ocasião, uma vez que contam com uma avaliação completa por parte dos técnicos da Scania, assegurando, por exemplo, que a cadeia cinemática se encontra em condições excelentes e a quilometragem é a correta”. Atualmente, os veículos Scania representam cerca de 70 por cento da frota da Transruelsa. Para Rui Fernandes, sócio-gerente da empresa de transportes rodoviários, “antes de ter veículos Scania na minha empresa, um dos meus condutores insistia em elogiar a qualidade deles, até que um dia decidi experimentar. Fiquei surpreendido com os consumos, menores do que os que tinha conseguido até então. Desde aí, só compro Scania”. Os veículos contam também com o serviço Scania FMS (Fleet Management), o sistema de gestão de frotas que permite ter acesso a informações relevantes, como consumos de combustível, estilo de condução, ou comportamento na travagem, de modo a conseguir um melhor controlo sobre os veículos e um acompanhamento mais rigoroso dos condutores
INDÚSTRIA rodoviária pesada
Entre 6 e 8 de outubro
Final do Optifuel Challenge vai realizar-se em Lisboa A final internacional do Optifuel Challenge 2015 vai ser disputada em Lisboa entre os dias 6 e 8 de outubro. Organizada pela Renault Trucks, a prova vai contar com a participação de 50 concorrentes em representação de 25 países europeus. Carlos Moura Pedro
carlos.moura@transportesemrevista.com
O OPTIFUEL CHALLENGE 2015 junta centenas de condutores de camiões Renault em toda a Europa e tem como objetivo mostrar as capacidades para conduzir de forma económica, mantendo uma velocidade comercial competitiva, através de provas teóricas e na estrada. Os formadores, parceiros e especialistas Optifuel partilharam ao longo da prova, todos os conselhos sobre poupar mais na estrada. A primeira edição deste concurso internacional de condução eficiente da Renault Trucks decorreu em 2012 com a participação de 16 países e a estreia de Portugal dá-se em 2015, ano em que a marca francesa passou a ter um novo distribuidor para o nosso país, a Galius, do Grupo Nors. A competição em Portugal reuniu mais de 65 motoristas que tiveram a oportunidade de demonstrar a sua capacidade de condução eficiente. A prova foi dividida em quatro etapas regionais (Braga, Viseu, Santarém e Olhão), tendo os motoristas percorrido, em média, 30 quilómetros. A Final Nacional do Optifuel Challenge 2015 juntou nas instalações da Galius, em Castanheira do Ribatejo, os oito motoristas apurados durante as eliminatórias regionais. RicarJULHO 2015 TR 149
do Godinho, da Gasogás, e Vitor Pereira, da JLS, alcançaram o primeiro e segundo lugar, respetivamente, e irão representar Portugal na Final Internacional que se realiza em Lisboa. Para Ricardo Gomes, diretor geral da Galius, “trazer para Portugal, pela primeira vez, o Optifuel Challenge, uma competição europeia organizada pela Renault Trucks desde 2012, foi um enorme desafio não apenas pela logística necessária a nível nacional, mas também pela responsabilidade que representava para a Galius, uma marca muito recente mas com uma forte ambição de liderança de mercado, em receber um evento desta envergadura. A verdade é que a prova se revelou um enorme sucesso, para o qual também contribuiu em muito o grande entusiasmo e
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empenho por parte de motoristas e empresas participantes”. Para o vencedor, Ricardo Godinho, “para além de estar muito satisfeito pela vitória e por representar a Gasogás, sinto-me muito feliz, como um jogador que vai integrar a seleção nacional portuguesa”.
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INDÚSTRIA rodoviária ligeira
Novo Citroen Berlingo Comercial
Um parceiro profissional para todas as ocasiões
Depois de ter mostrado o novo Berlingo no Salão de Genebra, em março último, a Citroën já disponibilizou em Portugal a versão comercial de um dos multiusos com mais sucesso no mercado nos últimos anos. Esta proposta apresenta novas evoluções, conjugando duas silhuetas (L1 e L2), quatro motorizações diesel HDi e três níveis de equipamento perfeitamente adaptados a todos os tipos de utilização. 58
Pedro Costa Pereira
pedro.pereira@transportesemrevista.com
O NOVO BERLINGO MANTÉM a sua polivalência e funcionalidade, assim como todas as suas caraterísticas de modularidade, de volume, de conforto e de equipamento. À semelhança da versão Multispace, de passageiros, também a versão Comercial do Citroën Berlingo surge agora modernizada, apresentando-se em Portugal com um conjunto de novos argumentos que lhe permitirão reforçar junto dos clientes profissionais o estatuto de veículo de referência e de best seller, com mais de 5.150 unidades comercializadas no nosso mercado nos últimos dois anos. Entre as novidades apresentadas, destacam-se o novo design e funcionalidade no habitáculo, a modularidade e volumetria das duas áreas de carga, o conforto para os utilizadores, que nele fazem muita da sua rotina profissional quotidiana, e a robustez, lado a lado com conteúdos tecnológicos simples de operar e tirar partido, são alguns dos renovados argumentos presenwww.transportesemrevista.com
tes na variante profissional do novo Berlingo. O Berlingo Comercial apresenta, também, uma frente mais assertiva, inteiramente renovada, com um novo para-choques com as luzes diurnas em LED reposicionadas e uma nova grelha. A integração de cada elemento (para-choques, grelha de barras, guarda-lamas, faróis diurnos em LED…) foi trabalhada para obter uma frente homogénea, ao mesmo tempo sóbria e moderna. Uma personalidade reforçada através de um novo para-choques de linhas tensas, de um lado e do outro da nova grelha de barras. Esta última, mais baixa, estrutura a frente e confirma a robustez do Berlingo. Em Portugal, este modelo estará disponível em dois comprimentos de carroçaria, L1 (volume útil de 3,3 até 3,7m3) e L2 (de 3,7 até 4,1m3), caraterizando-se por uma superfície de carga otimizada, permitindo o transporte de duas europaletes. Graças ao seu acesso inteligente, como as largas portas laterais deslizantes ou as portas traseiras assimétricas, abrindo em 180 graus, favorece também a facilidade e a segurança da operação de carga. Para assegurar TR 149 JULHO 2015
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uma grande polivalência de utilização e responder a um máximo de expectativas, o profissional poderá sempre beneficiar da cabina Extenso, uma cabina modulável que tem numerosas vantagens. Por um lado, pode acolher três pessoas na frente, graças a um lugar central que se adapta rapidamente e sem esforço às diferentes necessidades dos seus utilizadores. O banco lateral do passageiro é escamoteável, com o objetivo de criar uma superfície plana, permitindo assim transportar cargas até três metros de comprimento no L1 e 3,25 metros no L2. A relação entre o comprimento de carga interior com a largura exterior do veículo (4,38 m no L1 e 4,63 m no L2) resulta numa verdadeira performance no segmento. Esta configuração aumenta o volume útil em 400 litros: a capacidade de carga é assim levada até aos 3,7 m3 no L1 e 4,1 m3 no L2. Por outro lado, o banco lateral do passageiro pode igualmente colocar-se em posição cinema, ou seja, o assento elevado contra o encosto, para transportar cargas altas diretamente na cabina e o desenho rebatível do banco central assegura uma função de escritóJULHO 2015 TR 149
rio móvel graças à sua forma de escrivaninha. O novo Berlingo permite, igualmente, um volume suplementar de 7,5 litros está disponível sob o assento do banco central e pode fechar-se com cadeado. A gama de motores para as variantes Comerciais do novo Citroen Berlingo conta com várias propostas (Euro 5) com os consumos médios a partir dos 4,5 l/100 km e emissões de CO2 médias a partir dos 118 g/km. Um conjunto de quatro propostas que, pelas suas caraterísticas, estão perfeitamente adaptadas às necessidades do mercado nacional. Mais tarde no corrente ano, a Citroen alargará o leque de motores com a introdução na gama de comerciais Berlingo de alguns blocos da família BlueHDi. O Citroën Berlingo estará disponível em três níveis de equipamento no mercado nacional. São, todos eles, complementares e podem, ainda, ver-se integrados com um ou mais opcionais de um vasto leque de soluções – isoladas ou em pack. A versão “Base” contempla elementos de segurança e condução como ABS, REF, AFU, ASR e ESP, ajuda ao arranque em plano inclinado, airbag para condutor, direção assistida, aviso de cinto não colocado, cintos dianteiros reguláveis em altura (exceto central com três lugares), com pré-tensores e limitadores de esforço, trancagem automática de portas em andamento e volante ajustável em altura e profundidade. A divisória de carga é em chapa com rede, sendo seis os anéis de fixação na caixa de carga, sendo esta iluminada. Um habitáculo cujo piso tem revestimento sintético e o banco do condutor é rebatível. O contacto com o piso feito por pneus Michelin Energy Saver 195/65 R15, montados em jantes em aço de 15 polegadas e embelezadores FEROE, com roda sobressalente homogénea. A bordo, o condutor conta com indicador de manutenção e nível do óleo, sistema áudio CD MP3 com tomada áudio RCA no porta-luvas e vidros dianteiros de comando elétrico. A carroçaria conta com frisos em preto e o acesso traseiro é feito através de portas assimétricas
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em chapa com abertura a 180º, sendo complemento uma porta lateral direita de correr nas versões L2. Os faróis de halogéneo complementam o conjunto. Na versão “Club”pode encontrar um sistema regulador e limitador de velocidade, gaveta sob o banco do condutor e prateleira superior dianteira, banco do condutor com regulação em altura e apoio de braços (exceto com banco de três lugares) e sistema de áudio CD MP3 com kit mãos-livres Blutooth e streaming de áudio. O compartimento de carga conta com tomada de 12V e tapete em PVC amovível (excepto versões ETG). Acresce a ajuda ao estacionamento traseiro e um Pack Elétrico, integrando fecho centralizado de portas com abertura independente da cabina e da área de carga, retrovisores exteriores elétricos, tal como os vidros dianteiros, tendo o do condutor função sequencial. Já a opção “Confort” acrescenta ao acima exposto três elementos identificativos: sistema de ar condicionado manual, banco de três lugares na cabina, sendo os dos passageiros Multifuncional, e divisória com abertura para transporte de objectos longos. O sistema de áudio evolui para um sistema SMEG +iV2, com ecrã táctil de 7”, entrada USB e jack 3.5, função MirrorScreen por cabo ou wifi. Em termos de condução, o motor BlueHDi 120 dá cartas no segmento, mostrando toda a sua capacidade, quer em autoestrada, quer em estradas mais sinuosas, sendo perfeitamente compatível com a caixa manual de seis velocidades. O conforto no rolamento é, também, uma das principais características do Multispace, muito graças aos trens rolantes de tipo pseudo-McPherson derivados do Citroën C4 Picasso, com largas provas dadas e que conferem ao veículo uma excelente precisão de direção, preservando um bom conforto de condução. Em Portugal, o leque de preços a que será proposto o novo comercial da Citroen inicia-se nos 18 110 euros da versão L1 1.6 HDi 75 CVM. Já a versão elétrica estará disponível a partir dos 34 165 euros.
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Sexta geração da Volkswagen Transporter
Mais equipamento e conforto para os utilizadores
Para o transporte de mercadorias, a marca alemã propõe várias versões da gama Transporter, com chassis curto ou longo, teto normal ou alto, além de chassis-cabina. A nova geração recebe quatro motorizações TDI, enquanto os equipamentos de conforto e segurança foram reforçados. 60
Carlos Moura Pedro
carlos.moura@transportesemrevista.com
EM EQUIPA QUE GANHA não se mexe, diz a sabedoria popular. Os responsáveis da Volkswagen Veículos Comerciais decidiram seguir essa estratégia no desenvolvimento da sexta geração da gama Transporter, que é uma das referências no segmento e já conta com uma carreira comercial, desde o lançamento do mítico ‘Pão de Forma’, de 65 anos. Em termos de engenharia de construção, a nova Transporter mantém a plataforma da geração anterior, o que permite à marca disponibilizar uma estrutura de gama idênwww.transportesemrevista.com
tica em termos de versões e capacidades de carga. Para o transporte de mercadorias, a oferta assenta nos furgões fechados, com paredes laterais em chapa ou vidrados, com teto normal, médio ou alto, chassis-cabina simples e dupla. O furgão com chassis curto e teto normal oferece uma superfície de carga de 4,3 m2 e um volume útil de 5,8 m3. O portão basculante integra o equipamento de série, enquanto as duas portas simétricas são opcionais. A porta deslizante lateral também vem série. A variante curta de teto médio tem mais 27,6 centímetros de altura e aumenta o volume útil de carga para 6,7 m3. A varianTR 149 JULHO 2015
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Interior revisto te de chassis longo, por sua vez, apresenta um comprimento total de 5,29 metros, isto é, mais 40 centímetros do que a de chassis curto, e tem uma superfície de carga de 5,0 m2. A Transporter ‘longa’ é comercializada com três alturas de teto – normal, médio e alto – que asseguram volumes úteis de carga de 6,7 m3, 7,8 m3 e 9,3 m3. Esta última está disponível apenas na versão longa e possui duas portas traseiras assimétricas. A Volkswagen propõe ainda versões de seis lugares, quer com chassis curto quer longo, que oferecem volumes úteis de carga de 3,5 ou 4,4 m3, respetivamente. Para cumprir a legislação, a área dos passageiros está separada da zona de carga através de uma antepára fixa, sendo o acesso a segunda fila efetuado através da porta lateral deslizante e à mercadoria pelo portão traseiro. A gama é complementada pelas versões de chassis-cabina, as quais em função da distância entre-eixos podem ter cabina simples ou dupla. A nova geração da Transporter incorpora avançados equipamentos de segurança que já estavam disponíveis na gama de automóveis de passageiros da Volkswagen. O ‘Front Assist’, que integra a lista de opcionais, inJULHO 2015 TR 149
clui um radar que avalia a distância para o veículo da frente e ajuda a encurtar a distância de travagem. Igualmente disponível está o Adaptive Cruise Control (ACC), que pode ser ativado dos 0 aos 160 km/h, com caixa automatizada DSG, ou dos 30 aos 160 km/h (com caixa manual). Um sensor efetua a medição da distância para o veículo da frente e ajusta a velocidade. O condutor ajusta a distância de tempo e a velocidade através de um comando no volante multifunções. Parte integral do ‘Front Assist’ e do ‘ACC’ é a função de Travagem de Emergência em Cidade, que proporciona uma assistência a baixas velocidades, até 30 km/h. A sexta geração da Transporter recebe motores diesel de dois litros Euro 5 ou Euro 6, sendo que estes últimos recorrem à tecnologia da SCR (redução catalítica seletiva), que implica a utilização do aditivo AdBlue. Os motores 2.0 TDI, com função Start / Stop são propostos em quatro níveis de potência: 84 cv, 102 cv, 150 cv e 204 cv. A transmissão pode ser assegurada por caixas manuais de cinco ou seis velocidades ou pela automatizada DSG, de sete relações. www.transportesemrevista.com
O interior da sexta gama da Transporter foi revisto, apresentando caraterísticas que em pouco ou nada se diferenciam dos automóveis. O painel de bordo inclui vários compartimentos para arrumações, que podem ser abertos ou fechados. A consola central integra dois suportes para copos, um compartimento multimedia, que pode incluir um interface para telemóveis, um suporte de garrafas e um porta-luvas que pode ser arrefecido através do sistema de ar condicionado. A Volkswagen Veículos Comerciais desenvolveu uma nova gama de quatro sistemas de rádio e de navegação, que incluem ecrãs táteis de 6,33 polegadas. Para uma condução mais segura, todos dispõem de ligação Bluetooth.
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Com equipamento reforçado
Novo Peugeot Partner já em comercialização em Portugal A Peugeot iniciou oficialmente a comercialização do novo Partner em Portugal. A gama furgão está disponível em dois comprimentos de carroçaria, três volumes de carga (3,3 a 4,1 m3), três motorizações diesel Euro 5 (75, 90 e 115 cv) e três níveis de equipamento – Base, Pack CD Clim e Série Especial Office. Carlos Moura Pedro
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O NOVO PARTNER RECEBEU uma atualização de estilo, encontrando-se as alterações mais visíveis na grelha dianteira e nos grupos óticos, cujos contornos foram redesenhados. O pára-choques também é novo e recebeu novos limitadores, que além de reforçarem a robustez da frente, oferecem a vantagem de serem facilmente substituídos em caso de raspões ou de pequenos toques. Os delimitadores acolhem os faróis de nevoeiro, bem como as luzes diurnas em LED (disponíveis de acordo com o nível de equipamento). A assinatura luminosa é sublinhada por estes DRL, posicionados mais baixo em cada extremidade do pára-choques. O conjunto expande e aumenta a silhueta do 62
veículo. Adicionalmente, o novo Partner beneficia, em opção, de uma dupla oferta de personalização exterior disponível em todos os níveis de equipamento, através dos Pack Look e Pack Look Integral. Para garantir a segurança, facilitar a condução e preservar o veículo no tempo, o Partner recebeu uma larga gama de equipamentos de ajuda à condução e de segurança, modernos e tecnológicos. De série conta com o ABS, a Ajuda à Travagem de Emergência, o ESP com sistema anti-patinagem das rodas, e Hill Assist, o Sensor de Pressão de Pneus ou Furo. O Cruise Control é, a partir de agora, de série desde o nível 2. A função de limitador permite igualmente parametrizar quatro limites de velocidade segundo escolha do cliente. Em complemento ao sistema de ajuda ao estacionamento traseiro, já disponível em série www.transportesemrevista.com
de nível 3, o novo Partner está dotado de um sistema de Ajuda ao Estacionamento Dianteiro e uma câmara de visão traseira, disponíveis em opção. O Grip Control, disponível em opção, é um sistema de motricidade melhorada, que permite progredir em estradas ou caminhos de fraca aderência. Relativamente à gama anterior, a Peugeot refere que existem poucas alterações em termos de preços, mas o equipamento de série foi reforçado. Todas as versões furgão contam com ABS, airbag do condutor, ESP (programa eletrónico de estabilidade), sistema ‘Follow Me Home’, tapete em PVC no compartimento de carga, vidros elétricos dianteiros. O nível de equipamento Pack CD Clim acresce, face ao Base, o ar condicionado, o ar condicionado, o cruise control, pack conforto (inclui banco TR 149 JULHO 2015
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Os CTT receberam as primeiras unidades do veículo comercial Peugeot Partner, que foram entregues simbolicamente no Centro de Produção de Mangualde da PSA Peugeot Citroën. A cerimónia de entrega dos primeiros veículos contou com a participação do diretor da fábrica, Hamib Mezaib, do diretor de Operações e Distribuição dos CTT, Hernâni Santos, do diretor ibérico da Peugeot, Jorge Tomé, e do diretor comercial da empresa gestora de frotas, Finlog, Joaquim Gonçalves. A Peugeot ganhou um concurso dos CTT para o fornecimento de 604 veículos comerciais ligeiros, onde se incluem 428 unidades do furgão Partner. Esta encomenda insere-se na política de renovação de frota dos CTT, que atualmente tem uma idade média de 3,3 anos. A opção pelos veículos comerciais da Peugeot teve em conta critérios de racionalidade económica e ambiental, nomeadamente os consumos e as emissões. Em 2014, mais de 99 por cento dos contratos celebrados pelos CTT incluíram cláusulas ambientais. Prevê-se, além disso, que estes veículos promovam reduções de consumos na ordem dos três por cento ao ano (75 mil litros durante a sua vida útil) e das emissões de CO2, cuja poupança pode ascender a mais de 170 toneladas. De acordo com os dados do IPC (Internacional Post Corporation, uma organização setorial), os CTT foram o operador postal que mais reduziu a sua pegada de carbono a nível mundial no período 2008-2013: - 51 por cento. Além dos CTT, o Centro de Produção de Mangualde da PSA Peugeot Citroën está igualmente a produzir veículos comerciais ligeiros para o operador postal francês, La Poste.
do condutor com regulação em altura, apoio de braço, consola central com espaço para arrumações), pack plus (com fecho centralizado com comando à distância, vidros elétricos dianteiros sequenciais do lado condutor), rádio CD com MP3, tapete no habitáculo. A terceira opção de equipamento consiste no nível Office, que acrescenta ao Pack CD Clim um ecrã tátil de sete polegadas na consola central com função Mirror Screen, Bluetooth e sistema de navegação, sensores de estacionamento traseiros, câmara de visão traseira, banco de três lugares, porta lateral deslizante. Nas versões com três lugares dianteiros, de série na verão Office e opcional nas restantes, o banco do meio pode ser transformado numa mesa plana, uma vez que as costas são rebatíveis. Por outro lado, o volume útil pode aumentar em 400 litros e o comprimento útil pode chegar ao 1,20 metros, graças ao assento lateral do passageiro escamoteável. O novo Partner Furgão tem um leque de preços compreendido entre os 17.880 euros da variante L1 Base e os 21.335 euros da mais equipada L2 Série Especial Office. A gama recebe motores diesel Euro 5 1.6 HDi de 75, 90 e 115 cv, que se encontram associados a uma caixa manual de cinco velocidades. A marca francesa anuncia consumos mistos a partir dos 5,0 l/100 km. As versões de chassis curto recebem as motorizações de 75 e 90 cv, exceto no nível de equipamento Pack CD Clim onde também está disponível a de 115 cv, enquanto as de versões longas contam exclusivamente com o motor de 90 cv. JULHO 2015 TR 149
Primeiras unidades entregues aos CTT em Mangualde
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A partir do verão
Ford Transit Connect com motores Euro 6 A Ford vai introduzir um novo motor diesel de 1,5 litros na gama Transit Connect e anuncia um consumo de combustível, na versão ECOnetic, de 3,8 l/100 km, que corresponde a uma diminuição de seis por cento em relação ao anterior propulsor de 1,6 litros. O novo motor 1.5 TDCi (75,95 e 115 cv) cumpre a norma Euro 6 e estará disponível, em opção, com a transmissão automática PowerShift da Ford, sendo a primeira vez que a marca propõe um bloco diesel com caixa automática. A Transit Connect é um dos primeiros veículos do segmento a oferecer avançadas tecnologias de ajuda ao condutor, incluindo sistema de Reconhecimento de Sinais de Trânsito e de Ajuda à Manutenção de Faixa, bem como será o primeiro veículo comercial da Ford na Europa a apresentar o sistema de conectividade SYNC 2 ativado por voz. Trata-se de um sistema que apresenta um ecrã táctil a cores de alta resolução de 6”, permitindo um controlo avançado por voz do áudio, navegação, climatização e telefones móveis. Os condutores podem escolher destinos de navegação com um único comando ou pedir ao sistema para “tocar” a música desejada. Carregando simplesmente no bo-
tão de controlo de voz e dizendo “Tenho fome”, aparece uma lista de restaurantes locais, cujas direções conseguirá através do sistema de navegação. Disponível em carroçarias Van, Van Cabina Dupla e Kombi, nas versões L1 e L2, a Transit Connect está a ter uma elevada procura pelos clientes europeus. Desde que foi introduzida em 2013, as vendas a cresceram mais depressa que as de qualquer outro concorrente. Durante o ano de 2014, a procura cresceu mais 85 por cento que no ano anterior, com 36.800 unidades vendidas, enquanto as vendas continuaram a aumentar, nos primeiros quatro meses de 2015, mais de 58 por cento em relação ao ano passado.
Motores Euro 6
Hyundai atualiza gama de comerciais H1 A Hyundai mantém a aposta na gama de veículos comerciais H1 e introduziu um motor que cumpre a norma europeia Euro 6. O design exterior foi ligeiramente atualizado, enquanto o interior foi melhorado com novo design do painel de instrumentos e computador de bordo. Este último tem como opção um ecrã tátil de sete polegadas, que inclui não só o sistema de navegação como o display da câmara traseira, como um sistema de rádio DAB. Algumas das melhorias no computador de bordo incluem o visor LCD de 2.8 polegadas, comandos integrados no volante, espelhos de rebatimento elétrico e um porta-luvas refrigerado, que trazem novos inputs de conveniência para o condutor. O cruise control está também disponível para o motor 2.5 CRDI com caixa automática. A nova gama H-1 inclui ainda airbags laterais e janelas de segurança reforçadas.
Com 1,9 metros de altura
Renault introduz versão de teto alto da Trafic A gama Trafic da Renault foi reforçada com novas versões de teto alto, que passarão a estar disponíveis nas variantes de carroçaria curta e longa. A Trafic de teto alto oferece uma altura interior de 1,90 metros, isto é, mais 51 centímetros do que a variante de teto normal. Isto significa que um adulto médio pode per-
manecer de pé no interior do compartimento de carga. A Renault Trafic é proposta em dois comprimentos de carroçaria: L1H2, com 4,99 metros de comprimento e um volume útil de carga de 7,2 m3; e L2H2, com comprimento de 5,39 metros e volume útil de carga de 8,6 m3.
No Salão de Frankfurt
Nissan apresenta nova NP300 em setembro A Nissan vai revelar a nova geração do modelo NP300 no Salão Automóvel de Frankfurt, em setembro. Trata-de de um produto que se insere no segmento das pick-up de uma tonelada que está a ser desenvolvida em conjunto com a Daimler e a Renault. A nova Nissan NP300 foi concebida para ser resisten64
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te e prática simultaneamente, oferecendo a versatilidade que lhe permitirá responder às necessidades de qualquer empresa. A Nissan adianta que este novo modelo tem um estilo impressionante, requinte. adotando tecnologias inovadoras e níveis de refinamento próprios de um automóvel de passageiros. TR 149 JULHO 2015