TribunaBH Cidade Nova - Ed63

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Ano VI - Edição N. 63 - Belo Horizonte, 28 de fevereiro a 23 de março, de 2013

Opinião É preciso consertar as ‘janelas quebradas’ na Regional Nordeste.................................................................Página 2 Santos Filho

Descaso no Parque A falta de recolhimento do lixo é visível em toda a extensão da pista de Cooper de 3.300 metros. O capim alto, galhos e troncos de árvores cortadas e abandonadas, enfeiam o espaço e atrapalham os moradores que utilizam o Parque JCS

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Parque Linear José Cân‐ dido da Silveira, local de caminhada dos morado‐ res da Cidade Nova e re‐ gião, encontra‐se praticamente abandonado. O que mostramos nesta edição é o espelho do que sempre acontece nesta impor‐

tante área verde da Região Nor‐ deste da Capital mineira: muita sujeira, descuido, descaso, falta de fiscalização, etc. A pista de Cooper, reformada recente‐ mente de forma precária, já co‐ loca em risco às pessoas que caminham no Parque JCS, pois

as placas de cimento estão soltas e expostas. O lixo toma conta do espaço verde e de lazer, apesar de ações esporádicas da Supe‐ rintendência de Limpeza Ur‐ bana (SLU) e Fundação Municipal de Parques e Jardins (FMPJ), que, depois de muita re‐

Dengue na Cidade Nova Páscoa: Fábrica de Ovos Página 2

Encontro de Educação Página 3

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Shopping dá sapatos Página 6

clamação da comunidade reco‐ lhe o lixo e faz uma capina rá‐ pida. Dias depois, a sujeira reaparece, pois faltam ações sis‐ temáticas, como as que ocorrem na Zona Sul da cidade. Detalhes nas páginas 4 e 5

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POLÍTICA & OPINIÃO

Belo Horizonte, 28 de fevereiro a 23 de março, 2013 - Edição N. 63

Ainda é tempo de consertar as Fênix alagoana ‘janelas quebradas’ na Nordeste

Arquivo Trib

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Por Guilherme Nunes Avelar – Advogado

m 1982, os americanos James Wilson, leixado, com suas lixeiras permanentemente cientista político, e George Kelling, psicó‐ transbordando e ocupado por maltrapilhos e mo‐ logo criminologista, publicaram estudo radores de rua; o imóvel abandonado na Av. José que estabelecia uma relação de causali‐ Cândido da Silveira e, desde 2008, invadido por dade entre desordem e criminalidade. oportunistas em busca de indenizações fáceis, Usaram a imagem de janelas quebradas para ex‐ que já deveria ter sido demolido como determi‐ nou a Justiça; as praças dos plicar como a desordem e a criminalidade pode‐ rib ivo T Arqu bairros sempre ocupadas por riam, aos poucos, infiltrar‐se numa comunidade sem‐teto e drogados, que ali causando a sua decadência e a consequente fazem de tudo, inclusive ne‐ queda da qualidade de vida da popu‐ cessidades fisiológicas e lação, deixando o bairro à sexo; as ruas esburacadas e mercê de desordei‐ porcamente remendadas; ros. Pequenas de‐ a iluminação pública defi‐ sordens levariam a ciente que contribui para grandes desordens o aumento da insegu‐ e, como consequên‐ rança; o pouco caso com cia, ao crime. o descanso dos mora‐ Os autores susten‐ dores por ‘cidadãos’ tavam que se uma ja‐ que pensam que os nela de uma fábrica, ouvidos das pessoas escritório ou casa fosse são latrinas ao passa‐ quebrada e permane‐ ra i e rem pelas ruas dos cesse quebrada, as pes‐ v l i o da S d bairros, sem serem importu‐ soas concluiriam que i d n sé Câ o nados pela Polícia, com seus carros ninguém se importava J r a ine L e tocando músicas de péssimo gosto em altís‐ com isso e contribuiriam u arq simo som; as obras públicas intermináveis; o diá‐ para quebrar ainda mais a P janela. As pessoas que vivem ou circulam na localidade chegariam à conclusão de que não haveria autoridade pública responsá‐ vel, levando aquele espaço urbano à decadência. Esse estudo foi posteriormente melhorado e tornou‐se conhecido como broken windows theory ou teoria das janelas quebradas. Essa teoria aponta que a manutenção e o controle de ambientes ur‐ banos pelas administrações públicas podem in‐ terromper a escalada do vandalismo e prováveis futuros crimes mais graves. Em menor escala é o que acontece na região da Cidade Nova, composta de bairros de classe média, onde a comunidade paga todos os tribu‐ tos municipais, mas assiste cotidianamente suas ‘janelas’ serem quebradas: o Parque Linear des‐

rio engarrafamento no trânsito que deixa motoristas e pedestres estressados... Temos que acreditar na boa vontade e boa fé de nossas autoridades públicas. Reconhecemos que não é fácil administrar uma Prefeitura, mas também sabemos que todos os mecanismos para que as ‘janelas’ sejam consertadas estão disponí‐ veis na Administração Municipal. É a autoridade pública, com colaboração da comunidade, que pode colocar um freio nos pequenos delitos e contravenções que podem levar à desordem e à degradação do espaço público. Quando as pes‐ soas percebem que existe preocupação e intenção em se manter o bairro em harmonia, elas mesmas contribuem para a manutenção e conservação de suas ruas, praças e entornos.

Surto de dengue na Cidade Nova Na última edição do Tribuna da Cidade Nova chamou‐me a atenção uma reporta‐ gem pequena, na capa, mais especifica‐ mente a foto, com o lixo ao lado da passa‐ rela que liga o bairro Silveira à Cidade Nova e também a au‐ sência de notícia sobre a dengue. No dia 1º de feve‐ reiro de 2013, o jornal Hoje em Dia e a Rádio Itatiaia noticiaram sobre o fato, de que 16 bairros de BH estão em alerta vermelho.

Ou seja: com o nú‐ mero de focos de per‐ nilongos transmissores acima da média, e o bairro Cidade Nova está entre eles. A Zoonoses infor‐ mou que está sendo feito um mutirão de limpeza nos bairros, porém é necessário a participação da popu‐ lação neste sentido. O interior dos prédios não são mais vistoria‐ dos, a não ser que se peça pelo 156. A parte externa pode ser soli‐ citada pelo síndico.

As bromélias são particularmente peri‐ gosas, pois acumulam água em seu centro, propiciando a prolife‐ ração dos insetos. Nas geladeiras frost‐free devem ser colocadas uma colher de sopa para 1 litro de água no reservatório de água, em sua parte posterior. As piscinas, nas co‐ berturas e na área ex‐ terna, merecem atenção especial e os pernilongos não pou‐ pam quem mora no alto. O lixo contribui muito porque uma simples tampa de gar‐ rafa pet acumula água

TRIBUNA DA CIDADE NOVA EDIÇÃO N. 63

Colaboradores: Guilherme Avelar, Luís Góes, Rodrigo Denúbila. Redação: Rua Irmãos Kennedy, 114/06 Cidade Nova - Belo Horizonte M. Gerais - 31170-130 Telefax: (31) 3484 0480 e (31) 9955 8447. E-mail Redação: tribunabh@gmail.com

Site: www.tribunabh.com.br Twitter: @tribunabh Edição Digital: www.issuu.com/tribucity O Tribuna da Cidade Nova é uma publicação da Logos Editora Ltda. – Registrado no Cartório Jero Oliva, documentação arquivada naquela Serventia em

Por Denise Pacis G Pinto

Editores: Lucas Martins Reg. Prof. MG 02485 JP Eugênio Oliveira Reg. Prof. MG 03478 JP Fotografia: Santos Filho

e pode proliferar lar‐ vas. Os casos de den‐ gue aumentaram em relação ao ano pas‐ sado em Belo Hori‐ zonte, segundo dados da Secretaria Munici‐ pal de Saúde. Após a picada do pernilongo infectado, a maioria dos casos são assinto‐ máticos, porém quando o são podem levar à morte. Crian‐ ças e idosos, em geral, são mais susceptíveis. É impossível prever qual será a reação de cada um após a infec‐ ção pelo vírus. O me‐ lhor é evitar, já que não há vacina eficaz. 12/09/2007, no Registro nº 1.143, no Livro A. Logos Editora Ltda. Reg. na JUCEMG sob o nº 3120431497 - CNPJ 25.712.977/0001-62. Inscrição Estadcual nº 62.881.449.00-81. Circulação: O jornal é distribuído de casa em casa, na Paróquia de Santa Luzia,

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á cinco anos, o senador Renan Calheiros foi le‐ vado a renunciar, pri‐ meiro, à presidência daquela casa congres‐ sual, e, depois a seu próprio mandato parla‐ mentar. Isso se deu pelo fato de ele se ver envolvido em uma série interminá‐ vel de escândalos e mal entendidos, que termi‐ naram solapando sua base de apoio interno e sua resistência pessoal. Não teve ele dificul‐ dade alguma de recupe‐ rar, pouco depois, o mandato legislativo, no‐ vamente no Senado da República e, agora, acaba de ser eleito uma vez mais para presidi‐lo. Ao seu lado estavam José Sarney, essa persis‐ tente praga política na‐ cional; Jáder Barbalho, outro resgatado de uma sova de escândalos; Fer‐ nando Collor, presidente da República cassado por frustrar sonhos e éti‐ cas; além, é claro, de seus novos aliados, os sena‐ dores do PT. O discurso proferido por Renan Calheiros es‐ teve recheado de expres‐ sões que caem muito bem aos valores sociais que se pretendem está‐ veis e sinceros: transpa‐ rência, moralidade, efici‐ ência, etc. etc. etc. Partindo do pressu‐ posto de que a sociedade efetivamente quer isso (confesso que tenho lá minhas dúvidas, mas, nesse momento, vamos fincar isso como fato!), tal discurso pode ser en‐ carado de duas formas distintas e mesmo anta‐ gônicas. Ou é um tremendo sarcasmo, ironizando o pretenso desejo social com desfaçatez extrema e quase cruel; ou é, quem sabe, uma promessa de recomeço, um pedido re‐ tardado de desculpas. Ainda é cedo para sa‐ bermos em qual das duas opções se encaixará o pino da verdade, mas a hora para as apostas é agora! A rigor, sempre é possível que alguém faça uma sincera reflexão

na Feira dos Produtores da Cidade Nova, bancas de revistas, padarias, lojas e empresas dos bairros Cidade Nova, Silveira, Nova Floresta, partes da Renascença, Ipiranga, União e adjacências. Periodicidade: 28 de fevereiro a 23 de março de

sobre seus erros e opte por mudar e, tendo chance (como Renan teve e tem), provar que mudou. Não parece ser o caso, pois, ao que se saiba, ele pouco ou nada disse sobre o passado nebuloso; além disso, al‐ guns de seus aliados não pouparam os ouvidos nacionais de desagravos raivosos pelo que se pas‐ sou recentemente, há apenas um lustro, com o senador alagoano. Se este estivesse real‐ mente disposto a flexio‐ nar virtuosamente sua carreira política, dificil‐ mente deixaria que seus amigos e aliados desa‐ fiassem a sensibilidade política geral com rasgos enfáticos, ainda que lacu‐ nosos em conteúdo, de defesa de seu passado. Igualmente curioso é que os adeptos da candi‐ datura oponente à de Renan limitaram‐se, quando muito, a invocar a necessidade de inde‐ pendência perante o go‐ verno federal; ou seja, reduziram, de propósito, sua resistência a uma jo‐ gada oportunista. Oportunista e contra‐ ditória, já que na Câmara dos Deputados, sem nem tangenciar uma rea‐ ção consistente, as mes‐ mas bancadas abraça‐ ram a candidatura do também peemedebista, o político siamês de Renan, Henrique Eduar‐ do Alves. Covardia desprezível e imperdoável é a única caracterização merecida para essa postura pre‐ tensamente rebelde! Pois bem, diante do fato consumado, o caso agora é de esperar para ver se a ascensão da fênix alagoana será, mesmo, a do alçamento da ética. Alguém acredita?

2013. Este jornal foi editado seguindo a Nova Ortografia da Língua Portuguesa. èèè Os artigos assinados não espelham, necessariamente, a opinião do jornal, sendo de inteira responsabilidade de seus autores.


EDUCAÇÃO

Belo Horizonte, 28 de fevereiro a 23 de março, 2013 - Edição N. 63

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SINEP-MG promove XII Encontro Mineiro de Educação

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Sindicato das Escolas Parti‐ culares de Minas Gerais – SINEP‐MG promove, entre 19 e 21 de abril, no Hotel Tauá (Caeté/MG), o XII Encontro Mineiro de Educação. Neste ano, o seminário edu‐ cacional abordará o tema “Cuidado, escola cuidando da educação sustentável”. No dia 19 de abril, sexta‐feira, serão reali‐ zadas uma solenidade de abertura e a pales‐ tra “Gestão empresa‐ rial no ritmo do jazz”, a ser ministrada por Marcelo Torres que é músico de formação erudita, com especiali‐ zação de jazz no exte‐ rior. Seu intuito será o de estabelecer um pa‐ ralelo entre uma banda de jazz e a or‐ ganização empresa‐ rial. Além disso, os participantes poderão

Foto: Moare/MorgueFile

desfrutar de momen‐ tos agradáveis de inte‐ ração com: café da manhã de boas vin‐ das, tarde de autógra‐ fos, visita aos stands e, mais à noite, um co‐ quetel de confraterni‐ zação. Já no dia 20 de abril, sábado, pela manhã, Marcelo Mag‐ hidmam irá apresen‐ tar a sua palestra “Marketing muito além da propaganda”. Maghidmam, dentre outras formações que possui, é mestre em fi‐ losofia da linguagem pela PUC‐SP e sócio‐ fundador da Tafkid – empresa de consulto‐ ria em marketing edu‐ cacional e cultural. Também será desen‐ volvido um painel dis‐ cursivo intitulado “O que nos espera os pró‐ ximos anos?”, com a participação de Bruna Tokunaga, Inácia Soa‐ res, José Donizetti e

Paulo Volker. Todos eles com vastos conhe‐ cimentos em sistemas de educação e con‐ texto educacional bra‐ sileiro analisados sobre o viés da psico‐ logia, do jornalismo e outros. Ainda no sábado, na parte da tarde, serão realizados workshops por segui‐ mento que irão tratar desde o Ensino Infan‐ til até o Superior sepa‐ radamente, proporcionando uma abordagem mais dire‐ cionada de cada um deles. Uma festa temá‐ tica com jantar orien‐ tal irá encerrar o dia de forma descontraída e alegre. Por fim, no dia 21 de abril, domingo, a palestra de encerra‐ mento será ministrada por César Nunes, que falará sobre “O cui‐ dado da ética e a edu‐ cação”. Ele é doutor

em Filosofia e História da Educação e, com sua extensa bagagem sobre o assunto, irá encerrar o Encontro com chave de ouro. As inscrições podem ser feitas de três maneiras diferen‐ tes: por e‐mail cur‐ sos@sinepe‐mg.org.br, telefone (31) 3291‐5844 com a Marina ou pelo site www.sinepe‐ mg.org.br. Para as es‐ colas sindicalizadas que desejarem partici‐ par, o investimento a ser feito é de R$ 200,00 por pessoa, sendo que para cada grupo de cinco inscrições uma é cortesia. As escolas não sindicalizadas, por sua vez, deverão arcar com R$300,00. Esses valores poderão sofrer ajustes após o dia 30 de março de 2013. Para mais informa‐ ções: Marina – (31) 3291‐5844.

O Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (SINEP-MG), vai discutir a questão da educação no Estado, no seminário: “Cuidado, escola cuidando da educação sustentável”


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REGIÃO NORDESTE/ BH

Descaso público degra PISTA

DE

C OOPER

DA REGIÃO DA

C IDADE NOVA

SOFRE TODOS OS TIPOS DE AGRESSÕES , PORQUE FALTAM FISCALIZAÇÃO E MANUTENÇÃO Fotos: Santos Filho

Por Luiz Lucas Martins

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Parque Li‐ near José Cândido da Silveira ainda é um projeto no papel. Sete anos depois de criado pela Lei Municipal nº 9.159, de 16 de janeiro de 2006, a área verde parece não existir para a Fundação Municipal de Parques e Jardins (FMPJ), da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Oficial‐ mente é o primeiro parque no formato linear da capital mineira. Conta com 51 mil metros quadrados de área verde e pista de Coo‐ per com extensão de 3.300 metros, onde, diariamente, centenas de pessoas fazem suas corridas e caminha‐ das. O Parque vai da Av. Cristiano Ma‐ chado, na Cidade Nova, até e a Rua José Moreira Barbosa, na divisa com o municí‐ pio de Sabará. O Parque Linear nada mais é que o canteiro central da Av. José Cândido da Sil‐ veira e divide vários bairros da Regional Nordeste de Belo Ho‐ rizonte. O diferencial é que o canteiro é largo o suficiente para abrigar milhares de árvores, criando um importante corredor verde utilizado diária e intensamente por centenas de pessoas da região da Cidade Nova. Quando o legis‐ lador apresentou seu

Há anos, o “moeda”, morador de rua que vive permanentemente sujo, mal cheiroso e cercado de lixo, permanece no Parque JCS. O que o setor de assistência social da PBH tem feito para reintegrar esse cidadão ao convívio social?

Em toda a extensão da pista de Cooper do Parque JCS existem apenas três lixeiras, que, insuficientes, transbordam. O lixo fica mais de uma semana espalhado pela pista e gramado

projeto de lei na Câ‐ mara Municipal tinha como objetivo a pre‐ servação dessa singu‐ lar área verde da cidade, já utilizada vá‐ rios anos antes pela população. Infeliz‐ mente, o que se vê hoje é um total des‐ caso: o lixo viceja entre o capim alto que domina o canteiro central e a esburacada pista de caminhada; moradores de rua adotaram o local como suas casas e in‐ tervenções estranhas, como pneus velhos dependurados nas ár‐ vores, descaracteri‐

zam a área. Abandono – O lixo não é jogado aleatoria‐ mente pelos usuários que tentam utilizar as lixeiras. Ele se espalha por motivos fáceis de explicar. Em toda a extensão do Parque JCS existem apenas três lixeiras. Como há um claro jogo de em‐ purra‐empurra entre a FMPJ e a Superinten‐ dência de Limpeza Urbana (SLU) que não O capim alto já domina o gramado e ameaça assumem de quem é a invadir a pista de Cooper do Parque Linear JCS responsabilidade pela limpeza da área, o lixo transborda das lixei‐ lhido ou espalhado do Parque. Alguns ca‐ ras e fica abandonado pelo Parque e pela tadores autônomos por dias, até ser reco‐ avenida. É que as contribuem para a ba‐ ações do vento, de ca‐ gunça geral, pois tadores de material re‐ fazem a seleção do ciclado e de material reciclado re‐ moradores de rua colhido na região no fazem a festa e aju‐ Parque. O problema é dam a espalhar o lixo que há sempre sobras em várias extensões indesejadas que ficam

espalhadas sobre o gra‐ mado. Barracas de todas as espécies de propa‐ ganda, de imobiliárias a farmácias, também contribuem para au‐ mentar a sujeira na área. A título de cida‐ dania medem o nível


REGIÃO NORDESTE/ BH

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ada Parque Linear JCS

Pneus foram pendurados indevidamente no Parque e vão contribuir para a redução da vida útil da árvore. Quem autorizou essa bizarrice?

de glicose e pressão arterial dos usuários e servem copos de água. Quando levantam as barracas o lixo perma‐ nece no local. Tem, ainda, um morador de rua, o “moeda” – recebeu esse apelido pois a única coisa que fala é “moeda, moeda, moeda”, ao pedir au‐

xílio aos usuários. Mal cheiroso e abando‐ nado ele praticamente sobrevive, há anos, debaixo das lixeiras e entre os detritos. Uma cena digna de pena, mas também uma nova amostra do des‐ caso público. Onde está a assistência so‐ cial da Prefeitura para levar o “moeda” para

lugar seguro, com as‐ sistência médica e psi‐ cológica? Sujeira – Em toda a extensão do Parque JCS pode‐se observar uma sujeira geral: sacos cheios de lixo atirados pelo gra‐ mado; galhos caídos há tempos; troncos de árvores (que foram cortadas) abandona‐

dos no local; placas de sinalização retorcidas; faixas de propaganda irregular presas entre árvores e até um col‐ chão velho está dispo‐ nível no local, certamente utilizado por um morador de rua em momento ro‐ mântico. Além de lixeiras in‐ suficientes na área, a falta de manutenção do Parque é flagrante. O capim alto domina o gramado e em vá‐ rios pontos da pista de Cooper o cimento foi deslocado pelas raízes das árvores, colo‐ cando em risco a inte‐ gridade física dos usuários. Sem assis‐ tência do município, o Parque acaba servindo para abrigar falsas obras de artes em ma‐ teriais descartáveis. Um cidadão espiri‐ tuoso “plantou” deze‐ nas de pneus velhos

pintados de azul, que pairam dependurados nas árvores como ba‐ lanços infantis. Engra‐ çado não aparecer nenhum defensor da natureza para protes‐ tar contra essa bizar‐ rice. Mas, apesar de todo o descaso, a na‐ tureza nos brinda com

Essa árvore é um exemplo da força da natureza. Ela refloresce no tronco cortado e abandonado. Seria realmente necessário cortá-la? Não seria o caso de adubar e tratar para que não enfraquecesse? É preciso cuidar e preservar o Parque Linear José Cândido da Silveira

sua beleza. O Parque JCS é um excelente es‐ paço verde da cidade, amplo o bastante para se preservar a natu‐ reza e presentear a co‐ munidade com uma boa área de cami‐ nhada e de lazer nessa selva de pedra que está se tornando a ca‐ pital mineira.


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DE ÉPOCA

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GAROTADA DA CIDADE NOVA TEM FÁBRICA DE OVOS DE PÁSCOA JFelias/MorgueFile

Em março, Os baixinhos irão fabricar suas próprias guloseimas e participar de brincadeiras no ‘Clube do Coelhinho’ do Xico da Carne

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ara a maioria das crianças, a Páscoa é época de sabo‐ rear muitos ovos de chocolate. Pensando nisso, o restaurante Xico da Carne prepa‐ rou uma programação especial durante todo o mês de março que pro‐ mete deixar a garotada com água na boca. É a Fábrica de Ovos de Páscoa, onde os pe‐ quenos poderão produ‐ zir seus próprios ovinhos. Ela estará em

operação aos fins de se‐ mana na unidade Ci‐ dade Nova e as atividades, que são gra‐ tuitas, vão até o dia 31. As crianças terão à disposição uma ampla estrutura que inclui for‐ minhas, aventais, gela‐ deira, micro‐ondas e, claro, muito chocolate. Todo o material será fornecido pelo Xico da Carne e a estimativa é que sejam produzidos cerca de 200 ovos de Páscoa em cada dia da

programação. Além disso, também será criado o Clube do Coelhinho, em que os baixinhos acumulam selos ao participar das brincadeiras para ga‐ nhar presentes. Horários da programação Toda a programa‐ ção de Páscoa do res‐ taurante Xico da Carne será acompanhada por monitoras especializa‐ das e acontece nos se‐ guintes horários: sábados, de 13h às 17h e de 19h às 23h; e do‐ mingos, de 13h às 17h. Outras informações no site www.xicoda‐ Nova do restaurante Ferreira, 772. Informa‐ sobre a programação carne.com.br. Xico da Carne fica na ções e reservas pelo te‐ podem ser acessadas A unidade Cidade Rua Dr. Júlio Otaviano lefone: (31) 3484‐0038.

Minas Shopping vai presentear as mulheres Em março, o shopping vai presentear as mulheres com 12 pares de sapatos, uma viagem para um resort no Nordeste e uma Honda Biz 0 km rosa Ana-C-Golpe/MorgueFile

arço é o período escolhido para celebrar mundialmente as diversas lutas e conquistas femininas. Para homenagear as mulheres, o Minas Shopping, maior centro de compra da Região Nordeste da capital mineira, preparou uma programação especial para este mês. A cada R$ 100 em compras as clientes receberão cupons para concorrer a diversos prêmios. A campanha vai premiar

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as mulheres com alguns dos itens mais desejados por elas: serão 12 pares de sapatos, uma viagem

com acompanhante para um resort em Fortaleza (CE), e uma Honda Biz 0 km na cor rosa. O sorteio vai

acontecer no dia 1º de abril, às 10h. Para realizar as ações especiais, o Minas Shopping vai investir cerca de R$ 150 mil. Segundo o gerente

de Marketing do shopping, Renan Fernando Souza, a campanha tem como objetivo exaltar as conquistas das mulheres. “Queremos ressaltar a impor-

tância da mulher na sociedade, além de prestar uma homenagem de maneira bem especial, oferecendo a elas prêmios e atrações culturais” revela.



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MÊS DA MULHER Belo Horizonte, 28 de fevereiro a 23 de março, 2013 - Edição N. 63

“Eu sou aquela mulher a quem o tempo muito ensinou: Ensinou a amar a vida e não desistir da luta, recomeçar na derrota, renunciar a palavras e pensamentos negativos. Acreditar nos valores humanos e ser otimista.”

Foto: Tkambler-MorgueFile

Cora Coralina (Fragmentos do poema ‘Mulher’)

Homenagem do Tribuna a todas as mulheres, no Mês Internacional da Mulher.


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