Tribuna cidade nova ed81

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Ano VIII - Edição N. 81 - Belo Horizonte, 27 de março a 18 de abril de 2015

Lei Orgânica pode reduzir áreas verdes na capital

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ramita na Câmara de Vereadores de Belo Horizonte o Projeto de Emenda à Lei Orgânica (PELO) de nº 07/2014. Caso aprovado, esse projeto vai possibilitar a ocupação de até 15% de parques e praças da capital com equipamentos

públicos como escolas, postos de saúde e as chamadas Acade‐ mias da Cidade. Por ação do vereador Leonardo Mattos, o prefeito Márcio Lacerda retirou o projeto da pauta de votação, mas ele poderá voltar e criar grandes problemas para o meio ambiente na capital. O risco de áreas verdes serem reduzidas existe. Na

Cidade Nova, por exemplo, o Parque Ecológico e Cultural Professor Marcos Mazzoni já sofreu, em passado recente, a tentativa de instalação de uma unidade do Cersam ‐ Centro de Referência em Saúde Mental – com até 120 alunos – e isso so‐ mente não aconteceu devido à mobilização de moradores. O Parque Ecológico da Cidade

Nova, como é mais conhecido é um ‘oásis’ na região. Tem mais de 14 mil metros quadrados, sendo muito frequentado pelas famílias. A comunidade quer que ele seja preservado como área ambiental da região, assim como todos os demais parques e praças da cidade. Detalhes nas páginas 3 e 4 Breno Pataro

Projeto de Emenda à Lei Orgânica ameaça reduzir áreas verdes na capital, e pode atingir o Parque Ecológico da Cidade Nova

OPINIÃO

Editorial: Dèjá Vu da economia Página 2

A trajetória de Patrus Ananias Página 2

A escassez de água em Minas Página 4

Os 97 anos do Colégio Batista Página 8

Lindolfo Paoliello na ACMinas Em concorrida so‐ lenidade, tomou posse na presidên‐ cia da Associação Comercial de Minas, ACMinas, o renomado jorna‐ lista, escritor e em‐ presário Lindolfo Paoliello (foto). Pa‐ rabéns Lindolfo. Veja outras notícias em Vale a Pena Conferir. Página 7


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POLÍTICA & OPINIÃO

www.tribunabh.com – issuu.com/tribucity Belo Horizonte, 27 de março a 18 de abril, 2015 - Edição N. 81 - Ano VIII

O ‘Dèjá vu’ da economia brasileira

Patrus Ananias

Arquivo/Trib

Por Lucas Martins

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esde as manifestações de junho de 2013 o Brasil vive ondas de pessimis‐ mos. Em 2013 e 2014 o grito que mais se ouvia nas passeatas de rua era “não vai ter Copa”. Houve a Copa! Que so‐ mente não foi considerada a Copa das Copas, como era o mote do governo, porque a equipe ca‐ narinha foi goleada pela Alemanha e Holanda, amargando melancó‐ lico quarto lugar. Por seu lado, a Fifa se esbal‐ dou faturando bilhões, contabilizando a maior arreca‐ dação de todas as copas mundiais de futebol. Fechada as urnas em novembro de 2014, co‐ meçaram os gritos de “Fora Dilma!”, atitude antidemocrática daque‐ les que não aceitam as regras do jogo e encon‐ tram ampla repercussão na grande mídia nacional que apoia um impeachment político, como se esta ação resolvesse os problemas do País. A respeitada revista internacional inglesa “The Economist” lembra que o sonhado impeachment da presidente Dilma “é um desejo emocional”, já que pelas leis brasileiras isso somente poderia ocorrer se ela tivesse comedido crime no atual mandato. Além da oposição derrotada nas urnas e a má vontade da grande mídia, o governo comete erros e vem enfrentando dificuldades no Congresso Na‐ cional, cujos presidentes da Câmara dos Deputa‐ dos e do Senado Federal, envolvidos no escândalo da Petrobras, fazem de tudo para “sangrar” o go‐ verno como a pedir que a população brasileira es‐ queça os malfeitos. Para ampliar ainda mais o “inferno astral” da presidente Dilma, as revelações da Operação Lava a Jato que desnudaram a corrupção na Petrobras paralisaram alguns setores produtivos do País, particularmente aqueles ligados às empreiteiras envolvidas na corrupção, que empregam milhares de trabalhadores. Apesar da grita geral, da oposição, que, por es‐ tratégia política, não tem interesse na recuperação

da economia, e de setores do Congresso Nacional, inclusive petistas que questionam os cortes sociais, os ajustes anunciados vão proporcionar um ‘freio de arrumação’, equilibrando as contas públicas e controlando a inflação trazendo‐a para o centro da meta do Banco Central. Alguns sinais podem ser observados. Segundo o IBGE, o crédito à Pessoa Física ficou estável, a massa salarial dos trabalhadores cresceu 4,1%, em termos reais e o País não tomou bomba na cha‐ mada nota de risco da agência internacional de classificação Standard & Poor’s, que manteve o grau de investimento e o selo de bom paga‐ dor do Brasil, repas‐ sando para todos os investidores um voto de confiança para os atuais e novos negócios. A economia vai mal, mas não tanto como querem os desafetos da presidente. O Brasil continua surpreenden‐ do os pessimistas de boa e má fé. Recente levantamento do IBGE mos‐ trou que o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014 apontou variação de 0,1%, principal‐ mente pela queda da indústria, ‐1,2%, mas ainda não é a recessão que muitos querem, apenas para ver “sangrar” o atual governo. Isto porque o con‐ sumo das famílias, apesar de desaceleração em re‐ lação a 2013, sustentou a economia nacional. Esse resultado poderá proporcionar nova fase de cres‐ cimento, talvez ainda este ano. Ressalte‐se que o dólar alto deverá impulsionar a indústria brasileira ampliando a sua pauta de exportação. Essa situação parece um “déjà vu”, ou seja, um repetição da crise 2009, quando os pessimistas acreditavam piamente que o Brasil iria quebrar. Isso não aconteceu, bem como, meses depois, a economia se recuperou fazendo com que os in‐ vestimentos represados aparecessem de novo no mercado. O mesmo se repete agora, como um “replay” da crise anterior. Vários negócios começam a ser capitalizados por investidores com faro para as oportunidades que surgem em momentos con‐ turbados. Isso sinaliza que essa crise será passa‐ geira e beberá água limpa quem sair na frente.

Minas vai combater o racismo e promover a igualdade racial nas escolas mineiras Minas Gerais será o primeiro Estado do país a pro‐ mover uma campanha de en‐ frentamento ao racismo e de busca da promoção da igual‐ dade racial nas escolas públi‐ cas. Acordo neste sentido foi assinado na segunda‐feira (23/3) pelo governador Fer‐ nando Pimentel e a ministra Nilma Lino Gomes, da Secre‐ taria de Políticas de Promoção à Igualdade Racial, ligada à Presidência da República (Sep‐ pir/PR). O ato ocorreu dois dias após a comemoração do Dia Internacional pela Elimi‐ nação da Discriminação Racial (21/03) e no ano em que se ini‐ cia a Década Internacional dos

Povos Afrodescendentes, ambos instituídos pela Organi‐ zação das Nações Unidas (ONU). O objetivo do acordo é de‐ senvolver ações em todas as 3.667 escolas da rede estadual de ensino de Minas Gerais para a superação do precon‐ ceito racial, alcançando o re‐ conhecimento e a valorização da história e da cultura dos povos africanos na formação da sociedade brasileira. Durante discurso, o gover‐ nador ressaltou que a maior parte das mortes violentas de jovens em todo o país (cerca de 80%) atinge exatamente os ne‐ gros – e que essa é uma

TRIBUNA DA CIDADE NOVA EDIÇÃO N. 81 Editores: Luiz Lucas Martins Reg. Prof. MG 02485 JP Eugênio Oliveira Reg. Prof. MG 03478 JP Fotografia: Santos Filho Colaboradores: Guilherme Nunes Avelar, Lourença Procópio Redação:

“chaga” que precisa ser com‐ batida. “Nossocompromisso é acabar com essa chaga. E não há forma melhor de fazê‐lo do que enfrentar a situação a par‐ tir da educação, das escolas, do trabalho didático‐pedagógico e acabar com essa vergonha que é a morte violenta dos jovens negros”, declarou. Pimentel destacou, durante coletiva, que a parceria do gov‐ erno de Minas Gerais com a Seppir representa “um acordo histórico e inédito”. “É a primeira secretaria de Estado que assina um acordo desse tipo. Vamos levar para a edu‐ cação o tema da igualdade”, completou.

Rua Irmãos Kennedy, 114/06 Cidade Nova - Belo Horizonte Minas Gerais - CEP: 31170-130 Telefax: (31) 3484 0480 e (31) 9955 8447. E-mail Redação: tribunabh@gmail.com Site: www.tribunabh.com Twitter: @tribunabh Edição Digital: www.issuu.com/tribucity - O jornal Tribuna da Cidade Nova é uma publicação da Logos Editora Ltda. – Registrado no Cartório Jero Oliva, documen-

Por Guilherme Nunes Avelar – Advogado

A presidente Dil‐ ma Rousseff nomeou para seu ministério, dentre vários nomes – a maior parte, insigni‐ ficantes que bem re‐ presentam o espectro nacional brasileiro –, um que merece desta‐ que: Patrus Ananias de Souza. Sua trajetória é simplesmente impe‐ cável! Mesmo não pos‐ suindo um currículo de cargos públicos ex‐ tenso, como é de pra‐ xe entre nossos a‐ gentes públicos, o de Patrus é de altíssimo valor – talvez um dos maiores do país –, sem para isso precisar de muitos itens com‐ ponentes. O que chama a atenção na trajetória de Patrus Ananias é sempre a elevação com que os cargos fo‐ ram desenvolvidos. Elevação de princí‐ pios, elevação de meios, elevação de ci‐ vilidade. Vereador e prefeito por Belo Horizonte, deputado federal e ministro do Desen‐ volvimento Social, es‐ ses são os cargos pú‐ blicos ocupados por Patrus, até a recente nomeação. Somando tudo, ali daquela relação, dá uns dezesseis anos só, o que mostra a singe‐ leza curricular, em termos de números (e só de números!). Ao longo desses anos, e também dos interlúdios entre eles ‐ quando Patrus se de‐ dicou à sua carreira profissional como professor universitá‐ rio e como servidor público, além, claro, de liderança angular dentro de sue partido, só se tem méritos a re‐ conhecer a ele. Pode‐se discordar, claro, de suas escolhas gerenciais, pois aí é campo sem divisas e sem fronteiras; cada um com suas escolhas, suas verdades, suas vi‐ sões de mundo. Mas não se sabe de

nada que desabone, moral e humana‐ mente a Patrus Ana‐ nias, apesar das al‐ turas a que se elevou, por seus méritos e seus valores. Pois bem, agora ele foi levado ao ministé‐ rio responsável pela reforma agrária. Esse é tema ingrato em nosso país! Muito se fala da re‐ forma agrária, hoje e ontem; pelo menos um presidente foi de‐ posto por falar (e pra‐ ticamente só falar!) dela; vários ministros, da ditadura até 2014 – sem nenhuma exce‐ ção –, planejaram muito e fizeram pouco ou nada nessa área. Muito desse insu‐ cesso se deve, única e exclusivamente, ao fa‐ to de que o Brasil, por todos os seus gover‐ nos nos últimos 50 anos, não fez opção por realmente enfren‐ tar o assunto. Espero que a presi‐ dente Dilma Rousseff tenha escolhido Pa‐ trus Ananias não ape‐ nas para, com seu e‐ pigonal nome, em‐ prestar áurea a seu ministério; espero que ela o tenha convidado pensando em mudar essa lastimável traje‐ tória dada à reforma agrária. Com a sensibilida‐ de, a paciência e a de‐ dicação próprias do Patrus, ele tem tudo para viabilizar, do ponto de vista polí‐ tico, jurídico e hu‐ mano, a tão falada e nunca vista reforma agrária; espero que a Presidência da Repú‐ blica lhe dê, de ver‐ dade, meios de ação, inclusive e principal‐ mente recursos finan‐ ceiros e vontade po‐ lítica.

tação arquivada naquela Serventia em 12/09/2007, no Registro nº 1.143, no Livro A. Logos Editora Ltda. Reg. na JUCEMG sob o nº 3120431497 CNPJ 25.712.977/0001-62 Inscrição Estadual nº 62.881.449.00-81 è è è

tas, padarias, lojas e empresas dos bairros Cidade Nova, Silveira, Nova Floresta, partes da Renascença, Ipiranga, União e adjacências. Periodicidade: 27 de março a 18 de abril, 2015. è è è

Circulação: O jornal é distribuído de casa em casa, na Paróquia de Santa Luzia, na Feira dos Produtores da Cidade Nova, bancas de revis-

Os artigos assinados não espelham, necessariamente, a opinião desse jornal, sendo de inteira responsabilidade de seus autores.


MEIO AMBIENTE

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BH mantém política ambiental equivocada

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iferente do que vem o‐ correndo com o se‐ tor educa‐ cional de Belo Hori‐ zonte, que se destaca no cenário nacional em função do bom geren‐ ciamento, qualidade de seus profissionais, do ensino ministrado e das excelentes estrutu‐ ras físicas, o Executivo Municipal está deixan‐ do a desejar no trato da política de meio am‐ biente. É inconcebível acre‐ ditar que uma grande metrópole como Belo Horizonte, com baixo índice de áreas verdes, insiste em dar curso a ações que vão na con‐ tra mão de outras cida‐ des no ordenamento e crescimento racional, lógico e inteligente no que diz respeito à pre‐ servação ambiental. Como se não bas‐ tasse a derrocada – tal‐ vez por falta de conhe‐ cimento de algum de

seus comandados, à época – o Executivo in‐ sistia em colocar uma unidade do Centro de Referência em Saúde Mental (CERSAM) dentro de um parque ecológico municipal, o Parque Professor Mar‐ cos Mazzoni, na Ci‐ dade Nova. Agora, a Prefeitura volta à carga com iniciativas bem parecidas. Por infelici‐ dade ou coincidência, seguem a mesma ori‐ entação dos mesmos gestores da época. Na Cidade Nova, a comu‐ nidade veio à rua para se manifestar e inibiu a iniciativa. No entanto, a insistência do Execu‐ tivo para com essas ações negativas conti‐ nuam em pauta. Re‐ centemente, foi reme‐ tido um Projeto de Lei à Câmara Municipal que previa a constru‐ ção de imóveis públi‐ cos em áreas verdes, permitindo a ocupação desses espaços para a instalação de escolas e

centros de saúde. A repercussão foi tão danosa e negativa ao Executivo que ime‐ diatamente a Câmara Municipal se mobili‐ zou e, através de um pedido do vereador Leonardo Mattos (PV), o Prefeito de BH, Már‐ cio Lacerda (PSB), deci‐ diu retirar de trami‐ tação o referido Proje‐ to, que possibilitaria a ocupação de até 15% dos parques e praças com equipamentos pú‐ blicos, como escolas e postos de saúde. Mata do Planalto – Outro fato marcante e que também merece re‐ púdio de toda a socie‐ dade é a aprovação de Licença Prévia (LP) para a construção de empreendimento imo‐ biliário na mata do Pla‐ nalto, no bairro Planal‐ to, que está causando revolta entre represen‐ tantes dos Moradores da região e também do Ministério Público de Minas Gerais. O em‐

preendimento que será construído naquela mata prevê 760 aparta‐ mentos em quatro blo‐ cos de 16 andares, além de 1024 vagas de gara‐ gem. A Mata do Planalto é uma das poucas áreas verdes que restam em BH e está ameaçada pela especulação imo‐ biliária e também pela inércia de nossos gesto‐ res. A mata precisa ser preservada. Com o no‐ vo empreendimento, 30% da área verde po‐ derá ser destruída e mais três mil pessoas passarão a circular no local diariamente. Na área há 16 nascentes de água. A mata acolhe 68 espécies de pássaros e diversos outros ani‐ mais em uma área total de 119 mil metros qua‐ drados. Além disso, é uma das poucas áreas verdes da Região Norte da Capital, sendo re‐ manescente da Mata Atlântica da cidade.

Arquivo/Trib

PBH vai criar projeto para construir centros de saúde em parques

Área verde do Parque Ecológico Marcos Mazzoni, na Cidade Nova, está ameaçada


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MEIO AMBIENTE

Belo Horizonte, 27 de março a 18 de abril, 2015 - Edição N. 81 - Ano VIII

Vereador consegue adiar ocupação de parques em Belo Horizonte Mas, na Administração Regional Nordeste da PBH, agentes públicos contribuem para reduzir a pouca área verde do Parque Linear da Avenida José Cândido da Silveira

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Prefeito de Belo Horizonte, Már‐ cio Lacerda, a‐ tendeu ao pedido do vereador Leonardo Mattos (PV) e decidiu retirar de tramitação o Projeto de Emenda a Lei Orgânica (PELO) nº 07/2014, que possibili‐ taria a ocupação de até 15% de parques e pra‐ ças da capital com equi‐ pamentos públicos co‐ mo escolas, postos de saúde e as chamadas Academias da Cidade. O vereador assina‐ lou ao prefeito que o projeto era genérico: “se há necessidade de flexibilização de área especifica que seja estu‐ dada caso a caso em conjunto com a comu‐ nidade local”, disse Mattos. Ele tem razão, pois na região da Ci‐ dade Nova, por exem‐ plo, área densamente povoada, a comuni‐ dade luta contra pro‐ postas da Administra‐ ção Regional Nordeste, que em comum acordo com a Fundação de Parques Municipais da PBH (FPM), que deve‐ ria zelar pela manuten‐ ção das áreas verdes da região, vem sistemati‐

camente autorizando a instalação de equipa‐ mentos diversos no Parque Linear da Ave‐ nida José Cândido da Silveira. Em março, contra a vontade da comuni‐ dade que reclamou com veemência à Re‐ gional Nordeste, foi au‐ torizada a instalação de novos equipamentos da chamada academia a céu aberto na área do Parque Linear. O estra‐ nho é que na região do Parque já existem cinco destas academias: uma na Praça República do Iraque (próximo ao Restaurante do Porto); duas no próprio Par‐ que Linear, próximo ao Serpro e à Rua Coronel Alberto Gomes; uma no Parque Ecológico Professor Mazzoni e outra na Praça Guima‐ rães Rosa. Existe, ainda, uma Academia da Cidade dentro do Parque da Matinha. A vantagem dessa última é que ela está instalada dentro de um imóvel e há instrutores de edu‐ cação física para orien‐ tar corretamente os usuários, o que evita possíveis lesões princi‐

palmente em pessoas idosas. Como se não bastas‐ sem todos esses equi‐ pamentos espalhados na região do Parque Li‐ near, a Fundação de Parques Municipais autorizou a Secretaria de Esportes da PBH montar nova academia a céu aberto na con‐ fluência da Avenida José Cândido da Sil‐ veira com as ruas João Gualberto Filho, Fran‐ cisco de Paula Castro e São Lázaro. Esta área apresenta alto índice de fluxo de trânsito na direção bairro‐centro‐ bairro. Além disso fal‐ tam faixas para traves‐ sia de pedestre no local. O desavisado que resolver fazer exercício nesse ‘academia’ pode‐ rá, em breve, adquirir uma doença respirató‐ ria séria, devido ao ex‐ cessivo volume de monóxido de carbono no local. Está claro que a re‐ gião da Cidade Nova está saturada desse tipo de equipamento, que poderia ser dire‐ cionado para outra re‐ gião mais carente da capital.

Comportamento e Cultura

“A família diante das drogas” ste é o título de mais um dos concorridos livros de autoria de nosso amigo e jornalista e professor José Wagner Leão, hoje Assessor de Comunicação da Família de Caná, essa destacada e respeitada instituição, que tem nosso total apoio. Segundo o professor Wagner, estas páginas são artigos que, por vários anos, escrevi para o Jornal São Judas Tadeu, do santuário homônimo de Belo Horizonte, sobre o tema “A família diante das drogas”. São reflexões sobre o papel da família no enfrentamento desse candente desafio dos tempos modernos. Segundo o professor Wagner, estas reflexões “nasceram principalmente de mais de quarenta anos de experiência na Pastoral Familiar e de vivência como educador de quatro filhos e várias gerações de alunos”. A intenção ao dar-lhes a forma de livro é que elas possam ganhar uma permanência mais longa do que a de uma coluna de jornal, que, uma vez lido, é rapidamente descartado, e continuem

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A FAMÍLIA E O DESAFIO DAS DROGAS provocando e inquietando pais e educadores, principais barreiras à implantação do “inferno das drogas” e à propagação das “drogas do inferno”. Portanto, convidamos a todos a apoiar e se possível adquirir mais essa importante obra e iniciativa de nosso amigo professor Wagner. Os contatos poderão ser feitos através do site: www.familiadecana.com.br.

Não faz sentido esta academia a céu aberto neste cruzamento poluído da José Cândido da Silveira, talvez seja por isso que os equipamentos permaneçam abandonados

A escassez de água em Minas

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Manoel Marques/ImprensaMG

a semana em que se comemorou o Dia Mundial da Água, o Governo de Minas Gerais anunciou importantes par‐ cerias para melhorar a ges‐ tão dos recursos hídricos no Estado. Os acordos foram assinados pelo vice‐gover‐ nador Antônio Andrade Vice-governador, Antonio Andrade, durante o evento “Água discute a questão da água no evento: Sustentável para Todos”, “Água Sustentável para Todos” realizado na sede do Banco de Desenvolvimento de tantes rios. Se é verdade que, histori‐ Minas Gerais (BDMG), em Belo Ho‐ camente, a região do semiárido mi‐ rizonte. neiro há muito sofre com a escassez Foram firmados três acordos. Um de água, também é verdade que o deles, o Pacto das Águas, é uma par‐ Estado não se preparou para essa si‐ ceria entre o governo e os comitês de tuação”, afirmou. bacias hidrográficas de Minas Ge‐ Acordos – O Governo de Minas rais, cujo objetivo é propor ações e Gerais assinou acordo de cooperação compromissos para a revitalização com a Itaipu Binacional para a im‐ das bacias. plementação do Programa Culti‐ Antônio Andrade ressaltou a ne‐ vando Água Boa, que desenvolve cessidade da participação da popu‐ ações socioambientais relacionadas a lação no enfrentamento da gestão conservação dos recursos naturais e hídrica e destacou as ações já desen‐ da biodiversidade, com foco na con‐ volvidas pela nova administração es‐ servação de bacias. Por meio de de‐ tadual. Ele lamentou o fato de Minas creto, será criado um grupo de não ter se preparado para evitar o trabalho que será responsável por es‐ problema. “Sempre nos orgulhamos tudar e incorporar ao Estado práticas em dizer que somos a caixa d’água e experiências já implementadas pela do Brasil, pois aqui nascem impor‐ empresa.


SEGURANÇA PÚBLICA

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Major Ronaldo Moreira, nosso vizinho

20ª Cia. do 16º Batalhão da PMMG tem novo comandante Arquivo Trib

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Major Ronaldo Moreira assu‐ miu o comando da 20ª Companhia da Polícia do 16 º Batalhão de Policia Militar de Minas Gerais de Minas Gerais, uma das maio‐ res da Capital com a‐ tuação no Nova Flo‐ resta, Silveira e mais 15 bairros da região. Com vasta experiên‐ cia em sua área de atua‐ ção, adquirida ao longo de seus 20 anos de Poli‐ cia Militar, o Major Ro‐ naldo Moreira, junta‐ mente com o Tenente Francisco Barreto e o Sargento Fabiano de O‐ liveira gentilmente re‐ ceberam a equipe do jornal TribunaBH para uma visita. Ele reside em nossa região e mos‐ trou conhecimento das demandas das comuni‐ dades, o que é uma grande conquista para a melhoria da segurança pública. Para início de uma longa entrevista, que re‐ produziremos oportu‐ namente, fizemos a per‐ gunta que todos gosta‐

Major Ronaldo Moreira, ladeado pelo Tenente Francisco e pelo Sargento Fabiano Oliveira, promete ampliar a atuação da 20ª Cia PM

riam de fazer: onde está a segurança pública e o que falta à Polícia Mili‐ tar para atuar com mais eficiência no combate à série de assaltos, roubos e outras iniciativas cri‐ minosas registradas di‐ ariamente em nossa re‐ gião? Com objetividade o major foi bem claro ao afirmar que “o cidadão pode e deve confiar na PM, pois ela está sem‐ pre atenta e vigilante em toda a região. Conta com pessoal compe‐ tente, altamente qualifi‐

cado, tem equipamen‐ tos necessários o sufi‐ ciente para atender às mais diversas deman‐ das, o Sistema Olho Vivo, o geoprocessa‐ mento, dados estatísti‐ cos e científicos, além do suporte da Corpora‐ ção caso seja necessá‐ rio”, explicou. O Major Ronaldo adianta que o Policia‐ mento Comunitário, a operação Proteja Seu Bairro, as Bases Comu‐ nitárias Móveis, bem como todas as ações preventivas serão inten‐

sificadas na região. Também merecerá es‐ pecial atenção as reuni‐ ões com as comuni‐ dades para os devidos levantamentos e busca de sugestões, objetivan‐ do o permanente forta‐ lecimento das ações e maior interação com os moradores. O jornal TribunaBH confia na Policia Militar de Minas Gerais e de‐ seja ao vizinho Major Ronaldo e a toda sua equipe pleno sucesso em sua árdua e impor‐ tante missão.

Segurança precária no Move

O Sistema de transporte coletivo Move de Belo Horizonte completou um ano em março de 2015, mas os problemas que surgem também ameaçam fazer aniversários. Na região da Ave‐ nida Cristiano Machado as principais estações não têm segurança particular ou da Guarda Municipal e, por isso, sofrem com depredações, vandalismo e furtos. Nas nove estações de inte‐ gração, a maioria dos monitores foram quebra‐ dos, prejudicando o usuário que não recebe informações sobre a aproximação dos ônibus. A falta de monitores leva a outro problema grave e de segurança: muitas portas de estações foram danificadas – elas deveriam abrir so‐ mente com a chegada do Move –, e passageiros desavisados colocam a cabeça para fora da es‐ tação, correndo risco de acidente grave. Há, ainda, relatos de casos de pequenos fur‐ tos e assaltos aos passageiros e até mesmo de equipamentos como extintores e mangueiras de incêndio. Por isso, caberia à Empresa de Trans‐ porte e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) fazer convênio com a PM, aumentando o patru‐ lhamento nas estações. Afinal, o sistema BRT/Move atende diariamente milhares de tra‐ balhadores que não têm outra opção de deslo‐ camento para seu local de trabalho, ou de passageiros que precisam se deslocar do bairro para o centro e vice e versa, e estão sem prote‐ ção do Poder Público.


CLASSIBOX TribunaBH


EM TEMPO

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Wbmf!b!Qfob!Dpogfsjs Por Eugênio Oliveira Reconhecer e agrade‐ cer é preciso Na pessoa do Sargento Fabiano e do Soldado Albert (foto), da 2Oª Cia. do 16º Batalhão de Policia Militar de Minas Gerais, em Belo Horizonte, um simples

reconhecimento ao tra‐ balho dos amigos da Policia Militar. A todos vocês o nosso apreço, respeito e considera‐ ção. Na foto, o Sar‐ gento Fabiano e o Soldado Albert, na ope‐ ração “Proteja seu Bairro”, no Silveira e Nova Floresta, em BH.

Lindolfo Paoliello, presidente da ACMinas Em concorrida soleni‐ petente amigo, o reno‐ dade, tomou posse na mado jornalista, escritor presidência da Associa‐ e empresário Lindolfo ção Comercial de Minas Paoliello. Parabéns Lin‐ nosso estimado e com‐ dolfo.

PBH de cara nova O prefeito Márcio Lacerda acertou em cheio. Acaba de promover importante modificação em seu Secretariado. Dois de seus principais e competentes gestores assumem novas funções: Humberto Pereira de Abreu Júnior, para o cargo de Superintendente da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) e Ri‐ cardo Sérgio Dias Ângelo, para Secretário de Administração Regional Municipal, da Secre‐ taria de Administração Regional Municipal Nordeste. Parabéns. Sucesso.

Notícia triste: faleceu Padre Waldemar Faleceu na manhã em Belo Horizonte, o Padre Walde‐ mar, como era carinhosamente chamado por todos que o co‐ nheciam. Reco‐ nhecido líder na capital mineira, era o Pároco da Capela Nossa Senhora da Conceição, e da Padre Waldemar Igreja São Vi‐ cente de Paulo da Cidade Ozanam, em Belo Horizonte , du‐ rante 20 anos. Além de ser um grande amigo era simples, atencioso e dedicado aos mais hu‐ mildes. Vai deixar muita saudade.

Humberto Pereira agora comanda a Sudecap

BH no cenário internacional A convite das renomadas empresas Komunic Co‐ municação e Quanta Sports, a equipe do jornal Tri‐ bunaBH participou da cobertura do Superenduro World Championship (foto), realizado no ginásio do Mineirinho em BH. Agradecemos aos nossos amigos e talentosos parceiros pela oportunidade de participar de um grande Show e conferir uma organização à altura do público mineiro.

Vereador Leonardo Matos (centro) assumiu a presidência da Comissão de Defesa do Consumidor

Ricardo Ângelo é o Regional da Nordeste

Dia Internacional da Mulher A equipe do jornal Tribuna BH se fez presente na solenidade da CMBH em homenagem ao Dia Internacional da Mulher (foto). Na pessoa da dinâmica e competente empresária Eliana Reis, presidente do Polo Moveleiro Silviano Brandão, em BH, nossa homenagem à todas queridas mulheres pelo seu dia.

Notícias para a coluna: tribunabh@gmail.com

Parabéns Leonardo Mattos A Câmara Municipal de Belo Horizonte tomou uma grande iniciativa. Acaba de nomear para presidir a importante Comissão de Direitos Hu‐ manos e Defesa do Consumidor o grande cida‐ dão e vereador Leonardo Mattos. O profissional certo no lugar certo. Tudo indica que agora os humanos terão seus direitos garantidos. Boa sorte vereador.


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COMEMORAÇÃO

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Colégio Batista comemorou 97 anos Foto: imprensa Batista

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riado em 1º de março de 1918 pelo casal de missionários batistas americanos, Ephigênia Maddox e Otis Pendleton Mad‐ dox, o Colégio Batista Mineiro comemorou os seus 97 anos no dia 14 de março. Mesmo próximo do seu centenário, o Ba‐ tista mantém os princí‐ pios cristãos como base de sua educação e in‐ veste em ações que contribuem para a mo‐ dernização do seu pro‐ cesso pedagógico e de suas instalações. Di‐ ante desse cenário, o Batista valoriza e pro‐ move a capacitação permanente do corpo docente, dos colabora‐ dores e líderes. Há quase um sé‐ culo, o Colégio Batista contribui para o desen‐ volvimento do ser hu‐ mano em todas as suas dimensões, por meio da educação integral, atuando com respon‐ sabilidade socioambi‐ ental e transforman‐ do a sociedade se‐

Fachada do Colégio Batista Mineiro, Unidade BH Floresta – Séries Iniciais

gundo os princípios éticos da fé cristã. Sempre inovando quando o assunto é educação, o Batista sai na frente com a criação de grandes projetos com o objetivo de pro‐ mover o fortalecimento de sua estratégia peda‐ gógica, como por e‐ xemplo, o aplicativo

Batista ID que é a sua mais nova ferramenta de informação. Com esse app, alunos e res‐ ponsáveis recebem in‐ formações, notícias e o calendário de ativida‐ des escolares. Dessa forma, o Co‐ légio Batista festeja a vitória e a existência desta Instituição que

busca, por meio dos princípios cristãos, de‐ clarar na sua prática educacional que ‘o me‐ lhor ensino é o exem‐ plo, que eu levo para toda a vida’. “Ensino este, que prova que es‐ tamos no caminho certo, e que nos levou a uma expressiva me‐ lhora nos últimos re‐

sultados do Enem”, destaca o Diretor‐Geral do Sistema Batista Mi‐ neiro de Educação (SB‐ ME), professor Valseni Braga. Hoje, a Instituição é formada por onze uni‐ dades de ensino nas ci‐ dades de Belo Horizon‐ te, Nova Contagem, Betim, Ouro Branco e

Uberlândia, num total de quase 10 mil alunos. Também fazem parte do SBME na capital, a Faculdade Batista de Minas Gerais (FBMG), o Instituto Batista de Idiomas (IBI) e a uni‐ dade social: EJA – Edu‐ cação de Jovens e Adultos. Acesse: siste‐ mabatista.com.br

Para que servem os sucos detox e quais são seus benefícios? Por Lourença Procópio

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ucos ‘detox’ fun‐ cionam? Sim. A‐ judam a perder peso e promovem ver‐ dadeira limpeza no or‐ ganismo. Devido à mistura de nutrientes e propriedades de fru‐ tas e vegetais eles a‐ gem na limpeza de gorduras e oxidantes do organismo, além de diminuir o coleste‐ rol ruim, aumentar a energia e a disposição, promovendo um ema‐ grecimento saudável. Tudo isso de forma sa‐ borosa. De acordo com a Nutricionista, Maria Rita Saez, o nosso or‐ ganismo tenta limpar todo alimento que en‐ tra em nosso corpo e que nos faria mal, mas não consegue total‐ mente. Então, com o passar dos anos, a gor‐ dura vai se depositan‐ do dentro de nossas veias, células e até mesmo intestino. Isso dificulta a absorção de nutrientes bons e faci‐ lita o acúmulo de mais gordura. Os sucos de‐ tox agem limpando a gordura do organismo e, ao mesmo tempo, colocam vitaminas ne‐

cessárias para que ca‐ da parte do organismo funcione de forma me‐ lhor. “Ressalto que o detox precisa ser asso‐ ciado a uma alimenta‐ ção balanceada, acom‐ panhado de atividade física regular para se obter melhor resul‐ tado”. Em BH, foi criado o VERDEPerto Polpas. Segundo Gláucia Bae‐ ta, proprietária da em‐ presa, atualmente são produzidas quatro li‐ nhas: o DETOX RADI‐ CAL (de couve), o DETOX ROSA (de be‐ terraba), o VIVO FIT‐

NESS (de inhame) e o DOLCE VITA (de ba‐ tata doce). “Eles foram pensados para pes‐ soas com vida agitada e que querem se de‐ sintoxicar e não têm tempo para produzir o seu próprio suco”. Cardápio disponí‐ vel no site: www.ver‐ depertopolpas.com.br e nas redes sociais. Contato: (31) 9269 4932 / (31) 9770 5566. A empresa faz en‐ trega em domicílio, em empresas ou co‐ mércios que queiram adicionar no seu car‐ dápio.


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