Tribuna Vetor Norte Ed4

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Região Norte de BH, Confins, Jaboticatubas, Lagoa Santa, Pedro Leopoldo, Santa Luiza e Vespasiano Ano 1 - N. 4 - RMBH - 15, maio a 20, junho de 2015 Carlos Alberto/ImprensaMG

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Tarifas decolam no aeroporto de Confins

Atualmente a sala de embarque do Aeroporto Internacional de Confins não apresenta esta tranquilidade devido às obras que reduziram o espaço

O

Aeroporto Internacional de Confins foi o quinto pior de um total de 15 grandes aeroportos brasileiros avaliados no primeiro trimestre de 2015. Motivos são as altas tarifas praticadas e as intermináveis obras que se arrastam e prejudicam a mo-

bilidade do passageiro. O arrocho mais recente contra os passageiros e usuários do aeródromo foi a taxa do estacionamento que deu um salto de 100%, passando de 30 para 60 reais. No próximo dia 11 de junho, com autorização da Agência

Nacional de Aviação Civil (ANAC), as tarifas de embarques domésticos vão subir 8,89%, passando de R$ 23,37 para R$ 25,45. A tarifa para o embarque internacional aumentou de R$ 83,78 para R$ 87,46. Estes reajustes anuais nas tarifas

aeroportuárias são valores pagos pelas companhias aéreas pelos procedimentos de conexão, pouso, permanência, armazenagem e capatazia à BH Airport, concessionária que administra o aeroporto de Confins. Detalhes na página 3

“Quando escrito em chinês a palavra crise compõe-se de dois caracteres: um representa perigo e o outro representa oportunidade.” É com o espírito de não se deixar afetar por esSegundo especialistas, investir em educação é fundamental para peculações econôevitar crises futuras micas que o Colégio M2, tricampeão nos resultados do Enem no Vetor Nor- dutos oferecidos”, afirma o diretor te, tornou-se um exemplo dessa geral Emiro Barbini. A escola regisousadia. “Não adianta ficar recla- trou um aumento de 40% em suas mando do governo, de tudo e de matrículas em 2015, e agora se pretodos. Podemos vencer qualquer para para inaugurar seu berçário, crise com mais criatividade e bus- um dos mais modernos e bem equicar melhorar a qualidade de pro- pados do Estado. Página 2

Parte da Serra do Espinhaço foi transformada no Parque Nacional da Serra do Cipó na década de 1980, e engloba terras de Santana do Riacho, Jaboticatubas, Morro do Pilar, Cachoeira do Cornelio, Serra do Cipo Itabira e Itambé do Mato Dentro. A criação do Parque conseguiu frear a devastação que se grande porte como o Lobo-guaapresentava na região e a preser- rá e dezenas de cachoeiras que var uma reserva da biosfera re- encantam os visitantes. Quem conhecida pela Organização das sai de Belo Horizonte vence os Nações Unidas – ONU. A Serra do 100 km de distância passando Cipó ainda apresenta matas pre- por Lagoa Santa. Veja detalhes servadas, pássaros, animais de na página 8

Por uma região metropolitana de verdade

Conheça as rádios de Lagoa Santa

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Santos Filho

Serra do Cipó: convite para curtir a natureza JDurham/MorgueFile

Receita contra a crise: qualidade e criatividade

O limite vencendo a pirraça

Em Sociedade, com Janaína Viana

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Por uma região metropolitana de verdade O Vetor Norte é uma das portas de entrada de parcela significativa da Região Metropolitana de Belo Horizonte; em função disso, podemos dizer com toda a tranquilidade, que essa parcela da capital mineira é um dos símbolos geográficos da região, algo em tudo amplificado com a instalação, ali, da centralidade político governamental do Estado – a denominada Cidade Administrativa. A reflexão sobre essa realidvade, no entanto, coloca sob luzes uma verdade bem diferente. Da mesma forma como as regionais em Belo Horizonte são uma ficção, na medida em que seus gestores têm relativamente nenhuma autonomia efetiva nos elementos centrais de decisão, visto que os temas de maior relevância permanecem concentrados nas secretarias temáticas, também as regiões metropolitanas são apenas um esboço de boa vontade sem eco algum na vida das pessoas. Por óbvio que a ideia por trás das regiões metropolitanas é muito boa: problemas comuns a várias cidades devem ser enfrentados de forma compartilhada, racionalizando esforços e recursos, otimizando os esperados resultados. O problema é que tudo ficou no discurso, e isso é uma realidade praticamente desde que as regiões metropolitanas foram criadas no Brasil há certa de meio século. As leis que as instituíram, com certa pompa e circunstância, deu-lhes organicidade até invejável, com um amontoado de entidades representativas das cidades metropolitanas, mas, por outro lado, não lhes conferiu competência concreta alguma e, pior ainda, não lhes outorgou recursos próprios. Ou seja, as regiões metropolitanas são, apenas, um exemplo primoroso daquilo que o adagiário popular fala muito, e muito sabiamente: “de boas intenções o inferno está cheio”. Sem poderes efetivos e sem dinheiro, as regiões metropolitanas se converteram em local para bate-papo político institucional, e só; aqueles vários órgãos representativos, e os outros que lhe dão suporte, terminaram se convertendo em um generoso manancial de cargos políticos, uma nova emanação da tão-amada “teta governamental”. Não é difícil ver isso, mais revelador ainda, da opacidade que machuca a sensibilidade gerencial brasileira, não é nada difícil de superar tal futilidade; o que falta é, apenas, boa vontade em se fazer algo de concreto, algo capaz de ajudar as populações das cidades metropolitanas. Quanto ao conteúdo, os temas com séria interface entre as cidades conglomeradas são de percepção singela, ainda que, claro, abrir mão do naco de poder não seja algo fácil para os ambiciosos seres humanos; já quanto aos recursos, repartir o bolo já existente com a entidade agregadora de cidades também é relativamente simples, do ponto de vista conceitual, podendo se dar com reserva de algum tributo para ela ou então com algo do tipo do Fundo de Participação dos Estados e dos Municípios. Sem atribuições claras e sem recursos, tudo não passa de uma miragem, de mais uma ilusão jogada ao ar. Aliás, da mesma forma, não nos esqueçamos como o são a Federação e o sistema judiciário; aquele, com unidades dependentes em tudo da União e este, mergulhado em uma legislação que insiste em ancorar, bem fundo no lodaçal da impunidade os inúmeros processos que poderiam servir de contraponto pedagógico ao nosso povo e aos nossos líderes, e que, hoje, é a arena de alguns missionários quixotescos pelo fim da impunidade.

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Tribuna Vetor Norte • RMBH-MG • Edição 03 • 15, maio a 20, junho de 2015

Crise se vence com qualidade e criatividade Em meio a baixas perspectivas para 2015, Colégio M2 mostra que é possível enfrentar a crise com mais investimento Enquanto a maior parte das pessoas e empresas ficam temerosas em situações de crise e fazem de tudo para cortar investimentos e custos, outras enxergam oportunidades de crescer com criatividade. O ex-presidente dos Estados Unidos, John Kennedy, imortalizou a análise de um momento de crise com sua célebre frase: “quando escrito em chinês a palavra crise compõe-se de dois caracteres: um representa perigo e o outro representa oportunidade.” É com o espírito de não se deixar afetar por especulações econômicas que o Colégio M2, tricampeão nos resultados do Enem no Vetor Norte, tornou-se um exemplo dessa ousadia. “Não adianta ficar reclamando do governo, de tudo e de todos. Nós podemos vencer qualquer crise com mais criatividade e buscar melhorar a qualidade de produtos oferecidos”, afirma o diretor geral Emiro Barbini. A escola registrou um aumento de 40% em suas matrículas em 2015 e agora se prepara para inaugurar seu berçário, um dos mais modernos e bem equipados do Estado. “Também investimos no que chamamos de Arena M2, com quadra poliesportiva em tamanho oficial conjugada com um palco para apresentações culturais”, afirma Barbini. Na esteira dos investimentos, também se encontram uma nova biblioteca, além de vários serviços de tecnologia e melhoria pedagógica. O segredo de tanto investimento em uma época desacreditada por economistas é garantir a qualidade e abusar da criatividade. “Qualquer pai dos nossos alunos espera o melhor da escola. Nosso investimento, principalmente em tecnologias, faz com que não exista crise que afete a nossa qualidade”, ressalta. Serviços e aplicativos conectados ao mundo virtual foram contratados pela escola para facilitar a vida dos pais e alunos, manter a instituição mais próxima do estudante, facilitar a comunicação com os pais e aprofundar o processo de ensino e aprendizagem. Dentre as novidades tecnológicas, um aplicativo para o celular que permite uma comunicação rápida e direta com os pais dispensa as antigas circulares trazidas pelos alunos na mochila. “Também instalamos o Tuneduc, uma plataforma online que acompanha e indica melhoras dos alunos no Enem, faz gráficos e comparativos e mostra os caminhos de se aprimorar mais o estudo para o exame”, ressalta Barbini. Além dele, o XD Education, a chamada “sala 3D”, traz objetos de TRIBUNA VETOR NORTE Ano I - N. 4 – Maio, 2015

EDITORES: Eugênio Luiz Oliveira - R. Prof. MG 03478 JP Luiz Lucas Martins - R. Prof. MG 02485 JP FOTOGRAFIA: Santos Filho COLABORADORES: Beatris Neves Braga, Janaína Viana REDAÇÃO: Rua Irmãos Kennedy, 114/06 Cidade Nova - Belo Horizonte - M. Gerais - 31170-130 - Telefax: (31) 3484 0480, (31) 9955 8447 e (31) 8491 7780. ENDEREÇOS DIGITAIS: vetornorte@tribunabh. com – www.tribunabh.com, Twitter: @tribunabh e Edição Digital: www.issuu. com/tribucity CIRCULAÇÃO: O Tribuna Vetor Norte é distribuído junto

Arquivo/Trib

2 - OPINIÃO

Empresário Emiro Barbini, diretor-geral do Colégio M2; presidente do Sindicato das Escolas Particulares de MG -SINEP-MG e da Federação dos Estabelecimentos de Ensino de MG - FENEN-MG

aprendizagem em três dimensões para que os estudantes possam assimilar os conhecimentos adquiridos em salas de aula com atividades completamente interativas e modernas. “O Weduc, também instalado recentemente na escola, é um serviço de aprendizagem pela web e a escola ainda conta com o sistema TOTVS no pedagógico, secretaria e financeiro” enumera Barbini. O berçário, que será inaugurado no fim de maio, terá um amplo e moderno espaço para atender os bebês, com acompanhamento de pediatras, babysisters e serviço de enfermagem. Para os alunos um pouco mais velhos, da Educação Infantil, o M2 também inaugura uma extensa biblioteca, para que os pequenos possam desenvolver o gosto pela leitura de forma lúdica e alegre. Os alunos até o Ensino Médio ainda contam com o K12, um famoso sistema de ensino bilíngue em que o estudante sai formado com um diploma brasileiro e outro válido para universidades norte-americanas. Com tantos investimentos físicos e pedagógicos, a tão falada crise de 2015 promete passar despercebida pela escola. “Todo esforço de melhoria depende da gente mesmo. Não adianta esperar pelo outro, seja ele governo, empresa, qualquer coisa. A qualidade da escola se relaciona com o nosso compromisso com a educação e a criatividade depende da nossa observação aguçada por tudo que está ao nosso redor”, afirma Barbini. aos comerciantes e moradores de parte da Região Norte de Belo Horizonte e nos municípios de Confins, Jaboticatubas, Lagoa Santa e Vespasiano; tem como base de partida o bairro Cidade Nova, devido ao principal eixo de ligação com a região norte de Belo Horizonte, a Linha Verde. PERIODICIDADE: 15, maio a 20, junho de 2015. O TRIBUNA VETOR NORTE é uma publicação da Logos Editora Ltda., registrada na JUCEMG sob o nº 3120431497 - CNPJ 25.712.977/0001- 62. Inscrição Estadual nº 62.881.449.00-81 e Inscrição Municipal: 0108809/001-7 Este jornal foi editado seguindo a Nova Ortografia da Língua Portuguesa. Os artigos assinados não espelham, necessariamente, a opinião do jornal, sendo de inteira responsabilidade de seus autores.

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CONFINS - 3

Obras se arrastam, mas tarifas aceleram em Confins ção da pista do aeroporto dentro de 90 dias. Segundo o governo, a empreiteira já concluiu 55% das obras previstas. Por outro lado, a ampliação do novo terminal de passageiros está completamente parada. Passageiros convivem com tapumes e falta de espaços e cadeiras nas áreas de embarques. A Infraero tenta negociar para que a BH Airport, concessionária que administra Confins, assuma os trabalhos. Se as negociações fracassarem, nova licitação terá que ser aberta. Obras que se arrastam e prejudicam a mobilidade do passageiro talvez seja o motivo que levou a Secretaria de Aviação Civil a classificar Confins como o quinto pior grande aero-

porto do Brasil de um total de 15 avaliados. A nota alcançada foi de apenas 3,85 pontos, para o máximo de cinco pontos. A média geral dos aeroportos no primeiro trimestre de 2015 é de 4,07. Viracopos, em Campinas (SP), é o mais bem avaliado do Brasil, recebeu a nota de 4,38 pontos. TARIFAS – Somandose à lentidão das obras que se arrastam, as tarifas explodem em Confins. Primeiro foi a taxa de estacionamento que dobrou de preço. A diária passou de R$ 30,00 para R$ 60,00. No dia 11 de maio a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) autorizou reajuste de 8,89% para as tarifas de embarques domésticos, que

passarão de R$ 23,37 para R$ 25,45. A tarifa máxima de embarque internacional passará de R$ 83,78 para R$ 87,46. Estes reajustes anuais nas tarifas aeroportuárias são valores pagos ao BH Airport pelas companhias aéreas pelos procedimentos de conexão, pouso, permanência, armazenagem e capatazia dentro dos aeroportos, mas o custo dessas operações, como sempre acontece, é repassado para o passageiro no ato da compra da passagem. Os reajustes estão previstos no contrato de concessão e começam a valer a partir do dia 11 de junho. Atualmente o Aeroporto de Confins é operado por um consórcio integra-

do pelo Grupo CCR (75%) e pelo grupo internacional Flughafen Zürich AG (25%), que somam 51 % do capital total. O leilão do aeroporto aconteceu em dezembro de 2013, mas somente no dia 7 de abril de 2014 o consórcio, que recebeu o nome de BH Airport, assumiu as operações. A Infraero, empresa estatal aeroportuária detém o restante dos 49% do capital. A concessão é pelo prazo de 30 anos. No período, os operadores têm que fazer obras de ampliação e modernização para transformar de fato Confins num aeroporto internacional, em um “Hub”, interligando as grandes cidades do Brasil e do mundo. É aguardar para ver. Carlos Alberto/Imprensa-MG

Desde que Belo Horizonte foi escolhida sede da Copa do Mundo FIFA, o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, está em obras, algumas quase parando, outras completamente paralisadas. O principal motivo seria a falta de pagamentos por parte da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) às empreiteiras que cumprem contratos antigos no aeroporto. As dívidas pelas intervenções somariam mais de R$ 3 milhões. Depois de muita negociação a construtora Cowan decidiu suspender parte das demissões dos operários que havia iniciado em março e promete terminar a amplia-

Novo terminal do Aeroporto Internacional de Confins ainda é apenas uma promessa. Infraero quer repassar obras para a BH Aiport

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4 - LAGOA SANTA

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Setor de Agropecuária auxilia pequenos e médios produtores rurais Reprodução

Estradas rurais – Já está programado para o fim do período chuvoso deste ano, o início dos trabalhos de recuperação das estradas rurais. “Com a conclusão das intervenções pretende-se melhorar o acesso às propriedades rurais e contribuir para melhorar o escoamento da produção,” garante o gerente do setor, Jorge Moreira. O serviço do trator é agendado no próprio setor de Agropecuária, através do telefone (31) 3681 9626, sendo que o produtor paga uma taxa de serviço no valor de 20 UPMF – Unidade Padrão Municipal Fiscal. A guia de pagamento deve ser retirada no setor de impostos da Prefeitura de Lagoa Santa, que fica na Rua São João, 290, Centro, com horário de funcionamento a partir de 12 horas.

Prefeitura de Lagoa Santa vai disponibilizar tratores e arados reversíveis para os produtores rurais

COMPORTAMENTO

Pirraça

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limite

Pirraça está associada com o como os pais lidam com a questão dos limites a serem estabelecidos. O Dr. Haim Ginott, no livro Between Parent And Child, afirma que: “Permissividade é a aceitação dos filhos como pessoas que têm direito ao acesso a todos os tipos de sentimentos”. O tipo certo de permissividade traz confiança e uma capacidade crescente de expressar pensamentos e sentimentos. Falta de limites ao comportamento traz ansiedade e uma demanda progressiva de privilégios que não podem ser concedidos. Os limites de comportamento devem ser estabelecidos claramente. Algumas coisas dão para negociar, outras não. Isso é limite e o intuito é ajudar a criança a controlar os seus impulsos e lhe proporcionar a oportunidade de desenvolver o seu autocontrole. Os limites são fatores importantes a qualquer sociedade, pois dizem claramente a uma pessoa que ela é tão valiosa e que não lhe é permitido envolver-se em situações comprometedoras, impensadas ou mesmo egoístas. É importante compreender a disciplina como imprescindível para uma vida saudável. Para Dolto (2011), a adoração à criança é uma armadilha, assim como a adulação, mas muitas vezes ocorre a ponto dos adultos esque-

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Arquivo/Trib

Por Beatriz Neves Braga*

Beatriz Braga

cerem seus próprios desejos. Por exemplo, na casa, nasce uma criança, e todos ficam centrados nas necessidades dela. “Mas não! Uma criança não tem, de modo nenhum, tantas necessidades!” É preciso fazer diferença entre necessidades e desejos. É preciso dar nomes às coisas. A criança necessita que tudo seja dito e, quando ela deseja algo que não podemos dar, não lhe dizer que está errada, mas que não lhe podemos dar. Esse era o caso de uma criança que queria um brinquedo e a mãe lhe diz: “Não tenho dinheiro esta tarde. Devo comprar o jantar em vez desse brinquedo”. E a criança responde: “Para mim dá na mesma não jantar”. A mãe diz: Mas nós também contamos e devemos ser considerados, todos jantaremos. O que defendo é justamente essa possibilidade de dar à criança um sentimento de liberdade de pensamentos e expressões, portanto, de fato, de abertura para a vida, de capacidade de utilizar o

que ela tem em si, seus desejos, mas, ao mesmo tempo, de protegê-la dando-lhe uma lei. Às vezes não é não, e ponto, de uma maneira a mostrar-lhe a existência de outros, com outras necessidades. Quanto mais cedo a criança souber que é uma entre os outros, ao invés de ser o centro da família, por todo o tempo, a pirraça poderá ser extinguida com muita facilidade, mas, para isso ela tem de ter outros amiguinhos de sua idade. Se a criança só tem amigos adultos, ela pode não conseguir. O convívio, apenas com os pais, não é indicado, pois para ela, os pais são como crianças, ela os domina. Por exemplo, o bebê que é muito forte. Todo bebê é muito forte com relação à mãe e ao pai. É por isso que ele tem de conviver com criança de sua idade muito cedo e as mães têm de conviver umas com as outras já que é assim que vão aprender a tornar relativas às dificuldades e proezas do (a) próprio (a) filho (a) em comparação com as das outras crianças. Assim, as pirraças apresentadas por gritos, rolar pelo chão, choro, chutes, socos e as diversas situações constrangedoras às quais, muitas vezes, os pais estão expostos, poderão ser minimizadas até sua completa extinção. É o limite vencendo a pirraça.

1998, nascimento da radiodifusão em Lagoa Santa No dia 30 de Dezembro de 1998, às 20 horas, começava a história da radiodifusão em Lagoa Santa sob o comando do Dr. Armando Lopes de Oliveira, professor especializado em física quântica e nuclear; filósofo e empreendedor. Armando Lopes soube aproveitar os benefícios da Lei Federal nº 9612/1998 que naquela época regulamentava os serviços de radiodifusão comunitária em todo território nacional, dentre as outorgas destinadas para Minas Gerais duas foram estabelecidas em Lagoa Santa, a primeira Rádio Nova Onda 87,9 que se tornou uma ferramenta necessária para a comunicação das ações do Executivo, Legislativo, Judiciário além de ser multiplicadora do clamor popular na região Centro-Sul da cidade. Dois anos depois, o jornalista referência nacional em esportes, Luiz Carlos Valadares, adquire o direi-

to de concessão da Rádio Super FM 87,9 atendendo a região Norte de Lagoa Santa, com uma programação bem diversificada voltada para a cidadania comunitária. Carlos Valadares trouxe para a rádio de Lagoa Santa sua larga experiência em televisão (Globo, SBT e Record) e das rádios Inconfidência e Itatiaia, onde liderou a primeira equipe radiofônica mineira a fazer cobertura própria de uma Copa do Mundo, em 1974, na Alemanha Ocidental. Em 2008, assume a diretoria o radialista Souza Aroeira para dar continuidade e reestruturar a Rádio Super FM, seguindo as novas normas federais e técnicas necessárias para continuidade do serviço de radiodifusão. Em 2012, Aroeira passa a auxiliar a nova diretoria da Rádio Nova Onda, para conclusão da renovação de outorga, se tornando um voluntário nas conexões técnicas e sociais das duas emissoras. Arquivo/Trib

A Prefeitura de Lagoa Santa, por meio do setor e Abastecimento, tem fornecido total assistência e suporte aos pequenos e médios produtores da área rural do município no que se refere à cessão de tratores para o auxílio no cultivo. De acordo com informações do setor, em breve, a Prefeitura também dará início aos trabalhos de recuperação e manutenção das estradas rurais. O setor de Agropecuária coloca à disposição dos produtores rurais tratores agrícolas e uma vasta linha de equipamentos, que vão desde arado, com discos de reversão, a roçadeiras hidráulicas. Os implementos agrícolas têm ajudado a diminuir o tempo gasto no preparo da terra para o plantio e contribuído para o aumento da produtividade.

O radialista Souza Aroeira (à direita) entrevistando, na Rádio Super FM, o diretor do Tribuna, jornalista Eugênio Oliveira

(*) Beatriz Braga é Psicoterapeuta

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Disque Luz: 0800 601 6688

Ligue se encontrar problemas de manutenção na iluminação pública. Se você precisar do serviço de iluminação pública da Prefeitura, que inclui a manutenção da rede, é só ligar grátis, que o problema vai ser resolvido pela empresa responsável contratada. Você pode entrar em contato das 8 às 22h, de segunda a sexta, pelo telefone, ou a qualquer hora e dia pelo site. Ou seja: se, em um poste, a lâmpada, o relé ou o sensor queimaram, ou ainda se a lâmpada está ficando acesa durante o dia, você deve ligar para o Disque Luz. É importante lembrar que as demais situações, como fornecimento e casos de vandalismo ou desastres naturais continuam sendo de responsabilidade da Cemig. Se faltou luz, ligue para Cemig. Disque Luz. Precisou, ligou, tá resolvido.

Fique ligado e anote os telefones e os sites: Problemas de manutenção - Disque Luz: 0800 601 6688 ou www.disqueluz.com.br Problemas de fornecimento, vandalismo e desastres naturais - Cemig: 116 ou www.cemig.com.br www.lagoasanta.mg.gov.br | www.facebook.com/prefeituralagoasanta

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6 - SOCIEDADE

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8 - TURISMO

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Parque Nacional da Serra do Cipó: Reserva da Biosfera

Acessos em banda larga alcança 209 milhões em março

Aspecto da vegetação típica da Serra do Cipó na Serra do Espinhaço

O Parque Nacional da Serra do Cipó, que tem 34 mil hectares e perímetro de 85 quilômetros, com altitudes variando 750 a 1600 metros, foi criado em 1984 e engloba terras de Santana do Riacho, Jaboticatubas, Morro do Pilar, Itabira e Itambé do Mato Dentro. Inclui as nascentes do Rio Cipó, que despenca serra enfrentando os grandes blocos de pedras do fundo do canyon das Bandeirinhas. A densa cobertura inicial na larga várzea do rio inclui árvores centenárias, como angico, tamboril, gameleira e muitas paineiras. As árvores foram, em sua maioria, queimadas para a formação de pastos e, secundariamente, para a produção de carvão. Felizmente, ainda sobraram murtas sucupiras brancas que atapetam o chão de flores roxas nos meses de outubro. Cachoeiras – Em algumas manchas de matas que foram preservadas na região do parque sobrevivem animais, de grande porte, como as capivaras, raposas, macacos, lobos-guará e, em risco de extinção o tamanduá bandeira. A parte alta formada por campos rupestres, com suas plantas típicas, como a sempre viva, a canela de ema, a candela, a bromélia e o pepalanto. Mas o gran-

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de espetáculo do parque talvez sejam as cachoeiras. Entendidos as colocam entre as melhores do mundo! Isso porque deslizam sobre o quartzito, uma rocha que aceita ser corroída pela água ao longo dos milênios, formando panelas, ou que, por ser passível de fraturas, é quebrada pela força das cheias, originando grandes poços. Além disso, pela situação geográfica, a temperatura da água nos meses de calor é agradabilíssima. A área de Proteção Ambiental do Morro da Pedreira, criada em 1990, tem a finalidade de proteger o entorno do parque e possui o dobro do seu tamanho. Pela lei as terras permanecem em mãos de particulares que, todavia tem limitações em seu uso, especialmente no que diz respeito ao corte de árvores e mineração. O nome da área foi escolhido para homenagear o movimento ecológico que programou um abraço ao morro da Pedreira, ameaçado pelo reinicio da exploração predatória no final da década de 80. Após uma fervorosa campanha de muitos anos, a Serra do Espinhaço ganhou, em 2005, o valioso título de Reserva da biosfera, conferido pela Organização das

Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), o que ajudará muito em sua preservação. Por enquanto, a área abrangida vai de Ouro Preto a Diamantina, com cerca de três milhões de hectares. A importância da Serra do Espinhaço é maior ainda por ela ser o divisor de dois biomas, a Mata Atlântica (a Leste) e o Cerrado (a Oeste), que estão entre os 25 biomas mais ameaçados de toda a Terra, segundo uma incontestável avaliação de ambientalista internacional. Estas áreas, chamadas de hot spots (pontos críticos), foram selecionadas a partir de constatações de que nossa imensa biodiversidade não é homogeneamente distribuída e que 60% de todas as espécies e organismos vivos existem em uma área inferior a 1,5% da superfície do planeta. Todo este bloco de montanhas de Minas Gerais merece ser elevado a Reserva da Biosfera, sendo que o Parque Nacional da Serra do Cipó é o melhor cartão de visitas para quem quer conhecer o Espinhaço. (*) Goulart, Eugênio Marcos Andrade é autor de “O caminho dos currais do Rio das Velhas: a Estrada Real do Sertão”, Belo Horizonte, coopmed, 2009. 213p

O Brasil fechou o mês de março com 209 milhões de acessos em banda larga, o que representou um crescimento de 43% frente a março de 2014. Segundo levantamento da Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil), no período de doze meses, entre abril de 2014 e março deste ano, 63 milhões de novos acessos foram ativados, num ritmo de ativação de duas novas conexões por segundo. A banda larga móvel, pelas redes de 3G e 4G, liderou a expansão dos acessos à internet, chegando, em março, a 184,4 milhões de conexões, com 50% de crescimento em relação a março de 2014. A banda larga pela tecnologia de quarta geração (4G), que já chega a 153 cidades e permite velocidade de conexão à internet até dez vezes mais rápida que a 3G, fechou março com 9,3 milhões de chips ativos. Ao todo, as redes de terceira geração estão instaladas em 3.966 municípios, onde moram 93% dos brasileiros. Nos últimos cinco anos, o número de acessos no Brasil, cresceu cinco vezes, passando de 37 milhões em 2010 para 192 milhões em 2014. Na banda larga fixa, os acessos somaram 24,5 milhões em março. Desse total, dois milhões de conexões foram ativadas no período de 12 meses, com crescimento de 9%. A infraestrutura de banda larga fixa está presente em todos os municípios brasileiros. É por meio dessas redes que as concessionárias atendem com banda larga gratuita a mais de 66 mil instituições públicas de ensino fundamental e médio, pelo programa Banda Larga nas Escolas. Arquivo/Trib

Santos Filho

Por Eugênio Marcos Andrade Goulart

Banda larga móvel está presente em 3.966 municípios brasileiros e já alcança 184 milhões de acessos. O 4G está em 153 cidades e tem 9,3 milhões de chips ativos

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