Tribuna Vetor Norte #12

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Região Norte de BH, Confins, Jaboticatubas, Lagoa Santa, Pedro Leopoldo, Santa Luiza e Vespasiano Ano 3 - N. 12 - RMBH - 10 a 28 de fevereiro, 2017

T-6,

um sonho mineiro que não decolou

Reprodução

www.tribunabh.com | issuu.com/tribucity

O T-6 no Brasil foi utilizado em missões de treinamento, patrulha e na Esquadrilha da Fumaça

Numa iniciativa pioneira do presidente Getúlio Vargas, Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, recebeu a primeira fábrica de aviões da América Latina. O projeto é de 1930, mas a fábrica somente foi inaugurada em 1946. Ali começou a ser montado o avião North American Texan 6. O T-6, como ficou conhecido, é uma aeronave que possui dois lugares, pesa 2,4 toneladas e alcança 300 km/h de velocidade máxima. No entanto, por causa da 2ª Grande Guerra Mundial que eclodiu em 1939 e durou até 1945, faltaram peças, principalmente motores para o T-6, e a primeira grande fábrica de aeronaves militares do Brasil não conseguiu sobreviver, sendo fechada em 1951. A fábrica de aviões de Lagoa Santa deu origem ao atual Parque de Material Aeronáutico de Lagoa Santa (PAMA-LS), que dá suporte à Força Aérea Brasileira na manutenção e recuperação de equipamentos. Detalhes na página 3

deração Brasileira de Canoagem (CBCa), da Academia Brasileira de Canoagem (ABraCan) e do Comitê Olímpico do Brasil (COB), e está vinculada ao treinamento da equipe brasileira de canoagem. Os melhores canoístas do Brasil fizeram suas preparações para os Jogos Olímpicos Rio

2016 em Lagoa Santa. A equipe de quatro atletas nas categorias de Canoa Masculina e Canoagem Velocidade foi treinada pelo espanhol Jesus Morlan, utilizou a cidade como base de preparação e conquistou duas inéditas medalhas olímpicas para o Brasil na modalidade.

Já estão em curso uma série de ações na Prefeitura Municipal de Lagoas Santa e do Corpo de Bombeiros Militar visando a implantação de uma sede do Corpo de Bombeiros em Lagoa Santa. Antiga reivindicação da comunidade local, caso a iniciativa seja apro-

vada pelo Estado Maior do Corpo de Bombeiros Militar, a unidade planejada para Lagoa Santa será uma fração do 3º Batalhão de Bombeiros Militar (BBM), sediado na Avenida Antônio Carlos, e contará com carros de combate a incêndio, veículos especiais para salvamento de víti-

mas de acidentes de trânsito, área operacional e a Ambulância do Regaste. A princípio, a sede dos Bombeiros será instalada no prédio onde está operando a Polícia Civil de Lagoa Santa, sendo que o andar inferior do prédio será destinado à corporação.

Divulgação PMLS

A Lagoa Central de Lagoa Santa passa a ser espaço para a prática de modalidades aquáticas e esportes náuticos, é o que determina o Decreto n° 3.287/2017, da Prefeitura Municipal. De acordo com o Decreto, a exclusividade na utilização da Lagoa Central é da Confe-

Lagoa Santa pode ter unidade do Corpo de Bombeiros

Os atletas olímpicos da canoagem finalizaram o treinamento para a Rio 2016 em Lagoa Santa

Divulgação PMLS

Seleção Brasileira de Canoagem vai treinar na Lagoa Central

Prefeitura de Lagoa Santa inicia negociações com o Batalhão de Bombeiros Militar visando instalar uma unidade da corporação na Cidade


2 - OPINIÃO

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Triste cultura do jeitinho, da esperteza e do puxadinho É muito importante que fiquemos sempre atentos a algumas ações e até tristes manias que deixamos passar despercebidas, considerando que para diversas situações tudo tem um jeitinho, um arranjo qualquer, até mesmo usando o famoso “ sabe com quem está falando”, “fala que você é meu amigo”. Por essas e outras é que constatamos, diariamente, situações que se aproximam bem do oportunismo, da falta de caráter, da vaidade, da irresponsabilidade. Tudo isso se aplica aos diversos cidadãos e às administrações públicas.

Mas não devemos debitar tudo ao Poder Público. Nós, cidadãos, temos que ficar atentos aos bons exemplos e atitudes corretas, responsáveis. De que adianta reclamar e cobrar atitudes se ainda buscamos fazer um “puxadinho” irregular, uma gambiarra no fornecimento de energia elétrica de suas casas, no comércio ou em casas de diversões confiando na omissão e falta de fiscalização das autoridades? Quantas pessoas fazem “gato” no sistema de TV a cabo; tentam “dar um jeitinho”, com dinheiro, claro, para que o guarda de trânsito alivie aquela multa; baixam programas para serem avisados

Ambiente tóxico A ex-primeira-dama, Marisa Letícia, morreu!

Por Guilherme Nunes Avelar - Advogado

da presença de radares pelo celular; trocam o voto por algum favor, e por aí vai. São apenas atitudes deploráveis e pequenos exemplos que levam, muitas vezes, a danos irreparáveis. Temos que mudar essa cultura, essa mentalidade, para nosso bem e das futuras gerações, enquanto ainda é tempo. Do contrário, corruptos, corruptores e espertos estarão inseridos no seio da sociedade desestruturando as famílias. Lei é lei e precisa ser cumprida, ser executada, por todos, sem qualquer exceção ou privilégio, sem partidarismo, seja ele da situação ou da oposição.

Em entrevista exclusiva à equipe do Grupo de Jornais de Jornalistas – Grijjor – o jornalista Chico Maia, assessor chefe da Assessoria de Comunicação Social da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), informou que a “transparência” será uma das prioridades na administração do prefeito Alexandre Kalil, iniciada no dia 1º de Janeiro. “Essa é a determinação do prefeito”, disse ele: “comunicar sobre tudo, na cidade inteira, para que os moradores possam ser informados sobre o que a Prefeitura vai fazer ou está fazendo em sua região”. De acordo com Chi-

co Maia, “o novo prefeito espera contar com a participação e o apoio da população” – e também com a “colaboração dos jornais de bairro”, com os quais pretende desenvolver uma relação “respeitosa e de valorização”. Para o prefeito, de acordo ainda com o jornalista Chico Maia, “são os próprios moradores, as pessoas que estão nos seus bairros (e que têm os jornais locais como seus porta-vozes), é que conhecem verdadeiramente os problemas da cidade”. Chico Maia é jornalista formado pelo Uni-BH e advogado pelo Unifemm-SL. Trabalhou nas rádios Capital, Alvorada FM, América e Inconfidência.

TRIBUNA VETOR NORTE Ano 3 - N. 12 – Fevereiro, 2017 EDITORES: Eugênio Luiz Oliveira - R. Prof. MG 03478 JP Luiz Lucas Martins - R. Prof. MG 02485 JP FOTOGRAFIA: Júlia Pinheiro e Santos Filho COLABORADORES: Eloiá Hosana, Guilherme

Arquivo Grijjor

Determinação de Kalil: ‘transparência sobre tudo’

Jornalista Chico Maia, Assessor Chefe da Prefeitura de Belo Horizonte

Na televisão, teve passagem pela Band Minas e também RedeTV!. Foi colunista do jornal Hoje em Dia e atualmente escreve para os jornais O Tempo, Super Notícia e participa do programa Rádio Vivo, da Rádio Itatiaia.

Nunes Avelar, José Donizetti dos Santos e Júlia Pinheiro REDAÇÃO: Rua Irmãos Kennedy, 114/06 Cidade Nova – Belo Horizonte – Minas Gerais – 31170130 – Tel.: (31) 3484 0480 – (31) 9955 8447 e (31) 8491 7780. E-MAIL DA REDAÇÃO: vetornorte@tribunabh.com Twitter: @tribunabh e Edição Digital: www.issuu. com/tribunavetornorte

Essa morte pegou a todos no susto; afinal, ao que se sabia até então, ela não estava passando por problemas graves de saúde, apesar dos sucessivos desgostos causados por investigações envolvendo a ela, ao seu marido Lula e à família de ambos. Independentemente do acerto ou não das acusações que vêm sendo feitas à família Lula da Silva, o momento de morte exige respeito; nesse sentido, os dias de entorno à data fatídica exibiram uma classe política discreta, em significativo episódio de civilidade. Para variar, Lula exagerou na retórica, ao “diagnosticar” as circunstâncias que “teriam levado” ao passamento precoce de sua esposa: “(...) Marisa morreu triste”, exclamando, conclusivo: “(...) a canalhice que fizeram com ela, (...) a imbecilidade e a maldade que fizeram com ela”; ao fim, concluiu, com seu português peculiar: “eu quero provar que os facínoras que levantaram leviandade com a Marisa tenham, um dia, a humildade de pedir desculpas a ela”. Quando, no entanto, se vê com cautela os fatos a que o ex-presidente se refere, percebe-se que a verdade não reside exatamente onde ele foca: na verdade, Lula, viciado em inverter fatos e versões, amoldando-os ao seu figurino, “se esqueceu” de dizer que os dissabores envolvendo a ele e à sua família se devem particularmente a que eles não prestaram esclarecimentos minimamente esclarecedores sobre eventos imo-

rais e ilegais que apontariam para favorecimentos a eles próprios. Ninguém está acima das instituições; assim, se dúvidas pairam sobre a conduta pública de uma autoridade, como era e ainda é o caso de Lula, cabe a ele e só a ele, com os seus, explicar tais fatos; isso se torna ainda mais patente quando a corrupção no seu governo e de sua pupila vem sendo desnudada a cada dia, gerando sérias interrogações sobre seu envolvimento. Não se trata, pois, de pré-julgamento ou de perseguições, como vem insistindo Lula; se trata, isso sim, do caminho natural do sistema judicial. Essa sua característica forma de contar histórias, virando do avesso as situações e se travestindo de mártir, não responde às dúvidas; na verdade, só as aguça. Por isso, e adiantando um pouco no assunto, é também duvidosa sua promessa por maior diálogo com adversários, para uma busca coletiva por soluções para os graves problemas estruturais por que passa o Brasil, em grande medida decorrentes da incompetência e irresponsabilidade go-

CIRCULAÇÃO: O Tribuna Vetor Norte é distribuído junto aos comerciantes e moradores de parte da Região Norte de Belo Horizonte e nos municípios de Confins, Lagoa Santa e Vespasiano; tem como base de partida o bairro Cidade Nova, devido ao principal eixo de ligação com a Região Norte de Belo Horizonte, a Linha Verde. PERIODICIDADE: Fevereiro/2017 O TRIBUNA VETOR NORTE é uma publicação

vernamental dos governos petistas de Lula e de Dilma. Refiro-me ao recente convite de Lula a Michel Temer: “quando quiser conversar comigo, me chame”; antes, já havia dito, após se encontrar com Fernando Henrique Cardoso, que esse seu bissexto apreço pelo diálogo sinalizaria para a juventude a necessidade de superar o ódio e a intolerância que intoxicaram a política brasileira. Com todo o respeito, sou descrente da sinceridade de tudo isso, partindo de Lula. Apesar de ser verdade o que Lula disse sobre a necessidade de diálogo entre os diferentes matizes da política nacional, o que ele parece ter se “esquecido” é que foi o PT e ele próprio que intoxicaram a política brasileira, com décadas de discurso maniqueísta, em que seu grupinho era o único bem e todos os outros, sem nenhuma exceção, eram “petralhas”: exatamente os “bandidos” que ele abraçou com entusiasmo ao chegar ao poder e com eles subiu a rampa do Planalto!

da Logos Editora Ltda., registrada na JUCEMG sob o nº 3120431497 - CNPJ 25.712.977/000162. Inscrição Estadual nº 62.881.449.00-81 e Inscrição Municipal: 0108809/001-7 * * * • Os artigos assinados não espelham, necessariamente, a opinião do jornal, sendo de inteira responsabilidade de seus autores.


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LAGOA SANTA - 3

São muitos buracos, entulho e veículos pelo caminho. As calçadas muito raramente são feitas de acordo com as normas de acessibilidade, o que dificulta o trânsito de pedestres, pessoas com dificuldades de locomoção e cadeirantes. Outro problema é a falta de manutenção das calçadas, com seus degraus, buracos, mato, placas, areia e entulho que obrigam o pedestre a transitar pela rua, correndo o risco de ser atropelado. De acordo com as normas da ABNT, não poderiam ser aprovadas calçadas com material escorregadio ou com declividade acentuada, mas mesmo construções mais recentes na cidade parecem não atentar para estas regras. Estes problemas são muito comuns em prédios e centros co-

merciais, onde veículos também não respeitam a área do passeio, principalmente caminhonetes e utilitários esportivos que estacionam chegando até a rua. A aposentada M. Maia, 63, conta que ao passar pelo passeio na Rua Pinto Alves próximo à esquina com Avenida João Daher, foi atingida por um veículo que saia do afastamento de um prédio comercial na semana passada “os motoristas além de não deixar o espaço da calçada para o pedestre, ainda comentem este tipo de violência contra o pedestre e nos finais de semana a situação é ainda pior, obrigando que o pedestre passe por outros locais para evitar essa situação de risco à vida, ainda mais com esse trânsito para a Serra do Cipó que é muito perigoso.”

Para G. Vieira, 45, falta respeito e consciência de cidadania aos motoristas, além de fiscalização e policiamento preventivo “a cidade não foi planejada para esse número de veículos, faltam vagas e as que tem não possuem tamanho adequado, os carros ficam fora delas atrapalhando a passagem dos pedestres, isso tem que ser olhado pelas autoridades”. Mas parece que mesmo a prefeitura está com dificuldades para seguir as normas de acessibilidade. Como exemplo pode ser citada a rede de drenagem que vem sendo executada na Rua Conde Dolabela com Alfredo de Abreu que rebaixou a pista criando um grande depressão na pista. Os frequentadores da pracinha da padaria tem ficado apreensivos, pois,

Foto: Santos Filho

Acessibilidade é desafio em Lagoa Santa

Ser pedestre em Lagoa Santa não tem sido nada fácil

parece que a obra já vai ser entregue sem resolver este problema. Com a nova gestão, a esperança é que seja

lançada uma força tarefa para capinar as ruas e padronizar as obras, cobrando dos responsáveis pelos passeios que

cumpram as normas de acessibilidade e permitindo um acesso seguro e desobstruído para os pedestres e cadeirantes.


4 - EDUCAÇÃO

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T-6, o nosso bravo avião

Podemos considerar a Fábrica Nacional de Aviões como o primeiro grande empreendimento que a cidade de Lagoa Santa abrigou. Aliás, a cidade ainda era Distrito de Santa Luzia quando foi elevada a cidade em decorrência dos planos de instalação da fábrica. Tudo começou com o desejo do Presidente Getúlio Vargas de encontrar um local que tivesse condições climáticas adequadas para a construção de uma fábrica de aeronaves e com segurança contra ataques estrangeiros. Vargas considerava que o desenvolvimento aéreo era fundamental para o desenvolvimento e proteção do país. Lagoa Santa foi o local escolhido por uma comissão. Em 1935 foi lançada a pedra fundamental das futuras instalações e realizado o primeiro voo com a presença do Presidente da República. Em 1940, foi firmado o contrato com a empresa Construções Aeronáuticas S/A para construção, instalação e exploração da fábrica. A insatisfação com a gestão levou o então Ministério da Aeronáutica a assumir a fábrica em 1949. A produção em série de aeronaves aconteceu entre 1946 a

1951, quando enfim foram resolvidos problemas de infraestrutura. Durante a Segunda Guerra Mundial houve uma grande dificuldade de envio de técnicos, maquinário e materiais dos Estados Unidos que atenderiam à produção. Portanto, resolveu-se pelo envio de 125 aeronaves prontas para montagem. A aeronave em questão era o bravo North American Texan T6, licenciada para produção em Lagoa Santa. A primeira unidade foi produzida no Brasil somente em 1946 e a última foi concluída em 1951, totalizando 81 unidades das 15.649 fabricadas em vários países. A nacionalização se deu desde o início de montagem da série brasileira. As unidades produzidas no país receberam a numeração 1376 a 1394 e 1531 a 1592. O T-6 é um monomotor de asa baixa para dois ocupantes, utilizado inicialmente como treinador avançado, mas também em algumas missões. Era considerado um dos melhores treinadores militares do mundo. O piloto veterano brasileiro da Segunda Guerra Mundial Pedro de Lima Mendes projetou um novo tipo de nacele para o T-6, enviando o protótipo para a North American, cujo modelo passou a

O T-6 é símbolo do desenvolvimento aeronáutico brasileiro e orgulho para Lagoa Santa

ser usado no mundo todo, resolvendo o problema que causava dificuldades de abandono da nacele em emergências. A fábrica foi desativada e nas instalações, em 1954, foi instalado um núcleo militar da Força Aérea Brasileira. Posteriormente, o destacamento tornou-se o Parque de Material Aeronáutico de Lagoa Santa (PAMA LS), Organização Militar com funções industriais e logísticas de suprimento e manutenção, cujo pro-

pósito é prever e prover os materiais necessários ao preparo e emprego de diversos projetos da Força Aérea Brasileira - FAB, garantindo as quantidades e disponibilidades adequadas da força, necessárias para cumprir a missão constitucional de defesa, apoio, busca e salvamento. A FAB operou o T-6 como aeronave básica de formação de pilotos militares até 1974, quando foi substituído pelo Universal T-25. De 1952 a 1976 algumas

Lideranças educacionais atentas às reformas do ensino médio Acompanhando atentamente as ações em torno da Reforma do Ensino Médio, o presidente do SINEP/MG e da Fenen/ MG, prof. Emiro Barbini,

e o presidente da Confenen, Roberto Dornas, estiveram reunidos com o Senador Antônio Anastasia para sugerir uma série de alterações no texto da

Minas Gerais, destacada presença no cenário da Educação Nacional.

recentemente Lei sancionada pela Presidência da República. O Senador por Minas Gerais se mostrou favorável às correções e

mudanças apresentadas pelas Lideranças e já está elaborando um Projeto de Lei do Senado para aperfeiçoar a legislação em vigor.

Professor Emiro Barbini, presidente do SINEP/MG, e da Fenen/MG, Senador Antônio Anastasia e o professor Roberto Dornas, presidente da Confenen.

das unidades fabricadas em Lagoa Santa foram utilizadas nas apresentações da Esquadrilha da Fumaça. Ainda hoje o Circo Aéreo Extreme utiliza aeronaves T-6 em suas apresentações, inclusive já estiveram em Lagoa Santa para o evento “Portões Abertos”. Atualmente várias unidades do T-6 estão em exposição em todo o mundo, sendo que algumas destas pertencem à série produzida em nossa cidade. Em Lagoa Santa havia um avião na

Praça Doutor Lund que foi retirado. Na entrada da cidade, na portaria do PAMA LS, o T6 matrícula 1378 segue sendo um dos símbolos mais conhecidos da cidade, servindo de referência para a população, pessoas de passagem pela cidade e para os turistas. Mais do que revelar o passado, o nosso querido aviãozinho T-6 é símbolo do desenvolvimento aeronáutico brasileiro e orgulho para nossa cidade, preservando dia após dia a nossa história.

Melhoria no transporte escolar Divulgação PMLS

Por Julia Pinheiro

O Prefeito Rogério Avelar, juntamente com o vereador Robertinho Emereciando, quando da entrega de novos ônibus para o transporte escolar de Lagoa Santa. Uma grande conquista para os estudantes.



6 - EDUCAÇÃO

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Sobre o valor da resiliência e educação Por José Donizetti dos Santos*

Os desafios do mundo contemporâneo são cada vez maiores, em todos os campos de atuação, saltando aos olhos, sobretudo, a violência que ameaça, cotidianamente, o maior dos presentes que recebemos logo ao nascer, a vida. Em tal contexto, pessoas resilientes farão toda a diferença, ou seja, pessoas com capacidade de superar os riscos e obstáculos da existência humana e, acima de tudo, desenvolvendo ao máximo seu potencial de realização. Essencialmente, resiliência é a capacidade da pessoa recuperar-se, sobrepor-se e adaptar-se com suces-

so frente às adversidades e desenvolver uma competência e equilíbrio emocional e social para encarar os acontecimentos adversos, o estresse e as tensões próprias dos dias atuais. O termo resiliência significa voltar ao estado normal, sendo oriundo do latim resiliens. Em Física, expressa a qualidade dos materiais de resistir à pressão, dobrar-se com flexibilidade, recobrar sua forma original, não deformar-se frente à pressões e forças externas. Do ponto de vista educacional, resiliência implica uma dinâmica positiva, uma capacidade de seguir adiante, não se limitando a resistir, mas permitindo a reconstru-

ção. É a qualidade de uma pessoa autodeterminada, que não se desanima, que não se deixa abater, que se supera, ademais das adversidades, das pedras do caminho. A educação complexa do mundo de hoje é um processo igualmente complexo, apresentando as mesmas características do ser humano de nossos dias: multidimensional e sempre aberto a uma mudança cada vez mais necessária para cumprir sua missão existencial: fazer a diferença e construir sua singularidade. É essencial e valoroso nos processos educacionais, criar situações e dinâmicas que favoreçam a formação de pessoas capazes de

sobrepor-se às experiências dolorosas adversas: estresse, traumas diversos, desafios e tensões comuns no cotidiano da existência. Ou seja, pessoas resilientes! (*) José Donizetti é Filósofo, Educador, Especialista em Neurociência aplicada à Educação. Coach Educacional e escritor. www.prodoni.pro.br.

Professor José Donizetti dos Santos

A Gol foi a primeira companhia área da América do Sul a realizar voos comerciais com internet a bordo. Em menos de cinco meses a Gol registrou milhares de acessos à internet durante seus voos. Desde o dia 4 de outubro, quando o voo na rota Congonhas-Brasília-Congonhas, que decolou às 10h45 utilizando a aeronave modelo Boeing 737-800 com a antena que possui tecnologia de última geração 2Ku de comunicação via satélite, os passageiros puderam, por exemplo, se conectar as redes sociais, visualizar mensagens eletrônicas e sites diversos,

por meio de seus dispositivos móveis. Segundo o presidente da Gol, Paulo Kakinoff, diversas aeronaves que mantém rotas nacionais e internacionais têm instaladas a antena com tecnologia 2Ku para comunicação via satélite. Os clientes estão sendo avisados previamente por e-mail quando seus voos estiverem programados para serem operados por uma aeronave com internet a bordo. A meta é que até outubro 2018 toda a frota da companhia esteja equipada com o sistema de conectividade e entretenimento, assim como tomadas USB e de recarga.

Divulgação

Internet a bordo é sucesso nos voos da Gol

Voos da Gol oferecem acesso a wi-fi para conforto do passageiro


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SAÚDE - 7

Por Eloiá Hosana

Segundo uma pesquisa desenvolvida pela Organização Mundial de Saúde, 350 milhões de pessoas no planeta sofrem de um quadro depressivo e o Brasil é considerado o país com a maior taxa de depressão no mundo, com 10,4% da população afetada. Além disso, nos países que estão em conflito ou em situações de emergência, a OMS estima que um em cada cinco pessoas é afetada pela depressão e pela ansiedade. A organização ainda afirma, que a cada 40 segundos uma pessoa morre por suicídio no mundo. Pouco se fala sobre essa doença séria, que atinge 25% da população das classes C e D e 15% das classes A e B, segundo dados da Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Doenças Afetivas. “O preconceito com a depressão é a principal causa das mortes por suicídio”, declara Eloiá Hosana, coach de inteligência emocional. A especialista diz que o pior preconceito em relação à depressão, não é o da sociedade, mas o do próprio portador da doença. “Muitas pessoas estão em depressão, mas não assumem e não aceitam isso. Elas têm vergonha de falar sobre o assunto e contar que tomam antidepressivos e, por causa disso, essas pessoas sofrem ainda mais, pois não buscam uma solução, um tratamento e, então, terminam se matando mesmo. A depressão é a queda da produção ou absorção de neurotransmissores – seretonina, noradrenalina, ocitocina – que são responsáveis por te causar sentimentos positivos, portanto, é uma doença biológica que deve ser tratada e leva-

da a sério como qualquer outra”, explica. Segundo dados da IMS Heatlh, a depressão também é a doença mais comum entre adolescentes. “Os pais pecam quando acreditam que é só uma fase de rebeldia, que irá passar, ou pior, que por serem novos ainda, os adolescentes não tem problemas para se preocuparem. Todos nós temos problemas, em escalas diferentes, mas temos. Os adolescentes, principalmente, não tem uma grande noção de futuro, de que um dia irão crescer e aquilo terá ficado apenas no passado e, por isso, se matam. É importante ouvir e agir”, ressalta Eloiá. Quando uma pessoa está em um estágio depressivo, segundo a coach, ela está com o foco em tudo o que não é bom. “Ela não enxerga a esperança e altera o seu senso de realidade para o negativo, vê problema em tudo e, quando não tem um problema, inventa um. Por isso, o processo de coaching pode ser um grande aliado, pois ele trabalha a comunicação e o pensamento da pessoa, através de diversos exercícios, comprovados pela neurociência, que aumentam a produção desses hormônios do bem-estar. É claro, sempre junto a um tratamento psiquiátrico”, comenta a especialista. A coach chama atenção para o fato de haverem depressivos mascarados e, que por isso, as pessoas precisam prestar atenção. “Os conhecidos como ‘workaholics’, trabalham, fazem e acontecem na empresa, mas quando chegam a casa sentem esse vazio enorme e automedicam com álcool. No outro dia, essa pessoa coloca a máscara e volta a trabalhar, como se nada estivesse aconte-

cendo e ninguém percebe que ela está em depressão. Isso também é um gravíssimo problema social, que pode ser evitado quando aquele colega de trabalho vai além do automático ‘bom dia’ diário e realmente procura conhecer o outro”, alerta Eloiá. Para quem está em depressão, a especialista faz um apelo: “É preciso mudar o foco, mudar a lupa do negativo para o positivo, pois há coisas boas além do motivo ruim que te colocou nesse estágio. Quando a sua cabeça começar a te apontar tudo o que está errado, foque em todas as outras coisas positivas que você tem: sua família, seus filhos, amigos e tudo de bom que você já fez. Porque aí sim você vai conseguir reagir à depressão e procurar ajuda”, argumenta. Mesmo ressaltando a procura de um psiquiatra nesses casos e defendendo o uso de medicamentos antidepressivos, Eloiá diz que devemos ser capazes de fabricar as nossas próprias emoções. “O coaching ajuda as pessoas a acessarem suas farmácias internas e criarem novamente o hábito natural de produção desses neurotransmissores em baixa. Isso ocorre através do autoconhecimento e da autoconfiança, que trata o problema além dos antidepressivos, para que a pessoa não fique o resto da vida presa a esses remédios. Por isso, o coaching também serve como um processo preventivo da depressão, porque ele ajuda o indivíduo a despertar todo o seu potencial”, conclui a coach. (*) Eloiá Hosana é master coach e expert em Inteligência Emocional e Autoestima para Mulheres: www.eloiahosana.com.br

Arquivo TVN

A cada cinco pessoas, uma está em depressão

Os números são alarmantes relacionados à depressão, mas existe uma boa alternativa de tratamento contra essa patologia, diz Eloiá Hosana


8 - TURISMO

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A campanha ‘BH, vem pra cá!’, lançada pela Belotur para promover Belo Horizonte com estímulos para o turismo durante o período de férias, considerado de baixa temporada, vem surtindo efeitos positivos para a cadeia produtiva da cidade. Após completar três semanas, o setor hoteleiro já viu sua ocupação crescer em 15% em relação ao ano passado. Tanto é que mais de 60 hotéis já decidiram estender seus descontos e promoções para o Carnaval. Dados da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-MG) apontam 30% de ocupação média dos hotéis em janeiro de 2016. Já no mesmo período deste ano, a ocupação já alcançou 45%. “Belo Horizonte comemora esses resultados,

em menos de um mês do Carnaval, quando esperamos receber cerca de 500 mil turistas para a folia. O envolvimento de toda a cadeia produtiva do turismo na cidade tem sido primordial para o sucesso da campanha. Nossos atrativos turísticos e agenda cultural, que movimentam a cidade durante todo o ano, aliados à já tradicional hospitalidade belo-horizontina, provam que BH está mais que preparada para receber pessoas do mundo inteiro”, diz Gustavo Mendicino, diretor de Promoção e Marketing da Belotur. Mais de 150 empresas, entre hotéis, bares, restaurantes e comércio varejista da moda. Estão participando do ‘BH, vem pra cá’. O objetivo é aumentar o fluxo turístico de lazer na cidade aos finais

de semana e gerar mais negócios para os setores ligados à cadeia do turismo, como hotéis, atrativos, comércio varejista da moda, bares e restaurantes. A ideia é simples: cada empreendimento oferece vantagens e descontos em seus produtos ou serviços, como diárias de hotéis e cardápio de bares e restaurantes. O hóspede, ao chegar ao hotel, recebe um cartão. Com ele em mãos, o turista pode usufruir dos benefícios da campanha. A lista com os participantes e as vantagens pode ser encontrada no site www.belohorizonte.mg.gov.br. “Ações como esta são fundamentais para a promoção do turismo da cidade. Esperamos que nossos hóspedes aproveitem as vantagens da cam-

Adão de Souza/PBH

Turismo cresce em Belo Horizonte

Campanha “BH, Vem pra cá”, lançada pela Belotur, já registra aumento significativo na ocupação hoteleira da cidade

panha e, com isso, desfrutem Belo Horizonte, que tem muito profissionalismo na oferta de serviços. A rede hoteleira, por exemplo, tem ampla oferta, qualida-

de e tarifas bastante competitivas”, comenta Patrícia Coutinho, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-MG).

O projeto é idealizado pela Belotur e conta com a parceria da Abrasel-MG, ABIH-MG, Belo Horizonte Convention & Visitors Bureau e Distrito da Moda.

Mais de 80 primatas, na sua maioria bugios (do gênero Alouatta), morreram com suspeita de febre amarela nessas últimas semanas no Espírito Santo. Nos últimos dias, as estimativas atualizadas apontam a morte de milhares de outros indivíduos no mesmo estado. A atual epidemia, que atinge as zonas rurais de Minas Gerais e Espírito Santo, não ameaça apenas os humanos, mas populações inteiras de primatas. Além da doença, os macacos também correm o risco de serem eliminados por falta de informação, pois em algumas localidades existe a crença de que sejam transmissores do vírus, o que não ocorre. O último surto de febre amarela em macacos ocorreu entre 2008 e 2009, no Rio Grande do Sul, e causou a morte de mais de dois mil bugios, infectados pelo vírus ou assassinados por pessoas desinformadas sobre o ciclo da febre amarela. Thais Leiroz Codenotti, pesquisadora e coordenadora do Convidas - Associação para Conservação

MHNJB/UFMG

Surto de febre amarela coloca macacos em perigo

Embora não transmitam diretamente o vírus, primatas vêm sendo mortos por pessoas que temem contrair a doença

da Vida Silvestre, que liderou um projeto sobre o tema na época, com o apoio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, alerta que o problema tem se repetido neste ano. “Mesmo com os focos de febre amarela sendo em outros estados, já registramos aqui no Rio Grande do Sul casos de bugios sendo agredidos pela população”, alerta a pesquisadora. “Este tipo de comportamento gera um desequilíbrio ecológico e agrava a

situação”, completa. Maltratar, apreender ou perseguir animais silvestres configura crime ambiental (Lei Federal de Crimes contra o Meio Ambiente 9.605/98). Para a pesquisadora o melhor meio de prevenção da doença em seres humanos é a vacinação. “É importante monitorar os casos, investigar a real causa das mortes e manter a vacina de febre amarela em dia. Sair matando macacos não resolverá o problema”, ressalta.

Sentinelas Primatas são tão vítimas da doença quanto humanos. O primatólogo Fabiano Melo, pesquisador responsável pelo Programa de Conservação Muriquis de Minas, que recebe apoio da Fundação Grupo Boticário, afirma que “as espécies de macacos nativas do Brasil, por não terem tido um contato histórico evolutivo com o vírus, tendem a ter baixa resistência ao seu contato”. Melo alerta que “a doença é transmitida ape-

nas pelos mosquitos e que os macacos, mesmo doentes, mal servem de reservatório do vírus, porque acabam morrendo muito rápido”. Além disso, os primatas se comportam como sentinelas, sinalizando a presença do vírus. “Por estarem na mata, estão mais expostos aos mosquitos e acabam sendo afetados antes dos seres humanos. Quando um primata aparece doente, temos indícios de que nós, humanos, também estamos expostos”, explica.

A importância dos macacos não se resume à sua atuação como sinalizadores da doença. “Esses animais são semeadores naturais. Além de espalharem sementes pelo solo quando comem frutas, o esterco que produzem também favorece o nascimento de novas árvores”, afirma Melo. O pesquisador realiza estudos em áreas protegidas situadas em Minas Gerais, e admite que na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Feliciano Abdala, localizada no município de Caratinga (MG), epicentro da epidemia em Minas Gerais, a doença pode atingir os Muriquis-do-Norte (Brachyteles hypoxanthus). Essa RPPN é a unidade de conservação mais importante para a proteção da espécie, que são os primatas mais ameaçados de extinção das Américas. “Aparentemente, a vulnerabilidade varia de espécie para espécie, mas todos os primatas neotropicais são vulneráveis. O vírus pode atingir uma população de muriqui e dizimá-la, como está acontecendo com os bugios”, completa.


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