Iates do Faial em destaque na Regata Horta-Velas-Horta PÁGINA 11
Tribuna das Ilhas
DIRECTOR: MANUEL CRISTIANO BEM 4 NÚMERO: 474
O8.JulHO.2O11
SaI àS SextaS-FeIRaS
1 euro
l o j a d o t r i â n g u l o a p r e s e n ta n o v a m a r c a g A Loja do Triângulo quer dar mais um passo
na sua estratégia de valorização da produção agrícola local. Nesse sentido, apresentou esta semana uma nova marca que pretende dar identidade à já reconhecida qualidade dos produtos comercializados naquele espaço, oriundos das ilhas Faial, Pico e São Jorge. A mudança de imagem estende-se à Cooperativa Agrícola da Ilha do Faial, entidade que tutela a Loja do Triângulo. Da nova estratégia faz parte também a construção de uma central logística para ajudar os sócios a valorizarem a sua produção antes desta chegar ao consumidor. Aproveitar o potencial subexplorado dos hortofrutícolas é outro dos objectivos. PÁGINA O4
sessão plenária de julho
Faial e pico com escalão intermÉdio no sider joão castro deixa recados em dia de aniversário da cidade
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em destAque
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editoriAL
HORta em anIVeRSáRIO g Na passada segunda-feira ocorreu o 178º. aniversário da elevação da Horta de vila a cidade. A efeméride foi comemorada com um variado programa que ocupou o fim de semana anterior. Essa prática tem, aliás, o seu interesse para as gerações mais novas se aperceberem das reais circunstâncias históricas em que a Horta foi promovida à categoria dos dois centros urbanos já então existentes de Angra do Heroísmo e Ponta Delgada. E o curioso é que mais depressa do que seria de esperar, a pequena cidade, da também pequena ilha do Faial, haveria de conquistar, no conjunto açoriano, uma posição de relevo na centralidade atlântica, mercê da sua situação geoestratégica entre o Velho e o Novo Mundo e das excepcionais condições de abrigo e segurança da sua baía, aberta aos canais do Pico e São Jorge. com efeito, já temos ouvido, da parte de alguns visitantes que por aqui passam, palavras de surpresa quando se lhes fala das épocas de ouro do porto faialense como centro de escalas marítimas no Atlântico Norte, de telecomunicações por cabo submarino, de apoio às primeiras viagens aéreas comerciais América-Europa e como ponto de cruzamento do actual e intenso movimento iatista internacional. Em tempo de aniversário é muito natural que se recordem as maisvalias desta cidade, pequena em área e população, mas grande nos serviços e apoios que prestou ao mundo das navegações, das telecomunicações, das ligações, por mar e pelo ar, entre países e continentes. Parabéns, cidade da Horta ! Parabéns, cidade-mar !
1º. DESTINO EDEN DE ExCELêNCIA O Parque Natural do Faial foi confirmado, pela comissão Europeia, como primeiro destino EDEN de excelência do nosso país, um especial galardão que surge na sequência de uma proposta de âmbito nacional apresentada pela Associação de Turismo de Portugal. Esta classificação reveste-se de um grande interesse turístico para a terra faialense, para o conjunto do Triângulo e para os Açores em geral e daí o destaque que lhe dedicámos na nossa anterior edição, numa extensa notícia e reportagem da apresentação do prémio pelo Secretário Regional do Ambiente e do Mar, Álamo Meneses e pelo Director do Parque João Melo. Sendo entre os Parques Naturais dos Açores o de maior extensão marítima, o Parque Natural do Faial engloba, no seu espaço terrestre, cinco centros: a casa do Parque e a casa do cantoneiro, a Fábrica da Baleia, o Jardim Botânico e o centro de Interpretação do Vulcão dos capelinhos. Esta é uma importante e diversificada mais-valia de que o Faial se pode orgulhar !
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178.º Aniversário CidAde dA HortA
João Castro reivindica ampliação da pista do aeroporto e rejeita plataformas logísticas Marla Pinheiro g Na passada segunda-feira, 4 de Julho, a Horta celebrou o 178.º aniversário da sua elevação a cidade. A efeméride foi assinalada com uma sessão solene nos Paços de Concelho, marcada pela intervenção do presidente da Câmara Municipal da Horta (CMH), que fez um balanço do percurso nos últimos anos, falando também dos desafios para o futuro. Referindo-se à recente aprovação do Plano de Urbanização, João Castro disse que a sua concretização representa um “desafio” que deve “envolver entidades públicas e particulares”, procurando uma “imagem de sustentabilidade e desenvolvimento”. O edil frisou a importância da construção do novo porto, bem como a reabilitação da frente marítima da cidade. Trata-se de “uma obra pensada conjuntamente pela CMH e pelo Governo Regional que representará um salto para o futuro”, disse. João Castro congratulou-se também com a conclusão das obras na Zona Industrial, esperada para breve, que permitirá “o redimensionamento do tecido empresarial”, bem como com as medidas de reforço da segurança no município, com destaque para a reestruturação do Plano Municipal de Emergência. Para o autarca, a Horta “privilegia a cidadania e o associativismo”, por isso destacou os vários equipamentos sociais, desportivos e culturais ao serviço dos munícipes, aos quais se deverá juntar a Casa-Museu Manuel de Arriaga. Ainda em relação a este tipo de infra-estruturas, Castro salientou o Pavilhão de Castelo Branco, inaugurado esta semana, e o projecto do Pavilhão dos Cedros. João Castro salientou também o “patamar elevado” a que chegou a desburocratização da máquina administrativa do município, em grande parte graças ao projecto “Presentes no Concelho” e à melhoria dos serviços online. O presidente da CMH destacou os projectos na área da educação e do ambiente. Os investimentos na Central de Triagem, na aquisição de ecopontos e em campanhas de sensibilização têm
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permitido aumentar a exportação de resíduos, com níveis que colocam a Horta “entre os concelhos que mais separam os seus resíduos no contexto nacional”. A reabilitação das redes viária e de captação e distribuição de água também marcou presença no discurso do edil, tal como as preocupações com a reabilitação urbana. João Castro destacou ainda as políticas municipais de juventude e referiu que o município reforçou este ano a sua intervenção social, em áreas como o combate à pobreza, a promoção do voluntariado ou o apoio à terceira idade. SANEAMENTO BÁSICO A obra mais desafiante do município para os próximos tempos será o Saneamento Básico, que, como lembrou João Castro, aguarda luz verde do Tribunal de Contas. “Um projecto desta magnitude merece ser equacionado em sede de candidatura a fundos estruturais, nomeadamente no âmbito do Quadro de Referência Estratégica Nacional. Um desafio que se cruza com a própria consolidação financeira e orçamental da CMH, num cenário de redução das transferências do Estado para as autarquias, que tem já penalizado o nosso município”, referiu. AEROPORTO DA HORTA E PLATAFORMAS LOGíSTICAS Em dia de festa, João Castro quis lembrar as situações que recentemente atiraram a Horta para a ribalta, nomea-
damente a entrada para o clube das mais belas baías do mundo e a atribuição do Prémio EDEN ao Parque Natural do Faial. Para o edil, trata-se de um exemplo da notoriedade alcançada, que deve ser defendida. Tendo isso em conta, Castro aproveitou para deixar dois recados ao Governo Regional: “a gestão dessa notoriedade reforça a necessidade de ver ampliada a Pista do Aeroporto da Horta, assim como a rejeição da criação de plataformas logísticas nos Açores, que poderão acrescentar custos de insularidade, inerentes à vida nas nossas ilhas”, referiu. SéRGIO ÁvILA DESTACA vOCAçãO MARíTIMA DA HORTA Os recados de João Castro ao Governo Regional foram escutados pelo vice-presidente do Executivo de César que, na sua intervenção, destacou a “capacidade de planeamento e ordenamento” da Horta: “é fácil crescer de forma imediata, difícil é crescer de forma sustentável”, disse Sérgio Ávila, considerando que o desenvolvimento sustentável “deve assentar num sólido planeamento de identificação de prioridades e de organização de recursos”. Ávila apontou áreas em que a Horta pode ser um exemplo até no contexto nacional, destacando a modernização e simplificação administrativa no concelho. O governante considerou ainda que a Horta desfruta hoje de uma “qualidade de vida de referência no contexto regio-
&
nal e nacional”, e destacou o reforço no investimento da “vocação marítima” da cidade que tem sido feito nos últimos tempos. As obras na zona portuária e a reabilitação da frente marítima são, para o vice-presidente, “um acréscimo significativo de gerar valor e um reforço de posicionamento da Horta no contexto regional e nacional”.
MUNICíPIO HOMENAGEIA ENTIDADES E PERSONALIDADES Como já vem sendo habitual o aniversário da cidade serviu para o Município homenagear com a medalha de mérito personalidades e entidades que se destacaram na vida do Concelho. Este ano, foram agraciados com esta insígnia a empresa Flying Sharks, a Marina da Horta, a empresa Teófilo S.A., Carlos Carepa, José Ferreira, Maria da Conceição Amaral, Victor Pinheiro e, a título póstumo, Orlando Ribeiro, geógrafo que se destacou pelo trabalho científico aquando do Vulcão dos Capelinhos. Os funcionários da autarquia também não foram esquecidos. Eduardo Alves, Hélder Machado, Lucinda Silva, Luís Silveira e Maria Amélia Alves foram agraciados com a medalha de bons serviços municipais dourada, por 30 anos de serviço ao município, enquanto que Gilberto Faria, Horácio Silva, José Fialho, José Gomes e Luís António Rosa receberam a medalha prateada, que distingue os funcionários com 20 anos de serviço.
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HABITAçÕES RURAIS
AINDA PORTO-PIM
g No passado domingo, demos um passeio de automóvel por algumas povoações rurais desta ilha, parte delas trepando pela vertente acima, ao longo das estradas e por entre os verdes vivos da paisagem, com manchas de bonitos arvoredos. E ficámos encantados com os conjuntos de novas ou recuperadas habitações, de tipos diversos, mas, na sua quase totalidade, bem arranjadas e conservadas nas cores dos telhados, paredes e muros. Realmente, muito se tem progredido neste sector, com o recente gosto de se possuir uma boa casa. Altamente positivo!
g Em recente edição destacámos a Praia de Porto-Pim, na
Horta, como uma das melhores dos Açores. E mantemos a mesma opinião. Foi-lhe concedida este ano a Bandeira Azul e muito bem. No entanto, também há dias, devido aos ventos fronteiros, as boas águas de Porto-Pim estavam poluídas por detritos e sargaços. Ora, os sargaços são algas marinhas e, embora incómodos, não são propriamente agentes poluidores. Os detritos, porém, são o resultado de despejos feitos ao longo da costa ou nas ribeiras. E Porto-Pim é o “caixote de lixo”. Negativo!
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Casa Povo dos Flamengos comemora 38 anos É já no próximo dia 12 de Julho, terça-feira, que a Casa do Povo dos Flamengos comemora o seu 38.º aniversário. Para assinalar a data está prevista uma eucaristia no Centro de Culto da Freguesia e uma sessão solene, agendada para as 20h00, com jantar convívio.
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Jornadas de Pneumologia em medicina Familiar dos açores e Continente
[aconteceu] DR
g O Faial acolhe hoje e amanhã, a nona edição das Jornadas de Pneumologia em Medicina Familiar dos Açores e Continente. O programa das jornadas engloba uma homenagem ao Dr. António Sachicumbi, director do Serviço de Pneumologia do Hospital da Horta. Destaque para a mesa redonda de hoje, sexta-feira, subordinada ao tema “Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica: Alguns aspectos práticos”, que vai abordar temas tão vastos como a oxigenote-
rapia e a ventilação não evasiva. Para além destes, outros temas vão ser discutidos nestas jornadas que contam com a participação de 80 congressistas. De acordo com Raul Amaral Marques, presidente destas jornadas, o grande objectivo desta iniciativa está relacionado com “o espírito de formação em continuidade. É tentar fazer com que médicos de clínica geral e medicina familiar possam continuadamente ter formação.”
Blue team da eSma em Bruxelas g A equipa da Escola Secundária Manuel de Arriaga vencedora do concurso “Os Açores e a União Europeia”‘, promovido pelo Governo dos Açores, desloca-se esta semana a Bruxelas, para uma visita de estudo. André Goulart, Susana Meirinho e Tatiana Meirinho, alunos do 12º ano daquela escola e membros da equipa “Blue Team”, acompanhados pelo professor Carlos Nunes, visitam diversos locais na capital da Bélgica, incluindo a Representação Permanente de Portugal na UE, o Conselho Europeu, a Direcção-Geral de Política Regional da Comissão Europeia, bem como outros locais emblemáticos do centro político da União Europeia. A equipa “Blue Team” foi a grande vencedora das comemorações do Dia da Europa, que decorreram no passado dia 9 de Maio, na ilha Graciosa, de
entre as equipas finalistas, das diversas ilhas do arquipélago, apuradas no concurso de trabalhos multimédia “Açores, 25 Anos na UE”. O prémio dtem por objectivo complementar o estudo e informação adquirida pelos alunos na sua partici-
pação no concurso “Os Açores e a União Europeia” com o conhecimento directo, em Bruxelas, dos locais e instituições mais importantes da UE, promovendo o sentimento de pertença e de participação dos jovens açorianos na União Europeia.
artista Faialense organiza Festival de Bandas pela quarta vez DR
g Em vésperas de partir em digressão com destino a Leiria, a Sociedade Filarmónica Artista Faialense organiza este fim-de-semana a quarta edição do
Festival de Bandas Filarmónicas. A festa arranca hoje, a partir das 21h00, com a actuação da banda anfitriã. Segue-se-lhe a Nova Artista
Flamenguense, e depois a filarmónica Recreio dos Artistas, da ilha Graciosa. A última filarmónica a actuar será a Liberdade do Cais do Pico. A festa prossegue com Chamarritas, com o Grupo dos Angústias, e a noite termina com o DJ Diogo Horta. No sábado o destaque vai para o desfile pelas ruas da cidade, a partir das 11h00. Às 21h00 actua a União e Progresso Madalense, do Pico, seguida da União Faialense. Actuará depois a Recreio dos Pastores, também do Pico, e o Festival encerra com a Banda Distrital do Funchal, vinda da ilha da Madeira. A festa prossegue pela noite dentro, com o MC Horta G e o DJ Qlimax. O Festival de Bandas decorre no Largo Padre Silvestre Machado, na Conceição.
CANNABIS APREENDIDA EM CASTELO BRANCO g A Polícia de Segurança Pública da Horta apreendeu na freguesia de castelo Branco três plantas de cannabis Sativa – L. De acordo com o comunicado da PSP, a detecção destas plantas aconteceu na sequência de averiguações policiais. As plantas apreendidas prefazem produto estupefaciente para 124 doses. PROIBIDA A CAçA DA PERDIz vERMELHA NO FAIAL g A época de caça 2011/2012 arrancou no passado dia 1 de Julho nos Açores, sujeita a novos calendários venatórios em oito das nove ilhas do arquipélago. Os calendários publicados em Jornal Oficial vigoram até 30 de Junho do próximo ano e dizem respeito às ilhas de Santa Maria, São Miguel, Terceira, Graciosa, São Jorge, Pico, Faial e Flores. Para além de várias restrições à caça, os novos calendários, aprovados por portarias do Secretário Regional da Agricultura e Florestas, estabelecem a proibição total da caça ao pato nas Flores, à narceja na Terceira, à perdiz-vermelha em São Miguel e à galinhola e em São Miguel e na Graciosa. Entre as proibições totais para a época venatória 2011/2012 contam-se ainda a caça à codorniz em Santa Maria e nas Flores e à perdiz-vermelha em São Miguel, Santa Maria, Terceira, Graciosa, Faial, Pico e Flores. AIPA COM DELEGAçãO NO FAIAL g A AIPA – Associação de Imigrantes dos Açores inaugurou a sua delegação da ilha do Faial no passado sábado. Assim sendo, a AIPA está instalada no centro Associativo Manuel de Arriaga, Gab.9, Edifício da Escola EBI/JI e irá funcionar em horário pós-laboral, aos fins-desemana e em regime de voluntariado. De acordo com uma nota de imprensa enviada às redacções, residem na ilha do Faial 957 cidadãos imigrantes, representando perto de 23% do total regional. Kátia Sousa, uma imigrante originária do Brasil, é a responsável por esta delegação da AIPA, considera que, “com mais este passo criaram-se as condições para a possibilidade de um apoio mais directo aos imigrantes e na própria realização de actividades potenciadoras de mais e melhor integração dos imigrantes na ilha do Faial.”
[vai acontecer] APOTEC REÚNE NA HORTA g A APOTEc - Associação Portuguesa de Técnicos de contabilidade, vai promover no próximo dia 11 de Julho, segunda-feira, uma palestra sobre IE – Informação Empresarial Simplificada. Esta palestra, que também assume uma vertente formativa, vai ser moderada por catarina Bastos Neves, Inspectora Tributária. Esta iniciativa realizar-se-á no Hotel do canal. FADOS "ALMA DE COIMBRA" NO TEATRO FAIALENSE g O Teatro Faialense recebe no hoje dia 8 de Julho, um concerto de fado. Em actuação, a partir das 21h30, estará o Grupo de Fados “Alma de coimbra”. PUNKADA!FEST ESTE FIMDE-SEMANA g Hoje e amanhã a Quinta de São Lourenço recebe a segunda edição do PUNKADA!Fest. Este ano, para além da exibição da banda anfitriã, que assinala 11 anos de existência, o festival recebe Boss Ac, caim e Desbunda+1. São ainda esperadas as actuações de Poeta Urbano & DJ Silver Star, bem como dos DJ’s FBO, Double Gee e Diogo Vieira. com produção da AZOR WAVES, o PUNKADA! Fest 2011 conta os apoios da Direcção Regional da Juventude, câmara Municipal da Horta, câmara do comércio e Indústria da Horta e Antena 9. DIA DO SOL g No dia 14 de Julho a Farmácia Lecoq vai levar a efeito uma campanha de sensibilização sobre os malefícios do sol. De acordo com a organização, o objectivo desta iniciativa passa por sensibilizar e alertar para os malefícios da radiação solar, a principal causa do cancro de pele, e despertar para o facto de ser também, a maior fonte de vitamina D em humanos. CINEMA NA BIBLIOTECA PÚBLICA DA HORTA g Esta noite, a partir das 21h30, o auditório da biblioteca Pública e Arquivo Regional João José da Graça recebe a projecção do filme Pan. Realizado pelo dinamarquês Henning carlsen, este filme baseia-se na obra do escritor dinamarquês Knut Hamsun. Trata-se de uma obra falada em dinamarquês, e nesta projecção será legendada em inglês.
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A Loja do Triângulo apresentou na passada segunda-feira a sua nova marca, que servirá para identificar e valorizar os produtos das ilhas Pico, São Jorge e, principalmente, Faial. A marca “Triângulo” deverá ser utilizada em sacos e embalagens, entre outras coisas, e permitirá uma mais fácil identificação da produção daquelas ilhas, que já ganhou uma conotação de qualidade. A empresa responsável pela concepção da marca criou também um novo logótipo para a Cooperativa Agrícola e para a Associação de Agricultores. Trata-se de toda uma estratégia em prol de uma maior afirmação dos produtos da agricultura açoriana, que passa também pela criação de uma central logística onde esses produtos poderão ser tratados e embalados para ganharem valor junto do consumidor.
loja do triângulo lança nova marca para promover produção local Esse estudo fez-se junto dos sócios produtores, dos operadores do mercado e dos clientes da Loja do Triângulo, e os resultados indiciaram que os produtosalvo desta nova estratégia devem ser o mel, as flores e os hortofrutícolas. Nesta última área, apresentam-se muitos desafios à produção local: há que diversificar a produção e planeá-la de forma a que todos os produtores trabalhem em conjunto, e não sejam concorrentes uns dos outros. O novo plano comercial da CAIF deverá ser operacionalizado ainda este ano, prolongando-se até 2013. A nova imagem será utilizada em embalagens, sacos, rótulos, entre outras coisas. Além
NOvA MARCA TRIÂNGULO A apresentação decorreu no Mercado Municipal
Marla Pinheiro Foto: Maria José Silva g A nova abordagem comercial que a Loja do Triângulo pretende encetar surge na sequência de um estudo desenvolvido pela TerraProjectos, uma empresa de consultadoria agrária, agroalimentar e ambiental, a pedido da Cooperativa Agrícola da Ilha do Faial (CAIF), responsável pela Loja, e que decorreu ao longo de um ano.
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disso, a CAIF pretende construir uma central logística, em terrenos de que já dispõe, para optimizar a valorização dos produtos perante o consumidor. Essa central poderá, entre outras coisas,
dotar os produtores faialenses de condições para terem produtos minimamente processados à venda. Trata-se de um investimento que poderá rondar os 500 mil euros e que, para já, é apenas uma
intenção. António Ávila, presidente da direcção da CAIF, mostrou-se bastante entusiasmado com o projecto, que foi apresentado no Mercado Municipal, no entanto, deixou o alerta de que será preciso “muito trabalho, planificação e união” para o concretizar. Também João Castro, presidente da Câmara Municipal da Horta, entendeu que o projecto tem pernas para andar. O autarca comprometeu-se ainda em colaborar com a CAIF no sentido de encontrar uma boa utilização para o espaço que a cooperativa detém no Mercado Municipal, que foi a primeira casa da Loja do Triângulo. O crescimento da loja fez com que esta tivesse de se mudar para o exterior e, como
continua a crescer de vento em popa, a actual casa também já é pequena para acolher tudo o que a Loja do Triângulo tem para oferecer. Optimizar o espaço de venda é outro dos objectivos deste plano. Já o secretário regional da Agricultura e Florestas aproveitou a ocasião para chamar a atenção para o que considera ser a evolução da CAIF, que há alguns anos se debatia com sérias dificuldades económicas e agora está preparada para abraçar grandes projectos como este. Noé Rodrigues frisou que os Açores têm condições para serem auto-suficientes no que à produção hortofrutícola diz respeito, mas para tal é preciso “organizar o mercado” e chegar aos grandes distribuidores.
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sessão PLenáriA de JuLHo
alterações ao SIDeR colocam Faial e Pico em escalão intermédio GEOCRUSOE.BLOGSPOT.COM
Marla Pinheiro g Decorreram esta semana na Horta os trabalhos da sessão plenária de Julho da Assembleia Legislativa Regional. Nesta sessão foram aprovadas por unanimidade alterações ao decreto que regula o Sistema de Incentivos para o Desenvolvimento Regional dos Açores (SIDER), apresentadas em plenário pelo secretário Regional da Economia. Segundo Vasco Cordeiro, esta terceira alteração visa “reforçar a capacidade produtiva” da Região. O diploma agora proposto reforça as taxas de comparticipação nos diversos subsistemas, em especial nos destinados aos sectores da qualidade e inovação e da captação de fluxos turísticos. Prevêem-se também majorações para as empresas com capacidade exportadora. Foi ainda criado um novo escalão intermédio, destinado às candidaturas do Faial e do Pico. Vasco Cordeiro destacou também o alargamento das áreas e actividades económicas elegíveis para apoio do SIDER, a alteração do regime de apoio ao urbanismo comercial no sentido de promover a reabilitação urbana e o aumento dos prazos de pagamento dos subsídios reembolsáveis de 10 para 12 anos e do período de carência de pagamento dos subsídios reembolsáveis de 3 para 4 anos. Entretanto o PSD apresentou já propostas de alteração ao diploma do Governo. Em conferência de imprensa na manhã de quarta-feira, Duarte Freitas adiantou que o PSD insistirá numa majoração em cerca de 10% das taxas de apoio actualmente em vigor, posição que já tinham defendido noutras ocasiões. A bancada laranja pretende ainda um enfoque nos apoios especializados às empresas, em áreas como a contabilidade, a gestão ou a arquitectura, uma vez que, como explicou o líder parlamentar do PSD, essas empresas poderão depois utilizar as ferramentas de que forem dotadas para apoiar outras empresas. Os social-democratas lembram as dificuldades económicas actuais e propõem “que os incentivos destinados às empresas com capacidade exportadora e de substituição de importações” sejam especialmente reforçados. Propõem também “que os apoios previstos para as ilhas de coesão sejam estendidos na sua plenitude ao Faial e ao Pico”, em vez de haver um escalão intermédio para estas duas ilhas, patente na proposta do Governo. Na apresentação da sua proposta, o PSD apontou o dedo ao PS que, para a bancada laranja na Assembleia Regional, chumba “por norma” a maioria das suas propostas. Os social-democratas fizeram as contas e dizem que a maioria socialista rejeita “mais de 90%” das propostas laranja. No entanto, Duarte Freitas considera que, por vezes, “o PS dá a mão à palmatória” e “apresenta como suas” propostas socialdemocratas que antes havia rejeitado.
Nesse sentido, os social-democratas consideram que esta nova proposta do Executivo Regional acaba por dar razão ao PSD. ANíBAL PIRES DESAFIA GOvERNO REGIONAL A COMPENSAR AçORIANOS PELO IMPOSTO A APLICAR SOBRE OS SUBSíDIOS DE NATAL A manhã de terça-feira ficou marcada pela intervenção política do deputado Aníbal Pires, que teceu duras críticas ao programa do Governo de coligação PSD/CDS-PP. Para o comunista, são “129 páginas de banalidades e de aprofundamento das políticas de austeridade com que o povo português”. Pires entende que o governo é novo mas as políticas são velhas, e colocam “todo o peso dos sacrifícios sobre os portugueses e as suas famílias enquanto prossegue a desastrosa atribuição de benesses para os grandes grupos económicos e a vergonhosa submissão aos interesses estrangeiros, que conduziram à ruína do país”. O parlamentar acusou o PSD e o CDS-PP de não terem tido “coragem” de colocar a criação de um imposto extraordinário sobre 50% do 13.º mês nos seus programas eleitorais, medida agora anunciada por Passos Coelho e que os comunistas classificam de “roubo”. Para Aníbal Pires, os 800 milhões de euros que o Estado vai encaixar com esta medida podiam ter sido obtidos doutra forma: “bastaria aplicar uma taxa de 0,2% sobre as transacções em bolsa para obter 250 milhões de euros, ou aplicar uma taxa efectiva de IRC à banca para obter mais de 300 milhões ou taxar as empresas sedeadas no offshore da Madeira para o Estado embolsar mais de 1100 milhões de Euros em impostos que actualmente não cobra”, referiu. Aníbal Pires deixou um desafio a César: “está ou não o Governo Regional disponível para dispensar as açorianas e os açorianos do pagamento deste imposto, ou para os compensar?”, inquiriu o parlamentar. O desafio da representação parlamentar comunista foi subscrito de imediato pelo BE. Da bancada socialista, Berto Messias levantou-se para dizer que enquanto o primeiro-ministro não adiantasse mais informação sobre os moldes em que será aplicado este imposto seria prematuro tomar decisões. No entanto, o líder parlamentar admitiu a possibilidade de equacionar medidas compensatórias: “estaremos preocupados em defender os Açores e os açorianos, e em apresentar, se for necessário, uma agenda compensatória que permita compensar os açorianos das dificuldades em que vivemos hoje», afirmou. Todavia, o vice-presidente do Governo Regional indiciou outra posição nas suas declarações, ao afirmar que o Governo não vai “cair no populismo fácil” do PCP, mas deixou o aviso: “não contem connosco para subscrever de
forma incondicional todas as propostas que no passado não apoiámos”. Sérgio Ávila garantiu que o Executivo socialista vai manter uma postura de defesa intransigente dos interesses açorianos, independentemente da cor política do Governo da República. Para o governante, trata-se de uma atitude bem diferente da do PSD/A, que há algumas semanas atrás dizia que não alinhava em “sacrifícios adicionais”. Por sua vez, os social-democratas acusaram o PCP de ser “demasiado previsível”. António Marinho entende que o Governo de Passos Coelho “está a demonstrar que tem coragem de ir mais além para resolver os problemas do país”. Berto Messias constatou também que, afinal, para o PSD o memorando com a Troika não é o limite máximo de sacrifícios a pedir aos portugueses, mas sim o limite mínimo. A atitude crítica do socialista às medidas vindas de Lisboa mereceu o reparo de Paulo Estevão, do PPM, que lembrou a responsabilidade da anterior governação socialista no actual estado do país. Também Artur Lima apontou o dedo à atitude do PS/A. O líder do CDS-PP na Assembleia Regional lembrou que, da mesma forma que o imposto sobre o subsídio de Natal não incluía os programas do CDS-PP nem do PSD, também as taxas moderadoras na saúde também não faziam parte do programa do Governo Regional. PSD/AçORES ACUSA CARLOS CéSAR DE INSTRUMENTALIzAR A AUTONOMIA Numa declaração política proferida pelo seu líder parlamentar, o PSD/A condenou a atitude do presidente do Governo Regional aquando da tomada de posse do novo Governo da República. Na ocasião, recorde-se, Carlos César criticou o novo primeiroministro social-democrata por não ter feito referência às autonomias no seu discurso de tomada de posse. Em tom irónico, Duarte Freitas referiu que o presidente do Governo nos Açores estaria “num dia de indignação autonómica”, o que não aconteceu nos discursos de tomada de posse de José Sócrates, já que este também não se referiu às autonomias, o que não mereceu então qualquer crítica de César. Para o socialdemocrata a “mudança de humor” do líder do Executivo Regional coincidiu com a mudança da cor política do Governo. Duarte Freitas acusou mesmo o presidente do Governo Regional de procurar uma “guerrilha”, e de tentar “construir um inimigo externo”. Para os social-democratas, esta atitude significa uma clara instrumentalização da autonomia por parte do Governo socialista da Região. Duarte Freitas aproveitou também esta declaração política para lembrar o hemiciclo que o anterior governo da República deixou compromissos não cumpridos de mais de 200 milhões de
euros com a Região. O líder laranja salientou que a dívida às autarquias açorianas “ascende a mais de oito milhões de euros”, e as “retenções e devoluções” no âmbito das transferências da lei das finanças regionais e da controvérsia do IRS para as autarquias “ultrapassam os cinco milhões de euros”. Nas suas contas, Freitas acrescenta a estas verbas 40 milhões de euros para a EDA, ao abrigo da convergência do tarifário eléctrico, e a dívida do Estado à SATA Internacional, relativa às indemnizações compensatórias, de 16 milhões de euros. O reforço em 100 milhões de euros das verbas do Fundo de Coesão para o Plano Estratégico de Gestão de Resíduos dos Açores, e a construção da rede de fibra óptica, no valor de 20 milhões, foram outros dos compromissos que, para o PSD, ficaram por cumprir, bem como “os atrasos da ADSE a várias unidades do Serviço Regional de Saúde”, que ascendem a 10 milhões de euros”. Denunciando os “silêncios cúmplices” do Governo Regional em relação a estes valores, Duarte Freitas deixou o compromisso do PSD em exigir que o Executivo de Passos Coelho cumpra o pagamento das dívidas à Região. Da bancada socialista, Berto Messias rejeitou as acusações de tentativa de guerrilha por parte do PS/A. O deputado considerou também que o PSD não é o partido da defesa dos Açores: “qualquer partido nesta casa tem defendido mais os Açores do que a bancada do PSD”, disse. A este respeito, Messias lembrou os “atropelos” da remuneração compensatória e da aprovação do novo Estatuto Político-Administrativo e da Lei Eleitoral. Já o vice-presidente do Governo Regional entendeu que Duarte Freitas “ultrapassou todos os limites em termos de respeito pela autonomia e pelos açorianos”. Sérgio Ávila acusou os socialdemocratas de “mentir” em relação às verbas que o Governo Central terá em dívida para com a Região. Dos valores apontados pelo PSD, Ávila reconheceu que apenas se encontram por pagar a dívida às autarquias e as verbas no âmbito das transferências da lei das finanças regionais e do IRS. Quanto aos outros valores em falta, estão na sua maior parte saldados, ou então a ser
pagos mediante acordos estabelecidos, como é o caso da dívida à eléctrica açoriana, negociada em 2003 com o Governo PSD/CDS-PP de então, e que está a ser paga de acordo com um plano de 10 anos. APROvADO PROJECTO DE RESOLUçãO DO PSD PARA REFORçAR OS MEIOS DE SEGURANçA NA REGIãO Na tarde de terça-feira os trabalhos parlamentares ficaram marcados pela aprovação por unanimidade de um projecto de resolução apresentado pela bancada social-democrata, que visa o reforço dos meios de segurança pública na Região. Os deputados laranja fundamentam esta proposta com os números do último Relatório Anual de Segurança Interna, que revela um aumento de 6,21% de criminalidade participada nos Açores ao longo dos últimos seis anos, bem como um aumento de 12,9% da criminalidade grave e violenta na Região. No texto da iniciativa parlamentar do PSD pode lerse que a Região “mantém um rácio superior a 40 crimes participados por mil habitantes e ocupa o 7.º lugar a nível nacional quanto à participação de crimes contra o património”. Os dados oficiais indicam ainda que as ilhas que assistiram a mais crescimento da participação da criminalidade foram São Miguel, Pico e Graciosa. Para o PSD estes números confirmam “o sentimento de insegurança” dos açorianos, “agravado pela insuficiência dos meios humanos e operacionais” das forças de segurança regionais. Os socialdemocratas lembram que a recente audição na Comissão de Política Geral da Assembleia Legislativa Regional dos comandantes regionais da PSP e da GNR confirmou esta realidade, e entendem por isso que urge reforçar “a presença e a visibilidade” destas forças, dotando-as de mais meios. Tendo tudo isto em conta, o projecto de resolução agora aprovado determina que a Assembleia Regional marque posição junto da República no sentido de defender o reforço imediato, por parte do Estado, “dos meios operacionais e humanos afectos às forças de segurança na Região Autónoma dos Açores”.
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escola Profissional da Horta é “eco” pelo terceiro ano consecutivo Marla Pinheiro Foto: Maria José Silva g A Escola Profissional da Horta (EPH) içou na tarde da passada semana, pela terceira vez consecutiva, a bandeira verde Eco-escolas, galardão atribuído pela Associação Bandeira Azul da Europa, que certifica a existência de uma educação ambiental coerente e de qualidade nas instituições que a ostentam. Para assinalar mais esta atribuição do galardão a EPH organizou uma aula aberta, da responsabilidade de Gilberto Carreira, do Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores, que abordou o tema da biodiversidade marinha. O Mar foi, de resto, o tema em destaque do programa Eco-escolas durante o presente ano formativo, por isso as actividades desenvolvidas para celebrar a bandeira se relacionaram de
perto com ele. A par desta aula aberta, decorreu uma prova de natação na baía de Porto Pim, bem como uma prova e orientação entre as praias da Conceição e de Porto Pim. Na sessão que antecedeu o hastear da Bandeira Verde, Eduardo Caetano de Sousa, provedor da Santa Casa da Misericórdia da Horta, entidade que
tutela a EPH, lembrou os formadores e formandos responsáveis pela dinamização deste projecto, que começou a ser implementado naquela escola no ano lectivo 2007/2008. Coordenado actualmente pelo Formador Leonardo Ávila, o projecto envolve todos os membros da comunidade escolar, que procuram “consolidar as boas práticas
Dia nacional do Canadá assinalado na Horta
Marla Pinheiro Fotos: Susana Garcia g Assinalou-se no passado dia 1 de Julho, o Dia Nacional do Canadá. Este ano, a ilha do Faial associou-se às comemorações, e logo de manhã foi hasteada a bandeira canadiana em frente à Câmara Municipal da Horta, ao som do hino nacional daquele país. Seguidamente, decorreu no Salão Nobre dos Paços do Concelho uma Sessão Solene para assinalar a data e lembrar as estreitas ligações de amizade entre o Faial e o Canadá. Na ocasião, Humberto Pavão, da Associação de Amizade Açores/Canadá, congratulou-se com a associação do Faial às comemorações do Dia Nacional da Canadá, destacando os laços que unem os Açores àquele país do continente americano, cimentados pela emigração. Nesse sentido, o responsável deixou uma palavra de apreço aos açorianos que vivem e trabalham no Canadá, fazendo daquele país a
sua pátria adoptiva. Também o cônsul honorário do Canadá nos Açores, Peter Stokeef, marcou presença na cerimónia, realçando a amizade entre o seu país e Portugal, na qual a Região tem um destaque especial. Stokeef salientou que cada vez mais os canadianos conhecem os Açores, lembrando que o número de turistas vindos do Canadá com destino às ilhas assiste a um crescimento. Por sua vez, o presidente da Câmara Municipal da Horta lembrou as origens da relação entre a Horta e o Canadá, no século XIX, com o apogeu dos cabos telegráficos, em que o Faial fazia a ligação das comunicações entre a Europa e o conti-
nente americano. João Castro destacou também a vaga emigratória despoletada pelo Vulcão dos Capelinhos, que levou 107 mil pessoas a sair dos Açores durante a década posterior à erupção, metade das quais para o Canadá. O edil congratulou-se com a existência de múltiplas associações no Canadá que trabalham para manter vivas as tradições açorianas entre os emigrantes. João Castro destacou ainda a sua satisfação pelo facto de ter sido possível integrar as comemorações do Dia do Canadá no programa que assinala o 178.º aniversário da elevação da Horta a cidade, que se celebra na próxima segunda-feira, dia 4.
ambientais adquiridas e desenvolver esforços para colmatar algumas lacunas”, para que a EPH possa continuar a içar o galardão a cada ano que passa. De acordo com Eduardo Caetano de Sousa, durante este ano, para além do Mar, foram abordadas as temáticas da água, dos resíduos e da energia, através de uma metodologia inspirada na Agenda 21, que passou pela constituição do conselho Eco-Escolas, uma auditoria ambiental, um plano de acção, monitorização e avaliação, trabalho curricular. Divulgação à comunidade e elaboração de um eco-código. O provedor recordou também as várias visitas de estudo e demais actividades realizadas neste ano lectivo no âmbito do Eco-escolas, destacando a campanha “cidadão eco-solidário”, que tem a finalidade de recolher tampas de plástico para reciclagem que servirão para adquirir equipamentos ortopédicos. “Aliamos as preocupações
ambientais às causas sociais”, referiu, felicitando também um dos formandos do Curso Técnico de Energias, Adelino Nunes, que construiu um esmagador de latas para o refeitório da escola. “Graças ao projecto Eco-escolas as práticas ambientais da instituição melhoraram significativamente”, garantiu, renovando o desafio para o próximo ano. Filipe Menezes, vereador da Câmara Municipal da Horta, entidade parceira da EPH neste projecto, cumprimentou a escola pelo “excelente trabalho desenvolvido na sensibilização ambiental”, e expressou a sua confiança na renovação do galardão daqui a um ano. O autarca garantiu que a Câmara Municipal da Horta dá grande importância a esta área, sendo disso exemplo o facto de que a Horta é o município dos Açores que exporta maior quantidade de resíduos per capita.
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agRaDeCImentO A todos os amigos e conhecidos que acompanharam em presença, palavras, silêncios, telefonemas, telegramas, flores, mensagens, e-mails, missas e orações, a doença, os últimos momentos e cerimónias fúnebres do meu marido, Mário Jorge Botelho de Sousa, bem como aos que apoiaram com o seu alento a dor da família expressamos a nossa gratidão e o nosso reconhecimento, com muito carinho. alzira Silva e família
agRaDeCImentO aO HOSPItal Da HORta À unidade de medicina e à hemato-oncologia, a todos e a cada um, médicas e médicos, enfermeiras e enfermeiros, auxiliares, director clínico e conselho de administração do Hospital da Horta, a família de Mário Jorge Botelho de Sousa manifesta o justo reconhecimento pelo profissionalismo dedicado e pelos cuidados inexcedíveis, e a profunda gratidão pela humanidade do acompanhamento sempre atento ao bem-estar do doente e à assistência à família cuidadora. Bem-hajam! alzira Silva e família
ESPAçO DE PROxIMIDADE A POLíCIA AO SERvIçO DOS CIDADãOS P P O O L L í í C C I I A A D D E E S S E E G G U U R R A A N N ç ç A A P P Ú Ú B B L L I I C C A A
QUEIMADAS com a chegada do Verão, os excedentes produzidos pela auto-gestão anual e cíclica da natureza acumulam-se, potenciando elevados riscos que podem comprometer a segurança de pessoas e bens em caso de incêndio. No sentido de conscienciali-zação/responsabilização do cidadão em particular e da sociedade em geral, a Policia de Segurança Pública, informa/relembra como devem proceder à realização de “Queimadas” - Na Região Autónoma dos Açores é permitida a realização de queimas de reduzida dimensão para eliminação de sobrantes vegetais resultantes de podas de árvores, limpeza de pomares, quintais e jardins desde que sejam tomados os cuidados necessários contra a propagação do fogo e não haja risco de incêndio nem de quaisquer danos em culturas ou bens pertencentes a outrem. A queima de sobrantes é precedida de
mInIStéRIO Da DeFeSa naCIOnal maRInHa
autORIDaDe maRítIma naCIOnal CaPItanIa DO PORtO Da HORta
aVISO Jorge Miguel Zambujal Chícharo, Capitão do Porto da Horta, torna público nos termos do Artigo 92.º do Regulamento Geral das Capitanias, aprovado pelo Decreto-Lei n.º265/72 de 31 de Julho, que Fernando Henrique Silva Ramalho, residente em Calçada da Conceição, nº21, 9900-082 Horta, requereu a demolição da embarcação de Pesca Local denominada “Fernanda”, registada nesta Capitania com o conjunto de identificação H435-L, avaliada no valor de 350 € (trezentos e cinquenta euros), pelo que são por este aviso citados os credores e demais interessados para deduzirem no prazo de quinze dias, oposição ao pedido. Capitania do Porto da Horta, 20 de Junho de 2011 O CaPItãO DO PORtO, Jorge miguel Zambujal Chícharo Capitão-de-Fragata
Segunda publicação na Edição de 8 de Julho do Tribuna das Ilhas n.º474
comunicação obrigatória à corporação de Bombeiros da área, com antecedência mínima de quarenta e oito horas, indicando o local, o dia e a hora da realização da respectiva queima. LEMBRE-SE QUE: A realização de “Queimadas” que não obedeçam aos requisitos supra indicados, constituem contra-ordenação punida com coima de 30 a 170€ Esclarecimentos adicionais deverão ser solicitados à P.S.P. ou corporações de Bombeiros da sua área de residência ou por correio electrónico: cphorta@psp.pt Contactos: Telefone – 292208510 Fax –292208511 Colabore! A Prevenção e Segurança dependem também de si! A P.S.P. DESEJA-LHE UM óPTIMO vERãO.
PROGRAMA INTEGRADO DE POLICIAMENTO DE PROxIMIDADE
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“geração activa- geração de Ideias” define actividade Susana Garcia Fotos: Carlos Pinheiro g A Juventude Socialista dos Açores esteve reunida em congresso no passado fim-de-semana, em São Miguel. Na reunião magna participaram cerca de duzentos delegados que discutiram e votaram a moção de orientação política global “Geração Activa-Geração de Ideias” apresentada por Berto Messias, reeleito líder regional, no passado mês de Maio com 96% dos votos para um terceiro mandato. Foram ainda eleitos os órgãos regionais da JS/Açores: Comissão Regional, Comissão Regional de Jurisdição e Fiscalização e os representantes na Comissão Regional do PS/Açores.
BERTO MESSIAS O líder da JS/Açores apresentou a sua Moção de Orientação Política Global “Geração Activa-Geração de Ideias”aos delegados presentes no x Congresso desta organização política
SESSãO DE ABERTURA DO x CONGRESSO DA JS/AçORES A sessão de abertura teve início na manhã de sábado e foi presidida pelo secretário coordenador de Ilha de São Miguel, André Carvalho, pelo secretário x CONGRESSO DA JS/A Cerca de 200 delegados, reuniram-se em Ponta Delgada para votar e discutir a Moção
coordenador do PS de Ponta Delgada, José San-Bento e pelo secretário coordenador do PS em São Miguel, Vasco Cordeiro, que deixaram uma mensagem de apoio a Berto Messias, elogiando o seu trabalho ao longo destes anos à frente da JS. San-Bento usou o seu tempo de antena para tecer duras críticas ao recémeleito governo coligação PSD/CDS, acusando Passos de Coelho de “diz que disse”. San Bento acusou as políticas do PSD de serem prejudiciais para o país e para os jovens: “com um governo destes o futuro de muitos jovens pode passar pela emigração”. Redireccionando a mira, o socialista afirmou que “o Bloco de Esquerda é um projecto esgotado”, que “está desadequado e vive agora um sentimento de culpa”. Também Vasco Cordeiro se mostrou orgulhoso da JS/Açores, por ser uma “organização de propostas, uma organização de acções”, e elogiou o seu trabalho para o desenvolvimento dos Açores, nomeadamente nas áreas do emprego, energias renováveis e empreendedorismo. Cordeiro alertou os socialistas para a necessidade de estarem atentos às políticas do actual Governo da República e às exigências da Troika, “para que não se destrua a Lei de Finanças Regionais”. APRESENTAçãO E vOTAçãO DA MOçãO A apresentação da Moção de orientação política global “Geração ActivaGeração de Ideias” deu o arranque aos trabalhos agendados para a tarde do
segundo dia do Congresso. Coube a Berto Messias apresentar as linhas de orientação que a JS/Açores vai seguir nos próximos dois anos. Esta Moção assenta em três pontos fundamentais: o reforço do conceito de emancipação jovem, através do combate à precariedade laboral; a criação de políticas que promovam o emprego para os jovens açorianos, com destaque para o empreendedorismo e, por fim, a promoção e facilitação do acesso à habitação. Para além disso, o líder da JS apresenta também outras propostas, que passam pela qualificação profissional dos jovens para vencer os desafios do futuro e pela sua consciencialização e informação como forma de combate a comportamentos de risco. A moção foi aprovada por unanimidade seguindo-se as intervenções de 21 delegados. Neste período, destaque para o apoio entusiasta do Congresso a uma das propostas de Messias, o voto electrónico, como forma de reduzir a abstenção e aumentar a participação política dos jovens. Do Faial, interveio Vera Lacerda, que se despede da JS/Açores. No seu discurso, tendo em conta a conjuntura actual que vive o país, apelou aos jovens “para que se debatam pelos seus direitos, lutem por melhores oportunidades e tenham garra e determinação para levarem os seus ideais adiante”. Para a ex-candidata do PS à Assembleia da República nas últimas legislativas, a “JS afirma-se como o veículo que ouve as ideias dos jovens aço-
rianos”. Lacerda deixou exemplos de medidas aprovadas no Parlamento Regional da responsabilidade da JS e que tiveram “impactos positivos” no dia-a-dia dos jovens, como o Programa Empreende Jovem, o Programa de acesso à habitação e promoção do arrendamento “Famílias com Futuro”, entre outros. Na opinião de Vera Lacerda, “a precariedade laboral é um dos assuntos que a JS deve ter sempre sobre a mesa”. Vera apelou à juventude partidária de que agora se despede no sentido de empreender um combate pela defesa do emprego que tenha no empreendedorismo a primeira arma: “gera-se mais emprego dando oportunidade aos jovens para criarem o seu próprio emprego”, referiu. vERA LACERDA A faialense despede-se da JS/Açores
Outro faialense em destaque no congresso foi o deputado regional Lúcio Rodrigues, que quis felicitar o líder Berto Messias pelo seu trabalho, e deixar uma mensagem aos delegados que agora deixaram a JS, afirmando que “é possível sair da JS e continuar o percurso político e lutar por aquilo em que acreditam”. Lúcio Rodrigues disse ainda que a juventude rosa marca hoje “uma presença fundamental no Parlamento Regional” e felicitou a JS pelo facto de se encontrar revitalizada, pelo número de gente nova presente no Congresso.
apoio a Berto Messias e à JS.
LÚCIO RODRIGUES O deputado elogiou o trabalho que Messias tem realizado à frente da JS/Açores
Também da Ilha Azul Ângela Valadão apresentou a sua despedida da JS, que integrou durante 15 anos. A Jota frisou que “a JS sempre fez e sempre fará tudo para melhor defender os valores da igualdade, liberdade e solidariedade dos jovens das nossas ilhas”. Para Ângela Valadão, a Moção de Messias “reúne um conjunto de propostas e medidas que dão continuidade àquilo que a Juventude Socialista tem feito nos últimos anos que é ajudar, promover e defender a juventude açoriana”. “Hoje deixo de ser ‘jota’ e passo a ser ‘cota’, mas saio feliz, porque levo comigo muitas amizades e porque vejo a sala repleta de jovens ambiciosos e prontos para melhor defender a JS”, terminou.
ÂNGELA vALADãO “Hoje deixo de ser ‘jota’ e passo a ser ‘cota’”, disse
Também do Faial Tiago Branco e Hugo Oliveira deixaram uma palavra de
“MAIS QUE UMA CAIxA-DE-RESSONÂNCIA, ExIGIMOS QUE AS NOSSAS PROPOSTAS POLíTICAS TENHAM TRADUçãO REAL” A sessão de encerramento deste Congresso da JS ficou marcada pelas intervenções do secretário-geral da JS, Pedro Alves, do presidente da JS/A Berto Messias e do presidente do PS/Açores, Carlos César. O primeiro a subir à tribuna foi Pedro Alves, que iniciou a sua intervenção afirmando que a JS/A é “um exemplo a seguir”. Para o secretário-geral da “jota” socialista, “Berto Messias, quer no plano nacional quer no plano regional, tem sido o exemplo, com políticas de juventude bem empenhadas que fazem toda a diferença”. Alves salientou que “os Açores sempre foram uma fonte de inspiração para o resto do país”, utilizando como exemplos Antero de Quental e Teófilo de Braga. “Podemos olhar para o PS/A e para a JS/A e inspirarmo-nos também no trabalho que fazem e nos aspectos em que conseguem ser pioneiros e começar a trilhar um caminho para a melhor realização de objectivos e das propostas que queremos”, referiu. No entender do secretário-geral, a JS deve ser mais que uma organização de protesto: “queremos ser uma organização que efectivamente propõe e faz mudança. Mais do que ser uma caixade-ressonância, queremos que as nossas propostas políticas tenham tradução real, e, mais do que sermos meros espectadores do que se vai passando, acreditamos em realizar, em transformar, em fazer a diferença, que muitas vezes afecta a vida de milhares de jovens”. As mudanças governamentais que colocaram PSD e CDS-PP nos comandos do país não foram esquecidas pela líder da juventude rosa, que garante que a JS não perdeu “o espírito crítico”. “O
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da juventude rosa açoriana
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CâmaRa munICIPal Da HORta eDItal
CARLOS CéSAR Na sessão de encerramento o Presidente do PS/A fez duras críticas às políticas do governo PSD
actual Governo da República faz um mau começo nas políticas de juventude, mais uma vez transformando-as num apêndice da política do desporto quando na verdade o que se exige é uma política de juventude transversal com empenho com determinação”, referiu. Alves acrescenta ainda que não encontra referências ao combate à precariedade no plano do actual governo: “não sabemos como se vai implementar a proibição de estágios não remunerados, não sabemos como vai ser o combate aos recibos verdes…”. A JS/AçORES TEM 5 GRANDES DESAFIOS PARA CUMPRIR Berto Messias mostrou-se satisfeito com o facto da sua moção de orientação política global ter sido aprovada por unanimidade, afirmando que “mais do que uma satisfação pessoal ou de regozijo, é uma enorme responsabilidade tendo em conta os desafios que temos pela frente”. O líder da JS/Açores aproveitou a ocasião para afirmar que esta organização inicia agora um novo ciclo de trabalho e nesta sessão de encerramento anunciou os cinco principais desafios para o futuro. O primeiro é o desafio ideológico, que passa por “afirmar a Esquerda e o Estado Social como um princípio inquestionável da nossa vivência em comunidade e em sociedade”. O líder refere que a JS/Açores tem de estar vigilante, na medida em que “tem de garantir princípios inquestionáveis, como o Estado Social, o acesso à educação gra-
tuita, o acesso ao serviço de saúde”. O segundo desafio passa por uma autonomia responsável e ao serviço das pessoas. Para Messias é necessário que possam ser os açorianos a decidir o que querem fazer com os recursos que têm. “A JS defenderá junto do PS e do Governo Regional uma agenda compensatória que consiga ajudar os jovens açorianos a ultrapassar as dificuldades que aí vêm”, referiu. Emprego jovem é outro dos desafios da JS/A, através de um Plano Regional de Emprego. Para Berto Messias o maior dos desafios será “conseguir que todos os que estão longe, a estudar, queiram voltar para a Região, integrar o seu mercado de trabalho e aqui constituir família”, disse. Messias entende também que “a JS tem de afirmar a participação e a actividade política como um princípio inquestionável para desenvolvermos mais e melhor a nossa terra”. Para isso pretende adaptar à Região os conselhos municipais de juventude, através da inclusão de orçamentos participativos, e implementar medidas de voluntariado. A finalizar os desafios da JS/A para os próximos anos estão as eleições de 2012. Para Messias, é fundamental que o PS vença, pois só assim é possível garantir a continuidade das ideias e das políticas da JS. Isso, segundo o líder, só é possível “estando com os jovens, ouvindo-os, estando no terreno, dando-lhes voz”. No entender de Messias, “a JS/A tem de ser verdadeiramente a voz dos jovens junto do PS”.
CARLOS CéSAR TECE DURAS CRíTICAS à GOvERNAçãO LARANJA A terminar o ciclo esteve o presidente do PS/Açores que, num discurso calmo e pausado, não deixou de tecer duras críticas às políticas do actual Governo da República e à líder regional do partido laranja nos Açores. Carlos César iniciou o seu discurso referindo-se à actual situação política e financeira do país. Para César, “o partido tem muitos desafios difíceis pela frente”. Na reunião magna da JS/A o líder rosa falou das políticas criadas pelo seu Governo de apoio aos jovens, direccionadas ao emprego e aos estágios. Referiuse às políticas de juventude salientando que em período de dificuldades económicas "é preciso fazer o máximo para criar e proteger empregos ajudar famílias e dar força às empresas". O presidente do PS/Açores considerou que a líder dos sociais-democratas açorianos é um exemplo “a não seguir", dizendo que “em 1996 deixou a Região com uma mão à frente e outra atrás". Carlos César lembrou que Berta Cabal exerceu o cargo de secretária regional das Finanças e, mesmo sem crise internacional, "deixou a Região na banca rota". César foi ainda mais longe ao afirmar que a líder do PSD/Açores não é exemplo a seguir também enquanto líder da Câmara Municipal de Ponta Delgada, "onde aumentou quatro ou cinco vezes a dívida, onde não paga convenientemente a fornecedores e onde não faz um único investimento reprodutivo gerador de emprego".
JOãO FeRnanDO BRum De aZeVeDO e CaStRO, PReSIDente Da CâmaRa munICIPal Da HORta: TORNA PÚBLICO, que nos termos do artigo n.º 74 do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, na redacção que lhe foi conferida pelo Decreto-Lei n.º 26/2010, de 30 de Março, é emitido o alvará de licenciamento de loteamento n.º 4/2011, resultando do processo n.º 03/11/2006, em nome de marlaine João da Cruz Cristiano e Pereira, portadora do bilhete de identidade n.º 11710917 e número de contribuinte 207415315, que titula a aprovação da operação de loteamento e respectivas obras de urbanização que incidem sobre o prédio sito na Rua do Pasteleiro, da freguesia das angústias, descrito na Conservatória do Registo Predial da Horta sob o número 00615/070391 e inscrito na matriz predial urbana sob o artigo 1312 da respectiva freguesia. O loteamento e os projectos de obras de urbanização, aprovados, respectivamente, por deliberação camarária de 17 de Setembro de 2009 e por despacho de 12 de Setembro de 2009, respeitam o disposto no Plano Director Municipal e apresentam as seguintes características: Quadro Geral do Prédio Inicial: áRea DO PRéDIO a lOteaR 6199 m²
áRea tOtal De COnStRuçãO 1847 m²
VOlume tOtal Da COnStRuçãO 5542 m²
QuaDRO DOS PaRâmetROS lOte a lOte: lOte áRea 1 2500 2 716 3 848 4 1179
uSO Hab./serviço Habitação Habitação Habitação
a.I.1 750.1 286.2 339.3 471.6
a.C.2 750,1 286,2 339,3 471,6
n.P.3 nPaCS4 nPaCS5 CéRCea6 FOgOS7 2 2 0 6 1 2 2 0 6 1 2 2 0 6 1 2 2 0 6 1
COnDICIOnamentOS Da aPROVaçãO: lote 1 2 3 4
a.l.e. 8 3m 3m 3m 3m
a.l.D.9 3m 3m 3m 3m
a.F.10 10,95m 15m 15m matéma
a.t.11 3m 3m 3m 3m
a tratando-se de uma edificação existente a preservar, mantém o afastamento à frente do lote actual.
1 Área máxima de implantação 2 Área máxima de construção 3 Número máximo de pisos 4 Número máximo de pisos acima da cota da soleira 5 Numero máximo de pisos abaixo da cota da soleira 6 cércea máxima 7 Número máximo de fogos por lote, ou fracção 8 Afastamento lateral esquerdo mínimo 9 Afastamento lateral direito mínimo 10 Afastamento da edificação à frente do lote 11 Afastamento a Tardoz 12 Afastamento do Edifício B (o Lote 1 prevê 2 edifícios – A e B) 13 Idem 14 Idem
Poderão ser construídos anexos ou garagens para além do polígono de implantação desde que: - Só tenham um piso; - Seja garantida a área máxima de implantação e construção do lote; - O afastamento mínimo às extremas do lote seja de 0,5 m para garantir o estilício; - Não possua janelas nos alçados a distância inferior a 3 m às extremas; São cedidos à Câmara Municipal, para integração no domínio municipal 956 m2, de terreno destinados à construção de infraestruturas urbanísticas, dos quais, 413 m2 são para passeio (com 1,60 m de largura na totalidade dos lotes) e parque de estacionamento (com 2,50 m de largura na totalidade dos lotes) e espaços verdes e equipamentos com 543 m2. Para conclusão das obras de urbanização foi fixado o prazo de 6 meses, terminando a 02/01/2012. Dado e passado para que sirva de titulo ao requerente e para todos os efeitos prescritos no Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, na redacção que lhe foi conferida pela Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro. Registado na Câmara Municipal da Horta, pasta 1 em 01 de Julho de 2011.
x CONGRESSO DA JS/AçORES Na sessão de encerramento para além dos delegados tiveram também presentes membros do PS /Açores
O PRESIDENTE DA CÂMARA, (João Fernando Brum de azevedo e Castro)
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António Pedro Costa Correio dos Açores
A opção foi, esta sem surpresas pois trata-se de uma opção de classe, diminuir o rendimento do trabalho com a criação de um imposto adicional equivalente a 50% do subsídio de Natal e a antecipação dos reajustamentos do IVA já para este semestre. A opção poderia ter sido a tributação do capital onde facilmente se encontrariam os supostos 2 mil milhões de euros necessários para cumprir o valor do défice no final de 2011.
Anibal Pires A União
Tribuna das Ilhas
estagnação!
CitAções
Agora é a doer, diz o nosso povo e com razão, a avaliar pelas medidas que o novo governo está a presentear-nos. Não deixa de ser curioso que o governo tenha passado na Assembleia sem que houvesse necessidade de votação do Programa do Governo e isto porque nenhum Partido com assento Parlamentar apresentou uma proposta de rejeição. A primeira medida anunciada teve a ver com o imposto especial sobre o subsídio do Natal! Só esperamos, em contrapartida, que a redução da despesa do Estado seja anunciada quanto antes para que os portugueses possam aceitar tal cruel decisão. Os gastos de cada um dos membros do governo e de cada um dos serviços da administração pública, quer seja central, regional ou local, têm que servir de exemplo no dia a dia, cortando na despesa que os economistas chamam de “gordura”, pois só assim, se poderá acreditar neste governo de Passos coelho. O gesto do Primeiro-Ministro na sua primeira intervenção no Parlamento veio mostrar que não quer criar falsas ilusões aos portugueses, pois esse tempo já passou e o país precisa de verdade e transparência. contudo, aquela medida foi de um realismo violento, na ânsia de cumprir a toda a força a meta do défice de 5,9%, conforme o compromisso assinado com a troika.
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OPINIãO
O8 DE JULHO DE 2O11
E
Fernando Guerra
m economia, o indicador mais importante é o da população, sendo que o seu número entra, duma forma global, em linha de conta dos investimentos que podem e devem ser feitos numa dada zona geográfica. Ao nível do investimento público, se uma população está a crescer, é necessário providenciar mais meios públicos para manter ou aumentar o nível de bem-estar dessa população, por exemplo através do incentivo à construção de creches ou escolas, ou através de mais meios para a 3.ª idade, se da análise etária se verificar serem necessários. Estes, e muitos outros requisitos detectados, vêm determinar políticas futuras de investimento, com a criação de mais emprego público ou, pelo contrário, caso a população decresça, não ser tão necessário gastar dinheiros públicos. Ao nível privado, isto é, na perspectiva empresarial, as viabilidades económicas e financeiras fazem-se analisando a população como potenciais consumidores, pelo que quanto maior for a sua
população alvo mais empresas aparecerão para satisfazer as necessidades de consumo; estamos, assim, a falar de investimento e de criação de emprego. Será fácil perceber que estas variáveis funcionam no mesmo sentido, isto é, se a população cresce, há mais investimento público e mais investimento privado, e consequentemente, uma economia mais empregadora, mais sólida e sustentável. Com a publicação dos dados dos Censos de 2011, há desde logo conclusões a tirar para os gestores públicos e privados da ilha do Faial, e a primeira grande meta é analisar as variáveis de crescimento e a média de crescimento. A população portuguesa cresceu 1,9% em 10 anos, os Açores 1,8% e o Faial, podemos afirmar que ficou no ZERO! Assim, a primeira grande conclusão é que o país e os Açores tiveram crescimentos positivos e semelhantes, que no espaço de uma década, duma forma geral, conseguiu-se criar condições para que a população se sentisse atraída para ficar e crescer e que o Faial, no mesmo período, ficou no mesmo patamar, isto é, está estagnado ao nível
populacional. Obviamente que os dados agora publicados requerem um nível de estudo mais aprofundado em várias vertentes, mas duma forma superficial, se analisarmos a década passada, verificamos que o que mais influenciou a população faialense foi o processo de reconstrução do sismo de 98, que veio dotar a ilha de um parque habitacional de qualidade, aumentando o nível de bem-estar da população, pelo que estou convicto de que tenha sido um dos factores que impediu um decréscimo populacional da ilha. Outra conclusão menos positiva refere-se à zona de maior proximidade da ilha, as ilhas que compõem o Triângulo têm um decréscimo populacional, o que é muito preocupante a diversos níveis. Perante este cenário, perante este macro indicador em economia que é a população e as suas tendências, há que tomar medidas e acções. Há que perceber que o investimento da reconstrução assume a dupla característica de investimento público / gasto público, isto é, o movimento financeiro que gerou emprego e bem-estar familiar
durante uma década é efémero. Assim, os decisores públicos locais e regionais devem colocar novos desafios ao Faial para a próxima década, para que haja não só a manutenção do emprego mas também para que se gere novas oportunidades de riqueza para novos empregos da nova economia. Só com estes indicadores vindos da parte pública (de que a economia está muito dependente), com estímulos muito claros, os empresários se sentirão seguros e confiantes para investirem numa ilha cuja população estagnou. Mas assusta ver candidatos a cargos públicos a defenderem que, por exemplo, o melhor para o Faial é a estação rádio naval ir para São Miguel, assistir à ausência da intervenção de defesa por parte da edilidade quando do mingar do processo de reordenamento do porto da Horta, e poderia dar muitos mais exemplos. Em suma, para sair desta estagnação há que lutar por novos e velhos projectos e há que ter protagonistas que pensem por si, leia-se pelo Faial. frgvg@hotmail.com
ConHeCer o CAnCro
Cancro e vírus: a propósito do 30.º aniversário da descoberta da SIDa Gonçalo Ferraz
H
arald zur Hausen, um dos mais destacados virologistas do nosso tempo e prémio Nobel em 2008 pela sua investigação sobre o vírus do papiloma humano (HPV na sigla inglesa), estimou que, provavelmente, mais de 20% de todos os cancros são causados por agentes infecciosos. O séc. XX foi abundante em descobertas de agentes biológicos causadores de cancro (para além dos vírus, existem agentes de natureza bacteriana e de natureza parasitária, os quais serão abordados num próximo artigo). Na última revisão sobre a matéria, em 2009, a “International Agency for Research on Cancer” refere a existência de 7 tipos de vírus actualmente considerados cancerígenos para o ser humano. Em primeiro lugar temos o EBV (sigla do inglês Epstein-Barr Virus), assim designado por ter sido descrito pela primeira vez, em 1964, por Michael A. Epstein, em co-autoria com Bert G. Achong (1928-1996) e Yvonne Barr. É causador de um tipo específico de cancro ao nível da nasofaringe e ao nível do estômago, bem como do linfoma de Burkitt. Este último foi descrito pelo inglês Denis P. Burkitt (1911-1993) em crianças afri-
canas e foi a partir de amostras destes linfomas que Epstein e colaboradores isolaram o EBV, considerado o primeiro vírus oncogénico para o homem a ser descoberto. Em segundo e terceiro lugar temos os vírus da hepatite B e C (na sigla inglesa, HBV e HCV). A infecção crónica por estes vírus leva a que uma proporção dos infectados desenvolva o chamado carcinoma hepato-celular. Na já referida revisão de 2009, passou a existir critérios suficientes para associar igualmente a infecção por HCV ao desenvolvimento de um determinado tipo de linfoma não Hodgkin. Em quarto lugar temos o KSHV (Kaposi Sarcoma Herpesvirus). Este epónimo justifica-se porque foi precisamente o dermatologista Moritz Kaposi (1837-1902) o primeiro a descrever as manifestações cutâneas de um tumor que, à data, designou por “sarcoma múltiplo pigmentado idiopático”, mais tarde denominado Sarcoma de Kaposi. Moritz empregou o termo “idiopático” por desconhecer a causa do tumor, algo que só em 1994 viu a luz do dia, com as investigações do casal Yuan Chang e Patrick Moore. Para além do Sarcoma de Kaposi, o KSHV está também implicado na origem do linfoma primário de cavidade, um sub-tipo bastante raro de linfoma não Hodgkin, bem como na forma multicêntrica da Doença de Castleman. Para quem se lembra, as lesões que surgiram na pele da testa do personagem Andrew Beckett, magistralmente interpretado por Tom Hanks
no filme Philadelphia, correspondiam a uma das formas do Sarcoma de Kaposi, ligada essencialmente a situações de imunodepressão (ver adiante sobre o HIV). Em quinto lugar temos o HPV, extensamente estudado pelo já referido Nobelizado Harald zur Hausen. Dos mais de 100 tipos de HPV conhecidos, interessa-nos aqui referir somente aqueles que apresentam um especial tropismo para as mucosas (daí a designação de mucoso-trópicos), os quais se dividem em HPV de baixo risco, raramente implicados no cancro, e HPV de alto risco. Estes últimos são na sua maioria considerados cancerígenos, nomeadamente os tipos 16 (o mais oncogénico de todos os HPV’s), 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58 e 59, levando ao aparecimento de cancro do colo do útero (cancro cervical), da vulva, da vagina, do ânus e do pénis. O HPV 16 é, só por si, também causa de cancro da cavidade oral, incluindo faringe e amígdala. Em sexto lugar temos o HTLV-1 (Human T-cell lymphotropic virus, type 1), pertencente a um grupo de vírus igualmente oncogénicos, mas para os animais, como o STLV-1 (simian T-cell leukaemia virus type 1) e o BLV (bovine leukaemia virus). A infecção por este vírus é particularmente prevalente nas regiões japonesas de Kyushu e Okinawa, onde foram realizados os primeiros estudos que conduziram à sua identificação. Nos humanos, o HTLV-1 é causador de leucemia/linfoma de células T-adultas.
Finalmente temos o HIV-1 (Human immunodeficiency virus, type 1), agente causal da SIDA, reportada pela primeira vez nos EUA em Junho de 1981, há precisamente 30 anos (o vírus só viria a ser isolado mais tarde, em 1983). O HIV, ao contrário dos vírus anteriormente referidos, leva ao desenvolvimento de cancro através de um mecanismo indirecto de imunodepressão, criando igualmente condições favoráveis à infecção por outros vírus oncogénicos, sobretudo o KSHV. É este fenómeno que está na origem do aumento da incidência de cancros como o Sarcoma de Kaposi, alguns linfomas de Hodgkin e não Hodgkin, carcinoma do colo do útero, do ânus e da conjuntiva, em pessoas infectadas com o HIV-1. O que torna promissora e, de certo modo, gratificante, a investigação nesta área é a possibilidade de, a partir do conhecimento da história natural da doença e da maneira como o agente actua no organismo se poder chegar a formas de prevenção relativamente eficazes, como o desenvolvimento de vacinas (algo já existente para prevenir a infecção e/ou a proliferação dos vírus do cancro do colo do útero e do cancro do fígado) ou de tratamentos mais selectivos. Isto não só reduziria a incidência de determinados cancros como também o aparecimento de outras patologias não oncológicas frequentemente associadas à infecção por estes agentes. 28-06-2011
desPorto
Tribuna das Ilhas O novo pavilhão desportivo de Castelo Branco, inaugurado terça-feira à noite, é, acima de tudo, “a concretização de um sonho”, no entender de Luís Botelho, presidente da Junta de Freguesia. Classificado como a maior obra de administração directa de uma junta de freguesia nos últimos anos, o pavilhão custou 600 mil euros.
O8 DE JULHO DE 2O11
Polidesportivo de Castelo Branco é “a concretização de um sonho”
Maria José Silva Foto: Susana Garcia g Foi com uma citação de Fernando Pessoa que Luís Botelho deu o arranque à cerimónia de inauguração novo do Pavilhão Desportivo de Castelo Branco: “Deus quer, o homem sonha e a obra nasce”. O pavilhão desportivo de Castelo Branco custou 600 mil euros, sendo que 400 mil foram suportados pela Câmara Municipal da Horta e 200 mil pelo Governo Regional. Comporta, para além do campo de jogos, uma sala multiusos, uma sala para desportos de combate e tem ainda capacidade para se transformar num centro de estágio. A cerimónia realizou-se terça-feira e
contou, para além dos discursos habituais, com a realização de um jogo de voleibol, demonstrações de karaté, futsal e dança. Com o pavilhão cheio de albicastrenses, Luís Botelho, presidente da Junta de Freguesia, destacou na sua intervenção, o
HortA-veLAs-HortA/rtP
esforço feito por várias entidades e empresas para que o Pavilhão se tornasse realidade: “este é um marco histórico para a freguesia e para a ilha. Com o pavilhão criamos condições para que toda a gente possa ter um acesso digno à actividade
desportiva e não só”. O presidente da Junta salientou também que, apesar de todos os percalços, atrasos e críticas, “este pavilhão será de todos os clubes que o saibam aproveitar.” O presidente da Câmara Municipal da
regAtA de botes bALeeiros
Ilha da Ventura e Soraya “Capelinhos” vence protagonistas da regata regata Cais-Velas-Cais g Integrada na XXIV Semana Cultural das Velas e organizada pelo Clube Naval das Velas de São Jorge realizou-se nos dias 2 e 3 de Julho a regata de botes baleeiros Cais-VelasCais. Esta regata foi disputada em duas etapas, Cais do Pico/Velas de São Jorge e Velas de São Jorge/Cais do
g Foram 17 os veleiros que participaram na já tradicional Horta-Velas-Horta, regata off-shore do calendário de Vela de Cruzeiro do Clube Naval da Horta, Horta/Velas/Horta - RTP Açores. Esta prova, integrada na XXIV Semana Cultural das Velas e organizada pelo Clube Naval da Horta e RTP Açores com a colaboração da Câmara Municipal das Velas, Clube Naval das Velas e APTO, S.A, disputa-se em duas etapas, ligando estas duas ilhas do Grupo Central do arquipélago. Dos iates participantes, de acordo com a organização, dezfazem parte da frota local, um deles era das Velas e seis de bandeira estrangeira.
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Na Classe Cruzeiro A o primeiro classificado foi o “Ilha da Ventura”, de Carlos Garcia, já experiente nestas andanças de mar. Em segundo lugar ficou o “Generation A” com Luís Serpa ao leme. Na terceira posição ficou o “No Stress” de António Oliveira. O “Soraya” de Frederico Rodrigues foi o primeiro classificado na Classe Cruzeiro B. Ainda nesta classe, em segundo lugar ficou o “Remédio Santo” de Pedro Porteiro. e n a terceira posição, o “Aunis V” com Alain Chapoutot. Já nos ORC, a vitória foi para Luís Paulo Morais no seu “Bóreas”. Em segundo ficou o “Xcape”, de Luís Quintino e em terceiro “Rift”, de Carlos Moniz.
Pico. No final a vitória pertenceu ao bote Capelinhos, do Capelo, com o oficial Luis Decq Mota. Em segundo lugar ficou o Senhora do Socorro, do Salão, com o oficial Pedro Garcia, e em terceiro lugar ficou o Senhora da Guia, da freguesia da Feteira, com José Freitas aos comandos.
Regional de xadrez g O Clube Naval da Horta foi representado por trÊs jogadores, Rui Campos (campeão de ilha), António Sousa e Domenico Bettani, no Campeonato Regional de Xadrez. Sendo um apuramento de nível elevado, o Clube Naval da Horta conseguiu colocar Rui Campos (3º
lugar) na final Regional, que se disputará em São Miguel a 15 de Julho e onde estarão presentes os oito melhores xadrezistas dos Açores. No apuramento António Sousa também disputava o acesso à final na última jornada, obtendo o 6º lugar. Doménico Bettani ficou em 14ª.
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Horta, uma das entidades patrocinadoras do novo Pavilhão, destacou o facto desta ter sido uma obra de administração directa, salientando que deverá servir de exemplo para as outras juntas de freguesia. “Este polidesportivo incrementa em muito a oferta infraestrutural para a prática desportiva no Faial e vem colmatar uma lacuna em termos de parque desportivo local” – adiantou João Castro. A secretária regional da Educação e Formação, por sua vez, destacou a dedicação e empenho dos órgãos de freguesia de Castelo Branco, salientando que o momento de inauguração de um pavilhão desportivo como o que foi construído nesta freguesia é “ a prova de capacidade de concretização de projectos para o bem comum como sinal positivo da capacidade de entendimento e de junção de forças de todas as partes. Do Governo, das autarquias, dos clubes, das associações, dos atletas, dos dirigentes desportivos.” Cláudia Cardoso adiantou também que o Governo Regional não está “em condições de iniciar a construção, aqui no Faial, do estádio Mário Lino”, porque “há coisas mas importantes para fazer porque reo-
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oPinião
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Tribuna das Ilhas
lições do debate sobre o sector do leite no Parlamento europeu Maria Patrão Neves
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s últimos dez dias, no Parlamento Europeu, foram de grande intensidade no que se refere à discussão sobre o sector do leite e, muito em particular, sobre as quotas leiteiras. Primeiramente, o debate surgiu no contexto do relatório sobre a Política Agrícola Comum rumo a 2020, votado em sessão plenária, no passado dia 23 de Junho. Podia explicar como apresentei uma proposta sobre o leite, quando não havia nenhuma, como depois duas propostas chegaram à votação na comis-
são, tendo a minha recebido 22 votos a favor e 22 contra, e a socialista um pouco menos, como propus aos colegas portugueses socialistas fazer um único texto que foi a votação no plenário e chumbou, como tanto eu como os colegas socialistas tentámos que os respectivos grupos políticos apresentassem também uma proposta menos comprometedora e que ambas vieram a passar. Mas não é isto que importa. O que importa mesmo foi a oposição e mesmo pressões que enfrentámos no esforço de tentar reapreciar a questão das quotas leiteiras e a dificuldade com que conseguimos que o sector do leite fosse referido no contexto da PAC. Em segundo lugar, a questão surgiu no contexto do relatório sobre o “Pacote do Leite”, votado na Comissão da Agricultura, e que ainda
será sujeito a escrutínio do plenário. Também aqui podia explicar como apresentei 33 propostas, como as negociei para integrarem os compromissos e como só uma foi chumbada, exactamente aquela relativa à reapreciação das quotas leiteiras…Mas, mais uma vez, o que importa sublinhar é se tornou impossível reabrir o debate sobre as quotas e que só a custo lá se foi sugerindo uma avaliação futura do sector. Vale a pena ir para além daquela notícia que ganha destaque na comunicação social pela abordagem sensacionalista que propõe, devido aos grandes méritos do seu protagonista e/ou das grandes malvadezas dos seus oponentes, em por vezes apenas mais uma rábula quixotesca. É importante tirar lições objectivas do presente e realistas
para o futuro de modo a informar os mais directos afectados pelas decisões tomadas para o sector do leite para que, numa relação de verdade, tantas vezes ultrapassada pelo populismo demagógico, se permita e incentive à preparação do futuro cada vez mais próximo. E creio que há algumas lições a tirar destes últimos dias no Parlamento Europeu. A primeira é a de que Portugal está cada vez mais isolado na luta pela manutenção das quotas leiteiras para além do seu termo anunciado, a 1 de Abril de 2015. Só os portugueses apresentaram propostas sobre as quotas e perderam a sua votação. A segunda, decorrente da anterior, é a da total improbabilidade que haja recuo na decisão tomada uma vez que nem o reabrir do debate é permitido.
DeSCIDa à CalDeIRa
DR
Parque Natural do Faial
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trilho pedestre, designado por Descida à Caldeira integra-se na Reserva Natural da Caldeira do Faial do Parque Natural do Faial. Se o pedestrianista procura um local onde explorar e observar toda a copiosa exuberância da Laurissilva húmida, encontra, nesta caldeira, um dos melhores locais dos Açores. Numa descida de cerca 400 m, de duração de 3h30m, de dificuldade médio/alta, encontramos a vegetação que cobria a ilha antes do seu povoamento, sendo seguro dizer que, em termos botânicos, caminha-se num local parado no tempo e onde a presença do homem pouco se fez sentir. O início do trilho deverá fazer-se a partir do miradouro da Caldeira, e é sempre realizado na presença de um Guia credenciado pelo Parque Natural do Faial, e mediante marcação prévia na Casa do Parque. No princípio do percurso obtém-se uma vista sobre toda a área deste vulcão com aproximadamente 330 ha. Em termos geológicos a caldeira formou-se por explosão e abatimento, cujo último evento terá ocorrido há cerca de 1 200 anos. Realça-se o domo do Altar de composição traquítica, que é possível observar na vertente esquerda e um pequeno cone vulcânico, com cerca de 40 metros de altura, instalado praticamente no centro. Se observarmos atentamente este cone, pode-se ver como o mesmo se assemelha à forma da ilha do Faial. Para além da importância geomorfológica deste local, a Caldeira apresenta elevado valor ecológico e florístico. À medida que se inicia a descida, podemos apreciar a riquíssima variedade de vegetação com-
A terceira lição é a de que todos os deputados portugueses estão empenhados em continuar a defender as quotas leiteiras, em todas as oportunidades que se deparem e de todas as formas possíveis. A quarta é a de uma imperiosa clara distinção entre a persistência ou mesmo obstinação na defesa das quotas leiteiras, na convicção de que seria do melhor interesse do sector, e a esperança de revisão da decisão tomada para o seu desmantelamento, a qual não é hoje razoável. Continua-se a lutar pelas quotas para ganhar capital de queixa e para, por desgaste, tentar obter algo de compensatório. Mas a esperança do sector está, de facto, na capacidade deste se preparar para o período pós-quotas. 1.07.2011
Carta aberta ao meu país adoptivo Kitty Bale*
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posta por formações de ericáceas de altura e densidade moderada, e espécies como a uvada- serra (Vaccinium cylindraceum) ou queiró (Daboecia azorica), entre outras. Ao longo deste trilho, poderá apreciar-se, igualmente, a vegetação dos prados alpinos composta na maioria por briófitos, associados a plantas vasculares como a Cardamine caldeirarum ou o braceldo-mato (Festuca jubata). Na realidade, poderá encontrarse cerca de 50 espécies botânicas endémicas dos Açores (65% dos endemismos açorianos) o que torna esta Reserva Natural
como uma das mais ricas da Europa. Esta riquíssima variedade de vegetação é responsável pela existência de outra riqueza patente neste local – a avifauna. Se o pedestrianista parar, por uns instantes, e apreciar os sons que a natureza lhe oferece, irá identificar o chilrear das estrelinhas (Regulus regulus inermis), dos tentilhões (Fringilla coelebs morelleti) ou das alvéolas (Motacilla cinérea patriciae), entre outras espécies. No fundo da caldeira, praticamente plano, existe uma lagoa com regime intermitente. Associada à lagoa
poderá encontrar-se diversas espécies de aves aquáticas como a galinhola (Scolopax rusticola). Neste local, existe uma zona de turfeira, essencialmente alimentada pela água das chuvas com vegetação perene dominada pelas espécies Sphagnum spp., e Juncus effusus. Por fim, goze da paz e tranquilidade oferecida por esta magnífica cratera “gigante”. Por forma, a minimizar o impacto ambiental, o trilho de regresso é efectuado pelo mesmo caminho da descida. 28 de Junho de 2011
uanto mais mergulhas neste miserabilismo pegajoso, pior. Até parece que as tuas gentes gostam deste estado de espírito derrotista - se queixar-se fosse uma modalidade desportiva, já teriam todos um armário cheio de medalhas de ouro. Quer no café, quer no trabalho, quer em casa, diz-se, com descontentamento, que tu Portugal estás à deriva! Tendo em conta a tua história rica, o teu património cultural honrado e a tua língua - a sexta mais falada do mundo custa-me acreditar nisso, até porque tens a fama de possuir esta característica tão rara como invulgar: o desenrascanço. Então, porque é que muitas das tuas gentes andam agora cabisbaixas? Por exemplo, sabias que nas Comunidades, ser português ainda é uma fonte de orgulho? Pois, os teus emigrantes orgulham-se das suas raízes e andam a promover-te e a divulgarte amigo, para que os seus colegas de lá nos países de acolhimento possam vir a te conhecer pessoalmente. E não estou apenas a falar de férias mas de negócios também! Sabe bem este amor à pátria, sabe bem este carinho, sabe bem esta empatia com a tua situação actual, não achas? Por cá nos Açores, também há quem encare esta "crise" de forma criativa, como uma oportunidade para dinamizar a economia. Podes não ter dinheiro na conta, mas tens recursos que ainda não estão a ser aproveitados. Às vezes, é só preciso uma mudança de perspectiva. Em Espanha, têm este petisco chamado "cecina", que é presunto de vaca. Alguns fabricantes espanhóis já estão a vir buscar a sua matéria prima - tipicamente carcaças entre 7 e 11 anos aos Açores. Vai daí, algumas cabeças pensadoras do Faial e de São Miguel decidiram criar uma empresa para fabricar o produto acabado cá na região. Assim as mais-valias ficam no arquipélago. Esse é um exemplo concreto - entre outros - do que a necessidade é realmente a mãe de todas as invenções portanto não há razão nenhuma de ficares abatido, querido Portugal. Nas dificuldades existem sempre oportunidades, vês? Porque é que não dizes às tuas gentes para pararem de ter medo, para manterem os seus olhos abertos, para largarem o Facebook e aquela obsessão de verem e serem vistos, para apagarem a televisão e para falarem uns com os outros? Com comunicação é que nos entendemos, mas com tanto barulho de fundo, às vezes já nem se consegue pensar! Não tenho sombra de dúvida que podes e vais superar este mau bocado querido Portugal, porque já passaste por tanto, sempre conseguiste e és mesmo desenrascado! Vá lá, ergue a cabeça, sorri e vai em frente! Gosto muito de ti. Um forte abraço. *Jornalista (quazorean@gmail.com)
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PubLiCidAde
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Tribuna das Ilhas
HistÓriAs dAs fLores
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Uma Noite de Reis na Freguesia da Fajãzinha - Ilha das Flores», é um dos melhores trabalhos que conhecemos do escritor faialense Ernesto Rebello, quer literariamente, quer como história tradicional brilhantemente imaginada na ilha das Flores, constante do «ARQUIVO DOS AÇORES», Volume VII, pp. 159-175, (1). Para facilitar o seu conhecimento generalizado aos leitores, designadamente dos florentinos, vamos sintetizar os principais temas do texto, actualizando o português dos respectivos excertos, uma vez que o mesmo está escrito no português arcaico do século XIX. Meio verdadeiro e meio fictício, trata-se de uma excelente trabalho imaginado e romanceado pelo autor. Ernesto de Lacerda de Lavallière Rebello, nasceu em Lisboa a 26-4-1842 e morreu na Horta em 15-11-1890. Era filho de Francisco Peixoto de Lacerda Costa, advogado, natural do Faial, e de Maria Elisa Nunes de Lavallière, natural da Guiana Francesa. É considerado um dos mais distintos escritores faialenses, quer em prosas, quer em poemas, tendo deixado o seu nome a várias instituições de cultura, nomeadamente ao Grémio Literário Artista Faialense, ao Grémio Literário Micaelense e ao Grémio Literário de Angra do Heroísmo. Deixou vasta obra literária, em livros, jornais e notas açorianas diversas (2). Deste modo, é com base naquele trabalho que procurarei sintetizar aquele texto, dado o interesse que o mesmo tem para os florentinos. Não por se tratar de factos históricos integralmente verdadeiros, mas de factos habilmente imaginados pelo autor que, efectivamente, se poderiam ter passado naquele tempo na ilha das Flores. Assim, tentarei não desvirtuar o realismo excelentemente é imaginativo que o autor deu ao texto da deslocação da filarmónica de Santa Cruz das Flores à freguesia da Fajã Grande. Ernesto Rebello começou por descrever o cuidado que os músicos da filarmónica da vila de Santa Cruz das Flores tiveram em limpar os metais e os
uma nOIte De ReIS na FaJãZInHa, De eRneStO ReBellO (1878) (I) FOTO DA JOvIAL - HORTA (DE JÚLIO vITORINO).
pistões do respectivo instrumental. Refere que o acontecimento se terá verificado aí por volta de 1878, logo, segundo os meus cálculos, na vigência da “Filarmónica Amizade” que terá sido fundada em 1875 (3). E, embora os músicos fossem apenas 12, de vinte a vinte e cinco primaveras, a preparação da sua saída para a Fajã Grande, onde a filarmónica ia exibir-se nas Festas dos Reis, revestiu-se de grande e importante azáfama, com a junção das cavalgaduras que os iam transportar, e, sobretudo, com a aglomeração de pessoas que quiseram estar presentes à sua saída: namoradas, familiares e pequenada que os acompanharam pelas ruas da vila. Depois das despedidas das «formosas» florentinas, «os velhos desdenhando» […] «gabavam muito o seu tempo», enquanto que os novos que «não podiam acompanhar» os músicos «os olhavam invejosos» e «em que as meninas choravam nas adufas» das janelas, os cães ladravam a todo aquele burburinho (4). Ao atravessarem a vila, ouviam-se «as risadas dos alegres excursionistas, os adeuses das namoradas, a vozearia dos gaiatos, os latidos dos cães e os sorrisos dos velhos relembrando-se do seu tempo e das suas turbulentas africanadas». Para os sítios em que a filarmónica seguia, no interior dos matos da ilha, o caminho era em parte de estrada mas, como haviam saído já tarde, previa-se que só com grandes diligências poderiam chegar ao seu destino antes da noite fechada. Refere o autor que «os matos da ilha das Flores são formosíssimos, o tempo estava sereno, verdejantes colinas e algumas planícies, de prazenteiro aspecto, apesar da estação invernosa, tornavam muito aprazíveis aqueles sítios, com sete caldeiras, mais ou
vista parcial da vila Santa Cruz das Flores, em 1950, que se julga não ter estrutura muito diferente, relativamente à do tempo de Ernesto Rebello. O navio “Carvalho Araújo”, ligava a ilha com Lisboa
menos profundas, dispersas aqui e além […] extasiavam a vista com o seu encantador aspecto». Todavia, «naquela breve tarde de Janeiro, o Sol começou a declinar-se no horizonte, com algumas nuvens nocturnas, negras e ameaçadores que surgiram por detrás das mais altas serras […] a fazer murmurar os arbustos do mato, ou tirar gemidos dos arvoredos». Os grossos pingos de água vinham manchar a nitidez, pelo que os burros cruzavam as orelhas e seguiam mais vagarosos (5). A noite desceu rápida e tenebrosa e os músicos seguiam calados embrulhando-se como podiam nos casacos e virando para baixo as abas dos chapéus de feltro para a água não lhes entrar no pescoço. « — Isto vai tornando-se sério — gri-
tou entre as sombras um tocador de contrabaixo — o instrumento já me apanhou uma amolgadela e tem bebido água que nem um funil, é capaz de não querer toar». «— Cala-te, toleirão — respondeu o do rufo — eu cá botei o meu casaco por cima da pele desta caixa […]». O do bombo soltando uma forte risada, exclamou: «— Imaginem vocês se as nossas meninas da Vila nos vissem neste belo estado, que lágrimas não chorariam…» O mau tempo crescia sempre, e a ventania nem os deixava seguir. Fizeram alto e reuniram, numa espécie de conselho de guerra, para decidirem o melhor partido a tomar. (Continua) Coordenação de José Arlindo Armas Trigueiro
Rebello, Ernesto, “Uma Noite de Reis na Freguesia da Fajãzinha”, “Arquivo dos Açores”, (1885), pp. 159-175, republicado em 1982 pelo Universidade dos Açores - Ponta Delgada. (2) Arruda, Luís M., biografia na “Enciclopédia Açoriana”, centro de conhecimento dos Açores, Internet. (3) Gomes, Francisco António Nunes Pimentel, “A Ilha das Flores: da redescoberta à actualidade”, 2003, p. 487, ed. da câmara Municipal das Lajes das Flores; Rebello, Ernesto, “Uma Noite de Reis na Freguesia da Fajãzinha”, “Arquivo dos Açores”, (1885), pp. 159 e 160, republicado em 1982 pelo Universidade dos Açores - Ponta Delgada. (4) Rebello, Ernesto, “Uma Noite de Reis na Freguesia da Fajãzinha”, “Arquivo dos Açores”, (1885), p. 161, republicado em 1982 pelo Universidade dos Açores - Ponta Delgada. (5) Rebello, Ernesto, “Uma Noite de Reis na Freguesia da Fajãzinha”, “Arquivo dos Açores”, (1885), p. 162, republicado em 1982 pelo Universidade dos Açores -Ponta Delgada. (1)
JS – geRaçãO aCtIVa – geRaçãO De IDeIaS
A
Berto Messias
JS/Açores está preparada para os desafios dos próximos anos. Serão desafios a vários níveis. Temos a enorme responsabilidade de responder aos problemas da juventude açoriana com medidas concretas e seremos um pilar fundamental da vitória do PS nas próximas eleições regionais. Começa agora uma nova fase de combate político perante novas exigências que a JS, enquanto agente político activo, tem obrigação de estar atenta e de encontrar, a todo o momento, as melhores soluções.
Depois do X Congresso Regional da JS a preocupação primeira da JS, comum a todos os militantes, é clara: o emprego jovem. Esta é uma das condições essenciais para outro objectivo central da acção política da JS/Açores, que passa por criar as condições para uma emancipação estável dos jovens açorianos. Neste momento crítico para o país, e naturalmente para os Açores, a criação e manutenção do emprego assume uma especial relevância, tendo em conta as garantias sociais e individuais que esta condição dá ao seu detentor. Um emprego permite a estruturação financeira e social de uma vida. Em suma, garante um projecto de vida com perspectivas de longo prazo, em suma, a tal emancipação jovem. É para isso que a JS/Açores vai direccionar os seus esforços nos pró-
ximos tempos. É para isso que tem trabalhado nos últimos anos, com efeitos já visíveis e importantes na vida de milhares de açorianos. E é justo referir que o sucesso das medidas da JS se deve ao facto de termos no Governo um interlocutor privilegiado que está atento e receptivo a propostas que melhorem a vida dos jovens da Região. Há, porém, uma filosofia de actuação que tem norteado a acção da JS e que deve continuar, as nossas propostas tem de nascer de fora para dentro, têm de resultar de um trabalho de auscultação dos jovens e das suas estruturas representativas, que depois se traduzam em propostas legislativas e medidas concretas. Foi assim com o regime de concessão de bolsas para apoio aos estudos pós-secundários; com o programa Empreendedorismo nas Escolas, que
permite que as crianças e adolescentes açorianos possam frequentar aulas sobre esta temática; com o Programa Empreende Jovem de apoio a jovens empresários; com o Programa de acesso à habitação e de promoção do arrendamento “Famílias com Futuro” ou com o novo regime de controlo de recibos verdes na Região, que terá uma importância vital no combate às situações abusivas de jovens que prestam serviço neste regime. Em bom rigor, a vida de milhares de jovens melhorou em consequência directa destas medidas. Mas não estamos satisfeitos. Longe disso, até porque a vida vai mudar, drasticamente, nos próximos tempos. É, também, por isso que a JS apresentou um novo regime de optimização dos serviços de emprego que obriga os serviços de emprego a responder aos jovens desempregados até 50 dias, que está
em sede de comissão parlamentar, antes de ser aprovado na Assembleia. Temos um caminho de credibilidade e de propostas concretas que pretendemos continuar a fazer. Porque não basta criticar e diagnosticar problemas. Isso é fácil. Difícil é conseguir resolvê-los e amenizá-los na vida dos açorianos e é para isso que temos a obrigação de estar disponíveis. Isso só será possível, com grande proximidade, não virando as costas aos jovens por tentações de seguidismo partidário. A JS tem a obrigação de, no seu projecto político, consagrar as respostas aos problemas da juventude açoriana. Isto tem de ser muito claro, a JS não pode ser a porta-voz do PS junto dos jovens, tem de ser, sobretudo, a portavoz dos jovens junto do Partido Socialista.
informAção
Tribuna das Ilhas
O8 DE JULHO DE 2O11
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l No passado dia 28 de Junho, faleceu com 45 anos de idade Noélia Maria Rodrigues da Silva Andrade, natural e residente na freguesia de castelo Branco. A extinta deixa de luto o seu marido Luís Manuel da Rosa Andrade, suas duas filhas Débora Andrade, casada com Emanuel Ferreira Silva e Ana Andrade, casada com Nuno Silva e os seus pais, Mário Faria da Silva e Lucilia Silva. Noélia Andrade deixa ainda duas netas: A Luana Silva e a Eliana Silva. l com 81 anos de idade faleceu no Hospital da Horta José Silveira da Silva, natural e residente na freguesia dos cedros. Era viúvo de Filomena Peres e pai de Leontina da Silveira, casada com Fernando Silveira, de José Fernando Silva, casado com Maria Albertina, de Olívia Luís, casada com Manuel Rogério Luís, de Liduína Pinheiro, casada com Sérgio Pinheiro, de Fátima Pereira, casada com Rui Pereira e de Lurdes Rosa, casada com Luís Rosa. O extinto deixa ainda 16 netos e oito bisnetos. l Das Velas de São Jorge, de onde era natural e residente, faleceu no passado dia 3 de Julho com 53 anos de idade, António Manuel da Silveira coquette. Deixa de luto sua esposa Rosa coquette e seu filho Eldon coquette.
AMANHã E DOMINGO 21H30Filme “Sem Identidade” no Teatro Faialense - Hortaludus DOMINGO 17H30- Filme - “Rio” no Teatro Faialense - Hortaludus EvENTOS DE 1 A 29 DE JULHO DE 2011 Férias Fixes - Horta J 2011 em todas as freguesias do concelho da Horta. Organização das Juntas de Freguesia e cMH DE 7 A 15 DE JULHO 2011 Das 10H00 às 12H00 - Workshop de HipHop - Praça do Infante - Horta J 2011. Organização da cMH HOJE FESTAS POPULARES SANTA CASA DA MISERICóRDIA DA HORTA No da Pátio da Santa casa 16H00 – Abertura Oficial 16H15 - Karaoke com José Dutra 17H30 - Actuação de Dança contemporânea "Universos Antagónicos" pelo clube Pró Ritmo da Escola Profissional da Horta 19H00 - Actuação das Marchas de São João: Freguesia da Feteira, São Vicente do Pico e Santa casa da Misericórdia da Horta 21H00 - Actuação do Grupo de chamarritas do 4.ºG António José Ávila; chamarritas (com instrumentos de corda) 22H00 - Baile com o conjunto "Onda Jovem" 00H30 - Sorteio de Rifas 02H00 - Encerramento Organização da Santa casa cMH 4º FESTIvAL DE BANDAS FILARMóNICAS "ARTISTA FAIALENSE"
FORAM ELEITOS
ROTARACT CLUB DA HORTA Foram eleitos para o biénio 2011/2012 os novos órgãos sociais do Rotaract club da Horta que ficou composto pelos seguintes elementos: CONSELHO DIRECTOR Presidente – Hugo Miguel da Silva Oliveira Vice-Presidente – Vitor Mourinho Secretário – Joana Fontoura Protocolo Maria José Silva Tesoureiro – catarina Duarte AvENIDAS DE SERvIçOS 2011/2012 Serviços internos – Ana Mesquita Serviços Profissionais – carlos Viveiros Serviços à comunidade – Steff Vargas Serviços Internacionais – Hugo Rombeiro
HOJE 21H00 - Sociedade Filarmónica Artista Faialense 21H45 - Sociedade. Filarmónica Nova Artista Flamenguense 22H30 - Sociedade. Filarmónica Recreio dos Artistas - Graciosa 23H15 - Filarmónica Liberdade do cais do Pico 00H00 - chamarritas e DJ 09 DE JULHO 11H00 - Desfile pela cidade 21H00 - Sociedade. Filarmónica União Faialense 21H45 - Sociedade. Filarmónica União e Progresso Madalense - Pico 22H30 - Sociedade. Filarmónica Recreio dos Pastores - Pico 23H15 - Banda Distrital do Funchal Madeira 00H00 - Mc Horta G e DJ No Largo Padre Silvestre Machado – conceição. Organização da Filarmónica
DIRECTOR: cristiano Bem EDITOR: Fernando Melo CHEFE DE REDACçãO: Maria José Silva REDACçãO: Susana Garcia e Marla Pinheiro FOTOGRAFIA: carlos Pinheiro
PUNKADA FEST 2011 HOJE 22H00 - Desbunda + 1, Boss Ac, Poeta Urbano e Silver Star, DJ Double Gee
COLABORADORES PERMANENTES:Costa Pereira, Fernando Faria, Frederico Cardigos, José Trigueiros, Mário Frayão, Armando Amaral, victor Dores, Alzira Silva, Paulo Oliveira, Ruben Simas, Fernando Guerra, Raul Marques, Genuíno Madruga, Berto Messias COLABORADORES EvENTUAIS: Machado Oliveira, Francisco César, Cláudio Almeida, Paulo Mendes, zuraida Soares, Gonçalo Forjaz, Roberto Faria, Santos Madruga, Lucas da Silva
EMERGêNCIAS -FAIAL i h p o ~ m i i
Número Nacional de Socorro 112 Bombeiros Voluntários Faialenses 292 200 850 PSP - 292 208 510 Polícia Marítima 292 208 015 Telemóvel: 912 354 130 Protecção civil - 295401400/01 Linha de Saúde Pública 808211311 centro de Saúde da Horta 292 207 200 Hospital da Horta 292 201 000 TRANSPORTES - FAIAL
jSATA - 292 202 310 - 292 292 290 Loja jTAP (aeroporto) - 292 943 481 v Associação de Taxistas da Ilha do Faial 292 391 300/ 500 oTransmaçor - 292 200 380 METEOROLOGIA
AMANHã caim, Punkada e os Dj's FBO e Diogo Vieira Quinta de São Lourenço: uma produção da Azores Waves com o apoio da Direcção Regional da Juventude, cMH, ccIH e Antena 9 DOMINGO SãO JOãO PEQUENINO 11h30 – Missa campal 13h00 - churrasco 15h00 - chamarritas No Parque Florestal do cabouco. Organização da Junta de Freguesia do Salão MANHãS EM MOvIMENTO DOMINGO Das 10H00 às 12H00 - Aérobica e Latinas Nível 2 na Praia de Porto Pim. Organização do Bar da Praia de Porto Pim e Professora carla Sequeira DIA 13 DE JUNHO - QUARTA-FEIRA comemorações dos 178 anos da Elevação da Horta de Vila a cidade Programa Náutico - Largada da 2.ª etapa da regata Les Sables/ Horta (Porto da Horta) Organização da cMH com as parcerias do Governo dos Açores, S.R. Agricultura e Florestas, Açores-canadá Assoc. Amizade, APTO, cNH, J.F. Angústias, J.F. castelo Branco, AAIF, G. cantares Ilha Azul, Alma de coimbra, corpo em Movimento, Insulândia, Raízes na Terra 21H30 - "À Quarta O Palco é Seu" com Sónia Rosa, Vanessa Mendonça, Miguel Dinisio e Grupo de Dança na Praça do Infante. Organização da cMH FICHA
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HOJE E AMANHã Farmácia Lecoq 292 200 054 DE 10 A 18 DE JULHO Farmácia correa 292 292 968
Artista Faialense com o apoio da cMH HOJE 21H30 - Alma de coimbra no Teatro Faialense no âmbito das comemorações dos 178 anos da Elevação da Horta de Vila a cidade. Organização das cMH e Hortaludus
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GRUPO CENTRAL HOJE Períodos de céu muito nublado com boas abertas. Vento do quadrante oeste bonançoso a moderado (10/30 km/h). Mar de pequena vaga. Ondas noroeste de 1 a 2 metros. AMANHã Períodos de céu muito nublado com abertas. Aguaceiros fracos. Vento oeste bonançoso a moderado (10/30 km/h). Mar de pequena vaga. Ondas noroeste de 1 a 2 metros. DOMINGO Períodos de céu muito nublado com abertas. Vento oeste bonançoso a moderado (10/30km/h).
TéCNICA
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SExTA-FEIRA 4 08 DE ABRIL DE 2O11
Faial recebe VI Regata Internacional de Botes Baleeiros A Regata Internacional de Botes Baleeiros é uma prova que ultrapassa os meandros da competição e permite estreitar laços de amizade entre duas cidades irmãs: Horta e New Bedford. Maria José Silva Fotos: Carlos Pinheiro g A baía da Horta vestiu-se de velas e palamentas baleeiras durante esta semana, em que decorreu a VI Regata Internacional de Botes Baleeiros. Numa organização do Clube Naval da Horta em conjunto com a Azorean Maritime Heritage Society, esta regata junta nas mesmas águas gentes com antepassados na baleação açoriana. TOM ALvES - AzOREAN MARITIME HERITAGE SOCIETy A Regata Internacional de Botes Baleeiros é uma prova que ultrapassa os meandros da competição e que permite estreitar laços de amizade entre duas cidades irmãs (Horta e New Bedford), bem como da sua comunidade emigrante radicada naquela paragem, sentimento que é partilhado por Tom Alves, que este ano lidera a comitiva americana de 45 pessoas que veio até ao Faial e ao Pico. A Regata Internacional de Botes Baleeiros é actualmente um dos marcos
mais significativos da geminação existente entre as cidades da Horta e New Bedford, e na qual a Câmara Municipal da Horta tem liderado o processo desde a sua criação. Apesar de se tratar de uma competição desportiva, a Regata Internacional de Botes Baleeiros envolve várias entidades de índole cultural, sobretudo museus, quer em New Bedford, quer no Faial e Pico. A regata do ano passado, realizada na cidade americana de New Bedford contou com a particularidade de ter associada a inauguração de uma ala açoriana no Museu da Baleação em New Badford com uma exposição permanente alusiva à Baleação Açoriana, uma “oportunidade de deixar um legado histórico às gerações mais recentes, e onde foi transmitida a importância da época da baleação, no contexto do desenvolvimento comercial e cultural” – frisa Tom Alves. Para além do programa social que lhes mostrou a ilha, a comitiva foi recebida pelo presidente da Câmara Municipal da Horta que lhes proporcionou uma breve “aula” de história sobre a Horta nomeadamente sobre a sua elevação de Vila a Cidade, cujo 178º aniversário agora se comemora e sobre influência da família Dabney na economia faialense na altura da baleação. “Os americanos ensinaram os açorianos a pescar e nós adaptámos essa pesca á nossa realidade”, explicou João Castro, referindo-se ao elo que desde essa altura ligou os dois continentes e que ao longo de três gerações de Dabneys colocou a Horta à altura de tudo o que se passava no Mundo. Tom, defende que esta “janela” de
união tem de manter-se aberta para que estes laços não se percam, destacando ainda a importância destas comitivas na divulgação do Faial e do Pico, principalmente numa nova vertente que se começa agora a impor, que é o Turismo Cultural, e que é, na sua opinião, o que vale a pena explorar para perpetuar os Açores no tempo. Alves explica ainda que através do Museu Baleeiro de New Bedford (New Bedford Whaling Museum) foi possível muitos residentes nos Estados Unidos perceberem a importância que os açorianos tiveram na formação daquela comunidade. Tom Alves, em conversa com o TRIBUNA DAS ILHAS, refere que, neste momento, em New Bedford, estão a encetar esforços para captar as camadas mais jovens: “estamos empenhados em trazer jovens para o nosso clube, para que possam perpetuar esta regata e assegurar que todo o nosso esforço não se perde”.