FSC estreia-se com um empate na Série Açores de futebol PÁGINA 11
Tribuna das Ilhas
DIRectoR: mANUel cRIStIANo bem 4 NÚmeRo: 485
23.Setembro.2o11
1 euro
SolIDARIeDADe SocIAl
De 23 A 25 De SetembRo
PatrImónIo e PaIsagem urbana do faIal em jornadas euroPeIas
Foto/DR
SAi àS SextAS-FeirAS
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Instituições solidárias juntam sinergias em centro de recursos
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Em DEsTAquE
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EDITORIAL
LiStA teLeFóniCA g Há algum tempo tratámos aqui de um caso que, parecendo simples à primeira vista, era causador de arrelias a muita gente que nesta ilha possui telefone fixo, utilizado normalmente para conversas mais prolongadas, sem custos no âmbito dos “conjuntos” dos diversos serviços prestados pela PT através da sua rede nacional. E esse caso dizia respeito às falhas e omissões de números de assinantes verificadas nas últimas edições das listas telefónicas dos Açores, publicadas e distribuídas pela empresa responsável desse tipo de comunicações no arquipélago. Efectivamente, é uma contrariedade e um aborrecimento para um utilizador da rede de telefones fixos abrir a lista regional que lhe foi entregue e não encontrar o nome e número da pessoa com quem quer comunicar, sabendo que tal pessoa continua a ter telefone, que vinha mencionado em listas anteriores e de cujo registo não foi pedida anulação. Depois, qual é a solução do problema? Pedir às “informações”( 118 ) o número pretendido? Mas isso tem uma taxa cobrada na conta mensal do cliente … E será justo e minimamente aceitável que tenha de se pagar uma taxa de “informação” por um serviço que é apenas resultado de uma falha da empresa ao não exigir a elaboração correcta da publicação feita para fornecer aos assinantes todos os números contactáveis em toda a rede telefónica regional e nacional? Mais uma vez temos de concluir que estamos num país em que os poderosos – neste caso as grandes empresas de telecomunicações – cometem erros que prejudicam os utilizadores do serviço e que ainda acabam por beneficiar das faltas de que são responsáveis com a tal taxa de informação ao cliente, recebida ao fim do mês. Mas a nova edição da lista telefónica dos Açores – a que não faltam omissões de nomes e números de assinantes, como aliás se detectou nas anteriores – tem ainda outra particularidade própria da ausência de bom senso dos seus organizadores e editores. É que, com esse novo formato de lista de menor dimensão, talvez para poupar papel ou compensar outros gastos em inutilidades, estamos certos de que os idosos deste país, mesmo com óculos, terão dificuldades em decifrar os nomes e os números de telefone dos parentes ou amigos com quem pretendem falar. É mais um critério disparatado a marcar a nova edição da lista telefónica dos Açores, que para muita gente servirá apenas para pôr no lixo. E se os responsáveis por estes problemas tivessem um mínimo de respeito pelos utentes do serviço telefónico nos Açores, não cobravam nem um cêntimo pelas “informações” (118) que lhes prestassem devido a lapsos ou erros de critério cometidos. Isso, porém, só poderia acontecer noutro país… que neste “não há volta a dar-lhe”…
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Jornadas europeias do Património 2011
AbeRtURA à comUNIDADe orlando Rosa destacou o interesse da população em torno do seu património
maria José Silva Fotos: Susana Garcia g O Concelho da Horta é um dos cerca de 500 entidades públicas e privadas distribuídas por 146 concelhos/localidades, incluindo as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, a aderir e organizar eventos no âmbito das Jornadas Europeias do Património. Estas jornadas englobam 590 actividades – cerca de 73 exposições, 70 conferências, 67 ateliers e workshops educativos, 65 espectáculos, 15 concursos de fotografia e 10 lançamentos de livros e 250 visitas guiadas e percursos orientados. A contabilidade é feita pelo Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR) que, a 23, 24 e 25 de Setembro promove as Jornadas Europeias do Património Nos Açores, segundo o programa divulgado recentemente, a iniciativa vai contemplar 31 eventos, repartidos por oito das nove ilhas. Trata-se de uma iniciativa anual do Conselho da Europa e da União Europeia, que envolve cerca de 50 países e que visa a sensibilização dos cidadãos europeus para a importância
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da salvaguarda do Património, elaborando-se, anualmente, um programa de actividades a nível nacional acessível gratuitamente ao público. Este ano as jornadas definem a sua programação em torno do tema: “Património e Paisagem Urbana”. Segundo a organização “pretende-se sensibilizar os cidadãos para a necessidade de proteger e valorizar as características da paisagem nas cidades, vilas e aglomerados urbanos, entendida no seu sentido mais amplo. O património e a paisagem urbana são indissociáveis, a partir do momento em que a ideia de paisagem urbana é abrangente e reflecte todos os valores sociais, naturais, culturais, urbanísticos, arquitectónicos e arqueológicos que aí se encontram”. “O património e a paisagem urbana, nas suas múltiplas manifestações, documentando a história e o desenvolvimento da sociedade, contribuem, decisivamente, para a diferenciação de identidades. As cidades, vilas e aglomerados urbanos são recursos únicos que têm de ser protegidos e valorizados, apesar dos problemas que lhes são inerentes por serem organismos em constante transformação, como a desertificação dos centros his-
tóricos e tradicionais e a tendência para a sua descaracterização”. No Faial, a Câmara Municipal da Horta e as empresas municipais Urbhorta e Hortaludus organizam diversas iniciativas. A 23 de Setembro, pelas 10H00, no Banco de Exposições (antigas instalações do Banco de Portugal), será organizado um peddy –paper denominado de “Vamos descobrir o património da Horta” destinado ao público escolar (2º e 3º ciclo), mas igualmente aberto às populações em geral. Neste mesmo dia, no Teatro Faialense, às 20H30, terá lugar a Conferência “Arquitectura baleeira da cidade da Horta” pelo arquitecto Delfim Marques. No dia 24, as mesmas entidades municipais disponibilizam ao longo do dia, no Quiosque de Turismo, localizado no Largo do Infante, o “Horta sobre rodas”, um percurso patrimonial através das “Hortabikes” e à noite, pelas 21H30, no jardim Eduardo Bulcão apresentam “Badaladas com História”, uma projecção de fotografias antigas da cidade da Horta sobre a Torre do Relógio. “A CMH associou-se a este programa europeu uma vez que importa dar
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destaque à afectividade entre as pessoas e os espaços que os aglomerados urbanos conseguem proporcionar, numa lógica também de combater um problema comum aos aglomerados, falo da descaracterização desses mesmos aglomerados” – sublinhou João Castro, presidente da autarquia faialense, a quando a apresentação pública do programa das Jornadas na Horta. A desertificação do centro histórico é outro dos problemas que urge combater indicado por João Castro, que afirmou “é preciso despertar para aquele que é o valor de estar, conviver e viver junto do património”. A Urbhorta lançou, a propósito das jornadas, um repto à população apelando à partilha de fotografias sobre o nosso património. Orlando Rosa, presidente do Conselho de Administração da empresa municipal classificou de interessante a adesão da população a este repto. “São essas fotografias de cariz histórico que, juntamente com outras da actualidade, farão parte da projecção do dia 24. Foi interessante constatar que existe por parte da população a consciência de que é preciso preservar o património da cidade” – frisou.
[DEScE]
mUltI-ARteS
DeSAbAmeNtoS
g Novamente o Observatório do Mar dos Açores (OMA), com
g Também aqui, nas nossas ilhas, se dão desabamentos,
sede no chamado centro do Mar (antiga Fábrica da Baleia), promoveu o concurso multi-artes, designado por Porto PimTADO, que teve a colaboração do Governo. Trata-se de um evento em que os concorrentes se deparam com motivos de inspiração na própria área, dado que a Baía e Praia de Porto Pim estão situadas numa das mais pitorescas zonas da cidade da Horta. Nesta secção costumamos louvar as iniciativas de valor que por cá acontecem. E esta é uma delas, que se repete, a merecer o nosso vivo aplauso.
em alguns casos nas falésias da beira-mar. Foi o problema recente de um pescador que na costa norte do Faial, apanhado por uma dessas quedas de materiais, teve de ser libertado pelos Bombeiros e, de seguida, hospitalizado. como é evidente, trata-se de um acidente de que ninguém tem culpas nem mesmo a vítima. No entanto, por um lado, todo o cuidado é necessário por parte dos pescadores, e por outro lado, estaria indicada uma inspecção, por quem de direito, a toda a costa da ilha, com vista à segurança.
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LOcAL
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Dia Mundial do Turismo celebra-se a 27 de Setembro O Dia Mundial do Turismo celebra-se no próximo dia 27 de Setembro. Numa iniciativa da Associação Regional de Turismo o dia vai ser comemorado com vários eventos, subordinados ao tema “Unindo Culturas”. Neste dia, tanto os turistas que visitarem o Grupo Central e Ocidental, como a população local terão a oportunidade de realizar várias acções, no interior e exterior dos Quiosques de Turismo ART, desde degustação de produtos gastronómicos, aluguer gratuito de bicicletas, artesãos a trabalhar ao vivo nos Quiosques, entre outras actividades de animação turística disponíveis gratuitamente. Para o Faial, de acordo com a ART, no dia 25 de Setembro vai haver golfe rústico no Campo do Salto Furado.
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BAncO DE PORTugAL REcEBE
[aconteceu]
Centro de recursos de Apoio à emergência Social do Faial maria José Silva Fotos: Susana Garcia g O Faial é a segunda ilha do Arquipélago a possuir um Centro de Recursos de Apoio à Emergência Social, fruto de uma parceria estabelecida entre a Câmara Municipal da Horta e o Instituto para o Desenvolvimento Social dos Açores. O contrato de comodato, assinado na manhã de quarta-feira estabelece a cedência de um espaço no Centro de Cultura e Exposições da Horta (Banco de Portugal) que envolverá diversas instituições de cariz social da ilha. O Instituto para o Desenvolvimento Social dos Açores, que resulta da fusão do Instituto de Gestão de Regimes da Segurança Social com o Instituto de Acção Social, gere os regimes de segurança social na região. Paula Ramos, presidente do Instituto para o Desenvolvimento Social dos Açores referiu que o Centro de Recursos de Apoio à Emergência Social do Faial “resulta de uma série de parcerias que o Governo regional tem desenvolvido
com instituições sociais que permitam desenvolver respostas que resolvam situações de emergência social.” “Já existe um centro em São Miguel e a experiência diz-nos que, com a colaboração de todos, sobretudo da comunidade local, é possível resolver inúmeras situações de uma forma mais célere” – adiantou.
João Castro, presidente da autarquia faialense, sublinhou na ocasião que o cenário actual de crise acentuou os casos de injustiças sociais, pelo que “a constituição deste centro deverá responder a necessidades que as pessoas tenham. Trata-se de gerar equilíbrios sociais e de acudir à emergência com eficiência.”
tRANSmAçoR ImobIlIzA ÚNIco bARco RÁPIDo PARA mANUteNção g A empresa de transportes marítimos de passageiros Transmaçor vai imobilizar durante duas semanas, para manutenção, o Expresso do Triângulo, único navio rápido que possui, o que provocará atrasos nas ligações entre o Faial, Pico e S. Jorge. Uma fonte da empresa açoriana revelou que a reparação resulta de algumas avarias mecânicas que a embarcação sofreu nas últimas semanas e que obrigaram a substituições pontuais por um dos outros navios da Transmaçor, mais lentos. Durante o período em que ficará imobilizado, o Expresso do Triângulo será substituído pelo cruzeiro das Ilhas ou pelo cruzeiro do canal, barcos que necessitam do dobro do tempo para realizar as viagens habitualmente asseguradas pela embarcação mais rápida. Esta alteração vai afectar as ligações entre as ilhas do Triângulo (Faial/Pico/S. Jorge), em especial a viagem entre a Horta e as Velas (S. Jorge), que passa a demorar mais de duas horas.
operação escola Segura 2011 já arrancou
coNtINeNte APoIA o ReGReSSo àS AUlAS DA cASA Do GAIAto São mIGUel g No passado dia 13 de Setembro a loja continente ofereceu um kit escolar a todas as crianças da casa do Gaiato de São Miguel. O Kit composto por mochila, estojo, lápis, papel, dossiers entre muitas outras coisas, foi recebido com muita alegria por todas as crianças e jovens.
g A PSP Açores leva a cabo, desde segunda-feira, dia 19 de Setembro a operação “Escola Segura II – Inicio do Ano Lectivo 2011/2012”. Trata-se de uma iniciativa que visa garantir a segurança, prevenção da criminalidade e a delinquência no interior e nas imediações dos estabelecimentos de ensino e percursos casa-escola-casa dos alunos, professores, pais e auxiliares de educação. No âmbito desta operação, serão desenvolvidas junto da comunidade educativa, actividades informativas de sensibilização para a adopção de procedimentos preventivos e de auto-protecção. Serão também realizadas acções de fiscalização específica, tal como a segurança no transporte colectivo de crianças, factores de risco rodoviário e
DeSemPReGo AUmeNtoU NoS AçoReS 30 PoR ceNto g O desemprego aumentou 30,1% nos Açores em Agosto em relação ao mesmo mês do ano passado. É o maior aumento do desemprego registado nos últimos dados revelados pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional. A par deste aumento do desemprego, também aumentou o número de inscritos nos centros de Emprego. Os Açores e a Madeira foram as únicas regiões do país onde se registaram aumentos, quer do desemprego quer dos inscritos nos centros de Emprego. A nível nacional o Número de inscritos caiu 3% em Agosto face ao período homólogo mas sobe 1,8% face a Julho.
ainda o auxílio à fluidez de tráfego. Por outro lado, vão ser feitas acções de sensibilização e formação junto das escolas, em parceria com os conselhos exe-
cutivos. Tal como no ano anterior, a PSP espera que a operação, este ano, tenha uma adesão e aceitação muito positivas.
[vai acontecer] IV JoRNADAS técNIcAS e FoRmAção NII e NIII De cANyoNING g A Associação Regional de Turismo (ART), em parceria com a Associação de Desportos de Aventura (Desnível), está a organizar as IV Jornadas Técnicas e cursos de canyoning NII e NIII, na ilha das Flores. Este projecto, que decorre de 30 de Setembro a 1 de Outubro está centrado na aprendizagem de canyoning, destina-se aos amantes dos desportos aventura que gostam de natureza e de desfrutar daquilo que ela tem para nos oferecer. O canyoning é uma actividade desportiva e de lazer, onde a emoção e a adrenalina são constantes. Este evento conta com o apoio da câmara Municipal de Santa cruz das Flores, da câmara Municipal das Lajes das Flores, do hotel Ocidental e da empresa Westcanyon. lImPA (A) FUNDo 2011 g No próximo Sábado 24, a partir das 09:00h decorre no porto da Horta mais uma edição do Limp(a) Fundo, em que todos os esforços se concentrarão na recolha e seriação de detritos de um dos mais famosos portos do Mundo. Além da normal participação dos voluntários e de alunos das escolas, este ano marcam também presença arqueólogos marinhos que considerem o valor histórico e cultural de alguns dos materiais recolhidos, assim como uma artista plástica que por sua vez, possa reutilizar alguns dos materiais. Estas actividades promovidas pelo Observatório do Mar dos Açores, decorrem em parceria com diversas entidades. Assinalando o fim-de-semana mundial da limpeza, no âmbito do movimento “clean up the World”, no passado sábado 17 de Setembro, 11 mergulhadores enfrentaram o fresco que assolava a baía de entre-montes para recolherem mais de 30 quilos de lixo. Trata-se de parte do Parque Natural do Faial, e a face subaquática que é mostrada a muitos dos veraneantes que experimentam o mergulho nas nossas águas. O grupo reuniu a equipa de Arqueologia Marinha que tem desenvolvido trabalhos de interesse na baía da Horta, alguns técnicos do Departamento de Oceanografia e Pescas assim como outros voluntários, que por amor ao planeta contribuiram para um oceano mais azul. O clean up the World é uma estrutura que reúne esforços a nível mundial na promoção e limpeza do nosso planeta.
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POLíTIcA
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Situação financeira do DoP preocupa Patrão neves DR
g A eurodeputada do PSD Maria do Céu Patrão Neves esteve na Horta onde reuniu com o Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores. Em cima da mesa, para além de outros assuntos, a “dramática situação financeira que o DOP vive e que ameaça a prossecução do excelente e necessário trabalho que vêm desenvolvendo em prol das pescas num período em que se vai obrigar a que toda a gestão das pescas se fundamente em dados científicos”. No final da reunião a eurodeputada social-democrata disse aos jornalistas que “está actualmente em curso a reforma da Política Comum das Pescas, a entrar em vigor no dia 1 de Janeiro de 2013, sabendo-se já que exigirá dados científicos sólidos, prestados por centros de investigação idóneos, para toda a decisão política acerca da gestão das pescarias. No caso de dúvida sobre a sustentabilidade biológica de alguma espécie, a Comissária ameaça proceder a um corte de 25% na sua possibilidade de captura, no que corresponde a uma radicalização
ímpar do princípio da precaução.” A eurodeputada acrescentou que “os países, as regiões que dispuserem de bons centros de investigação aplicados às pescas, devidamente equipados e com os recursos adequados ao trabalho que lhes é solicitado, tirarão vanta-
gens acrescidas na gestão ambiental, mas também económica e social dos recursos, ao zelarem pela sustentabilidade dos stocks.” A reunião, que decorreu com o Director do DOP, Ricardo Serrão Santos, e com os investigadores, João
Gil Pereira e Gui Meneses, abordou ainda outras questões como sejam: a necessidade de uma argumentação ambiental para protecção do acesso às nossas águas para além das 100 milhas, na defesa da orientação do PSD Açores que tem sido de reivindi-
cação de restrição de pesca nas zonas bio-geograficamente sensíveis “as quais se podem situar mesmo para além das 200 milhas”; as potencialidades da região no que se refere à prática da aquacultura, muito desenvolvida nas Canárias e na Madeira, e sabendo-se que a União Europeia importa cerca de 60% do pescado que consome, “havendo que explorar, por exemplo, espécies raras na Europa como as cracas, ou de valor acrescentado, como o goraz”; a necessidade de alteração do regulamento dos estudospiloto para permitir que se realizem efectivamente e assim se obtenham dados científicos orientadores das pescas, mas sem custos para os armadores, “nomeadamente no que se refere à gata-lixa com um TAC de zero mas hoje abundante no nosso mar.” Esta reunião da eurodeputada Patrão Neves com os investigadores do DOP inseriu-se no âmbito da actualização de informação sobre a situação dos principais stocks dos Açores quando se intensificam os trabalhos no Parlamento Europeu para a reforma da Política Comum de Pescas.
PS inicia ronda por PSD preocupado com segurança no porto do Salão todas as autarquias g Os deputados sociais-democratas do Faial com assento parlamentar visitaram quarta-feira o Porto do Salão. No final da visita, em declarações aos jornalistas, manifestaram“profunda preocupação” com a segurança do acesso ao porto do Salão, na ilha do Faial, recordando que encontram danificados desde o sismo de 1998. “Já passaram 13 anos do sismo, o problema mantém-se e agrava-se de ano para ano”, afirmou o deputado social-democrata Luís Garcia. O parlamentar do PSD/Açores lembrou que, em Julho de 2009, o governo regional referiu que o acesso ao porto “não é seguro para os seus utentes” e que estaria “a desenvolver um estudo, para aferição de solução que permita restabelecer o acesso ao local em causa, com adequados padrões de segurança para os seus utilizadores”. Luís Garcia, acompanhado pelo
dos Açores
deputado Costa Pereira, acrescentou que o executivo revelou na altura que as obras no porto do Salão iriam decorrer “após conclusão do estudo”. O deputado social-democrata salientou que o local “continua a ser muito
utilizado sobretudo como zona balnear” e exigiu que o governo regional explique se pretende efectuar “a intervenção que se exige no porto do Salão para repor a segurança aos seus utentes”.
g O Grupo Parlamentar do PS/Açores vai iniciar, em Outubro, uma ronda de contactos com todas as Câmaras Municipais da Região, com o objectivo de ouvir os autarcas açorianos e perceber as suas preocupações. “Este périplo terá início na primeira semana de Outubro, com uma reunião com a Câmara Municipal de Vila Franca do Campo”, anunciou o líder parlamentar do PS/Açores, Berto Messias, ao adiantar que o Grupo Parlamentar decidiu avançar com esta iniciativa devido à “importância do Poder Local, tendo em conta que é o nível da administração que está mais perto das populações”. “O Poder Local constitui, por regra, o primeiro interlocutor das populações e, pela influência directa que tem nas suas vidas, assume-se como um instrumento fundamental de desenvolvi-
mento e democracia”, realçou. Segundo disse, esta iniciativa da bancada socialista pretende, ainda, ouvir os autarcas açorianos das várias câmaras municipais, numa altura em que já foi anunciada pelo Governo da República a reforma do Poder Local, que deverá ficar concluída até final de 2012. “Tendo em conta as especificidades próprias do Poder Local nos Açores, assim como as competências próprias da Região nesta matéria, importa ouvir o que os autarcas pensam sobre as alterações previstas”, adiantou o Presidente do Grupo Parlamentar. O parlamentar afirmou, ainda, que as autarquias dos Açores têm especificidades próprias de um arquipélago, assim como realidades muito distintas entre si, que resultam da sua dimensão e da própria ilha onde se integram.
“Loja do triângulo é importante na promoção dos produtos regionais” – berta Cabral g A presidente do PSD/Açores, Berta Cabral, defendeu sábado a abertura na região de mais estabelecimentos comerciais de venda de produtos regionais, como a Loja do Triângulo, que visitou no Faial. “Lojas como esta são estímulos à produção dos nossos produtos e, cada vez mais, temos de apostar na produção regional, na potenciação dos nossos recursos,
na autos suficiência alimentar e na diversificação agrícola”, afirmou Berta Cabral, em declarações aos jornalistas no final da visita. Berta Cabral recordou que os Açores possuem uma “extraordinária produção agrícola”, onde é possível encontrar produtos “sãos” do ponto de vista ambiental, atributo que deve ser valorizado e estimulado.
“Fiquei muito satisfeita por saber que a Associação Agrícola do Faial tem novos projectos ao nível da recolha de produtos, uma espécie de central de recolha, porque também sabemos que pode haver muita boa vontade e grande capacidade de produção, mas também é preciso criar uma organização comercial que permita aos produtores ver que o seu trabalho reconhecido”, frisou.
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DIA DA FREguEsIA 2011
Desinvestimento leva ao encerramento da escola da ribeirinha maria José Silva Foto: Susana Garcia g Quarta-feira, dia 21 de Setembro, a Ribeirinha assinalou mais um Dia da Freguesia. A efeméride ficou marcada por uma missa de Acção de Graças pela intenção de todos os ribeirinhenses, no Centro de Culto, seguindo-se o içar das bandeiras, junto do Polivalente, ao início da noite, ao som da Sociedade Filarmónica Recreio Musical Ribeirinhense. Pelo terceiro ano consecutivo o Dia da Freguesia da Ribeirinha realizou-se no Dia de São Mateus, padroeiro da freguesia. Seguiu-se a Sessão Solene, onde coube a Nelson Sousa, presidente da Junta de Freguesia da Ribeirinha, o discurso de abertura. O autarca congratulou-se com mais esta passagem do Dia da Freguesia, e falou de alguns dos desafios que se colocam a uma localidade de pequenas dimensões, como é o caso da Ribeirinha. O autarca pediu mais colaboração e envolvimento da população nas actividades da freguesia, e aproveitou também para fazer um balanço de algumas das obras realizadas no actual mandato, falando ainda daquelas que faltam fazer. “Não nos esquecemos daquilo a que nos propusemos”, garantiu Nelson aos ribeirinhenses que encheram a sala do Polivalente da freguesia. Nelson Sousa considerou ser esta “uma oportunidade de juntar a comunidade as instituições e as autoridades da freguesia em momentos de reflexão dos problemas e anseios de uma freguesia”. Num ano marcado pela presença da crise financeira, que condiciona quer a gestão diária quer o planeamento de projectos futuros, a Ribeirinha procedeu, conforme explicou o seu presidente de junta, à intervenção de qualificação urbanística na Rua da Igreja; construção de muro e alargamento do caminho na canada do arrendamento; melhoramentos no porto e a obras no reservatório da Bencalada.
Para além disso foi criado um trilho pedestre e tentou a freguesia fomentar o ciclismo. O autarca destacou ainda a participação no programa Eco-Freguesia em que a Ribeirinha foi distinguida como o galardão de freguesia limpa. Pela negativa Nelson Sousa referiu o encerramento da Escola da Ribeirinha, “resultado do progressivo desinvestimento que levou à diminuição da qualidade da nossa escola e foi levando muitos pais e encarregados de educação a levar os filhos e educandos para outros estabelecimentos.” “Estamos conscientes de que o futuro dificilmente trará circunstâncias favoráveis fala-se inclusivamente em redução do número de Juntas de Freguesia. Estas são os órgãos da Administração Pública que, provavelmente, melhor e mais eficazmente gerem os dinheiros do contribuinte. Sendo a estrutura mais próxima do cidadão, são, também, o “elo mais fraco” e, consequentemente, um alvo fácil, sobre o qual muitos já erguem a espada neste dealbar dos cortes na despesa pública. É nosso dever encarar o futuro com garra, tal como os nossos pais e avós, que enfrentaram tempos bem piores, e continuar a lutar por esta terra e por esta gente” – acrescentou ainda o presidente da Junta. HomeNAGeNS Como é apanágio nestas ocasiões as homenagens também fizeram parte da ordem do dia, como forma de “enaltecer as pessoas ou instituições que nos notabilizaram, que foram e são fonte de maisvalias para todos nós, que marcaram e marcam a nossa vivência; aqueles que continuam a acreditar e a labutar diariamente para que as nossas crianças e jovens sejam melhores pessoas e, sendoo, serão melhores cidadãos e a Ribeirinha será certamente um lugar cada vez melhor.” Assim sendo, foram homenageados os antigos Faroleiros do Farol da Ribeirinha, na pessoa de António Medeiros e
José Gomes e o Agrupamento 973 da Ribeirinha que conta, actualmente com 24 elementos. PRoJectoS FUtURoS O presidente da Junta de Freguesia da Ribeirinha apresentou ainda aos presentes os projectos do executivo. Assim sendo, e atendendo a que é a única freguesia deste concelho que não tem uma zona balnear electrificada, pretende a Junta proceder à electrificação do porto boca ribeira. A criação de um Núcleo Museológico do Farol é outra das pretensões de Nelson Sousa que afirmou aguardar a cedência de terreno da Região Autónoma para avançar com projecto. Os ribeirinhenses vão ainda continuar na defesa da construção de um bairro de habitação social a custos controlados, previsto na proposta de Plano de Pormenor. A recuperação do Farol da Ribeirinha, é outro dos objectivos da freguesia que gostava de ver o espaço
transformado num Centro Interpretação Sismológica.
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A DIVeRSIFIcAção AGRícolA e A PRoDUção De PRóteAS À semelhança do ano passado entendeu o executivo da freguesia organizar uma palestra versando temas pertinentes da actualidade. Depois de no ano passado ter sido João Melo, director do Parque Natural do Faial, a abordar a importância da Ribeirinha precisamente no seio desse Parque Natural, este ano os oradores convidados foram António Ávila, da Associação de Agricultores da Ilha do Faial e Pedro Medeiros, coordenador do sector da floricultura e do grupo de produtores de próteas que, este ano já exportaram para a Holanda mais de 117 mil pés de flores. eNtIDADeS UNIDAS Jorge Costa Pereira, presidente da Assembleia Municipal da Horta, reiterou no seu discurso a importância e urgência
em mobilizar a freguesia no sentido de preservar a memória do farol. Costa Pereira afirmou mesmo que “é com tristeza e frustração que acompanho a lenta e continuada degradação do farol, marco histórico da ilha. Os tempos não são propícios a intervenções de grande envergadura, mas haja vontade e imaginação das várias instituições locais, concelhias e regionais para que não caia na memória o Farol da Ribeirinha e para que possamos mesmos inserir a Ribeirinha na rota turística daqueles que nos visitam”. Coube a João Castro o discurso de encerramento das comemorações. O Presidente da CMH fez alusão ao “tempo e dificuldade” que vivemos mas, com olhar optimismo no futuro disse ainda serem “tempos de oportunidade”. “Hoje necessitamos de pessoas de coragem que se assumam no exercício das suas funções, prontas para tomar decisões e para assumir responsabilidades politicas que credibilizem o exercício da cidadania activa” – lembrou João Castro que alertou ainda para o facto de “ser fundamental aproximar as pessoas das instituições”.
PreDioS UrbAnoS
PreDioS UrbAnoS
VenDem-Se
VenDem-Se
Aceitam-se propostas para a venda dos prédios abaixo indicados, reservando-se o direito de não adjudicação no caso do valor da proposta não interessar. Prazo de entrega das propostas: 10 de Outubro de 2011
iLHA Do FAiAL refª 1 – Localização: rua do Pasteleiro Prédio composto por edifício industrial, armazéns anexos e grande reduto. Área aproximada -2500m2 refª 2– Localização : Zona industrial de Santa bárbara, junto à Variante Armazém com 1200 m2 com reduto anexo. Terreno com cerca de 6200 m2 com entrada pela estrada principal de acesso à Zona Industrial, confinando com a Variante. refª 3 – edíficio designado relva, sito à rua Vasco da Gama Composto de armazém c/loja, 2 pisos e reduto
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Aceitam-se propostas para a venda dos prédios abaixo indicados, reservando-se o direito de não adjudicação no caso do valor da proposta não interessar. Prazo de entrega das propostas: 10 de Outubro de 2011 iLHA Do PiCo refª 1 – Urbanização sita à AV. Padre nunes da rosa, Areia Larga, madalena, com acesso à Escola Cardeal Costa Nunes e ao Ramal da Areia Larga , composta por: a) Armazém com 620 m2 b) Lote anexo com 2261 m2 c) Armazém com 180 m2 d) Armazém licenciado para oficina mecânica c/ cerca de 325 m2 e) Edifício destinado a comércio, totalmente remodelado, com armazém anexo Aréa total cerca de 4900 m2 Vendem-se por junto ou separados.
Contactos: 966798030 , 292200005
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g O Athena atracou no porto comercial da Horta no dia 19 de Setembro para uma curta viagem rumo ao porto Oceânico da Praia da Vitória. Construído nos estaleiros italianos Varco Chiapella, o então designado Stockholm entrou ao serviço da já extinta companhia Swedish American Line no longínquo ano de 1948. Depois de pertencer a interesses suecos, passou a integrar a frota do armador VEB Deutsche Seereederei, da ex RDA, o que resultou na alteração de nome para Volkerfreudschaft. Em função dos vários armadores que o operaram durante os seus 63 anos de existência, assumiu ainda as designações de Volker, Fridtjof Nansen, Surriento, Itália I, Itália Prima, Valtur Prima e Caribe. Em 2004, foi adquirido pelo conhecido armador grego George Potamianos, que o colocou ao serviço da frota da Classic International Cruises, com o nome da deusa grega da guerra, da sabedoria e patrona de Atenas. Após várias alterações ao nível de designação, armador, estética e motorização, o actual Athena é um navio bem diferente da época em que foi inaugurado. Continua, todavia, com os seus originais 160 metros de comprimento, 21 metros de largura e 8 metros de
Athena no Porto da Horta
calado. Presentemente tem capacidade máxima para 640 hóspedes, com 280 tripulantes e possui 7 decks para passageiros, num total de 277 cabines, 230 das quais são exteriores e 47 interiores.
Gnr deteve três homens no Faial e apreendeu 10 plantas de cannabis g A GNR anunciou a detenção de três homens no Faial por posse de 10 plantas de liamba, tendo apreendido mais de 3,5 quilos de "folhas secas e cabeços de cannabis". Os três homens, com idades entre 19 e 59 anos, já foram presentes a tribunal, ficando dois a aguardar julgamento em prisão preventiva, enquanto um terceiro ficou apenas com termo de identidade e residência. As detenções e a apreensão da droga ocorreram na segunda-feira na sequência de um inquérito delegado pelo Ministério Público do Tribunal da Horta, que coordenou a operação.
Tribuna das Ilhas
O destacamento da GNR da Horta refere num comunicado divulgado que as plantas de liamba apreendidas tinham entre 20 e 210 centímetros. Nesta operação foram ainda apreendidas seis munições calibre 'P.22', um bastão e uma balança de precisão digital. Desde o início do ano, o Destacamento Territorial da Horta da GNR já realizou cinco apreensões de estupefacientes, operações que permitiram a detenção de dois homens e a apreensão de 155 plantas de canábis e de 46,76 gramas deste produto.
inStitUição De UtiLiDADe PúbLiCA Rua Mestre Jaime Lopes - Angústias Apartado 78 - 9901-909 Horta Tlm.962 822 181 - NIPC 512 029 202 ctfaial@gmail.com
CLUbe De téniS Do FAiAL eSCoLA De téniS 2011/2012 Informam-se todos os interessados que a Escola de Ténis deste Clube, tem o seu início no dia 26 de Setembro de 2011 para todos os escalões estários. As inscrições podem ser feitas a partir de hoje, na Secretaria do Clube, sita à Rua Príncipe Alberto do Mónaco (junto ao Super mercado Marbraz), diariamente a partir das 15:00 horas. Horta, 21 de Setembro de 2011 A Direcção
É um dos mais antigos navios de cruzeiro a navegar e tem um longo e famoso historial, fundamentalmente pela envolvência directa no trágico acidente com o paquete italiano Andrea Doria, em 1956, do qual resultou o
afundamento deste último. Não obstante a assinalável longevidade, o Athena é um navio que obedece a todas as exigências do protocolo SOLAS 2010 e continua a granjear interesse por parte de muitos passagei-
ros saudosistas dos antigos navios transatlânticos - aliás era esta a sua configuração original - e que não se sentem cativados pelos actuais resorts flutuantes. O Athena apresenta um perfil contemporâneo e apelativo, capaz de cativar todos aqueles que nele tiverem oportunidade de realizar um cruzeiro. Num navio com uma ambiência muito própria, muito contribuem espaços acolhedores, funcionais e apelativos como são os casos do salão Lotus, o bar Sirenes, a discoteca Muses e o restaurante Olissipo, o átrio central ou o salão Calypso Show. Realce ainda para a piscina e jacuzzi a bordo, bem como para o tradicional promenade deck e zona comercial. A maioria dos passageiros do presente itinerário turístico é de nacionalidade sueca, turistas esses que terão oportunidade de conhecer com algum detalhe algumas das nossas ilhas, em virtude do prolongado tempo de estadia que o navio realiza em qualquer das três cidades onde vai atracar. Referência final para o facto da Classic International Cruises apostar forte em alguns itinerários que contemplam visitas a mais do que uma ilha do nosso arquipélago, algo que se vai voltar a verificar no próximo ano de 2012.
cuLTuRA
Tribuna das Ilhas
16 De SetembRo De 2o11
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Festival Euterpe 2011 Este fim-de-semana todos os caminhos vão dar a Castelo Branco, rumo ao Festival Euterpe 2011. O festival, que tem inicio marcado para as 20h00 de hoje com um porco no espeto. Ao palco sobem, a partir das 20h30, a Sociedade Filarmónica Lira e Progresso Feteirense e o Grupo Etnográfico de Castelo Branco. Depois das tradicionais chamarritas a noite encerra com um Baile com a Banda Kontrastes. Amanhã o programa também se inicia pela mesma hora. As actuações incluem a Sociedade Filarmónica Nova Artista Flamenguense e o Grupo Folclórico e Etnográfico de Pedro Miguel. A fechar este festival baile com a Banda Kontrastes.
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cInEmA nO TEATRO FAIALEnsE
DIÁLOgOs Em mARIEnBAD
relações entre Literatura e Cinema na Universidade dos Açores g Fruto de uma organização conjunta do Departamento de Línguas e Literaturas Modernas (Universidade dos Açores) e do Centro de Literatura Portuguesa (Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra), decorre, nos dias 29 e 30 de Setembro no Anfiteatro C da Universidade dos Açores, pólo de Ponta Delgada, o colóquio internacional Diálogos em Marienbad. Relações entre Literatura e Cinema. Sob o signo de um conhecido verso de Rafael Alberti (“Yo nací — ¡respetadme! — con el cine”), dota-
do de inegável energia exortativa, este colóquio internacional conforma-se como um espaço de reflexão sobre a complexidade e a amplitude do diálogo há muito instituído entre a literatura e o cinema, e não em exclusivo pela via da chamada adaptação. Nele participarão professores e investigadores de distintas universidades portuguesas (Açores, Lisboa e Coimbra) e estrangeiras (Indiana, Salamanca e Santiago de Compostela). Além das conferências e das comunicações que integram o seu
programa, estes Diálogos em Marienbad contam com dois momentos complementares de inequívoco significado: o de Homenagem ao Doutor Abílio Manuel Hernandez Ventura Cardoso, Professor Associado da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, de cujo Colégio das Artes foi director, e figura cimeira dos estudos fílmicos na Universidade portuguesa; e o da projecção do Filme do Desassossego, de João Botelho, seguida de uma mesa-redonda com a participação do realizador.
o livro “monsenhor Dr. Caetano tomás ao Serviço de Deus e dos Homens” lançado em Angra g No passado dia 13 de Setembro foi lançado, em Angra do Heroísmo, o livro “Monsenhor Dr. Caetano Tomás ao Serviço de Deus e dos Homens”, da autoria do nosso colaborador José Arlindo Armas Trigueiro. Depois de ter sido apresentado em Lajes das Flores por ocasião das Festas do Emigrante, no Salão Nobre da respectiva Câmara Municipal, que foi a editora, o referido livro foi agora lançado no Salão Nobre da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo. No referido acto, que foi presidido pelo Bispo da Diocese D. António Braga, estiveram presentes cerca de duas centenas de amigos de Monsenhor Caetano Tomás. Na mesa de honra estiveram ainda o apresentador, Dr. Olavo Forjaz, o homenageado Monsenhor Dr. Caetano Tomás, o autor, José Arlindo Trigueiro e o prefaciador de livo, Dr. José Júlio Rocha. Com excepção deste, todos os outros usaram da palavra. A organização, que esteve essencialmente a cargo do terceirense Duarte Mendes, aproveitou a ocasião para prestar homenagem ao Dr. Caetano Tomás, que nesse dia festejou com os
o CAStor (Dias 24 e 25; 21h30; >12) g Este fim-de-semana o filme em exibição no Teatro Faialense é “O Castor”, realizado por Jodie Foster. Jodie Foster contracena com Mel Gibson, neste filme sobre um homem perturbado que começa a usar um boneco de peluche que o ajuda a restabelecer a sua relação para com os outros. A vencedora de dois Óscares, Jodie Foster, realiza e protagoniza com Mel Gibson, também ele vencedor de dois Óscares, em THE BEAVER – uma história comovente que acompanha a jornada de um homem que quer reencontrar a sua família e recomeçar a sua vida. Atormentado pelos seus demónios, Walter Black foi outrora um executivo bem sucedido e o homem da família que agora sofre de uma depressão. Não importa o que ele tenta, Walter não consegue dar a volta ao problema e voltar a ser o que era…até que um fantoche castor entra na sua vida. Sem saber mais o que fazer para o
ajudar, e temendo que aquela prostração prejudique o crescimento dos filhos de ambos, Meredith (Jodie Foster), a sua mulher, decide optar pelo divórcio. É então que, quando está prestes a sucumbir à prostração, Walter encontra um castor-fantoche. A partir daquele dia, o boneco começa a fazer parte do seu dia-a-dia e Walter, usando-o como seu alter-ego, começa a comunicar de novo com o mundo, desta vez pela "boca" do seu amigo imaginário. No entanto, apesar desta estratégia o fazer sentir melhor e mais próximo daqueles que ama, parece que esta nova versão de si cria novos entraves às suas relações. Desta maneira, para recuperar totalmente a sua vida e a sua personalidade, ele terá de dar um novo passo em frente e abandonar o seu amigo. Mas isso parece deixá-lo de novo à deriva... Uma história dramática, realizada por Jodie Foster, vinte anos depois do sucesso de "Mentes que Brilham". DR
mel GIbSoN o actor interpreta o papel de Walter black um homem bem sucedido que sofre de uma depressão
amigos os seus 87 anos de idade. Refira-se, a propósito, que o homenageado, para além de ser o Capelão da Casa de Saúde de S. Rafael, tem a seu cargo, parcialmente, o cargo de pároco da Urbanização do Lamei-
rinho, sendo ainda o Capelão do Convento de S. Gonçalo. Nas horas vagas que lhe restam, ainda faz aconselhamento psicológico individualizado e formação religiosa pelo telefone. JAAt
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nOTícIAs
Tribuna das Ilhas
mETROPOLIs 2011
Diáspora na projecção dos interesses regionais g O Governo Regional dos Açores pretende que as organizações da diáspora açoriana participem no “esforço de projecção dos interesses da Região” no exterior, devendo a sua intervenção ir além da preservação da herança cultural do arquipélago. André Bradford, secretário regional da Presidência, afirmou, na sessão de encerramento da 16.ª Conferência Internacional Metropólis, o maior fórum mundial sobre migrações, que “só no continente americano existem mais de mil associações açorianas em diversas áreas, espalhadas pelo território dos EUA e Canadá”. Segundo referiu, estas associações têm contribuído para a “sistemática e persistente preservação da identidade cultural” da Região, mas podem também ser “agentes de outro tipo de esforço”. Entre estas organizações no exterior, as Casas dos Açores assumem-se como “pilares fundamentais, quer na relação do Governo Regional com as comunidades, quer na defesa dos interesses da Região junto dos países de acolhimento”. Nesse sentido, André Bradford defendeu que as Casas dos Açores no Brasil, EUA, Canadá e Portugal Continental devem desempenhar funções de “protoconsulados”, actuando sob uma “agenda comum”. “Tendo surgido inicialmente de forma quase aleatória e com objectivos variáveis de caso para caso, mas genericamente circunscritos à comunidade
local e à celebração da memória de terra de origem, as Casas dos Açores são hoje mais actuantes, mais qualificadas e mais conscientes do seu papel de instâncias de representação”, afirmou. O secretário regional da Presidência realçou também a necessidade de se encontrarem “mecanismos efectivos” para “envolver as novas gerações na vida diária das organizações” da diáspora açoriana. Para isso, é preciso “valorizar os seus contributos, demonstrando abertura para acolher as suas sugestões e aceitando que se faça diferente, que se quebrem certas tradições”. O primeiro-ministro de Cabo Verde, José Maria Neves, afirmou que a problemática das migrações é “estratégica” para o seu Governo, não apenas pelas comunidades na diáspora, mas também pela inserção dos imigrantes que residem no país. O chefe do Governo cabo-verdiano recordou que o seu país tem “uma comunidade na diáspora que ultrapassa a população residente, que está espalhada por todo o mundo e contribui fortemente para o desenvolvimento do país”. José Maria Neves, que destacou a necessidade de criar uma “nação global”, envolvendo “toda a nação caboverdiana, nas ilhas e na diáspora”, salientou que, ao lado de casos da participação dos emigrantes no desenvolvimento do país, há também problemas para resolver, como o repatriamento, o envelhecimento das comunidades emi-
instituto de meteorologia disponibiliza índice térmico universal
grantes ou a falta de protecção social nos países de acolhimento. “Não sei se haverá Governo que dê mais atenção às suas comunidades na diáspora do que o de Cabo Verde”, afirmou o primeiro-ministro, recordando a criação do Ministério das Comunidades no anterior executivo para “elevar o nível das políticas públicas orientadas para as comunidades emigrantes”. Nesse sentido, destacou a intervenção que o Governo de Cabo Verde tem feito junto das comunidades que residem em São Tomé e Príncipe, nomea-
observações por dia (00,03,06,09,12,15,18,21 UTC). O novo índice UTCI é aplicável a todos os climas e a qualquer escala espacial, tem em consideração as trocas de fluxos de calor e a termorregulação do indivíduo, reflectindo uma maior preocupação na modelação do balanço energético e considera os efeitos térmicos locais em todo o corpo, sendo independente das características pessoais do indivíduo (considera-se como referencia a actividade de uma pessoa com uma velocidade de 4 Km/h).
num país de imigração”, numa inversão da tendência migratória que está a criar “grandes problemas de inserção” das comunidades estrangeiras. “Somos um dos países mais estáveis da região e há um grande fluxo migratório dos países do continente africano para Cabo Verde”, frisou José Maria Neves, reafirmando a importância estratégica da questão das migrações. O primeiro-ministro destacou ainda a comunidade cabo-verdiana que reside nos Açores, frisando que está “bem integrada” e participa de forma activa no desenvolvimento do arquipélago.
eSPAço De PRoXImIDADe A PolícIA Ao SeRVIço DoS cIDADãoS P P o o l l í í c c I I A A D D e e
g O Instituto de Meteorologia, disponibiliza também desde o início da semana informação relativa ao Índice Térmico Universal (UTCI). O WSI, aplicável tanto em condições de calor como de frio, tem como parâmetros do seu cálculo a temperatura, a humidade e o vento que são diariamente observados na rede de estações meteorológicas do IM, calculado com base em duas observações por dia, às 06 e às 13 UTC, é agora complementado com informação adicional deste índice UTCI, que é calculado com base em 8
damente com a criação de pensões complementares para melhorar o apoio social, mas também em Moçambique, onde apoia a construção de habitação social. Por outro lado, nos países europeus, onde as comunidades cabo-verdianas possuem níveis de protecção social mais adequados, o executivo assinou acordos em áreas como a segurança social ou a protecção de investimentos. Em simultâneo com a atenção dada às comunidades na diáspora, o Governo está também atento ao facto de Cabo Verde se estar a “transformar
S S e e G G U U R R A A N N ç ç A A P P Ú Ú b b l l I I c c A A
A P.S.P. alerta os detentores de armas de fogo licenciadas para o exercício de acto venatório, que devem ter em atenção o seguinte: • Nos termos do artigo 31º. do Decreto Legislativo Regional nº. 17/2007/A, de 23 Maio de 2007, no exercício da caça, são responsáveis civilmente pelos danos causados a terceiros, sendo-lhes aplicado o disposto no nº. 2 do artigo 493º. do Código Civil; • Poderão ainda ser responsáveis criminalmente, se for apurado que os danos causados a terceiros foram provocados com dolo (intenção). • Nos termos do artigo 25º. do referido Decreto Legislativo Regional, no exercício da caça os caçadores são obrigados a possuir uma apólice de seguro de responsabilidade civil por danos causados a terceiros; • Alerta-se ainda para o facto de em situações de danos causados a terceiros no exercício da caça, poder levar a que viole as normas de conduta dos portadores de armas de fogo, constituindo ilícito contra-ordenacional, previsto e punível com uma coima cujo valor é variável entre € 400,00 (quatrocentos euros) a € 4000,00 (quatro mil euros), nos termos do artº. 98º., do Regime Jurídico das Armas e suas Munições (RJAM), aprovado pela Lei nº. 5/2006, de 23FEV., alterada e republicada pelas Leis nº. 17/2009, de 06MAI e 12/2011, de 27 de Abril. •Poderá ainda ser aplicado ao portador da arma a cassação da licença de uso e porte de arma, nos termos do art.º. 108º. do referido RJAM.
Prevenção é o nosso objectivo esclarecimentos adicionais deverão ser solicitados à P.S.P. da sua área de residência ou por correio electrónico: cphorta@psp.pt ou através dos contactos: telefone292208510 Fax - 292208511
PRoGRAmA INteGRADo De PolIcIAmeNto De PRoXImIDADe
OPInIãO
Tribuna das Ilhas
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Paulo Simões Açoriano oriental
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É, assim, um regresso à década de 80 do século passado, quando a RTP/Açores limitava-se a emitir à noite, com grandes constrangimentos técnicos. Este Governo de Pedro Passos coelho, em poucos meses de funções, quer dar cabo de mais de duas décadas de evolução do nosso canal regional. Para mais quando o ministro Miguel Relvas anunciou esta medida de forma sobranceira, quase em ar de gozo, e sem dar cavaco aos órgãos de governo próprio ou mesmo aos trabalhadores da RTP/Açores. Não está provado que a diminuição das horas de emissão resulte numa redução de custos substancial do centro regional da RTP/Açores. Francisco césar Açoriano oriental
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regresso ao trabalho!...
cITAçõEs
Em primeiro lugar, e antes de qualquer tomada de decisão, é necessário saber os dados relativos às audiências da RTP-Açores. Sem isso qualquer discussão perde força e racionalidade. Infelizmente, até agora, os Açores têm sido esquecidos nos sucessivos estudos de audiência feitos a nível nacional. Nem televisão, nem rádios, nem jornais, somos tratados com total desrespeito e parece que ninguém se incomoda. Analisados estes dados há que responder a algumas questões. Os açorianos querem uma televisão regional? Estamos dispostos a definir critérios rigorosos e objectivos do que deve ser o serviço público na Região? Quem deve pagar, caso se entenda ser essa a opção, um canal regional de televisão? O Estado? A Região? Ambos? Privados? Falou o ministro numa despesa de cerca de 13 milhões de euros anuais com a RTPAçores. Seria importante revelar publicamente, rubrica a rubrica, para onde vai essa verba, até para percebermos onde se deve reduzir custos. É possível fazer melhor televisão com menos dinheiro? Há quem diga claramente que sim, citando exemplos de canais regionais franceses e espanhóis. Mas, mais uma vez, sem números concretos pouco de sério se pode dizer. Se atentarmos na actual programação do canal regional da RTP nos Açores percebemos que a produção própria não esgota nem 5 nem 4 horas diárias de emissão.
23 De SetembRo De 2o11
P
Paulo oliveira
ara a grande maioria das pessoas, é altura de arregaçar as mangas e começar mais um ano de trabalho. Acabaram-se as férias, de trabalho ou escolares, sempre tão curtinhas..., para todos aqueles que ainda sonham. Foram-se as férias, os planos e as viagens, a pronto ou às prestações. Acabou-se o tempo sem tempo..., aquele em que a vontade da preguiça se impõe. Terminaram os folguedos, as Semanas de Festa, as festinhas de Verão, onde os dias não têm fim..., e as noites terminam de dia! Acabou-se o subsídio de férias que se esturrou nos prazeres que irão perdurar Inverno adentro, única forma de iluminar a longa noite que se aproxima. Trabalhou-se para o bronze, mostrando-se, com orgulho, o resultado de longos meses de ginásio e dietas. Deu-se largas à alegria estival, à descontracção, ao casual, onde as roupas menores deram azo a encontros e desencontros, iniciados numa Primavera que já passou. Foi tempo de inconsequências, de experiências, numa merecida pausa, para quem deu o litro durante os longos onze meses de trabalho que ficaram para trás. Foi tempo de liberdades, de profundo conhecimento e entrosamento familiar, para aqueles agregados que apenas se viam de manhã e à noite.
Foi tempo de se conhecerem melhor os pais, de se ter mais tempo para brincar com os filhos, de avós e netos terem mais tempo para partilharem experiências e ensinamentos. Foi tempo bom e doce, para se namorar, para se caminhar, para se descansar e cortar com as agruras do trabalho, do longo Inverno. e AGoRA? Agora, acabou-se o que era doce! Agora nasce mais um ciclo de vida, e volta a ser tempo de regressar ao trabalho, às obrigações, às regras, aos horários, à responsabilidade e à vontade de vencer os desafios de mais um amanhã. Amanhã que não será fácil no próximo ano, já que não será apenas um ano comum, um ano em que tenhamos que vencer apenas e só os desafios de mais um... e só ano. Será um ano em que teremos que compensar o desperdício dos anos anteriores, daqueles que usaram e abusaram das benesses, das férias prolongadas, das contínuas irresponsabilidades. Será um ano, este e os próximos, em que teremos de compensar os nossos credores daquilo que nos deram... não a troco de nada, mas a troco de um futuro hipotecado que agora teremos que pagar... em brutais prestações. É altura de deitar mãos à obra... não pela força bruta e braçal de antigamente, mas com jeito e sabedoria, própria dos novos tempos, das novas tecnologias que caracterizam esta nova sociedade global
em que procuramos (sobre)viver. como? A resposta não é fácil, porque se o fosse, já não haveria crise. Para além dos nossos governantes, que, melhor ou pior, nos... ou se governam, cada um de nós terá de encontrar o melhor caminho para fazer face aos desafios, às obrigações que teremos que vencer para alcançar um futuro melhor. A grande questão que existe dentro de todos nós, é saber se teremos fôlego para mergulhar neste profundo e longo desafio, e se, um dia, acordaremos do outro lado da onda, num mundo melhor e mais justo. Esta é uma batalha que a cada um diz respeito, numa luta de fundo e solitária, em que cada um irá dar o seu melhor, se quiser arribar a um novo ciclo económico, global ou pessoal. Para tal, e como já dizia meu bisavô, teremos que trabalhar... até descobrir por onde a formiga mija. Alguns, infelizmente, irão ficar pelo caminho, vencidos pela pressão, pelo egoísmo dos vizinhos e parentes que os ignoram..., pela falta de tenacidade e persistência, baixando os braços, e desistindo de alcançar o outro lado da margem deste rio, incapazes de vencer a sua corrente forte e arrasadora. Mas acredito que, uma grande parte irá lutar pela sobrevivência, sua e dos seus..., pois estamos perante uma verdadeira batalha, digna de uma terceira guerra mundial, mas em que as armas são outras,
bem diferentes das convencionais. A nossa verdadeira arma, de defesa ou de ataque, conforme os casos, está bem dentro de nós, e só nós próprios a poderemos descobrir e usar, em benefício próprio. Essa arma chama-se trabalho, muito trabalho... Todos nós somos bons em algo, todos nós temos um ponto forte, o que nos distingue dos demais, e que nos faz valorizar a nossa individualidade. Não interessa qual a actividade, o que interessa é que produza qualidade e valor acrescentado, e quanto mais rara ou única, melhor, pois será mais reconhecida, valorizada e procurada. Será caso para dizer que o segredo e inovação, será a alma do negócio. Para isso, todos nós teremos de descobrir qual a actividade em que somos realmente bons e únicos. Essa é uma descoberta pessoal, mas também uma obrigação das empresas, dos municípios, dos governos, dos países que quiserem sobreviver, vencer e crescer. O que é que realmente sabemos fazer, melhor do que os outros, e a um preço justo? Se o leitor conseguir descobrir a sua verdadeira aptidão, então parabéns! Acabou de alcançar o “passaporte” para uma vida melhor. Não a desperdice! Poderá ser a sua última oportunidade. Contributos, para po.acp@mail.telepac.pt
CAnto De SereiA
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Jorge costa Pereira
O Partido Socialista de António José Seguro bem procura fazer de conta que não tem passado, bem procura fazer de conta que José Sócrates não existiu e bem procura fazer de conta que ainda há pouco mais de três meses não estava no Governo do País. Só assim se entende o facto de ainda não termos ouvido à nova liderança do PS aquela que seria a mais importante mensagem que deveria dirigir a todos os Portugueses: um pedido de desculpas pelos desmandos da sua governação, pela liderança de José Sócrates e pela bancarrota em que deixou o País. Em vez dessa franqueza e dessa assumpção de responsabilidades, o "novo" PS procura o mais rapidamente possível lavar as mãos do seu passado, descolando-se dos compromissos que obrigou o País a assinar e a cumprir, a cada semana que passa, com mais rigor e exigência. E assim também se distancia daqueles que sabem colocar os interesses supremos de Portugal acima de fidelidades individuais ou de grupo.
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A sucessão de informações sobre a situação económico-financeira da Madeira, mereceu do Primeiro-Ministro Pedro Passos Coelho a palavra que se impunha a quem coloca o superior interesse de Portugal acima de conivências partidárias. Passos Coelho não economizou na força e na precisão dos termos que
usou. Afirmou que o que se tinha passado é "uma irregularidade grave, sem compreensão." Como escreveu Maria Teixeira Alves "Não deixa de ser pertinente que seja um Governo do PSD a revelar o descalabro financeiro escondido da Madeira. Revela uma independência rara neste país." Mais um sinal de que temos em Portugal uma nova forma de fazer política!
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E precisamente por causa da situação da Madeira, António José Seguro desafiou Pedro Passos Coelho a retirar a confiança política em Alberto João Jardim. Coisa patética, vinda de quem teve, antes das eleições de 5 de Junho, a oportunidade de manifestar a sua desconfiança política em José Sócrates, e preferiu o silêncio cúmplice. Por isso, a situação da Madeira só pode exigir do PS moderação no discurso. É que bastaria ao PS ter consciência da forma em que deixou o País, exactamente na mesma bancarrota em que Jardim colocou a Madeira, para moderar as suas palavras e a sua condenação! A ocultação de dívidas por parte do Governo Regional da Madeira nos últimos anos é, no mínimo, tão reprovável como o foi a delapidação financeira do País perpetrada por José Sócrates em seis anos de governo feito ao sabor das suas clientelas. E a memória dos homens, embora curta, não o é assim tanto! Como perspicazmente escreveu Vasco Pulido Valente
no "Público", "Guterres “deixou Portugal de tanga”, Barroso fugiu para o estrangeiro e Sócrates fabricou a desgraça que de repente nos caiu em cima. Mas quando Sócrates desapareceu, os políticos da direita e da esquerda decidiram que chegara a altura de mutuamente se absolverem das misérias da Pátria. E, por sua própria força e autoridade, decretaram que a partir do glorioso advento de Passos Coelho a regra era o esquecimento. Esta amnistia geral impede qualquer crítica pertinente, venha ela de que lado vier, e estende um fofo manto de suavidade sobre a nossa torpe e apática vida pública. Esta paz dos cemitérios manifestamente exclui Jardim. O que não é um mal. O mal é que não exclui as dúzias de oportunistas, que por aí se passeiam e que na televisão ou nos jornais não perdem uma oportunidade de nos dar conselhos."
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Entre eles está Carlos César e o PS dos Açores, que se agarraram a estas notícias sobre a Madeira como náufragos a uma bóia salvadora. É que enquanto se fala da Madeira, não se fala dos Açores, nem do desregramento que por cá, à nossa escala, também abunda. Aquele Carlos César e aquele PS que agora querem dar a imagem de alunos diligentes e impolutos, é o mesmo César, o mesmo PS e o mesmo governo que incluía carrinhas, jipes, computadores, impressoras, fotocopiadoras e gabinetes completos nos custos das empreitadas da Reconstrução do Faial e Pico; é o mesmo César, o mesmo PS e o mesmo governo
que adjudicou 2 km de condutas de água para a Lagoa Artificial do Faial por 329 mil contos, mais de metade do que custou a obra toda; é o mesmo César, o mesmo PS e o mesmo governo que já desbaratou 125 milhões de euros no transporte marítimo de passageiros sem que em resultado disso a Região viesse a ter sequer um barco seu; é o mesmo César, o mesmo PS e o mesmo governo que acha natural uma derrapagem de mais de 50% na obra das Portas do Mar, que tendo sido adjudicadas por 45 milhões de euros, afinal vieram a custar 70 milhões; é o mesmo César, o mesmo PS e o mesmo governo que acha normal na obra da nova Biblioteca de Angra do Heroísmo, que ainda decorre, já se tenha atingido quase 1,5 milhões de euros em trabalhos a mais, alguns dos quais verdadeiras bizantinices e luxos, como trocar vidros "u-glass" por "vidro temperado"; é o mesmo César, o mesmo PS e o mesmo governo que já enterrou no novo site do Turismo dos Açores cerca de 1,5 milhões de euros com modestíssimos resultados; é o mesmo César, o mesmo PS e o mesmo governo que abafou as suspeitas de utilização dos dinheiros do Fundo de Socorro Social para criar e manter clientelas de natureza político-partidária na ilha Terceira. Embora a lista pudesse continuar com muitos casos, deixamos estes. Para que a memória dos homens perdure. E para que não nos deixemos levar no enganador canto de sereia. 20.09.2011
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23 De SetembRo De 2o11
g A Associação de Turismo dos Açores (ATA) investiu desde o início do ano cerca de 400 mil euros em adjudicações por ajuste directo para produção, desenvolvimento e manutenção do site de promoção do turismo da região na Internet. A Associação Turismo dos Açores Convention & Visitors Bureau (ATA) apresenta-se como a entidade mandatada pelo Governo da República para, conjuntamente com a Direcção Regional do Turismo dos Açores, promover a Região no mercado nacional e internacional. Recentemente foi adjudicado um serviço no valor de 64.800 euros, foi feito a 6 de Setembro à empresa Morfose, para a “prestação de serviços de manutenção e desenvolvimento do sítio oficial de Internet do Turismo dos Açores, produção de conteúdos, web monitoring e design gráfico”. Em Janeiro, a ATA tinha adjudicado à empresa Icon Medialab, também por ajuste directo, os trabalhos de “prestação de serviços de produção do sítio ofig O Sindicato dos Professores da Região Açores (SPRA) escolheu a abertura do Ano Lectivo para vir a público mostrar a sua preocupação com o desemprego docente na Região. O tema foi apresentado no início da semana, numa conferência de imprensa que decorreu na Área Sindical de S. Miguel. Nesta conferência o SPRA deixou clara a sua preocupação relativamente ao desemprego docente nos Açores não só pelo impacto social na Região, mas também pelo impacto que a redução de 30% nas contratações poderá vir a ter na qualidade das respostas educativas das escolas públicas da Região” refere. Esta preocupação do SPRA surge na sequência das declarações da Secretária da Educação e Formação, a um jornal diário regional, que apontou como uma das explicações para a diminuição de horários docentes, a redução de 2600 alunos face ao ano transacto. Para esta estrutura sindical essa diminuição “não se deve a razões demográficas, já que estas não se manifestam num horizonte temporal tão escasso” mas sim “à fuga dos alunos do ensino público regular para o ensino profissional privado” refere o comunicado. Ainda no âmbito das declaração da titular da pasta relativamente ao ratio professores/turmas, o sindicato considera que “não foram explicadas as distorções existentes na Região entre as
NotícIAS
Tribuna das Ilhas
400 mil euros de ajustes directos no site do turismo regional cial de internet do Turismo dos Açores”, no valor de 150 mil euros. Posteriormente, em Março, a ATA adjudicou à empresa Pangemedia Global, por 176 mil euros, a “prestação de serviços de web-development do sítio oficial de Internet de Turismo dos Açores”. A empresa é detida em partes iguais por André Rodrigues e Nuno Tomé, ambos ligados à Juventude Socialista e ao Partido Socialista. Desde 2009, a empresa já conseguiu 457 mil euros de trabalhos em ajuste directo com o Governo Regional. Os três ajustes directos relativos à página visitazores.com totalizam cerca de 400 mil euros, abrangidos por um projecto candidatado a fundos comunitários que ascende a um milhão de
euros. O Governo Regional dos Açores possui 40% do capital social da ATA, a transportadora aérea açoriana SATA tem 30% e o restante está distribuído pela Câmara de Comércio e Indústria dos Açores e por empresas ligadas ao sector. A ATA é uma associação de direito privado, sem fins lucrativos, e congrega, entre os seus sócios, com a representação da maioria dos agentes económicos do sector no Arquipélago. Com o estabelecimento de parcerias entre o sector público e o sector privado, esta associação é a entidade responsável pela elaboração, apresentação e execução do Plano Regional de Promoção Turística dos Açores conjuntamente com a Direcção Regional do Turismo dos Açores.
A ATA está certificada pela CTP – Confederação do Turismo Português como representante dos agentes económicos do sector do turismo, ocupando nos próximos três anos uma das VicePresidências deste órgão.
Esta Associação tem, ainda, assento no CEPT – Conselho Estratégico de Promoção Turística, órgão deliberativo e consultivo em matéria de estratégia de promoção turística, presidido pelo Secretário de Estado do Turismo.
Sindicato dos Professores preocupado com o desemprego docente
ilhas menos populosas e as mais populosas, as que têm perdido população e as que têm crescido” reforçando ainda que “nestes casos, seguramente, encontraremos explicações demográficas para as diferenças de ratio”. A terminar o Sindicato dos Professores da Região Açores refere que “as explicações para a redução das contratações devem ser encontradas
num conjunto de medidas políticas e administrativas como o encerramento de 27 escolas do 1.º Ciclo e Pré-Escolar. Nesta conferência o SPRA, revelou ainda que após a reunião levada a cabo por esta estrutura sindical nos passados dias 16 e 17, deliberou fazer um pedido de reunião, com carácter de urgência, à Secretária da Educação e Formação, afim de solicitar “dados sobre o desem-
prego docente de residentes nos Açores, avaliação dos programas de recuperação de escolaridade, dados estatísticos sobre apoios educativos e informações sobre o processo de integração do Conservatório Regional da Horta na EBI da Horta”. Outra questão que tem gerado preocupações junto deste sindicato refere-se à “aplicação do “Memorando da
museu da emigração permite seguir ‘rasto’ dos emigrantes pela internet g A descoberta de antepassados que emigraram dos Açores há muitos anos é uma das novas valências do Museu da Emigração Açoriana, na Ribeira Grande, S. Miguel, cujo espólio tem vindo a enriquecer com ofertas de emigrantes e que TRIBUNA DAS ILHAS visitou no âmbito da 16.ª conferência Metropolis. O museu, aberto desde 2005 no antigo Mercado do Peixe por iniciativa da Câmara da Ribeira Grande, criou no
seu site na Internet uma ferramenta que permite seguir o rasto de emigrantes que saíram do concelho para se fixarem em diferentes destinos. “Temos apostado muito na componente da Internet, dispondo o nosso sítio de uma ferramenta única que permite às pessoas descobrir os seus antepassados emigrados, acedendo a fichas com fotografias de emigrantes, muitos deles saídos ainda em criança”, afirmou Rui Faria, responsável do
Troika” na Região Autónoma dos Açores”. De recordar que o SPRA, em conferência de imprensa, no mês de Julho, manifestou preocupações sobre o impacto daquele memorando na economia e sociedade da Região, nomeadamente, no que diz respeito às reduções dos funcionários da Administração Regional e Local. Neste sentido o Sindicato dos Professores da Região Açores considera “essencial a mobilização da opinião pública açoriana e das forças políticas regionais no sentido de demonstrar ao Governo e Assembleia da República que a aplicação cega do “Memorando da Troika” na Região Autónoma dos Açores poderá levar a uma crise económica e social sem precedentes nas últimas décadas, nomeadamente no impacto amplificado nas débeis economias das “ilhas mais pequenas”. A finalizar o leque das preocupações o SPRA deixou ainda “uma nota sobre os docentes provenientes da Região Autónoma dos Açores que concorreram a destacamento por condições específicas para o Continente”. museu. Fotografias desde o início do século XX até à actualidade, objectos oferecidos por emigrantes e documentação variada integram o espólio do Museu da Emigração Açoriana, que esteve fechado em 2009, durante cerca de um ano, para obras de restauro do edifício. Os objectos evocativos das festas em honra do Espírito Santo e fotos de grupos em que identificam algum familiar ou conhecido são também, segundo Rui Faria, fonte de emoções entre os visitantes. Também patente ao público está uma vitrina alusiva ao Vulcão dos Capelinhos e aos movimentos migratórios resultantes da erupção em 1957.
DEsPORTO
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AnDEBOL
TIRO
LeoneL teixeirA vence benfica goleia Sporting da Horta Campeonato Distrital DR
g No passado dia 11 de Setembro, numa iniciativa do Clube Desportivo de Caça e Golfe do Faial, decorreu o Campeonato Distrital de Tiro com Carabina de Pressão de Ar. O vencedor desta competição foi Leonel Teixeira, que se tem destacado nesta modalidade. A segunda posição da geral foi ocupada por Hélio Correia e o terceiro lugar do pódio foi ocupado por Amaro Teixeira. Este Campeonato contou com a presença de cerca de uma dezena de atiradores e foi dividido em duas provas distintas, o tiro de carabina de pressão de ar cano articulado 4,5mm-10m e a prova de tiro de carabina de ar comprimido CAC 4,5mm-10m. Nesta última prova de apuramento também Leonel Teixeira foi o vencedor, seguido de Amaro Teixeira e em terceiro ficou Hélio Correia. O Campeonato distrital contou ainda com a presença feminina de Carla Sequeira.
g O Benfica goleou o Sporting da Horta por 41-26 e assumiu a liderança do campeonato da 1.ª Divisão de andebol. David Tavares, João Pais e Rui Silva, com seis golos cada, estiveram em destaque pelos encarnados, que ao intervalo já venciam por 22-14. Também em casa, o Belenenses venceu o Xico Andebol por 34-27 (18-13 ao intervalo), com Elledy Semedo (9 golos) a destacar-se como melhor marcador da equipa do Restelo. Benfica e Belenenses dividem a liderança com o Águas Santas, que venceu em Braga o ABC por 28-23. ReSUltADoS DA 3.ª JoRNADA:
Maia -ISMAI – Sporting, 24-34
ABc - Águas Santas, 23-28 Fafe - Madeira SAD, 22-31 Belenenses – Xico, 34-27 Benfica - Sporting Horta, 41-26 São Bernardo - Fc Porto, 24-29 clASSIFIcAção: 1. Benfica 8 pontos/ 3 jogos 2. Águas Santas 8/ 3 3. Belenenses 8/ 3 4. Fc Porto 7/ 3 5. Madeira SAD 7/ 3 6. Sporting 7/ 3 7. Maia-ISMAI 6/ 3 8. ABc 5/ 3 9. S. Bernardo 4/ 3 10. Xico Andebol 4/ 3 11. Ac Fafe 2/ 2 12. SP. Horta 2/ 2
DR
leoNel teIXeIRA o atirador assumiu a liderança do campeonato de Distrital de tiro
FuTEBOL
FSC empata na estreia na Série Açores DR
maria José Silva g Teve início este fim-de-semana
a competição futebolística nos Açores. Nos vários campos jogouse futebol em todas as idades.
KIng
Carlos Vilela vence 21.ª jornada g O campeonato de king do Grémio Literário Artista Faialense continua a ser muito participado. No passado dia 19 de Setembro realizou-se a 21.ª jornada, que contou com 18 jogadores. Carlos Vilela foi o mais astuto, tendo ficado em primeiro lugar. Em segundo
ficou Lúcia Serpa e em terceiro Domenico Bettani. A 22.ª jornada vai realizar-se a 3 de Outubro, sob a égide da Império Bonança. Carlos Vilela vai para a prova como líder. Em segundo no campeonato ficou Ruben Oliveira e em terceiro Mário Dutra.
Por cá, de destacar a estreia do Fayal Sport Club nas competições da Série Açores, estreia essa que valeu o ponto do empate frente ao Boavista de São Mateus. A segunda jornada da Série Açores está marcada para o dia 25 de Setembro e o Fayal Sport recebe em casa o Prainha. Já no que diz respeito à competição local, no escalão de seniores o Grupo Desportivo da Feteira recebeu nas Canadinhas o Lajense do Pico e manteve-se o nulo de 0-0 até ao final, num jogo pobre. Outro empate, mas este 3-3, no derbi do Norte, onde o Salão esteve a vencer por 0-2. Já em São Roque do Pico, o Vitória recebeu e venceu por 3-0 o Futebol Clube dos Flamengos.
regata de Cruzeiro "Aniversário do CnH 2011" g Numa organização do Clube Naval da Horta realiza-se no dia 24 de Setembro, pelas 14h00, a regata de vela de cruzeiro alusiva ao aniversário do clube. Esta regata, segundo o CNH, é aberta a todos os veleiros das classes ORC e Cruzeiro. As inscrições serão feitas até às 11:00 do dia 24 na Secretaria do CNH.
ScH A equipa faialense perdeu por 41-26 com o benfica
FORmAçãO
Curso de Vela para Adultos g Estão abertas inscrições para o Curso de Vela para Adultos no Clube Naval da Horta. De acordo com informação enviada às redacções, o curso tem a duração de 18 horas (divididas por aulas teóricas e práticas), e os grupos serão
compostos de 6 a 8 formandos. O curso será ministrado pela empresa Azores4Fun em parceria com o CNH. A Azores4Fun dispõe de um Dufour 405 Grande Large, baptizado de RIFT.
TénIs
Campeonato regional de Veteranos g São 15 os tenistas que participam este fim-de-semana no Campeonato Regional de Veteranos de ténis que se realiza na cidade da Horta. Com início marcado para as 09h00 de sexta-feira, este torneio é organizado pela Associação de Ténis dos Açores e conta com a presença de tenistas veteranos do Clube de Ténis de São Miguel, Clube de Ténis da Terceira, Law Ténis Club e Clube de Ténis do Faial.
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OPInIãO
Tribuna das Ilhas
RETALhOs DA nOssA hIsTóRIA - cVI
Caberá ao “advogado” Graça a introdução da tipografia no Faial?
n
Fernando Faria
inguém pode negar que tenha sido João José da Graça Júnior o introdutor da imprensa no Faial. A publicação de O Incentivo, o primeiro jornal que se editou na Horta em 10 de Janeiro de 1857 e que era impresso na “Tipografia de J.J. da Graça Jr”, situada na rua do Colégio n.º 2, é um facto incontestável. O que já nos parece discutível, à luz da documentação que se vai encontrando, é a afirmação de Silveira Macedo quando, na sua celebrada História das Quatro Ilhas, escreve que o “ano de 1857 marcou uma página importante nos fastos faialenses com o estabelecimento das duas primeiras tipografias na cidade da Horta, começando uma a funcionar no princípio de Janeiro com a publicação de um periódico semanal – O Incentivo – e a outra em Abril com a publicação de um outro também semanal intitulado – O Fayalense – de que era redactor o dr. Miguel Street de Arriaga, o qual ainda continua”1. Discute-se apenas a expressão “duas primeiras tipografias”, porque um texto, que recentemente encontrámos, nos sugere que a primeira tipografia existiu no Faial desde 1854, isto é, três anos da de João José da Graça. Diz o seguinte:
A
NÚNCIO: Tendo chegado uma tipografia para serviço do Governo Civil e mais Repartições do Estado, e tornando-se preciso haver um compositor e impressor. Convida-
se a quem esteja habilitado, que sendo do País será preferido, se apresente no Governo Civil até ao fim do corrente [mês] de Março, onde lhe serão presentes as condições de contrato. Outrossim se faz público que na mesma tipografia se receberão quaisquer encomendas e os preços serão anunciados, sendo o seu rendimento, pagas as despesas da tipografia, aplicado aos emolumentos dos empregados do Governo Civil e empregados tipográficos como é prática em todos os Governos Civis. Não se recebe, porém, a impressão de jornal político, seja qual for a forma porque se possa apresentar, e mesmo porque a tipografia não se acha habilitada para satisfazer a semelhantes trabalhos. / Secretaria do Governo Civil da Horta, 15 de Março de 1854. / O SecretárioGeral, Miguel Street de Arriaga2.
S
e era o secretário-geral quem subscrevia este curioso Anúncio, importa lembrar que o fazia em obediência às ordens do governador Luís Teixeira de Sampaio Júnior. Este magistrado, que esteve à frente dos destinos do distrito da Horta de 1852 a 1857 era filho primogénito de Luís Teixeira de Sampaio, 1.º visconde do Cartaxo, rico proprietário e capitalista e de Emília Le Couvreur Ferreira de Campos, também pertencente a uma abastada estirpe de negociantes. Quando assumiu o Governo Civil da Horta, Sampaio Júnior tinha 37 anos e, como escreve Roxana Dabney, provinha de “uma família bem
conhecida na sociedade lisboeta” era “um homem capaz, mas desprovido de princípios”, que “tinha uma grande mania de escrever e exprimia-se invulgarmente bem”3 . Antes de se instalar na Horta, publicara já vários artigos em jornais de Lisboa e, apesar de sua confessada e familiar amizade pelos Dabney, não hesitou em inserir, em começos de 1853, no Açoriano Oriental, de Ponta Delgada, uma série de artigos onde, de forma extremamente violenta e contundente, acusava Charles William Dabney de “Monopolista” e “Usurário”, obrigando este a responder-lhe no mesmo semanário, para rebater as calúnias de que se considerava injustamente acusado. Seja como for, o governador Sampaio, a viver num distrito onde ainda não havia imprensa, tinha não só absoluta necessidade de escrever, mas também de comunicar com os seus administrados. Pelos documentos que compulsámos – livros do Governo Civil, de Vereações e de Registos da Câmara Municipal – são frequentes os “Anúncios”, as “Notícias” e as “Proclamações aos habitantes do Distrito” que redigia e mandava afixar nos lugares de estilo! Esses documentos revelam ainda uma personalidade interventiva, certamente competente mas, sem dúvida, exagerada e prepotente. Terá sido essa necessidade de escrever e de divulgar as suas ideias e realizações que pode estar na origem da aquisição da tipografia pelo Governo Civil e, consequentemente, do ANÚNCIO com o fim de contratar um composi-
tor e impressor para com ela trabalhar. É, no entanto, bastante plausível que a dita tipografia não haja produzido grande coisa, até porque o ministro e secretário de Estado dos Negócios do Reino, Rodrigo da Fonseca Magalhães, comunicava ao governador Sampaio Júnior, em ofício de 23 de Agosto de 1854, que “não cabe nas faculdades do Governo Civil dispor tipografia sem ordem do Governo”4. Não sabemos se foi pedida autorização e, no caso de o ter sido, se foi concedida; desconhecemos também qual o destino dessa tipografia que, mesmo sem ordem do Governo, já estava no Faial. Pode ser que no vasto acervo do Governo Civil da Horta se possa encontrar a resposta para esta questão.
e
ntretanto, não será de colocar como mera hipótese que a tipografia de “J.J. da Graça Jr”, que em 10 de Janeiro de 1857 editou o primeiro número do Incentivo, seja a que o governador Sampaio instalara no Governo Civil? É que se os historiadores contemporâneos de Graça Jr. são unânimes na afirmação de que ele foi aos Estados Unidos em Maio de 1856 a fim de adquirir um prelo e que este chegando ao Faial não pôde ser utilizado, já são menos precisos quanto ao material tipográfico que efectivamente utilizou na feitura do seu primeiro jornal. Assim, enquanto Ernesto Rebelo (1842-1890) diz que ele conseguiu arranjar “um segundo prelo não sabemos de que fábrica”5 ,
Marcelino Lima (1868-1961) adianta que Graça Jr. “tratou de arranjar um segundo prelo” que “veio também da América (de Boston) mas desta vez em melhor comandita, porque auxiliado pelo governador civil do distrito, Luís Teixeira de Sampaio”6. Uma vez que Ernesto Rebelo – que foi aluno de João José da Graça – desconhece a proveniência do segundo prelo e que Marcelino Lima não cita a fonte em que baseia a sua informação, não será insensato pensar que a ajuda do governador Sampaio Jr. poderá ter sido a cedência da tipografia que desde Março de 1854 ainda deveria existir no Governo Civil. Mais ainda: em 1 de Abril de 1857 portanto três meses após a aparição de O Incentivo - surge O Fayalense de que era proprietário e director o dr. Miguel Street de Arriaga, secretáriogeral do Governo Civil da Horta de que era titular Luís Teixeira de Sampaio Jr, sendo aquele semanário também impresso na mesma tipografia de “J.J. da Graça Jr.” Não terá sido o governador Sampaio Jr. o verdadeiro mecenas e protector do “advogado” Graça? 1 Macedo, A.L. Silveira – História das Quatro Ilhas, vol. II, p. 235 2 AGcH, Livro n.º 65, fl. 34-v. Actualizei a grafia deste documento 3 Dabney, Roxana – Os Anais da Família Dabney no Faial, vol. II, pp. 195 e 217 4 Araújo, Valente – O resgatar de uma memória, p. 207 5 Rebelo, Ernesto – Arquivo dos Açores, vol. IX, p. 20 6 Lima, Marcelino – Anais do Município da Horta, p. 536
Foi vossemecê que chamou pelos «mercados»? Paulo Sousa mendes
E
stamos sem rumo, sem objectivos e sem sentido de missão ou talvez, antes pelo contrário, vivemos num mundo com um rumo, um objectivo e uma missão bem definida. Esse primado tem um nome, são os «mercados»! Temos que dirigir os nossos esforços para os «mercados», o objectivo é torná-los cada vez mais fortes e a sua satisfação é a nossa missão contínua. Vivemos a ouvir, sem contudo escutar, os gurus dos «mercados» que debitam do alto da sua douta autoridade fórmulas mágicas que devem ser aplicadas a bem… dos «mercados», como se a economia fosse uma ciência exacta e não uma ciência social. Estamos na era do dogma dos «mercados».
Tudo muito complexo para os leigos que se limitam a acreditar que, acima de tudo, estão os «mercados» e que têm de confiar nos «mercados», senão em quem haverão de confiar? Na democracia? Não, a democracia é um acessório, facilmente descartável, porque poderá colocar em causa as necessidades, quase como que orgânicas, dos «mercados». Cuidado com os inimigos dos «mercados»! São os funcionários públicos, esses indigentes que nada fazem, senão ganhar dinheiro de forma absurda e que, surpresa das surpresas, não usufruíam de direitos, mas antes de autênticos privilégios! Mas existem mais inimigos dos «mercados»! Claro! Os desempregados que ousam receber uma prestação social por não terem qualquer tipo de trabalho remunerado. Afinal de contas, trabalho não falta, e isso da remuneração é pouco ou nada importante. Porque há sempre a «sopa dos pobres». Ligamos a TV, ouvimos uma con-
versa de café ou alguém que sussurra ao nosso lado em tom inquisitório: porque preferem ganhar 500€ de subsídio de desemprego ou de RSI, quando poderiam aceitar empregos de 800€? Um autêntico luxo! E assim, as conversas discorrem ao sabor do preconceito que vai dividindo as pessoas, mas sem nunca sacrificar o deus dos «mercados». Pagas ou pagavas uma prestação ao Banco para viveres numa casa ou simples apartamento? Tens um carro, comprado às prestações e ambicionavas passar umas férias de quando em quando? Estavas a viver em pecado! Ofendias os «mercados» e isso não pode acontecer! E não vale a pena reclamares por uma vida melhor! Porque vivias numa ilusão pecaminosa! Estavas a viver acima das tuas possibilidades! És jovem ou menos jovem e não tens a tua vida profissional estabilizada? Queres estabilizar a tua vida profissional, deixar de viver de contrato em contrato de trabalho e queres te ver livre do ‘jugo verde’?
Não, isso não é moderno! Tens de ser flexível, senão acabarás por ficar para trás, num mundo que vive de novos paradigmas nas relações laborais. Vais ver que é ‘cool’ e muito ‘new wave’ teres um parttime, após a licenciatura para financiares o teu mestrado e o teu doutoramento, pois é muito importante apostares na tua formação, só isso irá satisfazer os «mercados». Assim talvez, um dia, quem sabe, consigas chegar à fasquia dos 1000€! O Estado, o velho Estado, dizem que está ‘gordo’ e que andou na ‘gula’. Tem de expiar o seu pecado! Há que depurá-lo, para bem de todos nós e, obviamente, dos «mercados»! Há que libertar o Estado dos serviços públicos! Num país cheio de pobres, desempregados e empregados mal pagos ninguém precisará de um sistema público de educação e saúde e muito menos, de um sistema contributivo público que garanta um sistema de pensões digno. Isso seria viver muito acima das nossas possibilidades. Temos de nos habituar à ideia de que nunca
teremos estabilidade laboral, que teremos sempre um salário mínimo baixo e muito frequente, taxas de desemprego cada vez mais elevadas e que, mesmo assim teremos de poupar para termos um dia, se os «mercados» deixarem, uma pensão que dê para um côdea de pão de milho. Nessa altura, vamos suspirar de alívio e agradeceremos aos «mercados» o pouco que teremos, porque se não fossem os «mercados» tudo seria muito pior! Os mercados só pecam se não engordarem. Os mercados têm de estar sempre satisfeitos. Há que lhes dar sempre algo a comer! Serviços públicos, parcerias público-privadas, especulação aos molhos, trabalho barato, o sacrifício de muitos e muitos direitos. Enfim, são os «mercados» que dinamizam a nossa economia. Vivam os «mercados»! Por isso, nunca estarão suficientemente gordos e o Estado nunca estará suficientemente magro. Lógica curiosa, não é? Se calhar, porque os «mercados» são só de alguns e o Estado é de todos.
Tribuna das Ilhas
PuBLIcIDADE
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Tribuna das Ilhas
A rtP Açores e o futuro da Autonomia
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Alzira Silva
ão posso deixar de voltar a este assunto, porque me parece que a memória dos mais idosos está a enfraquecer e a dos mais jovens não alberga o quadro político-institucional em que nasceu e cresceu a RTP Açores. Éramos ainda ilhas isoladas, isolamento que a RTP Açores veio quebrar, com o trabalho notável dos seus pioneiros; o advento da RTP Açores consolidou nos habitantes dos Açores não apenas o conceito de Região e a sua unidade, mostrando os elementos comuns às
ilhas mas também veio garantir-lhes a certeza de que estavam num mundo onde tudo se passava rapidamente e não com a lentidão com que jornais, revistas e livros chegavam aos Açores. O caminho foi espinhoso, mas muito gratificante. De um início quase sem equipamentos mas com grande entusiasmo e uma imensa vontade de fazer bem (e fez-se muito bem!) passou-se à fase da profissionalização, com formação conceituada, equipamento adequado, instalações apropriadas. Se é certo que a RTP Açores teve uma evolução magnífica nos seus primeiros anos, sob a direcção do Dr. Lopes de Araújo conheceu tempos prodigiosos, ligando os Açores à sua diáspora e estabelecendo pontes em tempo inimaginável até então.
A informação cobriu as nove ilhas dos Açores e os directos mostravam sempre onde estava a notícia e como era o acontecimento, divulgando as nossas especificidades e cumprindo um inestimável serviço público ao longo dos seus 36 anos de existência. Este crescendo da RTP Açores nos últimos anos foi declinando, apesar do esforço e da dedicação dos seus responsáveis e dos seus trabalhadores. Agora o declínio transforma-se em asfixia se o Governo da República prosseguir num caminho “de janela”, em que as nossas razões idiossincráticas e geográficas e os nossos direitos de comandar a emissão, que é como quem diz, preservar a nossa autonomia, ficarão, pouco a pouco, subjugados a quem não sente a realidade açoriana e, portan-
to, não pode prestar o referido serviço público. Esta luta, que é de todos nós, faz lembrar de algum modo, os fundamentos dos primeiros autonomistas do fim do século XIX. Sem querer afirmar que regredimos tanto, sublinho que nunca, nestes 36 anos, se pensou tão mal a televisão pública e se tratou tão descuidadamente uma construção simbiótica de soberania e autonomia cuja derrocada, se acontecer, irá arrastar muito mais do que é visível neste momento. A Câmara Municipal da Horta estabeleceu no passado ano de 2010 um protocolo com a RTP, fazendo uma cedência de instalações para a Delegação do Faial da RTP Açores, compromisso que não foi denunciado e, portanto, está em vigor e revela-se mais actual do que
nunca, pela urgência das necessidades televisivas e radiofónicas dos nossos dias. Como se compreende que, neste contexto, a RTP emudeça acerca dos seus compromissos e o Governo esqueça toda a história para configurar uma autonomia restrita e restritiva de quatro horas diárias? Ainda estamos a tempo de demonstrar a razão que nos assiste, a legalidade que nos cobre e a justeza da inquestionável e indeclinável responsabilidade do Estado manter o centro regional da RTP Açores, com emissão integralmente regional, programação e produção próprias. O que está em causa é o futuro da Autonomia. alziraserpasilva@gmail.com
o novo Porto da Horta Porto Santo no
A
Vera lacerda
frente marítima da nossa cidade está a mudar. A obra do Porto vai alterar não só a face da cidade da Horta, mas também dotá-la de uma importantíssima infra-estrutura. Estamos perante uma grande obra, apesar de alguns diligenciarem, das mais diversas formas, no sentido da sua desvalorização, na qual serão investidos 32 milhões de euros, apenas na primeira fase, o que representa um dos maiores investimentos realizados em áreas portuárias na Região. Com as ligações marítimas de passageiros entre todas as ilhas dos Açores por navios ferries e o constante aumento das escalas de navios de cruzeiro, revelou-se da mais extrema importância melhorar as condições de operacionalidade e de ordenamento do actual Porto da Horta. Aquando da última campanha eleitoral para as Legislativas Nacionais, tive a oportunidade de reunir com o Conselho de Administração da APTO, S.A., a fim de tomar conhecimento dos factos sobre esta obra. Porque muito se fala por aí, mas o importante é termos acesso aos factos. Fui esclarecida sobre os meandros da obra e tentarei passar ao leitor a informação que me foi disponibilizada. Fiquei a saber que a obra em execução compreende um molhe-cais, com cerca de 400 m de comprimento, dispondo de um cais acostável, no lado interior, com um comprimento útil de 265 m, destinado às operações dos ferries inter-ilhas e também de alguns navios de cruzeiros. O novo porto terá uma ponte-cais acostável pelos dois lados, com um comprimento util de 80mts e 10mts de largura, para servir as embarcações de passageiros do Triângulo. Foi construído um terrapleno,
onde serão implantadas as instalações terrestres de apoio ao terminal, nomeadamente, gare de passageiros, que incluirá instalações para os diversos serviços oficiais envolvidos nas operações portuárias, parques de estacionamento automóvel, depósito de água para alimentação aos navios e depósitos de combustíveis. A infra-estrutura disporá ainda de redes técnicas de abastecimento aos navios de água, energia eléctrica, telecomunicações e combustíveis. Entretanto, foi lançada e adjudicada, uma nova empreitada de “Rebaixamento da Cota de Fundação do Molhe-Cais da Bacia Norte e Aumento da Cota de Coroamento do Terminal de Passageiros do Porto da Horta”, o que permite que esta atinja os – 8,00m. O valor de adjudicação desta empreitada é de 2 milhões de euros, com um prazo de execução de 12 meses. Os trabalhos de execução da mesma decorrem em simultâneo com os trabalhos normais da empreitada em curso, pelo que esta não implicará prolongamento do prazo final. Com esta nova empreitada pretende-se adequar esta importante infra-estrutura, não só à operação dos navios ferries previstos para o transporte futuro de passageiros na Região, mas também permitir a operação de navios de cruzeiro de turismo que escalam os portos do arquipélago. Pretende ainda responder às preocupações emergentes da Conferência de Copenhaga, incluída no âmbito da ConvençãoQuadro das Alterações Climáticas da ONU, relativamente à subida do nível médio dos oceanos em resultado do aquecimento global do planeta. Posteriormente, foi ainda lançada e adjudicada uma terceira Empreitada de Construção de Três Rampas Ro-ro no Terminal de Passageiros do Porto da Horta, pelo valor de 2 milhões de euros, cujo prazo de execução é de 12 meses, contados desde 07/02/2011. Assim, no final do 1.º semestre
de 2012, ficará concluída a 1.ª fase da empreitada de “Requalificação e Ordenamento da Frente Marítima da Cidade da Horta”, ficando as infra-estruturas portuárias terminadas. Para uma 2.ª fase fica a reabilitação da frente marítima da Cidade da Horta, que irá incluir, entre outros, a criação de um parqueamento em terra para embarcações, a intervenção no largo Manuel de Arriaga, a construção de infraestruturas de apoio às actividades marítimo-turísticas, a ampliação da Marina e a construção de pontões para mega iates, o que somará um investimento na nossa ilha superior a 55 milhões de euros. O investimento nas acessibilidades marítimas é essencial para o desenvolvimento das nossas ilhas, e assume particular acuidade nas ilhas do Triângulo, cujo movimento anual de passageiros ascende, apenas no canal Faial-Pico, aproximadamente, a 400.000. É indesmentível que a melhoria das acessibilidades levará a que mais pessoas se desloquem de ilha para ilha, ficando a ilha do Faial com melhores condições para receber os que nos visitam e servir os que cá vivem, trazendo uma importante dinamização à economia local e regional, que bem precisamos. É de frisar que as condições dos transportes ficarão muito mais dignas que as actuais. Perante os factos, torna-se igualmente indesmentível, que o investimento realizado e a realizar na obra do Porto da Horta é vital para o desenvolvimento da nossa terra. Vem igualmente trazer uma nova dimensão à "Horta Cidade Mar". Os faialenses, e os açorianos em geral, ficarão melhor servidos. Como faialense estou satisfeita por este investimento estar a ser realizado na nossa ilha. Não compactuo com bota-abaixismos e tentativas de desconsideração do trabalho difícil que é realizado, em condições económica e financeiramente tão adversas como as que experienciamos.
arquipélago da madeira Frederico cardigos
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omo nos últimos tempos toda a gente fala na Madeira, vou ser original, vou escrever sobre Porto Santo! Por sorte, quis o destino que tivesse de ir a um interessantíssimo seminário sobre energias alternativas produzidas no alto-mar que se realizou no Funchal com organização do Centro de Energia das Ondas. Ora, estando na Madeira continental e tendo um dia livre, como ocupá-lo? Nada melhor do que explorar novo território insular, fomos para Porto Santo. A ilha de Porto Santo foi descoberta em 1418 por João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira. Desde então, esta ilha teve diversos momentos altos que incluíram a elevada produção cerealífera, por possuir uma produção de cal com elevada importância, pela construção de um aeroporto militar com enorme importância estratégica e, ainda mais recentemente, por uma indústria turística que no Verão multiplica por cinco a população local. O desenvolvimento futuro aposta na constituição de um Geoparque e na valorização do património ambiental classificado pela Rede Natura 2000. Reza a história que o desaparecimento da produção de cereais foi consequente às alterações das condições climáticas da ilha. É deste aspecto que quero falar com mais detalhe. Segundo os Guias que nos acompanharam, muito simpáticos por sinal, o declínio da pluviosidade fez com que os campos fossem abandonados, restando hoje apenas vestígios dos muros de pedra seca de contenção que estruturavam os patamares em que as culturas eram feitas. De acordo com estes vestígios, as culturas estendiam-se até às partes mais elevadas da ilha. Por falta de vegetação que agregue os sedimentos superficiais, a ilha está agora
gretada vendo-se restos de profundas linhas de água por todo o lado. Hoje, numa nova aproximação, estão a ser introduzidas centenas de milhares de árvores que começam a ocupar uma modesta parte da ilha. Parece-me que, com esta decisão, se está a tornar novamente a ilha verde. Evidentemente, a escolha de espécies exóticas (i.e. que não pertencem à flora natural da ilha) oriundas do norte de África é a priori discutível, mas confio que tenha sido uma decisão bem ponderada. Ao ver o sucesso destas novas plantas, questionei-me se teria sido o clima a alterar o sucesso das culturas cerealíferas ou se, ao contrário, teria sido uma sobreexploração dos solos que teria condenado as plantações… Confrontei os nossos Guias com esta ideia e procurei informação na internet, mas sem sucesso. Há diversos exemplos clássicos de mau uso do solo que provocaram uma dramática alteração da paisagem e, nos casos mais agudos, um cataclismo social. A civilização Suméria, berço da humanidade, desapareceu por sobre-salinizar o solo, consequente a regas excessivas, e foi o uso abusivo de árvores na Ilha de Páscoa que condenou a extraordinária civilização que construiu aquelas espantosas e misteriosas estátuas. Alegadamente, a civilização Maia já estaria condenada quando os espanhóis lá chegaram e lhe deram a estocada final. Segundo esta teoria, a utilização excessiva dos solos da América Central já teria traçado o destino que os aztecas vinham precipitando e que os espanhóis concluíram. Curiosamente, um dos habitantes mais ilustres de Porto Santo seria, uns anos mais tarde, responsável pela descoberta da América e por toda a sequência triste de acontecimentos que por aí se passou: Cristóvão Colombo. Terá Porto Santo sido um caso semelhante? Ou antigas alterações climáticas terão tido esse efeito? Mistérios que nos fazem querer saber sempre mais. Se alguém me puder ajudar, agradecerei. Entretanto, aconselho a extraordinária praia da ilha dourada.
InFORmAçãO
Tribuna das Ilhas
PARtIRAm
l Faleceu no Hospital da Horta no passado dia 16 de Setembro com 75 anos de idade Angelina da Glória Medeiros, natural e residente na Madalena do Pico. A extinta deixa viúvo António Ribeiro de Vargas Garcia e era mãe de Manuel Medeiros de Ribeiro Garcia, solteiro e de António Fernando de Medeiros Garcia, casado com Duartina Maria Ávila Brum Garcia. Deixa ainda dois netos: a cristina da conceição Brum Garcia e o Daniel Fernando Brum Garcia.
AGeNDA cINemA
AmANHã e DomINGo 21H30 - Filme - "o castor"no Teatro Faialense - Hortaludus
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REsTAuRAnTE E snAcK-BAR
UtIlIDADeS
NoSSA GeNte
l No passado mês de Agosto, dia 23, faleceu no Hospital da Horta com 92 anos de idade Filomena Geraldina do Amaral, natural da Freguesia dos Flamengos onde sempre residiu. A extinta era viúva de Francisco Garcia Jorge e deixa de luto seus filhos Maria Filomena Garcia Melo casada com Manuel Sousa Melo, Maria de Fátima do Amaral Garcia da Silva, casada com Luís Alberto da Silva e Maria Alice Amaral Garcia Melo, casada com Gilberto Sousa Melo. Deixa ainda dez netos e 21 bisnetos.
23 De SetembRo De 2o11
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HoJe e AmANHã Farmácia Ayres Pinheiro 292 292 749 De 25 De SetembRo A 1 De oUtUbRo Farmácia Lecoq 292 200 054 emeRGêNcIAS -FAIAl i h p o ~ m i i
Número Nacional de Socorro 112 Bombeiros Voluntários Faialenses 292 200 850 PSP - 292 208 510 Polícia Marítima 292 208 015 Telemóvel: 912 354 130 Protecção civil - 295401400/01 Linha de Saúde Pública 808211311 centro de Saúde da Horta 292 207 200 Hospital da Horta 292 201 000 tRANSPoRteS - FAIAl
jSATA - 292 202 310 - 292 292 290 Loja jTAP (aeroporto) - 292 943 481 v Associação de Taxistas da Ilha do Faial 292 391 300/ 500 oTransmaçor - 292 200 380
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Até DomINGo Das 16H00 às 20H00 - eXPoSIção" o ImAGINÁRIo DAS NoSSAS HIStóRIAS" de Teresa cortez no centro de cultura e Exposições da Horta. Organização da cMH e Hortaludus com a parceria do Museu Jorge Vieira
Descanso semanal: TERçA-FEIRA
Até 29 De SetembRo De 2011 Das 10H00 às 18H00 – eXPoSIção DA moStRA DoS tRAbAlHoS Do coNcURSo PoRto PImtADo na Sala dos Óleos. Organização do OMA e Associação Fazendo Até 30 De SetembRo De 2011 Das 10H00 às 18H00 – eXPoSIção “HIStóRIAS qUe Vêm Do mAR" na Fábrica da Baleia - centro do Mar. Organização do cHAM, OMA e Museu da Horta Das 10H00 às 18H00 – eXPoSIção "A bAleAção No FAIAl- Fase Industrial 1940-1984" – Na Sala das Farinhas - Fábrica da Baleia - centro do Mar. Organização do OMA, Reis e Martins Até 29 De oUtUbRo 2011 eXPoSIção "A RePÚblIcA e A cIêNcIA" na Biblioteca Pública A. R. J. J. G. integrada nas comemorações Regionais do I centenário da República Portuguesa. Organização da Presidência do Governo - Direcção Regional da cultura HoJe JoRNADAS eURoPeIAS Do PAtRImóNIo - PAtRImóNIo PAISAGem URbANA 10h00 - Peddy-Paper: Vamos Descobrir o Património da Horta (centro de cultura e Exposições da Horta) 20h30 - conferência sobre Arquitectura Baleeira da cidade da Horta (Teatro Faialense)
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GRUPo ceNtRAl HoJe céu muito nublado, com abertas para a tarde. Períodos de chuva fraca durante a madrugada, passando a aguaceiros fracos. Vento oeste bonançoso (10/20 km/h), rodando para noroeste. AmANHã Períodos de céu muito nublado. Aguaceiros fracos. Vento oeste bonançoso (10/20 km/h) tornando-se moderado (10/30 km/h). Mar de pequena vaga a cavado. Ondas noroeste de 1 a 2 metros. DomINGo Períodos de céu muito nublado com boas abertas. Vento noroeste bonançoso a moderado (10/30 km/h). Mar de pequena vaga a cavado. Ondas noroeste de 1 a 2 metros.
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AmANHã 09h00 - "Património da Horta Sobre Rodas" - Hortabike (Quiosque do Turismo na Praça do Infante) 21h30 - Projecção de Fotografias Antigas da cidade da Horta (Torre do Relógio) Organização IGESPAR -| www.igespar.pt em Parceria com a Urbhorta, câmara Municipal da Horta e Hortaludus
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FACiLiDADeS De PAGAmento FIcHA
Tribuna das Ilhas DIRectoR: cristiano Bem eDItoR: Fernando Melo cHeFe De ReDAcção: Maria José Silva ReDAcção: Susana Garcia e Marla Pinheiro FotoGRAFIA: carlos Pinheiro
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Esta publicação é apoiada pelo PROMEDIA - Programa Regional de Apoio à comunicação Social Privada
FUNDADo 19 De AbRIl De 2002
Tribuna das Ilhas SeXtA-FeIRA 4 23 De SetembRo De 2o11
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Voluntariado – Acção Dinamizadora
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Centro Comunitário do Divino Espírito Santo é uma Instituição de cariz social, que leva a cabo o Serviço de Apoio Domiciliário, na freguesia dos Flamengos e em parceria com a Santa Casa da Misericórdia da Horta proporciona o funcionamento do ATL, na EB/JI dos Flamengos. Estas duas valências entraram em funcionamento, no ano de 2006. Foi inaugurado o primeiro Centro de Noite da nossa Região, uma experiência piloto que vai de encontro aos mais idosos que vivem em situação de isolamen-
to. As actividades de gestão dos recursos materiais e humanos, o trabalho realizado no aspecto organizativo e de acompanhamento são levados a cabo pela Direcção da Instituição e por uma Comissão Executiva criada para o efeito. É um trabalho de Voluntariado prestado no C.C.D.E.S. sendo o domínio de organização o “Aspecto Social”. Certamente num futuro próximo será de todo o interesse criar-se uma equipa de “Voluntários”, com o respectivo programa de acção, de acordo com os domínios interesses e formação dos voluntários. A nossa receptividade é abrangente bem como o tema Voluntariado, tema esse que poderá servir de motivação para uns e ou de informação para outros.
Muitas são as caracterizações sobre as quais nos podemos debruçar para delinear, assimilar e ou interiorizar a dimensão do significado da palavra Voluntariado. De acordo com a “Recomendação de Assembleia Parlamentar para o Ano Internacional do Voluntariado 2001”, o Voluntariado é um gesto de aprendizagem, de partilha e de solidariedade que permite aos jovens e aos menos jovens a aquisição de experiência de vida, de espírito cívico, de competências profissionais e a transmissão de conhecimentos. Aumenta a empregabilidade dos voluntários desempregados e ajuda a manter as pessoas idosas activas. De acordo com a definição da “Declaração Universal do Voluntariado”, o Voluntariado constitui um pilar fundamental da construção civil. Des-
PeDeStriAniSmo
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aminhar com a natureza pode ser a melhor terapia para a exaltação da alma, uma forma de descobrir diferente e de partilhar experiências, de conhecer a terra invisível. Até os mais céticos acabaram por sucumbir a esta partilha com o ecosistema. E, no Faial, assim como por todos os Açores, o toque de Midas parece estar presente a cada passo que damos, em espaços privilegiados que permitem a estes passeios não serem apenas uma forma de exercício, mas também um momento de contemplação, de frugalidade com os diversos elementos naturais que, jornada a jornada, nos vão dando novos momentos estéticos, abrindo os sentidos e, pela diversidade dos percursos, fruto da nascente sensibilização para o convívio com a natureza, são passíveis de tocar inúmeras sensibilidades. Essa contemplação leva-nos a momentos de reflexão, de perceção que não há futuro sem passado, que as paisagens de cortar a respiração poderão tornar-se sítios de desolação. A expressão desta realidade, felizmente ainda impercetível na grande maioria dos percursos existentes na ilha são acossados pelos fantasmas de outras grandezas que se desvaneceram e serviram de imaginário aquilo que não pretendemos. Cada traçado ao longo das diferentes paisagens desta ilha, deve ter um presente e um futuro. Felizmente os nossos antepassados souberam cuidar do que era seu para dar aos seus, souberam manter o sonho da imortalidade destes espaços divinos. O poder deste chamamento das nossas origens, da terra, da natureza, daquilo que nos é mais essencial e também uma coisa que se aprende e sem querermos quantificar as nossas experiências por não serem importantes, sabemos apenas que a intensida-
de que uma caminhada pode transmitir-nos deixa um renovado ardor para novas caminhadas, com novas energias, para novas descobertas, marcadas por sons, por aromas, por imagens que a cada canto desta ilha se renovam. São tesouros que se encontram por (re) descobrir, perdidos neste labirinto de paisagens difíceis de escolher, a combinação perfeita para uma viagem com rumo. As ofertas são muitas, desde as Levadas, ao circuito da Caldeira, do Vulcão dos Capelinhos à orla marítima dos Cedros. Todos nós podemos criar o nosso percurso, tanto físico como mental, marcando no nosso mapa a memória espiritual daquilo que nos sensibilizou, a magia de poder desfrutar o que para nós é importante. O único limite é a nossa imaginação e alguns cuidados inerentes à geografia. Improvisem com os amigos ou escolham circuitos predeterminados, arranjem material adequado e deixem-se guiar pela sensualidade das paisagens. Caminhem por esses sítios de inspiração que também são inspiradores, composições oníricas que nos levam à perdição da alma. A nossa associação tem, com prazer, desenvolvido e promovido diferentes tipos de abordagens aos percursos pedestres e na forma como os interpretamos, querendo ainda multiplicar diferentes formas de ver o mesmo lugar e renovar ano a ano as experiências que possamos ter, desde as zonas litorais até às zonas de montanha onde se possa verificar a multiplicidade de habitats que albergam espécies vegetais e animais diversas. Não transformem uma caminhada num passeio trivial, libertem-se do comodismo da vida sedentária, caminhem “pela vossa saúde” e convertam esse momento de convívio numa ocasião inesquecível
perta as mais nobres aspirações da humanidade, a procura da paz, da liberdade, de oportunidades, da segurança e justiça para todos os povos, Porém existem outras noções desde a simplista que define o Voluntariado como um serviço gratuito prestado a outrem e outra certamente a mais adequada que o caracteriza como uma actividade pessoal e gratuita ao serviço de outrem, realizado no âmbito da co-responsabilidade alargada. A Declaração Universal do Voluntariado apoio o direito de todas as pessoas se associarem e serem voluntárias, independentemente da sua origem étnica e cultural, religião, idade, género e condição física e social. “ Todas as pessoas do mundo devem ter o direito de oferecerem livremente aos outros e às suas comunidades o seu tempo, talento e
energia”. De acordo com a Lei nº 71/98 de 3 de Novembro o enquadramento Jurídico é a base de sustentabilidade do Voluntariado porque contem regras sobre a sua gestão. O Centro Comunitário do Divino Espírito Santo é uma Instituição jovem, activa, responsável, que alimenta o sonho, porque o sonho faz parte da vida. “Que este simples texto leve alguém a sonhar... e a disponibilizar o seu tempo, o seu talento, a sua energia em prol dos outros”. centro comunitário do Divino Espírito santo Rua Nova Artista Flamenguense – Flamengos 9900-401 Horta Tel: 292 948 180 • Fax: 292 948 074 Email: centrocdes@gmail.com