Salonenses
contra
encerramento da escola PÁGina o3
Tribuna das Ilhas
DireCTor: ManUel CrisTiano BeM 4 nÚMero: 475 Carlos Pinheiro
15.Julho.2o11
Sai àS SextaS-feiraS
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Horta Náutica PÁGina o4
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em Destaque
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eDItorIaL
hegemoniaS ! g Segundo os dicionários, a palavra hegemonia significa “supremacia de uma cidade, povo ou de uma nação sobre outras cidades, povos ou nações”, o que se pode traduzir pelo domínio ou poder que qualquer colectividade humana exerce sobre outras em vários aspectos da vida e das actividades organizadas. As hegemonias existem sobretudo nas áreas da administração pública e da política, embora também se evidenciem nos sectores económicos de um país, a partir dos maiores, mais populosos e mais “produtivos” centros urbanos e sobre as comunidades mais pobres e de menor dimensão. Em Portugal sempre houve tentações ou mesmo atitudes hegemónicas por parte da urbe lisboeta e das cidades capitais de distrito em relação às vilas e pequenas terras das províncias e até de algumas vilas para com as freguesias e lugares dos respectivos concelhos. Também nos Açores, no tempo dos chamados “distritos autónomos”, aconteciam casos nítidos de hegemonias, quase sempre ligados a certos procedimentos centralistas, embora a insularidade, o equilíbrio social e um mais franco relacionamento humano que se verificava nas parcelas do distrito da Horta afastassem esses sentimentos de domínio, como era por vezes referido pelos visitantes dessas quatro ilhas. Entretanto, veio o 25 de Abril com o regime democrático e os Açores transformaram-se numa Região com Autonomia Constitucio-nal, com Parlamento e Governo próprio, cujas atribuições, da respectiva orgânica, foram repartidas pelas três cidades ao tempo existentes e com distribuição por todas as ilhas dos serviços regionais e de apoio aos parlamentares. O que denota ter havido a intenção de fazer do nosso arquipélago um conjunto de terras, separadas pelo mar, mas ao mesmo nível de integração no sistema político-administrativo, considerado como motivador e impulsionador de um desenvolvimento harmónico. Pois, apesar de tudo isso, infelizmente ainda hoje há em determinadas partes destes Açores, velhas mentalidades que persistem na ideia errónea de que a sua ilha é que precisa de se desenvolver prioritariamente, para então se seguir o processo das outras – as mais pequenas, claro! E tudo fazem, movendo influências de toda a ordem, para atingirem, mesmo contra os interesses gerais, os seus objectivos. São os tais “lóbis”, que defendem um crescimento à custa dos outros açorianos… Ainda há dias, num jornal de outras bandas, um desses senhores, contrariado pelas críticas a um projecto muito falado, sentenciava que lá, naquele extremo dos Açores,”mandavam eles”…E será que o dito sujeito também pensa que “manda” nos açorianos destes lados?! Pois está enganado! É que aqui somos emancipados e livres de hegemonias e tutelas, que repudiamos.
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Les sabLes/Horta/Les sabLes
horta e Sables d’olonne têm muito que aprender uma com a outra sUsana GarCia
Quarta-feira à tarde. o sol brinda a baía com um ar da sua graça. o azul brilhante do mar parece um gigantesco espelho, cortado apenas pelos cascos dos veleiros de 40 pés. são 12, e ziguezagueiam pela baía, proporcionando um espectáculo único a quem os observa. Dizem os entendidos que a Classe 40 é uma espécie de “Fórmula 1” dos oceanos, e os participantes na 3.ª edição da les sables/horta/les sables preparam-se para mostrar porquê. estão prestes a largar para a segunda etapa da regata, que liga a horta à cidade francesa de sables d’olonne. esta ligação náutica já dura há alguns anos, e representa a aposta das duas cidades naquilo que têm de melhor: o mar. no entanto, responsáveis de ambas as autarquias são unânimes em considerar que essa ligação pode ir além do âmbito do desporto náutico.
Marla Pinheiro g Stépahane Tournade é vereador na Câmara Municipal de Sables d’Olonne, e tem a seu cargo os assuntos náuticos. Sobre a primeira perna desta regata, não poderia estar mais satisfeito, até porque, segundo entende, o percurso Les Sables/Horta/Les Sables é “a corrida perfeita”: “a distância é óptima, e a nível desportivo é muito interessante, pois temos distâncias mínimas entre os barcos, e os skippers adoram isso. Estes barcos são construídos para andarem muito rápido com o vento nas costas, mas isso não aconteceu na primeira perna. Vieram contra a corrente, por isso foi mais desafiador”, refere. Stéphane considera a ligação entre a cidade francesa e a Horta “apaixonante”, por de alguma forma cumprir as funções com que as travessias à vela ficaram na História: as de aproximar diferentes povos e culturas. “Há
cinco anos só conhecíamos o anticiclone dos Açores. Agora conhecemos esta linda ilha, e as suas pessoas muito hospitaleiras, com destaque para o Armando Castro e a sua equipa, um grupo muito profissional, eficiente e disponível. Não importa a hora a que os barcos chegam, eles estão sempre lá para nos receber”, diz. O autarca não se cansa de encontrar aspectos em comum entre as duas cidades, por isso pensa estender a ligação náutica entre ambas a outras áreas, para lá do desporto: “no próximo ano, quando voltarmos com os barcos mais pequenos, gostaria de promover uma troca de experiências entre os pescadores faialenses e os de Sables. Além disso, da mesma forma que aqui vocês têm as canoas baleeiras, nós temos um grupo de pessoas que restaura velhos barcos de pesca para velejar, e seria interessante haver também aí uma troca de experiências”. Stéphane explica que Sables vê o desporto náutico como um bom investimento. Para a cidade, ter regatas a partir e a chegar do seu porto é uma forma de espicaçar a economia local. O autarca dá o exemplo da mítica Vendée Globe, uma regata de circunavegação do globo, sem paragens e em solitário, que começa e termina na cidade francesa. A ligação com o Faial é, por isso, natural, já que, para o francês, não há dúvidas de que a Horta é “muito importante” no contexto da vela internacional. “Há muitas pessoas que compram barcos em Sables, pela altuCarlos Pinheiro
ra da Vendée, e depois querem leválos para o continente americano, e a passagem pela Horta é essencial. Toda a gente em Sables, e no mundo da vela, conhece a Horta. Não os Açores, não Ponta Delgada, mas a Horta”, exemplifica. Stéphane gostaria que a parceria entre Horta e Sables permitisse um maior intercâmbio de pessoas, no entanto os preços das passagens aéreas são proibitivos. Apesar disso, espera que a ligação entre ambas as cidades se possa intensificar ainda mais. “DeveMos ConTinUar a aPosTar na nÁUTiCa De CrUzeiro” Quem o diz é o presidente da Câmara Municipal da Horta. João Castro não esconde o entusiasmo perante a presença de velejadores de alto nível mundial na Horta, no âmbito da Classe 40, com grande projecção, e que pode chamar ainda mais a atenção do mundo náutico para este pequeno porto no meio do Atlântico. “Devemos continuar a utilizar as rotas oceânicas como um pólo de atracção”, reforça. Por isso, apesar da crise, João Castro pensa que há que fazer um esforço para manter o investimento na componente náutica. É que, se o turismo é uma área com potencial, os nichos turísticos, como este, são catalisadores do desenvolvimento económico, principalmente numa área como o desporto náutico, menos vulnerável às dificuldades económicas que as restantes. O edil recorda a génese da ligação com Sables, há alguns anos, com uma regata de barcos de 6,5 metros, e explica as razões do potencial desta rota: “estamos a cerca de 1400 milhas, o que não é muito moroso mas é já apetecível para os velejadores. Além disso, os ventos e os mares dos Açores também são sempre um desafio. Sables tenta afirmar-se no contexto europeu como uma cidade das rotas ao largo, e a Horta é um sítio obrigatório de paragem, por isso esta relação estabeleceu-se quase naturalmente, e hoje é muito dinâmica e operativa”. Como Stéphane, também João
Castro entende que a parceria com Sables pode ir além do desporto náutico. Nesse sentido, explica que têm sido potenciados alguns eventos esporádicos para promover os Açores na França, como mostras de produtos das ilhas. Além disso, o autarca reforça que há muito a aprender com a cidade francesa: “Sables, à semelhança de nós, tem uma sazonalidade muito grande. Na época baixa tem cerca de 40 mil habitantes mas na época alta chega a ter 250 mil! Mantiveram a estrutura da cidade e a sua tipicidade. Sables vive em cima da praia, como nós vivemos em cima da baía, por isso podemos aprender com eles também em relação ao ordenamento do território”. aMPliação Da Marina PoDerÁ Trazer 120 novos lUGares A equipa de Armando Castro, na Marina, compensa com hospitalidade e eficiência a gritante falta de espaço para acomodar veleiros de 40 pés, por isso são eles os principais alvos dos elogios dos velejadores. No entanto, a ampliação da marina é uma necessidade que salta à vista em momentos como este. João Castro reconhece a falta de espaço, por isso aguarda “com grande expectativa” o final da fase norte da obra do porto, “para deslocalizar para lá toda a componente de passageiros, que libertará muito pano de água para aumentar o número de lugares disponíveis”. “Pensamos que serão criados entre 80 e 120 novos lugares, mas em especial a ampliação da marina irá potenciar que barcos de maior porte, como os 40 pés, possam ter melhores condições de atracagem”, explica. aQUarelle Foi o PriMeiro a CheGar De saBles Os velejadores da Les Sables/Horta/Les Sables não ficaram muito tempo no Faial. O primeiro barco dos 14 em prova chegou na madruga de domingo. Tratou-se do Aquarelle, de Yannick Bestaven e Christophe Bouvet. Dois dos veleiros foram obrigados a desistir, pelo que foram 12 os que largaram do Faial, ao fim da tarde de quarta-feira, de volta a Sables.
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Conferência do ciclo “Açores: Cem anos de República” na Biblioteca da Horta Esta noite, a partir das 21h00, a Biblioteca Pública e Arquivo Regional João José da Graça recebe uma conferência do ciclo “Açores: Cem anos de República”, que decorre desde Janeiro e até Outubro próximo. A conferência agora apresentada alude ao tema “O astrónomo e popularizador Melo e Simas. Entre granadas, planetas e cometas”, e será proferida por Ana Simões.
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Salonenses não se conformam com encerramento da escola da freguesia Dr FoTo: oBoTe.BloGsPoT.CoM
a notícia do encerramento da eB1/Ji do salão, na passada sexta-feira, caiu como uma bomba entre os salonenses. a par desta, também encerra a eB1/Ji da ribeirinha (que neste momento tinha a funcionar apenas a valência de Jardim de infância), no âmbito da reestruturação da rede escolar anunciada pela secretária regional da educação. a directora da escola Básica integrada da horta explica que não há volta a dar, mas os encarregados de educação não se conformam, e contam com o apoio da Junta de Freguesia nas suas reivindicações. recusam-se a assinar a transferência, e já corre um abaixo-assinado para tentar evitar o fecho da escola. entretanto, está agendada para a noite de segunda-feira uma reunião entre os pais e os deputados regionais do Ps e PsD eleitos pelo Faial.
Marla Pinheiro g Maria Alice Mendonça é a representante dos encarregados de educação dos alunos do Jardim de Infância do Salão, e garante que os pais não vão baixar os braços nesta luta. A encarregada de educação lembra que a escola do Salão tinha mais de 21 alunos, número suficiente para a manter em funcionamento. Na segunda-feira a responsável pela EBI da Horta reuniu com os pais para explicar a situação, mas estes insistem na viabilidade de manter as portas da escola abertas e recusam-se a assinar a transferência dos seus educandos. A Secretaria Regional da Educação assegura o transporte dos alunos deslocados, bem como as refeições. No entanto, Maria Alice entende que há pormenores importantes que ficam por explicar: “como vai ser feito o transporte das crianças? Quem é que as vai receber na escola?”, questiona, lembrando que se tratam de crianças de pouca idade. Esta encarregada de educação considera “extremamente injusto” o encerramento da escola, e principalmente, a forma como os pais tiveram conhecimento da notícia. Esta chegou através da comunicação social, na passada sexta-feira, quando “na véspera” os pais tinham estado a fazer a renovação da matrícula, sem que nada lhes tivesse sido dito. Além disso, no sábado, começaram a ser contactados pela EBI da
Horta, no sentido de escolherem de imediato o estabelecimento escolar onde os seus filhos ficarão no próximo ano. “Assim que soubemos do fecho da escola fomos confrontados com a necessidade de escolher. Não é justo”, desabafa. Esta escolha, no entanto, é possível apenas aos pais dos alunos do Jardim de Infância, que podem optar por Pedro Miguel ou pela EB1,2 António Ávila, na Horta. Os alunos do primeiro ciclo têm obrigatoriamente de ser transferidos para esta última, já que, ao contrário do que foi divulgado pela Secretaria Regional da Educação, a escola dos Cedros não tem capacidade para receber mais alunos. Entretanto, a secretária regional da tutela já veio dizer que a decisão de encerrar 27 escolas na Região não foi tomada de forma “unilateral”. De acordo com Cláudia Cardoso, a medida foi “coordenada com todas as unidades orgânicas envolvidas porque o governo não decidiria sem saber se as escolas de acolhimento teriam lugar e condições para receber os alunos”. A governante evocou o regulamento da gestão administrativa de alunos para lembrar que este diz que “nos casos em que a escola tenha dez alunos ou menos, é liminarmente extinta”, sendo que, nos casos em que a escola tenha mais alunos mas mesmo assim implique que o mesmo professor leccione vários anos, “o que o Governo deve fazer é autorizar excepcionalmente para esses casos” a manutenção dos estabelecimentos de ensino “e só quando não seja possível encontrar uma melhor solução”.
enCerraMenTo ineviTÁvel Para Maria José Morais, responsável pela Escola Básica Integrada da Horta, o encerramento da escola do Salão era uma morte já há muito anunciada, há semelhança da Ribeirinha. Neste último caso, Maria José confessa que esperava que o encerramento tivesse acontecido
mais cedo: “já há muitos anos que a Ribeirinha se vem mantendo com cerca de oito alunos”, explica. Este encerramento não causou contestação, e esta responsável entende que isso se deverá ao facto de, no ano lectivo 2010/2011, a Ribeirinha já não ter tido primeiro ciclo a funcionar. Maria José lembra que, quando foi necessário encerrar o primeiro ciclo na Ribeirinha, em Novembro do ano passado, “as pessoas ficaram apreensivas mas acabaram por aceitar”. Ao TRIBuNA, a responsável explica também por que razão a EB1, 2 António Ávila foi a escolha para a recolocação dos alunos do primeiro ciclo: “Em Pedro Miguel cada turma tem dois anos de escolaridade, portanto trazer os meninos para aqui é melhor porque há turmas de alunos por nível etário, e há hipótese de alunos com problemas de aprendizagem já identificados terem apoios educativos. Se temos de fechar, então vamos procurar, simultaneamente, melhorar as condições de aprendizagem dos alunos. Além disso, aqui temos o refeitório e podemos proporcionar uma refeição mais completa, com sopa, segundo prato e fruta. Não temos condições para mandar isto para todas as escolas do primeiro ciclo. Mandamos sopa, fruta e uma sandes”, refere. Quanto à professora e às auxiliares, serão recolocadas noutra escola da ilha, onde a sua presença for mais necessária. A escola contava ainda com outra professora e com uma educadora de infância, em regime de contrato. Maria José adianta ainda que no próximo ano lectivo serão implementadas actividades extracurriculares na EB1,2 António Ávila, de forma a que os pais que trabalhem na cidade possam trazer os filhos e levá-los só ao final do seu horário de trabalho. A responsável garante também que, à semelhança do que aconteceu com as crianças da Ribeirinha, também os alunos vindos do Salão terão acompanhamento e a sua adaptação à nova escola será fácil.
[aconteceu] ConservaTório inTeGraDo na esCola BÁsiCa Da horTa g No último Conselho de Governo, que reuniu esta semana na ilha das Flores, foi deliberado “integrar o Conservatório Regional da Horta na Escola Básica da Horta”. Esta medida, já anunciada, vem na sequência daquilo que já foi feito na Terceira, com a integração do Conservatório Regional de Angra do Heroísmo na Escola Básica e Secundária Tomás de Borba. No caso do Conservatório Regional de Ponta Delgada, o mesmo processo só terá lugar quando for construída a Escola Básica Integrada Natália Correia, o que não acontecerá na presente legislatura. Mais De 20 Mil PassaGeiros MoviMenTaDos eM JUnho Pelo aeroPorTo Da horTa g De acordo com informação estatística disponibilizada pela ANA às redacções, o Aeroporto da Horta movimentou 20091 passageiros no passado mês de Junho. Tratam-se de mais cerca de 4 mil passageiros que em Maio de 2011. A maioria destes passageiros foram movimentados nos voos inter-ilhas, que ascenderam a 328. A SATA Internacional realizou 18 movimentos durante o último mês, e a TAP 56. Quanto à carga, foram desembarcados mais de 36 mil quilos em todos os movimentos realizados durante o último mês, ao passo que o total de carga embarcada ultrapassou os 41 mil quilos. Nas ligações com o exterior do arquipélago, o volume de carga embarcada foi superior ao de carga desembarcada. heroína e haXiXe no valor De 50 Mil eUros aPreenDiDos na horTa g De acordo com informação avançada às redacções pelo comando regional da PSP, a Esquadra de Investigação Criminal da Horta apreendeu na passada semana 4636 doses individuais de heroína e 1478 doses individuais de haxixe. A apreensão resultou de três buscas domiciliárias, no âmbito das quais foram também apreendidos cerca de 500 euros em notas do banco central europeu, assim como objectos presumivelmente em ouro. O estupefaciente apreendido tem um valor de mercado de aproximadamente 50 mil euros, e destinavase ao mercado faialense. Estas ocorrências resultam de uma investigação pelo crime de tráfico de estupefacientes, no âmbito da qual foi ainda detido um homem de 39 anos de idade, de nacionalidade cabo-verdiana.
[vai acontecer] oMa reCeBe esPeCTÁCUlo "o olhar De UMa inaTinGível TernUra ” g O OMA - Centro do Mar vai receber esta noite, pelas 19H30, o espectáculo "O Olhar de Uma Inatingível Ternura - Textos, palavras e imagens de um espectador para a actriz Liv Johanne Ullmann". Este evento surge de um poema, da autoria de Fernando Nunes e centra-se sobre a relação que um espectador desenvolve com a imagem de Liv Ullmann, uma das mais importantes actrizes da história do cinema e companheira do realizador sueco Ingmar Bergman. Além da história da actriz norueguesa, o poema desfia as memórias de um adolescente e da descoberta do cinema através da actividade de um dos muitos cineclubes do país. A encenação deste poema conta com os gestos e vozes de Ana Sequeira e Tiago Silva, a interpretação musical de João Silva, desenhos de Daniel Seabra Lopes e Isabel Lhano e videos de Aurora Ribeiro. "Cena: O Olhar de uma Inatingível Ternura: Texto, palavras e imagens de um espectador para a actriz Liv Ullmann" pretende ser uma homenagem/tributo à actriz norueguesa, exaltando o contributo dos cineclubes e das suas sessões." Este projecto conta ainda com o apoio do Observatório do Mar dos Açores e da Associação Cultural Fazendo e tem entradas livres. XXvi FesTa Do eMiGranTe esTe FiM De seMana nas Flores g Vai decorrer este fim-de-semana a XXVI Festa do Emigrante, no concelho das Lajes ilha das Flores. A edição deste ano contará com a presença das bandas brasileiras “Guigui da Bahia e a sua banda”, e "CHAPA”. Para além da banda açoriana “Y Not Band”, a artista vinda do continente “Rita Red Shoes” e a DJ “Rita Pascoal” animarão as noites desta festa. Amanhã, realizar-se o “II Encontro de Folclore” com desfile e actuações dos grupos intervenientes e ainda, um desfile de marchas, um cortejo do Divino Espírito Santo, exposições e palestras nos variados dias da festa. No âmbito destes festejos, decorrerá hoje, o lançamento da obra FLORES, A ILHA ROSA, com os textos de Gabriela Silva e fotografia de José António Rodrigues. Neste mesmo dia serão apresentadas outras obras desta escritora. Nomeadamente, Abraço de Mar entre Ilhas e Continentes”, da autoria das escritoras Aida Batista e Gabriela Silva e, CORVO, A ILHA PRETA da autoria de Gabriela Silva e José António Rodrigues.
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reportagem
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ÁfrIca caLLs
Balanço da viagem de mota pelo deserto feito por “elas” o grupo de faialenses que no passado mês de Junho se lançou à aventura e percorreu de mota quase 5 mil quilómetros por terras africanas, numa viagem por Marrocos, não podia estar mais satisfeito com a experiência. o rescaldo da viagem foi feito no feminino, com Paula sousa, Cristina Carvalho, Carla luna e Cidália Cardoso a falarem ao T riBUna Das i lhas sobre esta aventura.
típicos da gastronomia marroquina e, como não podia deixar de ser, passear de camelo, foram algumas dessas experiências, que prometem não esquecer. No passeio a camelo, Carla, Paula, Cristina e Cidália não deixaram os créditos femininos por mãos alheias e abraçaram a aventura com entusiasmo, bem como Isabel, a sua companheira de viagem natural do Porto. As mulheres contam com orgulho que foram passear de camelo sozinhas, já que os homens preferiram fazer um passeio de mota pelas dunas. Em relação aos camelos,
PaUla soUsa, CrisTina Carvalho, Carla lUna e CiDÁlia CarDoso as viajantes falaram com o Tribuna sobre experiência
aspectos que mais impressionou Cidália, como nos conta: “impressionou-me a forma como eles vivem com tão pouco e com aquele sorriso no olhar, por isso gostaria de deixar aqui um apelo a todas as pessoas que apreciam a natureza: visitem Marrocos. África está em desenvolvimento e precisa do nosso contributo, pois aquelas pessoas merecem ter o mínimo de conforto”. Apesar da exigência da viagem, as paragens nunca serviam apenas para descansar. A curiosidade vencia a fadi-
Marla Pinheiro g Temperaturas impressionantes de 50 graus, viagens diárias de centenas de quilómetros e até uma pequena queda, que resultou apenas num joelho esfolado foram, para o grupo de 10 pessoas, oito das quais faialenses, males menores numa experiência que superou as expectativas de todos, como nos garantiram as quatro aventureiras. O facto de terem decidido fazer a viagem de mota acabou por revelar-se uma grande arma para fazer face ao calor, como explicou Cidália: “o facto de irmos nas motas foi muito bom, principalmente quando estávamos mesmo no deserto, porque enquanto íamos em movimento a brisa ajudava a superar o calor. Quando estávamos parados sentíamos um calor sufocante”, explica. um dos receios do grupo, como nos explicaram antes de partir, era o de se perderem. No entanto, tal nunca aconteceu. “O nosso GPS portou-se sempre muito bem”, conta Cristina. Os viajantes fizeram percursos bem diferentes daqueles utilizados pelos turistas convencionais, e não dispensaram todas as experiências associadas a uma passagem por Marrocos. Dormir sob o céu do deserto, ouvir música berbere tocada ao vivo, provar os pratos
as opiniões dividiram-se: “o meu era muito amistoso”, lembra Carla. Já Paula não guarda as melhores recordações do seu companheiro de viagem: “o meu camelo era muito dado a arrufos”, confessa. A visita à Medina de Fez, “com as suas 9 mil ruelas estreitas e taciturnas”, como recorda Carla, foi uma das experiências mais impressionantes. Aí, a lembrança da passagem pelo bairro dos curtidores, onde são tratadas as peles dos animais, provoca sorrisos nas viajantes: “nunca tinha estando num sítio tão malcheiroso”, confessa Cidália, enquanto Cristina recorda a surpresa com que recebeu à entrada um raminho de hortelã: “não sabia para que é que aquilo ia servir, mas depois percebi que era para irmos cheirando durante a visi-
ta, para suportar o forte odor”. As gargantas do Todra, o maior palmeiral do mundo ou a cordilheira do Atlas são paisagens que os viajantes garantem guardar na memória para sempre. A diversidade da geografia foi um dos aspectos que os impressionou, contrariando a ideia de que o deserto se resumia a grandes extensões de território inóspito. Alguns dos percursos percorridos eram bastante sinuosos. Carla Luna recorda uma travessia de 42 quilómetros particularmente íngreme: “íamos no leito de um rio, no meio de uma montanha. Era um percurso realmente difícil, e o que é impressionante é que encontrávamos ocasionalmente, no meio do nada, pastores, com os seus rebanhos”, conta.
Os viajantes destacam também a hospitalidade com que foram recebidos pelos marroquinos: “as pessoas são muito amistosas”, conta Paula, recordando os muitos acenos às passagens das motas, sempre dos homens e das crianças, já que as mulheres não se manifestavam. A diferença cultural em relação à Europa é enorme, e, para estas quatro mulheres, nota-se sobretudo em relação ao sexo feminino: “as mulheres não trabalham em sítios como hotéis e restaurantes. Estão em casa, e quando perguntamos aos maridos sobre elas eles não gostam de falar do assunto”, refere Paula. A simpatia dos locais também impressionou os visitantes, principalmente tendo em conta as dificuldades em que muitos vivem. Esse foi um dos
ga, e o tempo foi aproveitado ao máximo, para conhecer o melhor possível os locais por onde passaram. Carla Luna não duvida de que se trata de uma experiência única, e aconselha os amantes da aventura e da natureza a abraçarem o desafio: “subscrevo Miguel Sousa Tavares, quando disse que ninguém deve morrer sem ter ido pelo menos uma vez ao deserto”, refere. Também as suas companheiras de viagem são unânimes em dizer que repetiriam a viagem. No entanto, agora pensam em fazer outra viagem, com um destino diferente. Para já, as ideias ficam reservadas à imaginação de cada um, e as viagens em grupo vão limitarse aos passeios pelo ilha, enquanto esperam o dia em que poderão novamente partir à aventura.
Jornadas Parlamentares do carlos ferreira eleito PS/açores no nordeste vão presidente do Sindicato debater investimento público nacional de oficiais de Polícia g Estão a decorrer desde ontem, no Concelho do Nordeste, em São Miguel as Jornadas Parlamentares do PS/Açores. Nestas jornadas os deputados do PS/Açores vão analisar o investimento público, na perspectiva do seu contributo para o desenvolvimento e coesão da Região. De acordo com informação enviada às Redacções, o líder parlamentar Berto Messias, considera que estas jornadas serão, um momento privile-
giado para os 30 deputados socialistas avaliarem a importância do investimento público regional na criação de riqueza e de emprego nas nove ilhas dos Açores. No seu entender estas Jornadas não pretendem ser um espaço fechado de debate no interior do Grupo Parlamentar, mas sim um fórum de reflexão conjunta entre vários intervenientes no sector da construção civil. As jornadas arrancaram, ontem, com um Fórum sobre
Investimento Público, que contou com a participação do Vice-Presidente do Governo Regional, do Presidente da Associação dos Industriais de Construção Civil e Obras Públicas dos Açores e de administradores de duas empresas do sector. Este encontro incluiu também, visitas ao eixo Nordeste das SCuT, ao Parque Eólico dos Graminhais, às obras do Centro de Noite e Convívio da Salga e aos Viveiros Florestais do Nordeste.
g O Comissário Carlos Ferreira é o novo presidente do Sindicato Nacional de Oficiais de Polícia. O faialense, mestre em comportamentos desviantes pela Faculdade de Medicina de Lisboa e Licenciado em Ciências Policiais pelo ISCPSI, que começou a sua carreira como comandante da PSP de Sacavém, passou pelo Departamento de Operações da Direcção Nacional, pela Segurança da Selecção Nacional de Futebol e pela comissão de Planeamento da PSP para o Euro 2004, foi comandante da PSP da Horta e neste momento faz parte da Direcção Nacional da PSP onde integra o Gabinete de Estudos e Planeamento. Em entrevista ao Diário de Notícias, o Comissário Carlos Ferreira frisou que uma das maiores urgências daquela força de segurança pública se prende com os carros avariados, falta de dinheiro para combustível e dívidas à Segurança Social, entre outras graves situa-
ções que resultaram dos cortes financeiros, sob pena de “sem recursos a actividade operacional sofrer obrigatoriamente uma redução.” De acordo com as declarações de Carlos Ferreira, novo presidente do SNOP, “se não forem tomadas medidas urgentes as dificuldades financeiras da PSP condicionarão a segurança pública.”
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LocaL
feteira com novo Parque de merendas g Com o objectivo de requalificar os espaços turísticos do Faial, o Governo Regional, através da Secretaria Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos, construiu um novo Parque de Merendas, na freguesia da Feteira. A construção deste novo Parque na Lajinha, insere-se no âmbito do projecto de integração paisagística em espaços adjacentes às estradas regionais e surge como um novo local de interesse turístico da ilha, há já muito procurado pela população e moradores pelos moradores da Feteira e freguesias vizinhas. O investimento, orçado em cerca de 8 500 euros, inclui, ainda, a execução de uma base em calçada para colocação de ecoponto em pinho tratado, vedação e ajardinamento do parque de merendas, com regularização de terra vegetal, plantação de flores e de salgueiros, destinados a criar zonas de sombra para conforto dos utentes. Paralelamente a este investimento, foram efectuados melhoramentos na envolvente da Poça da Raínha da Feteira, com a asfalta-
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Durante a semana Do mar
navio-escola Sagres no faial
gem do parque de estacionamento e colocação de mobiliário urbano. A delegação do Faial da SRCTE iniciou também a primeira fase de uma grande intervenção de limpeza de vegetação, na zona da Ponta Furada até ao parque de merendas, estando a segunda fase agendada para o início do próximo ano. Nesta intervenção foram ainda colocados painéis de identificação turística, que identificam os equipa-
mentos e actividades que existem na referida zona tais como: piscinas naturais, miradouro e pesca desportiva. Para breve está agendada a conclusão de uma outra empreitada que prevê a construção de um passeio com aproximadamente 150 metros e que permitirá o acesso pedonal entre a zona balnear e o Porto da Salgueirinha, o qual permitirá a circulação de pessoas com mobilidade reduzida.
marcha Popular da Santa casa da misericórdia da horta
g Na primeira semana de Agosto, o navio-escola estará no Faial, ao mesmo tempo que decorre uma regata internacional e a Semana do Mar. O N.R.P "Sagres", com uma guarnição de 139 elementos, é comandado, desde 16 de Maio de 2011, pelo Capitão-de-Fragata Sardinha Monteiro. O actual navio-escola "Sagres" foi construído em Hamburgo, em 1937, tendo recebido o nome de Albert Leo Schlageter. Era o terceiro de uma série de quatro navios encomendados pela marinha alemã. No final da II Grande Guerra, aquando da partilha dos despojos pelos vencedores, ficou na posse dos Estados unidos da América. Em 1948 foi cedido à marinha do Brasil, pelo valor simbólico de 5.000 dólares, como compensação pelos danos causados pelos submarinos alemães aos seus navios durante a guerra. Foi, então, baptizado de
"Guanabara", nome da célebre baía brasileira para onde inicialmente foi rebocado. A 30 de Novembro de 1960 foi abatido ao efectivo da marinha brasileira, sendo adquirido por Portugal em Outubro de 1961, pelo valor de 150.000 dólares, para substituir o antigo "Sagres", que, curiosamente, também havia sido um navio alemão. Desde 1962, o navio-escola "Sagres" tem efectuado anualmente viagens de instrução com cadetes da Escola Naval, funcionando também como embaixada itinerante de Portugal. No âmbito das suas missões, cumpriu já três viagens de circum-navegação, bem como outras viagens de duração superior a cinco meses que o levaram a participar na regata Colombo (1992), a integrar as comemorações dos 450 anos da chegada dos portugueses ao Japão (1993) e ainda nas celebrações dos 500 anos da descoberta do Brasil (2000).
agraDecImento
A família de José Rodrigues Luís Vicente vem publicamente agradecer a todos os profissionais de saúde, médicas e médicos, enfermeiros e pessoal auxiliar, assim como aos profissionais do serviço de ambulâncias da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Faial, e manifestar o seu profundo reconhecimento pelo profissionalismo manifestado aquando da doença do saudoso extinto. Pela forma humana como todos se empenharam aquando dos diversificados momentos em que o mesmo necessitou de cuidados de saúde, o nosso bem hajam. A todos quantos acompanharam o funeral, telefonaram, enviaram cartões, mensagem, flores, mandaram celebrar missas, ou de qualquer outra forma manifestaram o seu pesar pelo falecimento do nosso ente querido, a família vem expressar a sua gratidão e o seu profundo reconhecimento. A todos um bem hajam.
Vendo urgente - grandeS oPortunidadeS únicaS de negócio g A Santa Casa da Misericórdia da Horta levou a cabo, no passado dia 8 de Julho, a primeira edição das Festas Populares da instituição. No âmbito destes festejos a apresentou uma marcha popular em que participam jovens com deficiência mental, idosos e funcionários de todas as valências com o objectivo de aproveitar as potencialidades de todos os participantes envolvidos. Com letra e música de Ângela Moitoso e interpretação musical de Marcelo Guarini, professores do Conservatório Regional da Horta e coreografia de Zulmira Silva e Hildeberto Melo, esta marcha foi
bem acolhida junto do público que assistiu à sua estreia. Neste sentido, a Santa Casa da Misericórdia da Horta levou a efeito na tarde de ontem, no pátio interior da instituição, uma segunda exibição desta marcha. O públicoalvo foram os idosos da instituição bem como todos os jovens com deficiência que se encontram na cidade da Horta, integrados no projecto Inter-Centros que se realiza há 4 anos consecutivos. O Projecto Inter-Centros foi inicialmente implementado pelos Centros de Actividades Ocupacionais (CAO) das Santas Casas da
Misericórdia da Madalena do Pico e da Horta. Posteriormente foi alargado ao CAO da Santa Casa da Misericórdia da Calheta de São Jorge, promovendo assim o intercâmbio entre os três CAO’s do Triângulo. No ano transacto os utentes do projecto Moviment’arte incluíram as actividades inseridas neste projecto. Este ano, a Santa Casa da Misericórdia da Horta contou com a parceria da APADIF para a organização deste evento, que decorre desde ontem, com diversas actividades de âmbito cultural e desportivo.
na ilha de São miguel: -Casa nova c/ 3 anos, 8 quartos, 6 Wc, Garagem, mobilada, valor de mercado 260mil euros vendo por 155mil euros, veja na Net:www.coisas.com/2832444 -Casa nova c/ 4 anos, dividida em 2 apartamentos T1, a 800 metros da Praia do pópulo, 120mil euros, veja na Net: www.coisas.com/2834800 -Espaço Comercial 3 gabinetes e 3 Wc, utilizado como Stand de Automóveis, na Via Rápida de Ponta Delgada em Frente a bomba da Galp de São Roque, 160mil euros, www.coisas.com/3134856 na ilha terceira: -Lote para construção na Praia da Vitoria (Amoreiras-Santa Rita) com viabilidade de construção, área total 240m2, 14mil euros, veja na Net: www.coisas.com/2832350 -2 Casas em ruínas em frente ao ilhéu das cabras na serretinha, área total 200m2, 39mil euros, veja na Net: www.coisas.com/2832571 no continente: -Casa em ruínas, com orçamento de reconstrução de 10.000,00€, no Bombarral a 30 minutos do aeroporto de Lisboa, 19mil euros, veja na Net:www.coisas.com/3118416 contactos: 917715025 ou 964597641
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LocaL
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Cerca de um mês depois da sua eleição à assembleia da república pelo Círculo eleitoral dos açores, a deputada faialense lídia Bulcão esteve de visita ao Faial e ao Pico. na agenda, a Feira açores 2011, uma reunião com o núcleo de agricultura Biológica da associação de agricultores da ilha do Faial e ainda um encontro com a comunicação social local, onde Bulcão reafirmou a promessa, feita durante a campanha, de levar a cabo um “mandato de proximidade”.
Marla Pinheiro Foto: susana Garcia g A primeira visita oficial de Lídia Bulcão aos Açores enquanto deputada à Assembleia da República deu-se pouco mais de um mês depois da sua eleição. A deputada independente eleita pelo PSD promete que esta será apenas uma de muitas passagens pelo arquipélago, reforçando assim uma promessa que já tinha deixado antes das eleições: a de exercer “um mandato de proximidade” com aqueles que a elegeram. Como explicou aos jornalistas esta segunda-feira, no final da visita, Lídia Bulcão escutou muitas queixas durante a campanha em relação ao comporta-
Tribuna das Ilhas
lídia Bulcão veio ao faial deixar claro que quer “um mandato de proximidade” mento dos deputados eleitos pelos Açores. Para muitos açorianos, os deputados eleitos pelas ilhas “desaparecem” após as eleições, deixando de lado as preocupações em relação ao futuro da Região. Lídia Bulcão quer, por isso, marcar a diferença, com visitas regulares aos Açores, principalmente às ilhas mais pequenas, para melhor fazer a ponte entre o arquipélago e Lisboa. aGriCUlTUra ConTinUa a ser BanDeira Do PsD Nesta visita, a agenda da deputada foi inteiramente dedicada ao sector agrícola. No Pico, Lídia visitou a Feira Agrícola Açores 2011, e no Faial esteve reunida com o Núcleo de Agricultura Biológica da Associação de Agricultores da Ilha do Faial. Para a deputada, a agricultura foi uma bandeira do PSD na campanha e continuará a sê-lo agora que o partido chegou ao poder. Lídia Bulcão não duvida de que se trata de uma das soluções para a crise. um exemplo de como isto pode ser verdade é, para a parlamentar, o Núcleo de Agricultura Biológica do Faial: “são jovens com formação, empreendedores, e que pretendem agar-
rar a agricultura de uma forma sustentável”, referiu. Lídia Bulcão fez também referência a algumas das principais dificuldades a que o Núcleo aludiu, nomeadamente a falta de apoio técnico. Os seis produtores faialenses que neste momento se encontram em fase de certificação na área da agricultura biológica “sentem falta de apoio e de incentivos neste processo”. Lídia Bulcão salientou também a falta de ligação entre o meio académico e o meio agrícola, considerando que os decisores políticos podem ter um papel importante nesse sentido. Em relação à Feira Açores, Lídia apontou o certame como um bom exemplo de como, a partir de uma ilha, se pode olhar para a Região com “uma visão de conjunto”, uma vez que a Feira contou com participações de todas as ilhas. A agricultura será uma das áreas em que a deputada açoriana estará mais activa no parlamento nacional, uma vez que foi destacada na categoria de suplente para a Comissão da Agricultura e do Mar. Lídia Bulcão é também suplente na Comissão de Assuntos Europeus, e efectiva na Comissão de Ética, Cidadania e Comunicação.
líDia BUlCão a deputada garante que vai ficar próximo dos açorianos durante o seu mandato
esPaço De ProXiMiDaDe
reconstrução
13 anos depois do sismo, donos das casas ainda não possuem registo de propriedade
a PolíCia ao serviço Dos P P o o l l
Marla Pinheiro
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Foto: susana Garcia g Na manhã de quarta-feira, os deputados regionais do PSD eleitos pelo Faial estiveram no Loteamento do Farrobo, nos Flamengos, para denunciar alguns problemas que se encontram por resolver no âmbito do processo de reconstrução após o sismo de 1998. Alguns dos sinistrados do sismo, que eram proprietários das suas casas, não as puderam reconstruir no mesmo local, por motivos de segurança. Por essa razão, as novas habitações foram construídas em terrenos cedidos pelo Governo Regional. Hoje, 13 anos volvidos do sismo, estas pessoas continuam sem possuir qualquer documento que comprove serem possuidoras das suas casas. Nos Flamengos, José Duarte e Branca Silva queixam-se do impasse em relação a esta situação. Esta última, com 85 anos, está preocupada com o que poderá acontecer à casa em caso do seu falecimento, já que não há nada que comprove que o imóvel é, efectivamente seu. Depois de várias incursões junto dos responsáveis, o problema continua por resolver. Também José Duarte está cansado de ver o problema arrastar. Há seis anos que reside na nova casa, e de lá até hoje a questão da propriedade continua por resolver. Há cerca de um ano foram-lhe pedidos documentos
C C i i a a D D e e s s loTeaMenTo Do FarroBo Deputados do PsD estiveram à conversa com moradores
pelo Executivo Regional, o que, para José, foi um sinal de esperança de que a situação estaria perto de ser resolvida. No entanto, como explicou ao TRIBuNA, há cerca de duas semanas voltaram a pedir-lhe os documentos, alegando o extravio dos primeiros que enviou. Para José, trata-se de um sinal de que o processo não sai da estaca zero. Em declarações à comunicação social, Jorge Costa Pereira lembrou que o Governo Regional, em resposta a um requerimento apresentado pelo grupo parlamentar laranja, admitiu que “alguns sinistrados ainda não são proprietários dos respectivos imóveis em virtude de os loteamentos onde se encontram construídos aguardarem regularização, estando a ser ultimados
os procedimentos necessários à emissão do respectivo alvará”. Ainda na resposta ao requerimento do PSD, o Executivo previa a conclusão deste processo “no final do ano de 2010”. Costa Pereira lembra que, de então até hoje, já passaram seis meses, e o problema continua por resolver. Costa Pereira e Luís Garcia alertam também para o facto de ainda hoje existirem pessoas a residir em pré-fabricados, em várias freguesias da ilha. Os deputados social-democratas reconhecem que algumas dessas situações são da responsabilidade dos próprios sinistrados, por terem recusado as soluções apresentadas pelo Governo dos Açores, mas destacam que outras se devem à inoperância do Executivo Regional.
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ProGraMa inTeGraDo De PoliCiaMenTo
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Tribuna das Ilhas
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cInema no teatro faIaLense
a minha Versão do amor documentário sobre (Dia 17; 21h30; >12) g Realizado por Richard J. Lewis, responsável, entre outras coisas, por alguns episódios da série CSI, A Minha Versão do Amor é um filme de 2010, protagonizado por Paul Giamatti (Sideways; A Senhora da Água), à frente de um elenco com nomes como Rosamund Pike (O Libertino), Minnie Driver (O Bom Rebelde), Scott Speedman (Underworld) e Dustin Hoffman (Rain Man – Encontro de Irmãos; Kramer vs. Kramer). Neste drama, Giamatti é Barney Panofsky, um homem que encontra o amor da sua vida no dia do seu segundo casamento. No entanto, ela não é a noiva. Depois de partilhar uma vida boémia com a sua primeira mulher, em Roma, Barney escolhe para segunda esposa uma abastada princesa judia que só se interessa por compras e em falar incessantemente, e à qual Barney praticamente não liga. E é durante o seu espampanante casamento que Barney conhece
Dr
GiaMaTTi e hoFFMan os dois actores são filho e pai neste drama de richard lewis
Miriam, a sua terceira mulher, mãe dos seus dois filhos e o seu verdadeiro amor. Tendo o seu pai, Izzi (Hoffman), como acompanhante, Barney leva-nos a conhecer os altos e baixos da longa e colorida vida.
património musical no teatro faialense g Amanhã, dia 16 de Julho, a partir das 21h30, será exibido no Teatro Faialense o filme Sinfonia Imaterial. Da autoria do realizador Tiago Pereira, este documentário foi já apresentado nas ilhas do Pico, São Jorge, Terceira e São Miguel durante o passado mês de Junho, e constitui um “registo singular de tradições ancestrais, dispersas e variadas, que fazem parte da nossa memória colecti-
va”. Sinfonia Imaterial é um documentário sobre o património cultural oral e musical português, produzido pela Fundação INATEL, que inclui conteúdos dos Açores, registados em Abril de 2011 nas ilhas do Faial, Pico, São Jorge e Terceira. Em resposta a um desafio lançado pelo INATEL, o realizador percorreu o país, “recolhendo fragmentos de um património imaterial
rico e diversificado”. O resultado é este documentário, de cerca de uma hora, sem narração ou entrevistas, que procura assim ser uma “fluida abordagem inovadora mais próxima do cinema, onde só os artistas, os seus instrumentos e o ambiente que os rodeia são protagonistas, revelando assim também o olhar do realizador liberto do convencional modelo instituído de documentário”.
grupo folclórico do Salão levou os açores até à alemanha g A passagem do Grupo Folclórico do Salão pela Alemanha, onde participou no Festival Internacional da Juventude de Wewelsburg, deixou os responsáveis pelo grupo faialense muito satisfeitos. O Festival decorreu entre os dias 19 e 25 de Junho, e contou com a participação de oito grupos internacionais e dez grupos alemães, permitindo ao grupo faialense levar a música tradicional da ilha a muitas pessoas de todo o mundo. Alemães, italianos, sérvios, americanos, entre outros, marcaram presença neste festival onde os representantes lusos foram os faialenses. O Grupo Folclórico do Salão contou com várias referências na imprensa local, que destacou a sonoridade dos instrumentos de corda e os “ale-
Dançar eM ConJUnTo a troca de experiências e amizades neste Festival reflectiu-se pela partilha de algumas danças entre todos os participantes
gres chapéus de palha” do grupo do Faial.
uma das particularidades deste Festival foi um momento dedicado à
notário lic. maria do cÉu Prieto da rocha Peixoto decQ mota
Vidente-medium curandeiro eSPecialiSta em ProBlemaS de amor telef.: 291 238 724 *telm.: 966 552 122 * fax: 291 232 001
cartório rua da conceição, n.º8 r/c – 9900-080 horta
certidão narratiVa Certifico, para efeitos de publicação, que por escritura lavrada aos seis de Julho de dois mil e onze, de folhas cento e três a folhas cento e quatro, do Livro de Notas para escrituras Diversas número Noventa e Cinco - E, do Cartório Notarial, da Licenciada Maria do Céu Prieto da Rocha Peixoto Decq Mata, Notária, sito na Rua da Conceição n.º 8 r/c, na Horta, se encontra exarada uma escritura de JuSTIFICAÇÃO NOT ARIAL na qual Humberto Manuel Menezes do Souto NIF 154 000 965 e mulher Judite Helena Caldeira Faria Souto NIF 185 939 546, casados na comunhão de adquiridos, naturais ele da freguesia das Bandeiras, concelho da Madalena, ela da freguesia de Castelo Branco, do concelho da Horta, nesta última residentes na Estrada Regional, n.° 20 - B , declaram: Que são actualmente e com exclusão de outrém, donos e legítimos possuidores do seguinte prédio, situado na referida freguesia de Castelo Branco: _ Rústico, sito Acima do Vai Grande, terra de lenha, com a área de trinta e oito ares e setenta e dois centiares, confinando norte com Silêncio Silveira de Faria, sul Grota do Vai Grande, leste Francisco da Rosa Correia e oeste Maria da Glória da Silveira, inscrito na matriz no artigo 1496, com o valor patrimonial tributário de 9,18€, descrito na Conservatória do Registo Predial da Horta sob o numero vinte mil quatrocentos e trinta e três, do Livro B- cinquenta e cinco, com o registo aquisição a favor de Eduíno Vargas
paz, onde todos os grupos participantes deixaram uma mensagem especial
alusiva ao tema. Na sua mensagem, os salonenses falaram de como aprenderam “o ritmo cadenciado das marés”, e do facto da música ser a sua forma “de perseguir a felicidade e o sonho. “Nas nossas nove ilhas a natureza canta. E foi a cantar e a bailar que descobrimos a nossa cultura e encontrámos a paz nos nossos corações. Somos universais a partir das ilhas porque para nós a música não tem fronteiras e é de todos os tempos e de todos os lugares. Além disso somos portadores de uma mensagem de paz e fraternidade, iluminados que estamos pela dádiva e partilha do Divino Espírito Santo”, explicaram os faialenses aos restantes participantes neste festival, a quem ensinaram também alguns dos seus “bailhos”.
sob número treze mil setecentos e noventa e sete a folhas cento e sessenta e cinco do Livro G - dezasseis. Que adquiriram este prédio por compra efectuada há mais de vinte anos por volta do ano de mil novecentos e noventa ao titular da inscrição de propriedade, sem no entanto terem celebrado a respectiva escritura de compra e venda. Que desde essa altura até hoje estão na posse do referido prédio, sem a menor oposição de ninguém; posse que sempre exerceu sem interrupção e ostensivamente, com conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário, tendo ocupado o prédio, feito sementeiras, tendo retirando sempre dele todas as utilidades normais, com ânimo de quem exercita direito próprio sendo por isso uma posse pacífica contínua e pública. Adquiriram assim o referido prédio por usucapião e, dado o modo de aquisição, não possui título, estando impossibilitada de comprovar esta aquisição pelos meios normais. É certidão-narrativa que fiz extrair e vai conforme o original. Cartório Notarial, seis de Julho de dois e onze. A Colaboradora por delegação da Notária, (filomena teresinha Pereira Serpa) registo n.º99/1 registada sob o n.º
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“transInsuLar” contra as pLataformas LogÍstIcas
“Projectos megalómanos, que não melhoram o abastecimento dos açores, são dispensáveis”- diz o presidente da transinsular Dr
o texto que se segue, foi publicado pelo matutino de Ponta Delgada “Correio dos açores” na sua edição de 25 do mês findo, com base no discurso proferido pelo presidente da “Transinsular”, luís nagy, durante 0a cerimónia de apresentação do novo navio “Chem Daisy” fretado pelo Governo regional para o serviço de abastecimento de combustíveis ao arquipélago. Tratando-se de um tema de grande actualidade e interesse para estas ilhas, aqui o transcrevemos com um expressivo agradecimento ao “Correio dos açores”, pela facilidade que, de bom grado, nos concedeu. g O presidente do conselho de administração da empresa de transportes marítimos ‘Transinsular’ considerou “idealista” e “utópico” o estudo elaborado a pedido da Câmara do Comércio e Indústria dos Açores que aponta para uma alteração do modelo de transportes marítimos, com a criação de duas placas giratórias de tráfego, Ponta Delgada e Praia da Vitória. Luís Nagy, que falava em Ponta Delgada na apresentação do novo navio tanque ‘Chem Daisy’ que vai distribuir combustíveis pelas ilhas dos Açores, começou por sublinhar que a ‘Transinsular’ “não é imobilista, está atenta e estuda sempre soluções alternativas que possam ser melhores para os mercados em que opera e para os clientes que serve”. Por esta razão, revelou, a empresa encomendou a um “conceituado” consultor internacional, a ‘Delloite’, há cerca de um ano, um estudo sobre o transporte marítimo de carga do continente para os Açores e inter-ilhas dos Açores, comparando o modelo actual com vários modelos alternativos. As conclusões técnicas deste estudo da ‘Delloite’ apontaram para o modelo actual como sendo “a melhor solução”, o que foi confirmado por um inquérito feito aos utilizadores destes transportes, que maioritariamente preferem este modelo apontando como pontos fortes o preço e sobretudo a sua qualidade e fia-
bilidade do serviço. O presidente da ‘Transinsular’ referiu-se, depois, a um “estudo semelhante” promovido pela Câmara de Comércio de Angra do Heroísmo que “aponta em sentido inverso. “Já solicitámos à Delloite uma análise e um parecer sobre este estudo, que divulgaremos brevemente”, anunciou. Luís Nagy revela que, entretanto, uma análise já feita quer pela Transinsular quer pela Delloite, “levanos a concluir que o referido estudo é em muitos aspectos muito idealista e nalguns utópico, porque não tem em conta a realidade e não quantifica nem se preocupa com o montante dos investimentos requeridos, donde virá o dinheiro para os realizar e quem terá que os pagar”. “Há muitos aspectos que merecem a nossa discordância a começar pela criação de um conceito de dupla insularidade. Há duas ilhas grandes que serão tratadas de uma forma. Há uma segunda insularidade que são as ilhas pequenas que serão tratadas de outra forma”, referiu o presidente da ‘Transinsular’. Acrescenta que o estudo encomendado pela Câmara do Comércio e Indústria “requer investimentos desproporcionados e impossíveis de rentabilizar”. “Este ‘Açores Logístico’ até pelo nome faz-nos lembrar o Portugal Logístico lançado com pompa e cir-
cunstância há cerca de três anos pelo Governo Central da República, e porque desajustado da realidade e economicamente inviável, acabou por ficar no papel”, realçou Luis Nagy. Realçou que, das múltiplas plataformas logísticas que o ‘Portugal logístico’ pretendia criar só a do Poceirão - que já estava em curso - avançará, porque para além de uma situação privilegiada, contou com dois promotores mais preocupados em resolver os seus problemas de curto prazo não se preocupando com a rentabilidade futura. um banco que tinha aí um terreno que tinha recebido em resultado da execução de um crédito mal parado e para o qual não tinha ocupação e uma empresa de construção civil que precisava de fazer obras”. Disse que foi feito um concurso público para uma outra plataforma logística com excelente localização junto ao porto de Leixões. Dos múltiplos interessados só um acabou por apresentar proposta, um agrupamento composto pela ETE, juntamente com a Edifer e um fundo de investimento participado pelo BCP e pela BRISA, que para poder tornar a proposta viável “exigiram” a utilização de fundos do QREN e avales da APDL para os financiamentos, pois só assim seria viável e financiável, o que não foi aceite pela APDL. De facto era impossível rentabilizar o investimento, apesar da localização privilegiada desta infra-estrutura.
No ‘Açores Logístico’ além do investimento em duas plataformas logísticas, “há que fazer investimentos nos portos e a pergunta que se faz é quem os vai pagar. Os utilizadores do transporte marítimo? Então os fretes ficam por valores incomportáveis. O Governo? Com que dinheiro, desviando verbas de outros projectos?” – questões que deixou no ar. “O transporte inter-ilhas que preconizam também custa uma fortuna. Quem o paga?”, perguntou. Sublinha, a propósito, que o modelo que propõem implica baldeação de carga, com e sem desconsolidação, para todas as ilhas com excepção de S. Miguel e da Terceira. “Para além de ser um custo adicional não garante a qualidade e a fiabilidade que tem o actual serviço directo”, salienta. Para além disso, prossegue, o estudo elaborado a pedido da Câmara do Comércio e Indústria dos Açores, “utiliza argumentos falaciosos dizendo que passa a garantir um serviço bisemanal para as grandes ilhas, o que não corresponde à verdade. Terá um serviço semanal a partir de Lisboa e outro serviço semanal a partir do Porto, não sendo as cargas idênticas. A cerveja Sagres seria abastecida uma vez por semana a partir de Lisboa e a Superbock também só uma vez por semana a partir do Porto”. “Porquê a necessidade de ter estas e outras imprecisões. Será falta de bons
argumentos?” questionou Luís Nagy. Em sua opinião, actualmente “existe um serviço de transporte marítimo, com um custo razoável, com boa qualidade de serviço e extremamente fiável, que garante um frete igual para todas as ilhas e as serve directamente e não requer qualquer subsídio do Governo Regional”. “Porquê aparecer um projecto que exige enormes investimentos que não será possível rentabilizar, que preconiza um inter-ilhas com um custo incomportável, que obriga a baldeação da carga destinada à maioria das ilhas, quando os Açores são servidos regularmente por oito navios, quatro em cada semana que servem com qualidade e fiabilidade todas as ilhas”, outra questão colocada pelo responsável da ‘Transinsular’. Aceita que “haverá melhorias e ajustamentos a realizar nos actuais serviços, haverá sempre e não deixaremos de estar atentos a elas”. Contudo, considera “dispensáveis projectos “megalómanos que não melhoram o abastecimento do Arquipélago e não se preocupam com quem paga a elevada factura que criam. Os Governos e populações Açorianas, em seu entender, “têm demonstrado ao longo dos tempos e face a diversas questões uma grande ponderação e bom senso. Estamos convictos que também neste caso a ponderação e bom senso irá prevalecer”.
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treze anos depois do sismo de 9 de Julho de 1998
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Jorge Costa Pereira
No passado dia 9 de Julho completaram-se 13 anos sobre a fatídica manhã em que a terra tremeu violentamente no Faial e Pico e destruiu uma parte significativa do nosso parque habitacional. Volvida mais de uma década sobre aquela madrugada de 1998, é cada vez mais clara a visão daquilo que neste complexo e difícil processo foi bem feito e aquilo que deixou muito a desejar. E há que reconhecer que, neste lapso de tempo, o parque habitacional do Faial foi, numa significativa parte, requalificado e é hoje sismicamente mais seguro e com muito melhores condições de salubridade. Com a mesma justiça e verdade, importa também denunciar os casos ainda não resolvidos. E embora sejam em número reduzido, a verdade é que nos dias de hoje ainda há sinistrados que continuam a viver em pré-fabricados à espera de uma solução habitacional que tarda, nuns casos por responsabilidade própria, noutros por incapacidade de resposta dos serviços do Governo Regional. Por outro lado, persiste teimosamente sem solução a situação de muitos proprietários que foram realojados em novos terrenos por imposição legal
e que, volvidos todos estes anos, continuam sem documento que ateste o seu direito de propriedade sobre o imóvel e o terreno. Estes sinistrados proprietários, que vivem nas suas novas casas há cerca de oito anos, continuam com a sua situação ilegal por responsabilidade exclusiva dos serviços do Governo Regional. Já por várias vezes denunciei este inaceitável situação que atinge várias pessoas em vários loteamentos. Em Julho de 2008 levantei publicamente o problema e a resposta do Governo Regional foi de que "esses casos estão praticamente sanados". Em Janeiro de 2009 os deputados do PSD do Faial dirigiram um requerimento ao Governo Regional sobre esta situação e a resposta chegou mais de um ano depois (em Março de 2010, quando o Governo tem o dever de responder aos requerimentos dos deputados em 60 dias!). Em Janeiro de 2010 proferi uma intervenção na Assembleia Regional denunciando mais uma vez este assunto e até a Secretária da tutela me acusou de "estar a faltar à verdade". Dois meses depois, em resposta ao nosso Requerimento de Janeiro de 2009, o Governo Regional, a custo e a contragosto, reconhecia que, afinal, quem faltara à verdade não tinha sido eu, pois "Verifica-se, de facto, que alguns sinistrados não são ainda proprietários dos respectivos imóveis em virtude de os loteamentos onde se encontram construídos aguardarem regularização, estando a ser ultimados
os procedimentos necessários à emissão do respectivo Alvará e actos subsequentes." Nesse mesmo documento, o Governo Regional afirmava-se "empenhado na célere resolução dos casos detectados, com vista à regularização da propriedade dos imóveis em causa, prevendo a conclusão de tal desiderato no final do ano de 2010." A verdade é que, mais uma vez, o Governo Regional não cumpriu aquilo a que se comprometeu. Seis meses e meio depois da data a que o Governo se comprometeu, permanecem todos esses casos por resolver e a verdade é que aqueles sinistrados continuam hoje sem qualquer documento que ateste o seu direito de propriedade sobre o imóvel e sobre o terreno. E, por mais que os sinistrados em causa procurem e solicitem respostas, deparam-se com um muro de silêncio inaceitável, culposo e condenável. À incompetência junta-se a desumanidade de quem nem sequer se dispõe a lavrar (enquanto as Escrituras não ficam regularizadas) um documento que declare formal e com valor vinculativo o direito daqueles sinistrados ao imóvel que ocupam. E à desumanidade junta-se também a arrogância de quem se julga dono do poder e do Estado e já não é capaz de compreender o cidadão, o idoso que vive amargurado e obsessivo porque sente aproximar-se o fim dos seus dias e nem um "papel" tem para deixar aos seus herdeiros que ateste o seu direito sobre a casa!
Esta incompreensível desumanidade e esta inaceitável visão burocrática são e foram uma das piores e mais nefastas facetas deste ainda não terminado processo de Reconstrução do Sismo de 9 de Julho de 1998. Treze anos depois!
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Triste espectáculo foi o sucedido no passado dia 8 de Julho na Assembleia Regional. No meio de um aceso debate, o Vice-Presidente do Governo, em aparte, insultou a bancada do PSD, dizendo-lhe que "não falo com deficientes". Episódios desta natureza só contribuem para denegrir ainda mais o já tão pouco apreciado mundo da Política onde, muitas vezes, os seus protagonistas se enredam na vertigem do poder e esquecem a realidade que os circunda, os eleitores que os escolheram, a dignidade dos cargos que ocupam e o respeito pelos lugares que frequentam! um excesso, um destempero de ocasião, qualquer cidadão e qualquer político pode ter! Mas deve sempre possuir a humildade para o reconhecer de imediato e a lucidez para dele tirar as devidas consequências políticas. Não aconteceu, neste lamentável caso, nem uma coisa nem outra. Infelizmente!
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Todos se recordam da posição de total guerrilha institucional que Carlos César moveu ao Governo da República de Durão Barroso e de Santana Lopes. Todos se recordam da
sua ensaiada ameaça de que por causa do Governo da República da altura a Reconstrução do Faial e Pico iria parar. E no decorrer deste ano que nos separa das eleições regionais de 2012, não admira que a inevitabilidade aconteça, isto é, que Carlos César e o PS dos Açores, voltem a esse registo de oposição total ao governo de Lisboa, procurando nele o bode expiatório para as suas próprias insuficiências e dificuldades! Por isso, é importante que os Açorianos conheçam, desde já, qual é o ponto da situação das pendências entre o Governo dos Açores de Carlos César e o Governo da República. Na sua relação com os Açores, o Governo de José Sócrates deixou pendentes mais de 200 milhões de euros, a saber: 8 milhões às autarquias dos Açores; 40 milhões à EDA; 20 milhões relativos aos compromissos com a fibra óptica; 100 milhões relativos ao protocolo do tratamento de resíduos; 16 milhões à SATA-Internacional; 10 milhões na área da saúde; 5 milhões de retenções de IRS das autarquias açorianas. Sobre todos estes valores e compromissos pesou, até agora, um forte e cúmplice silêncio de Carlos César e do seu Governo. Não vá doravante esse silêncio transformar-se em gritaria reivindicativa, já que em Lisboa o governo é outro e de outra cor política! É que ninguém levaria a sério quem tal fizesse! 11.07.2011
desenvolvimento infantil - importância da estimulação
O
Joice Duarte*
modo como a criança desenvolve a sua pessoa, ou seja, como se organiza e como elabora as acções e trocas com o meio que a rodeia, está dependente de dois aspectos, potecialidades e processos predeterminados. As potencialidades, ou seja, o conjunto das capacidades que se revelam através das interacções e inter-relações do sujeito com o seu ambiente, e os processos predeterminados, que estão imediatamente operacionais, tal como, a sucção, porém outros, como a preensão, estão programados no seu desenvolvimento temporal. Estes dois aspectos encontram-se interligados, visto que a expressão das potencialidades depende do modo como se vão desenvolver os processos que permitem que a criança aja sobre o meio. Todo o desenvolvimento a que a criança se vai submeter irá se exprimir num ambiente particular, o da família. Neste sentido, tudo aquilo que se vai suceder está de certa forma dependente do contexto familiar. Portanto, a qualidade das relações que a criança experimenta neste ambiente adquirem uma
importância notável. São estas relações que serviram como modelo das posteriores aprendizagens da criança. A primeira infância é das fases mais críticas e vulneráveis no desenvolvimento de qualquer criança, é nesta altura que se estabelecem as bases para o desenvolvimento intelectual, emocional e moral. Por volta dos 4 anos a criança encontra-se no pré-escolar, é aqui que a criança desenvolve desde o vocabulário, à coordenação, pensamento intelectual e capacidades de relacionamento. O treino da motricidade fina é fundamental, pois é a aquisição de habilidades motoras que promovem a exploração tanto do espaço como dos objectos, proporcionando à criança aprender as características dos objectos e as suas relações com o ambiente. Esta motricidade é fundamental para o desenvolvimento de aprendizagens como a escrita, destreza manual, entre outras. É esperado que a criança com esta idade já consiga desenhar uma cruz, virar as páginas de um livro e segurar correctamente num lápis. A nível cognitivo, nesta idade, a criança através do uso simbólico da linguagem e da resolução intuitiva de problemas, começa a compreender a classificação dos objectos, apesar disso o pensamento da criança é caracterizado pelo egocentrismo, a criança centrase num único aspecto de uma tarefa,
não conseguindo operacionalizar através da compensação ou reversibilidade. Quanto à linguagem, esta é agora capaz de acompanhar as ideias mais complexas, conduzindo a novas ideias. Nesta idade a criança ainda está a aperfeiçoar os vários sistemas linguísticos, tais como os pronomes, os verbos auxiliares e irregulares e a voz passiva, ainda comete alguns erros lógicos como “Aquele é o mais melhor”, de qualquer modo a criança ao iniciar a sua vida escolar, a utilização da linguagem é de forma geral correcta e os tipos básicos de frases que usa são de um modo global semelhantes aos dos adultos. A percepção visual, capacidade de cada indivíduo em captar os pormenores visuais, é importante não só para as crianças como para todos, abarca não só a habilidade visual como também a memória, raciocínio, atenção, estratégia de resolução de problemas e conceitos específicos, assim facilita o processo de interacção do indivíduo com o seu meio e contribui significativamente para uma compreensão mais concreta do que o rodeia. Outra área de grande relevância em todo este processo de desenvolvimento é a socialização e a autonomia. É nesta idade que a criança começa a desenvolver a competência social e as suas relações mais fortes de interacção com os
pares, deixa de ocorrer a chamada brincadeira paralela, em que se encontram lado a lado com outra criança a brincar com os mesmo materiais, mas não interagem. Deste modo, começam a criar relações de amizade, ou seja, começam a interagir e a criar uma associação íntima com o outro. O desenvolvimento da competência social nestas idades é bastante relevante, fornece suporte e autoconfiança à criança. No que diz respeito ao processo de autonomia, este desenvolve-se em estreita união não só com o contexto familiar, sendo este o primordial, como também com o contexto social constituído por diversos indivíduos e pela estrutura social alargada em que a criança cresce. À medida que as crianças vão crescendo estas passam por diversos estádios de desenvolvimento. Cada um deles dá à criança os fundamentos da inteligência, da moral, da saúde emocional e das competências escolares. Para cada estádio são necessários determinados requisitos e experiências, isto para que a criança consiga aprender e se desenvolver, deste modo são imprescindíveis as interacções que a criança estabelece ao longo destes estádios. A criança na idade pré-escolar necessita de uma variedade de experiências que se mostram essenciais para sustentar o seu desenvolvimento.
Cada criança adquire as suas experiências de acordo com o seu ritmo de aprendizagem e desenvolvimento, neste sentido não é aconselhável nem desejável apressar a criança para determinadas aquisições. Além disto, devemos ter em consideração que dentro do próprio desenvolvimento de cada criança as suas competências motoras, cognitivas, emocionais, sociais e de linguagem, se podem desenvolver em ritmos diferentes. Deste modo devemos não apressar mas sim ajudar a criança a ultrapassar as dificuldades e promover um crescimento e desenvolvimento saudáveis. Disciplinar as crianças é essencial, isto para que elas se sintam confiantes na sua motivação própria. À medida que a criança cresce, ela reconheça o que faz mal, as consequências desses actos praticados e o modo de os reparar. Neste sentido, torna-se relevante o papel da auto-estima, uma criança disciplinada tem uma maior noção do seu papel. A criança que acredita em si própria enfrenta melhor os seus erros e as suas fraquezas.
É essencial reforçar a autonomia e independência para que desse modo a criança se desenvolva e cresça ao seu ritmo, contudo de maneira saudável. *Psicóloga
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noTíCias
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momarSat2011 de regresso às fontes hidrotermais g A campanha oceanográfica MoMARSAT, chefiada conjuntamente pelo Ifremer e o l'Institut de Physique du Globe de Paris (CNRS/uPMC/ université Paris Diderot-Paris 7/ université de la Réunion), decorre de 28 de Junho a 23 de Julho na Dorsal Médio-Atlântica ao largo dos Açores. A bordo do navio oceanográfico Pourquoi Pas?, o objectivo da missão é recolher os instrumentos colocados há um ano para observar os sismos e as fontes hidrotermais do vulcão Lucky Strike situado a 1700 metros de profundidade. A equipa científica embarcada vai em primeiro lugar recolher os instrumentos, recuperar os dados e de seguida tentar tornar mais permanente esta instalação que prefigura os observatórios do fundo do mar do futuro. Nesta missão participam Ana Colaço e Daphne Cuvelier (DOP-uAÇ). A meio da missão haverá uma troca de cientistas e nesse momento embarcará a Sílvia Lino. No final da missão haverá um dia dedicado ao projecto BIOBAZ-ANR, do qual fazem parte Ana Colaço e Sílvia Lino.
Nesse mergulho recolher-se-ão exemplares do mexilhão hidrotermal Bathy-modiolus azoricus, que serão trazidos para o LAbHorta, com o intuito de se fazerem estudos imunológicos e fisiológicos em colaboração com colegas do Centro de Biologia Marinha de Roscoff-CNRS (França). As campanhas MoMARSAT integram-se no projecto MoMAR , uma das componentes do projecto europeu ESO-
NET , que tem como objectivo constituir uma rede de observatórios em meio marinho profundo. Vários institutos de investigação fazem parte deste projecto: Ifremer, IPGP, universidade dos Açores, universidade de Lisboa, NOC, universidade de Bremen, o CNRS com luEM, IOMP-LMTG e luPMC/LOCEAN. O objective destes observa tórios é de assegurar, em tempo real, o seguimento da dinâmica natural dos ecossistemas marinhos e identificar os factores que influenciam as variações do meio e da fauna. A campanha MoMARSAT 2010 foi uma missão de demonstração. Foi uma experiência piloto inédita em contexto de alto mar. A proeza técnica residiu na transmissão em tempo quase real, de dados adquiridos a 1700 metros de profundidade, para um centro de investigação situado a vários milhares de quilómetros. Graças à transmissão acústica e depois via satélite, os investigadores puderam
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seguir a actividade sísmica da zona, as variações da temperatura e das condições físico-químicas (através de medições de temperatura e oxigénio dissolvido), e observar a fauna tão particular em acção (todos os dias, uma imagem extraída de vídeo HD é transmitida.
As imagens quotidianas dos mexilhões hidrotermais permitiu observar um certo ritmo no deslocamento destes animais, assim como comportamentos de territorialidade ou agregação em algumas espécies. O objectivo dos cientistas é correlacionar essas observações com as variações das condições ambientais. Durante a campanha oceanográfica MoMARSAT 2011, os cientistas a bordo vão recolher todos os instrumentos, repará-los ou substitui-los se necessário, e depois voltar a colocá-los dentro de água. O objectivo é recolocar no mesmo local, para obter um ano suplementar de observações e aquisição de dados.
Tribuna das Ilhas
universidade dos açores com novo mestrado g A universidade dos Açores, através do seu Departamento de História e Ciências Sociais, vai abrir candidaturas para a frequência do Mestrado em Ciências Sociais. Este Mestrado vai já na sua quarta edição, sendo que, desta vez, a especialidade aberta é a de Família, Envelhecimento e Políticas Sociais. De acordo com o responsável, professor Fernando Diogo, a aposta nesta via prende-se com a necessidade sentida na universidade de proporcionar formação a licenciados numa área cada vez mais importante na sociedade açoriana, considerando o crescente envelhecimento da população das ilhas e a centralidade das políticas sociais, num contexto de crescente complexidade social e económica da sociedade. Tratandose de um mestrado eclético, aberto a licenciados nas diversas áreas das ciências sociais e das ciências da saúde. Para além dos professores da universidade, este mestrado, conta ainda com a participação de professores convidados de várias universidades do continente. Estes trarão aos alunos açorianos a sua experiência de investigação e ensino nas áreas nucleares do mestrado, permitindo um enriquecimento da formação prestada. Estas colaborações serão dadas em regime de seminário no contexto das várias dis-
ciplinas do Mestrado, método que já provou a sua valia em anteriores edições. Sendo um curso adaptado ao tratado europeu que modifica o ensino superior, conhecido como Processo de Bolonha, conta com uma inovação, em relação aos mestrados tradicionais: permite-se a substituição da dissertação de mestrado por um trabalho de projecto, mais virado para a intervenção social. uma orientação mais prática e o facto de ser realizado em horário pós-laboral são as características que levam os responsáveis da universidade a considerar que este curso está orientado, quer para jovens licenciados, quer para profissionais já no mercado de trabalho. As inscrições abrem a partir de um de Julho e as informações estão disponíveis na página Web do Departamento de História, Filosofia e Ciências Sociais. Dr
Desporto
Tribuna das Ilhas Marla Pinheiro Foto: Maria José silva g Decorreu na passada semana a assinatura do contrato-programa entre a Direcção Regional do Desporto e o Fayal Sport Club, com vista à substituição do campo sintético do clube. Recorde-se que esta obra se impôs pela recente subida da equipa sénior de futebol de 11 à terceira divisão, sendo que o campo da Alagoa não apresentava as medidas exigidas pela Federação Portuguesa de Futebol para as competições nacionais. A solução encontrada foi a substituição quase integral do sintético, obra orçada em mais de 270 mil euros, e que será comparticipada pela Direcção Regional em cerca de 60% (162 mil euros). Os restantes 40% serão financiados pela Câmara Municipal da Horta e pelo próprio clube. A obra irá dotar o Estádio da Alagoa de um rectângulo de jogo novo em folha, já com as medidas regulamentares, sem comprometer a pista de atletismo. Este empreendimento deverá estar concluído no final de Agosto, antes do arranque da Série Açores. Entretanto, os Verdes deverão treinar nas instalações do complexo desportivo da Escola Secundária Manuel de Arriaga. Na ocasião, o presidente do clube
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novo sintético do fayal Sport pronto até ao final de agosto
FaYal sPorT ClUB o decano dos clubes açorianos vai ter um novo sintético antes do arranque da série açores
centenário, Celestino Lourenço, congratulou-se com a realização da obra que, a par dos novos balneários e da
reparação da instalação eléctrica do Estádio (obras também apoiadas pela Direcção Regional do Desporto),
atLantIs cup
vai dotar os atletas do Fayal de melhores condições para continuarem a trabalhar.
Por sua vez, a secretária regional da Educação e Formação apontou o Fayal Sport Club como “um bom exemplo” a seguir, pelo trabalho feito na preservação do seu património e na manutenção de uma actividade desportiva muito significativa. Cláudia Cardoso aproveitou a ocasião para frisar que os apoios concedidos pelo Executivo a que pertence aos clubes da Região são feitos mediante critérios “claros e rigorosos”. A governante destacou os bons resultados desportivos obtidos a nível nacional por muitas equipas açorianas na época que agora terminou, e lembrou também que a Região apresenta uma média de atletas federados bastante superior ao resto do país, razões pelas quais entende que as especificidades dos Açores deviam ser levadas em linha de conta quando são tomadas algumas decisões a nível nacional. Para Cláudia Cardoso, a recente decisão da FPF em relação à alteração das medidas regulamentares dos campos de futebol é bastante “desenquadrada da realidade regional”.
VeLa De cruzeIro
regata da autonomia zarpa de Santa maria a 1 de agosto É já no início do próximo mês que a 23.ª atlantis Cup – regata da autonomia parte da santa Maria, ligando quatro ilhas dos açores, naquela que é a principal prova de vela de Cruzeiro da região. a apresentação desta edição da regata decorreu na passada sexta-feira, pelo presidente do Clube naval da horta, entidade organizadora do evento.
atlantic trophee já navega em direcção à horta g A regata internacional Atlantic Trophee, que se destina a veleiros clássicos e conta este ano com a sua primeira edição, largou ontem de Douarnenez, na França, rumo ao Faial. Entre as mais de duas dezenas de barcos inscritos, está o veleiro Air Mail, bem conhecido dos faialenses, com Luís Decq Mota aos comandos. Os primeiros barcos a concluir a primeira perna são esperados na Horta por volta do dia 22. No dia 5 de Agosto, altura em que já decorre o “aquecimento” para a Semana do
Marla Pinheiro Foto: Maria José silva g Como referiu Fernando Menezes, a Atlantis Cup é uma regata “com características especiais”, principalmente por duas razões: primeiro, porque se trata da mais importante prova de Vela de Cruzeiro dos Açores, e depois porque é também a forma de “celebrar no mar a autonomia regional”. Com a largada de Santa Maria marcada para 1 de Agosto, a prova mantém o mesmo figurino dos últimos anos, e liga a ilha do Sol a São Miguel, seguindo depois para a Terceira e, finalmente, para o Faial, onde deverá começar a chegar por volta do dia 7, marcando também desta forma o arranque da Semana do Mar, como já é tradição. Como referiu o presidente do Naval da Horta, clube organizador
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da Atlantis Cup, trata-se de uma regata que envolve uma “logística complexa”, daí que os apoios sejam muito importantes para a sua concretização. A Assembleia Legislativa Regional desde há largos anos que se associa ao evento, que, como já foi referido, celebra a autonomia açoriana. A ela juntamse as Câmaras Municipais das ilhas por onde passa a regata, bem como os clubes náuticos e as administrações portuárias. As inscrições para a 23.ª edição da Atlantis Cup ainda decorrem, no entanto Fernando Menezes adiantou aos jornalistas que são esperadas entre 20 a 30 embarcações, das várias ilhas dos Açores e vindas da Associação Naval de Lisboa. No total, entre as várias tripulações,
espera-se que esteja envolvida cerca de uma centena de pessoas nesta regata. Recorde-se que em 2010 integraram a Atlantis Cup 19 veleiros, tendo sido o Wind I o grande vencedor, vindo de São Miguel. O Funtastic, de José Correia, foi o melhor barco faialense em prova. Na apresentação desta edição da Atlantis Cup Fernando Menezes congratulou-se também com a visibilidade que esta regata já tem, e referiu o desejo de ver ampliado o seu percurso, chegando, por exemplo, até às Flores. No entanto reconheceu que dificilmente tal será possível, uma vez que implicaria que a regata se arraste por um período de tempo excessivamente longo.
Dr
Mar 2011, zarpam do Faial de volta a Douarnenez, para a segunda perna. A Atantic Trophee é organizada pelo Atlantic Yatch Club.
rui Silveira do cnh presente no campeonato europeu de laser na finlândia g O Campeonato Europeu de Laser decorreu entre 1 e 8 de Julho em Helsínquia, na Finlândia. O Clube Naval da Horta marcou presença com o velejador Rui Silveira que das 8 regatas disputadas obteve a classificação de 18.º lugar no grupo de Bronze. De referir que este campeonato é organizado HSRM (Helsinki Sail Race Management assistido por NJK (Nylänska Jahtklubben) em conjunto com
o International Laser Class Association (ILCA) é uma das provas preparatórias do percurso dos Jogos Olímpicos. Dr
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opInIão
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Tribuna das Ilhas
retaLHos Da nossa HIstórIa – cI
no centenário da república Portuguesa (36) 41. goVernador Pedro gonçalVeS guimarãeS
Fernando Faria
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om o falecimento precoce do capitão António Inocêncio Moreira de Carvalho em 12 de Junho de 1942, o governo civil da Horta ficou sem titular até 18 de Setembro, dia em que assumiu a chefia do distrito, como governador substituto, o Dr. Joaquim José Gomes Belo, reitor do Liceu Provincial Manuel de Arriaga. Por razões aparentemente inexplicáveis, nunca ascendeu a governador efectivo, embora tenha exercido funções por mais de dois anos (18.9.1942-22.1.1945), a contento do ministro do Interior que o nomeara - o Dr. Mário Pais de Sousa - e fosse “tido em elevado conceito nas estações superiores, conceito que era o justo apreço às suas elevadas qualidades e ao critério e ponderação da sua acção administrativa, nesta difícil hora que passamos”1. Só depois da remodelação governamental feita por Salazar em Setembro de 1944, que colocou na pasta do Interior o tenente-coronel Júlio Botelho Moniz, é que houve mudanças significativas nas chefias de vários distritos. Esta remodelação, que visou preparar o regime para o pós-guerra que se aproximava, incidiu essencialmente nas Forças Armadas e na polícia. Assim, o leal tenente-coronel Santos Costa é promovido a Ministro da Guerra e Júlio Botelho Moniz, tido como seu homem de mão, vai para o Interior. um e outro irão colocar oficiais de confiança nos comandos das Forças Armadas e nas forças de segurança – PSP, GNR e Legião Portuguesa – e para os governos civis nomearão quadros alheios e desinseridos das elites locais, mas de simpatias germanófilas ou de formação corporativista e nacional-sindicalista.
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oi então designado governador civil da Horta o Dr. Pedro de Melo Gonçalves Guimarães, licenciado em Direito pela universidade de Lisboa, “onde se distinguiu pelo seu grande aprumo e excepcionais qualidades de inteligência e actividade”. Sendo um “nacionalista muito dedicado, dirigiu a Associação Escolar Vanguarda e foi presidente da Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa, a primeira nomeada pelo Governo em Novembro de 1936”. Após a licenciatura, “estudou Direito Corporativo na universidade de Roma” e desempenhou os cargos de delegado do Instituto Nacional de Trabalho e Previdência, em Ponta Delgada, e de assistente do mesmo departamento do Estado, exercendo também a advocacia e colaborando nos jornais “Avante”, “Fradique”, “Correio dos Açores” e “Diário dos Açores”2. Empossado no Ministério do Interior a 2 de Dezembro de 1944, apenas assumiu
funções de governador em 22 de Janeiro de 1945, dia em que chegou à Horta, viajando no paquete “Lima”. Os dois diários faialenses noticiam esse acontecimento, de forma neutra e comedida, registando que “tanto a bordo como no cais foi muito cumprimentado” e desejando que a sua acção fosse “coroada de grande êxito”3. Decorridos dois dias, numa atitude pouco habitual mas muito diplomática, o governador Pedro Guimarães foi apresentar cumprimentos às redacções de O Telégrafo e do Correio da Horta, gentileza que ambos os jornais reconhecidamente agradeceram, tendo renovado ao primeiro magistrado do distrito a inteira disponibilidade para com ele colaborarem “na grande obra da Revolução Nacional”4 que o mesmo é dizer no desenvolvimento “da nossa querida MãePátria”5 .
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rocurando a aceitação da população do distrito, foi, paulatinamente, trabalhando para que os dramáticos efeitos da guerra não aumentassem as carências de bens essenciais e deu grande impulso à Campanha do Socorro de Inverno, promovendo, logo em 7 de Março de 1945, uma conferência de imprensa no Governo Civil sobre esta iniciativa que, disse, se manteria “enquanto houvesse um lar português que tenha necessidade de pão” pelo que, determinado a dar-lhe o máximo incremento, apelava a “uma acção geral e ampla para a qual devem convergir a boa vontade e o sentimento de caridade que exornam a alma da gente da nossa terra”. E, pelo que foi sendo divulgado, a adesão das pessoas, dos clubes, das sociedades e das instituições foi assinalável. Sucederam-se as manifestações culturais e desportivas, os bandos precatórios e os donativos em dinheiro e géneros. Esta iniciativa, que oficialmente terminou no 1.º de Maio de 1945, dia que o Estado Novo ainda consagrou ao “Trabalho e ao Trabalhador”, permitiu não só minimizar as agruras de famílias pobres como possibilitou a criação na cidade da Horta da Cozinha Social que inaugurada a 1 de Abril de 1946 fornecia “duas refeições diárias, gratuitas, almoço e jantar, às pessoas consideradas como as mais necessitadas6 . Ainda no mês de Maio de 1945 um governante visitou os Açores com o fim expresso de, in loco, examinar quais as obras necessárias e mais urgentes para a vida económica das várias ilhas. Foi, nessa época, um acontecimento assinalável, quer pelo seu ineditismo quer pelos resultados que proporcionou. Fazendo-se acompanhar de uma equipa de técnicos do Ministério da Obras Públicas, chegou à Horta, num “clipper” da Pan American, o subsecretário daquela pasta, engenheiro José Frederico ulrich, que, acompanhado pelo governador Pedro Guimarães, percorreu durante uma semana as quatro ilhas do distrito, verificando as extremas carências que apresentavam em portos, estradas, abastecimento de águas e saneamento, assistência, escolas e turismo e, naturalmente, fazendo a apologia da polí-
tica do Estado Novo e do presidente do Conselho Oliveira Salazar. Esta visita governamental, conjugada com a imediata deslocação a Lisboa do chefe do distrito, teve resultados positivos. O Telégrafo de 6 de Junho, noticiando que “partiu esta manhã de ‘clipper’ para Lisboa o sr. dr. Pedro Gonçalves Guimarães” adiantava que “o único fim da viagem é tratar junto das instâncias superiores de alguns problemas de extrema importância para o futuro das ilhas que compõem o distrito da Horta, entre os quais a construção de um campo de aviação no Faial”. Efectivamente, a viagem do governador revelar-se-ia proveitosa.
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inda da capital portuguesa na véspera do seu regresso à Horta a 6 de Julho e devidamente autorizado pelo Ministro da Educação Nacional, telegrafou ao presidente da Junta Geral do Distrito pedindo que transmitisse a todos os organismos e entidades interessadas que o Liceu da Horta passaria de Provincial a Nacional, com a leccionação do 3.º ciclo do ensino secundário, e que seria imediatamente criada a Escola do Magistério Primário da Horta. Divulgada a notícia, logo se preparou apoteótica recepção ao governador, sendo profusamente distribuído por toda a cidade um panfleto dirigido ao POVO DA HORTA que se transcreve: “Sabes que o nosso governador conseguiu que o nosso Liceu fosse elevado de Provincial a Nacional? Sabes que o nosso governador conseguiu a vinda de uma Escola do Magistério Primário para o nosso Distrito? Compreendes todo o valor que tem para ti esses melhoramentos? Sabes, Povo da Horta, que o nosso governador se tem interessado imenso por todos os problemas que te dizem respeito? Povo da Horta! O nosso governador é digno de todo o carinho, de toda a gratidão! Por isso, hoje, às cinco da tarde não deixes de comparecer no cais de Santa Cruz, para esperar sua excelência, que chega de Lisboa! E não deixes de te associar à grande manifestação que os estudantes lhe preparam!” Tanto O Telégrafo como o Correio da Horta apresentaram desenvolvidas reportagens sobre a chegada do avião que trazia o governador Pedro Guimarães, aguardado por “muito povo, crianças das escolas e educandas de Santo António, autoridades, reitor e professores do Liceu, figuras de destaque na sociedade faialense, a Academia do Liceu Manuel de Arriaga e a filarmónica Artista Faialense” que exuberantemente o vitoriaram e que em cortejo o acompanharam ao Governo Civil. Aí decorreu breve sessão, tendo falado, em nome das famílias dos estudantes liceais o coronel Álvaro Soares de Melo e em nome dos académicos o estudante José Dias de Melo. O governador agradeceu aquela manifestação que tomava, não para si, mas para o Governo da Nação, e lembrou os esforços que antes dele e com ele haviam feito outras entidades locais, designadamente o reitor do Liceu Dr. Gomes Belo, o presidente da Junta Geral Norberto de Faria
Amaral e o presidente da Câmara da Horta tenente Manuel José Cardoso de Simas 7.
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esse ano seria efectivamente criada a Escola do Magistério da Horta que, até à sua extinção em 1989, formou 956 professores do ensino primário, o mesmo não acontecendo com o 3.º ciclo no Liceu da Horta que só começaria no ano lectivo de 1957-58. Foi, porém, ainda com o governador Pedro Guimarães, sendo reitor Gomes Belo, que em 1945, na sequência da visita do subsecretário de Estado Frederico ulrich, se adquiriu, para ser adaptado a Liceu, o edifício da Eastern Telegraph Company. Aliás, esse ano ficou marcado por outras importantes iniciativas no domínio das Obras Públicas com a vinda de várias brigadas que, coordenadas pelo respectivo director distrital, tinham as seguintes finalidade e composição: Estradas – engenheiro Valentim Paz; Topografia – Manuel Matoso; urbanização – engenheiro Mascarenhas Gaivão; Construções – arquitecto Rui Borges e desenhador Ventura Mateus. Também nesse ano, depois de obtida luz verde do ministério das Obras Públicas, o governador Pedro Guimarães, acompanhado dos presidentes da Junta Geral e da Câmara Municipal, reuniu na Horta com o director do Secretariado da Aeronáutica Civil, tenente-coronel Humberto Delgado, que lhes terá garantido que o desejado campo de aviação do Faial seria construído na freguesia da Feteira, “a fim de estabelecer com bimotores a ligação permanente com o campo dos Açores (Santa Maria ou Lajes, na Terceira), campo este donde se fará a ligação permanente com Lisboa, por quadrimotores”8.
A 3 de Dezembro de 1945, realizadas as eleições de deputados à Assembleia Nacional e no dia seguinte a ter conferido posse de presidente da Câmara Municipal da Horta ao Dr. António de Freitas Pimentel, o governador Pedro Guimarães seguiu, com a sua família, para Lisboa. Teve afectuosa despedida e, oficialmente, ia tratar de assuntos de interesse distrital; o certo, porém, é que já não regressou à Horta. Em 17 de Maio de 1946 remeteu ao secretário-geral do Governo Civil o seguinte telegrama: “Virtude ter aceite convite ministro assumir funções governador civil Aveiro rogo queira dar conhecimento minha exoneração de governador Horta apresentando meu nome toda população maiores agradecimentos por auxílio colaboração e amizade jamais esquecerei”9. Nascido a 13 de Setembro de 1913 na freguesia de Santos- o-Velho, Lisboa, o Dr. Pedro de Melo Gonçalves Guimarães casou com Maria Manuel Mendes de Menezes Fernandes Costa Guimarães e foi pai de três filhos: Maria da Graça Fernandes Costa Guimarães, Gonçalo Guimarães e Ana Maria Fernandes Costa Guimarães. Além de governador civil dos distritos da Horta e de Aveiro e delegado do INTP, exerceu advocacia e foi administrador de empresas. Faleceu em Cascais a 1 de Março de 1969. Correio da Horta, 6 Dezembro 1944 Portugal, Madeira e Açores, 7 Dezembro 1944 3 O Telégrafo e Correio da Horta, 22 Janeiro 1945 4 Correio da Horta, 25 Janeiro 1945 5 O Telégrafo, 25 Janeiro 1945 6 Correio da Horta, 20 Maio 1946 7 Vd. O Telégrafo e Correio da Horta, 9 de Julho 1945 8 Correio da Horta, 23 Julho 1945 9 Idem, 20 Maio 1946 1 2
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Tribuna das Ilhas
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PS e oposição não se entendem sobre acompanhamento da implementação do memorando da troika nos açores Dr
Marla Pinheiro Foto: Maria José silva g Na última reunião plenária da Assembleia Regional, que decorreu na Horta, na passada semana, ficou assente o entendimento entre todos os partidos com representação parlamentar em relação à necessidade da implementação das medidas resultantes do acordo com a Troika ser acompanhada de perto pelo parlamento açoriano. No entanto, os moldes em que se fará esse acompanhamento já não foi tão consensual, com a oposição a propor uma coisa, e a bancada socialista a apresentar uma contra-proposta. A proposta do PSD, anunciada em plenário na quarta-feira pelo seu líder parlamentar, vai no sentido de ser criada na Assembleia Regional uma Comissão Eventual que acompanhe de perto a implementação do memorando da Troika, e as suas consequências para os Açores. A sugestão laranja reuniu o apoio de todo o espectro da oposição, no entan-
DUarTe FreiTas e BerTo Messias os líderes de bancada do PsD e do Ps defendem formas diferentes de fazer o acompanhamento da implementação do acordo com a Troika
to a bancada socialista faz um entendimento diferente de como deve ser acompanhada a implementação das medidas acordadas com a FMI o BCE e a
Comissão Europeia. Na manhã de sexta-feira, Berto Messias anunciou aos órgãos de comunicação social que o grupo parlamentar
socialista vai propor que a Assembleia Regional acompanhe a implementação dessas medidas nos Açores através das comissões já existentes, considerando
não haver necessidade de se criar uma comissão eventual específica para esse fim. O líder da bancada rosa explicou que os socialistas entendem que a Comissão de Economia deve centralizar esse acompanhamento, sendo complementada pelas restantes comissões sempre que necessário. No entanto o PSD mantém-se firme na sua proposta. Reagindo ao anúncio dos socialistas, Duarte Freitas defendeu que a Comissão de Economia já está “assoberbada de trabalho”, e que, além disso, o acompanhamento da implementação do memorando requer uma acção mais abrangente, que implicará uma série de troca de informações e pareceres entre as várias comissões, que, para o líder parlamentar laranja, trará mais custos do que a criação de uma comissão eventual. Duarte Freitas lembrou ainda que a proposta social-democrata reuniu o consenso dos outros partidos e, tendo isso em conta, esta posição socialista pode ser entendida como um sinal de “isolamento” do PS em relação a esta questão.
PS/açores quer criar ninhos PSd e cdS-PP não querem que região suporte os custos do de empresas agrícolas g Os socialistas açorianos vão entregar à Assembleia Regional um projecto de resolução com uma série de medidas que têm por objectivo “fomentar o surgimento de novas gerações de empresários agrícolas ligados à diversificação da agricultura açoriana”. A proposta, apresentada na passada semana aos jornalistas pelo líder parlamentar do PS/Açores, quer aprofundar “o rejuvenescimento agrícola regional, contribuir para evitar a desertificação das zonas rurais, promover a criação do próprio emprego e manter as condições ambientais características de todas as ilhas”. Assim, a bancada rosa quer que o Governo Regional promova a criação de ninhos de empresas agrícolas, de uma forma descentralizada por todas as ilhas, coordenados, por exemplo, pelas Associações de Jovens Agricultores. O objectivo é, acima de tudo, fomentar a diversificação agrícola, incentivando
funcionamento dos aeroportos após privatização da ana
a aposta em áreas como os vinhos, o mel, as flores e os hortofrutícolas. De acordo com Berto Messias, através destes ninhos os jovens empresários poderão ter apoio técnico, contactos com o mercado e ainda utilização comum e gratuita de equipamentos agrícolas durante algum tempo, bem como apoio ao escoamento dos seus produtos. Messias lembrou que o arquipélago mantém uma população de activos “bastante jovem” no sector, razão pela qual há que continuar a apostar forte na agricultu-
g Os trabalhos da última sessão plenária da Assembleia Regional ficaram marcados pela discussão e aprovação do decreto legislativo regional que aprova a fusão das quatro empresas públicas responsáveis pela administração das infra-estruturas portuárias na Região. O diploma foi aprovado por maioria, apenas com a abstenção do PCP. Até agora, a administração dos portos da Região era da responsabilidade da Portos dos Açores, que por sua vez detinha a totalidade do capital social das
ra. O parlamentar reconheceu que, na Região, o sector ainda depende muito das fileiras da carne e do leite, e o apoio à diversificação agrícola poderá ser uma forma de fazer face à “incerteza” em relação a este último, com a morte anunciada do sistema de quotas leiteiras. Berto Messias frisou ainda que, com estes apoios, será possível fortalecer o sector agrícola regional, de modo a que a produção açoriana possa estar no mercado a preços mais competitivos.
g As representações parlamentares do PSD e o do CDSPP na Assembleia Regional não querem que os custos de exploração dos aeroportos regionais geridos pela ANA não sejam suportados pelos Açores após a privatização da empresa. Nesse sentido, ambos os líderes parlamentares apresentaram na passada semana um projecto de resolução para que a Assembleia Regional recomende a Lisboa que sejam efectuadas as “diligências necessárias “ para que seja garantida a manutenção e a qualidade dos serviços de transporte aéreo, sem encargos acrescidos para a Região. Para Duarte Freitas, líder da bancada laranja, “o que interessa é que não sobrevenham custos para os contribuintes açorianos ou para o orçamento regional” após a privatização, posição partilhada pelo líder dos populares.
Artur Lima apontou o dedo à proposta apresentada pelo BE sobre esta temática, apoiada pelo PS, considerando este entendimento à esquerda é mais uma forma de fazer “guerrilha política” contra o recém-eleito Governo de coligação PSD/CDS-PP. Recorde-se que o grupo parlamentar do BE/Açores apresentou uma proposta para a criação de uma taxa sobre os dividendos dos accionistas da empresa que venha a assumir a futura gestão
privada da ANA. O projecto de resolução apresentado pelos bloquistas, que foi já dispensado de exame em comissão, recomenda “à Assembleia da República e ao Governo da República que, no processo negocial de privatização da ANA, efectuem as diligências necessárias para que os custos com os aeroportos deficitários dos Açores sejam suportados pela empresa que assumir a futura gestão da ANA, através de uma taxa sobre os dividendos dos respectivos accionistas”.
fusão das administrações portuárias aprovada na assembleia regional administrações portuárias regionais (Administração dos Portos do Triângulo e Grupo Ocidental, da Administração dos Portos da Terceira e Graciosa e da Administração dos Portos das Ilhas de São Miguel e Santa Maria). De acordo com o Executivo Regional,
impôs-se agora uma reflexão sobre este sistema, que aponta para uma solução “mais simples e flexível”, que permita “uma adequada gestão dos recursos financeiros e humanos existentes, possibilitando uma redução de custos e um aumento dos níveis de produtividade”. Assim, as
três administrações regionais passam a ser, pela aprovação deste diploma, fundidas e incorporadas na Portos dos Açores, que terá sede na Horta. Na introdução do decreto, o Executivo Regional garante que não se trata de centralizar, e que as áreas de jurisdição portuária continuarão a ser
respeitadas, e garante também que os postos de trabalho serão mantidos. De acordo com o secretário regional da Economia, esta fusão permitirá uma poupança na ordem dos 2,2 milhões de euros. Dos 11 administradores que existiam na Região, passam a existir apenas três.
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opInIão
15 De JUlho De 2o11
Tribuna das Ilhas
BarBárie Frederico Cardigos
H
á uns dias atrás, houve um Chefe de Estado que autorizou que, sem julgamento, se matasse um ser humano. Dizem que ele resistiu à detenção, apesar de estar desarmado e escondido atrás de uma das esposas… A pessoa em causa, alegadamente, é responsável por diversos atentados a nível mundial, que causaram milhares de mortos, provocando o caos e a desordem. Tudo isto é, provavelmente, verdade até porque a pessoa em causa sempre assumiu essa responsabilidade. E, no entanto, que direito tem um conjunto de estrangeiros de ir a um país estranho e, à revelia de qualquer lei, matar um cidadão desarmado? Este é um assunto particularmente delicado para os norte-americanos e, por isso, fui falar com alguns deles. Obviamente, a minha interpelação não tem valor estatístico, mas, fiquei
com a nítida sensação que os norteamericanos julgam que o seu país agiu bem, que um julgamento de Osama Bin Laden resultaria numa confusão que perpetuaria a dor de todos os que sofreram e que “ele mereceu”. Ao mesmo tempo, admitiram, compreendiam as reticências dos que achavam que o caminho deveria ter sido outro... Na realidade, penso que os norteamericanos comuns estavam sequiosos de vingança. Sendo uma sociedade moldada pelo mediatismo televisivo e condicionados por métodos de governação baseados no medo, o poderem retaliar compensa a histeria colectiva em que vivem… Na minha opinião, para que fique claro, eu considero que Osama Bin Laden era uma má pessoa. No entanto, era a mesma má pessoa que, alegadamente, negociou com os norte-americanos em anteriores cenários de guerra. Seria demasiado penoso descobrirem-se as verdades?
Provavelmente, Bin Laden merecia uma pena exemplar. Quem sabe, merecia mesmo uma pena que não se pratica em Portugal. Mas, por muito mau que seja, era um ser humano, merecia um julgamento. No final da segunda guerra mundial, os cabecilhas do poder nazi, culpadíssimos de actos absolutamente ignóbeis e injustificáveis, foram julgados. Puderam alinhavar uma defesa e apenas foram condenados por um tribunal tão neutro quanto, nessa época, era possível. Neste momento, em Haia, há diversos suspeitos de crimes gravíssimos a serem julgados ou a aguardar julgamento. Porque não fizeram o mesmo os norte-americanos? São mais sensíveis? Estão acima da lei? Porque me preocupa que um país tão importante, um enorme mercado livre, em que vivem alguns dos melhores pensadores de sempre, com excelentes cientistas e com admiráveis líderes esteja a cair numa vulgari-
De quanDo em Vez…
dade assíncrona com os tempos, aqui fica o meu testemunho. O comportamento exibido no caso de Osama Bin Laden está errado. Para os norte-americanos que sentem que esta é uma vitória, penso que um dia compreenderão que não há glória quando não se respeitam os adversários. Matar um homem que está escondido atrás de uma das suas mulheres é um acto que apenas espelha cobardia por parte de quem o executa. Por último, com este acto, na minha opinião, o Presidente dos Estados unidos da América perdeu o élan que tinha ganho na Europa. Soubesse-se o que se sabe hoje e provavelmente Barack Obama nunca teria ganho o prémio Nobel da Paz. Em termos de influência moral sobre o resto do mundo, a grande potência perdeu anos com este acto muito mal pensado. O mundo pode ter ficado mais seguro, mas ficou, certamente, mais injusto.
o antes e o depois vera lacerda
I
nicio hoje a minha colaboração neste jornal semanal da nossa ilha. Tentarei através da mesma fazer passar a minha opinião sobre os mais diversos assuntos do nosso dia a dia, esperando que a mesma se revele pertinente e esclarecedora. Fui candidata pelo PS/Açores à Assembleia da República na ilha do Faial. Não me deterei na análise dos resultados até porque o tempo voa e o que realmente interessa aos açorianos, e aos faialenses em particular, é saber como uma nova forma de governar poderá afectar o nosso País. No entanto, não posso deixar de trazer à colação o facto de a crise que experienciamos, fruto de uma desregulação dos mercados a nível mundial, ter afectado seriamente a forma como os cidadãos viam o último Governo na República, que tomou decisões, muito difíceis de tomar, é certo, com um impacto concreto na vida dos portugueses, o que se traduziu obviamente nos resultados das eleições legislativas nacionais. Aproveito ainda a oportunidade para parabenizar a deputada eleita
pela ilha do Faial à Assembleia da República, fazendo votos que faça sempre o melhor pela nossa terra. Foi então eleito um novo Parlamento, do qual saiu um novo Governo da República. Aquando da apresentação do programa do Governo foi anunciado um imposto extraordinário, que seria de 50% do subsídio de Natal dos portugueses, mas que afinal, mais tarde, vieram dizer não incidir sobre o subsídio de Natal mas sobre todo o tipos de rendimentos já englobados no IRS. Ou seja, rendimentos de trabalhadores dependentes e independentes, pensionistas, titulares de rendimentos comerciais, industrias e agrícolas, rendimentos prediais e mais-valias. No entanto, escapam à sobretaxa os ganhos que os accionistas retiram das empresas e os juros recebidos pelos depósitos, títulos de dívida e unidades de participação. Diz o Governo que vai arrecadar cerca de 800 milhões de euros, directamente do bolso dos Portugueses, com esta medida, baseando-se em estimativas que ainda não foram bem explicadas. Por seu lado, diz a Confederação de Comércio e Serviços de Portugal, que o comércio, com
destaque para o tradicional, deverá perder entre 500 a 600 milhões de euros com a diminuição de rendimentos das famílias na altura do Natal, provocada pelo novo imposto extraordinário anunciado pelo Governo. Então ganha o Governo, perde o comércio!! É a chamada "pescadinha de rabo na boca", que nos faz questionar: qual a mais valia para o País? Foi este 1.º Ministro que garantiu, ainda no decorrer da campanha eleitoral, que, apesar de não conhecer bem as contas públicas, havendo necessidade de aumentar mais impostos a subida seria sempre nos impostos sobre o consumo e nunca nos impostos sobre o rendimento das pessoas e, na primeira oportunidade, vem anunciar um imposto extraordinário sobre o rendimento da forma mais atabalhoada possível. O que os portugueses querem saber é como é que esse imposto se vai concretizar! (à data que escrevo estas linhas tal facto não tinha ainda sido esclarecido). Recordo ainda que um dos argumentos utilizado pelo actual 1.º Ministro para chumbar o PEC IV foi o de que os portugueses não suportavam mais cortes nos seus salários e pensões e, repito,
na primeira oportunidade, vem impor mais e mais sacrifícios. No entanto, esta medida apresentada pelo novo Governo não coibiu a agência de notação Moody’s de cortar o rating de Portugal em 4 níveis para “lixo”. Afinal o problema não era a suposta falta de credibilidade do anterior governo, como alguns apregoavam, mas algo bem mais complexo e que abrange toda a Europa. Devo referir que estes ataques ao nosso País por parte de agências de notação financeiras merecem um sério juízo de reprovação, como aliás já o mereciam anteriormente. Portugal está a beneficiar dum programa de ajuda externa que se deve esforçar por cumprir. urge continuar na senda de colocar as contas do País de saúde! As finanças portuguesas estão doentes, Portugal e a Europa não se encontram numa situação de normalidade. Atravessamos uma crise, com a adopção de medidas de austeridade difíceis para os portugueses. Para tal todos devem trabalhar para esse objectivo comum, tanto o País, como as instâncias europeias das quais Portugal faz parte. Pena é que alguns só agora se tenham capacitado disso.
finalmente chegou o verão… santos Madruga
C
om a entrada do mês de Julho, o sol foi dando um ar da sua graça e as temperaturas começaram a subir. As praias estão ficando compostas de banhistas, e já por ali vemos muitas caras conhecidas. É o regresso à terra e o mitigar das saudades, as quais foram sendo, por muitos, acumuladas durante anos. Os turistas vão aparecendo, mas aos poucos, dando-nos a indicação que a crise é geral. Do continente regressam os estudantes e muitos faialenses que ali encontraram o seu “modus vivendi”. Também da diáspora vão chegando muitos dos nossos emigrantes. Aproveitam esta época para reverem familiares e amigos, recordando, muitos deles, o tempo da sua infância. Por isso, quando nos encontram, além da satisfação natural, pretendem saber “coisas”, algumas já esquecidas, desta terra, que pelos seus parcos recursos, não lhes pôde oferecer o necessário “sustento”. São as saudades a apertarem o coração, ao mesmo tempo que os fazem reviver os lugares e alguns amigos, sentindo com tristeza, a ausência de outros, que esperariam encontrar, mas que, pela lei do mundo, já partiram. No entanto, pelas perguntas que, em geral fazem, demonstram que estão atentos ao pulsar da nossa ilha. Actualmente, não existem distâncias, pois os meios audiovisuais disponíveis mantêm-nos conhecedores da nossa realidade. Lamentam, a falta de notícias locais, como sucedia a alguns anos passados. A informação mais real é dada sobre a política, e para muitos, este “lavar de roupa”, nada lhes diz. Entretanto, os festejos da elevação de Vila a Cidade, chegaram ao fim, mas já começaram os preparativos para a grande semana de agosto – A Semana do Mar. Como sempre, é o tempo de maior fluxo de turismo. Contamos que este ano, também, como nos anteriores, tudo se conjugue para que assim seja. Esperamos que o céu continue azul, o Pico descoberto, bem como S. Jorge e Graciosa, e o mar “como mel”, para que, sobretudo, este maravilhoso conjunto de ilhas, que fazem parte deste Arquipélago, possam ser visitadas, pela maioria dos turistas que as desejam conhecer e que pretendem desfrutar das suas reais e naturais belezas. Para todos aqueles que estão entre nós, em passeio ou no gozo de merecidas férias, os desejos de otima e feliz estadia, e que ao regressarem, sintam a vontade plena de, para o ano, voltarem.
Projecto faial Solidário
A
uMAR Açores – Associação para a Igualdade e Direitos das Mulheres, actuante nas problemáticas sociais, violência doméstica, género e discriminação, considera este
Projecto Faial Solidário uma mais valia para a comunidade faialense, bem como irá permitir uma maior interacção e aproximação entre os diversos organismos e instituições que realizam trabalho de âmbito social. Assim, o voluntariado surge como sendo uma ponte de intercâmbio entre organismos e pessoas, fundamental
para o desenvolvimento e sustentabilidade das mesmas. A própria uMAR Açores que desenvolve um trabalho de carácter sigiloso e onde a prioridade é salvaguardar a confidencialidade, também apoia o voluntariado, como um acto pessoal e social, de foro altruísta. É importante nos tempos actuais,
onde há necessidade de darmos mais de nós, de irmos mais além, de sairmos do nosso mundo, do nosso egocentrismo, e pensarmos no colectivo e não no individual, pensarmos no “nós”, e não no “eu”. A mensagem é dar um pouco mais, ser um pouco mais, e ter um pouco menos.
Haja saúde! Jul.2011
Com estas acções de voluntariado poderemos de igual modo colmatar lacunas existentes nas instituições, que estão dependentes na sua grande maioria de apoios externos e públicos, e assim desenvolver e oferecer com ainda mais qualidade outro tipo de serviços. É necessário dar este passo, é necessário mudarmos mentalidades e formas de pensar e de agir, para uma sociedade melhor, mais coesa e altruísta.
Informação
Tribuna das Ilhas
15 De JUlho De 2o11
aGenDa
UTiliDaDes
CineMa
FarMÁCias
aManhã 21H30- Filme - “sinfonia imaterial” no Teatro Faialense - Hortaludus DoMinGo 21H30- Filme - “a Minha versão do amor” no Teatro Faialense - Hortaludus evenTos hoJe 10h00 às 12h00 - Horta J 2011 - WorkshoP De
restaurante e snack-bar areeIro • capeLo • teLf. 292 945 204 • tLm. 969 075 947
hoJe e aManhã Farmácia Correa 292 292 968 De 17 a 23 De JUlho Farmácia Ayres Pinheiro 292 292 749 eMerGênCias -Faial i h p o ~ m i i
Número Nacional de Socorro 112 Bombeiros Voluntários Faialenses 292 200 850 PSP - 292 208 510 Polícia Marítima 292 208 015 Telemóvel: 912 354 130 Protecção Civil - 295401400/01 Linha de Saúde Pública 808211311 Centro de Saúde da Horta 292 207 200 Hospital da Horta 292 201 000 TransPorTes - Faial
hiPhoP na Praça do Infante. Organização da Câmara Municipal da Horta 21h00 - o asTrónoMo e PoPUlarizaDor Melo e siMas. enTre GranaDas, PlaneTas e CoMeTas com a conferencista Ana Simões na Biblioteca Pública A. R. J. J. G.. Organização do Governo dos Açores, Direcção Regional da Cultura Centro de Conhecimento dos Açores
jSATA - 292 202 310 - 292 292 290 Loja jTAP (aeroporto) - 292 943 481 v Associação de Taxistas da Ilha do Faial 292 391 300/ 500 oTransmaçor - 292 200 380
Dia 20 De JUlho – QUarTaFeira 21H30 - "à QUarTa o PalCo É seU" com Daniela Medeiros, Jessica Gomes e Grupo HipHop na Praça do Infante. Organização da Câmara Municipal da Horta
DireCTor: Cristiano Bem eDiTor: Fernando Melo CheFe De reDaCção: Maria José Silva reDaCção: Susana Garcia e Marla Pinheiro FoToGraFia: Carlos Pinheiro
ColaBoraDores PerManenTes:Costa Pereira, Fernando Faria, Frederico Cardigos, José Trigueiros, Mário Frayão, armando amaral, victor Dores, alzira silva, Paulo oliveira, ruben simas, Fernando Guerra, raul Marques, Genuíno Madruga, Berto Messias ColaBoraDores evenTUais: Machado oliveira, Francisco César, Cláudio almeida, Paulo Mendes, zuraida soares, Gonçalo Forjaz, roberto Faria, santos Madruga, lucas da silva
CaBriTo no Forno Polvo à reGional BiCUDa FriTa oU GrelhaDa E mEnta Variada todos os d ias
MeTeoroloGia
venDeMos reFeições Para Fora Descanso semanal: terça-feIra
no snaCk
Bar serviMos
reFeições liGeiras e PraTo Do Dia
GrUPo CenTral hoJe Períodos de céu muito nublado com abertas. Vento nordeste bonançoso (10/20 km/h), tornando-se moderado (20/30 km/h). Mar de pequena vaga, tornando-se cavado. Ondas norte de 1 metro. aManhã Períodos de céu muito nublado com abertas. Aguaceiros fracos. Vento nordeste moderado (20/30 km/h). Mar cavado. Ondas norte de 1 metro. DoMinGo Períodos de céu muito nublado com abertas. Aguaceiros fracos. Vento nordeste moderado (20/30 km/h).
FiCha
Tribuna das Ilhas
eMenTa Para DoMinGo
AceitAm-se ReseRvAs
aManhã iMPÉrio Da ConCeição na Freguesia da Conceição. Organização da Irmandade do Império aTÉ 18 De JUlho De 2011 Das 09h30 às 12h30 - Horta J 2011 WorkshoP De eXPressão PlÁsTiCa: o lUXo Do liXo no CenTro De CUlTUra e eXPosições Da horTa. Organização da Câmara Municipal da Horta
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ProJeCTo GrÁFiCo: IAIC - Informação, Animação e Intercâmbio Cultural, CRL PaGinação: Susana Garcia reDaCção assinaTUras e PUBliCiDaDe: Rua Conselheiro Miguel da Silveira, nº12, Cv/A-C - 9900 -114 Horta ConTaCTos: Telefone/Fax: 292 292 145 E-MAIL: tribunadasilhas@mail.telepac.pt tribunadasilhas@gmail.com
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