Futebol
FSC DeFrontA Sporting iDeAl PÁGINA 11
Tribuna das Ilhas
DIRECTOR: MANUEL CRISTIANO BEM 4 NÚMERO: 480
19.AgoSto.2o11
SAi àS SextAS-FeirAS
CmH deve 2 milHões de euros a forneCedores g De acordo com o relatório de dívidas a fornecedores relativo ao primeiro semestre de 2011, a Câmara Municipal da Horta já ultrapassou a fasquia dos 2 milhões de euros. A maior fatia da dívida da autarquia está relacionada com as empreitadas de obras públicas. PÁGINA O3
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geoparque açores para apostar no geoturismo PÁGINA 02
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editoRial
portAS Do AtlântiCo… g ao falar-se do porto da Horta e da sua ampla baía e a propósito de ser este o pólo central do iatismo oceânico, ponto de recepção e partida de regatas internacionais e de apoio para os grandes eventos náuticos que cruzam as imediações destas ilhas, um faialense de reconhecido mérito dizia-nos, recentemente, que todas estas valências justificam a atribuição do designativo de Portas do atlântico ao espaço marítimo que aqui foi criado e se desenvolveu ao longo do tempo. E isto – acrescentava ele apontando o canal e as ilhas fronteiras – sem favor e sem fervor bairrista, porque, ainda para mais, até constituímos um pequeno mas verdadeiro arquipélago que vive a grandeza deste mar aberto aos dois continentes limítrofes. achámos curiosa e interessante esta ideia que a história e os factos actuais justificam, embora possamos considerar que no interior da nossa região insular apareçam determinados figurões para os quais estes pequenos pedaços de terra, colocados mais a ocidente, continuam a ser as “ilhas de baixo”, cujos privilégios naturais ou as situações adquiridas no decorrer de anos e décadas, eles consideram discordantes da sua dimensão territorial e populacional. Daí, certas “ironias”e as intenções de puxar para a “grandeza” irreal das suas terras o que de mais valioso caracteriza e promove as outras. Por isso os açores dificilmente poderão desenvolver-se no seu conjunto e de maneira harmónica, contribuindo cada parcela para a valorização das outras na área das próprias mais-valias, no contexto regional ou alargadamente atlântico. É mais que evidente que estas verdadeiras Portas do atlântico – porque se abrem para os dois lados do grande oceano – não só trazem amplos benefícios à Horta e ao Faial, como os estendem também às ilhas do Pico e São Jorge, uma vez que, dos milhares de visitantes que envolvem, muitos deles aproveitam as ligações marítimas para darem uma “saltada” aos outros dois vértices do Triângulo. Facto que é mais notório, aquando da recepção das regatas oriundas da Europa, com os numerosos familiares dos participantes a virem ao Faial, para os aguardarem e acompanharem até à nova largada para o porto de origem. E do mesmo modo que isto acontece por influência das actividades náuticas e oceânicas centradas no Faial, também a montanha do Pico, classificada como “uma das sete maravilhas naturais do país” na categoria dos Grandes relevos, vai atrair certamente muitos visitantes à vizinha ilha, que não deixarão de ir ao Faial e a São Jorge apreciar os seus pontos de interesse. neste cruzamento de potencialidades, em que as Portas do atlântico oferecem uma posição forte e segura, ficam a ganhar as três ilhas e, por extensão, todo o arquipélago…
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Com sede no Faial
geoparque Açores procura reconhecimento europeu Maria José Silva g Sabia que nos Açores existem 57
geossítios reconhecidos? Desses 57, seis deles estão situados na ilha do Faial, tal como a sede da Associação Geoparque Açores. Presidida por José Leonardo Goulart, em representação da ADELIAÇOR, esta associação não é, nada mais, nada menos do que a união entre as associações de desenvolvimento local da região, em prol de um geoturismo. Importa saber que um Geoparque é uma área com expressão territorial e limites bem definidos, que possui um notável património geológico, associado a uma estratégia de desenvolvimento sustentável. Assim, o Geoparque integra um número significativo de sítios de interesse geológico que, pelas suas peculiaridades ou raridade, apresentam valor ou relevância científico, educativo, cultural, económico, cénico ou estético, ou seja, podem ser considerados como geossítios. Estes locais podem, também, possuir outros motivos de interesse e valor, parques temáticos e outras infra-estruturas afins, que deverão estar ligados em rede, por trilhos e rotas. Um Geoparque, dada a sua natureza, e de acordo com José Leonardo, deverá cumprir com objectivos de conservação, pela preservação de geossítios de particular importância, explorando e desenvolvendo métodos de geoconservação, com o intuito de proteger o património geológico para as gerações futuras. Para além disso, deve promover a educação em geociências, do público em geral e da comunidade estudantil, organizando actividades e providenciando apoio logístico na comunicação do conhecimento científico e dos conceitos ambientais. O Geoparque deverá, também, apoiar a investigação científica, estimulando o diálogo entre os geocientistas e as populações locais. O desenvolvimento regional não deverá ser esquecido, sobretudo através da estimulação da actividade económica e o desenvolvimento sustentável das populações da sua área de influência, potenciando o desenvolvimento socioeconómico local através de uma imagem de excelência intrinsecamente relacionada com um reconhecido património geológico, que atrai um grande número de visitantes. Este facto tende a desenvolver
actividades económicas ligadas ao artesanato e ao turismo de natureza, com produtos de qualidade reconhecida e certificada. A associação GEOAÇORES – Associação Geoparque Açores é uma associação sem fins lucrativos, criada por escritura pública a 19 de Maio de 2010, com sede na cidade da Horta. Tem por missão e objectivos: promover e realizar acções tendentes a um desenvolvimento ambiental, socioeconómico, cultural, sustentável e equilibrado da Região Autónoma dos Açores, nomeadamente através da gestão do Geoparque dos Açores. Pretende ainda promover e realizar acções de sensibilização ambiental e de animação cultural e turística; realizar acções de protecção, conservação e divulgação do património natural, com especial ênfase no Património Geológico; proceder à recolha, tratamento e divulgação de informação sobre os recursos ambientais da região; promover e realizar acções de cooperação com outras entidades que possam contribuir para a realização dos objectivos da Associação; participar em entidades públicas ou privadas que se integram no âmbito da actuação do Geoparque dos Açores e prestar serviços aos associados, agentes locais ou a outros. O qUE É O GEOPARqUE AçORES O arquipélago dos Açores apresenta uma rica e vasta geodiversidade e um importante património geológico, composto por diversos locais de interesse científico, pedagógico e turístico. Dado o carácter arquipelágico da Região, o Geoparque Açores assenta numa rede de geossítios, dispersos pelas nove ilhas e zona marinha envolvente que garante a representatividade da geodiversidade que caracteriza o território açoriano, que traduz a sua história geológica e eruptiva, com estratégias de conservação e promoção comuns e baseada numa estrutura de gestão descentralizada e com apoio em todas as ilhas. Os geossítios identificados no arquipélago dos Açores representam elementos da sua geodiversidade com excepcional valor e com potencial para diversos tipos de uso. “Assim, percorrer os trilhos pedestres e miradouros, visitar as plantações de chá, observar cetáceos, mergulhar no oceano
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JOSÉ LEONARDO cumulativamente presidente da Adeliaçor encabeça esta Associação de promoção geoturistica
azul, observar pássaros, degustar o cozido das Furnas, a doçaria regional e os vinhos regionais e apreciar o artesanato, são algumas das sugestões para desfrutar no arquipélago” – explica José Leonardo, que caracterizou o geoturismo como “a galinha dos ovos de ouro do turismo nos Açores”. GEOTURISMO O geoturismo valoriza aspectos ambientais e culturais e assenta nos princípios do turismo sustentável, promovendo a geodiversidade e o património geológico do território. O arquipélago dos Açores possui um inegável potencial geoturístico, devido às suas paisagens vulcânicas, que se tornaram o ex-libris da região. Numa perspectiva de promover um melhor aproveitamento dos serviços e infra-estruturas já existentes, a Associação Geoparque Açores pretende criar novos serviços e produtos interpretativos, implementando um geoturismo de qualidade na Região, em estreita ligação com outras vertentes do Turismo de Natureza. Assim, foi proposta uma estratégia geoturística dos Açores, com a implementação de diversas rotas: Rota das cavidades vulcânicas; Rota dos miradouros; Rota dos trilhos pedestres; Rota do termalismo e Rota dos Centros de Ciência; fruto de protocolos e parcerias que a Associação tem estabelecido com outras entidades regionais. Sobre o mote “9 ilhas, 1 geoparque”,
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um dos objectivos principais desta associação é vender um produto que permita aos turistas visitar o arquipélago de Santa Maria ao Corvo. REDE EUROPEIA DE GEOPARqUES Neste momento o Geoparque Açores está a preparar a sua candidatura à Rede Europeia de Geoparques. Está pois então, numa fase de avaliação por parte dos membros da Rede e em Outubro próximo vai oficializar a intenção de integrar este organismo. A REG foi criada em 2000 por quatro Geoparques, contando com o apoio da Unesco desde 2001. Actualmente, a Rede Europeia de Geoparques inclui 42 territórios dispersos por 16 países. Os membros da Rede trabalham em conjunto para conservar e valorizar o seu património geológico, através do desenvolvimento sustentado dos seus territórios. Apesar da Geologia ser a principal área de promoção dos Geoparques, os membros da Rede encaram a promoção do património natural e cultural numa perspectiva holística. Os Geoparques são membros da REG pelo período de 4 anos, depois dos quais são inspeccionados e avaliados. Este é um dos principais procedimentos internos da Rede e ajuda a manter todas as operações, infra-estruturas e serviços dos Geoparques a um elevado nível de qualidade.
[DEScE]
BIG BAND EM CONCERTO
CUIDADO COM O SOL
g Em noite calma e agradável do último sábado, penúltimo dia
g Embora numa edição muito recente tenhamos dado um aler-
da Semana do Mar, a Praça do infante encheu-se de uma incalculável multidão desejosa de assistir ao anunciado concerto do grande conjunto Filarmónico formado pelos músicos da unânime Praiense e da união assaforense – esta oriunda do concelho de Sintra e de visita ao Faial a convite da agremiação da Praia do almoxarife. Foi um memorável concerto com 120 figuras em palco, sob a direcção musical dos maestros ruben Silva e Délio Gonçalves. E enquanto o programa entusiasmava o público, a lua coroava a fronteira montanha do Pico.
ta sobre os graves malefícios da exposição ao sol, nesta época, sem os devidos cuidados, chamamos agora a atenção do público e dos banhistas em especial para uma notícia publicada pelo TriBuna de 12 do corrente (pág. 3) sob o título de “radiações ultravioletas com valores preocupantes”. nessa notícia, a par de alguns conselhos, pode ler-se: Os elevados índices de radiação ultravioleta estão a preocupar os técnicos do instituto de Meteorologia e a deixar sob alerta os hospitais no que ao tratamento por insolação se refere”. cuidado!
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Preço dos combustíveis actualizado g As alterações registadas no preço do petróleo, durante as últimas semanas, nos mercados internacionais, vão levar a uma actua-
lização do preço máximo de venda dos combustíveis na Região Autónoma dos Açores. Esta actualização consiste na diminuição em dois cêntimos por litro no preço máximo das gasolinas 95 e 98 e dos gasóleos agrícola e pescas e de um cêntimo por litro no gasóleo rodoviário, mantendo-se o preço dos restantes combustíveis inalterado.
manuel de aRRiaga
100 anos da eleição do primeiro presidente da república portuguesa Maria José Silva g Na próxima 4ª feira, 24 de Agosto, completam-se 100 anos da Eleição do Primeiro Presidente da República Portuguesa. O Centen ário será assinalado na cidade da Horta, pelas 21h30 no Auditório da Biblioteca Pública e Arquivo Regional, João José da Graça, com uma sessão evocativa deste momento determinante, em termos nacionais e internacionais, da fundação do regime republicano. As comemorações do Centenário da eleição de Arriaga contam com o alto patrocínio do presidente da República, Cavaco Silva que se fará representar pelo Representante da República nos Açores, Embaixador Pedro Catarino. Lançada pela Associação dos Antigos Alunos do Liceu da Horta, esta iniciativa vai assinalar também a passagem de 10 anos de reabilitação da memória de Manuel de Arriaga, em que esta Associação, com sede em Lisboa, oriunda da terra natal do Primeiro Presidente, a cidade da Horta, e do Liceu de que este é patrono desde 1918, se tem empenhado. Serão oradores Magda Costa Carvalho da Universidade dos Açores, com a palestra, “Manuel Arriaga: um pensamento de Verdade e de Justiça” e Luís Bigotte Chorão, Investigador na Universidade de Coimbra, que apresentará “Arriaga e o Julgamento da História”. De acordo com a nota de imprensa enviada à comunicação social, “este movimento de reabilitação da memória de Manuel de Arriaga tem exercido grande influência no resgate de vários “esquecimentos” que pen-
diam sobre este republicano histórico, com destaque para as Honras de Panteão Nacional e a produção de obras e a respectiva divulgação sobre a sua luta política e social pela democracia e pelo regime republicano.” De acordo com Maria Luísa V. de Paiva Boléo, “em Agosto de 1911, já com 71 anos, Manuel de Arriaga é eleito Presidente da República. O outro candidato era o Dr. Bernardino Machado (também presidente mais tarde). Foi António José de Almeida, da facção moderada do Partido Republicano, quem se lembrou de sugerir o nome de Manuel de Arriaga como candidato à presidência, findo o período do Governo Provisório liderado por Teófilo Braga. Isto porque, segundo ele, Arriaga "era um dos poucos se não o único homem do Partido que se dava com toda a gente e de quem Homem Cristo não dizia mal".” A autora, que publicou vários trabalhos sobre Arriaga, diz ainda que “o mandato de
Manuel de Arriaga desenrola-se, como é sabido, num período agitado. Os governos sucedem-se por escassos meses. Oito mudanças na presidência do Governo, desordens nas ruas, reacções violentas contra a Igreja e movimentos de monárquicos.” Sob a orientação artística da professora Ludmila Chovkova terão lugar momentos musicais por Isabel Carvão em piano e Vitor Daniel Pavtchinski em violoncelo.
[aconteceu] FAIAL APOSTA NA DIvERSIFICAçãO AGRíCOLA g O Secretário regional da agricultura e Florestas esteve reunido com a Direcção da associação agrícola da ilha do Faial para fazer uma avaliação do ano agrícola que está a decorrer e para analisar o projecto de investimentos desta associação, no sentido de ser criada uma estrutura organizacional para receber as produções na área da horticultura e floricultura. Segundo o governante, este investimento servirá para preparar estas produções para uma melhor acessibilidade aos mercados e para potenciar a ilha do Faial na área da diversificação agrícola. NOvOS PÁROCOS NO FAIAL g De acordo com informação avançada pela Diocese de angra, D. antónio Braga procedeu a novas nomeações para 2011/2012. no Faial, o padre Bruno Miguel Esteves rodrigues foi nomeado Pároco dos cedros, ribeirinha e Pedro Miguel, enquanto que o padre Gilson Francisco da cruz foi nomeado Pároco das angústias e Feteira. as paróquias de castelo Branco, capelo e Praia do norte passam a ter como pároco o padre raul clepson Macedo. Por sua vez, o padre José alvernaz Pereira de Escobar foi reconduzido como pároco do Salão, e o padre raimundo Garcia Bulcão Duarte foi nomeado capelão do Estabelecimento Prisional da Horta.
[vai acontecer] SEMANA DOS BALEEIROS g Decorre de 22 a 28 de agosto de 2011 a Semana dos Baleeiros, no concelho das Lajes, na ilha do Pico. Esta é uma festa em honra de nossa Senhora de Lourdes e que pretende relembrar o culto da caça à baleia e o esforço vivido por todos os baleeiros que enfrentavam os diversos perigos dos mares e das adversidade vividas na actividade. Durante estas festas poderá observar um desfile etnográfico, desfile de marchas populares, uma feira regional de artesanato, o festival do queijo do Pico, regatas de botes baleeiros, o lançamento de diversos livros, exposições, animação infantil, atuação da Orquestra Sinfónica Juvenil de Lisboa, atuação de grupos locais, filarmónicas e da orquestra municipal. Para além do já mencionado, irão atuar diversos grupos de renome nacional, vindos do continente, como são o caso da fadista cristina Maria (23 de agosto); José cid & Big Band (25 de agosto); anabela (26 de agosto) e Virgem Suta (27 de agosto). TALUDES EM RECUPERAçãO g Já foi assinado o contrato para a empreitada de recuperação de taludes em zonas de risco da ilha do Faial. Os trabalhos irão decorrer ao longo de vários quilómetros de estradas regionais de quatro freguesias, destacando-se, na conceição e ribeirinha a execução de muros de contenção em gabiões, em Pedro Miguel a construção de muros de guarda e melhoria do pavimento e na zona da Praia do almoxarife, o rampeamento de taludes, execução de valetas e reposição de abatimentos de piso.
situação FinanCeiRa
CMH com mais de 2 milhões de dívidas a fornecedores g A Câmara Municipal da Horta apresenta um total de 2.802.052,63 euros de dívidas a fornecedores no que ao primeiro semestre de 2011 diz respeito. De acordo com o documento disponível no site da autarquia na secção documentos/dívidas a fornecedores, podemos constatar que a maior fatia da dívida faialense está relacionada com as empreitadas de obras públicas, onde o valor é de 741.263,50€. 665.416,50€ é quanto a CMH deve em termos de bens e serviços. O relatório, que contempla dívidas a 60, 90, 120, 180 e 360 dias, engloba áreas como: combustível; conservação e reparação; cópias e impressão; energia; equipamento informático; higiene e limpeza, honorários; licenciamento de software; material de consumo clínico; medica-
mentos; meios complementares de diagnóstico e terapêutica; mobiliário; outros produtos farmacêuticos; outros produtos especializados; papel e economato; preparação de refeições; reagentes e produtos de diagnóstico rápido; rendas e alugueres; seguros; serviços de informática; serviços de voz e dados fixos e móveis; veículos automóveis e motociclos; vigilância e segurança; administrações Postais Estrangeiras; locação financeira; bens de domínio público e outros investimentos. Na coluna das dívidas a 60 dias, o maior volume é de 313.230,42€ e diz respeito a outros bens e serviços. Seguem-se as empreitadas com 102.306,76€ e 14.551,04€ de honorários. Já a 90 dias, a maior fatia de dívida é da ordem dos 101.312,33€ e diz respeito aos
outros bens e serviços. Seguem-se outros investimentos com 72.322,37€ e 10.435,08€ em obras. 787.327,91€ é quanto a câmara faialense deve de bens e serviços a 120 dias. 273.540,64€ estão afectos às empreitadas de obras públicas e 16.332,48€ referemse a outros investimentos. No que concerne às dívidas a seis meses, ou seja 180 dias, o cenário não é muito diferente. 182.897,88€ de dívida na área de bens e serviços; 115.376,49€ de outros investimentos e 68.735,46€ de trabalhos especializados. À espera de pagamento há mais de um ano estão 365.416,19€ de empreitadas e obras públicas, 63.545,84€ de bens e serviços. A fasquia da dívida a 120 dias é a mais alta, uma vez que, dos dois milhões totais,
perfaz 1.115.205,73€. Em branco, sem qualquer dívida estão as cópias e impressão, a energia, medicamentos e meios complementares de diagnóstico e terapêutica e outros produtos farmacêuticos. Em igual situação estão as rubricas: reagentes e produtos de diag-
nóstico rápido, rendas e alugueres, serviços de informática, vigilância e segurança, administrações postais estrangeiras e locação financeira. O referido documento tem data de 30 de Junho de 2011. MJS
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Clube das mais belas baías do mundo
Horta alvo de avaliação Marla Pinheiro Foto: Maria José Silva g A entrada oficial da Horta no Clube das Mais Belas Baías do Mundo está cada vez mais próxima da realidade. Recorde-se que a baía faialense apresentou a sua candidatura formal em Maio passado, no Senegal, e agora integra o Clube “à experiência”, durante um ano, período durante o qual serão verificados na Horta todos os critérios necessários à integração permanente. Nesse sentido, o Faial recebeu a visita de Louis Thébault, membro da direcção do Clube, que veio verificar se a baía da Horta preenche os “critérios indispensáveis” à sua entronização naquela associação. Thébault não poderia ter vindo em melhor altura, já que pôde presenciar algumas das actividades náuticas que se desenvolveram na baía durante a Semana do Mar, como é o caso das regatas de botes baleeiros. De acordo com Thébault, para que a Horta integre efectivamente o Clube das Mais Belas Baías do Mundo, é necessário que cumpra critérios de desenvolvimento, económico, cultural e ambiental, conjugados de forma har-
moniosa. Na passada terça-feira, antes de um passeio de barco pela baía (que acabou por ter de ser interrompido graças a
uma partida do Verão açoriano, que brindou o visitante com uma chuvada inesperada), Thébault falou à comunicação social local sobre o processo de
teRmas do VaRadouRo
governo prepara terreno e procura investidores privados g Na passada semana, o secretário regional da Economia esteve no Faial para visitar as Termas do Varadouro, e inteirar-se do andamento do processo de aquisição dos terrenos na área circundante, que está a ser desencadeado pelo Executivo. De acordo com Vasco Cordeiro, o Governo investiu já 450 mil euros no processo de aquisição dos terrenos. Neste momento, faltam adquirir nove prédios, que no entanto correspondem apenas a menos de 10% da totalidade do terreno. Cordeiro acredita por isso que esta fase do processo deverá ficar concluída antes do final do ano. Com esta iniciativa, o Executivo Regional pretende dotar o espaço com “melhores condições para a implementação de um projecto renovado” e também proteger os recursos termais ali existentes, uma vez que estes se encontram a profundidades reduzidas. Simultaneamente, a Agência de Promoção do Investimento dos Açores (APIA) está à procura de investidores privados interessados neste projecto. Segundo o governante, esses interessados existem, e já decorrem conversações que, de acordo com Vasco Cordeiro, “poderão dar um contributo decisivo para a reactivação daquela infra-estrutura termal”. Cordeiro não duvida dos contributos que a criação de uma valência como esta trará ao turismo faialense, e, em articulação com as termas do Carapacho, na
vasco Cordeiro visitou as Termas do varadouro
Graciosa, e da Ferraria, em São Miguel, ao nicho do turismo de bem-estar na Região. No entanto, enquanto que as termas do Carapacho e da Ferraria se trataram de obras públicas, cuja exploração foi depois concessionada a privados, no Faial o Executivo procura um investimento privado desde a fase de construção. PSD ACUSA: GOvERNO “NãO TEM vONTADE POLíTICA” PARA RECUPERAR TERMAS Em comunicado enviado às redacções na passada quarta-feira, o PSD/Faial entende que estas declarações de Vasco Cordeiro “nada trazem de novo” ao processo de recuperação das Termas do Varadouro. Os social-democratas entendem que o Governo “não tem vontade política” de avançar com as obras. De acordo com Luís Garcia, presidente da Comissão Política laranja no Faial, se o
Executivo açoriano quisesse efectivamente ver avançar a obra utilizaria “a mesma solução que usou em outras ilhas em investimentos semelhantes”, afirmam, referindo-se às termas da Ferraria e do Carapacho, cujas obras foram suportadas com dinheiros públicos. Para os social-democratas faialenses, esta visita de Vasco Cordeiro ao Varadouro “não foi mais do que uma manobra para entreter os distraídos”. “Há muito que o governo diz que anda a comprar terrenos e há muito que anda à procura de privados interessados naquele investimento. Nesta mistura propositada de desculpas, o governo esquece-se que já a 16 de Maio de 2008 afirmava textualmente que 'em relação às termas do Varadouro já foi adquirida a quase totalidade dos terrenos necessários à instalação do Hotel-SPA'”, recordaram os socialdemocratas faialenses. M.p.
entronização das baías, e sobre a sua visita à Horta. O responsável mostrouse deveras impressionado com a forma como a ilha se tem sabido desenvolver
economicamente em harmonia com os factores ambientais. Thébault deu como exemplo a forma como a Marina da Horta parece ser amiga do ambiente, e ainda a construção do Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos, perfeitamente integrado naquela paisagem natural. Thébault frisou também que o Clube das Mais Belas Baías do Mundo pretende que os seus membros tenham a capacidade de aprender uns com os outros, e mostrou-se convencido de que a Horta poderá ter um papel importante nesse processo. Tendo em conta a forma como decorreu a visita deste membro da direcção do Clube ao Faial, a entronização da Horta no clube parece uma realidade cada vez mais próxima. Essa entronização deverá acontecer na próxima Assembleia-geral, que decorre em 2012, na Turquia. Se a Horta passar nestas avaliações, será a segunda baía portuguesa a integrar o Clube, juntando-se assim à baía de Setúbal.
aluga-se T3 mobilado no centro da cidade. Contactar: 962577290
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gRupo CentRal
Atlânticoline encerra concurso para construção de navios g A Atlanticoline anunciou o cancelamento do concurso internacional para a construção dos novos navios para operar no Grupo Central. Na origem da decisão está a posição assumida pelos estaleiros holandeses Damen ShipYards de não apresentar nenhuma proposta, depois de terem sido os únicos concorrentes convidados a apresentar proposta. De acordo com Carlos Reis, presidente da transportadora marítima, o novo concurso internacional para a construção dos dois navios será lançado “no prazo de um mês”, estimando-se que o início da actividade das embarcações possa ocorrer “no Verão de 2013”, o que significa um atraso de alguns meses em relação ao que estava inicial-
mente previsto. Apesar deste atraso, Carlos Reis frisou que não está em causa o transporte de passageiros nas ilhas do Triângulo, porque os dois navios que estão a operar actualmente “têm uma longevidade prevista de seis ou sete anos”. O processo já tinha sofrido uma suspensão em meados de Abril, na sequência dos pedidos de esclarecimentos técnicos adicionais feitos pelos estaleiros holandeses. A desistência terá sido originada por razões relacionadas com “penalidades e resolução do contrato”. O novo concurso deve manter as condições do que foi agora encerrado. Algumas das condições exigidas no concurso suscita-
ram fortes críticas da Associação das Indústrias Navais, para quem essas condições inviabilizavam a participação dos estaleiros nacionais. Os dois navios, orçados em 18 milhões de euros, destinam-se ao transporte de passageiros e viaturas no Grupo Central, sendo ambos do tipo monocasco, com 37 metros de comprimento. Um dos navios terá capacidade para 298 passageiros e seis viaturas e o outro para 214 passageiros e 12 viaturas, dispondo ambas as embarcações de rampas de popa para embarque e desembarque de viaturas e passageiros e rampas laterais para passageiros, devendo atingir uma velocidade de 15 a 17 nós.
Conservatório integrado na escola Básica da Horta g O Conservatório Regional da
Horta passou a integrar a Escola Básica Integrada (EBI) da Horta, nos termos de um decreto regulamentar publicado em Jornal Oficial na passada semana. Na sequência da entrada em vigor daquele diploma, o Conservatório Regional da Horta, que já se encontra instalado em edifício da EBI da Horta, deixa de constituir uma unidade orgânica do sistema educativo regional, passando a ser uma secção daquela escola. Com esta agregação, o Governo dos Açores visa, de acordo com o comunicado avançado pelo Gabinete de Apoio à Comunicação Social, “promover uma crescente e eficaz articulação entre níveis e graus de educa-
ção e ensino como motor da qualidade educativa que se pretende alcançar”. Argumenta ainda que com esta medida, “para além das melhorias de natureza pedagógica almejadas, é garantida a rentabilização e a racionalização dos recursos humanos disponíveis”. De acordo com o diploma agora publicado, o pessoal docente e não docente afecto ao Conservatório Regional da Horta “transita na mesma carreira e categoria” para a EBI da Horta, mediante lista nominativa a publicar na bolsa de emprego público dos Açores (BEPA). Por sua vez, a dotação orçamental afecta ao Conservatório transita, com dispensa de qualquer formalidade, para a EBI da
Horta. Também as verbas orçamentadas nos fundos escolares do Conservatório Regional da Horta, bem como todas as responsabilidades assumidas por aqueles fundos, transitam para o fundo escolar da EBI da Horta. No prazo de 30 dias úteis, será nomeada por despacho da secretária regional da Educação e Formação a comissão executiva instaladora da unidade orgânica agora objecto de reestruturação. O quadro de pessoal docente da EBI da Horta passa a ser constituído por 153 docentes, distribuídos pela educação pré-escolar (23), 1.º ciclo do ensino básico (46), 2.º ciclo do ensino básico (59), educação especial (8) e ensino vocacional da música/ensino artístico (17).
ESPAçO DE PROXIMIDADE A POLíCIA AO SERvIçO DOS CIDADãOS P P O O L L í í C C I I A A D D E E S S E E
recorde no Horta/les Sables Challenge
G G U U R R
A viagem de Arnaud Boissières , com o veleiro «AKENA Vérandas», entre Horta e Les Sables d’Olonne, foi concluída em 4 dias, 21 horas (00 minutos) e 40 segundos, menos 16 horas e 27 minutos que o melhor tempo registado neste mesmo percurso, em 2010, por um veleiro da Classe Mini de 6,5 metros envolvido então na regata Les Sables / Les Açores / Les Sables. A travessia ficou marcada pelas condições adversas de vento, com a proximidade de um centro de altas pressões nos últig
mos dias, tendo o velejador resguardado a melhor aparelhação (no que respeita a velas) para as próximas competições em que vai estar envolvido, nomeadamente a TRANSAT Jacques Vabre (para tripulações duplas), regata que liga, a partir de 30 de Outubro próximo, Le Havre, em França, a Puerto Limon, na Costa Rica. Há, desde já, a perspectiva de Arnaud Boissières voltar à Horta em Maio de 2012, para superar a marca agora estabelecida, numa fase em que vai estar em plena preparação final da Vendée
Globe 2012/2013, prova de circum-navegação sem escalas nem assistência para navegadores solitários que arranca em Novembro do próximo ano, precisamente na cidade de Sables d’Olonne. O agora denominado Horta/Les Sables Challenge deverá ser instituído formalmente em breve no âmbito da Comissão Náutica Municipal da Horta, aí se estabelecendo as condições precisas de certificação dos melhores tempos deste tipo de travessia oceânica do Atlântico Norte, entre os Açores e a Região francesa de Vendée.
A A N N ç ç A A P P Ú Ú B B L L
BURLA incorre neste crime quem, com intenção de obter para si ou para terceiro, enriquecimento ilegítimo, por meio de erro ou engano sobre os factos que astuciosamente provocou. a prevenção deste crime depende também de si, portanto aconselhamos a: • não abrir a porta de casa a desconhecidos. • não deixar que percebam que está sozinho em casa; • não acreditar em propostas de dinheiro fácil; • não entregar ouro, dinheiro ou outros objectos de valor em troca de curas milagrosas, leitura de sinas ou benzeduras; • Ter atenção a videntes, curandeiros, desconhecidos, médiuns ou cartomantes; • não fale da sua vida a vizinhos ou estranhos, pois muitas vezes, os burlões já recolheram informação sobre si junto de outras pessoas, e assim, facilmente criam empatia; • Os suspeitos escolhem criteriosamente as suas vítimas, seleccionando geralmente indivíduos com idade avançada e que acreditam em «malvadez, olhado e inveja»;
• Ter sempre à mão os números da PSP ou de familiares próximos que possa contactar em caso de urgência; • caso tenha sido vítima destes factos comunicar imediatamente à Esquadra da sua área de residência; A P.S.P. alerta para que: Tenha sempre presente os presentes conselhos, evite ser mais uma vítima de: “casa roubada, trancas à Porta” Eventuais esclarecimentos adicionais deverão ser solicitados à P.S.P. da Horta, por correio electrónico: cphorta@psp.pt, ou pelos Contactos: Telefone - 292208510 Fax - 292208511
I I C C A A
PROGRAMA INTEGRADO DE POLICIAMENTO DE PROXIMIDADE
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RepoRtagem
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Tribuna das Ilhas
ResCaldo da semana do maR 2011
Autarquia faz balanço positivo da festa, mas quer melhorar alguns aspectos em 2012 Marla Pinheiro Chegou ao fim no passado fim-de-semana mais uma edição da Semana do Mar. A festa que nasceu da recepção a uma regata goza do título de pioneira nos Açores, e procura actualizar-se sem perder o seu cheiro a mar, que é o principal elemento diferenciador em relação às restantes festas de Verão da Região. De há uns anos a esta parte, a Semana do Mar encontrou um modelo, que agora procura aperfeiçoar de ano para ano. Em 2011, de acordo com o presidente da Câmara Municipal da Horta, entidade responsável pela coordenação do Grupo de Trabalho que prepara a Semana do Mar, o modelo voltou a funcionar bem. Para João Castro, o enfoque na náutica, a feira gastronómica em articulação com as tasquinhas, a existência de três palcos, uma zona onde os jovens podem fazer a festa até mais tarde e a Expomar e a Feira de Artesanato são referências que se sedimentam de ano para ano. Desta edição da festa, João Castro salientou a facto de ter acontecido “num quadro de contenção orçamental”. Nesse sentido, o autarca mostrou-se deveras satisfeito com a compreensão dos faialenses em relação à ausência de fogo-de-artifício, mas não surpreendido. João Castro confessa que esperava essa atitude da população face ao sinal de responsabilidade que o município quis dar ao abdicar do espectáculo pirotécnico. Um local onde a crise pareceu não ter chegado nesta Semana do Mar foi às tasquinhas e aos restaurantes, cuja afluência foi, para João Castro, “acima das expectativas”. Para o autarca a Semana do Mar já ultrapassou claramente a dimensão festiva para se revelar como um catalisador económico de máxima importância para o Faial. Voos e barcos extraordinág
CONCERTOS Os momentos musicais são os mais apreciados pela juventude. No final da festa a opinião é unânime, deveria haver uma deslocalização do palco
rios, hotéis cheios e muita gente na rua traduzem um aumento muito grande da população faialense por estes dias. Apesar de ser difícil aferir números concretos, há a ideia de que o número de pessoas no Faial duplica durante a Semana do Mar. Por isso, João Castro entende que a festa serve também para mostrar que o Faial tem condições para responder com eficácia a essa procura. A Semana do Mar 2011 fez-se numa cidade em mudança, com as obras do porto em curso, e com uma anunciada requalificação da frente marítima. Face a esta realidade, João Castro reconhece que é “inevitável” que a Semana do Mar
GLóRIA NEvES 31 ANOS “na minha opinião, a Semana do Mar correu bem. Tivemos um tempo favorável, que deixou projectar as mais variadas actividades, voltadas para o mar e não só. acho no entanto que são muitos dias, tendo em conta que estamos com dificuldades económicas podiase reduzir, realizando intercâmbios e concertos de mais qualidade, podendo promover mais as bandas locais.”
se relocalize dentro de alguns anos, no entanto sem alterar o seu modelo. Uma das questões que mais discussão provoca quando se fala em Semana do Mar é a localização do palco. Muitos clamam pelo seu regresso à Marina, mas a verdade é que a cada ano que passa ele se mantem na Avenida. João Castro alega que, se é verdade que há quem prefira o palco na Marina, também existe quem o prefira na actual localização. Para o autarca, o palco mais perto da zona das tascas e dos restaurantes funciona bem, e liberta a marina para a Expomar, que, na sua óptica, é outra componente importante da
Semana do Mar. No entanto, João Castro frisa que “a questão do palco está sempre em aberto”, e que podem ser encontradas outras soluções. Em termos logísticos, um dos aspectos a melhorar no próximo ano prende-se com as instalações sanitárias. Para João Castro, elas são insuficientes e terão de pensar-se soluções para o futuro nessa área. Quanto a melhorias em relação a 2010, o presidente da CMH destaca uma melhor articulação com as forças de segurança no que diz respeito ao estacionamento e à circulação rodoviária na cidade, bem como uma maior celeridade na montagem e des-
HÉLDER PEREIRA 29 ANOS “a Semana do Mar em geral não foi má, mas noto que há um decréscimo de pessoas nas festas e nos concertos de há alguns anos a esta parte. Penso que o palco está mal localizado, quase em cima das tascas e há pouco espaço para o público assistir aos concertos. na marina era melhor. Foi também uma pena que no maior festival náutico do país houvesse apenas 13 botes baleeiros em prova.”
montagem das estruturas da festa. João Castro não quis deixar de dar uma palavra de apreço pelo “trabalho notável” dos funcionários da autarquia responsáveis diariamente pela limpeza do recinto, que, de resto, é de ano para ano um dos aspectos que comprovadamente melhor funciona na Semana do Mar. Agora, como explica o autarca, é já tempo de começar a trabalhar na 37.ª edição. O balanço de 2011 é o ponto de partida para preparar 2012, e começam já a ser efectuados contactos para que, na primeira semana de Agosto do próximo ano, a festa do mar esteja de volta à cidade da Horta.
BEATRIz MADRUGA 45 ANOS “Este ano achei a festa mais fraca. Menos gente, menos restauração… Penso que os vendedores ambulantes não deveriam estar naquele espaço. Seria preferível ter ali o artesanato local. Gostaria de referenciar pela positiva o belo espectáculo da Filarmónica unânime Praiense e da união assaforense, de Sintra. Penso que a autarquia não deu o devido respeito que o espectáculo mereceu, já que o deveria ter colocado no palco maior, onde ficariam mais bem acomodados”.
CultuRa
Tribuna das Ilhas
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FeteiRa
pRaia do almoxaRiFe
Festa de nossa Senhora da graça DR
g Foi com missa e procissão que, segunda-feira, tiveram início os festejos em honra de Nossa Senhora da Graça na Praia do Almoxarife. O ponto alto deste primeiro dia de festa, que se prolongam até dia 21 de Agosto, começou pelas 21horas quando ao palco subiram a Sociedade Filarmónica Unânime Praiense e a Sociedade Filarmónica Unânime Assaforense, acompanhados à voz pela jovem Rita Biscoito, tal como acontecera durante a Semana do Mar 2011. Com este concerto, e conforme TRIBUNA DAS ILHAS já havia noticiado, deu-se uma “ nova dimensão à palavra “intercâmbio”. Com a colaboração da cantora em alguns dos temas, os dois maestros irão revezaram-se em palco, num programa que, acima de tudo, procurava cativar as pessoas que o foram escutar e que, pelos aplausos que se ouviram, foi amplamente conseguido. Sobre o concerto no Largo do Infante muita coisa foi dita, havendo mesmo quem defendesse que deveria ter acontecido no Palco Principal. “Na generalidade o concerto apresentou uma interpretação das obras puxando o seu brilhantismo, com alguns momentos de solos individuais e de alguns naipes de instrumentos, apelou por vezes às palmas do público para inten-
Festa de nossa Senhora da graça DR
sificar o ritmo e a envolvência dos presentes que enchiam completamente o Largo do Infante como há muito não se via numa Semana do Mar” – escreveu Carlos Faria no seu Blog. Ainda em relação à Festa de Nossa Senhora da Graça, está previsto, para sexta-feira, pelas 19h00, o cortejo das oferendas. Pelas 21h30 começa a actuação da JC Band. A noite será também abrilhantada com baile pela Turma do Rodeio. No sábado, haverá 4 horas de BTT (início marcado para as 15h00) e Missa às 19h00. A praiense Graça Bettencourt vai subir ao palco para interpretar a
Marcha da Semana do Mar, e, pelas 22h00 começa a actuação do Grupo Folclórico do Salão. A festa prolongase noite dentro com baile com o Onda Jovem. Domingo, último dia da festa, começa com a missa do 6.º aniversário da inauguração e dedicação da Igreja de Nossa Senhora da Graça. A sessão comemorativa está marcada para as 18h30. Duas horas depois actua o Grupo de Chamarritas das Angústias. Pelas 21h30 é a vez do Grupo Etnográfico de Castelo Branco e as 22h30 o baile com os Onda Jovem. MJS
nossa senhoRa da luz nos Flamengos
em 2011 a festa faz-se com a prata da casa g De acordo com Carlos Rita, uma das grandes atracções das Festas dos Flamengos em 2011 será o primeiro Festival de Folclore organizado pela Junta de Freguesia, que decorrerá no dia 9. Para o autarca, trata-se de uma forma de aproveitar o entusiasmo popular em torno das chamarritas, ao mesmo tempo que se tira partido da qualidade com que os grupos da ilha se têm apresentado. Assim, neste encontro, participam os grupos de Pedro Miguel e do Salão, que se juntam à Tuna e Grupo Folclórico Juvenil dos Flamengos, a jogar em casa. A freguesia será mesmo a principal “fornecedora” de atracções para a festa. Ao longo dos 4 dias, actuarão não apenas o Grupo Folclórico, mas também a Sociedade Filarmónica Nova Artista Flamenguense, bem como a sua Orquestra Juvenil, o grupo Vale 4 e o espectáculo Estrelas do Vale, que terá honras de encerramento desta edição das festas dos Flamengos. A Euterpe de Castelo Branco, a Turma do Rodeio, a JC Band e o Grupo Conexão Hip Hop também passarão pelo palco. A componente desportiva não ficou esquecida, com a tarde de sábado a ser-lhe dedicada. Espera-se que nessa altura sejam dadas a conhecer as equipas do clube da freguesia para a época desportiva que arranca no próximo mês. Na apresentação das festas da freguesia, Carlos Rita quis deixar um apelo aos faialen-
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ses, e principalmente aos flamenguenses, para que compareçam no evento. O presidente da Junta frisou que “as instituições da freguesia dão o seu melhor” na organização das festas, e não há melhor incentivo que a participação do público. MUDANçA DE PÁROCO MARCA CELEBRAçõES RELIGIOSAS A componente religiosa é parte importante da festa. Este ano, fica marcada pela despedida do Padre Raimundo Bulcão, que será sucedido pelo Padre Marco Luciano, que presidirá já à celebração da missa solene em honra da padroeira, no domingo, dia 11 de Setembro. Durante a apresentação das festas, o presidente da Junta de Freguesia aproveitou para destacar o contributo que o Padre
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Raimundo deu aos Flamengos, principalmente pelo seu envolvimento no processo de construção da nova Igreja. Este é, de resto, um dos objectivos primordiais da festa: angariar fundos para a construção do novo templo cujo projecto se encontra aprovado, conforme adiantou Carlos Rita, aguardando agora a assinatura do protocolo entre o Governo Regional e a Diocese de Angra. O programa religioso das festas em honra de Nossa Senhora da Luz arranca no dia 4 de Setembro, com um cortejo entre a Praça e o Centro Paroquial, e prolonga-se até ao dia 11, com a missa solene e a procissão, que este ano apresenta um percurso entre o Centro de Culto e a rua Nova Artista Flamenguense, onde decorre a festa. M.p.
g Arranca este sábado, na Feteira, a festa em honra de Nossa Senhora de Lourdes, padroeira da freguesia. Assim, para amanhã estão previstos passeios no bote baleeiro da Feteira durante a tarde, e às 18h00 regata de Mini-Veleiros na Baía da Feteira. No domingo, dia 21, destaque para o cortejo entre o Império de São Pedro e a Igreja, às 10h30, seguido de missa. À tarde, a partir das 15h00, disputa-se a sexta edição da Regata de Nossa Senhora de Lourdes, em Botes Baleeiros. A partir das 20h00 haverá arraial no Império de São Pedro, abrilhantado pela Filarmónica Lira e Progresso Feteirense. Na segunda-feira, dia 22, celebra-se o quarto dia da freguesia da Feteira, com inauguração da obra na Poça da Rainha, às 19h15, seguida da tradicional cerimónia do Hastear das Bandeiras, da Sessão Solene e das Homenagens, com a noite a terminar com um momento cultural. Na quinta-feira, haverá procissão de velas, a partir das 20h30, entre o Império das Grotas e a Igreja. Na sexta-feira, dia 26, a partir das 19h30, haverá cortejo dos carros de
oferendas, acompanhados a partir da Estrada Regional pela Marcha da Feteira e por carros alegóricos, que vão desfilar até à Igreja. Às 21h00 actua o Grupo Folclórico da freguesia, com as tradicionais chamarritas, seguindo-se-lhe a Filarmónica Lira e Progresso Feteirense. Depois haverá baile com a Turma do Rodeio. No sábado, dia 27, haverá missa a partir das 19h00, seguindo-se arraial, às 21h00, com a Filarmónica Nova Artista Flamenguense. Segue-se a Unânime Dixie Band, e baile com o Onda Jovem. No domingo, destaque para a missa solene em honra de Nossa Senhora de Lourdes, às 16h30, seguida de procissão. Às 20h00 actua o Grupo de Cantares do Centro de Convívio de Idosos da Casa do Povo da Feteira e da APADIF, seguido da Filarmónica Euterpe. A última actuação da noite está a cargo da JC Band, e a festa termina às 24h00, com fogo-de-artifício. Durante as festas, os interessados poderão também visitar a exposição de artesanato que estará patente ao público. Mp
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FOTOREPORTAGE
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CoRso semana do maR 2011 Foi ponto alto do último dia de Fes
parque natural do Faial pôs à prova im Como já é tradição, no último dia da Semana do Mar as ruas da cidade encheram-se para ver passar o corso, com representações das 13 freguesias do Faial. Em 2011, o tema escolhido foi o Parque Natural do Faial, como forma de celebrar as conquistas que este alcançou ao longo do ano, com destaque para o prémio EDEN, que o consagrou como um dos destinos europeus de excelência. As freguesias puseram mãos à obra e tentaram, sob variadas formas, mostrar a beleza do Parque Natural da ilha. A abrir o desfile, a freguesia das Angústias aliou a dança à natureza. Seguiu-se-lhe a Matriz, cujo carro alegórico recriava os elementos naturais da ilha, nas suas variantes de mar, terra e ar, sob o mote “Enquanto há verde há esperança”. A Conceição trouxe uma representação do mais célebre miradouro da freguesia, onde não faltou uma Nossa Senhora de carne e osso. A Praia do Almoxarife procurou mostrar alguns dos atributos que fazem da ilha um destino EDEN, recriando o Jardim Botânico e o Centro de Interpretação dos Capelinhos, duas das principais referências do Parque Natural do Faial. De Pedro Miguel, veio a ribeira da freguesia, hoje uma referência natural da ilha mas em tempos idos um meio de subsistência importante. Assim, marcaram presença as lavadeiras, que lavavam a roupa na ribeira, e os cabouqueiros, que daí extraiam a pedra para a construção. E do poço da ribeira recriada no carro alegórico saía água fresquinha, em “copos” feitos com folhas de roca, para “brindar” as pessoas que assistiam, divertidas com a “conversa afiada” das lavadeiras. A Ribeirinha trouxe uma representação daquilo que será o futuro miradouro da freguesia, com vista para a área protegida de gestão de habitats ou espécies da Lomba Grande. O Salão trouxe o São João do Cabouco à cidade, e, desde a Praça da República até ao Largo Manuel de Arriaga, nunca faltou a chamarrita, ao toque da viola, e com direito a baile, com a entrada na roda assegurada a todos os que quisessem dar um pezinho de dança. Não faltaram também favas torradas para distribuir pela assistência. Dos Cedros vieram as nascentes da freguesia, com água fresquinha a pingar, enquanto que a Praia do Norte recriou o trilho pedestre da Rocha da Fajã. Também o Capelo lembrou a riqueza dos trilhos pedestres da ilha, destacando o Trilho dos Dez vulcões e a Furna Ruim. De Castelo Branco veio a Reserva Natural do Morro da freguesia, também ela uma referência importante do Parque Natural da ilha, onde não faltaram os tão característicos sons dos cagarros. A Feteira trouxe uma representação da Poça da Rainha e dos Parques de Lazer da freguesia, onde marcaram presença alguns dos petiscos típicos do verão para quem quisesse provar, com o cozinheiro de serviço ao grelhador a fazer as honras da casa. Por fim, a freguesia dos Flamengos deslumbrou a assistência com a recriação do Jardim Botânico do Faial. Marla Pinheiro
angústias
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Tribuna das Ilhas
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OPINIãO
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Citações
a JSD parece desconhecer a existência do Plano regional de Saúde Escolar que contempla, precisamente, a prevenção primária de comportamentos de risco desde o primeiro ciclo do ensino básico. O referido Plano articula ainda disciplinas lectivas sobre a promoção de estilos de vida saudáveis. a verdadeira lacuna da prevenção primária das toxicodependências é a inexistência de maior envolvimento das autarquias. José San Bento Açoriano Oriental
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É muito reconfortante ver organizações e publicações de prestígio internacional classificarem os açores como uma das melhores do mundo em variados aspectos, sobretudo ao nível da natureza, como provam as ilhas da biosfera. O património natural que usufruímos é uma mais valia que não tem preço, pelo que a melhor maneira de o capitalizarmos é dar notoriedade aos produtos da sua origem, exportando a sua marca de qualidade. Osvaldo Cabral
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É impensável a região autónoma dos açores - como a Madeira, aliás - não estar representada no grupo de trabalho nomeado pelo governo de Lisboa para definir o conceito de serviço público de rádio e de televisão. Primeira Coluna Diário Insular
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não gosto de ver as regiões autónomas olharem os problemas nacionais como se fossem problemas exclusivos do continente, nem que olhem para este como uma parte de Portugal que tem de sustentar todas as necessidades e vícios dos açores e da Madeira. Mas também não gosto de ver o Governo de Portugal olhar as regiões tendo em conta a semelhança de cor partidária com o executivo de Lisboa. no tempo de Sócrates critiquei um certo comportamento de estrangular financeiramente a Madeira em simultâneo com aumentos significativos de dinheiros para os açores, embora haja diferenças reais de custos nos dois arquipélagos, era evidente que parte deste crescimento resultava da sintonia PS na gestão desta última região. Carlos Faria Mente Livre
Tribuna das Ilhas
porquê 5%!? Sintonia com as políticas de desenvolvimento regional, em que os sectores
Fernando Guerra
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á quem condene os subsídios por várias razões, uns de pensamento centrado nos direitos dos trabalhadores e assente no pressuposto de que os empresários já têm o suficiente, outros, duma forma mais técnica, afirmam que o incentivo é uma distorção económica que traz elementos concorrenciais perversos. Quando se trata de subsídios à exploração, há ainda quem vá mais além, dizendo que são viciantes da real produtividade das empresas, como também são alvo de aproveitamentos, sem geração de riqueza e emprego desejados. Críticas à parte, os sistemas de incentivos regionais, quer de exploração, quer de investimento, têm várias virtudes, como por exemplo a sua base regional, isto é, devem atender às particularidades da nossa economia, dispersa por diversas ilhas com mercados diferentes, são sectorialmente abrangentes, gerando, assim, muitas oportunidades aos investidores dos vários quadrantes económicos, designadamente da agricultura, pescas, indústria e serviços. Assim, como a economia evolui a um ritmo cada vez mais rápido, faz todo o sentido que os sistemas de incentivos sejam de igual forma dinâmicos, isto é, que sejam actualizados conforme as várias leis de oferta e procura, em várias sintonias. Sintonia com as políticas de
estratégicos devem ser apoiados, havendo sinergias e mais valias complementares entre o investimento público e o investimento privado, exemplo clássico do turismo com planeamento regional, com aumento do número de camas, através da indicação da tipologia a seguir, do aumento da promoção turística e do melhoramento dos transportes. desenvolvimento regional, em que os sectores estratégicos devem ser apoiados, havendo sinergias e mais valias complementares entre o investimento público e o investimento privado, exemplo clássico do turismo com planeamento regional, com aumento do número de camas, através da indicação da tipologia a seguir, do aumento da promoção turística e do melhoramento dos transportes. Ou também servem para algumas áreas em que o Governo queira desinvestir e dar oportunidade a privados, contemplando essas actividades económicas nos sistemas de incentivos, como foi por exemplo o ensino e a abertura de creches (estranhamente não “aproveitado” por empresários faialenses). Em resumo, e para não dizerem que apenas sei criticar, os sistemas de incentivos regionais têm uma grande abrangência de actividades económicas, são transversais, e a mais recente viragem aos apoios a jovens, com percentagens muito generosas, são uma ferramenta de trabalho para quem quer empreender e gerar riqueza e
emprego (nem que seja o próprio). Outra virtude do sistema de incentivos da Secretaria Regional da Economia é o reconhecimento de que as economias insulares têm ritmos diferentes de viabilidade, e que a atribuição de majorações de taxas de subsídio para as ilhas mais pequenas será um estímulo acrescido. Tem sido alvo de polémica esta diferenciação, com argumentos válidos de parte a parte, as ilhas que reivindicaram taxas de comparticipação mais elevada vêem em contraponto alguns concelhos de São Miguel que têm quase os mesmos constrangimentos e não têm majorações. É, sem dúvida, uma medida corajosa e correcta deste governo. Esta medida irá ter mais uma evolução (depois dos acertos com o representante da República, que estranhamente vetou a alteração dos sistemas, mas que serão relativamente fáceis de corrigir), a passagem para um escalão intermédio das ilhas do Faial e do Pico, que ficam com menos 5% de apoio do que as ilhas de Coesão, mas mais 5% do que a Terceira e
S. Miguel. Aqui param os elogios e vêm as críticas. Considerando a actual conjuntura sócio económica, para além da exiguidade do mercado destas ilhas, da ausência de zonas industriais, repito, ausência de zonas industriais, da dificuldade de concessão de crédito por parte das instituições financeiras, da necessidade de paragem do crescimento do sector público e do crescimento do sector privado, principalmente na criação de emprego, altera-se apenas 5%? Com as dificuldades sentidas pelos empresários nas ilhas de coesão, as actuais taxas majoradas não têm tido o efeito reprodutor pretendido, e consequentemente o peso no orçamento regional não é significativo, o mesmo acontecendo com o Faial e o Pico. Era portanto necessário, nesta época, uma alteração da taxa mais estimulante, pelo que nos leva a atribuir a esta alteração outras interpretações. De propaganda política e de reconhecimento de que estas duas ilhas mereciam há muito outra atenção… frgvg@hotmail.com
o insustentável peso da governação Paulo Sousa Mendes
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emos um novo Governo que afinal é «mais do mesmo», e isso fica demonstrado logo com o anúncio de um imposto extraordinário que sacrificará quem não tem qualquer culpa da situação ao que o país chegou. Portugal chegou a uma situação insustentável e caminha para uma situação «explosiva», quando a governação continua a pedir o que não pode ser pedido aos portugueses, numa campanha em que somos levados a crer que vivemos acima das nossas possibilidades, mesmo que isso se traduza na simples pretensão do direito ao acesso à habitação, ao ensino e à saúde. Os três partidos do arco da 'austeridade' escusaram-se a explicar aos portugueses as implicações do compromisso que a governação assumiu
com o Fundo Monetário Internacional, a União Europeia e o Banco Central Europeu e bem sei porquê. Basta «passar os olhos» pelas condições impostas, a começar pelo estabelecimento de taxas moderadoras na saúde - que não surpreende, pois já estava previsto1 e em breve teremos notícias acerca dos custos acrescidos, para os utentes, nos sistemas de saúde2 e no transporte de doentes3. A solução para o desemprego, segundo PS, PSD e CDS/PP, é facilitar os despedimentos4, assim como a redução dos valores do subsídio de desemprego5, num sinal evidente da forma como são perspectivados os desempregados, ou seja, como um «peso morto». Sem esquecer que qualquer hipotético aumento do salário mínimo terá de ser devidamente justificado perante a troika6. PS, PSD e CDS/PP, numa manobra ilusória, ao longo da campanha eleitoral, propagandiaram que é urgente premiar a produtividade dos trabalhadores, mas preparam-se para, muito em breve, reverem as obriga-
ções legais relativamente ao pagamento de horas extraordinárias7. Os serviços públicos foram sempre um mercado apetecível para o sector privado, o que é compreensível, ainda mais para aquela iniciativa privada que conceptualiza o empreendedorismo como puro 'rentismo', já que tem sempre clientela assegurada8. Vamos assistir a uma redução do investimento público em sectores estruturantes da nossa economia, até no que diz respeito à nossa independência face aos combustíveis fósseis, pois assistiremos a um corte no investimento público na micro-geração9. Todas estas medidas serão executadas graças às inevitabilidades do costume e à divisão criada no seio da classe média, até ao dia em que nada teremos a perder e não nos reste mais nada, senão a 'rua'. Só espero que nesse dia não culpemos a democracia, porque só em democracia e com a democracia poderemos mudar o nosso presente e o nosso futuro.
1Ponto.3.49.
(p.16). in Portugal: Memorandum of understanding on specific economic policy conditionality 2Ponto 3.51. (p.16). In Portugal: Memorandum of understanding on specific economic policy conditionality 3Ponto 3.82. (p.19). In Portugal: Memorandum of understanding on specific economic policy conditionality 4Número IV do ponto 4.5. (p.21) in Portugal: Memorandum of understanding on specific economic policy conditionality 5Número I e II do ponto 4.1. (p.19) in Portugal: Memorandum of understanding on specific economic policy conditionality 6Número I do ponto 4.7. (p.22) in Portugal: Memorandum of understanding on specific economic policy conditionality 7Número II do ponto 4.6. (p.21) in Portugal: Memorandum of understanding on specific economic policy conditionality 8Ponto 3.30. (p.13) in Portugal: Memorandum of understanding on specific economic policy conditionality 9Ponto 5.7. (p.24). In Portugal: Memorandum of understanding on specific economic policy conditionality
Tribuna das Ilhas
despoRto
Desporto náutico na ordem do dia
não dizer a essência da Semana do Mar. Este ano não foi excepção e tivemos na Baía da Horta vela ligeira, botes baleiros, vela de cruzeiro, natação e pesca. REGATA DOS vELHOTES A regata dos velhotes, prova de vela ligeira é uma das que muita animação proporciona, quer aos participantes, que recordam os bons velhos tempos, quer a quem assiste, uma vez que estamos a falar dos melhores dos melhores em prova. A prova foi disputada em Optimist e alguns dos vejeladores usaram mesmo os barcos dos filhos, tendo sido uma festa para os miúdos. Invertendo os papéis os filhos tornaram-se o júri da prova. No final a classificação foi a seguinte: 1º Ana Domingos (POR) 2º Luis Moniz (POR) 3º Chapoutot Catherine (FRA) PESCA DESPORTIvA DE CORRICO EM BARCO Na noite do dia 11 de Agosto decorreu a prova de Pesca Desportiva de corrico em barco. Com 11 participantes, as espécies mais capturadas foram as bicudas e serras com o peso total de 81,260 kg e 10,360 kg, respectivamente. Os primeiros classificados foram os seguintes: 1º Rosana, Skipper: Helder Fraga 2º Zéus, Skipper: Jorge Oliveira 3º Raio Azul, Skipper: Delfim Vargas O maior exemplar foi capturado pelo Rosana, de Helder Fraga: uma bicuda de 6,560 kg. vI TROFÉU CIDADE DA HORTA Disputou-se sexta-feira, 12 de Agosto, o VI Troféu Cidade da Horta em Vela Ligeira. Destinado aos velejadores mais novos disputou-se na baia exterior do porto da Horta. Esta prova também foi marcada pela participação, em 420, dos pais dos velejadores do CNH, que fizeram equipa com os mais novos. A classificação final foi a seguinte: Classe optimist(< 9 anos):
1º Ricardo Henriques 2º Lucas Miguel 3º Bernardo Melo Classe optimist(>= 9 anos): 1º Tomás Oliveira 2º Tomás Pó 3º Afonso Castro Classe 420: 1º José Gonçalves/Alexandra Gonçalves 2º Nuno Henriques/Tiago Oliveira 3º Armando Castro/Maria Castro Classe laser: 1º Dárcio Paiva 2º André Ferreira 3º Tiago Vouga REGATA DAS SEREIAS Disputou-se dia 12 de Agosto a mítica e original regata de Cruzeiro das Sereias. Com um percurso em forma de soutien, que ligou a ponta da Espalamaca à ponta do Monte da Guia. Esta regata tem como regra principal a exigência de pelo menos 50% da tripulação ser do sexo feminino. O skipper também deve ser uma mulher. A regata foi intensamente disputada pelas 15 embarcações, com cerca de 100 mulheres a bordo e obtiveram as seguintes classificações: Cruzeiro A 1º SEA DANCER, Skipper: Patty Andrade 2º HOT STUFF, Skipper: Joana Rosa 3º NO STRESS, Skipper: Carla Rodrigues Cruzeiro B 1º BOREAS, Skipper: Teresa Morais 2º ILHA DA VENTURA, Skipper: Ana Garcia 3º RIFT, Skipper: Sandra Costa Cruzeiro C 1º XCAPE, Skipper: Ana Domingos 2º SORAYA, Skipper: Paula Tavares 3º EOLICA, Skipper: Catherine Chapoutot REGATA DO CANAL Disputou-se no dia 14 de Agosto a regata Rainha da Semana da Mar 2011 - “Regata do Canal”. Com a largada diferida devido à falta de vento, as tripulações dos 20 iates participantes aproveitaram para tirar partido do excelente sol que se fez sen-
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Futebol
semana do maR 2011
g O desporto náutico é a tónica, para
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tir durante toda a tarde. A partir das 13:40, com o vento a crescer para os 10 nós e a rondar de direcção para SW, após mudança no percurso finalmente os 20 iates navegaram no Canal Faial-Pico com condições de vento e mar favoráveis à prática de vela. Com um percurso em forma de triângulo, Horta – Baixa do Canal – Ilhéus, o Clube Naval da Horta fecha com chave de ouro as suas actividades náuticas na Semana do Mar 2011. As classificações dos primeiros nas diversas classes são as seguintes: Cruzeiro A 1º Hot Stuff – Skipper: Luis Decq Motta 2º Tuba V – Skipper: Fernando Rosa 3º No Stress – Skipper: António Pedro Oliveira Cruzeiro B 1º Ilha da Ventura – Skipper: Carlos Garcia 2º Reflections – Skipper: Charles Camera 3º Soraya – Skipper: Frederico Rodrigues Cruzeiro C 1º Azorean Dream – Skipper: Ricardo Mendonça 2º Remédio Santo – Skipper: Serafim Tavares 3º Eolica – Skipper: Catherine Chapoutot orC 1º Xcape – Skipper: Luis Quintino 2º Rift – Skipper: Carlos Moniz 3º Boreas – Skipper: Luis Paulo Morais POLO AqUÁTICO Mais de 40 participantes, divididos por 4 equipas disputaram o campeonato da Semana do Mar de Pólo Aquático, na baía do porto da Horta. As classificações obtidas foram as seguintes: 1º Blicas Polo Clube 2º Cabana do Pai Tomás 3º Náufragos 4º Venha Jantarada REGATA BOTES BALEEIROS A vELA - CASA DO PESSOAL DA RTP Foi no dia 13 de Agosto que se realizou a mítica regata de botes baleeiros à vela/Casa do Pessoal da RTP. Os 13 botes inscritos proporcionaram um excelente espectáculo de vela na baia exterior do porto da Horta, presenciado pelo público que se deslocou com grande afluência à ponta da doca. De salientar o grande espírito de sacrifício da tripulação feminina do Clube Naval da Horta, que velejou no bote Claudina, com a oficial Susana Salema, enfrentando condições difíceis de mar. As classificações são as seguintes: 1º Srª Socorro, Oficial Pedro Garcia 2º Srª Fátima, Oficial António Luis 3º Srª da Guia, Oficial José Freitas
Fayal Sport defronta Sporting ideal para a taça de portugal g O primeiro grande desafio da época para o Fayal Sport está agendado para o próximo dia 28 de Agosto. Tratase do jogo da primeira eliminatória da Taça Portugal. O sorteio ditou que os Verdes defrontassem os micaelenses do Sporting Clube Ideal, com o jogo a realizar-se no campo do adversário. Recorde-se que nessa altura o campo da Alagoa deverá estar em obras, para a colocação do novo sintético, já com as medidas oficiais necessárias às competições nacionais. Os Verdes, que esta época ascenderam à Terceira Divisão, não esperam uma tarefa fácil frente ao Ideal, equipa que acabou a última época no primeiro posto do grupo da despromoção da Série Açores.
SÉRIE AçORES ARRANCA A 18 DE SETEMBRO Já está definido o calendário da época 2011/2012 da Série Açores. A primeira jornada joga-se a 18 de Setembro próximo, e o Fayal Sport joga fora, com o Boavista de São Mateus.
atletismo
octávio Melo na Ultra trail nocturna em Óbidos
AMÉRICA Octávio Melo, atleta do Clube Independente de Atletismo Ilha Azul, tem os olhos postos no “Run to The Rock”
g O atleta Octávio Melo, do Clube Independente de Atletismo Ilha Azul participou no passado dia 13 de Agosto, em Óbidos, na Ultra Trail Nocturna. O TNLO (Trail Nocturno da Lagoa de Óbidos) decorreu às 21:00, uma organização do Clube de Atletismo de Óbidos com a colaboração da Câmara Municipal de Óbidos, e apoio técnico da ADAL. Trata-se de um evento de corrida e caminhada pela noite em ambiente natural entre as muralhas da vila e oceano, contornando a Lagoa de Óbidos. Com uma extensão de 47 kms, esta prova contou com a presença de cerca de 400 atletas nas várias distâncias em competição. O atleta do CIAIA alcançou o 82.º
lugar entre os atletas masculinos, com o tempo de 5h55m50s, entre os 156 atletas que conseguiram terminar a prova. De acordo com o atleta, “o terreno particularmente duro variou entre estrada, terra batida, descidas e subidas de difícil inclinação muita areia, dunas com passagens nas praias do Bom Sucesso e Del Rey até chegar novamente ao interior das muralhas de Óbidos, onde foi dada a partida.” Octávio Melo sublinhou ainda que “depois das participações nesta época nas maratonas internacionais de Porto, Lisboa e Paris, e após este evento participarei numa meia maratona na localidade de Plymouth, Mass, a "RUN TO THE ROCK", nos Estados Unidos da América, no dia 10 Setembro.
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opinião
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Tribuna das Ilhas
pela sua saúde
Raul de Amaral-Marques
O
mercado dos complementos alimentares é muito grande. Em diferentes períodos da nossa vida, e em função de situações particulares, somos tentados em recorrer a eles, enchermonos de vitaminas e minerais para reencontrarmos a boa forma e nos sentirmos melhor. É preciso tomar atenção, pois há situações de conflito entre os complementos alimentares e aquilo que comemos ou tomamos.
COMPLEMENTOS ALIMENTARES E MEDICAMENTOS NEM SEMPRE LIGAM CERTO! Alguns princípios activos presentes nos alimentos (sumo de toranja, cafeína, chá, crucíferas) podem interferir com alguns medicamentos: eficácia diminuída ou, inversamente, aumentada, aumentos dos efeitos secundários, etc. É o caso de alguns antibióticos, calmantes, antidepressivos ou anticoagulantes como os anti-vitamina K, cuja eficácia diminui com o aumento de
Complementos alimentares: 4 grandes erros a evitar consumo de crucíferas (brócolos, couve-flor) pois estes legumes são ricos em vitamina K. O mesmo tipo de problema pode surgir com um complemento alimentar. Os alimentos e os complementos alimentares a evitar quando de um tratamento medicamentoso devem ser indicados pelo médico e devem estar claramente indicados na bula que acompanha o medicamento. Se não houver essa indicação, e por uma questão de precaução, deve existir um intervalo de uma ou duas horas entre o consumo alimentar e a tomada do medicamento. COMPLEMENTOS ALIMENTARES E ALIMENTAçãO DESEqUILIBRADA: ATENçãO AOS EXCESSOS! Alguns desequilíbrios alimentares são pouco compatíveis com os complementos alimentares. Trata-se, essencialmente, de regimes alimentares desequilibrados pelos excessos: comem-se determinados alimentos em
excesso, enquanto outras categorias alimentares ficam no esquecimento, uma complementação pode ter um efeito positivo sobre uma determinada carência orgânica mas, ao mesmo tempo, pode provocar alterações que contrariam o seu efeito benéfico. Antes de tomar um complemento convém analisar a sua alimentação e reajustá-la, se necessário, para evitar o risco de uma complementação provocar novas perturbações, em vez de atenuar as que pré-existiam. NãO SE DEvEM ASSOCIAR DIFERENTES COMPLEMENTOS ALIMENTARES! A maior parte dos complementos alimentares são “cocktails” de vitaminas e minerais reivindicando diferentes tipos de efeitos: anti-stress, anti-envelhecimento, memória, potência sexual, etc. Por vezes, a tentação em associálos é forte, o que é um erro porque eles contêm, muitas vezes, algumas vitaminas e minerais em comum, o que
aumenta o risco de sobredosagem. É preferível, por isso, não acumular os produtos e, em caso de dúvida, perguntar ao seu médico ou ao farmacêutico. NãO TOMAR COMPLEMENTOS ALIMENTARES DURANTE MUITO TEMPO! É fortemente desaconselhado comprometer-se com uma complementação durante tempo prolongado sem uma vigilância mínima ou sem acordo médico. Tomar uma complementação inadaptada a longo prazo pode ter
repercussões variadas. É preferível tomar os complementos alimentares sob a forma de cura, durante 10, 20 ou 30 dias, de acordo com os objectivos a atingir. EM CONCLUSãO É preferível, antes de iniciar uma complementação alimentar, pedir conselho ao seu médico. E nunca é demais lembrar que uma alimentação variada e equilibrada contém todas as vitaminas e minerais necessários ao bom funcionamento do organismo.
professor João de Brum Alvernaz Um Homem do pico, ao serviço dos Açores M.Costa Garcia
N
o dia 3 de Agosto corrente faleceu no Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada, S. Miguel, o Professor João de Brum Alvernaz, de 74 anos, casado com a Professora Dona Maria Teresa Correia Machado da Luz de Brum Alvernaz. O extinto era pai das professoras: Dr.ª Maria Cecília da Luz Alvernaz e Dr.ª Maria Elvira da Luz Alvernaz, e dos sociólogos: Dr. João Francisco da Luz Brum Alvernaz e Dr.ª Maria Teresa da Luz Alvernaz. O Professor João de Brum Alvernaz era um picoense da freguesia das Lajes do Pico. Foi aluno do Seminário de Angra, completou o ensino secundário na Horta, onde também fez o curso da Escola do Magistério Primário. Em complemento da sua formação fez o Curso Técnico de Desenho e Construção Civil; Curso Internacional de Assuntos Culturais (Desenvolvimento Humano); Curso de Animador e Gestão Cultural; participou no Seminário de Lamego sobre Integração nos Caminhos da Europa. No âmbito da sua actividade profissional, João Alvernaz foi Professor do Ensino Básico (1.º Ciclo) nas ilhas do Pico, Faial e S. Miguel e leccionou na Escola do
Magistério Primário de Ponta Delgada, salientando-se a disciplina de Educação Comunitária, pela primeira vez a nível oficial. Em paralelo com a docência, o Professor João Alvernaz exerceu também a actividade de jornalista (revisor, repórter e redactor) nos jornais “Açores” e “Açoriano Oriental”. Escreveu vários artigos de fundo e de opinião, incidindo sobre temas de carácter regional; alguns com contundência polémica, em defesa do desenvolvimento açoriano. Como jornalista independente foi o primeiro que em S. Miguel, no jornal “Açores”, abordou em profundidade o novo sistema de educação comunitária com eficácia adequada à modernização de um sistema educativo fechado, e como meio de desenvolvimento integral das nossas comunidades insulares. Muitos dos seus trabalhos publicados nos jornais “Açores” e “Açoriano Oriental” foram transmitidos e divulgados noutros jornais dos Açores e do Continente, e também divulgados no “Emissor Regional dos Açores”, “Rádio Clube de Angra” e “Rádio Clube – Asas do Atlântico”. O Professor João Alvernaz desempenhou ainda outras actividades: foi Delegado Regional do FAOJ (Fundo de Apoio aos Organismos Juvenis), projectou e organizou a “Escola Comunitária” da freguesia da Lomba da Maia (Concelho da
Ribeira Grande), inovadora experiência pedagógica sócio-cultural, traduzida em desenvolvimento para o povo daquela freguesia. Na sequência da sua carreira profissional, o Professor João de Brum Alvernaz foi Director da Casa de Cultura de Ponta Delgada durante 15 anos consecutivos. O seu empenhamento e acção aí desenvolvidos foram reconhecidos pelos serviços da Direcção Regional dos Assuntos Culturais. Foi ainda vogal e vice-presidente da Direcção do Instituto Regional de Apoio ao Sector Cooperativo (IRASC) da Região Autónoma dos Açores, função que exerceu em simultâneo com a de Director da Casa da Cultura. Nas suas concepções pessoais centrava o ensino na escola da vida: a escola aberta à comunidade e a comunidade participativa na escola. Neste intercâmbio dispensava o seu apoio aos mais necessitados: ao pai que tinha o filho doente, ao que precisava de ser vestido, à Senhora Maria dos Prazeres que necessitava de uma “palavrinha” nas repartições administrativas, ou à Senhora Cecília Cabral, que se desloca à capela mortuária, apoiada nas suas “canadianas” e, ali, em sinal de consideração, reza baixinho as Ave Marias do seu terço. Deixa, assim, o nosso convívio o Professor João Alvernaz de convicções em favor dos menos protegidos.
núCleo de ReCReio nÁutiCo das laJes do piCo … porta marítima de entrada para a terra dos antigos baleeiros!
apto – administRação dos poRtos do tRiÂngulo e do gRupo oCidental, s.a. Departamento dos Portos do Pico – Porto Comercial de São Roque – 9940-363 SÃO ROQUE DO PICO Telef.: 292 642 466 • Fax: 292 642 134 • E-mail: geral@aptosa.com
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pRimeiRo pResidente da RepúbliCa ConstituCional poRtuguesa
Dr. Manuel D’Arriaga Brum da Silveira e peyrelongue Machado Oliveira
D
izem os historiadores que esta figura, erudita e política, nasceu na cidade da Horta, a 8 de Julho de 1840. Outros apontam que nasceu na freguesia de Candelária, concelho da Madalena da ilha do Pico, na casa de veraneio da família, no lugar do Guindaste. Certo é que da sua carta emanada da Presidência da República Portuguesa, datada de 4 de Dezembro de 1911, em arquivo na Biblioteca Pública da Horta, aponta - “Presados concidadãos e patrícios meus. Na posse do V. officio de 18 d`Outubro último, enviando-me cópia das actas das sessões da Comissão Administrativa Municipal, de 29 de Agosto e de 5 d`Outubro, que se referem à colocação do meu retrato nos Paços do Concelho, d´uma lápide na casa onde eu nasci (rua do Arco) e do meu nome no Largo de Santa Cruz: cumpre-me consignar aqui por tão penhorantes testemunhas de consideração e estima o meu profundo, enternecido e perdurável reconhecimento… Filho de Sebastião d`Arriaga Brum da Silveira e de D. Maria Antónia Pardal Arriaga, família aristocrática, de origem francesa que surge no Faial nos finais do século XVII, na pessoa de João d`Arriaga ( Jeand` Harriague) natural de Baiona, França, onde nasceu em 1652, filho de Salvador d`Arriaga, espanhol, e de D. Maria Haribaron, francesa, mercador, Consul de França e da República de Génova. Casou na Horta com D. Catarina Brum da Silveira, natural da freguesia dos Flamengos, onde foi baptizada a 30 de Outubro de de 1667, filha de Pedro Silveira de Melo e de sua mulher D. Maria Goulartt, filha de José Van Aard, um dos primeiros povoadores da ilha do Faial, fidalgo flamengo, cujo nome se corrompeu com Jorge da Terra. João d`Arriaga obteve carta de nobreza em Espanha, com data de 12 de Dezembro de 1678. Faleceu na Horta, a 30 de Junho de 1716. A família Arriaga é uma das mais antigas de Espanha, com solar em Alza, junto de S. Sebastian da Biscaia na província de Guipuzcoa. Numa entrevista feita ao Dr. Manuel D`Arriaga no sentido de que descrevesse o seu passado diz -
“é triste recordar e eu tenho tido tantas e tão amargas desilusões na vida! Mas há épocas em que os homens gostam sempre de ressuscitar. Toca-me num ponto fraco – Fala-nos da sua casa da rua do Arco na Horta – Não imagina como foi criado, debaixo dos mais severos preconceitos e educação antiga. Vivi quase sempre no convívio social, era uma família aristocrata e legitimista. Foi educado por uma senhora americana que me emprestava obras de Byron. Lamartine, Victor Hugo, entre outros expoentes máximos das letras. Essas obras de génio e sentimento, de poesia e de supremos ideais, nunca mais as esqueci. Revelou-se um novo mundo. Era como se de repente eu tivesse reparado numa nova e deslumbrante primavera para mim desconhecida. Quando me mandaram aos 18 anos para Coimbra, levava já o fermento das novas ideias. Fui o primeiro classificado no primeiro ano de direito. No Segundo, 1862, rompi hostilidades com o espírito reaccionário de alguns dos meus mestres. Nessa época Garibaldi é assassinado em Itália por defender a liberdade. então proclamo “ A bala extraída da ferida de Garibaldi, há-de ser adorada nos altares da liberdade, como a hóstia consagrada nos altares das igrejas.” - É abandonado pelo pai porque não compreende as ideias liberais do filho. Recorri ao ensino. Abri um curso prático de Inglês. Alguns lentes da Universidade reuniram-se e quiseram oferecer-me uma mensalidade para continuar sem grande sacrifício o meu curso de direito. Recusei e então esses lentes foram-se alistar como meus discípulos durante dois ou três anos. Em Coimbra forma-se em direito, 1866. Vem de seguida para Lisboa onde, no liceu lecciona inglês e simultaneamente abre a sua banca de advogado. Em 1876, foi nomeado vogal da comissão encarregada de organizar o projecto da reforma do ensino secundário tendo o seu relatório sido aprovado, na maior parte pelo conselho do Liceu. A erudição deste trabalho levou D. Luiz I a convidálo para preceptor dos príncipes, convite que recusou uma vez que as suas ideias republicanas não se coordenavam com o regime monárquico. Este acontecimento deu
motivo que o levou a deixar de fazer parte, no ano seguinte, do corpo docente do liceu. O Dr. Arriaga foi reitor da Universidade de Coimbra. E é da revista Ilustração Portuguesa nº 245, de 31 de Outubro de 1910 que transcrevemos este capitulo “Coimbra que viu Manuel d`Arriga quando estudante, com a sua cabeleira loira solta ao vento de todas as rebeliões, vê-o com os seus grades cabelos brancos feito reitor da Universidade quando ali existia uma revolta que a sua autoridade, o seu grande nome, o seu prestigio foram debelar. No tempo em que era uma temeridade confessar crenças demagógicas, aquele fidalgo de nascimento, democrata pelo coração, afirmava as suas opiniões republicanas e tornava-se um audaz combatente ao lado de Latino Coelho e José Elias Garcia, aparecia como um dos mais prestigiosos vultos da democracia, que o premiava elegendo-o um dos seus primeiros deputados. De então até hoje o novo reitor da Universidade tem contribuindo sempre para o progresso dos ideais que foram uma grande aspiração da sua mocidade e que a sua velhice viu triunfar. Casou com D. Lucrécia Augusta de Brito Berredo Furtado de Melo, filha do General Roque Francisco Furtado de Melo (nascido na vila de São Roque do Pico) e de sua mulher D. Maria Máxima Brito de Berredo. Quando do seu falecimento, a 5 de Março de 1917, muito se escreveu sobre este açoriano ilustre e desses escritos transcrevemos este excerto – Espírito fino, de uma vasta cultura e de uma educação esmeradíssima, nem no tempo da sua mais acesa propaganda republicana, deixou de manter a sua linha fidalga e de merecer o respeitio dos seus adversários. Criou assim muitos adeptos que se deixaram fascinar pela sua figura atraente, pela sua palavra brilhante e pelas suas tradições honrandissimas. O dr. Manuel de Arriaga foi sem duvida uma das pedras alicerçantes da República. Foi eleito quatro vezes deputado pelo ciclo do Funchal. Os seus discursos políticos fizeram eco e entre tantos salienta-se o pronunciado, a 11 de Setembro de 1892, acerca do partido Republicano e o Congresso, vem
missa do 1.º aniVeRsÁRio A família de JOSÉ ELMANO DUARTE ALVES manda celebrar uma missa pelo seu ente querido, no dia 24 de Agosto, pelas 19h00, na Igreja da Conceição, pelo primeiro aniversário do seu falecimento. Desde já agradece a todas as pessoas que queiram participar.
depois a questão de Lunda, (NE de Angola) 1891 e os relativos à democratização da Nacionalidade Portuguesa no Regime Monárquico, começo da liquidação final e a responsabilidade do poder executivo no regime Monárquico Liberal. Quando se reuniu o Conselho Jurídico em 1889, na Academia Real das Ciências, apresentou uma importantíssima tese, intitulada “ O Sistema Penitenciário Quando Exclusivo e Único” abrangendo os fenómenos mais importantes da criminalidade e não os abrangendo converter-se-à numa instituição contra procedente e nefasta. A Questão do Caminho de Ferro de Lourenço Marques, o Cabo Submarino para os Açores e a política da Grã-Bretanha, a Proclamação da República – sessão de 11 de Julho de 1911 – além de outros. Na manifestação patriótica de 11 de Fevereiro de 1890, foi preso e conduzido para bordo de um navio de guerra. Foi a voz de António José de Almeida que o indigitou à Presidência da República. Contava 71 anos de idade. Aceitou mas sem qualquer propaganda de interesses. A oposição era demasiado forte uma vez que o partido democrático indigitava uma figura de maior possibilidade, o Dr. Bernardino Machado. No entanto é eleito a 24 de Agosto de 1911. Após o seu juramento como chefe do Estado da Primeira República Portuguesa, Constitucional, improvisou um discurso no qual disse “Hão-de vir para nós os que de nós fugiram. Em nome da Pátria e da Liberdade, aqui estamos para os receber ...” Como não competisse ao Presidente da República morar no edifício do Estado instalou-se no antigo palácio da Manteigueira na rua da Horta Seca. Na época eram pouco os honorários do chefe do Estado e não tinham direito a serviço de automóvel oficial para o transportar a Belém, motivo porque passou a morar num anexo do palácio. Foi sua grande preocupação manter fortes relações com a Igreja Católica, mas dentro da supremacia do poder civil. Antes da lei da separação, recebeu saudações de D. António, Patriarca de Lisboa, e do Bispo de Coimbra, D. Manuel Bastos Pina. Nomeou João Chagas presidente
do seu primeiro ministério. Várias foram as substituições do governo durante a sua presidência e grandes discórdias se travaram, chegando mesmo ao ponto de duvidar tanto dos republicanos como dos monárquicos que repudiara. Rebenta, no entanto, a Grande-Guerra, a 14 de Agosto de 1914. O Presidente apressadamente convoca em Belém os mais altos e intelectuais políticos a fim de expor a situação quanto à entrada de Portugal no conflito e ouvir as suas opiniões. Dá-se então um total desentendimento entre os chefes dos vários partidos. Pelo decorrer do tempo estes conflitos aumentam e acabam por triunfar os revolucionários, 14 de Maio de 1915. O Presidente é derrubado e levado sob escolta para uma casa alugada junta ao palácio de Queluz. Resigna o seu mandato a 26 de Maio de 1915. Segue-lhe na presidência outro grade açoriano, Teófilo Braga. Regressa à sua vida privada e escreve o livro “ Na Primeira Presidência da República Portuguesa”. Alguém disse “Manuel de Arriaga foi um dos maiores indefesos operários da democracia portuguesa”. Escritor e poeta romântico, o burilado da sua obra escrita não corresponde ao engenho do seu elevado pensamento. Legou-nos vários opúsculos - políticos-filosóficos - poéticos – editados entre 1882 e 1889, Canto ao Pico - 1887 – Cantos Sagrados – 1899, Irradiações 1901. Em prosa – Sobre a Unidade da família Humana Sob o Ponto de Vista económico, Renovações Históricas, Harmonias Sociais e O Sistema Penitenciário. Os seus ossos foram trasladados do cemitério dos Prazeres para o Panteão Nacional em 16 de Setembro de 2004. Consultas : livros e dados do próprio dr. Arriaga: António Ferreira de Serpa – Dados Genealógicos de Algumas Famílias Faialenses. Marcelino Lima – Famílias Faialenses. Revista – Ilustração Portuguesa. Nota – muitos dos seus livros têm sido novamente reeditados, graças ao desempenho do Dr. Henrique R. G. Melo Barreiros.
s alsiChaRia l isbonense A gerência da Salsicharia Lisbonense informa que encerrará para férias de 3 a 27 de Setembro. Desde já agradece a compreensão de todos os seus clientes. a gerência João Martins Silva
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histÓRias das FloRes
noite de reis na Fajãzinha, de ernesto rebello (1878)
(iV)
DESENHO DO ENG. SÉRGIO PAIXãO.
(Continuação) E o velho Manuel Ramos, dono da casa, continuou a contar aos seus hóspedes músicos, referindo-se ao Padre Camões, segundo a narração romanceada de Ernesto Rebello: «— O Padre tem razão — respondeu o outro — agora deve esquecer-se de tudo que não for para o bem da sua alma, congraçando-se com os seus inimigos». «— Tratantes! ... com eles não quero nada — disse o moribundo». «— O Pe. não fale assim, as culpas não sei se eram suas ou dos seus adversários». «— Ah! ... você defende-os, então é tão bom como eles». «— Arrepende-te, homem, dessas inimizades, não há ninguém perfeito no mundo e aquele teu escrito dos ‘Pecados Mortais’ exige uma reparação solene…». «— Tu estás caçoando comigo?... eu não disse mais do que a verdade…quis imitar o divino Mestre, ‘azorraguei’ os vendilhões do templo (14)». « — Mono, Mano, mais caridade». « — O que me parece é que tu também pertences à quadrilha…». « — Lembre-se Padre das penas eternas, quem ofende um sacerdote ofende o Altíssimo». « — Bem sei…— respondeu cansado por esta conversa o doente — coligi a esse respeito um livro de máximas, para meu uso particular e desejo transmitir aos meus sobrinhos, tendo apenas um irmão…».
«— Ora, ora, ora, com que a mano vem a terreiro…» «— Olha, faz-me este favor, é aquele volume manuscrito naquela prateleira, o terceiro… vai buscá-lo, sim?». « — Vou, mas para quê?». « — Abra o meu irmão esse livrinho a folhas 58». « — 58, cá está». «— Leia, agora, em voz alta o começo, é uma máxima». «O visitante pôs os pesados óculos e leu» — continuou o Sr. Manuel Ramos: “Com homem que foi frade Não ser amigo ou compadre”. «— Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo o que o mano aqui se deixou dizer, eu fui frade, mas…». « — Não é melhor do que os outros. Estou muito fatigado, deixem-me agora descansar, isto está por pouco». E o Sr. Ramos concluía: «— Efectivamente dois dias depois expirava o Padre Camões». «Coisas tristes, Snr. Josezinho, isto quem é velho, como eu, tem visto muitas cenas». «— E a respeito de mulher, o Padre Camões, era cá dos nossos, em?». «— Ó Sr. Eu sei lá dessas coisas». «— Pois amigo Ramos, se ele apesar de se um homem de saber, não gostava de vinho e de mulheres, cá na minha aquela perderia todo o valor, mas é que gostou por força…». — Tu o que estás é um borracho — acudiu um companheiro — anda deitarte, é melhor. E a conversa continuou até que deci-
diram fazer mais algumas saúdes com genebra. Seguidamente, a pouco e pouco deitaram-se já bem emborrachados. Alguns dormiram, mas outros não pregaram olho por causa do ruidoso e tremendo temporal que se abateu sobre a Fajãzinha, quer de chuva, quer do vento, uma tempestade que seria fastidioso descrever pormenorizadamente. Foi, efectivamente, um grande temporal. Pensamos que, mesmo assim, não terá sido tão grande como a que ocorreu neste ano de 2010, em que a população de toda a freguesia teve de abandonar a localidade e procurar abrigo na “Aldeia Turística da Cuada”, tendo ficado sem luz, sem água e o com o trânsito cortado por vários dias. Algumas casas da freguesia ficaram mesmo acentuadamente danificadas, e várias ruas intransitáveis. De qualquer forma, aquela tempestade, apesar de não ter assustado muito a população local, assustou bastante os músicos da filarmónica de Santa Cruz. Quando amanheceu, com o sol já a brilhar, o tempo amainara lentamente. Assim, depois dos elogios e agradecimentos devidos à boa hospitalidade do Sr. Ramos, a filarmónica dirigiu-se à freguesia da Fajã Grande. A viagem foi rápida. Ao entrarem na igreja para a Missa solene da Epifania, já o padre subia o altar. Frei Agostinho dos Mártyres havia-se preparado para receber, com requinte, a filarmónica de Santa Cruz.
“Doença social” Maria Patrão Neves
H
esito hoje sobre o tema a focar nesta minha crónica… Um que nos seja próximo é-me sugerido pelo périplo que estou a realizar pelo arquipélago. Visitando, esta semana, o Pico, S. Jorge, Faial, Flores e Corvo, e tendo encontrado muitos turistas, continentais e estrangeiros, amantes da natureza na grande diversidade que as nossas ilhas podem oferecer, torna-se-me ainda mais evidente que importa investir em pequenas unidades de turismo de habitação e turismo rural que ofereçam aos nossos visitantes uma experiência ímpar que justifique e recomende a outros a vinda aos Açores. O Pico tem feito algum investimento neste domínio, S. Miguel também, entre algumas outras iniciativas, privadas, em diferentes ilhas, que precisam de ser acarinhadas e incentivadas. Um outro tema que, pelo contrário, nos parece absolutamente distante mas que se faz próximo pelo impacto das suas consequências no nosso quotidiano, é o da crise financeira que, depois de atingir paí-
ses periféricos como são a Irlanda, Grécia e Portugal, se alastrou a economias europeias fortes, como são as da Espanha e da Itálica, ameaçando agora contagiar um dos ditos “motores da Europa”, a França. À margem de reacções emotivas, de pessimismos e alarmismos exacerbados que vêm aliás alimentando a crise, receio hoje pela sustentabilidade do euro, cuja dissolvência afectaria irremediavelmente o projecto europeu e lançaria a nossa já muito enfraquecida economia num caos de recuperação inimaginável. Um terceiro tema que me motiva, estando também na ordem do dia e pelo qual finalmente me decido, é o que tem sido designado como “doença social”. Esta vai-se desenvolvendo, como que subterrânea e imperceptivelmente, com algumas irrupções, aparentemente súbitas, desencadeadas por episódios diversos, manifestando-se por episódios de extrema violência que semeiam morte, destruição e sofrimento. Estou a pensar nos actuais motins nocturnos no Reino Unido, mas também no massacre terrorista na ilha norueguesa de Utoya, que marcam este Verão de 2011. Dir-me-ão que são realidades absolutamente distintas às quais não me devo referir conjuntamente. Sem dúvida que a
matança deliberada e longamente planeada por um fanático xenófobo não pode ser, de todo, comparada com a explosão de fúria de uma turba heterogénea que se excita com actos de puro vandalismo. Nem mesmo esta última pode ser comparada com a passada violência nos subúrbios de Paris, que também se expandiu por uma guerra urbana e se alastrou a outras cidades, tendo, porém, outras motivações e protagonistas. O que há aqui de comum, e que reputo como diferentes manifestações da actual grave “doença social”, é a violência como meio de expressão do que quer que seja. É uma “doença social” porque decorre do nosso modelo de sociedade, que é tal que permite e talvez favoreça esta violência, e atinge o seu âmago porque coloca em causa e em risco este modelo de vida por que optámos. Por isso, diz respeito a todos (para além de nos perguntarmos se hoje pode acontecer também em Portugal), quer na identificação das suas causas, quer na prevenção das suas manifestações e efeitos, estando ainda convicta que também todos podemos contribuir para debelar esta “doença” no reforço dos valores humanos e sociais e na sua expressão concreta em termos de responsabilidade individual e justiça social.
Esta é a igreja da Fajã Grande onde a filarmónica de Santa Cruz das Flores, referida na história idealizada pelo escritor faialense Ernesto Rebello, foi abrilhantar a festa de Reis.
Para apreciarem convenientemente as patuscadas que se seguiram, foram necessários mais três dias, pelo que a festa continuou com todos os requintes esperados pelos músicos, satisfazendo o grande desejo do tocador do bombo (15). Fora uma jornada inesquecível em muitos dos seus aspectos. Assim, faço votos para que esta publicação sirva para desmistificar certas interpretações que algumas pessoas de bem faziam desta história. Basta dizer-lhes que a história sobre o Padre Camões – que na verdade existiu – não é verídica. Parece-me também que a do
Padre Malhão poderá não ter existido, apesar de “Os Pecados Mortais” do Padre Camões aludirem ao Padre Martelo. (Fim) Coordenação de José Arlindo Armas Trigueiro 14. rebello, Ernesto, “uma noite de reis na Freguesia da Fajãzinha”, “arquivo dos açores, (1885), p. 171, republicado em 1982 pelo universidade dos açores - Ponta Delgada. 15. rebello, Ernesto, “uma noite de reis na Freguesia da Fajãzinha”, “arquivo dos açores”, (1885), pp. 172-175, republicado em 1982 pelo universidade dos açores - Ponta Delgada.
ViDente-MeDiUM CUrAnDeiro eSpeCiAliStA eM proBleMAS De AMor telef.: 291 238 724 *telm.: 966 552 122 * Fax: 291 232 001
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l Faleceu no passado dia 2 de agosto, com 53 anos de idade, no Hospital da Horta, João Manuel Lopes da Silva. O extinto era solteiro, natural de arcozelo, concelho de Barcelos e residente na Horta. Deixa os irmãos: Fernando Guilherme Lopes da Silva, casado com Maria da conceição Soares Lopes da Silva; Teresa Maria Lopes da Silva, casada com anatário dos Santos Lourenço e antónio José Lopes da Silva, casado com Manuela Silva. Deixa ainda cinco sobrinhos.
RestauRante e snaCk-baR
19 DE AGOSTO DE 2O11
AGENDA EvENTOS ATÉ 22 DE AGOSTO 2011 3.ª Edição do concurso Multiartes Porto PimTado - Pintura, Fotografia, Poesia ou outra expressão artística (arte Livre). Organização do OMa - Observatório do Mar e associação Fazendo
HOJE E AMANHã Farmácia corrêa 292 292 968 DE 19 A 25 DE AGOSTO Farmácia Lecoq - 292200054 EMERGêNCIAS -FAIAL i h p o ~ m i i
ATÉ 31 DE AGOSTO DE 2011 inscrições Workshop de Pintura em cerâmica por Teresa cortez no centro de cultura e Exposições da Horta
número nacional de Socorro 112 Bombeiros Voluntários Faialenses 292 200 850 PSP - 292 208 510 Polícia Marítima 292 208 015 Telemóvel: 912 354 130 Protecção civil - 295401400/01 Linha de Saúde Pública 808211311 centro de Saúde da Horta 292 207 200 Hospital da Horta 292 201 000
DIA 3 DE SETEMBRO [9H30 – 12H30] - Breve explicação sobre a técnica da pintura sobre azulejo - Pintura em azulejo DIA 4 DE SETEMBRO [9H30 – 12H30] - Pintura em azulejo ou objectos em cerâmica. Organização da cMH e Hortaludus
TRANSPORTES - FAIAL
aReeiRo • Capelo • telF. 292 945 204 • tlm. 969 075 947
ATÉ 20 DE AGOSTO DE 2011 [10H00 – 18H00] Exposição: Evolução, resposta a um Planeta em Mudança - Fábrica da Baleia - centro do Mar. revisite a história do Planeta Terra de forma educativa e cativante. Organização da SrcTE e OMa
jSaTa - 292 202 310 - 292 292 290 Loja jTaP (aeroporto) - 292 943 481 v Associação de Taxistas da ilha do Faial 292 391 300/ 500 oTransmaçor - 292 200 380
ATÉ 31 DE AGOSTO Exposição do concurso "Parada de Árvores" no centro de ultura e Exposições da Horta. Organização do Governo regional, SraF, DrrF, Serviço Florestal do Faial | com o apoio da Hortaludus
METEOROLOGIA
GRUPO CENTRAL EMENTA PARA DOMINGO POLvO À REGIONAL BORREGO ASSADO NO FORNO ESPADARTE FRITO OU GRELHADO PEIXE vARIADO
15
HOJE céu geralmente pouco nublado. neblinas. Vento oeste moderado (20/30 km/h) soprando temporariamente fresco (30/40km/h) com rajadas até 50km/h. Mar cavado. Ondas oeste de 2 metros AMANHã. céu geralmente pouco nublado. neblinas Vento oeste moderado (20/30 km/h) . Mar de pequena vaga a cavado. Ondas oeste de 2 metros, passando a noroeste. DOMINGO céu geralmente pouco nublado. Vento oeste moderado (20/30 km/h) rodando para noroeste. Mar de pequena vaga a cavado. Ondas noroeste de 2 metros.
ATÉ 28 DE AGOSTO DE 2011 Exposição colectiva de Pintura- centro de cultura e Exposições da Horta. Organização da câmara Municipal da Horta e Hortaludus 20 AGOSTO DE 11 Trilho dos 10 Vulcões – Org. azorica
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