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Tribuna das Ilhas direCTor inTerino: manuel CrisTiano bem 4 nÚmero: 444

O pi n iãO

3.DezembrO.2O1O

Sai àS SextaS-feiraS

1 euro

ComérCio TradiCional aposTa na époCa naTalíCia para fazer faCe às difiCuldades

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arMando aMaral o pinando

objeCTivamenTe

TÓpiCos: 1 - Horta 2 -Toiradas 3 - os 4 - Cabazadas pÁGina 1o

Fernando guerra

sistemas de incentivos (ii) pÁGina 1o

gonçalo ForJaz C onHeCer o C anCro

Cancro do escroto: percivall pott e os limpa-chaminés pÁGina 14

José arMas Trigueiro faCTo HisTÓriCo das flores

o naufrágio no lajedo do navio “slavonia” (iii) pÁGina 12

M. Machado oliveira

Natal em Tempo de Crise

à puríssima Conceição de nossa senhora pÁGina 12

M. Machado oliveira

desempreGo: o flagelo que a Governação minimiza

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EDITORIAL

ainDa aS “platafOrmaS”… g Quando aqui mencionamos o ProTa (Plano regional de ordenamento do Território dos açores) queremos simplesmente aludir à questão das chamadas “plataformas logísticas”, uma invenção contida naquele documento e que gerou forte polémica na região, porquanto se previa a constituição dessas estruturas nos portos de Ponta delgada e da Praia da vitória, com “baldeação” de cargas, por via marítima, para as outras ilhas que actualmente recebem essas cargas em directo do continente e com perfeita regularidade. e as reacções contra tal previsão vieram dos meios ligados ao sector, da área social e política e até das empresas transportadoras, sendo ainda de registar as opiniões críticas e unânimes de peritos nessa matéria sobre tão infundado esquema de movimentação de mercadorias. entretanto, responsáveis da atlanticoline e da empresa BMT – Transport solutions, vieram à horta apresentar um estudo encomendado pela secretaria regional das economia sobre o transporte marítimo de passageiros nos açores e, a certa altura, na linha das intervenções da assistência em relação ao polémico caso das cargas, entraram na discussão alguns elementos do estudo apenas referentes aos custos do transporte – elementos talvez introduzidos à última hora, dada a sua ligeireza e falta de fundamentos. Mas a par desse aspecto pobre do desconhecimento da problemática da movimentação de mercadorias do continente para os açores e sua distribuição, houve um facto que merece saliência como prova de que as tais “plataformas logísticas” são prejudiciais para os açores, sobretudo à escala dos grupos central e ocidental, em comparação com o actual sistema utilizado pelas companhias transportadoras. efectivamente, a certa altura do muito vivo diálogo sustentado por uma assistência pronunciando-se com argumentos reais sobre o assunto, os autores do estudo afirmaram expressamente “o seu reconhecimento de que a opção das plataformas logísticas, caso fosse posta em prática, iria prejudicar várias ilhas em relação ao serviço de que hoje beneficiam no transporte de cargas, por via marítima, para o arquipélago”. isto foi o que confirmámos com várias pessoas que participaram na sessão em referência, promovida na horta pela atlanticoline. de salientar, portanto, que a afirmação acima em destaque, proferida pelos responsáveis de um estudo sobre os transportes marítimos nos açores, corresponde à opinião sempre manifestada através dos jornais e em reuniões onde essa temática foi debatida – uma opinião de rejeição das ditas plataformas por contrariarem os justos interesses da maioria das nossas ilhas… agora, com mais este parecer, as plataformas logísticas caíram no descrédito total!

Em DEsTAquE

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Jornadas técnicas Qualificação turismo Texto e fotos

maria josé silva g A qualificação do turismo activo esteve em destaque na passada semana no Faial, com a realização das Jornadas Técnicas do projecto de cooperação "Qualificar o Turismo Activo". A qualificação do turismo activo nas zonas rurais é um projecto nacional, que pretende criar uma rede com todas as opções disponíveis nas consideradas "Regiões Turísticas" do Continente e das ilhas. Esta iniciativa foi conduzida pela ADIRN na qualidade de chefe de fila do projecto, que prevê o trabalho em rede e a uniformização de práticas no sector do turismo activo, através de Jorge Rodrigues, coordenador do projecto que tem como parceiros nos Açores a Grater e a Adeliaçor. A ADELIAÇOR – Associação para o Desenvolvimento Local de Ilhas dos Açores, é a sede na Horta do projecto nacional “Qualificação do Turismo Activo”, cujo principal objectivo consiste na criação de uma rede sustentável de parceiros para a oferta de destinos turísticos centrados nas actividades desportivas de aventura na natureza, enquanto motivo central de visita aos destinos rurais, salvaguardando e garantindo a qualidade e segurança dos participantes, do património e do ambiente. A ADIRN - Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Norte - foi constituída em 3 de Setembro de 1991 por dezanove entidades que assinaram a escritura pública

adirn jorge rodrigues é o coordenador deste projecto que visa uma simbiose de qualidade /segurança e formação

desta associação. A ADIRN é uma entidade de direito privado e sem fins lucrativos, que apoiada nos conhecimentos e experiência dos seus associados desenvolve projectos e iniciativas que têm em vista o desenvolvimento integrado e a melhoria das condições de vida da população residente. A actividade da ADIRN tem-se direccionado essencialmente para a gestão do programa LEADER, privilegiando a área do Turismo Rural e Valorização dos Produtos Locais, bem como Programas de Formação Profissional na área do Turismo Activo e Desporto Aventura.

[soBe]

Jorge Rodrigues, que falava a empresários da área da animação turística, sublinhou que “os Açores têm o maior potencial de turismo activo do pais.” De acordo com o coordenador do projecto, “há muita gente a fazer actividades de turismo aventura, mas há muitas lacunas, sobretudo na área da formação e a nossa maior preocupação passa por ter profissionais com formação adequada por forma a garantir a simbiose entre segurança e qualidade.” Este projecto surge numa perspectiva de continuidade do projecto desenvolvido no LEADER +. A parceria entre a ADIRN e as Associações de Desen-vol-

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vimento Local garante a representatividade integral das várias regiões de Portugal Continental e Insular, agrupadas em sete regiões. Segundo Jorge Rodrigues, os resultados que se pretendem, “contribuem para o resultado primordial e reivindicado pelos territórios intervenientes, no sentido de promover o desenvolvimento de uma rede sustentável de parceiros para a oferta de destinos turísticos, centrados nas actividades desportivas de aventura na natureza, enquanto motivo central dos destinos rurais a desenvolver, salvaguardando, sempre a qualidade e segurança dos intervenientes, do património e ambiente”. Foram delineados ainda, conforme foi explicado, objectivos específicos que passam pela coordenação, gestão, acompanhamento e avaliação do projecto, qualificação de empresas, recursos humanos, infra-estruturas e equipamentos, bem como a promoção da marca World-Adventure. O projecto «Qualificação do Turismo Activo – World Adventure» visa ainda dinamizar o desenvolvimento de actividades turísticas activas nacionais e internacionais através da criação de uma rede de parcerias que irão promover a marca «World Adventure». Este projecto vem estabelecer padrões de qualidade ao Turismo Activo, através de: uma formação especializada dos recursos humanos ligados ao desenvolvimento das acções; uma maior e diversificada oferta de actividades; uma partilha de experiências e conhecimentos entre os diversos agentes dinamizadores; etc.

[desce]

20 anos de ConservaTÓrio

ConCerTos sem espaços CondiGnos

g no passado dia 22 de novembro, nas novas instalações do conservatório regional da horta, agora a funcionar onde antes era a escola Preparatória da horta, assistiu-se a um excelente concerto. a iniciativa destinou-se a assinalar o 20º aniversário desta instituição e contou com a participação de músicos de todas as áreas leccionadas no conservatório. no concerto comemorativo alunos e professores presentearam a assistência, com uma óptima actuação, executando temas criteriosamente escolhidos e que foram do agrado geral.

g no entanto é de lamentar que o concerto comemorativo dos

20 anos do conservatório regional da horta - um acontecimento de grandiosa importância para a nossa terra - tenha sido exibido num espaço sem ambiente e não reunindo o mínimo de condições. a acústica não tinha a qualidade a que estes músicos já nos habituaram e quem assistiu estava deveras desconfortável. outro local mais adequado não teria sido uma solução preferível neste caso pontual ou noutras situações idênticas? será que os professores e alunos, a assistência e os faialenses não o mereceriam ? Fica ao critério dos responsáveis.


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Workshop - Constelações Familiares e Outras g Tem lugar no próximo dia 12 de Dezembro, entre as 10h00 e as 18h00, no Hotel do Canal um workshop intitulado “Constelações familiares e outras”. Da responsabilidade de Braz Teixeira, este é o primeiro evento deste género e versa este tema porque “todos herdamos e interiorizamos imagens com origem familiar, assim como, com origem social e histórica. Estas imagens, estejamos conscientes da sua presença ou não, manifestam-se no nosso dia-a-dia das mais variadas formas: algumas, ajudam a orientar as nossas vidas para caminhos de felicidade, outras, para caminhos de sofrimento, sendo sobre estas últimas que esta terapia preconiza actuar, elucidar e libertar.”

[aconteceu]

NA CAsA DOs AçOREs Em LIsbOA

Homenagem ao “peter Café Sport… um bar do mundo” dr

g Na noite da passada sexta-feira, 26 de Novembro, a Casa dos Açores em Lisboa (CAL) foi palco de uma sessão subordinada ao tema “Peter Café Sport… um Bar do Mundo”, que se traduziu por uma significativa homenagem a uma instituição da ilha do Faial conhecida em todas as partes do mundo e ao longo de todos os oceanos onde os amantes do mar escrevem, ao sabor dos ventos, as suas histórias de aventura vividas nesta era moderna. Uma sessão promovida pela Associação dos Antigos Alunos do Liceu da Horta (AAALH) em parceria com a Casa dos Açores e que se pode considerar também como a projecção do evento ocorrido, há alguns meses atrás, na habitual Tertúlia organizada pela Universidade Sénior da Horta numa das salas da Sociedade “Amor da Pátria”. Foi uma noite dedicada ao percurso no tempo desse estabelecimento faialense conhecido em todas as latitudes e que ainda recentemente, numa eleição realizada através da Internet, foi classificado como “O melhor Bar do Mundo para os navegadores”. Um mítico Bar, estreitamente ligado à história do porto da Horta e ao iatismo oceânico, como ali foi sublinhado. Presidiu à mesa de honra Miguel Loureiro, primeiro responsável da direcção da CAL; tendo ao seu lado direito o actual proprietário e gerente do Café Sport, José Henrique Azevedo, filho de José Azevedo, o conhecido “Peter”, que

haveria de dar o seu nome e dedicar toda a sua vida à instituição. E ali se viam também os intervenientes na sessão Henrique Barreiros, presidente da AAALH, José Decq Mota e Carlos Goulart, conhecedores de toda a rica história das organizações da família Azevedo. Com o salão de festas da Casa dos Açores praticamente cheio, Miguel Loureiro saudou todos os presentes, em especial José Henrique, e manifestou a sua satisfação pela realização daquela homenagem que, a certa altura, foi ainda mais valorizada com a atribuição ao Café Sport da Medalha de Honra da Casa regionalista açoriana na capital portuguesa. Um gesto que o José Henrique Azevedo retribuiu com lembranças entregues ao presidente da CAL. De muito interesse foi a intervenção de José Henrique com um trabalho sobre a vida, no decurso do tempo, do Café Sport – um trabalho ilustrado com variadíssimas e motivantes imagens, através do qual foram revistos factos que documentam o “currículo” de seu pai, condecorado pelo Presidente da República e evidenciam aspectos da história do Café Sport, Sócio Honorário do famoso “Ocean Club” e que inclusivamente já teve a honra de uma visita do Rei de Espanha. Henrique Barreiros, presidente da Associação dos Antigos Alunos do Liceu da Horta, foi, por assim dizer, o condutor da sessão e além de uma série de consi-

derações tecidas sobre o valor da classificação atribuída ao Café Sport como “O melhor Bar do Mundo para navegadores”- em data cuja comemoração ocorreu há dias – referiu igualmente a proximidade da passagem do 5º. aniversário do falecimento do “Peter”. De seguida foi apresentado um trabalho preparado por João Carlos Fraga, biógrafo de José Azevedo e profundo conhecedor da história do Café Sport e do iatismo atlântico. Na impossibilidade do autor se deslocar a Lisboa, o texto foi lido por Raul Rocha. A intervenção seguinte foi de José Decq Mota – faialense de grande sensibilidade e conhecimentos sobre as coisas do mar e político de larga experiência no sector regional e autárquico – que fez uma análise da história do “Peter” e do Café Sport ao longo das diferentes épocas da vida do porto da Horta, com apreciação dos inerentes factores de ordem económica, social e política. Por seu turno, Carlos Castro Goulart, um empresário que conviveu paredes-meias com a família Azevedo e com o Café Sport, falou do José Henrique, numa perspectiva económica, como sendo o detentor da maior organização empresarial do Faial e elogiou a sua visão comercial e a expressão internacional da marca “Peter”. Terminada a sessão, realizou-se o habitual convívio entre as pessoas presentes, durante o qual foi servido um gin à “Peter”, oferecido pelo Café Sport. f.m.

dia mundial da luTa ConTra a sida g a Juventude socialista Faial promoveu, no passado dia 30 de novembro, no âmbito das comemorações do dia Mundial de Prevenção contra a sida, um debate subordinado a esta temática. o evento teve lugar no clube naval da horta, pelas 21.00 e contou com a presença de valdeci Purim, Técnica superior da Área do Planeamento e Prevenção da direcção regional da Prevenção e combate às dependências, bem como do Presidente da câmara Municipal da horta, João castro. este "Pensar horta" teve como objectivo proporcionar um debate acerca das dependências, na perspectiva da prevenção. saGa pearl ii na HorTa g o saga Pearl ii esteve na horta no passado dia 2 de dezembro, depois de ter estado também em Ponta delgada. do Faial o navio seguiu para a ilha Terceira. este navio está a realizar um cruzeiro intitulado “Portugal and the atlantic isles”, com um itinerário que visita 7 portos nacionais, 3 dos quais açorianos. esta realidade vem mostrar que os operadores internacionais, e neste caso a saga shipping, procuram novos roteiros que privilegiam Portugal como destino, incluindo os açores com grande peso nesse percurso. proTeCção Civil alerTa para CHuvas forTes g a Protecção civil dos açores alertou quarta-feira para um agravamento do estado do tempo no arquipélago, com a previsão de chuva forte em sete das nove ilhas açorianas, segundo o instituto de Meteorologia. um aviso emitido pelo serviço regional de Protecção civil e Bombeiros dos açores indica que são esperados períodos de chuva por vezes forte nas ilhas do grupo ocidental (Flores e corvo). nas ilhas do grupo central (Terceira, graciosa, s. Jorge, Pico e Faial) a chuva forte deverá ocorreu até quinta-feira. a Protecção civil recomendou à população que adopte as precauções habituais nestas circunstâncias.

[vai acontecer] ConCurso de presépios e alTarinHos g numa iniciativa do núcleo cultural da horta, estão abertas as inscrições para o concurso de presépios e altarinhos. as inscrições decorrem até dia 17 de dezembro, na Biblioteca Pública e arquivo regional João José da graça. o regulamento do concurso está disponível também na Biblioteca. WorksHop de iniCiação à foToGrafia diGiTal g decorre nos próximos dias 3, 4 e 5 de dezembro, na Junta de Freguesia da conceição um Workshop de iniciação à Fotografia digital. este Workshop está inserido no projecto "agenda igualaçores 2010" promovido pela aJiTer e a secretaria regional do Trabalho e solidariedade social. a participação é totalmente gratuita e as inscrições deverão ser efectuadas aqui: www.agendaigualacores2010.a jiter.pt, pelos contactos 93 212 40 95 / 295 212 409 ou através do e-mail: geral@josemanuelfranco.com a formação está vocacionada para os jovens com idades compreendidas entre os 15 e 30 anos de idade, contudo não fechamos as portas a quem já ultrapassou estas idades. Para fazer este workshop não precisa de ter uma máquina profissional, basta ter uma simples compacta. Tribuna das ilHas no parlamenTo europeu g numa iniciativa do eurodeputado luís Paulo alves, estará de visita ao Parlamento europeu em Bruxelas, de 7 a 10 de dezembro próximos, uma comitiva açoriana, da qual o TriBuna das ilhas também faz parte. esta comitiva surge no âmbito do Projecto dos jovens açorianos, “Tu és europeu - como Podes influenciar as decisões da união europeia” e, de acordo com informação disponibilizada à comunicação social, é pretensão de luís Paulo alves, levar a cabo no Pe um debate sobre as conclusões deste Projecto.


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151.º aniversário da Sociedade amor da pátria maria josé silva g A Sociedade Amor da Pátria comemorou no dia 28 de Novembro o seu 151.º aniversário. Como é tradição, para assinalar a data realizou-se um baile de gala com direito a velas e tudo. O baile foi abrilhantado por Filipe Fonseca e a sua banda. Na ocasião foram ainda apresentados os novos debutantes. A origem da Sociedade Amor da Pátria está relacionada com a preparação da fundação de uma loja maçónica designada Amor da Pátria, numa reunião realizada a 28 de Novembro de 1859. Só a 20 de Junho de 1860 é que se instalou formalmente a loja Amor da Pátria, sobre os auspícios do Grande Oriente de Portugal. Fundada a associação profana e a Loja por um conjunto de personalidades pertencentes na sua maioria a quadros da administração pública, serviu como primeira sede provisória a Casa dos Nóbregas na actual Travessa do Amor da Pátria e posteriormente no edifício histórico que fora

residência do morgado José Francisco Terra Brum, localizado numa parcela a norte do actual edifício, situado na Rua D. Pedro IV. A 13 de Agosto de 1930 um violento incêndio destruiu um 2.º andar da casa. No mesmo ano foi decidido em Assembleia Geral convidar um reputado arquitecto nacional para projectar um novo edifício, tendo a escolha

recaído no arquitecto Manuel Norte Júnior. O novo edifício da Sociedade Amor da Pátria foi inaugurado a 30 de Junho de 1934. Foram diversas as recepções e os actos institucionais que ali já tiveram lugar, entre

eles destaque para as visitas dos Presidentes da República Carmona, Craveiro Lopes, Américo Tomás, Ramalho Eanes e Jorge Sampaio. Foi também no edifício da Sociedade Amor da Pátria

que funcionou a Assembleia Regional dos Açores.


NOTíCIAs

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maxi-trimaran “Sodebo” faz escala na Horta g O veleiro «Sodebo» que alcançou o terceiro lugar na regata “La Route du Rhum – 2010”, na Classe Ultime, esteve em escala na Marina da Horta de onde partiu rumo a La Trinité Sur Mer, na costa da Bretanha, França. O «Sodebo» é um maxi-trimaran de 32 metros de comprimento (105 pés), 16,55 m de largura e 12 toneladas de peso, que foi construído entre 2006 e 2007 nos estaleiros Boat Speed, na Austrália, apresentando um mastro de 35 metros e uma área da vela grande que atinge os impressionantes 240 m2. Sob o comando do skipper Thomas Coville este super-trimaran concluiu a Rota do Rum em 10 dias, 3 horas, 13 minutos e 11 segundos, sendo somente suplantado numa frota total de 85 veleiros por outros dois trimarans, o «Groupama 3», de Franck Cammas – que fez a prova, numa extensão de 3510 milhas, em 9 dias, 3 horas, 14 minutos e 47 segundos – e o «Idec», do patrão Francis Joyon. “La Route du Rhum” é uma competição náutica destinada a velejadores solitários que tem lugar de quatro em quatro anos, desde 1978, ligando SaintMalo, na costa atlântica de França, a

Pointe-à-Pitre, na ilha de Guadalupe, Antilhas, e que na edição deste ano de 2010 englobou um total de cinco categorias de embarcações, duas de multicascos, duas de monocascos e uma mista – foram elas a Classe Ultime (para veleiros de vários cascos com um mínimo de 60 pés), a Classe Multi 50 (para veleiros multi-cascos com 50 pés), a Classe Imoca (de monocascos com 60 pés), a Classe 40 (monocascos de 40 pés) e a Classe Rhum (iates, monocascos ou multi-cascos, com comprimentos entre 39 e 59 pés). Na edição de 2011 da Rota do Rum 71 veleiros concluíram a prova, chegando a Guadalupe entre os dias 9 e 25 de Novembro, enquanto 14 iates ficaram pelo caminho, abandonando a competição por problemas de diversa ordem. O caso mais impressionante de desistência nesta Rota do foi o do veleiro «Oman Air Majan», do skipper Sidney Ganignet, que está na Marina da Horta desde o dia 8, após uma operação de resgate a 348 milhas dos Açores pelo rebocador «Ilha de São Luís», da Administração dos Portos do Triângulo e do Grupo Ocidental, na sequência de perda do mastro, da quebra do flutuador

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de estibordo e de vá-rios rombos no casco do trimaran de 32 metros de comprimento e 11 toneladas. O «Oman Air Majan», pertencente ao Sultão do Oman, deve ser transportado da ilha do Faial, a fim de sofrer profundas reparações, em navio cargueiro alemão que navega propositadamente para o arquipélago para tal fim.

No total foram seis os veleiros participantes na “La Route du Rhum” deste ano que estiveram em escala ou solicitaram assistência da Marina da Horta. Além dos dois trimarans mencionados, ambos da Classe Ultime, também ali passaram o «White Swallow» (Classe 40), o «Destination Calais» (Classe Rhum), o «Dreken Energie – Groupe

Terrallia» (Classe 40) e o «Groupe Bel» (Classe Imoca). O principal porto de recreio de Portugal registou até à presente data no ano em curso de 2010 a entrada de 1089 veleiros, a esmagadora maioria dos quais envolvidos em grandes viagens transoceânicas ou participantes em destacadas competições náuticas internacionais.

artesanato faialense em exposição manuel alegre no faial

g No seguimento da estratégia de promoção e valorização dos produtos certificados do Artesanato dos Açores, a secretaria da Economia, organizou uma acção de formação específica de técnicas de produção artesanal em miolo de figueira, produto certificado ao abrigo da marca "Artesanato

Açores". Dada a qualidade das peças produzidas pelas 6 formandas que frequentaram o curso, o Centro Regional de Apoio ao Artesanato irá exibi-las numa Exposição que irá decorrer na Sala Polivalente da Biblioteca e Arquivo Regional João José da Graça, a partir das 18h30 do dia 3 de

Dezembro de 2010, até 3 de Janeiro de 2011, todos os dias úteis, das 09h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30. Estarão, também, patentes ao público peças antigas da colecção de Euclides Rosa, do Museu da Horta, bem como peças da autoria da formadora, Helena Henriques.

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1001 SOrriSOS Campanha de Solidariedade g Numa iniciativa da Island Sounds decorre de 1 a 8 de Dezembro, uma campanha de solidariedade denominada “1001 sorrisos”. Esta iniciativa vai decorrer com o apoio da Cruz Vermelha Portuguesa e, de acordo com a organização, pretende unir os diversos agentes da noite tais como bares e discotecas, com o objectivo de angariar

donativos, que passam por brinquedos, vestuário, material escolar e para o lar, que serão entregues à Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação do Faial, que posteriormente irá fazer a distribuição pelas crianças e famílias carenciadas da ilha. Em cada bar aderente serão colocados recipientes para os donativos, decorados

por Crianças do Colégio de Sto. António. No dia 18 de Dezembro, será feita a recolha, sendo a entrega realizada no mesmo dia na Discoteca Ery Klub. Aderiram: A Casa, Bar do Clube Naval da Horta, Bar do Teatro, XF, Eskada, Café Internacional, Taberna de Pim, Jackpote, O Rochedo, Booka e Ery Klub.

Semana dos resíduos dos açores g Numa iniciativa inédita, estão agendadas por todo o arquipélago mais de três dezenas de acções, desenvolvidas através da Secretaria Regional do Ambiente e do Mar. Com um conjunto de acções organizadas em todas as ilhas e em parceria com diversas entidades, esta iniciativa pretende envolver a sociedade civil e a comunidade escolar em torno da problemática dos resíduos e da necessidade premente da sua redução e correcta gestão.

Depois do arranque, marcado pela realização no dia 18 da reunião da Comissão de Acompanhamento do Plano de Gestão de Resíduos produzidos em Serviços da Administração Regional Autónoma (Plager.GOV) e da visita técnica à central de triagem de resíduos de embalagens da Horta, a partir da próxima segunda-feira um pouco por todas as ilhas irá decorrer um programa diversificado de acções, que inclui a realização de sessões de divulgação do

Plager.GOV; a distribuição de materiais promocionais e informativos; a realização de visitas a operadores e centros de processamento e gestão de resíduos; a exibição de filmes/documentários sobre a temática; a realização de actividades didácticas de sensibilização dirigidas ao público escolar, de sessões de sensibilização sobre gestão de resíduos e de reuniões institucionais; a distribuição de pilhões e contentores e a sensibilização através dos media locais.

g O candidato socialista à Presidência da República, Manuel Alegre, desloca-se aos Açores nos próximos dias três e quatro de Dezembro. Manuel Alegre desloca-se à ilha do Faial na hoje, dia 3 de Dezembro, onde irá visitar a Assembleia Legislativa Regional pelas 15h30 e o departamento de Oceanografia e Pescas, da Universidade dos Açores.

O candidato apoiado pelo Partido Socialista desloca-se à Terceira, no dia seguinte, onde irá ter uma reunião com os responsáveis da Câmara de Comércio e Indústria dos Açores, pelas 11h30, estando previsto no programa uma visita à Academia de Juventude da Terceira, pelas 15h00. O jantar comício está agendado para as 20h00, numa unidade hoteleira de Angra do Heroísmo.


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AgENDA 21 LOCAL ApREsENTADA AOs jORNALIsTAs economia, sociedade e ambiente, são os três pilares em que assenta o projecto agenda 21. em todo o mundo, já aderiram mais de 170 países a este projecto criado pela onu, que tem por objectivo garantir um desenvolvimento sustentável a nível mundial, para que as gerações vindouras possam usufruir dos mesmos recursos que as actuais. a Horta é uma das cerca de 50 cidades que em portugal aderiram a esta iniciativa. alzira silva, vereadora da Câmara municipal da Horta responsável pelo projecto no faial, apresentou-o aos jornalistas na passada terça-feira. optimista em relação à aceitação do projecto na ilha, alzira apela à consciencialização de toda a comunidade: “Cada faialense tem um valor para dar à sociedade”, entende.

marla pinheiro foto: maria josé silva

“toda a gente tem algo para dar” g “Não há ninguém que não seja importante neste processo, porque toda a gente tem algo para dar”, entende Alzira Silva, que frisa que o que se pede são apenas mudanças de comportamentos e de mentalidades, de modo a criar estilos de vida que garantam uma equilibrada articulação económica, ambiental e social, de forma a garantir um desenvolvimento sustentável do planeta. A autarquia prepara a fase de sensibilização da comunidade para este projecto. Essa sensibilização já ocorre a nível interno, e têm sido efectuadas reuniões com escolas, juntas de freguesia, organizações sociais e ambientais, entre outras instituições que serão parceiras da Câmara Municipal na aplicação a nível local do Agenda 21. Neste momento, a autarquia prepara um questionário que deverá ser respondido por 10% da população faialense. O objectivo é auscultar o Faial, de forma a actuar tendo em conta “aquilo que as pessoas pensam”, como explica a vereadora. Feito este diagnóstico, será preparado e implementado um plano de acção. “Queremos começar com passos pequenos mas seguros”, refere Alzira,

para quem a monitorização ao longo do processo será também um factor muito importante. A vereadora tem consciência de que sensibilizar os faialenses para a necessidade urgente de se adoptar um estilo de vida mais amigo do ambiente não será tarefa fácil, pelo menos a princípio, uma vez que vivemos num paraíso natural onde os problemas ambientais parecem estar a anos-luz de distância. No entanto não é bem assim: Cada pessoa produz em média cerca

de 1,6 kg de resíduos diariamente. Assim sendo, no Faial, todos os dias são produzidas mais de 20 toneladas de resíduos. A maior parte desses resíduos acaba no aterro sanitário. Assim, é preciso continuar a mudar os hábitos de vida, de forma a reduzir, reutilizar e reciclar o mais possível. Usar sacos reutilizáveis, comprar embalagens familiares, utilizar a frente e o verso das folhas de papel são apenas algumas coisas que todos os faialenses podem fazer para reduzir a

nossa pegada ecológica. Gestos simples, mas que realizados por todos podem fazer uma grande diferença. No que diz respeito à recolha diferenciada de resíduos, o Faial tem feito um percurso assinalável na área do papel. Neste momento, a ilha envia em média 26 toneladas por mês de papel e cartão para reciclar, número acima da média regional e nacional. No vidro e nas embalagens, apesar dos números estarem a subir, o Faial ainda está aquém das médias.

ao encontro da população migrante Secundária manuel de

arriaga distinguida na área do desporto escolar

Texto e foto

maria josé silva g A Direcção Regional das Comunidades promoveu na passada semana, na cidade da Horta, um encontro sobre a população migrante. Este encontro de trabalho, que aconteceu também nas restantes ilhas do arquipélago, teve como principal objectivo, dar a conhecer as áreas de intervenção da DRC. Graça Castanho, Directora Regional das Comunidades, à margem da reunião, disse ao TRIBUNA DAS ILHAS que a DRC se apercebeu que grande parte da população não tinha conhecimento da diversidade dos trabalhos e dos serviços que esta direcção regional oferece actualmente. “De uma maneira geral pensam que nós temos intervenção só ao nível da emigração quando, de facto, não é isso que acontece porque temos 3 populações alvo: imigrantes, emigrantes e regressados.” Paralelamente a DRC deu ainda a conhecer os prazos para a candidatura a projectos da DRC porque, de acordo

com Graça Castanho, “gostávamos muito de ver diversificados os projectos que se candidatam aos nossos incentivos.” A DRC tem projectos dirigidos às três populações da sua área de abrangência que vão desde os intercâmbios escolares, a visitas de estudo e ensino da língua portuguesa. Presentes na reunião, que decorreu na SRAF, estiveram várias entidades da ilha, desde Casas do Povo, escolas,

Juntas de Freguesia, e isto porque “quanto maior e melhor for a articulação com as forças vivas da sociedade mais hipóteses nós temos de estar a oferecer e corresponder às expectativas, necessidades e desafios que essas populações nos colocam hoje em dia.” Outro dos propósitos deste encontro foi também “proporcionar um espaço e um tempo às pessoas que vêm ter connosco e fazem parte destes encontros para esclarecer dúvidas”.

g A Escola Secundária Manuel de Arriaga foi distinguida a nível nacional com o Prémio “Escola”, atribuído pela Direcção Geral de Inovação e Desenvolvimento Escolar, do Ministério da Educação. Esta distinção visou reconhecer a ESMA pelo trabalho desenvolvido na área do Desporto Escolar. O galardão foi entregue no passado dia 12 de Novembro, na Festa Nacional do Desporto Escolar 2010, em Torres Novas. Para além da categoria “Escola”, estas distinções comportam ainda as categorias “Aluno”, “ Espírito Desportivo”,

“Professor”, “Internacional”, “Carreira Desportiva”, “Media”, “Desporto Adaptado” e “Autarquia”. Nesta última categoria o prémio foi para a autarquia faialense, como já foi noticiado. De acordo com o que se pode ler no site da ESMA, esta distinção resulta da nomeação daquele estabelecimento de ensino pela Direcção Regional do Desporto, tendo em consideração que, no ano lectivo transacto, se evidenciou em todas as actividades do Desporto Escolar, nomeadamente pelos resultados alcançados e pela excelência da sua participação e organização.

COnCUrSO De preSÉpiOS e altarinHOS Como é de tradição, o Núcleo Cultural da Horta promove mais uma vez o concurso de Presépios e Altarinhos. As inscrições devem efectuar-se até ao dia 17 de Dezembro, na Recepção da Biblioteca Pública e Arquivo Regional da Horta – João José da Graça, Rua Walter Bensaúde- 14, Horta, no horário normal de expediente, onde poderão também consultar o Regulamento do Concurso.


CuLTuRA

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Os Monólogos da Vagina no Teatro Faialense g Amanhã, a partir das 21h30, o palco do Teatro Faialense recebe a peça Os Monólogos da

Vagina. Numa interpretação bastante particular do célebre texto de Eve Ensler, este trabalho tem adaptação, encenação e interpretação de Luís Carvalho, e pretende ser “uma peça que celebra a igualdade através das diferenças que caracterizam caracterizam Homem e Mulher”. No Faial, este espectáculo é produzido pelo Teatro de Giz.

Conservatório da Horta assinala 20.º aniversário o Conservatório regional da Horta comemorou no passado dia 22 de novembro o 20.º aniversário da sua abertura oficial. na passada sexta-feira, a instituição recebeu a comunidade no espaço que agora ocupa, no edifício da Trinity House, na Cônsul dabney, onde até há pouco tempo funcionava o segundo ciclo do ensino básico. sem dispor de um auditório apropriado para a exibição dos seus alunos, vários dos quais laureados recentemente a nível nacional em vários concursos, o actual presidente do Conselho executivo, Yuri pavtchinski, fez as honras e foi o anfitrião da noite. g “Temos aquilo que temos”. Foi com estas palavras que o presidente do Conselho Executivo justificou a exiguidade do espaço onde o Conservatório Regional da Horta recebeu pais, alunos e comunidade em geral para a comemora-

ção do seu aniversário. Com a saída da instituição da sua antiga sede, que passará a ser um edifício de apoio à Assembleia Legislativa Regional, o Conservatório Regional da Horta vê-se a braços com a falta de um auditório para a exibição dos seus alunos, de tal forma que os convidados tiveram de deslocar-se ao ginásio para assistir à actuação das classes de ballet. Foi precisamente no local que agora voltou a ocupar que o Conservatório nasceu há 20 anos. Yuri lembrou que na génese da sua criação esteve o grande número de filarmónicas da ilha, que justifica a existência de um espaço onde os

jovens pudessem receber uma exigente formação musical. O director recordou os nomes de alguns dos antigos detentores do cargo, e dos alunos que passaram pela instituição e neste momento têm profissões ligadas à música. Frisando a preocupação em “preparar músicos do mais alto nível possível”, Yuri salientou ainda alguns dos muitos alunos do Conservatório da Horta que recentemente foram premiados em concursos de âmbito nacional. Nesta data de especial, o primeiro aluno a completar os graus de formação do Conservatório Regional da Horta teve honras de discurso. José Maria da Silva,

actualmente professor de música e maestro, falou do impacto desta instituição para a melhoria do nível artístico das filarmónicas faialenses. Também Victor Rui Dores, que durante 8 anos esteve aos comandos da instituição, recordou as origens do Conser-vatório da Horta, e frisou a sua importância para a formação das crianças e jovens. Colocando o dedo na ferida, Rui Dores contestou a “pretensão de um ensino artístico para todos”.Para o antigo director, o Conservatório “não pode deixar de ser um estabelecimento público de ensino especializado de música e dança”. “Não é artista quem quer”, mas sim quem tem

CINEmA NO TEATRO fAIALENsE

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agentes de reserva (Hortaludus; dia 5, 21h30; >12) g Realizada por Adam McKay (Filhos e Enteados), esta comédia conta com um elenco de peso, liderado pela improvável dupla Will Ferrell (Filhos e Enteados) e Mark Wahlberg (O Planeta dos Macacos), a quem se juntam nomes como Eva Mendes (Velocidade Furiosa), Samuel L. Jackson (Pulp Fiction), Dwayne Johnson (O Rei Escorpião) e Michael Keaton (Batman). Ferrell e Whalberg são Gamble e

Hoitz, dois inspectores da polícia a viver em segundo plano, ofuscados pelo brilho de Danson (Johnson) e Highsmith (L. Jackson) polícias de topo, tidos por todos como heróis. Solicitados para resolver um caso aparentemente banal, Gamble e Hoitz encontram pela frente uma rede criminosa do mais alto gabarito. Para ambos esta é a oportunidade pela qual esperavam e que os poderá pôr a seguir os passos dos seus heróis. Agora só é preciso saber se estarão verdadeiramente à altura do que os espera.

emenTa para dominGo

dupla improvÁvel Wahlberg e ferrell são os protagonistas desta comédia

CabriTo no forno emenTa variada AceitAm-se ReseRvAs

músICA

ExpOsIçãO

mais ranchos de natal em 2010

mOStrate no Centro de Cultura e exposições

g De acordo com a Câmara Municipal da Horta, este ano estão inscritos dez Ranchos de Natal para o Encontro organizado pela autarquia. Os ranchos irão exibir-se durante a próxima

g Estará patente ao público a partir da próxima quarta-feira, dia 8, uma exposição no Centro de Cultura e Exposições da Horta (antigas instalações do Banco de Portugal), intitulada MOSTRATE. Nesta mostra estarão trabalhos do

quarta-feira, Dia das Montras, pelas ruas da cidade, e no início de Janeiro actuarão no Teatro Faialense. Em 2009, inscreveram-se apenas seis ranchos.

talento para a arte, lembrou Rui Dores, defendendo que o Conservatório deve oferecer um tipo de ensino “selectivo”, o que não significa no entanto “elitista”. “O poder político tem de perceber que o ensino artístico exige determinadas condições”, destacou. Por sua vez, o presidente da Câmara Municipal da Horta, João Castro agradeceu à instituição por elevar a Horta a um “nível superior”, quando comparada com cidades de semelhantes dimensões. Após as intervenções, vários alunos do Conservatório Regional da Horta presentearam o público com as suas actuações. m.p.

curso de desenho e pintura ministrado por Ana Correia e ainda do workshop de pintura com pigmentos vegetais e animais ministrado por Manuel Passinhas. Estes trabalhos poderão ser vistos até ao dia 7 de Janeiro, de segunda a sextafeira entre as 14h00 e as 17h00.

servimos refeições para fora praTo do dia (o praTo, a bebida e um Café - 6 euros) - sÓ de semana Encerrado à TERçA-fEIRA

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rePorTageM

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NATAL AjuDA COmERCIANTEs A COmpENsAR As AgRuRAs DA CRIsE natal é tempo de paz, amor, solidariedade… e compras. cada vez mais, a sociedade elege esta época como a altura do ano para dar largas ao impulso consumista. Materializar os sentimentos e os desejos para com os nossos entes queridos num presente adequado surge como uma forma natural de mostrar a nossa afeição e a nossa lembrança. agradecem os comerciantes, que desta forma aproveitam esta época fazer negócio, e dessa forma compensar os meses menos positivos ao longo do ano. com a nuvem negra da crise cada vez mais densa a pairar sobre o país, no entanto, o natal torna-se ainda mais importante para o comércio Tradicional, que regra geral, vive dias de dificuldade. assim, e apesar de não se prever que as caixas registadoras vejam a acção de outros natais, os comerciantes não deixam de apostar em força nesta época para dinamizar o mais possível o negócio. TriBuna das ilhas conversou com alguns empresários locais, e com os presidentes da câmara do comércio e indústria e da câmara Municipal da horta, para saber quais as dificuldades que o sector atravessa na ilha, e o que pode ser feito para combatê-las. marla pinheiro g A completar 75 anos de vida este ano, a firma Teófilo SA é uma referência do comércio local. De acordo com o seu responsável, Carlos Goulart, a crise economia faz-se sentir desde 2008, altura em que foi necessário começar a tomar medidas para fazer face à situação: “até agora temos conseguido enfrentar a crise com medidas internas, procurando diminuir os custos fixos, dispensando algum pessoal, entre outras coisas”. No entanto, reconhece que em 2011 avizinham-se tempos ainda mais complicados, tendo em conta a diminuição do poder de compra das famílias. Em relação à quadra natalícia, apesar de não estar directamente relacionada com a base de negócio desta firma, Carlos Goulart reconhece que é uma altura importante no que diz respeito a vendas, e que o Teófilo também procura aproveitar: “temos no nosso hall de entrada produtos para venda relacionados com a quadra, e procuramos fazer uma campanha de mobiliário nesta altura, à qual os clientes aderem”, explica. Para este empresário com larga experiência, é muito importante tomar medidas antecipadas de combate à crise. O que não pode acontecer é o empresariado baixar os braços, sob pena de ver cair o negócio. Nesse sentido, apesar da conjuntura adversa, o Teófilo procura continuar a inovar, com a abertura de novos espaços na Horta e no Pico. “É fundamental que os empresários façam alguma coisa. No Continente, fecham cerca de 50 empresas por dia. Quem tem possibilidades de se precaver e de tomar medidas deve fazê-lo”, defende. Do outro lado do espectro empresarial faialense está Ruben Goulart, um jovem da ilha que abriu recentemente uma loja na baixa da cidade. Para Ruben, apesar da crise estar instalada, havia lugar no mercado para a Explorer, e por isso decidiu avançar com o projecto. Ciente de que não seria fácil, viu na falta de um estabelecimento direccionado para os desportos ao ar livre uma oportunidade que agarrou com as duas mãos. Até agora, não se arrepende. “Devemos procurar áreas de negócio

inovadoras e necessárias na ilha”, entende. Ruben tem noção de que esta quadra natalícia é muito importante para qualquer negócio. Como tal, reconhece que procurar tirar o maior partido possível destes dias, praticando horários alargados e abrindo à hora de almoço, e ainda com promoções especiais orientadas para esta época.

nem só de crise vivem as dificuldades do Comércio Tradicional faialense Quem o defende é Paulo Oliveira, empresário e vereador da oposição na Câmara Municipal da Horta. Oliveira reconhece que o Faial não foge à regra da crise económica global, no entanto não duvida de que existem outros factores que agudizam localmente esse fenómeno. Um deles prende-se com a “falta de regulação” no que diz respeito à implementação de novos espaços comerciais, o que faz com que a Horta, à semelhança do que acontece um pouco por todo o país, seja “invadida” pelo comércio oriental. Neste âmbito, o empresário considera que tanto a autarquia como a Câmara do Comércio poderiam ter uma postura mais interventiva para evitar essa situação. Para Paulo Oliveira, é importante que a Horta disponha de uma iluminação de Natal “com outra dignidade”. Além disso, a sua experiência ao nível do comércio local diz-lhe que a Campanha do Comércio Tradicional para a época natalícia deve arrancar mais cedo, se possível no início de Novembro. “Não se pode deixar tudo para o Dia das Montras”, entende, frisando que é na quadra natalícia que a maior parte dos comerciantes pode compensar uma série de meses negativos ao longo do ano, cada vez mais comuns, tendo em conta a actual conjuntura económica.

Comércio tradicional prepar

O empresário considera ainda que é urgente intervir na zona baixa da cidade, de forma a torná-la mais apelativa para a população. Nesse sentido, lamenta que seja preciso esperar por desenvolvimentos na área do saneamento básico para que seja feita alguma coisa. “No Porto, foi criado um gabinete para embelezamento da cidade e para pequenas intervenções”, exemplifica, acrescentando que o facto de nada mudar na cidade da Horta se revela bastante “atrofiante”, e acaba por afectar o Comércio Tradicional. Sendo um dos responsáveis pela boutique Kósmos, Paulo Oliveira reconhece que a quadra natalícia é muito importante para a saúde do negócio. Nesse sentido, são tomadas medidas para reforçar a oferta nesta altura, com uma maior rotação de stocks, a aposta em bons preços, a garantia de um bom serviço e a prática de horários alargados. As dificuldades de estacionamento na cidade também não ajudam ao desenvolvimento do Comércio Tradicional. Para Paulo Oliveira, seria importante a criação de lugares de estacionamento com parquímetros, e ainda a existência de alguns parques em cada rua para estacionamentos de curta duração. Paulo Oliveira apela ainda a que, nestes tempos de maior mobilidade e globalidade, onde é comum fazer compras através da internet e muitas pessoas ganharam o hábito de viajar antes do Natal e fazer as compras da quadra fora da ilha, haja mais “carinho” pelos produtos portugueses e pelas lojas do Faial. O empresário lembra que, em igualdade de circunstâncias, não custa preferir este tipo de produtos. É o que acontece no caso das marcas de maior prestígio, onde os preços são, regra geral, tabelados, e por isso mesmo iguais em todo o lado. Para Paulo Oliveira, os faialenses

têm, por vezes, uma certa desconfiança em relação ao Comércio Tradicional, que se deve a algumas “más condutas” do passado, por parte de alguns comerciantes, que estabeleciam margens de lucro exageradas, não faziam embrulhos ou não permitiam trocas nos saldos, entre outras coisas. “Com trabalho e criatividade podemos vencer a crise, no entanto essa tarefa é cada vez mais exigente”, entende.

Campanha do Comércio Tradicional vai sortear um carro este ano Ângelo Duarte, presidente da Câmara do Comércio e Indústria da Horta, reconhece “muitas preocupações” em relação ao futuro do comércio tradicional nesta altura de crise. Por isso mesmo, vê com redobradas expectativas esta época natalícia, que surge nesta altura como uma compensação muito importante para as vendas fracas ao longo do ano. “A campanha de Natal junto do Comércio Tradicional tem por objectivo apoiá-lo e promovê-lo nesta altura”, frisa. Nesse sentido, a CCIH procurou ter mais atractivos que o habitual na Campanha do Comércio Tradicional 2010, dos quais se destaca o sorteio de um carro entre as senhas das ilhas de abrangência da instituição. A este juntam-se os sorteios habituais, e ainda a tradicional componente de animação infantil e musical nas ruas, entre outras coisas, que o patrão dos empresários espera que sejam um bom incentivo para o público acorrer à zona baixa da cidade da Horta.

Estas iniciativas deverão arrancar já amanhã, esperando-se que o ponto alto seja no feriado de quarta-feira, dia 8, em que se assinala, como habitualmente, o Dia das Montras. É precisamente com o intuito de espicaçar os empresários do Comércio Tradicional a tirarem o máximo partido da maior afluência de público nesta altura que a CCIH tem feito um esforço no sentido de os sensibilizar para manterem a porta aberta durante mais tempo. Instado a pronunciar-se sobre o facto de muitas lojas do Comércio Tradicional continuarem a não apostar em horários prolongados e a fecharem a porta na hora de almoço, Ângelo Duarte reconhece que há ainda alguma mudança de mentalidades a fazer, até porque “é ao fim do dia e à hora de almoço, quando a maior parte das pessoas sai dos empregos, que se ganha o dia de trabalho no comércio tradicional”, frisa. No entanto, lembra que, por vezes, adoptar essas medidas significa um esforço acrescido que os empresários não têm condições de suportar, relacionado essencialmente com a necessidade de contratar mais vendedores, por exemplo. Olhando para a evolução do Comércio Tradicional ao longo do ano que passou, Ângelo Duarte vê sinais positivos, com a abertura de alguns novos estabelecimentos. Para o responsável, são empresários jovens, que souberam transformar a ameaça da crise numa oportunidade, e decidiram criar negócios com a aposta na inovação e na criatividade. O presidente da CCIH entende ser precisamente esse o caminho: “os empresários estão a conseguir superar as dificuldades. Para fazê-lo, é cada vez mais importante saber marcar a diferença face aos concorrentes”, explica. Diz o povo que “os olhos também


Tribuna das Ilhas

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espaço de proXimidade

ra-se para a Operação natal Municipal da Horta, há que adoptar uma postura realista e reconhecer que a crise chegou, e veio para ficar durante algum tempo. No entanto, João Castro entende que é preciso “agarrar nesta dificuldade e transformá-la numa oportunidade”. Nesse sentido, defende que a autarquia deve preparar em conjunto com os empresários um “raciocínio de prioridades”, de forma a que todos estejam preparados para o final da crise: “estamos num mau momento mas não é o fim do mundo, e temos de nos preparar porque a vida funciona por ciclos, e a seguir a um mau momento vêem bons momentos. O pior que nos pode acontecer é não aproveitarmos os maus momentos para nos preparamos para os bons”, frisa.

“Temos de estar preparados para quando passar o mau momento”

comem”. Ora, se também comem, é certo e sabido que também compram, e quando pousam sobre uma montra bem elaborada as probabilidades de serem atraídos pelo que lá se encontra são maiores. Na época natalícia, as montras ganham especial importância para a dinamização das lojas do comércio tradicional. O concurso do Dia das Montras, promovido anualmente pela CCIH, visa precisamente reconhecer o trabalho dos empresários do Comércio Tradicional nessa área, apreciado de forma especial no dia 8 de Dezembro pelas centenas de pessoas que se deslocam à zona baixa da cidade. Ao concurso anual, a CCIH tem procurado juntar algumas formações ao longo do ano, de forma a ajudar os empresários a prepararem montras mais originais e apelativas. Para o presidente da Câmara

Para o autarca, aquilo que a CMH pode fazer pelo Comércio Tradicional passa sobretudo por aquilo que pode fazer para reestruturar a cidade. Um importante contributo passa pela reabilitação urbana, e nesse sentido João Castro lembra que, desde 2004, cerca de metade dos edifícios então sinalizados para serem intervencionados já o foram ou estão a sê-lo neste momento. Uma importante ferramenta para a reestruturação da cidade da Horta é o Plano de Urbanização, aprovado em Fevereiro. “Somos das primeiras cidades a ter plano de urbanização, e este define uma série de edifícios a reabilitar, zonas de estacionamento, princípios para a pedonalização de certos arruamentos…”, lembra João Castro. Para o presidente da CMH, a autarquia tem ainda um papel importante no que diz respeito ao “trabalho de formação, acompanhamento, reestruturação e renovação do tecido empresarial”, desenvolvido em parceria com a CCIH. A tudo isto, acrescem os sistemas de

incentivos e mecanismos de apoio aos empresários que o Governo Regional tem estado a implementar. João Castro reconhece que o tecido empresarial da cidade da Horta precisa que esta se reestruture e reorganize, com mais estacionamento, mais condições para a circulação de pessoas, entre outras coisas. No entanto, a actual situação de crise que afecta o empresariado local está também a atrasar a obra do saneamento básico, o que por sua vez atrasa essa reestruturação da cidade. O edil reconhece também que falta à autarquia “operacionalizar” estas questões, que têm vindo a ser pensadas nos últimos anos, e admite que a velocidade a que se poderá dar essa operacionalização é inferior à esperada. Além disso, lembra que a concretização do Plano de Urbanização só agora está a arrancar, no entanto não duvida das mais-valias que este traz a futuros investidores na cidade da Horta: “o plano de urbanização traz segurança aos investidores, porque estes percebem que dentro de alguns anos a cidade estará de determinada forma e podem programar os seus investimentos”, explica. Satisfeito com a mentalidade próactiva que encontra em grande parte dos empresários faialenses, João Castro congratula-se com a abertura de novos estabelecimentos e a aposta em novos produtos, com destaque para a produção local. No entanto reconhece que existe ainda uma “pequena franja” que necessita de se reestruturar com urgência: “têm de perceber quem são os seus clientes, direccionar os seus serviços para os mesmos e procurar fidelizá-los”. Em relação à Campanha de apoio ao Comércio Tradicional, na qual a autarquia e a CCIH trabalham em conjunto, TRIBUNA DAS ILHAS quis saber se a mesma não estará a ser lançada demasiado tarde, tendo em conta que grande parte da população já iniciou as suas compras de Natal. Para João Castro, o início de Dezembro é o “timing certo”, até porque os tempos de crise recomendam sensatez e ponderação na altura de comprar, e por isso “não faz sentido uma campanha exaustiva de Natal”.

a políCia ao serviço dos Cidadãos p p Caros pais e mães o o inTerneT – parte (ii) l l • regras básicas de utilização da internet í í • estabeleça algumas regras básicas a adoptar pelo seu filho C C quando utilizar a internet. assim, este deve:  seguir as regras definidas pelos pais bem como as i i regras de segurança aconselhadas pelo seu isP; a a  nunca trocar fotos pessoais por e-mail ou pela internet; d d e e s s e e G G u u r r a a n n ç ç a a

 nunca revelar informação pessoal, como por ex., a morada, nºs de telefone, a escola ou a sua localização, sem autorização dos pais. ao utilizar as “salas de conversação” virtuais (“chat rooms”) ou outras formas de comunicação on-line deve utilizar um nome fictício (“nickname”);  nunca responder a mensagens ou e-mail com ameaças;  contar sempre aos pais qualquer comunicação ou conversação que o tenha incomodado ou assustado;  se o seu filho tem um novo “amigo”, insista em conhecê-lo também. diga-lhe para nunca concordar em encontrar-se pessoalmente com alguém conhecido através da internet. e se o quiser efectivamente fazer, deverá encontrar-se com o novo “amigo” na companhia dos pais ou de um adulto de confiança , e num lugar público. explique-lhe que não se trata de intromissão na vida privada dele, mas de uma questão importante para a sua segurança. lembre-se que: se na vida real vocÊ ProTege o seu Filho, Faça-o TaMBéM na inTerneT. nunca se seQueça Que Por deTrÁs de uM aMigo virTual, Pode esTar uM Perigo real.

p p Ú Ú b b esclarecimentos adicionais deverão ser solicitados à l l p.s.p. da sua área de residência ou por correio electrói i nico: cphorta@psp.pt C C proGrama inTeGrado a de poliCiamenTo de proXimidade a

CAmpEONATO DE kINg 2010 AgRADECImENTO A Direcção do Grémio Literário Artista Faialense, vem por este meio, agradecer a todos os participantes do Campeonato King 2010 que se realizou nesta Sociedade durante o ano corrente. Aqui registamos os agradecimentos aos jogadores que foram no total de 35, e tivémos uma média de 24 jogadores por jornada que foi muito bom. À Direcção e ao seu Presidente João Garcia que durante o ano é que punha as mesas e cartas para os jogadores e também jogou assim como confeccionou o jantar para o torneio de encerramento dos Mestres e Extra que todos adoraram. Ao Manuel Vieira Seguros Império Bonança principal patrocinador. Ao José Leitão que teve a missão de colocar a pontuação no computador até às décimas, enfim um trabalho de louvar. Ao Luís Cardoso que há dez anos anda na angariação de Troféus e este ano mais uma vez estiveram em disputa 48 Troféus. Ao Centro de Cópias João Luís que ofereceu lindos diplomas aos vencedores de cada jornada com foto e tudo. À Antena Nove, e seus repórteres, João Alberto e Cândido Faria, que deram os resultados do Campeonato todo o ano. Ao Jornal Tribuna das Ilhas e às suas Jornalistas. Ao Jornal Incentivo e seus Jornalistas. Aos presidentes de Junta de Freguesia da Matriz, Conceição, Angústias e Feteira, às firmas J.H.N, Loja dos Músicos, Espaço X, Mário e Paulo Silva, Lda, Cafés Sical, José A. Tavares, Horta Jardins, Padaria Popular, Pastelaria Doce Delícia, e finalmente Firma LD-Byte que forneceu os Troféus. Obrigado a todos A Direcção


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opinião

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O CãO e a CiDaDe

Sistemas de incentivos

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agueia pelas noites da Horta, visita casas onde já vivi, onde dormem hoje amigos meus, ou as casas de outros onde encontra os seus. Aprende com os mais velhos as melhores esquinas, talhos e jardins; e embora o prefira na segurança da baiuca, aspiro-o tão discreto como o simba e a iuta. Na verdade o meu cão é um “maricas” e por nem aos meus amigos se deixar tocar, confiei-lhe a liberdade e a segurança do meu lar, certo que perante o desconhecido, irá fugir depois de ladrar. Acontece que recentemente, me forçaram a pensar no que seria.. vinha eu de regresso a casa de uma sessão de cinema tardia. Um jovem casal abranda o carro, e mantendo a viatura lenta, observa a fera que se distanciava.., ousando acenar o condutor, ao realizarse que o dono não era mais do que o senhor que ao longe o acompanhava. Roubar um cão é raptar um amigo. A felicidade não virá da falsa convicção da inconsciência alheia (ou na própria ignorância), roubar um animal é fazer mal a um membro de uma alcateia, é pedir um açoite, ou talvez uma tareia. Se procuram um cão abandonado, basta perguntarem na rua onde ele passa, e vos dirão tudo e muito mais que apenas a sua raça. Se gostam de animais passem é na AFAMA, por baixo da Central da EDA (Santa Bárbara), ou na Quinta de São Lourenço, nem que seja só para ver, são meigas bolas de pêlo a transbordar de alegria que aguardam uma família que as possa receber. Enquanto uns não são capazes conceber vedações dimensionadas à violência dos seus leões, e privam o inegável direito à circulação de qualquer ser humano na sua mais pura condição. Outros como eu procuram apelar à calma térrea de quem vive numa comunidade, pois quem deixa os seus cães ir passear é porque na verdade, esses peludos são bons é para brincar, senhores do seu focinho, verdadeiros cães de cidade. Um dono, 23Nov2010

Tribuna das Ilhas

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fernando Guerra

a época em que os sistemas de incentivos ao investimento privado apareceram, há cerca de 24 anos, e nos tempos de hoje há circunstâncias que se mantêm na mesma. Estamos com uma base de desenvolvimento económico muito baixo, temos uma balança de transações com o exterior muito deficitária, produzimos pouco, o mercado interno açoriano é incipiente, se instalarmos indústrias de produção não temos economia de escala, os preços de produção são elevados, estamos longe de mercados consumidores, a conjuntura de exportação é difícil, necessitamos de recursos humanos de nível médio e de nível superior. Contudo, para a função básica de uma economia ser o emprego, não faz sentido julgar que vamos ser todos funcionários públicos, há que criar emprego no sector privado, este é que deve crescer e ser sustentável. Assim, esta luta quase titânica de

investir em pequenos mercados, em pequenos torrões de terra rodeados por mar, deve manter-se como um desígnio, numa procura constante de proporcionar condições para que se crie ambientes económicos que gerem confiança aos potenciais investidores. É que tomar a decisão de recorrer, como acontece com a maioria dos investidores, a crédito bancário, meter-se em licenciamentos camarários demorados, fazer candidaturas a sistemas de incentivos, cujo tempo de decisão também deve entrar nas contas, construir uma infraestrutura (se houver zona industrial para tal, se não…) formar o pessoal, inscrever-se, assim que possível, como sujeito passivo nas Finanças e na Segurança Social, e depois de todo este esforço, da saída constante de euros, quando se abre a porta do seu negócio, ter um mercado potencial extremamente reduzido, dá que pensar! E saber-se a duas horas e meia de Lisboa, com as maiores superfícies comerciais da Europa, concorrer com o comércio eletrónico extremamente competitivo, e confrontar-se com a mentalidade local, que vê o empresário como alguém que não consegue ter preço, ou então que tem preços muito caros (pudera, com esta estrutura de custos!) e

ainda ser criticado, dá que pensar duas vezes! Mas houve alguns empresários que na primeira vaga romântica dos sistemas de incentivos, atraídos pelos cantos de sereias políticas prometendo dinheiro fácil, investiram e viram-se dentro duma teia burocrática de conjuntura muito difícil. Alguns deles passaram por dificuldades económicas e financeiras, mas o que mais choca é ver o gáudio e o desprezo com que foram criticados em vez de uma palavra de reconhecimento pelo empreendedorismo, em vez de se ouvir “Vamos comprar no comércio do empresário local, que investiu na nossa terra e que deu emprego aos nossos trabalhadores”. Assim, perante toda esta equação, esta conjuntura sócio económica, os sistemas de incentivos são uma âncora no desenvolvimento, são em muitos casos a peça que leva ao impulso empreendedor, mas não basta, e a história já nos ensinou isso, é preciso muito mais. É preciso que os sistemas de incentivos não sejam uma ilha em si, isolados, devem ser, em primeiro lugar, o seguimento de uma estratégia de desenvolvimento regional, depois todos os passos de licenciamento, acompanhamento do desen-

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volvimento, devem ser de algum modo também incentivados. Existem investidores e empreendedores em potência que querem desenvolver uma actividade, mas esbarram nas pequenas pedras na engrenagem que, por vezes, fazem com que uma boa ideia, um bom negócio não avance; julgo haver interesse público em tirar essa poeira e fazer as coisas avançarem. Mais uma vez, aqui existe uma dicotomia entre a facilidade apregoada dos sistemas de incentivos e a burocracia geral, verificando-se que um investidor numa ilha maior tem mais apetência em investir, pois o mercado é maior, e o investidor numa ilha mais pequena mais facilmente abandona a ideia. Assim, o apoio ao empresário nas ilhas mais pequenas devia ser maior, descentralizado, substituindo-se os decisores por agentes de dinamização económica efectivos no terreno e conhecedores da realidade. Importa, pois, analisar se os sistemas de incentivos estão a ser eficazes e a potencializar o desenvolvimento, assim como perceber se o Faial está a um bom nível. Ou estará abaixo da média regional? Poderia estar a desenvolver-se mais com estes sistemas de incentivos? frgvg@hotmail.com

CONHECER O CANCRO

CanCrO DO eSCrOtO: percivall pott e os limpa-chaminés

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Gonçalo forjaz

onsiderado por muitos o fundador da oncologia ocupacional (em clara alusão à medicina ocupacional ou do trabalho, cujo pioneiro foi Bernardino Ramazzini), Percivall Pott continua ainda hoje a apaixonar aqueles que se dedicam ao estudo das causas ambientais do cancro. Este notável médico inglês é também guia para os que se dedicam à arte da cirurgia, sendo proverbiais as suas descrições sobre determinados edemas cranianos (Pott’s puffy tumor) ou sobre a gangrena da perna (Pott’s gangrene). A Percivall Pott se deve também o estudo das chamadas rupturas, que incluem por exemplo as hérnias congénitas, termo aliás por ele forjado. Se sobre os epónimos de Pott muito haveria a dizer, a verdade é que, para o nosso tema, interessa destacar uma outra doença que tão

minuciosamente descreveu: o cancro do escroto. Teria sido mais que justo ter-se-lhe igualmente atribuído um epónimo, como Pott’s cancer, Pott’s tumor ou Pott’s scrotal cancer, mas tal não se verificou. Ficou, antes, conhecida por chimney-sweepers cancer (cancro dos limpa-chaminés). Aos cancros raros, como o do escroto, muito dificilmente lhes é atribuída uma causa. No entanto, a ocorrerem em frequência acima do esperado, têm a particularidade de despertarem a atenção do observador mais atento. Foi o caso de Percivall Pott! Contemporâneo de uma época onde não havia lar que não tivesse pelo menos uma lareira interior, Pott apercebeu-se que parte das crianças responsáveis pela limpeza das chaminés, eram vítimas de uma terrível, dolorosa e muitas vezes fatal doença da pele do escroto. Como cirurgião no “St. Bartholomew’s Hospital”, onde trabalhou durante 38 anos, acompanhou de forma exaustiva o caso dos limpa-chaminés, identificando os mais graves e, na medida do possível, tratando-os cirurgicamente. Esta aliás foi outra contri-

buição fundamental de Pott, já que, até à data, as “verrugas do escroto ou da fuligem”, tal como se designavam, eram tidas como doença venérea, sexualmente transmissível, o que, em crianças de 8 e 9 anos passava por ser um pouco estranho. Para a epidemiologia, são sempre extraordinárias (no verdadeiro sentido do termo, ou seja, que se destaca do ordinário ou normal) e dignas de estudo as situações em que um cancro se desenvolve em idades tão precoces. Porém, ao contrário do que muitos pensam, não foi Pott o primeiro a descrever a doença, pois já em 1740 tinha sido referida por Treyling (é possível que se trate de Johannes Jacob Treyling, famoso professor de medicina e anatomia da universidade alemã de Ingolstadt). A Pott, sim, é atribuída a ligação à ocupação profissional, deduzindo daí o efeito da fuligem da chaminé ao nível da pele do escroto. Esta foi a sua marca e o seu contributo, entre muitos outros, sendo por isso o primeiro a ligar um agente ambiental ao desenvolvimento de cancro. A repercussão na vida daqueles

jovens trabalhadores tarde se fez sentir. A legislação de 1788, em vigor antes das observações de Pott, somente proibia que crianças com menos de 8 anos pudessem limpar chaminés. Foi preciso esperar até 1875 – 87 anos! – pela Chimney Sweepers Act, que impunha duras multas aos limpachaminés que não tivessem licença para trabalhar, a qual, por sua vez, obrigava ao uso de indumentária protectora. Até hoje, o claro decréscimo da incidência do cancro do escroto após 1875, constitui um dos exemplos mais destacados da epidemiologia do cancro. Pese embora o agente causal ter sido identificado somente anos mais tarde, hoje pertencente ao grupo dos hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, o comportamento de risco foi alterado, provando-se que não há melhor remédio do que a prevenção. Percivall Pott nasceu em 1714 e morreu em 1788. Consta que o seu último diagnóstico foi sobre si próprio: “A luz da minha vela está quase extinta: espero que tenha ardido para benefício de outros.” 26-11-2010


DEspORTO

Tribuna das Ilhas

CAmpEONATO DE pORTugAL AbsOLuTO DE mATCH RACINg

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ANDEbOL

Velejadores do CnH Sporting da Horta satisfeitos com participação vence benfica g Decorreu na passada semana, em Oeiras, o Campeonato de Portugal Absoluto de Match Racing. A equipa do Clube Naval da Horta foi composta pelo skipper: Nuno Santos; proa: Pedro Rosa; escota: Luís Decq Motta; trimmer: Joana Rosa. A equipa do Naval da Horta não passou nas qualificações do primeiro dia de prova, mas mostrou-se satisfeita com a participação. “Chegado ao fim o campeonato, podemos constatar que o nível da competição e dos atletas era de um grau de exigência e qualidade às quais não estávamos em condições de corresponder ou superar.” A equipa faialense fez 5 regatas e perdeu as 5: “já imaginávamos que tal acontecesse devido às equipas presentes na competição, atletas que preenchem ranking´s nacionais, europeus, mundiais e com treinos intensivos, campeonatos com muita frequência, treinadores, enfim, uma série de factores que proporcionam resultados muito diferentes dos nossos”. Apesar de tudo os velejadores consideram que foi uma experiência muito gratificante, tanto ao nível da competi-

g Contrariando o favoritismo do SL Benfica, tendo em conta o factor casa, o Sporting da Horta venceu, na Luz, o SL Benfica, por 30-29, no primeiro jogo da 13ª jornada do Andebol 1. O Benfica chegou ao intervalo a perder por 18-15, resultado que o Horta aguentou até ao final.

fuTEbOL – CAmpEONATO DA AfH dr

ção, da aprendizagem, da troca de experiências, como numa troca muito rica de contactos para um futuro próximo. “Esperamos que este seja um dos primeiros passos para uma longa e colorida caminhada nesta modalidade, onde se passeiam pessoas dos 9 aos 90 anos” – frisam. Esta prova foi organizada pela Federação Portuguesa de Vela, com o apoio da Fidelidade Mundial em conjunto com a Associação Regional de Vela do Centro e em co-organização com a Associação Desportiva de Oeiras. O Match Racing é uma modalidade de vela com características diferentes das

outras modalidades às quais estamos habituados a ver/participar no nosso canal. É considerada uma modalidade “espectáculo”, isto porque as regatas são disputadas tão próximas de terra quanto possível, por apenas 2 barcos com características idênticas, o que quer dizer que o factor decisivo da vitória será a destreza da tripulação e as suas opções tácticas. O apuramento desta equipa provém da Qualificação Nacional Açores, que se realizou em Junho passado, na Horta, da qual saíram vencedores, conforme noticiámos.

V rali de inverno/além mar dr

Pelo caminho ficavam também o Golf VR6 de Luís Vieira, o Ibiza de Filipe Costa e o Micra laranja de Carlos Martins.

g Sérgio Silva e José Pimentel foram uns justos vencedores na prova que encerrou a temporada automobilística da ilha do Pico em 2010. Sérgio Silva apenas teve a oposição directa do homem da casa, José Paula, que já com o título local no bolso parecia em condições de discutir o triunfo. Este rali ficou marcado pelo despiste do Citroen AX de Tiago Dutra na super-especial. O carro perdeu uma roda que atingiu numa perna o piloto Marco Paulo Pinto, que assistia ao rali. Registe-se ainda que José Paula foi penalizado depois de ter demorado muito tempo na troca de um pneu no surgimento de uma saída de troço, penalização essa que o deixou fora de

Em Braga, no jogo que encerrou a 12ª jornada do Andebol 1, o ABC já vencia o Águas Santas por 15-13 ao intervalo. A jogar em casa, o ABC não desperdiçou os pontos e ganhou pela vantagem mínima, 27-26. No próximo sábado, o SCH recebe em casa o Colégio 7 Fontes.

prova. Paula ainda cumpriu três “especiais” de tarde, dando espectáculo frente ao seu público. Rui Torres ficou assim como um tranquilo segundo da tabela. Mais atrás Marco Silva ia para o almoço apenas um segundo na frente de João Faria, numa luta que não continuou, pois o 206 RC ficaria sem direcção na terceira passagem por São João. A prova ficou marcada pelo abandono de Ruben Rodrigues, então a liderar os 4×2 com o C2; de Paulo Costa, com a caixa do Impreza partida; bem como o atraso de Paulo Nóbrega, com o EVO9 a ser novamente vítima do azar, uma condicionante que parece não abandonar o faialense, que ainda assim se manteve pelo pódio.

ClassifiCação final 1º sérgio silva / José Pimentel - subaru impreza WrX n11 2º rui Torres / Marco Martins Mitsubishi lancer evo9 3º Paulo nóbrega / Miguel Ângelo - Mitsubishi lancer evo9 4º Marco silva / Tânia silva citroen saxo cup 5º Marco soares / Bruno Tavares - citroen saxo cup 6º luís Medeiros / Fábio Medeiros - renault 5 gTr 7º carlos andrade /rui silva alfa romeo 33 8º Félio leal / emanuel costa renault 19 16v 9º João Ávila / Bruno soares renault clio Williams 10º João Torres / eduardo andrade - seat ibiza gTi 11º Tiago rodrigues / Fábio silva - Peugeot 205 12º Marco santos / Bruno santos - opel corsa B 13º hugo goulart / sandro sousa - Toyota starlet Este rali ficou ainda marcado pelo grande número de inscritos: 22 pilotos. Só de São Miguel deslocaram-se 7 equipas, do Faial 6 e da Terceira viajaram mais dois conjuntos. Fazeram as honras da casa os restantes 7 pilotos.

fayal segura liderança g No passado fim-de-semana o Fayal Sport venceu o Desportivo da Feteira na Alagoa, com um golo sem resposta. A vitória tangencial permitiu aos verdes segurar a liderança da tabela classificativa. No outro jogo da jornada, o Flamengos venceu o Cedrense no Vale por 1-0. Na quarta-feira, os Verdes foram aos Cedros empatar 1-1, no entanto o

Flamengos caiu no Pico frente ao Lajense, tendo perdido por 7-1. No próximo domingo, o Desportivo da Feteira recebe o Cedrense enquanto que o líder Fayal joga no Pico com o Lajense. Na quarta-feira, dia 8, é a vez do Feteira atravessar o Canal, sendo que o jogo grande se joga no Vale, com o Flamengos a receber o Fayal Sport.

kINg

David medeiros vence torneio dos mestres g No passado fim-de-semana jogou-se no Grémio Literário o Torneio dos Mestres, competição que sucede ao Campeonato de King. David Medeiros sagrou-se vencedor do torneio, seguido de José Leitão e António Sousa.

José Serpa, vencedor do campeonato de King 2010, ficou-se pelo sexto lugar. No Torneio Extra ao Torneio dos Mestres, Manuel Vieira classificou-se em primeiro lugar, partilhando o pódio com João Serpa e José Rosa, em segundo e terceiro lugar, respectivamente.

CAmpEONATO NACIONAL DE TIRO DE pRECIsãO

amaro teixeira em grande plano g O faialense Amaro Teixeira participou no passado dia 21 de Novembro no Campeonato Nacional de Tiro de Precisão, na modalidade de cano fixo. Após a competição Amaro Teixeira sagrou-se campeão nacional na sua classe. De acordo com o atleta a prova não foi fácil pois o nível competitivo é muito elevado. Para o futuro, Amaro vai continuar tentar a evoluir.

fuTsAL

fayal vence flamengos g No passado fim-de-semana os seniores do Fayal Sport Club bateram os jogadores do Futebol Clube dos Flamengos, em jogo

a contar para o Torneio Ilha do Faial. Os verdes da Alagoa conseguiram uma vitória muito folgada, por 19-2.


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OpINIãO

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OpINANDO ObjECTIvAmENTE

tÓpiCOS: 1- Horta 2 – toiradas 3 - Os 4 - Cabazadas NA”

armando amaral

1

Quando já nadava, nanja como o Simas, sobrinho do Alua, ou o Jeremias Simão que foram campeões nacionais, mas antes no pequeno mundo do jornalismo caseiro, isto no tempo do saudoso amigo Raul Xavier, com quem muito aprendi, este, em escrito mensal, fazia uma resenha dos principais eventos ocorridos, e salientados no então “Correio da Horta”. Por vezes, perguntávamo-nos: mas tudo isto aconteceu? É que, com alguma frequência, ouvíamos a conterrâneos: É sempre a mesma pasmasseira! E continuamos a ouvir quando ao Faial voltamos, ou ao encontrar aqui em Angra algum patrício. Aliás, um dito que parece estar cada vez mais em moda, talvez por haver tendência em se fechar os olhos a tudo quanto à nossa volta se passa. Isto, "veio-nos à lembrança ao ler a edição de 29 de Outubro do “TRIBU-

paulo mendes

O

Governo Regional e o Partido Socialista (PS) estão, de facto, ‘enervados’ com o desemprego na Região. O stress vivido pelo Governo Regional e pelo PS é de tal monta que já se tornam evidentes as estratégias, infelizmente totalmente ineficazes, para lidar com o problema (desemprego). Além da óbvia negação recorrem, insistentemente, à comparação social descendente, quando comparam as taxas de desemprego na Região com outras regiões de referência, numa análise, supostamente mais séria, ou seja, mais aproximada da nossa realidade, no caso, as outras Regiões Ultraperiféricas da União Europeia (RUP), em que as taxas de desemprego são superiores às registadas por cá. É, mais ou menos, como quando alguém perde um braço e se sente mais ‘aliviado’ ao deparar-se com alguém sem os dois braços. Não resolve o problema, mas ajuda. Enfim, retira algum desconforto. É claro que comparar a nossa taxa de desemprego com as taxas de desemprego de outras RUP, só ‘alivia’ o stress de quem tem responsabilidades governativas, não tendo, sequer, o mérito de ajudar quem está desempregado, nos Açores. Mas, mesmo assumindo a comparação ‘simplista’ das taxas de desemprego como atenuante para a situação em que vivemos, facilmente concluímos, após uma, igualmente, ‘simplória’ análise longitudinal

que é assaz elucidativa quanto à mancheia de eventos realizados num período de pouco mais duma semana, e que também dão resposta a alguns estranhos que fazem gala em dizer que a Horta é uma cidade morta. Ei-los resumidamente: Exposição * Lançamento de livros * Colóquio sobre Mark Twain, também na Biblioteca e Arquivo * 6ª. Edição do Faial Filmes Fest no Teatro Faialense * Apresentação no Centro do Mar de actividades por Pedro Carvalho * e no mesmo Centro Empreendorismo e Oportunidades por iniciativa da Cresaçor * Workshop de Panificação e Pastelaria, com participação de 3 ilhas * Rali Faial -Além Mar, do Automóvel Clube * Grande Prémio dos Açores MX Faial 2010, em motocross *e 20ª. Milha em Atletismo, na comemoração do 20ª. aniversario do respectivo Clube.

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Como é sabido, as Toiradas à corda são acontecimento maior na ilha Terceira. Trata-se, na verdade, de antiga tradição, deveras enraizada na gente terceirense que, em primeiras anos de vida, é posta em contacto com esses animais

nada meigos. Eh toiro, é grito que se ouve com frequência à criançada em sua preferível brincadeira. Normalmente, as touradas à corda são promovidas pelas comissões das Festas de Freguesia. Todavia, um caso sucedeu há cem anos que ultrapassa tudo quanto se possa imaginar, como lemos em “Memórias” de “a União”: “Consta que em S. Matheus vae haver também uma tourada, como que a pagar uma promessa!. Uma creança foi ferida ali numa das últimas touradas e a família comprometteu-se a que, se o pequeno se curasse que daria à sua custa uma outra corrida. O pequeno curou-se e a tourada vae se fazer !”

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Históricas foram as visitas de Bento XVI a Portugal, à Grâ Bretanha e agora à Espanha. Se bem que mais evangélicas do que políticas. Como ponto negativo, embora longe de ensombrar os êxitos alcançados pelo Papa, as hostis e bem orquestradas manifestações, mesmo nos dois países de grande maioria católica. E, como sempre, certa comunicação social mormente a televisiva, a não

perder ocasião de estar presente, ao ponto de um apresentador dizer: “Os espanhóis estão contra a visita de Paulo XVI”, como se fossem milhões. Ora, se tivesse começado sem “Os” a notícia deixaria de ter interesse, mas o que interessava era que os contestatários não se ficassem apenas por umas dezenas...

4

A pesada derrota (5-0) do Benfica no Dragão deu muito que falar nas televisões e muita tinta fez correr nos jornais. Aliás, não se trata de inédita cabazada entre as duas potências futebolísticas, embora pouco vulgar. Lembro-me que há muitos anos duas ocorreram, na Taça de Portugal. Jogando em casa, o Porto ganhou por 6-1, e como o guardião ostentasse, em letras gordas, as suas iniciais (S.R.) na frente da camisola, os tripeiros ufanosos exclamavam; “Soares dos Reis”. Só que oito dias depois, em Lisboa, o Benfica desforrou-se por 6-0, tocando agora a vez aos alfacinhas gritarem triunfantes. “Sem Resposta”, e em desopilante humor, sem grosserias, nem galinha dos ovos golfistas.

Desemprego: o flagelo que a Governação minimiza Gráfico 1 e Tabela 1

Gráfico 2 e Tabela

que, afinal, não somos, os menos ‘desgraçados’, nesta total desgraça ultraperiférica. Reparem no quadro 1 e no gráfico 1 comparativo das várias taxas de desemprego nas RUP e notem como os Açores são uma das RUP que registou um maior crescimento, entre 2002 e 2009. Se centrarmos a análise na evolução entre 2008 e 2009, concluímos que o crescimento do desemprego nos Açores (1,30x) só é ultrapassado pelas Canárias (1,51x). A análise poderá, ainda, evidenciar resultados mais agravados, se compararmos a evolução da taxa de desemprego da Região, entre 2002 e 2009, em que o desemprego triplicou (Gráfico 2 e Tabela 2). A melhor estratégia para lidar com um problema, neste caso o desemprego, começa sempre por assumi-lo. Nesse sentido, é preocupante o comportamento do Governo e do PS que ao efectuarem uma avaliação positiva da forma como lidam com o problema, estão a negá-lo. É claro que ao efectuar uma análise, nesta perspectiva, poderei ser acusado de estar a fazer uma comparação social ascendente. Por outras palavras, estou a tentar ‘pintar um cenário, ainda, mais negro’. Por isso, há que interpretar o que se encontra subjacente a estes dados e relacioná-los com outros indicadores, com o intuito de planear acções, a curto, médio e longo prazo para debelar o desemprego na Região.

Á pUriSSima COnCeiÇãO De nOSSa SenHOra

Q

ue espectáculo, oh Céus! Eu vejo! Eu sonho! Que diviso! Onde estou! Purpúrea Nuvem Ante os olhos atónitos me “ondêa”, E chuveiros de luz despede à Terra! Mais bela, que o fulgor, que ao Sol percorre, Alta Matrona augusta Do vapor luminoso, Que os Zefyros mantém nas tenuas plumas, Quão risonha contempla o baixo Mundo! Áureas Estrelas semeadas brilham No rútilo Diadema, Que a fronte magestosa lhe guarnece: Áureas Estrelas semeadas brilham Nas roçagantes vestes. Cor do estivo clarão, que filtra os ares! De alados Génios cândida Falange Reverente a ladêa, E, pelas niveas dextras balançados, Pingue, fragrante aroma, em honra à Diva, Os fumosos turíbulos derretem … Mas que feroz Dragão lhe jaz às plantas, Sangue a boca medonha, os olhos fogo ! … Rábido arqueja, túmido sibila, Baldadas forças prova Contra o pé melindroso No colo enorme, na cerviz calçada, Que rubras conchas escabrosas forrão : Enrosca, desenrosca a negra cauda, E em horridos arrancos desfalece… Oh triunfo ! Oh Mistério ! Oh maravilha! Oh celeste Heroína! A sacra Turma, Os Entes imortais, que te rodeam, Modulam tua glória em almos hinos, Que entre perfumes para os Astros voam … Eis no leito arenoso as vagas dormem, Rasas cedendo à Música Divina: Pio ardor pelas fibras me serpêa, E encurvado repito os santos versos: Oh Virgem formosa, Que domas o inferno, Criou-te ab eterno Quem tudo criou. Ilesa notaste Do Mundo o naufrágio Da culpa o contágio Por ti não lavrou. Nas tuas virgiaeas Entranhas sagradas, Do céu fecundadas, O verbo encarnou. M. M.Barbosa du Bucage ( Recolha de M. Machado Oliveira )


Tribuna das Ilhas

pubLICIDADE

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opinião

Tribuna das Ilhas

fACTO HIsTÓRICO DAs fLOREs

O naufrágio no lajedo do navio “Slavonia” (iii) . FoTo de José Fraga gerMano, laJes das Flores.

josé armas Trigueiro (ConTinuação do jornal de 19 novembro 2010 n.º 442) mbora os elementos característicos do navio divirjam nalguns autores, como referimos, o “Slavonia” era um grande e luxuoso paquete para o seu tempo. Sobre a quantidade de passageiros e de tripulantes existentes a bordo, os elementos da imprensa da época também não coincidem sempre entre os autores atrás mencionados, nem estes condizem em absoluto nas suas descrições sobre o acidente. Para além do navio ter passado para terra alguns passageiros e respectivas bagagens, através de um cabo de vaivém, como estava muito bom tempo, vários deles foram sendo a pouco e pouco transportados para o porto da vila Lajes das Flores nos salva-vidas do próprio navio, auxiliados por algumas embarcações locais. Também dali alguns foram embarcados para o navio “Princesa Irene” que, ao ter conhecimento do acidente por meio da radiotelegráfica ou T.S.F. (telegrafia sem fios) do navio – uma novidade moderna já então a funcionar nalguns paquetes da época – ali acorrera, apesar de estar a navegar a cerca de 200 milhas, afirma-se no relatório da Guarda Fiscal. O mesmo aconteceu relativamente ao navio “Botavia”. O primeiro destes navios levou consigo 100 passageiros de 1.ª classe, enquanto que o segundo recolheu passageiros de 3.ª classe, quase todos de nacionalidade

E

italiana. Julgamos que os passageiros embarcados para os referidos navios, dada a distância em que estes estavam, tivessem sido tomados no porto das Lajes das Flores. Tudo leva a crer que esses passageiros já estivessem a salvo nessa Vila, até porque as suas viagens só terão tido lugar cerca de 8 dias depois do encalhe, segundo conseguimos apurar. E isto porque todos deverão ter colaborado na tentativa de recuperação do “Slavonia”. Alexandre Monteiro escreve que “O comandante Dunning, abalado pela perda do navio – que comandava interinamente, visto ter pedido a reforma em Nova Iorque, alegando um estado de saúde precário – tentou várias vezes suicidar-se, no que foi impedido pelo telegrafista do navio”. É que nessa ocasião já teriam colaborado nos esforços frustrados para recuperação do navio, outros navios e rebocadores que compareceram no local do naufrágio, dando-se mais tarde o “Slavonia” como perdido. Norberto Trigueiro, que entrevistou vários florentinos contemporâneos do naufrágio para o jornal “Correio da Horta”, afirma que de início “uma aragem fresca, soprando do mar, impediu que os passageiros fossem retirados em pequenas embarcações, passandose então um cabo de vai vem para terra, por onde foram salvos, primeiro as mulheres e as crianças”. O cabo de vaivém terá essencialmente servido para recuperar cargas, especialmente bagagem. Julgamos que ambas as versões estarão certas, uma vez que o salvamento dos passageiros e tripulantes, devido ao seu elevado número, deverá ter demorado bastante tempo a concluir-se, e o seu transporte do Lajedo para as Lajes

ter-se-á feito por via marítima, dadas as dificuldades em fazê-lo por terra. Depois de salvos todos os passageiros e tripulantes, foram recuperadas as bagagens, bem como muita da carga então existente nos porões do navio, com a ajuda das embarcações e navios que ali acorreram. Os referidos náufragos enquanto permaneceram nas Flores ficaram instalados em casas particulares de famílias florentinas, designadamente na vila das Lajes, onde foram recebidos com grande hospitalidade. 3. epíloGos do naufrÁGio Assim, dias depois, os restantes náufragos, passageiros e tripulantes, incluindo o respectivo comandante Arthur Dunning, embarcaram no paquete “Funchal”, da Empresa Insulana de Navegação, para a cidade de Ponta Delgada, para depois seguirem para os seus destinos. A bordo desse navio, que escalava as ilhas dos Açores do grupo central com regularidade, em reunião específica com tripulantes e passageiros, discursaram diversos oradores, com destaque para o comandante Capitão Carlos Vidinha, o Eng. Domingues Ventura Fernandes, do “Funchal”, e o Dr. Millor Erving, médico do “Slavonia”, que enalteceram a hospitalidade inconfundível do povo das Flores, designadamente do da vila das Lajes. Na igreja Matriz da vila das Lajes há um cálice oferecido pelo então Papa Pio X, como reconhecimento pela hospitalidade dada naquela vila, gesto este que, para além de ser confirmado pelo lajedense Monsenhor Dr. Caetano Tomás, que refere que o viu quando era seminarista, está mencionado no trabalho de Félix Martins, como adiante

lajes das flores esta é a baixa rasa, situada na costa marítima da localidade do lajedo, concelho de lajes das flores, onde encalhou o paquete “slavonia” em 10-6-1909

se transcreve. Francisco António Gomes escreve na obra abaixo citada que o navio “Botavia” e o rebocador inglês “Ranger” também prestaram auxílio ao “Slavonia”. Por sua vez, Norberto Trigueiro, para além de referir que o rebocador “Ranger” saíu da Horta para esse efeito, regista que de Ponta Delgada se deslocaram para as Flores, em auxílio do “Slavonia”, os rebocadores “Condor” e “Bérrio”, que ajudaram na recuperação das cargas. Félix Martins confirma essas ajudas, bem como a do navio “Funchal” que acima referimos, pelo que, durante esses dias, o movimento de navegação na ilha das Flores deverá ter sido intenso. Apesar de ter aberto água em diversos locais, o navio acabou por permanecer à superfície durante alguns dias, no mar visivelmente limpo, entre a rocha da ilha e a ponta leste da Baixa, como consta de fotografias que ilustram o referido documento da GuardaFiscal e o trabalho de Alexandre Monteiro. Passados alguns tempo, devido ao vento forte do Oeste, o

“Slavonia” afundava-se, ficando a uns 8 metros de profundidade. Mesmo assim, ainda foi possível recuperar dos seus porões parte da carga neles existente, não obstante outra se ter perdido, designadamente vários sacos de correio, bem como a maioria das mercadorias atrás referidas. O navio terá ficado lá até à Noite de Natal desse ano, sendo destruído pelo mar durante essa noite, como referem as nossas fontes. BiBli: gomes, Francisco antónio nunes Pimentel, “a ilha das Flores: da redescoberta à actualidade (subsídios para a sua história)”, (2003, pp. 423 e 445, 2.ª edição da câmara Municipal de lajes das Flores; Trigueiro, norberto, artigo publicado no jornal “correio da horta”, horta, de 22-10-1960; Martins, Félix, artigo no jornal “as Flores”, santa cruz das Flores, de 21-06-2001; Freitas, Álvaro Monteiro de, artigo publicado no “Jornal do ocidente” de lajes das Flores, de 10-12-1991; Monteiro, alexandre, “o naufrágio do Paquete ‘slavonia’ (ilha das Flores, 1909)”, (2009), internet; correia, luís Miguel, “Paquetes Portugueses”, pp. 83 e 215, 1992, edições inaPa, de lisboa; antunes, 1.ª sargento domingos (presumido autor), “esboço histórico da guarda Fiscal das ilhas das Flores e do corvo (18851985)”; jornal “o Telégrafo”, de 19-06-1909; jornal “o Faialense” de 27-7-1909; Trigueiro, José arlindo armas, “retalhos das Flores - Factos históricos”, 2003, pp. 27-34, ed. da câmara Municipal de lajes das Flores.

Dar VOz à pObreza e à exClUSãO SOCial

P

ara fazer face aos problemas dos indivíduos com dificuldades intelectuais e de desenvolvimento da Comunidade Local e Regional, a Santa Casa da Misericórdia da Horta detém duas valências: O Centro de Actividades Ocupacionais e o Lar Residencial. A funcionar desde 2001, o Centro de Actividades Ocupacionais revela ser uma resposta social eficaz à problemática da deficiência, nomeadamente a jovens/adultos com deficiência mental e física. Este Centro funciona com 30 jovens/adultos, com um nível moderado e grave de deficiência mental, e a sua acção assenta sobretudo na promoção do desenvolvimento pessoal e social deste grupo alvo, tendo em conta as suas capacidades e potencialidades. Funciona semanalmente, em horário laboral, onde os utentes têm oportunidade de ocupar o seu tempo de forma útil e satisfatória, consoante as suas competências, através do desenvolvimento de actividades ocupacio-

nais (que consistem em tarefas repetitivas e simples, desenvolvidas nas áreas de Oficina de Produtos Alimentares, Cozinha de Treino, Oficina de Legumes, Jardinagem, Sala de Carpintaria e Reciclagem, Atelier de Pintura, Atelier de Artes e Ocupação e Lazer); de actividades complementares (que completam as actividades anteriores e visam promover a manutenção das aprendizagens, o equilíbrio físico e emocional e a autonomia pessoal e social. Aqui são desenvolvidas actividades de Vida Diária, o Treino Social, a Alfabetização Funcional e o Desporto Adaptado (prática da natação, equitação, ginástica de manutenção, atletismo e futsal); e actividades de carácter recreativo e cultural (como sejam a apresentação do grupo folclórico do Centro, intercâmbios Regionais ou participação em eventos organizados pela Comunidade local). A nível de recursos humanos e para acompanhamento diário nas

actividades desenvolvidas, esta valência conta com seis Ajudantes de Reabilitação, uma Técnica Superior de Serviço Social, uma Professora, uma Terapeuta da Fala e uma Psicóloga. O Lar Residencial, com três anos de existência, assume-se como uma resposta social destinada a alojar jovens e adultos com deficiência mental, de idade não inferior a 16 anos, que se encontrem impedidos, temporária ou definitivamente, de residir no seu meio familiar. Actualmente, conta com a presença de nove jovens, sete oriundos da Ilha do Faial e dois oriundos da Região Autónoma, nomeadamente Terceira e São Miguel. Este espaço Residencial é ainda solicitado, com alguma frequência, para internamentos provisórios, nomeadamente por familiares de utentes do CAO que se deslocam fora da Ilha, por motivos pessoais ou de saúde. Relativamente aos recursos huma-

nos, este serviço conta com oito Ajudantes de Lar e Centro de Dia, sob a Coordenação de uma Técnica Superior de Serviço Social e funciona normalmente no horário das 16.00h às 8.00h, sendo os utentes integrados durante o dia, nas actividades desenvolvidas no Centro de Actividades Ocupacionais. Em termos de objectivos gerais desta valência, salientam-se dar resposta às solicitações para internamento, sempre que a situação sóciofamiliar o justifique; fomentar permanentemente, e sempre que necessário, o acompanhamento terapêutico e psico-social (através da intervenção da Terapeuta da Fala, Psicóloga e Técnica de Serviço Social); facilitar, aquando da admissão de utentes maiores de 16 anos, a integração no Centro de Actividades Ocupacionais; diligenciar, sempre que necessário, para a existência de formação específica aos funcionários, relacionada com as problemáticas dos utentes; fomentar programas

específicos de actividade, nomeadamente para a época de férias escolares e fins-de-semana; promover, sempre que possível, o intercâmbio de experiências com o Centro de Actividades Ocupacionais e a participação nas festividades do Centro e promover e facilitar o desenvolvimento pessoal e social de cada utente residente e proporcionar um ambiente calmo e de índole familiar. No âmbito do combate à pobreza e exclusão social, relativamente a este grupo alvo, cabe a todos os funcionários e pessoas afectas a estas valências prestar um acompanhamento personalizado a todos os utentes, para que as suas dimensões física, psíquica, intelectual, espiritual, emocional, cultural e social possam ser desenvolvidas sem limitações dos seus direitos fundamentais à identidade e autonomia da vida de cada um. (Santa Casa da Misericórdia da Horta)


INfORmAçãO

Tribuna das Ilhas

nossa GenTe

uTilidades

parTiram

farmÁCias

l no passado dia 23 de novembro faleceu no hospital da horta com 81 anos de idade, José da rosa Fialho, natural e residente na freguesia dos cedros. deixa viúva Maria de Fátima da silveira e era de pai de Manuel carlos Fialho, casado com natália laranjo Fialho, José alberto silveira Fialho, casado com Maria de Fátima lacerda e de Maria da conceição silveira Fialho, casada com João carlos Ávila. o extinto deixa ainda cinco netos e três bisnetos. l Faleceu no passado dia 27 de novembro, com 77 anos de idade no lar de são Francisco da santa casa da Misericórdia da horta, Manuel dutra da rosa, mais conhecido por Madeira. o extinto era natural do capelo e residia na Freguesia da conceição. deixa de luto sua esposa, Maria Francisca sabino e seus filhos Manuel Fernando sabino, Paulo Jorge sabino, residente no canadá, Álvaro sabino, José antónio sabino, Maria da conceição sabino e Mara sabino. o falecido deixa ainda doze netos e dois bisnetos. l Maria Pereira de vargas, faleceu no passado dia 28 de novembro no hospital da horta com 89 anos de idade. natural da freguesia do capelo e residente na freguesia do salão a extinta era viuva de isaías sebastião goulart e mãe de Tomás Manuel goulart, casado com Maria irene escobar goulart. deixa ainda dois netos o José isaias e o Miguel Fernando.

3 de dezembro de 2o1o

Hoje e amanHã Farmácia ayres Pinheiro 292 292 749 de 5 a 11 dezembro Farmácia lecoq 292 200 054 emerGênCias -faial número nacional de socorro 112 Bombeiros voluntários Faialenses 292 200 850 PsP - 292 208 510 Polícia Marítima 292 208 015 Telemóvel: 96 323 18 12 ~ Protecção civil - 295401400/01 m linha de saúde Pública 808211311 i centro de saúde da horta 292 207 200 i hospital da horta 292 201 000 i h p o

TransporTes - faial jsaTa - 292 202 310 - 292 292 290 loja jTaP (aeroporto) - 292 943 481 v Associação de Taxistas da ilha do Faial 292 391 300/ 500 oTransmaçor - 292 200 380

aGenda

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COnVOCatÓria Convoca-se uma Assembleia Geral Ordinária, nos termos do Art.º 25 dos Estatutos, a realizar no próximo dia 13 de Dezembro pelas 18:0 horas, nas instalações da Casa de Infância de Santo António, sita à Ladeira de Santo António n.º7, nesta cidade da Horta, com a seguinte Ordem de Trabalhos: ponto 1 - Apreciação e votação do Orçamento e programa de Acção para o ano de 2011. ponto 2 - Eleição de Novos Orgãos Sociais para o triénio 2011/2013 ponto 3 - Outros assuntos n.b. - Nos termos do Art.º 27º, n.º1 dos Estatutos, se à hora marcada não estiverem presentes mais de metade dos associados com direito a voto, a Assembleia reunirá uma hora depois, com qualquer número de associados presentes. Horta, 23 de Novembro de 2010 O Presidente da Mesa da Assembleia Geral eugénio manuel pereira leal

meTeoroloGia

Cinema

dominGo 21h00- Filme - “agentes de reserva” no Teatro Faialense - hortaludus evenTos aTé 31 de janeiro 2011 Concurso de fotografia - “20 anos, 20 actividades” - comemorações do 20.º aniversário da associação de andebol da ilha do Faial - organização: associação de andebol da ilha do Faial aTé 30 de abril 2011 eXposição – evolução - resposTa a um paneTa em mudança - centro de interpretação do vulcão dos capelinhos - organização: governo dos açores e Junta de Freguesia do capelo aTé 31 de dezembro exposição de Fotografia – aproximações de Jorge Barros - Biblioteca Pública e a.r.J.J.g. - organização: iac - instituto açoriano de cultura com o apoio do governo dos açores, Biblioteca Pública e a.r.J.J.g. amanHã 21h00 - andebol sP. c. horta - M.B./ colégio 7 Fontes - Pavilhão desportivo da horta - organização: Federação de andebol de Portugal amanHã 15h00 - reunião do grupo de apoio ao aleitamento Materno do sos amamentação do hospital da horta - organização: cantinho da amamentação, unidade de obstetrícia - hospital da horta com o apoio: uniceF, cni - hospitais amigos dos Bebés e ajuda de Mãe amanHã 21h30 - Teatro - os monÓloGos da vaGina - de eva ensler. Por lc, sem companhia, Teatro experimental. encenação, adaptação e interpretação: luís carvalho Fotografia: culTurangra no Teatro Faialense - Produção no Faial: Teatro de giz co o apoio da cMh e dahortaludus dia 8 de dezembro – quarta-feira dia das monTras - ruas do CenTro da Cidade - organização: ccih 18h00 - ranCHos de naTal - ruas do centro da cidade - organização: câmara Municipal da horta de 8 de dezembro a 7 de janeiro de 2011 de seg. a sex. das 14h00 às 17h00 - MosTraTe 2010 - Mostra de Trabalhos do curso de desenho e Pintura [ana correia] ... e do Workshop de Pintura com Pigmentos vegetais e Minerais [Manuel Passinhas] - centro de cultura e exposições e a horta - organização: câmara Municipal da horta

Hoje céu muito nublado. Períodos de chuva, por vezes ForTe. vento leste ForTe a MuiTo ForTe (50/75 km/h) com rajadas até 90 km/h, rodando para sueste e tornando-se gradualmente moderado a fresco (20/40 km/h). esTado do Mar: Mar alTeroso, tornando-se cavado. ondas leste de 5 metros, diminuindo para 4 metros. amanHã Períodos de céu muito nublado com abertas. aguaceiros por vezes ForTes. vento sueste moderado a fresco (20/40 km/h) rodando para norte e tornando-se ForTe a MuiTo ForTe (50/75 km/h) com rajadas até 90 km/h. Mar cavado tornando-se alTeroso. ondas leste de dominGo Períodos de céu muito nublado com abertas. aguaceiros, possibilidade de trovoadas. vento norte muito fresco a ForTe (40/65 km/h) com rajadas até 75 km/h. Mar grosso a alTeroso. ondas nordeste de 6 metros aumentando para 7 metros.

CHefe de redaCção: Maria José silva redaCção: susana garcia e Marla Pinheiro foToGrafia: carlos Pinheiro

rua da Conceição 16 r/c

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faCiliDaDeS De paGamentO estrada Dr. João abel de freitas, 38 b 9050-012 fiCHa

Tribuna das Ilhas direCTor inTerino: cristiano Bem

Ginásio de Cultura física do faial

Grupo CenTral

Colaboradores permanenTes:Costa pereira, decq mota, fernando faria, fernando melo, frederico Cardigos, josé Trigueiros, mário frayão, armando amaral, victor dores, alzira silva, paulo oliveira, ruben simas, fernando Guerra, raul marques, Genuíno madruga, berto messias Colaboradores evenTuais: machado oliveira, francisco César, Cláudio almeida, paulo mendes, zuraida soares, Gonçalo forjaz, roberto faria, santos madruga, lucas da silva

projeCTo GrÁfiCo: iaic - informação, animação e intercâmbio cultural, crl paGinação: susana garcia redaCção assinaTuras e publiCidade: rua conselheiro Miguel da silveira, nº12, cv/a-c - 9900 -114 horta ConTaCTos: Telefone/Fax: 292 292 145 e-Mail: tribunadasilhas@mail.telepac.pt tribunadasilhas@gmail.com

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Tribuna das Ilhas seXTa-feira 4 3 de dezembro de 2o1o


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