Tribuna das Ilhas DIRECTOR: MANUEL CRISTIANO BEM 4 NÚMERO: 478
xl Party e CamPeonato regional de videojogos na horta navio esCola sagres no faial Até amanhã, sábado os faialenses terão oportunidade de subir a bordo e conhecer todas as funcionalidades deste navio que, desde 1963, leva a bandeira portuguesa a vários portos espalhados pelo mundo. g
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edItoRIAL
graNde Promoção… g O tema que hoje vamos desenvolver nesta habitual coluna merece uma recapitulação dos factos que lhe deram origem, para uma perfeita compreensão pelos nossos leitores do seu valor estratégico, neste tempo em que o turismo constitui uma base importante para o desenvolvimento sócio-económico da nossa região insular. Assim, através das reportagens e notícias que este semanário publicou, queremos lembrar que, por proposta do Turismo de Portugal, o Parque Natural da Ilha do Faial, pela sua qualidade e características próprias, foi eleito representante de Portugal aos prémios EDEN – instituídos pela comunidade Europeia – ficando em segundo lugar o Parque Natural do Pico. Uma classificação que representa uma honra e um indiscutível triunfo destas duas ilhas do Triângulo neste concurso, no âmbito do país mas com projecção internacional. E à maneira de feliz desfecho, a comissão Europeia confirmou o Parque Natural do Faial como “primeiro destino EDEN português – um destino de excelência”. Na sequência de todos estes factos esteve recentemente no Faial uma equipa de filmagens alemã, chefiada por uma jornalista, cuja missão consistia em captar imagens e elementos de texto para a produção de um vídeo, com a duração de três minutos, para exibição em Bruxelas na cerimónia de entrega dos prémios EDEN e para ser incluído no site dos destinos de excelência. como oportunamente foi divulgado pelo TRIBUNA, a jornalista Rahel Renggli, encarregada desta missão, confessou-se encantada com tudo o que lhe foi dado a apreciar durante a visita a esta ilha, desde o centro de Interpretação do Vulcão dos capelinhos, ao Jardim Botânico, ao Trilho dos Vulcões, à cratera da caldeira e à observação de cetáceos, até à beleza natural da terra. E, em resumo, chegou a dizer que se tinha apaixonado pela ilha desde o dia da sua chegada. Ora tudo isto quer dizer que o Faial, o Triângulo e, na sua generalidade, os Açores vão ser bem beneficiados com uma onda de promoção turística à escala europeia e com a entrega do galardão conquistado no âmbito dos prémios EDEN destinados – e voltamos a repetir – aos destinos turísticos de excelência. Esta foi a primeira vez que o nosso país concorreu a estes prémios, obtendo uma qualificação cimeira à custa de uma pequena ilha situada a meio do Atlântico, onde se criou um Parque Natural de validade superior. De resto, os faialenses já por aqui comentam a grande promoção turística que resultará, por certo, deste excelente destino EDEN…
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Navio escola Sagres na Horta pela 9.ª vez Maria José Silva Fotos: Carlos Pinheiro g Corria o ano de 1963 quando, pela primeira vez, o navio escola Sagres atracou no Porto da Horta. Na manhã de quarta-feira com a comunicação social local a bordo, o navio, sob comando do Capitão-defragata Sardinha Monteiro, atracou pela nona vez no nosso porto, onde zarpa amanhã.. O navio escola Sagres chegou ao Faial trazendo a bordo 12 escuteiros marítimos de Ponta Delgada, cadetes portugueses, americanos, italianos, polacos, alemães, timorenses, cabo-verdianos, entre outras nacionalidades, e ainda o escritor Joaquim Magalhães Castro que está a fazer pesquisa para o seu próximo livro. Ao todo, cerca de 200 pessoas vinham a bordo. No Faial, a tripulação da Sagres participará no início das actividades da Semana do Mar, amanhã, último dia de estadia no arquipélago, efectuará a largada simbólica da regata de veleiros clássicos Atlantic Trophee. Entretanto, durante estes dias, o navio estará aberto a visitas da população, sem que para tal seja necessária qualquer marcação. A Sagres dá continuidade ao projecto de existência de um navioescola veleiro na Marinha Portuguesa que assegura a formação marinheira dos seus futuros oficiais, complementando-se assim as componentes técnicas e académicas ministradas pela Escola Naval. O Comandante Sardinha Monteiro afirmou aos jornalistas que a embarcação possui “condições excelentes para a aprendizagem dos
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cadetes”, sendo ideal para a ligação dos mesmos com a vida náutica. A missão fundamental do N.R.P. Sagres tem consistido em possibilitar um amplo e profundo contacto com a vida do mar às sucessivas gerações de oficiais da Armada, através das viagens de instrução nele efectuadas. Para além das viagens de instrução, tem igualmente como sua missão principal a representação da Marinha e do País,
visitando com frequência portos estrangeiros, surgindo essas deslocações quer na sequência das viagens de instrução já anteriormente referidas; de comemorações de grande envergadura; e de apoio directo à acção diplomática dos órgãos de soberania, aquando das visitas oficiais de altas entidades do Estado. Em colaboração programada com o Ministério dos Negócios
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Estrangeiros e com o apoio das representações diplomáticas locais, assim como das autoridades navais dos portos escalados, são organizadas visitas de cumprimentos, recepções a bordo e em terra, e muitas outras actividades. O navio abre igualmente a visitas ao público em todos os portos escalados, e são distribuídos folhetos relativos à história e às características do navio.
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DECISÃO ACERTADA
RUÍNAS E MUROS
g Tem circulado no meio local a decisão acertadíssima dos responsáveis do Faial Sport clube – decano dos clubes de futebol açorianos – no sentido de formarem e apresentarem a sua equipa futebolística principal só com jogadores faialenses. Isto é contrário que se tem observado por essas ilhas, com a contratação de jogadores de outras terras e até do estrangeiro para reforçar as equipas. E isto em diversas modalidades desportivas. Resultado: clubes na “bancarrota” e, às vezes, dívidas pagas pelas autarquias com o nosso dinheiro.Vaidades bairristas quem as tem que as pague…
g O Governo da Região adjudicou a empreitada de recupe-
ração, nas estradas desta ilha, dos taludes em zonas de risco. Muito bem, em favor da segurança que é fundamental. Mas a notícia lembrou-nos um assunto já aqui também abordado algumas vezes: o caso das ruínas de velhas casas e muros que se vêem à beira das estradas e até em algumas ruas da cidade, que também podem oferecer perigo, mas são sobretudo nódoas na imagem urbana da Horta, que deve ser preservada aos olhos dos habitantes e de quem nos visita. Uma postura municipal talvez resolvesse o problema.
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PSP apreende mais de 12200 doses de liamba g A PSP/Açores anunciou a apreensão de 12250 doses de liamba e 25 de haxixe na sequência de uma busca domiciliária realizada na cidade da Horta. A busca domiciliária ocorreu na freguesia da Ribeirinha, tendo a droga sido apreendida a um homem de 44 anos. Esta apreensão consta do relatório da actividade policial realizada na passada quarta-feira, onde a PSP também divulga a detenção de quatro homens por condução com excesso de álcool.
o tempo dos Cabos Submarinos avanço para o espaço museológico Fernando Melo Foto: Marla Pinheiro g Após o lançamento do tema dos Cabos Submarinos pela Associação dos Antigos Alunos do Liceu da Horta, com vista à preservação do património que diz respeito à ilha do Faial nessa área das antigas comunicações telegráficas que ligaram o mundo inteiro, o tempo passou, mas a ideia não se perdeu, antes se ampliou e reforçou com a adesão dos ex-cabografistas ainda aqui residentes e até daqueles que a vida levou para terras distantes. E tanto assim é que o projecto dos Cabos Submarinos entrou, em nosso entender, numa nova fase, na 3.ª Conferência realizada na tarde do passado sábado, no auditório do Fayal Hotel, para apreciação e debate do resultado dos trabalhos e diligências que até agora se efectuaram. Perante uma mesa de honra composta por um bom número de antigos cabografistas, uma assistência de pessoas interessadas e apoiantes da iniciativa seguiu atentamente o desenrolar da sessão, que José Duarte da Silveira abriu, falando da alta tecnologia dos cabos submarinos nessa época áurea da vida faialense. Referiu-se depois aos passos já dados para se atingir os objectivos previstos, entre os quais salientou a formação do Grupo
dos Amigos do Museu do Cabo Submarino, para o qual existem, de momento, mais de 300 inscrições. Carlos Ramos da Silveira discorreu sobre a situação criada aquando do encerramento das Companhias Cabográficas relativamente ao respectivo material técnico. E, a propósito, ressalvou a acção desenvolvida pelo Padre Júlio da Rosa que recolheu algum desse material, adquirido aos “sucateiros”, merecendo assim justa homenagem. Henrique Barreiros, na verdade o animador da iniciativa, recordou, em seguida, as mais recentes diligências efectuadas junto de entidades e instituições a favor do projecto, já em condições de poder entrar numa nova fase. E apresentou à consideração das pessoas presentes a intenção de se
formalizar uma proposta ao Governo Regional para a obtenção do “espaço museológico” do Cabo Submarino” – intenção que recebeu firme aprovação de toda a assistência. A última parte da sessão foi preenchida com uma interessante exposição do Arq.Martins Naia estruturada na projecção de um trabalho em “vídeo” sobre a cidade da Horta, interpretando as perspectivas históricas do estabelecimento, no século XIX, em bases técnicas, seguras e sustentáveis, do pólo das telecomunicações por cabo submarino, que ligou o Faial a diversas partes do mundo. Trata-se, a nosso ver, de uma análise de fundo sobre a própria cidade que depois se designou por “cidade dos Cabos”.
IsemAnA do mAR 2011
aPadif na prevenção ao consumo de droga g Na ilha do Faial, nos dia 11 e 12 de Agosto, através de uma articulação entre o projecto (In)Forma-te, da ilha Terceira, do Projecto Trilhos Saudáveis da APADIF e com o apoio do Plano Municipal de Prevenção das Dependências da Câmara Municipal da Horta, vai desenrolar-se uma acção de prevenção ao consumo de droga na ilha do Faial. De acordo com uma nota de imprensa
remetida à nossa redacção, “vamos trabalhar nos contextos de recreação nocturna, com os propósitos da prevenção, informação, sensibilização, minimização de riscos e redução de danos, para que as situações mais complicadas associadas ao consumo de substâncias, nomeadamente nos mais jovens, sejam reduzidas ao menor número possível.” Esta equipa com a sua intervenção noc-
turna, pretende funcionar como uma potencial fonte de A equipa vai estar disponível para prestar esclarecimentos, irão distribuir vários panfletos informativos, fitas de pulso com contactos, tabelas com informação sobre o álcool e irão igualmente ter disponíveis Alcoolímetros para que os condutores possam aferir os riscos da condução sob o efeito do álcool.
Crise Sísmica no faial g Nos últimos dias foram registados mais de 100 pequenos sismos, a cerca de 100 quilómetros a Oeste do Capelo, de acordo com informação divulgada pelo Instituto de Meteorologia. De acordo com Teresa Ferreira, do CIVISA, a zona onde se têm localizado os epicentros dos sismos, no Oceano Atlântico, regista
um aumento da actividade sísmica. No entanto, segundo Teresa Ferreira, não há motivos para alarme, até porque este aumento de actividade está de acordo com o padrão habitual verificado na Crista Média Atlântica. Teresa Ferreira lembra que a Crista Média Atlântica é “uma estrutura activa, do ponto de vista
sísmico e vulcânico, que atravessa todo o arquipélago”, sendo o Faial a ilha mais próxima da região onde se está a fazer sentir esta pequena crise sísmica. Esta zona é uma região mais a sul daquela onde, durante o mês de Dezembro, se fez sentir durante algumas semanas uma crise semelhante.
[aconteceu] DEPUTADOS DO PSD REÚNEM COM INATEL g Os deputados do PSD eleitos pelo Faial estiveram reunidos na passada semana, com a Delegada do INATEL dos Açores, Ivone Brasil. No final da reunião os deputados sociais-democratas manifestaram a sua preocupação perante o facto do imóvel propriedade da Fundação necessitar de obras de recuperação. Outra das preocupações manifestadas por Luis Garcia e costa Pereira prendem-se com o facto do Inatel na Horta estar há algum tempo sem director, o que, no entender dos políticos, “condiciona o desenvolvimento de projectos a nível local.” CRUzEIRO DE PESCA CHACAÇO 2011 g No contexto do projecto MARPROF (Programa de cooperação transnacional MAc 2007-2013), cofinanciado pelo Governo Regional dos Açores, decorreu de 29 de Julho a 5 de Agosto um cruzeiro de pesca destinado a testar uma metodologia de prospecção e avaliação de caranguejo real (chaceon affinis) em torno da ilha do Faial. A equipa técnico-científica que participa no cruzeiro foi composta por Eduardo Isidro, Mário Pinho, João Gonçalves, Mirko de Girolamo, carla Nunes, Mónica Inácio, Sara Porto e carmelina Leal. Todos os processos utilizados, incluindo artes e metodologias, são comuns aos parceiros das três regiões que participam no projecto: Madeira, Açores e canárias. LANÇADO CATÁLOGO SOBRE RECUPERAÇÃO DO PATRIMóNIO BALEEIRO g Decorreu na passada sextafeira, no Museu dos Baleeiros, Lajes do Pico, a sessão de lançamento do catálogo Património Baleeiro dos Açores – Herança e Modernidade. A iniciativa enquadra-se no projecto Baleiaçor, que se ocupou da recuperação de 10 botes baleeiros e de uma lancha de reboque, bem como da digitalização de toda a documentação baleeira na posse das Delegações Marítimas de S. Roque e das Lajes do Pico. Trata-se de um projecto orçado em 450.000 euros, co-financiado pelo Fundo comunitário EEAGrants (Noruega, Islândia e Liechtenstein) no montante de 382.925 euros. Este catálogo foi produzido e coordenado pelo Museu do Pico, entidade que, no terreno, assegurou também a concretização dos principais objectivos operacionais do projecto.
[vai acontecer] ABERTAS CANDIDATURAS AOS PROGRAMAS ESTAGIAR g Estão abertas, até final deste mês, as candidaturas aos programas de transição para a vida activa, Estagiar L, para jovens recémlicenciados ou mestres, e Estagiar T, para alunos recém-formados no ensino profissional. Estes programas, que contam desde 1998 com a participação de cerca de 10 mil jovens, visam proporcionar aos jovens, que concluíram a sua formação académica, uma primeira experiência no mundo real do trabalho. Desde o ano passado, as candidaturas aos programas podem ser feitas através do sítiowww.estagiar.azores.gov.pt, onde os jovens e as empresas podem consultar as ofertas de estágio e os curriculum vitae dos candidatos, havendo ainda a possibilidade de os jovens ou as empresas entrarem em contacto uns com os outros. 9.º ENCONTRO ANTIGOS ALUNOS DO LICEU DA HORTA g Numa iniciativa da Associação dos Antigos Alunos do Liceu da Horta, realiza-se no próximo dia 13 de Agosto, sábado, na ilha do Pico, o 9.º Encontro de Antigos Alunos. De acordo com a organização, o evento realizar-se-á no restaurante “O Lavrador” nas Lajes do Pico e será assegurado o transporte para a vila baleeira a partir da Madalena. Ainda integrado neste encontro será feita a apresentação do trabalho de pesquisa histórica “Os uboats nos mares dos Açores. O U581 – missão fatídica”, de Manuel Paulino costa. Este trabalho versa o afundamento do submarino alemão durante a 2.ª guerra mundial na costa da Mirateca. Inscrições para o 964488638 ou no restaurante. ROTARACT DA HORTA NA ExPOMAR 2011 g O Rotaract da Horta vai estar presente, pelo segundo ano consecutivo, na Expomar. A presença dos jovens rotaratistas neste certame tem como objectivo a angariação de fundos para os cofres do clube que, posteriormente, serão utilizados para ajudar famílias carenciadas da ilha do Faial. Assim sendo, e de acordo com o presidente do clube, Hugo Oliveira, o RTc da Horta vai ter um espaço para venda de cafés e doces.
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mARInA dA HoRtA g A Marina da Horta registou na última semana de Julho a entrada do iate com o número 1000 do corrente ano de 2011, sendo assim atingida uma marca mínima de quatro dígitos que se mantém constante, ininterruptamente, desde 1998. O iate 1000 a dar entrada na baía da Horta este ano foi o «Phileas Fogg», de bandeira francesa, matriculado na cidade de Bayonne, que navega com dois tripulantes, procedendo do núcleo de recreio náutico das Lajes do Pico e prosseguindo viagem para a nova marina das Lajes das Flores. Este veleiro tem 11,71 metros de comprimento e desloca 7 toneladas. Em igual período do ano passado o número de iates entrados na Marina da Horta andava nos 894, pelo que se crê que 2011 irá ser mais favorável que 2010, podendo situar-se ao nível do período de 2004 a 2009, em que o número mínimo atingido foi de 1165, enquanto o ano passado se ficou por 1098 embarcações. O actual recorde do mais destacado porto de recreio náutico do arquipélago dos Açores, um dos mais importantes e afamados do Atlântico Norte e, mesmo, de todo o mundo está nas 1300 embarcações e foi atingido em 2009. Já em 1992 e em 1996, no ano em que a Marina da Horta completava 10 anos, mais de um milhar de iates havia escalado a ilha do Faial, contabilizandose naqueles anos totais de, respectiva-
1ooo já Cá CaNtam mente, 1086 e 1020 embarcações de recreio. O principal porto em Portugal de apoio à náutica de recreio internacional foi inaugurado a 3 de Junho de 1986 tendo naquele ano entrado na nova infra-estrutura 759 iates, entre veleiros e embarcações motorizadas, sendo a procura pela Marina da Horta nos últimos 25 anos caracterizada por um crescimento regular e sustentado. A Marina da Horta, entretanto ampliada em 2002, tem presentemente 300 postos de amarração, é gerida pela Administração dos Portos do Triângulo e do Grupo Ocidental (APTO), S.A., constituindo-se na infra-estrutura do género mais antiga e mais frequentada da Região, tendo já por três vezes um registo superior a 1200 iates, concretamente nos anos 2004, 2006 e 2009. Note-se que nestas estatísticas é contabilizada somente uma entrada anual por embarcação, independentemente do número de escalas, estando os iates pertencentes a cidadãos residentes no concelho da Horta sujeitos a registo apenas por ocasião da primeira vez que arribam após a respectiva aquisição. Movimento crescente nesta Marina tem sido, simultaneamente, o de «mega-iates» – embarcações de recreio,
à vela ou a motor, com mais de 25 metros de comprimento –, fixando-se o número de entradas desde 1999 sempre em mais de uma centena – o recorde, neste segmento, data de 2007 e está nos 152 iates. A Marina da Horta vê a sua relevante atractividade fundada em razões geográficas, mas também em motivos de ordem histórica e na especial forma de acolher os visitantes que tradicional-
mente caracteriza os habitantes da ilha do Faial, a par da reconhecida qualidade dos serviços prestados no porto local. A passagem de veleiros e outros iates na Marina da Horta assume destacada importância no âmbito da rota das embarcações de recreio que se deslocam anualmente da América Central para a Europa, seja fazendo escalas técnicas a meio do Atlântico, seja navegan-
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do individualmente ou apresentando-se integrados em regatas internacionais. De acordo com publicações internacionais da especialidade, a Marina da Horta é o segundo porto de recreio da Europa e o quarto de todo o mundo mais movimentado no âmbito das grandes travessias oceânicas de alto-mar, sendo somente suplantado por Gibraltar, Trindade e Acapulco (México).
o tempo dos Cabos Submarinos executivo vai lançar avanço para o espaço museológico empreitada de g Após o lançamento do tema dos Cabos Submarinos pela Associação dos Antigos Alunos do Liceu da Horta, com vista à preservação do património que diz respeito à ilha do Faial nessa área das antigas comunicações telegráficas que ligaram o mundo inteiro, o tempo passou, mas a ideia não se perdeu, antes se ampliou e reforçou com a adesão dos ex-cabografistas ainda aqui residentes e até daqueles que a vida levou para terras distantes. E tanto assim é que o projecto dos Cabos Submarinos entrou, em nosso entender, numa nova fase, na 3.ª Conferência realizada na tarde do passado sábado, no auditório do Faial Hotel, para apreciação e debate do resultado dos trabalhos e diligências que até agora se efectuaram. Perante uma mesa de honra composta por um bom número de antigos cabografistas, uma assistência de pessoas interessadas e apoiantes da iniciativa seguiu atentamente o desenrolar da sessão, que José Duarte da Silveira abriu, falando da alta tecnologia dos cabos submarinos nessa época áurea da vida faialense. Referiu-se depois aos passos já dados para se atingir os objectivos previstos, entre os quais salientou a formação do Grupo dos Amigos do Museu do Cabo Submarino, para o qual existem, de momento, mais de
construção do novo Centro de Processamento de resíduos do faial
g O secretário regional do Ambiente e do Mar anunciou no passado sábado que o Governo prevê lançar nas próximas semanas a empreitada de construção do novo Centro de Processamento de Resíduos do Faial, na Praia do Norte. Álamo Meneses falava nas come300 inscrições. Carlos Ramos da Silveira discorreu sobre a situação criada aquando do encerramento das Companhias Cabográficas relativamente ao respectivo material técnico. E, a propósito, ressalvou a acção desenvolvida pelo Padre Júlio da Rosa que recolheu algum desse material, adquirido aos “sucateiros”, merecendo assim justa homenagem. Henrique Barreiros, na verdade o animador da iniciativa, recordou, em seguida, as mais recentes diligências efectuadas junto de entidades e instituições a favor do projecto, já em condições de poder entrar numa nova fase. E apresentou à consideração das pessoas presentes a intenção de se formalizar uma proposta ao
Governo Regional para a obtenção do “espaço museológico” do Cabo Submarino” – intenção que recebeu firme aprovação de toda a assistência. A última parte da sessão foi preenchida com uma interessante exposição do Arq.Martins Naia estruturada na projecção de um trabalho em “vídeo” sobre a cidade da Horta, interpretando as perspectivas históricas do estabelecimento, no século XIX, em bases técnicas, seguras e sustentáveis, do pólo das telecomunicações por cabo submarino, que ligou o Faial a diversas partes do mundo. Trata-se, a nosso ver, de uma análise de fundo sobre a própria cidade que depois se designou por “cidade dos Cabos”. f.m.
morações do 443.º aniversário da Freguesia da Conceição, e destacou o que considera ser o papel “essencial” das juntas de freguesia faialenses no processo de lançamento deste centro de resíduos, principalmente no desenvolvimento de acções que sensibilizem a população para a separação dos lixos.
Preço máximo de venda dos combustíveis actualizado nos açores g As alterações registadas no preço do petróleo, durante as últimas semanas, nos mercados internacionais, vão levar a uma actualização do preço máximo de venda dos combustíveis na Região Autónoma dos Açores. Esta actualização consiste no aumento em um cêntimo por litro no preço do fuel. O preço máximo de todos os combustíveis mantém-se dentro dos limi-
tes definidos pelo Governo dos Açores como diferença mínima para os preços em vigor no continente português. No caso do fuel a diferença nos preços máximos por litro praticados nos Açores em relação ao mercado nacional passará a ser de menos 24 por cento. Os novos preços entraram em vigor às 00h00 de quarta-feira.
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AeRopoRto dA HoRtA – toRRe de contRoLo
instalado o Serviço de radar para operar na zona do grupo Central dos açores DR PAULO SALvADOR
g Na tarde da passada quinta-feira, 28 de Julho, foi inaugurado no edifício da torre de controlo do Aeroporto da Horta o Serviço de Radar, para operar na zona do Grupo Central dos Açores e a estender-se também à zona do Grupo Ocidental. Em termos técnicos, trata-se do sistema WAM com uma rede de estações que permite o acompanhamento permanente do tráfego aéreo que se movimenta nesses espaços. Por outro lado, a torre de controlo do Aeroporto faialense também presta assistência às operações de aproximação e aterragem em relação aos voos que se destinam às ilhas mais próximas do Pico, São Jorge e Graciosa. Para instalação deste sistema WAM, que dispõe da mais moderna tecnologia, houve que ampliar e remodelar a estrutura física da torre, que muito beneficiou em termos de funcionalidade e até de comodidade, num espaço amplo em que foram colocados esses novos equipamentos. Através deles os técnicos de serviço podem localizar, num determinado momento, a posição exacta de todas
as aeronaves que voam no Grupo Central. De acrescentar ainda que os técnicos encarregados deste Serviço, receberam uma prolongada formação e uma especialização promovida pela NAVE, a empresa pública respeitante a tal sector tecnológico. Ao acto de inauguração deste Serviço compareceram dirigentes da empresa responsável pelo investimento, os quais se deslocaram de Lisboa e da ilha de Santa Maria, em cujo Aeroporto funciona, desde recuada data, o Centro de Controlo Oceânico do Tráfego Aéreo, sendo de registar também a presença de diversas entidades regionais e locais, funcionários do Aeroporto faialense e das companhias de aviação, bem como de representantes da comunicação social. Coube ao presidente do Conselho de Administração da NAVE, Carlos Beja, abrir a breve sessão com palavras em que salientou a importância do Centro de Controlo Oceânico de Santa Maria, em ligação com o qual vai operar o novo Serviço instalado no Aeroporto da Horta. Salientou ainda o facto de em dois
anos se terem investido na região Açores, em tecnologia, mais de 6 milhões de euros. Tiveram também intervenções o presidente do Município da Horta, João Castro, que se congratulou com aquela mais-valia aeroportuária e o director regional dos Transportes, Nuno Domingues, que destacou a boa colaboração dada pelo Governo Regional na área em referência. A BOA NOTÍCIA: PRóxIMO INvESTIMENTO Durante o beberete oferecido após uma visita ao espaço destinado à operação em causa, no cimo da torre de controlo do Aeroporto, foi possível estabelecer uma conversa amena entre os jornalistas presentes e alguns dos responsáveis da NAVE, nomeadamente o director das Operações do Atlântico, José de Sousa e o director de Estudos e Projectos, Carlos Alves. E assim soube-se que no plano dos investimentos para 2012 está prevista a instalação no Aeroporto da Horta do equipamento de tecnologia por saté-
lite destinado à aproximação e aterragem de aviões em caso de “tectos baixos” ou situações de nevoeiros, com fraca ou nula visibilidade. Trata-se de um novíssimo sistema (GBAS) dotado de modernas valências tecnológicas aplicáveis aos dois extremos da pista – um sistema de grande rigor nos dados que fornece e que já está a ser montado em vários aeroportos do Brasil, dos E.U.A. e até da Europa.
vALORIzAÇÃO DO AEROPORTO Uma afirmação que sobressaiu do ambiente que rodeou a inauguração deste novo Serviço, instalado na torre de controlo do Aeroporto da Horta, com relação ao tráfego aéreo no Grupo Central dos Açores, foi o reconhecimento de que o próprio Aeroporto ficou muito mais valorizado a nível regional. Uma valorização que transpareceu nas palavras dos responsáveis da NAVE e de outras pessoas presentes.
443.º AnIveRsáRIo dA FReguesIA dA conceIção
autarcas de freguesia são “parentes pobres do sistema” Marla Pinheiro Fotos: Susana Garcia g A Freguesia da Conceição, segunda mais antiga da ilha do Faial, assinalou no passado sábado, dia 30 de Julho, o seu 443.º aniversário. Na sessão solene comemorativa da ocasião, o presidente da Junta de Freguesia da Conceição fez um balanço positivo do ano que passou, no que à execução de obras na freguesia diz respeito, mas prometeu continuar a reivindicar junto da Câmara Municipal da Horta e do Governo Regional. João Bettencourt anunciou a construção de um muro na Calçada da Lomba, no âmbito do protocolo de delegação de competências da Câmara Municipal da Horta, e congratulou-se com o andamento das obras do Centro de Dia da freguesia, já em fase de conclusão, referindo também que o próximo passo serão os arranjos exteriores, obra comparticipada pela autarquia. João Bettencourt reivindicou a recuperação de arruamentos municipais que se encontram “num estado muito degradado”, que torna difícil que a reparação dos mesmos fique a aguardar a obra do saneamento básico. O presidente da Junta disse ainda que a Conceição continua a aguardar que comecem as viagens do mini-bus à zona alta da freguesia, “em horários próprios e regulares”. Em dia de festa, Bettencourt destacou os desafios diários que se colocam aos autarcas de freguesia, que entendem serem os
“parentes pobres do sistema”. “O seu empenho, dedicação e espírito de sacrifício, aliados ao conhecimento das necessidades das suas freguesias e populações, devido à sua proximidade e disponibilidade 24 horas por dia, são uma mais-valia para o desenvolvimento da nossa ilha, dos Açores e de Portugal”, referiu. Como já vem sendo habitual, a Junta de Freguesia escolheu este dia para prestar homenagem a cidadãos que “se distinguiram pelos bons serviços e trabalho” desempenhado em prol da Conceição e da ilha do Faial. Este ano, os homenageados foram Manuel Leonardo Homem e, a título póstumo, António Alexandre da Silva “Titon”. CâMARA MUNICIPAL DESTACA COLABORAÇÃO COM FREGUESIA DA CONCEIÇÃO José Leonardo Silva, vice-presidente da Câmara Municipal da Horta, aproveitou a ocasião para parabenizar a Junta de Freguesia da Conceição pela forma como tem “sabido desenvolver a localidade”. O autarca referiu algumas das áreas onde a colaboração entre a Junta de Freguesia e a Câmara Municipal tem sido mais proveitosa, destacando a obra do Centro de Dia da Conceição, para a qual a autarquia contribuiu com a cedência do terreno e com 34 mil euros para a construção da infra-estrutura. Agora, na última fase da sua execução, a Câmara Municipal da Horta irá contribuir com cerca de 10 mil euros para os arranjos exteriores, verba
DIA DA FREGUESIA DA CONCEIÇÃO João Bettencourt realçou as dificuldades dos autarcas de freguesia
No âmbito das comemorações do Dia da Freguesia da Conceição foi também inaugurada, na manhã de sexta-feira, a obra de requalificação da zona do Mirante. A chuva que caiu impediu a realização da visita da praxe à zona recém-requalificada, cujas obras se integraram na empreitada do Bloco II da reabilitação da rede viária do Concelho da Horta. A requalificação do Mirante representou um investimento da autarquia na ordem
disponibilizada ao abrigo do protocolo de delegação de competências. JUNTAS DE FREGUESIA SÃO “PARCEIROS INDISPENSÁvEIS” DO GOvERNO REGIONAL Quem o diz é o secretário regional do Ambiente e do Mar, Álamo Meneses, que representou o presidente do Executivo açoriano nesta sessão solene. Em resposta ao desabafo de João Bettencourt sobre os autarcas de freguesia, Meneses destacou que as instituições “não se medem pela dimensão dos seus orçamentos”, mas sim “pela utilidade da sua acção e pela vida democrática que podem gerar”. O governante destacou a importância dos autarcas de freguesia no nosso sistema político, frisando que, por terem um contacto mais próximo com as pessoas, “têm uma maior legitimidade”. “Toda a legitimidade deriva do povo e quem está mais perto do povo necessariamente está mais
MIRANTE A requalificação daquele espaço foi inaugurada na passada sexta-feira
perto da raiz de todo o sistema”, disse. Em relação à secretaria que tutela, Álamo Meneses não duvida de que uma relação privilegiada com as Juntas de Freguesia se traduz numa forma “mais eficaz” de realizar várias tarefas. O governante apontou como exemplo desta cooperação o envolvimento das autarquias locais no concurso Eco-Freguesias: Freguesia Limpa. OBRA DE REqUALIFICAÇÃO DO MIRANTE REPRESENTA INvESTIMENTO DE 200 MIL EUROS
dos 200 mil euros, que incluiu a colocação e recuperação da calçada tradicional, a instalação de mobiliário urbano e a execução da rede de electricidade, incluindo o fornecimento e montagem de luminárias exteriores e respectivos postes de iluminação pública. Na ocasião, o presidente da Câmara Municipal da Horta congratulou-se com mais este investimento, destacando a importância histórica da zona intervencionada. João Castro agradeceu ainda à Junta de Freguesia da Conceição a disponibilidade de cooperação com o município.
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cItAções
Os nossos pescadores acabam de atingir a quota fixada para capturar atum patudo, existente no mar da região, ficando assim impedidos de continuar a pescar esta espécie, situação que irá em muito prejudicar os rendimentos do sector. Ainda no passado dia 15 de Dezembro, apenas passados que estão sete meses, o Governo Regional dos Açores congratulou-se publicamente com a decisão da aprovação pela comissão Europeia do regulamento das quotas de pesca das espécies pelágicas para 2011 com interesse para a Região. Recorde-se que a quota para o atum patudo havia sido anunciada e fixada em 5.050 toneladas, a do voador norte em 2.530 toneladas e a quota do espadarte foi fixada em 1.480 toneladas. O Governo bateu palmas na altura, até porque a comissão Europeia tomara a decisão de manter sem quota a espécie bonito, que é de grande importância para os Açores. O Governo Regional dos Açores para além de se congratular com a decisão comunitária, considerou que o regulamento adoptado iria permitir aos pescadores açorianos a manutenção do esforço de pesca da Região para estas espécies ao mesmo nível do que fizeram em 2010.
os imperadores Fernando Guerra
A
actividade política democrática tem como objetivo contribuir para uma melhor sociedade, gerar riqueza e a sua redistribuição e aumentar o bem estar da população em áreas fundamentais, como a saúde e a educação, entre outros serviços públicos. Deverão ser os homens bons de cada comunidade a ser chamados a participar neste acto de cidadania quase nobre. Nos tempos modernos, com todo o conhecimento e informação de que se dispõe, há outro pressuposto a atingir em política, a excelência ou quiçá a perfeição. Esta perfeição passa não só pelo saber e pelo saber fazer, com conhecimento, mas também pela capacidade, diria superior, de quando se comete erros, primeiro admiti-los, e depois rever e atualizar estratégias e colocá-las de novo em prática. Pelo contrário, existem outras formas de fazer política menos democrática, como na Roma antiga,
“
Ricardo Pacheco Açoriano Oriental
com imperadores déspotas, teimosos, que governam muitas vezes contra o próprio povo, chegando ao ponto de nomear um cavalo como cônsul! Ora, o instrumento de informação mais precioso de que um político dispõe são os Censos; a sua leitura e interpretação política deveria ser tão importante como um início de legislatura, requerendo parar e analisar o que está bem e refletir sobre o que necessita ser corrigido. Verificar nos Censos que as populações rurais estão a diminuir, ameaçando a desertificação e, consequentemente a desvalorização dos bens móveis, da produção agropecuária, entre outros aspectos negativos como a diminuição do rendimento das famílias e empresas dessas localidades, com impactos na redução da coleta, isto é, menos impostos que a Região arrecada. Há forçosamente que parar e analisar se, por exemplo, há uma relação directa entre o encerramento das escolas em meio rural e a diminuição da população, e além disso ser capaz de verificar todo um conjunto sócio económico e não apenas
ter em consideração alguns estudos. De facto, o assunto é tão sério que tem de ser analisado numa perspectiva multi sectorial; para além duma directora regional, para além duma Secretaria, tem de ser todo o governo e o seu presidente à cabeça. Comungo, infelizmente, com alguns líderes de opinião, universitários inclusive, que ao analisarem os Censos dos Açores, acusam este modelo autonómico de estar errado, falido. Nesta conjuntura e perante a experiência política, a perfeição que se exige e o conhecimento de que se dispõe, não seria sensato rever a estratégia concentracionista de fechar escolas no meio rural a favor dos centros mais populosos? Será que as medidas já adoptadas não são aceleradoras e causadoras de mais desertificação? Não estará a cura a ser a doença? E concretamente na ilha do Faial, considerando a nossa realidade, faz sentido fechar a escola no Salão?! É demasiado mau para se perceber tal disparate! Melhor daria para perceber se estivéssemos na Roma antiga, governada por um impera-
dor, pois mesmo com toda a informação disponível (Censos), após um espectáculo em que o povo, razão de ser da democracia, pede com o dedo voltado para cima para salvar esta população que lutou com mérito e com todas as suas forças, e por direito – e estamos num Estado de Direito – merece a sua escola aberta, o imperador sentencia com o polegar para baixo!!! Esta ação retira a qualidade de governante bem informado, bom decisor, conhecedor de erros e com capacidade eficaz de corrigir, no momento certo, qual imperador da época romana… Mas o cúmulo desta questão foi a maioria socialista da Câmara Municipal da Horta ter aprovado um voto, compreendendo o fecho da Escola do Salão!!! Faltam palavras para descrever tal tomada de posição bárbara, um triste espelho do que temos, um autêntico baixar de braços para apanhar na cara, a total demissão das competências municipais. . . Estamos muito mal com estes imperadores! frgvg@hotmail.com
descubra as diferenças…
António Pedro Costa Correio dos Açores
A valorização da nossa administração pública deverá passar por toda uma série de alterações e mudanças de paradigma. E temos de acreditar que essas alterações terão de passar por uma redução de custos que, ao mesmo tempo, nos permitam criar postos de trabalho. E perguntará o ilustre leitor: como quer este agora reduzir a despesa contratando mais gente? Há muitas formas de o fazer. Poderemos exemplificar com a redução mais ampla possível do recurso ao outsourcing. O outsourcing é uma forma de determinados organismos públicos se socorrerem de mão-de-obra especializada e de fora da administração pública. O recurso excessivo a tal mecanismo tem sido uma das causas da “progressiva desqualificação pela administração pública”. com a intenção de controlar o processo administrativo central e desconfiando da isenção das carreiras públicas, os governantes foram preferindo construir um exército de pseudocratas da sua confiança, que vem substituindo em muitas circunstâncias o trabalho da administração pública.
Tribuna das Ilhas
Paulo Sousa Mendes Durante a recente campanha eleitoral foi por demais evidente que PS, PSD e CDS/PP escusaram-se a discutir o essencial. O governo socialista, com a anuência do PSD e CDS/PP, assinou um acordo com o Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e União Europeia com o intuito de garantir um empréstimo que permitisse ao país pagar uma dívida, da qual se desconhece o montante e da qual somente se desconfia da sua natureza. Um acordo que impõe condições devastadoras, pois atinge quem menos responsabilidade tem relativamente ao estado a que chegámos. Por isso não é de estranhar que PS, PSD e CDS/PP se tenham esquivado a discutir e a informar os eleitores acerca das consequências desse mesmo acordo. Uma das condições impostas nesse famigerado acordo é a privatização da ANA, Aeroportos de Portugal. Ora, tal imposição terá consequências devastadoras para um serviço público essencial na nossa Região. Qual o privado que desejará acolher o prejuízo da gestão dos aeroportos geridos pela ANA na Região? Sim, porque o movimento gerado pelos nossos aeroportos está longe de ser suficiente para garantir sequer a sua auto-sustentabilidade financeira, quanto mais o alcance de alguma
«mais-valia». Aliás, estima-se que nem o aeroporto do Funchal consiga atingir esse objectivo. Durante a campanha, o assunto até foi ‘aflorado’, mas sempre na perspectiva de ser um simples ‘faitdiver’, sem qualquer pertinência. É óbvio que a privatização de um serviço público trará sempre problemas, pois não interessará à iniciativa privada ter um serviço público deficitário e sem qualquer possibilidade de vir a ser, no mínimo, auto-sustentável. Sendo assim, será compreensível, na lógica do lucro ‘puro e duro’ que o processo de privatização venha a onerar o Governo da Região e, consequentemente, todos os açorianos. Antes que se fizessem quaisquer avanços nessa matéria era mais do que pertinente que se defendessem minimamente os interesses da Região e dos contribuintes (incluindo os continentais). É então, que o Grupo Parlamentar do BE/Açores entregou um Projecto de Resolução (em epigrafe) que acautela os interesses da Região e dos contribuintes, quando simultaneamente procura assegurar um serviço público. O PSD e CDS/PP não votaram favoravelmente e optaram por apresentar um projecto de resolução conjunto sobre a mesma matéria que aparentemente, mas só mesmo aparentemente, tem o mesmo objectivo do projecto de resolução do BE. Aparentemente, porque para o PSD e CDS/PP importa facilitar, ao máximo, o processo de privatização da ANA, Aeroportos de Portugal. Para tal, não interessa onerar a empresa ou consórcio de empresas envolvidas no processo, pois há que tornar o negócio apetecível!
Contudo, PSD e CDS/PP têm um ‘pequeno grande problema’, querem fazer de conta que desconhecem quem vai pagar o prejuízo ou adiam o problema fazendo de conta que haverão soluções alternativas, que não onerar a empresa ou consórcio de empresas envolvidas no negócio. Em suma, recomendam uma meta, mas ignoram o caminho para lá chegar. Não me parece que seja esse o caso, ou será que a proposta conjunta do PSD e CDS/PP tem de forma implícita o caminho para a meta? Reparem que PSD e CDS/PP, na sua proposta, pretendem salvaguardar os Açores e a empresa ou consórcios de empresas que participaram no processo de privatização da ANA. Contudo, não excluem a possibilidade de serem os contribuintes continentais a pagarem o prejuízo, seguindo dessa forma, uma lógica populista de cariz ‘jardinista’. E desta forma identificam-se as grandes diferenças perante duas propostas que afinal vão para além das semelhanças aparentes. “Assim, ao abrigo da alínea i) do artigo 34.º da Lei 2/2009 de 12 de Janeiro, que aprovou o Estatuto Político - Administrativo da Região Autónoma dos Açores, a Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores resolve recomendar que a Assembleia da República e o Governo da República efectuem as diligências necessárias no processo negocial de privatização da ANA, Aeroportos de Portugal, para que os custos com os aeroportos dos Açores não sejam, directa ou indirectamente, suportados pela Região Autónoma dos Açores ou pelos Açorianos, – através do aumento dos
valores das taxas aeroportuárias actualmente cobradas nesses aeroportos –, mas antes suportados pela empresa ou consórcio que assumir a futura gestão da ANA, e claramente expressos no respectivo caderno de encargos.” In Projecto de Resolução “Pronúncia por iniciativa própria da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores sobre o processo de Privatização da ANA, Aeroportos de Portugal, na Região Autónoma dos Açores” do Grupo Parlamentar do BE/Açores “Assim, ao abrigo da alínea i) do artigo 34.º da Lei 2/2009 de 12 de Janeiro, que aprovou o Estatuto Político Administrativo da Região Autónoma dos Açores, a Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores resolve recomendar que a Assembleia da República e o Governo da República efectuem as diligências necessárias no processo negocial de privatização da ANA – Aeroportos de Portugal, S.A. para que os custos de exploração e investimento dos aeroportos dos Açores não sejam, directa ou indirectamente, suportados pela Região Autónoma dos Açores ou pelos Açorianos, garantindo a manutenção dos níveis de qualidade do serviço.” In Projecto de Resolução “Pronúncia, por iniciativa própria, da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores sobre o processo de privatização da ANA Aeroportos de Portugal, S.A.” dos Grupos Parlamentares do PSD e CDS/PP (http://bolinhosdasorte.tumblr.com/
festival internaCional de vela ligeira
PeQUenos velejadores Prometem esPeCtáCUlo em grande
PsP da horta garante semana do mar segura com reforço de efectivos
a festa QUe veio do mar na 36.ª edição da semana do mar, tribUna das i lhas recorda a forma como nasceu a festa de todos os faialenses
Tribuna das Ilhas especial semana do mar O5. AGOSTO.2O11
génese da semana do mar foi a reCePção a Uma regata
nota de abertUra FESTA DO MAR…
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ma vez mais, a Horta vai festejar o elemento marinho, à beira do qual nasceu pela fé e esforço dos povoadores, que acreditaram no seu destino de terra apostada no serviço e na vida de um grande oceano. E de pequena povoação disposta à volta de duas abrigadas baías, com as ilhas fronteiras a fechar o horizonte e a protegê-la das intempéries, a Horta cresceu e se fez vila, para evoluir depois, à custa das suas acções marítimas, até se transformar na cidade-porto que escreveu uma história secular. Por isso a Horta tem muitos motivos para celebrar o mar, o que acontece há mais de três décadas na sequência de um importante evento náutico internacional: a recepção de uma regata de veleiros ingleses, que foi a primeira prova oceânica com meta nos Açores e no porto faialense. E foi isso que despertou a gente desta terra de tradições marinhas para a realização anual, em Agosto, de uma Semana dedicada ao mar, com um programa de manifestações culturais, artísticas e recreativas a par de um diversificado Festival Náutico que foi crescendo em variados aspectos e é hoje considerado como o maior e mais bem organizado do país. E aí está a Semana do Mar na sua edição 2011, a atrair numerosos visitantes continentais, das outras ilhas açorianas e das comunidades emigradas nos E.U.A e Canadá – estes últimos a marcar presença motivada pela saudade. Porque a Semana do Mar é, além do mais, um período de encontro de gentes emigradas ou deslocadas para outros pontos do país por motivos vários. Tempo de convívio entre pessoas de meia idade ou até mais avançadas em anos de vida, mas que passaram a adolescência e juventude lado a lado, nas aulas do antigo Liceu da Horta e da Escola do Magistério Primário – rapazes e raparigas não só desta ilha como das mais próximas do Pico e São Jorge e das Flores e Corvo. E a todos a Semana festiva junta num ambiente de recordações… e de uma certa saudade. Entretanto, a Semana do Mar também reúne aqui, nesta encruzilhada do iatismo mundial, destemidos marinheiros vindos de longínquas paragens, desde a Europa e das Américas à Austrália e à Nova Zelândia. E à beira desta bela Baía que se prolonga pelas canais fronteiros, emoldurados por outras duas belas ilhas, eles participam nas regatas do grande Festival Náutico, em convivência fraternal com os velejadores locais, para depois abalarem, de velas enfunadas, sobre a superfície azul, em direcção ao seu destino. Com a sua Marina a transbordar de barcos desde o início da alta época iatista, “floresta” de mastros e “arraial” de bandeiras a assinalar as regatas internacionais, a Horta é bem o centro deste mundo moderno, feito de viagens de prazer e aventura. F.M.
a festa que os homens do mar fizeram e que o faial acolheu No domingo arranca oficialmente a 36.ª edição da Semana do Mar. A principal festa do Faial é uma das referências do verão em toda a Região, e já não é possível imaginar o mês de Agosto sem ela. De há largos anos a esta parte que a festa mantém o mesmo figurino, com uma grande componente náutica – ou não se chamasse Semana do Mar – mas também com um programa em terra, que adquire até mais visibilidade que o programa marítimo, e que procura ser atractivo para os faialenses e, ao mesmo tempo, chamar visitantes à ilha Azul. No entanto, a Semana do Mar não poderia ter tido uma génese mais marítima: a festa de todos os faialenses começou pelas mãos dos homens do mar, na recepção a uma regata vinda de Portsmouth, em 1975. texto Marla Pinheiro fotos Maria José Silva
J
oão Carlos Fraga, grande entusiasta do desporto náutico no Faial, foi o grande percursor da recepção na ilha a uma regata vinda de Portsmouth, Inglaterra, no ano de 1975. Ao Tribuna das Ilhas, conta como surgiu esta possibilidade: “eu era associado da Amateur Yacht Research Society. Dela fazia também parte Michael Ellison, que por sua vez integrava a Multihull Offshore Cruising and Racing Association. Esta anunciou uma regata entre Inglaterra e Ponta Delgada, mas o Michael insistiu que a regata deveria ter meta na Horta”, lembra. João Carlos Fraga começou então a trabalhar para conseguir financiamento para organizar a recepção da regata. O dia em que pôde informar os organizadores de que havia dinheiro para receber a regata no Faial não sai da sua memória: 24 de Abril de 1974, véspera da Revolução do 25 de Abril. Entretanto, Ricardo Madruga da Costa presidente da Comissão Regional de Turismo, consegue que esta entidade apoie o Clube Naval da Horta – cuja direcção de então, presidida por Luís Gonçalves da Rosa, integrava também João Carlos Fraga – na organização da recepção à regata. Esta chegou ao Faial no início de Agosto de 1975, por ser nessa altura que os velejadores – todos amadores- tinham férias. João Carlos Fraga recorda como organizou a recepção à regata, da qual fez parte uma beach party, uma recepção no
Amor da Pátria e uma festa no Hotel Fayal. Como lembra, foram dias de grande animação, onde não faltava o caldo de peixe junto ao mar para confortar os que chegavam e animar os que por eles esperavam, com a inimitável hospitalidade faialense aos iatistas. Hoje, 36 anos volvidos, o programa da Semana do Mar continua a ter uma homenagem à sua génese, onde não falta o tradicional caldo de peixe e animação musical. Foi também no âmbito da recepção à regata vinda de Portsmouth que se realizou a primeira regata do Canal. De acordo com João Carlos, a ideia surgiu para dar aos locais aficionados da vela a oportunidade de velejar nos multi-cascos que integravam a frota vinda de Inglaterra. 1975 foi, assim, uma espécie de “ano-zero” da Semana do Mar, que em 1976 ganhou a título definitivo este nome oficial. Ricardo Madruga da Costa recorda “o entusiasmo e a vontade” de João Carlos Fraga em levar por diante a recepção à regata, e hoje, 36 anos depois, congratula-se com o facto da Comissão Regional do Turismo ter apoiado a recepção à regata. “Não há dúvida de que isto correu muito bem, tanto do ponto de vista desportivo como do ponto de vista social”, recorda. No final, Madruga da Costa e João Carlos Fraga pensaram em como seria bom organizar anualmente um acontecimento voltado para a sociedade mas associado à valência náutica da Horta, enquanto porto privilegiado pelos iatistas para as suas escalas. A recepção à regata de Portsmouth foi
assim, como explica Madruga da Costa, “o embrião” dos subsequentes programas da Semana do Mar, que em 1976 arranca oficialmente, novamente organizada pela Comissão Regional de Turismo e pelo Naval da Horta, desta feita já com um logótipo oficial, concebido pelo arquitecto Carlos Garcia. “Mais tarde, quando a organização começou a ter mais responsabilidades e a festa começou a ter outra visibilidade, a Câmara Municipal associou-se”, recorda. Olhando para o figurino actual da Semana do Mar, Ricardo Madruga da Costa congratula-se com a forte componente náutica que a festa continua a ter. No entanto, lamenta que os aspectos da componente em terra tenho vindo a ser “excessivamente valorizados” ao longo do tempo.
Semana do mar e Senhora da Guia
A
génese da Semana do Mar não pode também dissociar-se da Nossa Senhora da Guia, e será possivelmente a celebração em honra da santa que ditará a data da Semana do Mar. É que a Festa de Nossa Senhora da Guia celebra-se no primeiro domingo de Agosto, que é precisamente o dia em que, por tradição, começa oficialmente a Semana do Mar. No seu livro Baleia! – Os Baleeiros dos Açores, de 1968, dedicado a Henrique e a José Azevedo e editado em português no ano passado, Bernard Venables refere-se à Festa de Nossa Senhora da Guia como “Festa dos Baleeiros”, altura em que os baleeiros do Faial acorriam à “capela sobranceira ao mar”, no Monte da Guia, que então era usada também
como vigia da baleia, para celebrar a consagração da imagem da Senhora da Guia. Esta era depois trazida em procissão até ao areal, e pousada na popa de cada bote baleeiro, voltada para o mar. Depois, “o trancador” fazia “uma laçada com a linha em volta da santa, amarrando-a sem apertar”, e o bote ficava assim benzido. Como refere Venables, baleeiros e respectivos botes engalanavam-se para este dia de festa, os homens envergando o seu melhor fato escuro e os barcos enfeitados com bandeirolas multicolores. Nesta festa que homenageava não só os baleeiros mas também os pescadores, a imagem da senhora da Guia não seguia em cortejo náutico até à baía da Horta, como hoje acontece. Como recorda João Carlos Fraga, a imagem atravessava a baía de Porto Pim, e depois o cortejo seguia a pé para a Igreja das Angústias. O actual cortejo náutico é um resquício da tradição desse tempo. No próximo domingo – como acontece todos os anos – sai do Porto Pim, após a missa na Ermida, para levar por mar a imagem da Senhora da Guia até à Baía da Horta, seguindo-se por terra o cortejo até à Igreja das Angústias. Este ano, no entanto, a tradição baleeira também marca presença na Semana do Mar, com uma exposição sobre baleação, no Centro de Cultura e Exposições da Horta (antigas instalações do Banco de Portugal), com o espólio da Reis&Martins, exposição essa que inaugurou a Galeria do Baleeiro Açoriano no Museu da Baleia de New Bedford.
Tribuna das Ilhas especial semana do mar
semana do mar 2011
PsP intensifica patrulhamento A Polícia de Segurança Pública (PSP) é uma força de segurança, uniformizada e armada, com natureza de serviço público que tem por missão assegurar a legalidade democrática, garantir a segurança interna e os direitos dos cidadãos, nos termos da Constituição e da lei. É no intuito de cumprir o seu dever que a Esquadra da PSP da Horta vai reforçar o policiamento. No total estarão empenhados na segurança das festividades da Semana do Mar aproximadamente 60 elementos. No sentido de perceber quais as principais medidas de segurança para fazer face a este evento festivo, T RIBUNA DAS I LHAS esteve à conversa com Jorge Alexandrino, Chefe de Trânsito da Esquadra da PSP da Horta.
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texto Susana Garcia foto Marla Pinheiro
semelhança dos anos anteriores e no sentido de garantir uma Semana do Mar segura para a população, a Esquadra da PSP da Horta vai reforçar o policiamento nas principais artérias da cidade. Este aumento no número de efectivos irá ocorrer durante a próxima semana, no âmbito dos festejos da Semana do Mar, que decorre de 7 a 14 de Agosto. De acordo com Jorge Alexandrino, Chefe de Trânsito da Esquadra da PSP da Horta, a operação destinada à Semana do Mar “tem como objectivos aumentar a segurança da população, alertar e ajudar os condutores no estacionamento e controlar de uma forma geral a criminalidade”. Nos dias de festa, a PSP toma cuidados especiais para garantir a segurança na cidade: “à semelhança dos anos anteriores, a PSP da Horta vai colocar várias equipas no terreno, nomeadamente pessoal da investigação criminal, as ciclo-patrulhas, o pessoal da fiscalização aos estabelecimentos de diversão noctur-
na... Temos também o pessoal da intervenção rápida, o pessoal operacional da esquadra de trânsito, e o policiamento é ainda reforçado com elementos dos serviços administrativos”, referiu o agente Alexandrino. Estas vertentes de policiamento que envolvem um total de 60 agentes, são depois enquadradas no terreno conforme os dias de mais ou menos afluência à festa. Os locais de diversão nocturna também merecem especial atenção da PSP por estes dias. “As ciclo-patrulhas farão o reforço durante do dia, nos maiores aglomerados de pessoas, e penso que assim conseguimos assegurar a segurança da população”, explica. Para o Chefe Alexandrino, a segurança estará, à partida, garantida, até porque a PSP da Horta não costuma registar grandes problemas na Semana do Mar. O reforço do patrulhamento vai incidir basicamente no recinto da festa mas a PSP não vai descurar toda a zona envolvente da cidade da Horta, e toda a ilha.
TrânSiTo é uma daS principaiS preocupaçõeS
S
erá a partir das 19H00 que o patrulhamento vai ser mais visível, no entanto este responsável garante que os efectivos estarão no terreno desde cedo, principalmente para fazer face aos condicionalismos relacionados com o trânsito. Alexandrino lembra que “o congestionamento do trânsito, pelo facto de algumas das vias principais estarem interditas ao tráfego”, requer acção especial da parte dos agentes de trânsito, que devem “tentar ajudar as pessoas naquilo que for necessário”. A atenção especial aos condutores também está nos planos da PSP para a Semana do Mar, principalmente “junto das zonas de diversão nocturna, onde alguns jovens se dedicam ao consumo de bebidas ou substâncias ilícitas”. “Vamos acompanhar a situação de forma a elucidar as pessoas para terem a noção de que tudo o que é em excesso é prejudicial”, refere. Em termos de estacionamento, a PSP pretende, acima de tudo, a sensibilização da população. O Chefe de Trânsito reconhece que
“a cidade é complicada em termos de circulação”, mesmo fora do período da Semana do Mar. Nesta altura, no entanto, as complicações acentuam-se. Neste aspecto, Alexandrino apela ao espírito cívico dos faialenses: “penso que é uma questão de cidadania, porque as festas acontecem uma vez por ano, e até são importantes para a economia da nossa terra e para as pessoas que nos visitam. Acima de tudo, vamos tentar ajudar as pessoas com mais dificuldades em estacionar, tendo em conta a notória dificuldade de estacionamento nesta altura. A prevenção e o auxílio aos condutores é, nesta fase, a nossa principal função”. “A cidade precisa desesperadamente de parques de estacionamento, no entanto eles ainda não existem. Este ano existem algumas alterações, nomeadamente na Rua Conselheiro Miguel da Silveira. Nos anos anteriores a bolsa de estacionamento atrás do Milénio BCP era interdita ou facultada só a determinados veículos mas este ano vai estar aberta a todos os condutores. Depois, vamos tentar auxiliar as pessoas, uma vez que não existe um parque de
estacionamento concreto para este tipo de situação e, à semelhança dos anos anteriores, os automobilistas vão estacionando onde for possível”. Para Alexandrino, há, no entanto, uma coisa de que os condutores não se podem esquecer: “temos um quartel dos bombeiros no interior da cidade”, lembra, acrescentando que o mau estacionamento pode dificultar o socorro às pessoas. Segundo o Chefe de Trânsito, este facto explica alguns dos cuidados que a PSP tem durante todo o ano: “quando alertamos alguém de que não pode estacionar em segunda fila é pelo facto de determinadas vias da cidade serem corredores de emergência”, refere. “Nós apostamos sempre na prevenção e o facto de nos anos anteriores não ter havido problemas de maior não significa que isso não possa vir a acontecer, no entanto tentamos sempre antecipar a situação. Para isso as equipas de investigação criminal vão andar no terreno nomeadamente nas zonas mais problemáticas em horários que se prevê que exista um maior aglomerado de pessoas. São agentes que andam à civil e que passam despercebidos entre a população. As patrulhas vão ser constantes por isso penso que não iremos ter grandes problemas”, explica. Os pequenos desacatos, com algumas agressões físicas, são algumas das ocorrências mais comuns durante este tipo de festas, onde o consumo de álcool leva a alguns excessos. Alexandrino reconhece que estas situações acontecem frequentemente, no entanto sempre sem consequências graves. “Nós actuamos prontamente, através das comunicações rádio é possível deslocarmo-nos de imediato para o local e controlar a situação. Estas situações normalmente acontecem já mais tarde, quando as pessoas já beberam demasiado. Trata-se de uma altura da noite onde os espaços de discoteca são os locais com mais actividade, e será aí que por vezes os desacatos acontecem. Mas também é nessa altura que nós estamos mais alerta e prontos a resolvê-los”, garante. A finalizar, Jorge Alexandrino recomenda à população que tenha alguns cuidados: “pede-se às pessoas que tenham cuidado com os seus bens pessoais, com as carteiras… Todos os pequenos conselhos que se dão ao longo do ano mas nesta fase com mais incidência. Aos jovens, aconselha-se que se divirtam, mas com inteligência e moderação, para não cometerem excessos, porque muitas vezes esses excessos provocam situações graves. E podem confiar na polícia, porque vamos estar presentes e manter
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Tribuna das Ilhas especial semana do mar
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PalCo PrinCiPal
música para todos os gostos Um dos grandes atractivos da Semana do Mar é, por norma, o cartaz musical, com destaque para os concertos do palco principal. Em 2011, este recebe música para todos os gostos, com a particularidade de ser partilhado por grandes nomes da música nacional, como os Deolinda, e por talentosos artistas locais, como os Bandarra.
sexta-feira.5.22h
sábado. 6. 23h
hiP hoP – todos diferentes todos igUais
roCK4U
a sexta-feira será um grupo de jovens faialenses a tomar conta do palco principal, orientado por lisa Medeiros, do ginásio Verde Mar. Estes jovens têm actuado por diversas vezes na ilha e não só. Caracterizam-se pela sua energia contagiante, e pelo entusiasmo com que encaram a dança. Em 2011, cabe-lhes a responsabilidade de dar início ao “aquecimento” para a Semana do Mar, com este espectáculo.
ste é um projecto de quatro amigos residentes no Faial, que no ano passado decidiram formar uma banda centrada nos temas intemporais do Rock. Contam com um repertório de covers onde figuram nomes como Pink Floyd, Dire Straits, Jorge Palma ou Xutos e Pontapés. Têm actuado um pouco por toda a ilha, já visitaram outras paragens nos Açores e estiveram recentemente nos EuA.
N
domingo. 7. 23h30
segUnda-feira. 8. 23h30
Peste&sida
bandarra
A
comemorar 25 anos de carreira, os Peste&Sida tomam conta do palco principal no primeiro dia oficial da Semana do Mar. A banda autora de temas que ficaram no ouvido – quem não se lembra do Sol da Caparica? – tem um novo álbum, intitulado Não há crise!. Composto por 10 temas, este disco caracteriza-se pelo “espírito de perseverança, a atitude honesta e arrojada, a crítica mordaz e o apelo de sempre à folia e à alegria”.
m 2011 os faialenses Bandarra voltam ao Palco Principal da Semana do Mar, com novos temas para mostrar. Acabadinhos de chegar da Praia da Vitória, onde actuam amanhã, os autores de temas como Não gosto disto, Um dia saio de casa ou Tango da Neblina prometem muita animação, animação essa que, de resto, tem caracterizado os concertos da banda por onde ela tem passado, não só na Região mas também no Continente.
terça-feira. 9. 23h30
QUarta-feira. 10. 23h30
da magiCal e dj Ângelo rodrigUes
KUmPania algaZarra
O
s Da Magical são um grupo de Hip Hop, composto por três elementos, do qual se destaca William King of love, conhecido do grande público pela sua presença no programa Ídolos, da SiC. Nesta passagem pela Semana do Mar acompanha-os o DJ Ângelo Rodrigues, conhecido não tanto pelos seus talentos na área da música mas sobretudo pelo seu trabalho enquanto actor.
E
O
s Kumpania Algazarra nasceram em 2004, em Sintra. Em 2008 lançaram o álbum Kumpania Algazarra, “que serve de registo à longa travessia por ruas, jardins, praças, becos, palcos, espaços alternativos e festas improvisadas”. A banda caracteriza a sua música como “nómada, multilinguística e universal”, com influências balcânicas, árabes, latinas e africanas, entre outras, num projecto de world music “capaz de suprimir fronteiras geográficas e etárias”.
QUinta-feira. 11. 23h30
blind Zero
A
banda de Miguel Guedes vem ao Faial numa altura em que promove o seu sétimo álbum, luna Park. Slow Time love e Snow Girl, os dois primeiros singles apresentados, foram sucessos imediatos. Os nortenhos Blind Zero surgiram no Porto, em 1994, e em 1995 editaram o seu primeiro trabalho de originais, intitulado Trigger.
sexta-feira. 12. 23h30
deolinda
A
banda de Ana Bacalhau, com dois trabalhos editados, é autora de temas de sucesso como Fado Toninho, Fon-Fon-Fon e Movimento Perpétuo Associativo. Do seu mais recente disco, Dois Selos e Um Carimbo, anda no ouvido Um Contra o Outro. Recentemente, os Deolinda fizeram furor com a música Que Parva que Eu Sou, adoptada como um hino pela geração jovem actual.
sábado. 13. 23h30
domingo. 14. 22h30
vogUe madonna
orQUestra ligeira Cmh
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s bandas de tributo a grandes artistas internacionais começam a ser presença assídua na Semana do Mar. Este ano, o penúltimo dia de festa é reservado à banda de tributo a Madonna. Os Vogue Madonna interpretam todos os grandes temas da rainha da Pop, como Like a Virgin, Holiday ou 4 Minutes. Desta banda de tributo, destaque para a vocalista Elly Jarmain, e para equipa de dançarinos que a acompanha.
C
omo já é tradição, cabe à Orquestra ligeira da Câmara Municipal da Horta encerrar a Semana do Mar, seguindo-se a interpretação da Marcha Oficial, este ano na voz de Graça Bettencourt. No concerto da Orquestra, destaque para a introdução de violinos, e para um repertório renovado, com temas para todos os gostos. lady Gaga, Coldplay, Europe ou Rui Veloso são apenas alguns dos artistas que serão interpretados.
concerToS paGoS para breve?
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ltimamente a discussão sobre a hipótese dos concertos da Semana do Mar passarem a ser pagos, como tem acontecido em algumas festas de Verão por outras paragens nos Açores, tem ganho alguma força. No ano passado, numa entrevista ao TRiBuNA DAS ilHAS, o presidente da Câmara Municipal da Horta, João Castro, disse ser inevitável caminhar para essa realidade, no entanto não para já, uma vez que, para que se possam realizar concertos com entradas pagas, “é necessário dotar os recintos de condições adequadas”, o que, neste momento, não acontece. Recentemente, aquando da apresentação do Punkada!Fest 2011 (onde as entradas foram pagas), também o vereador com o pelouro da cultura, Filipe Menezes, admitiu a possibilidade dos concertos da Semana do Mar virem a ser pagos. A questão voltou a surgir na apresentação desta 36.ª edição da maior festa do Faial, onde João Castro se voltou a referir à inevitabilidade da introdução de concertos pagos, frisando no entanto que o recinto da festa, tal como está, não permite criar condições para tal. Até há alguns dias, decorreu no site do Tribuna das Ilhas uma sondagem, onde este semanário perguntava aos cibernautas se concordavam ou não com a introdução de concertos pagos na Semana do Mar. Dos 267 votantes neste inquérito, 59,2% manifestaram-se a favor dessa realidade, ao passo que os restantes 40,8% defendem que os concertos devem continuar gratuitos. M.P.
O5. AGOSTO.2O11
Tribuna das Ilhas especial semana do mar
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festival internaCional de vel a ligeira Das muitas componentes que constroem a Semana do Mar, a parte náutica é, sem dúvida, a principal, ou não fosse ela a razão de ser da festa. Este ano, vai para o mar, pela sexta vez consecutiva, o Festival Internacional de vela Ligeira, organizado pelo Clube Naval da Horta (CNH). As expectativas são elevadas, até porque este ano o Festival acolhe também a primeira prova do Campeonato Regional de vela Ligeira. São esperados velejadores da Região, do Continente e de Espanha, responsáveis por colorir a baía com as pequenas velas características da vela ligeira, num total de cerca de cem embarcações. TRIBUNA DAS ILHAS conversou com Luís Paulo Moniz, responsável pela Secção de vela Ligeira no CNH, sobre este Festival. Organizá-lo não é tarefa fácil, reconhece, no entanto o espírito de voluntariado e o entusiasmo dos aficionados da vela no Faial são uma ajuda essencial para ultrapassar as dificuldades, e comprovam que esta Horta é, cada vez mais, uma cidade mar. Texto Marla Pinheiro fotos Susana Garcia
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vela ligeira é porta de entrada de muitos jovens no desporto náutico. No Faial, a modalidade tem grande expressão, muito por força da dinâmica que lhe tem emprestado o CNH. Nos escalões de infantis, esta agremiação náutica detém 52% das licenças desportivas da Federação Portuguesa de Vela na Região. Em Juvenis, o CNH, com 19% das licenças desportivas da Federação Portuguesa de Vela, é o segundo clube regional com mais velejadores federados. Neste momento, o Naval da Horta é, em todo o país, o clube com mais velejadores federados, no somatório dos escalões de Infantil/Juvenil. De acordo com Luís Paulo Moniz, o CNH conta actualmente com cerca de 60 jovens velejadores inscritos. Desses, 40 praticam vela regularmente. Numa ilha com a dimensão do Faial, os números são animadores, principalmente porque têm assistido a uma tendência de crescimento. De acordo com o responsável, o Naval da Horta desenvolve várias acções nesse sentido: “ o clube faz um programa de férias desportivas, que actualmente tem cerca de cem miúdos inscritos. Aproveitamos a sua presença para fazer aulas de vela ligeira. Muitos gostam e acabam por ficar na escola de vela. Temos também algumas acções de divulgação, através do site, de newslet-
a festa no mar é deles
LUÍS PAULO MONIz O responsável pela secção de vela do CNH está optimista em relação ao futuro da modalidade ters e trazendo cá escolas”, conta. Luís Paulo explica que não há idade mínima para ingressar nas escolas de vela. Qualquer criança pode aprender a velejar, desde que já saiba nadar. O responsável pela secção adianta que a segurança é sempre muito apertada, não só pela obrigatoriedade do uso de coletes, mas com uma série de outras medidas, porque, como reconhece, a combinação dos conceitos “crianças” e “mar” recomenda que todos os cuidados sejam poucos. A maioria dos atletas do Naval da Horta chega ao clube com cerca de 6 anos, e começam a praticar na classe de Optimist. Aos 15, começam a competir nas classes Laser, 420 e L’equipe. De acordo com o responsável pela secção, uma das principais dificuldades com que o CNH se depara prende-se com a necessidade de encontrar treinadores para fazer face à procura. “Neste momento, felizmente, o clube conta com três treinadores permanentes”, número suficiente para garantir a aprendizagem dos pequenos velejadores. Para essa aprendizagem, o Naval da Horta procura sempre um garante de qualidade: “são muitos miúdos, mas apesar disso queremos dar qualidade ao treino e à aprendizagem, e felizmente conseguimos contratar mais treinadores do que o habitual”, explica Luís Paulo.
Engane-se quem pensa que a vela ligeira é apenas uma brincadeira de miúdos. Os velejadores são crianças, é certo, mas trabalham como gente grande. Durante o Verão, a escola de vela é encerrada apenas aos domingos. Durante os períodos lectivos, encerra durante a semana para funcionar aos sábados e domingos. Segundo o responsável pela secção, os jovens velejadores dividem-se em dois grupos: o da Iniciação, em que os atletas têm o primeiro contacto com o barco e passam por um período de adaptação até conseguirem navegar, e o da Competição, onde os velejadores já dispõem de aulas técnicas, e de outro tipo de interacção com o barco, sendo o treino já voltado para a componente competitiva. De manhã, funciona a Iniciação. À tarde, é tempo de preparar a Competição. Os jovens velejadores faialenses gozam de condições ímpares para a prática da modalidade, como reconhece Luís Paulo: “temos condições fantásticas para a prática de desportos náuticos, quer dentro da baía, quer no exterior, e aproveitamos todo esse espaço. Temos um óptimo campo de treino dentro do porto da Horta, ideal principalmente para os miúdos da Iniciação, e temos um campo de regata excelente, na baía exterior do porto da Horta, ideal para a Competição”.
FeSTival inTernacional de vela liGeira e primeira pcr animam baía na Semana do mar
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Festival Internacional de Vela Ligeira organizado pelo Naval da Horta durante a Semana do Mar conta este ano com a sua sexta edição, e vai para o mar nos dias 8, 9 e 10. Ao longo dos últimos anos, tornou-se uma das referências do Festival Náutico, e, em 2011, o CNH vê os seus esforços premiados de uma forma especial: é que este ano, após uma candidatura do clube faialense apresentada à Associação Regional de Vela dos Açores (ARVA), ficou decidido que o Faial recebe a primeira Prova do Campeonato Regional (PCR) de Vela, integrada no Festival de Vela Ligeira. Luís Paulo Moniz não duvida de que esta será uma óptima experiência para os jovens velejadores da Região: “é bom porque os clubes tiram proveito da presença de outros velejadores do continente e de Espanha, é bom pela troca de experiencias, pela competitividade, pelo convívio... É sem dúvida uma mais-valia, a nível desportivo e não só”, considera. Este ano são esperados 10 participantes espanhóis no Festival Internacional de Vela Ligeira, vindos dos clubes de Canido e Tenerife. Do continente português chegarão 30 velejadores, vindos de Leça, de Aveiro e do Clube de Vela Atlântico, de Leixões. A estes,
juntar-seão mais de 60 atletas vindos dos clubes náuticos da Região. Desta forma, são esperados cerca de 100 barcos na baía, que prometem trazer um colorido especial a esta festa do mar, bem visível àqueles que a acompanham de terra. Este ano o Festival de Vela Ligeira conta com uma grande aposta não apenas na componente desportiva e competitiva mas também na parte lúdica e educativa.” Era um desperdício da nossa parte termos aqui todos estes miúdos e não apostarmos também na sua educação e no convívio”, explica Luís Paulo. Para tal, foi montada uma tenda junto à sede do CNH, onde decorrerão várias actividades, e também onde os velejadores farão as refeições, após as provas no mar. A Biblioteca Pública recebe também duas palestras para os jovens atletas: uma sobre os desafios de uma competição saudável, mais concretamente sobre a gestão da ansiedade, da responsabilidade do Oceanoscópio, e outra da responsabilidade da Rede de Educação Marinha dos Açores, intitulada “Na rota do vento e das ondas”, e relacionada com biodiversidade marinha dos Açores, abordando temas como a poluição, a pesca ou o ambiente. Organizar um calendário de provas e um programa para
os barcos em altura”, explica Luís Paulo. N s t e momento o Naval da Horta tem 22 barcos de Optimist, sete de 420 e quatro de Laser. A frota
ção. O espírito voluntário é, de facto, essencial para que o CNH tenha toda esta actividade. No entanto, esse entusiasmo não vem apenas dos sócios, dos pais ou dos atletas. Luís Paulo encontra apoio de simples aficionados da vela, de forças vivas da ilha e das empresas, que ape-
baleeiros, agendado para o dia 10: “são barcos únicos que só os Açores têm, e teremos aqui miúdos de Espanha e do continente, bem como alguns da Região que nunca velejaram nestes barcos, e por isso vamos mostrar-lhes a nossa cultura baleeira”, refere Luís.
“enGenho e arTe” para Fazer caber a iGreja na SacriSTia
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sar da crise continuam a ajudar como podem o Clube Naval. “A equipa de voluntários que se monta, por exemplo, para receber uma regata internacional, como a Les Sables/Horta/Les Sables é impressionante”, refere. Este é mais um sinal de que a Horta é uma cidade mar, não apenas pela sua geografia ou pela sua história, mas pelo próprio espírito das suas gentes, que parecem respirar uma espécie de “bactéria náutica”, que as faz olhar para o mar de forma diferente.
Trabalho recompenSado
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esforço que o CNH tem feito para dinamizar a sua secção de Vela Ligeira já começa a ser recompensado com resultados a nível regional, como explica Luís Paulo: “temos vindo a subir na tabela classificativa, no que aos campeonatos regionais diz
Geração náuTica
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uís Paulo Moniz não duvida de que o entusiasmo que se gera entre os jovens atletas da vela ligeira é um garante da continuidade em força do desporto náutico no Faial. Este dirigente do Naval da Horta, que também já foi velejador e treinador de vela, fala da existência de toda uma geração que se fez no mar, e que levou a componente náutica ao longo do seu crescimento, por vezes até à sua vida profissional: “muitos dos velejadores que há alguns anos treinei estão
parceria com o pico como Forma de renTabilizar recurSoS
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ste ano o Clube Naval da Horta está a desenvolver um trabalho de parceria com os clubes náuticos da vizinha ilha do Pico. É uma espécie de “ano zero”, de experiência, mas cujos resultados não podiam ser mais satisfatórios para Luís Paulo Moniz: “a nível competitivo esta é uma experiência muito interessante. Temos provas com mais de 30 velejadores, e muito disputadas, já que não ganha sempre o mesmo clube”. Já se realizaram provas na Horta, na Madalena, nas Lajes e em São Roque, e o CNH gostaria de ver a experiência alargada às Velas. Esta parceria é também uma boa estratégia para chamar a atenção da população para a vela ligeira, já que 30 barcos com velas coloridas no mar não passam despercebidos. Estas não são, no entanto, as únicas vantagens deste trabalho de equipa entre Faial e Pico: o principal proveito é, acima de tudo, a possibilidade de baixar os custos de organização das provas: “emprestamos barcos uns aos outros para diminuir os custos com os transportes e as logísticas. Não levamos todos os miúdos à mesma prova, mas como o calendário é grande vamos rodando, e assim vamos emprestando barcos”, explica. Esta partilha de calendário, de equipamentos, de assistência no mar, entre outras coisas, é, na óptica de Luís Paulo, bastante salutar, e
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ara além das escolas de vela ligeira, o CNH movimenta muitos outros atletas em outras modalidades. Tendo isso em conta, Luís Paulo reconhece que a exiguidade das actuais instalações do clube é uma dificuldade que por vezes se torna difícil de ultrapassar: “no Verão chegamos a ter equipamentos guardados em contentores. Além disso temos de usar os espaços exteriores para os guardar, porque os equipamentos não cabem todos dentro dos pavilhões. Temos grande dificuldade em fazer a manutenção dos barcos, porque precisamos de espaços fechados, para fibrar, pintar, etc.” Tendo isto em conta, os responsáveis do Naval da Horta têm de compensar a falta de espaço com alguma criatividade: “temos apostado em conceber estruturas metálicas para guardar
vai contando também com o contributo dos pais de alguns jo-vens atletas, que adquirem barcos próprios, o que é uma ajuda importante para o clube, que se esforça por fazer com que, ano após ano, a escola de vela permaneça gratuita. “A única despesa que os pais têm é com o equipamento dos miúdos e com as licenças desportivas. Tudo o resto são despesas suportadas pelo CNH”, explica Luís Paulo. Outra ajuda preciosa para fazer face à falta de recursos é o espírito de voluntariado que se cria a volta do desporto náutico: “os pais colaboram muito connosco. Fico espantado quando necessitamos de colaboração nas nossas regatas, e eles estão sempre disponíveis. Isso é um motivo de incentivo para os directores, porque sabem que não estão sozinhos. Os pais são sempre impecáveis”, conta o responsável pela sec-
respeito. Na classe A temos andado nos dez primeiros. Com a aquisição de barcos e velas novas que recentemente fizemos, queremos chegar ao pódio este ano. Em relação aos encontros de Escolas de Vela, temos liderado as provas. Fomos a um encontro regional na Praia da Vitória e conseguimos tirar o primeiro e segundo lugar, por equipas”. Para o responsável pela secção, este despontar de qualidade dos velejadores mais novos, que serão a base da competição do clube, é um sinal muito positivo: “isto mostra que a base está bem montada, e o que nós queremos é isso, uma boa base que suporte a actividade competitiva do clube. Penso que temos condições de liderar as competições regionais”, entende. Um exemplo de sucesso saído das escolas do Naval da Horta é o velejador de alta competição Rui Silveira, campeão nacional de Laser Standard. Actualmente a viver fora da ilha, Rui continua a competir pelo Naval da Horta, e neste momento luta por um lugar nos Jogos Olímpicos de Londres, no próximo ano. O CNH não esconde o orgulho nesta espécie de Cristiano Ronaldo da vela faialense, e empenha-se em apoiá-lo na concretização do seu objectivo.
neste momento ligados a actividades náuticas, no whale watching, no Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores, na Marinha, na área das reparações náuticas…”. Serão também os pequenos velejadores de hoje os adultos de espírito aficionado da vela de cruzeiro de amanhã, até porque esta é uma geração que renova, e Luís Paulo é disso um exemplo: começou a velejar com 12 anos, e aos 16 passou a treinador. Depois, aconteceu-lhe o que acontece a grande parte dos jovens velejadores faialenses: interrompeu a actividade para ir estudar fora da ilha, Quando voltou, o desporto náutico voltou à sua vida, e actualmente é dirigente do clube, enquanto o seu próprio filho começa a fazer as primeiras manobras a bordo de um optimist. “Os miúdos que ficam na escola de vela acabam por gostar mesmo dos desportos náuticos, por isso é a base que alimenta o clube naval. A vela ligeira é o nosso garante do futuro”, diz.
Tribuna das Ilhas especial semana do mar
cerca de cem jovens não é tarefa fácil, especialmente se a isso acrescentarmos a gestão da logística, ao nível das refeições, das dormidas ou dos transportes. Luís Paulo explica que, neste ponto, é “fundamental” o apoio da Direcção Regional do Desporto, que cede o Centro de Estágios do Pavilhão da Horta, e ainda da Radionaval, que também cede instalações. Uma das componentes mais atractivas do programa paralelo à competição é um passeio a bordo dos botes
Tribuna das Ilhas especial semana do mar O5. AGOSTO.2O11
na 5.ª edição todos os restaUrantes são rePetentes
ausência de novidades na feira gastronómica A
Feira Gastronómica da Semana do Mar conta este ano com a sua 5.ª edição. Considerada uma aposta ganha pela organização, também aí a aposta foi na continuidade: todos os cinco restaurantes – três locais e dois vindos do continente - já marcaram presença no evento. Do Faial, o restaurante Barão Palace volta, depois de ter sido uma das presenças de 2010. Quanto a especialidades, filetes de abrótea com arroz de lapas, molha à moda do Faial e polvo à regional prometem fazer as delícias dos visitantes. Dos locais, também o restaurante Victor dos leitões repete a presença do ano passado. leitão assado em forno de lenha, feijoada de leitão,
filetes de polvo com arroz do mesmo e maçã assada com mel são as especialidades. O restaurante faialense Kabem Todos esteve ausente em 2010 mas volta em 2011, com peixe fresco e carne dos Açores, cozinha inovadora com grelhados no carvão e combinações de carnes com frutas. Quanto aos visitantes, ambos estiveram na Feira Gastronómica da Semana do Mar em 2010. Do Norte, regressa a Charcutaria Serra da Estrela, com os queijos e enchidos típicos daquela zona do país. Do Alentejo, estará novamente presente o lampião, de cujas especialidades se destacam as febras de porco preto, o borrego assado no forno
semana do mar 2011
artesanato local dá vida Crianças com especial destaque aos prémios náuticos na semana do mar O
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ste ano as crianças também assumem particular destaque na Semana do Mar. A empresa Cartoon Store/ insulândia, em parceria com a Câmara Municipal da Horta, montou um espaço totalmente dedicado aos mais pequenos. intitulado de Cantinho dos Piratas, este espaço funcionará no Banco de Portugal, das 20h00 às 02h00 (segunda a sexta-feira) e das 18h00 às 02h00, ao fim-de-semana. De acordo com a organização, protagonizada por urânia Dias, o grande motivador desta iniciativa foi a grande adesão e feedback da população ao mini-ATl que, no ano passado, funcionou naquele espaço, também uma iniciativa da empresa local.
“É certo e sabido que a Semana do Mar só se faz com pessoas. Sem pessoas a festa é um fracasso… Por pessoas entendem-se também as crianças, ou seja, os homens do amanhã. Se os munícipes não tiverem onde deixar os seus filhos durante os festejos, para poderem ir visitar uma exposição, assistir ao lançamento de um livro, ou mesmo para um jantar num dos muitos restaurantes que dinamizam a festa, esta não atinge os seus objectivos” – explicou em conferência de imprensa, a organizadora, que adiantou ainda que, o Cantinho dos Piratas propõe-se a ser esse espaço. O espaço onde os pais podem deixar os seus filhos em segurança, para que possam desfrutar da maior festivi-
dade da ilha Faial.” O facto deste ano o ATl se chamar Cantinho dos Piratas, é uma tentativa de aproximação à festa em si, “porque pensar em mar é pensar em barcos, sol, vela…”. Para além da ocupação do tempo com insufláveis, trampolins, discoteca infantil e das noites temáticas, o Cantinho dos Piratas vai promover diversos ateliers que pretendem, acima de tudo sensibilizar as crianças para aceitar, compreender e respeitar a diversidade social e cultural; promover a actividade em grupo, através do diálogo, promover o desenvolvimento da expressão psico-motora, plástica, dramática, Corporal, ocupar o tempo dos jovens com muita animação, divertimento, brincadeira e seguran-
Clube Naval da Horta, para a Semana do Mar 2011, apostou no artesanato Faialense para a elaboração dos prémios das provas náuticas. Estas peças, desenhadas e executadas pelos artesãos Marta e Sérgio Scarlati, utilizam madeiras nobres de diversos tons, como seja o mogno, carvalho, afizélia, sucupira brasileira e africana, badi, tacula, pinho e tantas outras. De acordo com os artesãos, “quando no final do mês de Março deste ano, o Clube Naval da Horta nos propôs e desafiou para elaborarmos alguns dos troféus para a Semana do Mar 2011, não pensámos duas vezes para aceitar este convite. É uma grande honra para nós e um privilégio podermos executar com o nosso artesanato as peças que nos foram propostas.” Marta e Sérgio Scarlati estão inscritos como artesãos no Centro Regional de Apoio ao Artesanato desde 2004 e utilizam a técnica com o nome de intarsia. É uma técnica que deriva da marchetaria, mas, enquanto na marchetaria se utiliza como matériaprima a madeira em folheados de poucos milímetros de espessura e outros materiais como sejam marfim, madrepérola, osso e até metais preciosos, na intarsia, é utilizada apenas madeira de várias espessuras, tons e tipos.
Para levar a cabo este desafio de construir os troféus os artesãos tiveram um trabalho de preparação composto por pesquisas sobre as regatas e as embarcações utilizadas. A fase seguinte, de acordo com os artistas, foi criar um desenho de base que servisse de guia para a elaboração das peças. “uma das fases mais importantes, consiste no cuidado na escolha dos tipos de madeiras a utilizar. É necessário combinar bem os tipos de madeiras diferentes, para que o resultado final seja o melhor possível” explicam. Marta e Sérgio Scarlati revelam ainda que “desde que começámos nesta arte, em Agosto de 2003, temos vindo a coleccionar um conjunto de diferentes tipos de madeira que vamos comprando sempre que há possibilidade de deslocação a locais de venda noutras ilhas, e até continente. Como algumas das peças têm pedaços de madeira muito pequenos, quase se pode dizer que não se desperdiça quase nada, cada pedaço de madeira é possível de utilizar e até mesmo reciclar.” Esta dupla já participou em várias exposições de artesanato da Semana do Mar, “mas não conseguimos estar presentes em outro tipo de exposições, porque, felizmente, para nós, o stock de peças rapidamente se esgota.” M.J.S.
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Cantinho dos Piratas
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Tribuna das Ilhas especial semana do mar O5. AGOSTO.2O11
semana do mar com radionovela N
os tempos em que a televisão ainda não tinha conquistado o seu domínio hegemónico sobre o mundo, a rádio desempenhava um papel fundamental na informação do grande público, e também no seu entretenimento. Em Portugal, a década de 70 ficou marcada pela difusão de Simplesmente Maria, uma radionovela transmitida na Renascença, que ia para o ar após a hora do almoço, e que fazia parar o país durante alguns minutos. Hoje, a radionovela faz parte do passado, no entanto, durante a semana que agora termina, foi um conceito bem presente para os quatro formandos que frequentaram a “Oficina RadioNovela”, orientada por Manuela Ferreira, no Teatro Faialense. Esta formação terminou hoje, e juntou cinco pessoas, que trabalharam em conjunto para criar uma radionovela, ao estilo de antigamente, que será transmitida durante a Semana do Mar, pela Antena 9. Tratou-se de um desafio
aos participantes, ao nível da escrita, da interpretação, da sonoplastia e da montagem. Estes foram convidados a fazer um périplo por alguns locais da cidade da Horta, fazendo recolhas e registos de acontecimentos, ambientes e palavras soltas, que depois trataram. De seguida, e utilizando os seus dotes dramáticos, os participantes definiram o espaço, a acção e as personagens, partindo depois para a escrita das pequenas narrativas que constituem esta radionovela. Tratam-se de cinco episódios, cada um com cinco minutos de duração. O mar, a vida marítima e o património natural na
sua relação com as gentes e a cultura da cidade da Horta foram o ponto de partida temático para esta formação, que resultou de uma organização conjunta da autarquia e da empresa municipal Hortaludus. Durante a realização da oficina, TRiBuNA DAS ilHAS conversou com Maria Ferreira, que destacou o entusiasmo e a criatividade dos participantes. Sobre o tema, a formadora adiantou que tudo irá girar à volta da inauguração de um monumento misterioso, e mais não disse, para que os leitores curiosos se transformem em ouvintes atentos da rádio local durante a Semana do Mar.
À
semelhança do que já aconteceu em 2010, a Festa do livro, que terá lugar na Sala Polivalente da Biblioteca Pública e Arquivo Regional João José da Graça durante a Semana do Mar, conta este ano com um horário alargado, funcionando das 10h00 às 24h00. A abertura oficial será no domingo, dia 7, às 14h00. Este ano a novidade é a existência de três livros do Dia em cada dia da Semana do Mar, em vez de um, como
festa do livro até à meia-noite domingo. 7.agosto.2011 histórias infantis
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a Casa verde aUtor:
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Mário Vargas Llosa
James Lee Burke
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segUnda . 8.agosto.2011
terça . 9.agosto.2011
Cem anos de solidão Corsair- as aventuras o segredo do rio aUtor: de hector lynch aUtor:
a sombra do vento
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Calvin - há monstros debaixo da cama ?
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a minha escola dava um filme
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sábado. 13.agosto.2011
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a opereta dos vadios notícias do Paraíso
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QUinta . 11.agosto.2011
QUarta . 10.agosto.2011 o nome do vento
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reiki sobre reiki
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na biblioteCa PúbliCa da horta
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as velas ardem até ao fim
lucilina e antenor aUtor:
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domingo. 14.agosto.2011 Criar web sites para totós
diário de um banana i
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Tribuna das Ilhas
XL pARty 2011
Horta recebe 1.º Campeonato regional de Videojogos Maria José Silva g De 27 a 28 de Agosto a cidade da Horta vai estar de olhos postos nos computadores, com a realização da XLPARTY. Trata-se do maior evento de entretenimento tecnológico realizado em Portugal e irá marcar presença pela segunda vez nos Açores. O festival XLPARTY percorre várias localidades de Portugal Continental de três em três meses e já conta com 18 edições. Este festival de novas tecnologias tem a duração de 48 horas ininterruptas juntando centenas de jovens que estão ligados à Internet durante dois dias, e tem este ano a novidade da sua calendarização interagir com o horário dos barcos da Atlanticoline, o que permitirá que jovens de outras ilhas, com excepção de Flores e Corvo, possam vir até ao Faial. Ainda neste âmbito, os jovens que se fizerem deslocar de barco terão a bordo computadores para treinarem. Novidade ainda é o facto da edição de 2011 da XL Party integrar o primeiro Campeonato Regional de Videojogos que apurará os participantes no Campeonato Nacional a decorrer em Dezembro próximo, em Lisboa. À semelhança da edição anterior, a XL Party vai realizar-se no Pavilhão Desportivo da Horta que terá montados
300 postos de competição. Ao dispôr de todos os que se dirigirem ao Pavilhão estarão várias competições na área dos Electronic Sports, entre as quais torneios de Counter Strike, PES 2010, Call of Duty, TrackMania,Gears Of War 2, Halo 3 entre outros. Os participantes poderão ainda usufruir dos simuladores de corridas, das consolas “Next Generation” XBOX 360, das dinâmicas PlayStation 3 e das interactivas Nintendo Wii. As inscrições encontram-se abertas e podem ser feitas através do site www.meoxlparty.com. Na conferência de imprensa que decorreu na manhã de quarta-feira nos Paços do Concelho, João Castro, presidente da autarquia, salientou o facto do transporte interilhas poder vir a valorizar em muito este certame. Bruno Pacheco, director regional da Juventude, considerou como objectivo
principal desta iniciativa a descentralização de eventos de âmbito nacional para outras ilhas do arquipélago que não São Miguel e Terceira, e afirmou ser um evento potenciador da fixação de jovens na Região, como seja através da criação de aplicações para o mobile, que estão agora tanto em voga em que podem ser feitas a partir de qualquer parte do mundo. Uma LAN party é um evento temporário para juntar pessoas com os seus computadores, que os ligam numa rede local (LAN), geralmente com o objectivo de se jogar jogos de computador multiplayer. Tendo a sua origem no norte da Europa, onde são frequentes, a sua tradição remonta há mais de 10 anos. Pedro Silveira, responsável da empresa E2Tech, organizadora parceira da CMH, não quis levantar muito o véu em relação ao certame, cujas inscrições já estão abertas e têm um custo de 10 euros, mas revelou que serão apresentadas muitas novidades.
ESPAÇO DE PROxIMIDADE A POLÍCIA AO SERvIÇO DOS CIDADÃOS
D D E E S S E E G G U U R R A A N N Ç Ç A A
fiSCaLiZação SeLeCtiVa agoSto - 2011 utilização dos sistemas de retenção para o transporte de crianças coima de 120 a 600€ e I.c. de 1 a 12 meses utilização do cinto de segurança durante a marcha do veículo coima de 120 a 600€ uso indevido do telemóvel no exercício da condução coima de 120€ a 600€ e I.c. de 1 a 12 meses excesso de velocidade coimas mínimas de 60 a 500€ e sanção Acessória de I.c de 1 a 12 meses (grave) e 2 a condução sob influência do álcool tAs - 0,50 a 079 g/L, coima de 250€ a 1250€ e I.c. de 1 a 12 meses
Lá dIz A sAbedoRIA popuLAR: P P Ú Ú B B L L I I C C A A
quando vire as barbas do vizinho a arder, ponha as suas de molho, seja moderado e responsável. A p.s.p. deseja-lhe uma agradável viagem em família esclarecimentos adicionais deverão ser solicitados à p.s.p. da sua área de residência ou por correio electrónico: cphorta@psp.pt
contactos: telefone – 292208510 PROGRAMA INTEGRADODE POLICIAMENTO DE PROxIMIDADE
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PCP pede união em defesa do subsídio de natal dos açorianos Maria José Silva Foto: Marla Pinheiro
Texto e Fotos
P P O O L L Í Í C C I I A A
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g Quando faltavam apenas 2 dias para a votação final na Assembleia da República do diploma que cria o imposto extraordinário sobre o subsídio de Natal, Aníbal Pires convocou os jornalistas para apresentar o documento que levou à reunião da Comissão Permanente da Assembleia Regional, que se realizou ontem 4 de Agosto, visando uma tomada de posição contra esse mesmo imposto. Mesmo sabendo de antemão que a comissão reuniria apenas a 24 horas da votação, a Representação Parlamentar do PCP considerou ser pertinente que os deputados açorianos façam chegar à República o seu desagrado perante este imposto. Em conferência de imprensa proferida na tarde de quarta-feira, na cidade da Horta Aníbal Pires classificou esta medida de injusta, uma vez que, no entender do líder parlamentar do PCP, “vai sobrecarre-
gar ainda mais os portugueses”. Pires vai mais longe ao afirmar mesmo que esta medida “é anticonstitucional, ao sonegar às Regiões Autónomas receitas fiscais que são suas, e ilegal ao violar de forma clara o Estatuto Político-Administrativo e a Lei de Finanças Regionais.” O comunista considera a aprovação deste diploma como “o maior ataque à Autonomia açoriana de que há memória”. “Importa, assim, que as estruturas regionais destes partidos possam de uma forma clara e inequívoca afirmar a sua posição. De que lado estão? Ao lado da Autonomia ou ao lado do desrespeito pela Constituição, pelo Estatuto e pela Lei das Finanças Regionais. Apesar da Comissão Parlamentar de Economia já se ter pronunciado no plano jurídico, importa que todas as forças que constituem o Parlamento dos Açores tomem uma posição política clara de contestação a esta machadada que o Governo PSD/CDS-PP quer dar nos direitos dos açorianos” – sublinhou Aníbal Pires.
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opInIão
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Tribuna das Ilhas
opInAndo objectIvAmente
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Armando Amaral
Com natural satisfação venho há anos (muitos) assistindo à comemoração do dia (4 de Julho) em que em 1833 a Horta passou de Vila a Cidade. Como em tempos escrevemos foram responsáveis: Dois Homens e um Povo. Ou precisando: D. Pedro IV que, em gesto de gratidão, aquiesceu ao pedido do Dr. António José de Ávila, Presidente do Município, interpretando antiga aspiração da gente faialense, assaz ligada ao êxito da célebre Armada açórica, de que fizeram parte muitos “barcos construídos no Arsenal às Angústias. É que, ainda em meados do século passado, a linda efeméride passava despercebida, e nem se pode dizer que fosse abafada pelo "Four July", assim chamada concorrida
tÓPiCoS: 1 - Cidade 2 - três 3 - agradecer 4 - machadada festa nocturna, promovida pelo Sporting da Horta, dedicada aos imigrantes luso-americanos. Julgo até que as coisas começaram a inverter-se em 1972 aquando da vinda do Mayor de New Bedford e do Conselheiro Neto, acompanhados das esposas, logo após a geminação das duas Cidades, visita a coincidir com data histórica para o Faial e para os Estados Unidos. E a partir de então, a Vereação faialense passou não só a não esquecer a data mas também a darlhe o devido relevo que o programa deste ano é assaz elucidativo.
2
Já aqui temos feito referência à insistência de Mário Soares, com o amen de meia dúzia de "intelectuais" camaradas na inverdade da existência apenas de duas Repúblicas, ignorando esse período
de 1926 a 74. Mas lá diz a sabedoria popular: "A verdade é como o azeite vem sempre ao de cima". É que, discursando em Belém em 25 de Abril, o "pai" da democracia, como dizem, referiu-se ao Estado Novo(sic) como "República absoleta". Afinal, bem ou mal, sempre são três.
3
Em notícia da RTP-Açores ficámos a saber da apreensão de 200 quilos de cocaína encontrada num iate norte-americano intersetado por autoridades portuguesas quando navegava "entre as ilhas do grupo central e ocidental", tendo sido obrigado a rumar para a marina de Ponta Delgada. Embora não se compreenda que não tenha sido encaminhado para o
porto mais próximo, é de louvar e agradecer a intenção de não terem querido conspurcar com tanta porcaria a mais movimentada marina da Região e a Baía da Horta que faz parte do Clube das mais belas do Mundo.
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Há um ano que o Prota, incluindo as Plataformas "escondidas em janelinhas", foi aprovado, com os votos contra de toda a Oposição e dos deputados socialistas faialenses que também não foram no bote. E não se enganaram, pois acaba de aparecer o rabo do gato, a desfazer o disfarce em "encomendado" estudo da CCIA (Câmara do Comércio e Indústria dos Açores), a confirmar que, para uns tantos, as ditas Plataformas não eram assim tão insignificantes ou inocentes. Como é assaz evidente que São
Miguel e Terceira seriam as únicas ilhas a não sofrerem quaisquer prejuízos, e a segunda a colher até benefícios, se a peregrina ideia viesse a ser realidade. É certo que continuariam todas a abastecerem-se no mercado continental, mas as restantes sete ficariam sujeitas às nefastas consequências dos transbordos. E depois da recente rejeição pelo Presidente socialista do Município da Horta em dia do aniversario da Cidade, e de designadas do "mal" por comerciante faialense, com certeza a interpretar o sentir duma maioria embora silenciosa, eis que surge agora o Presidente da Transinsular a considerar "idealista e utópico" o estudo da CCIA e as Plataformas de "Projectos megalómanos que não melhoram o abastecimento dos Açores".
conHeceR o cAncRo
Gonçalo Ferraz
Cancro da Pele: o sucesso das campanhas australianas DR
M
uita confusão se gera à volta das estatísticas do cancro de pele. As razões são várias. Para começar temos o facto de existir uma divisão nas próprias estatísticas oficiais, sejam de mortalidade, incidência, prevalência ou sobrevivência, quanto ao tipo de cancro de pele a ser descrito. Assim, ao leitor mais atento não escapará o facto de nos Açores, em 2006, se terem registado 187 novos casos dos chamados cancros de pele não melanoma (também designados como carcinomas da pele ou carcinomas queratinócitos) e somente 19 novos casos do já conhecido melanoma da pele (dados disponíveis em www.azores.gov.pt – Governo Regional – Secretaria Regional da Saúde – Centro de Oncologia dos Açores). Esta primeira distinção é realmente importante, pois, salvaguardando as excepções (existem e não são de desprezar), pode dizer-se que se morre de melanoma, mas não se morre de cancro de pele não melanoma. Ou seja, o melanoma da pele, que constitui cerca de 90% do total de melanomas (as outras localizações possíveis são os olhos e determinadas mucosas, como as das cavidades oral e nasal, do esófago, das regiões ano-rectal e genitourinária e da conjuntiva), apesar de ser consideravelmente menos frequente do que os carcinomas da pele, é um cancro agressivo e com elevada capacidade de metastização. No entanto, como em todos os outros cancros, a sua detecção precoce resulta numa taxa de cura após cirurgia relativamente elevada.
Uma segunda razão tem a ver com a decisão de muitos registos oncológicos só registarem parte dos carcinomas da pele nas suas bases de dados. Tal decisão fundamenta-se, não só, na já referida elevada frequência destes cancros nas populações (aliás, a mesma pessoa pode ser diagnosticada com carcinoma da pele várias vezes ao longo da sua vida), o que implica um considerável esforço extra no seu registo, mas também no excelente prognóstico e baixíssima morbilidade associada a estas neoplasias cutâneas (o melanoma, como vimos, é o “reverso da medalha”). Assim, alguns registos oncológicos optam por registar ou somente o carcinoma de células escamosas (pavimento celular ou epidermóide) ou somente o carcinoma de células basais (basocelular) ou, como também acontece, nenhum dos dois. Dada a reduzida dimensão da população, nos Açores existe a capacidade de registar todos os tipos de carcinomas da pele. Contudo, realce-se que os dados de incidência do cancro na Região, tal como normalmente são apresentados, fazem a distinção entre o total dos cancros incluindo pele não melanoma e o total dos cancros excluindo esta localização em particular, sendo esta última a forma mais correcta de os apresentar. Recorrendo novamente ao ano de 2006, vemos que foram registados um total de 930 novos casos de cancro nos Açores (539 nos homens e 391 nas mulheres), valor esse que passaria para 1117 caso incluíssemos os carcinomas da pele.
Qualquer referência que se faça às estatísticas de incidência do cancro num país ou região deve, por isso, excluir sempre os carcinomas da pele. Caso contrário, estar-se-á a considerar neoplasias que pouco ou nada contribuem para a morbilidade e mortalidade por cancro no respectivo país ou região. A radiação solar é a mais bem estudada e documentada causa de cancro de pele, seja carcinoma ou melanoma. À semelhança do que já se verifica para o consumo de tabaco e cancro do pulmão, é também um factor de risco universalmente aceite, ou seja, não é só a comunidade científica e os médicos da especialidade que aceitam a radiação solar
como agente cancerígeno para o humano (lembre-se que a radiação artificial, sobretudo a proveniente dos aparelhos bronzeadores é igualmente cancerígena, nomeadamente no desenvolvimento de melanoma da pele e de estruturas do olho, como a coróide e corpo ciliar). Tal fenómeno deve-se sobretudo a projectos/campanhas de sensibilização para os malefícios da exposição incorrecta ao sol (não esqueçamos que uma correcta exposição é saudável e desejável), alguns deles há muito implementados em países como a Austrália, de onde, aliás, são originários. Dos projectos/campanhas australianos destacamos o “Queensland
Melanoma Project” e a campanha “Slip, Slop, Slap, Seek, Slide”. O primeiro foi implementado em 1963 e ainda decorre. A segunda iniciou-se em 1981 e constitui a campanha mais mediática do país. Para os mais curiosos, aqui fica o seu significado: slip on a shirt, slop on the sunscreen, slap on a hat, seek shade, slide on some sunnies (veste uma t-shirt, espalha o protector, põe o chapéu, procura a sombra e coloca os óculos de sol). Levando a sério a mensagem, é garantido que não existe forma mais eficaz de diminuir o risco de cancro da pele, seja nos Açores ou no outro lado do mundo! 22-07-2011
despoRto
Tribuna das Ilhas
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david abecassis/ atlantis Cup 2011/regata da autonomia quase no faial miguel guimarães g A Atlantis Cup/Regata da Autonomia 2011 já navega com destino ao Faial. Os treze veleiros partiram segunda-feira, de Santa Maria rumo a São Miguel. Antes da largada os skippers encontravam-se motivados com as condições do vento, que soprava de noroeste a uma força de 15 nós. Da lista de inscritos fazem parte dois veleiros de Lisboa, dois de São Miguel, dois da Terceira, cinco do Faial e dois estrangeiros. A primeira perna foi ganha, nos ORC 2 por Luís Quintino no “Xcape”. Na classe ORC 3 o “Desafinado” de Agostinho Ribeiro foi o primeiro e na classe cruzeiro o já repetente nestas andanças, “Soraya” de Frederico Rodrigues. A segunda etapa da Atlantis
Cup que liga São Miguel à Terceira arrancou com menos um veleiro na frota, neste caso o veleiro de bandeira alemã o “Blue Chip”. Os veleiros chegaram na madrugada de quinta-feira pelo que, à hora de fecho da edição do TRIBUNA DAS ILHAS desta semana, não nos foi possível apurar resultados. Os 12 iates em competição partem rumo à cidade da Horta no próximo sábado, estando a largada prevista para as 10h00. O Clube Naval da Horta, com a colaboração do Clube Naval de Santa Maria, Angra Iate Clube e o Clube Naval de Ponta Delgada, são as entidades que promovem a XXII edição da regata “Atlantis Cup – Regata da Autonomia“. A Regata “Atlantis Cup – Regata da Autonomia” realiza-se
nas águas do Arquipélago dos Açores, ligando as Ilhas de Stª Maria, S. Miguel, Terceira e Faial, entre os dias 01 e 07 de Agosto de 2011. Recorde-se que em 2010 integraram a Atlantis Cup 19 veleiros, tendo sido o Wind I o grande vencedor, vindo de São Miguel. O Fun-tastic, de José Correia, foi o melhor barco faialense em prova. Integrada no campeonato regional de vela de cruzeiro dos Açores, a Atlantis Cup é a mais importante prova de vela do panorama desportivo regional e uma das mais impressionantes regatas oceânicas. Recorde-se que em 2010 integraram a Atlantis Cup 19 veleiros, tendo sido o Wind I o grande vencedor, vindo de São Miguel. O Fun-tastic, de José Correia, foi o melhor barco faialense em prova. mjS
Workshop de Capoeira
g Decorreu nos dias 28, 29 e 30 de Julho, na Fábrica da Baleia, um Workshop de Capoeira, organizado pela Associação Cultural Raízes na Terra. Com orientação do Mestre Branco, natural da Baía no Brasil e residente em França, este workshop contou com a participação de 12 pessoas. No final da tarde de terça-feira os formandos reuniram-se no Largo do Infante, onde protagonizaram uma “Roda de Rua”. Tribuna das Ilhas assistiu à Roda, ouviu os cânticos e conversou com Teresa Cerqueira, uma
das 13 pessoas que no Faial, desde Outubro passado, praticam capoeira. De acordo com as explicações de Teresa Cerqueira, a roda de capoeira é “o dia em que tudo acontece”. Trata-se de um círculo de capoeiristas com uma bateria musical em que a capoeira é jogada, tocada e cantada. A roda serve tanto para o jogo, divertimento e espectáculo, quanto para que capoeiristas possam aplicar o que aprenderam durante o workshop. Os capoeiristas perfilam na roda de capoeira cantando e
batendo palmas no ritmo do berimbau (instrumento de corda) enquanto dois elementos jogam capoeira. O jogo entre dois capoeiristas pode terminar ao comando do tocador de berimbau ou quando algum outro capoeirista da roda entra e inicia um novo jogo. O objectivo principal da capoeira é fazer com que o adversário seja derrubado preferencialmente com uma rasteira. Ainda conforme nos explicou Teresa Cerqueira, a capoeira é uma expressão cultural brasileira que mistura artes marciais, desporto, cultura popular e música. Actualmente é considerada Património Cultural e Imaterial do Brasil. Para breve não está agendado qualquer workshop de capoeira no Faial, todavia, os interessados em aprender podem dirigir-se, às terças e sextas-feiras, pelas 18h30, ao Castelo de São Sebastião, onde são ministradas aulas. mjS
CoNtaçor De Maria da Graça Antunes Rodrigues admite eStagiário/a ao abrigo do programa Estagiar L. teLefoNe: 292 622 741
BoLSaS de eStudo da fuNdação faiaLeNSe Informam-se todos os interessados que o prazo de candidatura às bolsas de estudo da Fundação Faialense decorre nos meses de Agosto e Setembro. Os boletins de candidatura podem ser levantados na Área de Alunos da Escola Secundária Manuel de Arriaga.
em 30.º no europeu 420 g A dupla do Clube Naval da Horta, Miguel Guimarães/David Abecasis, esteve presente no Europeu de 420 em vela ligeira, como o TRIBUNA DAS ILHAS fez referência na edição anterior, que terminou na passada sexta-feira e que ditou o 30.º lugar ao Naval da Horta. O Campeonato Europeu Open de 420 foi organizado pelo Clube Náutico de Tavira numa parceria com a Associação Portuguesa da Classe 420 e a Federação Portuguesa de Vela, sob as instruções da Associação Internacional da Classe 420 e decorreu de 20 a 29 de Julho de 2011. David Abecassis, velejador que faz dupla com Miguel Guimarães, referiu, no final que, “apesar de não termos atingido o objectivo do top 20 ficamos contentes com a nossa prestação.
Não tivesse sido o erro da primeira regata tinhamos terminado em 13.º lugar. Por outro lado, as nossas prestações com este vento foram bastante positivas pois dado o nosso peso sempre senti-
mos algumas dificuldades com ventos mais fracos. Do ponto de vista táctico e estratégico fizemos regatas muito boas durante todo o campeonato o que também nos deixou contentes."
CNH veleja em Londres
g O velejador do Clube Naval da Horta, Rui Silveira, está a participar, em Londres, no ISAF London 2012 Olympic Games Sailing Competition Test. Ao todo, mais de 100 velejadores da classe Laser e Laser Radial estarão em com-
petição na Regata Teste Olímpico, entre 31 de Julho e 13 de Agosto. Esta prova irá contar como uma regata preparatória para a Competição de Vela dos Jogos Olímpicos de Londres 2012. São 56 velejadores a compe-
tir na classe Laser e 49 na classe Laser Radial que irão representar os seus países numa tentativa de se adaptarem ao máximo às águas onde decorrerão os Jogos de Londres 2012. Esta é mais uma prova preparatória em que, de acordo com o Clube Naval da Horta, o velejador Rui Silveira irá participar com o intuito de ganhar ritmo competitivo ao mais alto nível, com vista à sua participação no Campeonato do Mundo que irá apurar os velejadores que irão estar nos Jogos Olímpicos de Londres no próximo ano.
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opInIão
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Tribuna das Ilhas
HIstÓRIAs dAs FLoRes
Noite de reis na fajãzinha, de ernesto rebello (1878)
(iii)
DESENHO DO ENG. SÉRGIO PAIxÃO.
(Continuação) E bom velho Ramos continuou a contar a recepção que o Pe. Malhão de paróquia da Fajãzinha propiciou ao Bispo. Diz o Pe. Malhão: «— Pois saberá V. Ex.ª Reverendíssima que tudo o que está destas portas dentro pertenceme e é obra minha, incluindo as tochas e também os tocheiros — disse-lhe o Vigário». «O bispo olhou para os rapazes, que continuavam imóveis no seu posto e lambendo os beiços, em melífluo sorriso, a todos deitou a sua respeitável bênção. Bons tempos aqueles…» — concluiu o Sr. Ramos. « — Está visto que sim — respondeu ainda o [músico] do bombo — eu cá houve tempo em que o Vigário de minha freguesia era o Pe. Malhão, bom homem, muito dado, muito relacionado que na área da sua paróquia contava, segundo reza crónica, quarenta descendentes, por isso pode avaliar-se o que é a gente nascida ali, digo-o sem orgulho». «— Quarenta!... parece exagero ainda que…». «— Pois olhe que é puríssima verdade e para prova é que no folheto dos ‘Sete Pecados Portais’, escrito aqui na ilha, mas impresso em Lisboa, o tal Rev.º Vigário figura como representante do 3.º pecado. Aquela brincadeira, honra lhe seja, foi feita pelo Pe. Camões, nosso patrício». « — Este diabo é um almanaque — acudiu o mais novo dos rapazes que tocava ferrinhos, — que era esse Pe. Camões, desse nome nunca ouvi falar senão num que, há muitos anos, escreveu versos e meu avô tem um livro dele que se chama os Lusíadas».
«— Aquele de que eu trato era outro, natural aqui das Flores e que possuía a melhor biblioteca talvez dos Açores. Quantos livros vocês por aí encontram ainda, eram seus, e escreveu também o ‘Testamento do Burro’, que é obra bem acabada e na qual não se esquecia de muitas desta terra». «— O Pe. Camões! — disse ainda o velho Ramos — conheci-o perfeitamente, tinha a mania de ser ouvidor nas Lajes e por isso indispôs-se com muitos colegas daqui, eram trinta câes a um osso, a quem não o poupava ele pagavalhe na mesma moeda (13). Morreu pobre haverá uns trinta e cinco ou quarenta anos e, diga-se a verdade, homem mais generoso jamais conheci, quanto ganhava quanto dava». E Manuel Ramos acrescentou: «— Só a papelada que ele deixou quando morreu e tudo puxado da sua cabeça”. « — O que não dispõe muito a favor do seu bom senso, para que demónio se punha o Padre Camões a cansar cá na ilha?... Olhe Sr. Ramos, eu cá em tendo o meu bombo em perfeito estado e duas ou três raparigas de truz a quem arraste a asa, estou nas minhas quintas, não me importo em mais nada. Se eu a esta hora estava na Fajã-Grande…». «— Havias de fazer grandes coisas, não há dúvida — disse-lhe um dos companheiros — o que me parece é que o tal padre Camões se vivo fosse não deixava de te incluir nos seus versos, aplicando-te uma boa sova». « — Se fosse bem dada, não me queixava». «O Ramos acrescentou ainda»: «— Que ele tinha bastante graça, era ponto de fé e conservou sempre aquele génio alegre até à última hora. Quando
Esta casa típica da freguesia da Fajãzinha podia ter sido a casa do Sr. Ramos, onde o escritor faialense Ernesto Rebello situa a noite de Reis da sua história
o Padre Camões, que passava a vida a ler e a fazer versos, enfermou gravemente, já idoso, pobre e ralado de desgostos, eu muitas vezes ia visitá-lo, porque éramos então vizinhos e disse-me por várias vezes que tinha uma gaveta cheia das suas obras, mas disso tudo deram, depois, cabo os herdeiros. Até um irmão dele, também clérigo e que fora frade foi o mais empenhado nisso, pois dizia sempre que era o diabo quem lhe inspirava tais cantigas». «— Pedaço de burro!» «— Lembro-me até, foi no derradeiro
Por “esta terra” Maria Patrão Neves
N
a passada sexta-feira apresentei um balanço de dois anos de trabalho como deputada ao Parlamento Europeu. Já o havia feito 6 meses após o início de funções e também no termo do primeiro ano, cumprindo o que considero ser um dever de “prestar contas” regularmente aos cidadãos que represento. Entre as muitas acções que referi, destaquei o momento mais gratificante e também o mais frustrante deste último semestre. Gratificante foi presenciar que, depois de ter iniciado um Roteiro sobre o Voluntariado em todo o arquipélago, ter reunido representantes do voluntariado açoriano com os principais responsáveis da Comissão Europeia e de Portugal no Parlamento Europeu, e ter lançado o Prémio “Mais Voluntário”, se começaram a multiplicar iniciativas, a nível governamental, autárquico, político-partidário e de diferentes instituições para promoção do
Ano Europeu do Voluntariado. É uma causa social meritória que está a ser servida. Frustrante foi assistir a manobras para literalmente apagar o meu nome de uma iniciativa de defesa das quotas leiteiras no Parlamento Europeu, sobretudo depois de ter havido uma total colaboração dos socialistas ao meu repto de fazermos uma proposta conjunta e de termos trabalhado juntos no processo de levar uma proposta comum à sessão plenária. Foi pena manchar futilmente o que havia sido uma luta partilhada pelo interesse regional e nacional. Neste “balanço” apontei também os desafios mais imediatos no Parlamento Europeu: o Programa Posei, importante instrumento de discriminação positiva para a nossa agricultura, que vai ser votado em Setembro e cujo orçamento constitui uma forte preocupação; e a reforma da Política Comum das Pescas cujo pacote legislativo, para apreciação pelo Parlamento Europeu, foi agora apresentado, referindo-se à regionalização, acesso às águas, modelos de gestão, etc. mas pouco concretizando. Seguiram-se as perguntas dos jornalistas que, por economia de tempo e de espa-
ço, não foram divulgadas o mesmo sucedendo com parte das respostas dadas. Os extractos soltos das minhas foram, no entanto, suficientes para a já habitual marcação cerrada do Governo Regional ao que digo ou escrevo, e cujo reportório varia entre acusar-me de estar mal informada e de me enganar, na versão benigna, e de estar a fazer jogos políticos e de mentir, na versão maligna. Desta vez “parece que não ando nesta terra”… Não nego ser surpreendente a atenção que me dedicam, mas também deplorável a leviandade e desrespeito com que o fazem. Compreendo que aqui ganhe expressão a tradicional afirmação “falem bem ou falem mal, mas falem de mim” pois as minhas palavras e acções acabam por ganhar eco, por via desta crítica recorrente que as acompanha, sem o risco do cidadão se deixar enganar por uma estratégia tão estafada. Mas não gosto deste provérbio! Preferia que as causas regionais nos libertassem da contínua campanha eleitoral em que vivemos e cedessem espaço para a colaboração de que carecemos. Afinal, o desempenho de dois anos que apresentei foi feito “nesta terra” e por “esta terra”. 29.07.2011
dia da sua existência, o Padre Camões já estava muito fraquinho, fui vê-lo de manhã e em quando lá estava chegou o irmão, que de há muito não o procurava. O Camões sorriu e disse-lhe: Tu por aqui?! ... ora ainda bem, sempre somos irmãos e nestes momentos esquece-se tudo…» E o Sr. Ramos continuava a contar histórias, agora a relativa ao seu ilustre conterrâneo, Padre José António Camões, baptizado na freguesia da Fajãzinha em 13 de Dezembro de 1777 e falecido na freguesia de Ponta
Delgada das Flores em 18 de Janeiro de 1827 (13-A). (Continua) Coordenação de José Arlindo Armas Trigueiro (13). Rebello, Ernesto, “Uma Noite de Reis na
Freguesia da Fajãzinha”, “Arquivo dos Açores”, (1885), p.170, republicado em 1982 pelo Universidade dos Açores - Ponta Delgada. (13-A). Trigueiro, José Arlindo Armas, “Obras”, (2008), pp. 21-35, edição da câmara Municipal das Lajes das Flores.
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InFoRmAção
Tribuna das Ilhas
AGENDA
FARMÁCIAS
DIA 4 DE SETEMBRO [9H30 – 12H30] - Pintura em azulejo ou objectos em cerâmica. Organização da cMH e Hortaludus HOJE "Oficina RadioNovela" por Manuela Ferreira no Teatro Faialense. Organização do cMH e Hortaludus ATÉ 20 DE AGOSTO DE 2011 Das 10H00 às 18H00 - Exposição Evolução, Resposta a um Planeta em Mudança - Fábrica da Baleia - centro do Mar. Revisite a história do Planeta Terra de forma educativa e cativante. Organização da SRcTE e OMA
AReeIRo • cApeLo • teLF. 292 945 204 • tLm. 969 075 947
HOJE E AMANHÃ Farmácia corrêa 292 292 968 DE 7 A 13 DE AGOSTO Farmácia Ayres Pinheiro 292 292 749
ATÉ 22 DE AGOSTO 2011 3.ª Edição do concurso Multiartes Porto PimTado - Pintura, Fotografia, Poesia ou outra expressão artística (Arte Livre). Organização do OMA - Observatório do Mar e Associação Fazendo
DIA 3 DE SETEMBRO [9H30 – 12H30] - Breve explicação sobre a técnica da pintura sobre azulejo - Pintura em azulejo
EMERGêNCIAS -FAIAL i h p o ~ m i i
Número Nacional de Socorro 112 Bombeiros Voluntários Faialenses 292 200 850 PSP - 292 208 510 Polícia Marítima 292 208 015 Telemóvel: 912 354 130 Protecção civil - 295401400/01 Linha de Saúde Pública 808211311 centro de Saúde da Horta 292 207 200 Hospital da Horta 292 201 000
EMENTA PARA DOMINGO POLvO à REGIONAL BACALHAU ASSADO NO FORNO FILETES DE vEJA
TRANSPORTES - FAIAL jSATA - 292 202 310 - 292 292 290 Loja jTAP (aeroporto) - 292 943 481 v Associação de Taxistas da Ilha do Faial 292 391 300/ 500 oTransmaçor - 292 200 380
AceitAm-se ReseRvAs vENDEMOS REFEIÇõES PARA FORA
e menTa variada TodoS oS d iaS
METEOROLOGIA
ATÉ 31 DE AGOSTO Exposição do concurso "Parada de Árvores" no centro de cultura e Exposições da Horta. Organização da Governo Regional, SRAF, DRRF, Serviço Florestal do Faial | com o apoio da Hortaludus
NO SNACk
DE 7 A 14 DE AGOSTO DE 2011 10H00 às 23H00 - Festa do Livro da Horta Biblioteca Pública A. R. J. J. G.. Organização da comissão Organizadora da Semana do Mar 2011
E PRATO DO DIA
descanso semanal: teRçA-FeIRA
GRUPO CENTRAL HOJE céu geralmente pouco nublado. Neblinas. Vento oeste moderado (20/30 km/h) soprando temporariamente fresco (30/40km/h) com rajadas até 50km/h. Mar cavado. Ondas oeste de 2 metros AMANHÃ. céu geralmente pouco nublado. Neblinas Vento oeste moderado (20/30 km/h) . Mar de pequena vaga a cavado. Ondas oeste de 2 metros, passando a noroeste.
EDITOR: Fernando Melo CHEFE DE REDACÇÃO: Maria José Silva REDACÇÃO: Susana Garcia e Marla Pinheiro FOTOGRAFIA: carlos Pinheiro
temos semPre bom Peixe Venha almoçar ou Jantar num ambiente romântico e faça uma visita à JJ MODA
DOMINGO céu geralmente pouco nublado. Vento oeste moderado (20/30 km/h) rodando para noroeste. Mar de pequena vaga a cavado. Ondas noroeste de 2 metros.
FICHA
Tribuna das Ilhas DIRECTOR: cristiano Bem
BAR SERvIMOS
REFEIÇõES LIGEIRAS
AMANHÃ Das 09H00 às 14H30 - Bazar de Rua Feira de Artigos Usados na Praça da República. Organização da Raízes na Terra Associação cultural com o apoio da câmara Municipal da Horta ATÉ 28 DE AGOSTO DE 2011 Exposição colectiva de Pintura centro de cultura e Exposições da Horta. Organização da câmara Municipal da Horta e Hortaludus
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RestAuRAnte e snAck-bAR
UTILIDADES
EvENTOS
ATÉ 31 DE AGOSTO DE 2011 Inscrições Workshop de Pintura em cerâmica por Teresa cortez no centro de cultura e Exposições da Horta
5 DE AGOSTO DE 2O11
COLABORADORES PERMANENTES:Costa Pereira, Fernando Faria, Frederico Cardigos, José Trigueiros, Mário Frayão, Armando Amaral, victor Dores, Alzira Silva, Paulo Oliveira, Ruben Simas, Fernando Guerra, Raul Marques, Genuíno Madruga, Berto Messias COLABORADORES EvENTUAIS: Machado Oliveira, Francisco César, Cláudio Almeida, Paulo Mendes, zuraida Soares, Gonçalo Forjaz, Roberto Faria, Santos Madruga, Lucas da Silva
PROJECTO GRÁFICO: IAIc - Informação, Animação e Intercâmbio cultural, cRL PAGINAÇÃO: Susana Garcia REDACÇÃO ASSINATURAS E PUBLICIDADE: Rua conselheiro Miguel da Silveira, nº12, cv/A-c - 9900 -114 Horta CONTACTOS: Telefone/Fax: 292 292 145 E-MAIL: tribunadasilhas@mail.telepac.pt tribunadasilhas@gmail.com
E DECORAçãO Pronto a vestir
TÉCNICA
IMPRESSÃO:
Rua Manuel Inácio 9900-152 - Horta
EDITOR E PROPRIETÁRIO:
de Sousa, 25
DISTRIBUIÇÃO: cTT TIRAGEM: 1000 exemplares REGISTO: nº 123 974 do Instituto de comunicação Social
IAIc - Informação, Animação e Intercâmbio cultural, cRL NIPc: 512064652 REGISTO COMERCIAL: 00015/011017 (Horta) - Porte Subsidiado GOvERNO REGIONAL DOS AÇORES
Esta publicação é apoiada pelo PROMEDIA - Programa Regional de Apoio à comunicação Social Privada