ABRIL DE 2012
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TRIBUNA DO DIREITO
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ANOS ANO 19 Nº 228
SÃO PAULO, ABRIL DE 2012
R$ 7,00 STF
Governo quer reduzir carcerário Ayres Brito terá muitodéficit trabalho no STF
O
ministro Carlos Ayres de Brito vai ser, a partir do dia 19, o novo presidente da mais alta Corte de Justiça do País, o STF, ocupando lugar que hoje é do ministro Cezar Peluso. Será o primeiro nordestino a assumir o cargo. Mas só deve ficar até 18 de novembro, quando completa 70 anos e se aposenta, deixando o lugar para Joaquim Barbosa, que será o vice-presidente da Corte, assumir a chefia do STF. Logo que ficou sabendo de sua eleição (dez votos a um),
já que, por tradição, o eleito nunca vota nele mesmo, Ayres Brito disse ter um “olhar coletivo” e que vai procurar olhar “compartilhadamente” para “levar a bom termo” a presidência das duas instituições (STF e CNJ). Aliás, Ayres de Brito assume, como de praxe, a presidência do Conselho Nacional de Justiça(CNJ), órgão de controle externo da Magistratura, que tem sido muito criticado por decisões contrárias aos interesses de uma ala dos magistrados. Como mostra Percival de Souza nas páginas 24 e 25, Ayres Brito entra de imediato no
“olho do furacão político”, que procura contrastar atividades correcionais com o inconformismo da ala de magistrados e com assuntos polêmicos que cairão “no colo dele”, A liminar concedida a associações de classe, interrompendo investigações que estavam sendo conduzidas pelo CNJ sobre a evolução patrimonial de juízes e servidores do Judiciário, é um deles. As investigações chegaram a ficar paralisadas em dezembro, mas a corregedora nacional, Eliana Calmon, enviou ofício ao STF, ponderando que o trabalho havia ficado “comprometido” com a liminar
que autorizou a interrupção. Outro é o julgamento do rumoroso caso do “mensalão”, que se arrasta há sete anos. O processo está nas mãos do revisor e caberá a Ayres Brito, conhecido por suas “tiradas” filosóficas e poéticas, marcar a data para apreciação plenária. E ainda terá de se debruçar sobre o caso das Medidas Provisórias (12 delas estão na pauta da Câmara), e a sobre a discussão da concessão de registro eleitoral, visando o pleito de outubro, para quem teve contas eleitorais rejeitadas na campanha de 2010. Uma agenda carregada.
OAB
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