Março 2012 - nº 227

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MARÇO DE 2012

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TRIBUNA DO DIREITO

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ANOS ANO 19 Nº 227

SÃO PAULO, MARÇO DE 2012

R$ 7,00 TRABALHO

LIVROS

Nesta edição, três páginas com os principais lançamentos

DIREITO ELEITORAL

Como pagar dívida trabalhista com cartão de crédito

EXAME DE ORDEM

Lei da Ficha Limpa já vale para este ano

Prova práticoprofissional será no dia 25

Internet

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Páginas 26 a 28

Página 31

Página 15

Augusto Canuto/Arquivo

Página 16

JUDICIÁRIO

reduzir déficit carcerário OGoverno futuro quer do Supremo Tribunal Federal

O

Supremo Tribunal Federal manteve os poderes do Conselho Nacional de Justiça, órgão de controle externo do Judiciário; decidiu que a Lei da Ficha Limpa, criada para impedir que quem tem contas a prestar com a Justiça se candidate a algum cargo eletivo, vale a partir das eleições deste ano; e acabou, por 10 votos a 1, com o formalismo da Lei Maria da Penha, criada para punir os agressores de mulheres. Três decisões polêmicas e que vão de encontro ao anseio de todos, ligados ou não ao Judiciário. Percival de Souza Souza, mostra nas páginas 14, 24 e 25 tudo o que envolveu os julgamen-

tos da mais alta Corte de Justiça do País em relação a esses assuntos, as opiniões exaradas publicamente pelos ministros, o “imbróglio” que envolveu uma ministra da alta Corte, acusada por seus pares de pregar contra classe, o que acabou gerando, acima de tudo, uma grande dúvida: o que será do Supremo daqui para frente? A dúvida é se continuará sendo um organismo que julga dando apoio ao corporativismo ou se vai se despreender de todos os ranços que carrega para julgar liberalmente todos os casos em que tiver de dar o sinal que norteará as futuras decisões jurídicas no País. O futuro poderá configurar uma reforma no estilo dos magistrados, considerando-se os fluídos, ostensivos ou não,

vindos do Palácio do Planalto e os princípios básicos da Justiça. Como lembra Percival, de agora em diante, poderá ser solucionada uma espécie de conflito entre o juiz togado (o magistrado) como autoridade e, ao mesmo tempo, servidor. A autoridade tem prevalecido sobre o servidor. As entidades de classe ligadas à Magistratura sentem dificuldade em detectar a distância entre a Justiça e a população. O STF acabou decidindo sob pressão, ouvindo clamores de todos. Como será daqui para frente? O País está mudando, lentamente, mas está mudando. Alguns temas também polêmicos, como as perdas provocadas pelos planos econômicos, estão praticamente prontos para serem julga-

dos brevemente. Como reforça o advogado Bismael B. Moraes Moraes,, em artigo na página 2 2, essas polêmicas trouxeram à tona muitas informações que, sob alegação do resguardo quanto à ilabada atuação dos órgãos julgadores, ou por esprit de corps, na maioria das vezes ficavam embaixo do tapete. E mais: que em época de ditadura, muitos desse assuntos não viriam à luz, porque “externar o pensamento seria arriscar a liberdade ou até desaparecer”. O clamor das ruas começa a ser ouvido. Bom para um País que quer encontrar seus próprios caminhos, que passa obrigatoriamente por um Supremo Tribunal Federal forte, isento e que justifica o fato de ser a “mais alta Corte de Justiça do País”.


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