Outubro 2012 - nº234

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OUTUBRO DE 2012

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TRIBUNA DO DIREITO

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ANOS ANO 20 Nº 234

SÃO PAULO, OUTUBRO DE 2012 ADVOCACIA

R$ 7,00 TURISMO

CÓDIGO PENAL

Internet

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Os impasses de um novo Código Penal

A

Campanha para a saúde da advogada

Uma opção para o próximo réveillon: Londres

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MAGISTRATURA

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TRABALHO Internet

Internet

s instituições jurídicas, entre elas a OAB, querem suspender a tramitação da proposta de reforma do Código Penal. Alega-se imprecisões jurídicas, desproporção de penas, criação de tipos penais desnecessários, falta de consulta à comunidade jurídica entre outras coisas. Há uma forte oposição ao texto preparado por uma comissão que estudou a reforma do Código Penal (o que está em vigor é de 1940), inclusive com a elaboração de um documento com mais de três mil assinaturas. Um manifesto chega a pedir uma revisão completa do que se pretende inovar. Entre os principais problemas a serem contornados está o do tráfico de drogas, um mercado sempre em ascensão. Parece haver muita desinformação sobre o assunto, principalmente no que se refere ao consumo e ao tráfico de drogas, como mostra Percival de Souza, Souza nas páginas 24 e 25. Para se ter uma ideia da situação,, de acordo com os dados da última pesquisa do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Políticas Públicas do Álcool e Outras Drogas, o

consumo simultâneo de cocaína e maconha é hoje feito por 1/3 da população brasileira, com o Brasil ocupando o segundo lugar mundial no ranking de consumo de cocaína, só “perdendo” para os Estados Unidos. Em julho, por exemplo, o tráfico foi o principal motivo de internação de adolescentes em São Paulo, com os números se elevando ano a ano. Verifica-se que existe um vínculo entre drogas e crimes considerados graves. Para o adolescente, o trafico é “normal”, uma forma de ganhar dinheiro mais fácil do que numa atividade lícita. No Congresso, tentativas de reduzir a chamada “maioridade penal” nunca conseguem sair do papel. O censo demográfico de dois anos atrás revelou que 5,3 milhões de jovens na faixa de 18 a 25 anos, ou 19,5% dessa faixa da população brasileira, não estudam, não trabalham e não procuram emprego. Está nas mãos dos legisladores a fórmula de diagnosticar o que se passa no mundo das drogas, aí incluídos usuários e o tráfico. Sempre existe uma tentativa de camuflar a realidade. A sociedade tem mesmo vontade de combater as drogas? Ou dividir-se entre drogados e não drogados? Internet

Autorizada a posse de juízes aprovados em concurso do TJ-SP Página 18

Impedido de ir ao velório da mãe será indenizado Página 31


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