FEVEREIRO DE 2011
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TRIBUNA DO DIREITO
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ANOS ANO 18 Nº 214
SÃO PAULO, FEVEREIRO DE 2011
R$ 7,00 SEGURANÇA PÚBLICA
Justiça promete luta contra o crime
O
novo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que já havia garantido que nos próximos anos o governo será implacável com o crime organizado, foi mais longe. Citando os Três Mosqueteiros e o autor Alexandre Dumas deixou claro que, a partir de agora, a luta contra o crime será na base de “um por todos e todos por um”. E reafirmou que se a Polícia Federal fracassar no enfrentamento da corrupção, da violência e do narcotráfico,”fracassará o ministro da Justiça”.
E, se este fracassar, “fracassará o governo da presidente Dilma” e “todos os brasileiros”. Cardozo quer que a atuação no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, que uniu a União, o Estado, o município, a polícia, as Forças Armadas e os meios de comunicação se estenda a todo o País. Cardozo, aliás, enfrentou o primeiro problema de sua gestão: Pedro Abromovay, que havia sido indicado como secretário nacional antidrogas e declarara que “pequeno traficante não deve ser preso”, pois as “prisões brasileiras são absolutamente inúteis” e serviriam apenas para agra-
TJ-SP
CADERNO DE LIVROS Augusto Canuto
var a “periculosidade” deles, foi defenestrado pela nova presidente. Aliás, este mês o ministro Cardozo vai manter uma reunião com a presidente Dilma Roussef e com governadores estaduais quando discutirá a elevação das taxas de homicídios e o aumento da criminalidade. O ministro quer a implantação de um plano forte com a presença do Estado nas principais fronteiras, incluindo a cooperação dos países vizinhos. Segundo ele, é a única fórmula de conter o tráfico de drogas e o contrabando de armas. Cardozo, ADVOCACIA
como mostra Percival de Souza 19 vai procurar nas páginas 17 a 19, assumir a responsabilidade de corrigir erros e apontar rumos, com postura de integração e não de divergência, não se importando com as “oposições políticas concentradas em Minas Gerais e São Paulo”. Para o ex-presidente Fernando Henrique, guerra contra as drogas é uma “guerra perdida” e este ano é o momento de afastar-se da abordagem punitiva e buscar um novo conjunto de políticas baseado em saúde pública, direitos humanos e bom senso. TURISMO
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