Tri Sport Agosto 175

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FUEL

INTRA-TREINO

A SUA NUTRIÇÃO VITAL

OPEN WATER

5 DESAFIOS

triathlon GO LONGER

E A SOLUÇÃO PARA O SEU MELHOR NADO


Vantagem “em pessoa”.


S-Works Shiv | Specialized.com


NICE Triatletas encaram o maravilhoso e montanhoso percurso de ciclismo do tradicional Ironman de Nice, na Franรงa. Foto: Charlie Crowhurst/Getty Images

04

TRI SPORT AGOSTO 2017





TRI SPORT MAGAZINE

DESTAQUES

18

ENTREVISTA LUIS OHDE O menino prodígio, um dos maiores talentos da nova geração, de olho em Kona, no Havaí

28 FUEL

Treinando o estômago. O problemático intra-treino

30 BODY MIND

Causas e cuidados com a dor abdominal

CAPA: Etapa da natação durante o Iromnan da Holanda em Maastricht Foto: Charlie Crowhurst/Getty Images 08

TRI SPORT AGOSTO 2017

AGOSTO . 2017


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ÍNDICE

INSIDE 24 OPEN WATER AJUSTANDO A “ÁGUA”

As 5 dificuldades mais comuns na natação e como resolvê-las Por Mario Guagliardi

28 FUEL TREINANDO O ESTÔMAGO

O problema do intratreino Por Julia Engel

30 BODY MIND DOR “DO LADO”

T1

ÁREA DE TRANSIÇÃO

Causas e cuidados com a dor abdominal Por Antonio Chaer

34 TARGET INTENSIDADE E

RECRUTRAMENTO

14 TRIZONE Bio; News; Glossário; Tênis do Mês; Número

Treinando as fibras musculares Por Ken Mierke

18 INTERVIEW Luis Henrique Ohde, o Todinho

40 RACE REPORT Ironman Hamburgo, Ironman Nice; Ironman Suiça; Ironman 70.3 Alagoas

56 DR. COACH Como se manter no topo da performance?

58 CUSTOM BIKE Felt IA3 a nova bike de Fellipe Santos

60 CHECK OUT Meias para que te quero? O novo ítem para seu kit no pedal 10

TRI SPORT AGOSTO 2017

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EDITORIAL

TRI SPORT MAGAZINE

EDITOR-CHEFE | CEO Rodrigo Eichler COMERCIAL Tatiana Eichler comercial@golonger.com.br REPORTAGEM ESPECIAL Fernanda Paradizo Marcos Dantas CRIAÇÃO Guga Serelepe WEB Ricardo Andrade ADMINISTRATIVO Carol Machado FOTOGRAFIA Ricardo Andrade, André Joaquim, Fernanda Paradizo, Delly Carr, Guilherme Dionizio, Alessandro Dahan, Guto Gonçalves, Alê Machado, Ricardo Andrade, Cezsart Heredia e Rodrigo Eichler COLABORADORES DE TEXTO Nicole Tauchmann, Rodolfo Eichler, Idel Halfen e Rodrigo Tosta

MACEIÓ

por Rodrigo Eichler

Confira nesta edição uma série de artigos que vão lhe ajudar nos seus treinamentos e competições pela frente. Reunimos conteúdos específicos para ajudar a sua nutrição durante o seu treinamento. Dê importância ao seu intra-treino e chegue mais longe. Na natação, dissecamos os 5 piores cenários e como solucioná-los para a sua melhor performance na água. Sem deixar de colocá-lo na sua intensidade correta para cada treino, aprenda como treinar em cada zona de intensidade, suas características e seu recrutamento muscular. Passeando pela Europa, trouxemos a cobertura dos Ironmans da Suíca, Hambugo - que fez a sua estreia, além do tradicional Ironman de Nice, na França. Sem esquecermos do nosso território, o Ironman 70.3 Alagoas fez a sua estreia em Maceió e tudo foi perfeito. O povo alagoano mostrou a sua raiz e foi para as ruas prestigiar os triatletas que encararam o meio ironman em um dia perfeito, com mar calmo, em um asfalto liso e rápido. Na meia maratona, todos foram presenteados com uma chuva forte, que refrescou os ânimos e a temperatura que já subia. Maceió veio para ficar.

Para finalizar uma entrevista emocionante com um menino, agora homem, que é um dos mais talentosos da nova geração. Luis Ohde, o Todinho, veio com tudo, escolheu o triathlon como profissão e já tem o foco na elite do Ironman do Havaí. Com sua carreira crescente, ele que foi o melhor amador em 2015, já chegou em 6º no Ironman Brasil deste ano, entre os profissionais. Uma inspiração para a nova geração. Boa leitura.

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TRI SPORT AGOSTO 2017

COLABORARAM NESTA EDIÇÃO Fernanda Garcia e Sergio Borges PUBLICIDADE comercial@golonger.com.br ASSINATURAS Central de Assinaturas atendimento@golonger.com.br SAC Acesse: trisportmag.com.br/fale conosco DISTRIBUIDOR EXCLUSIVO EM TODO TERRITÓRIO NACIONAL Fernando Chinaglia S/A Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da TRI SPORT. Oferecemos assinaturas em todo território nacional. Consulte assinaturas para o exterior.TRI SPORT é uma publicação mensal da Go Longer Endurance Group

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TRI ZONE BIO

PLANILHA Volume semanal médio Natação: 15km Bike: 400km

Corrida: 70-80km

LUCA GLASER

No triathlon desde menina, comunicativa, blogueira e ótima atleta Ela começou bem cedo, em uma

transição do Ballet para

natação. Era uma criança

gordinha e a mãe a colocou

para nadar para dar aquela

espichada. Nesse meio tempo

tinha um escolinha de triathlon

na academia, na qual foi

convidada para uma aula

experimental. De lá para cá

nunca mais parou, com 9 anos

já participou do primeiro triathlon!

“ Depois que comecei me

apaixonei pelo triathlon e ele é

quem conduz a minha vida. Dos

9 aos 13 anos participava de

14

TRI SPORT AGOSTO 2017

provas kids esperando ter idade

“Esse ano que dei uma

ajudar quem esta começando e

maiores (Troféu Brasil e Sesc

as contas do meu trabalho fixo,

Acho que com o blog eu

para participar das provas

Triathlon), Dos 15 aos 19 foi uma fase bem legal pois

participei de provas como

Junior, fui pro mundial na Suiça em 2006 e em 2007 fui morar no Centro de Treinamento de

Tathlon da CBTRI. Depois dessa

fase, meu caminho me levou

para o Ironman, com 22 anos

larguei minha primeira prova na

distância e me encontrei. Desde

lá foram 7 Ironmans.

Durante os anos, eu comecei a

treinar com mais qualidade,

reviravolta na minha vida, pedi (trabalha com organização de eventos esportivos) para me dedicar aos meus meios de

O retorno, inclusive financeiro,

sua evolução? Como é a sua

esta sendo ótimo.

Estou surfando a onda e

colhendo os frutos, meu

objetivo é sempre continuar fazendo o que eu amo e

plantando a sementinha do triathlon por aí. “

treinar com o Fellipe Santos, no

Sim! comecei o blog por causa

começaram a ficar fortes

também, foi um aprendizado

para este ano.”

Com dois mundiais do Havaí no currículo, indo para o terceiro,

Luca vem evoluindo em um ano

diferente na sua rotina.

meu amor pelo triathlon.

Você está indo para o Havaí

que eu faço e aos meus treinos.

Hoje em dia você tem um blog,

ano passado, as longas

consigo dividir um pouco esse

comunicação, trabalho freela

durante um tempo até com

menos volume. Comecei a

receber o retorno é demais!

como funciona?

do meu primeiro ironman, seria um mundo novo e eu queria registrar tudo.

Hoje o blog já tem 5 anos, ja dividi muita coisa, já ajudei

muita gente com as dicas das

minhas experiencias, essa troca é o que me motiva. Poder

pela 3ª vez. Como tem sido a rotina?

Kona para mim sempre tem o

seu momento e sua história. Em 2013, a minha primeira vez, foi super inesperado, vivi tudo

como um presente do esporte.

Em 2016, tive a sorte de fazer Kona ao lado da minha irmã, Yana. Foi incrível, eu nem

consigo expressar o quão

especial foi, acabamos correndo a maratona juntas e cruzando o pórtico que muitos atletas

sonham, de um jeito único, unidas!

Esse ano sei não vai ser

diferente, Kona terá a sua historia!


TRI ZONE NEWS

CAPIXABA DE FERRO

A segunda edição do Capixaba de Ferro em Guarapari no Espírito Santo, teve duas provas com largadas separadas. A prova de Longa Distância contou com a participação de 100 atletas e teve todo o apoio da Federação Capixaba de Triathlon, que garantiu o sucesso do evento. No Full Distance, Rodrigo Vilar defendeu o seu título vencendo a prova na maratona final ao ultrapassar o baiano Dinervisson Silva, que liderou a natação e o ciclismo. Vilar fechou com o tempo de 10h14min26s. A santista Rosecler Costa foi o grande destaque do dia, dominando a categoria feminina e chegando na segunda colocação geral com o tempo de 10h39min43s. Na distância Meio Ironman, Rafael Matos e Helen Fante foram os grande vencedores.

70.3 EQUADOR

Os brasileiros foram bem no Ironman 70.3 em Manta, no Equador. Reinaldo Colucci carimbou sua vaga para o mundial de Ironman no Havaí, vencendo no sprint o colombiano Carlos Quinchara. Fernando Toldi, em excelente prova foi o 3º colocado. A noticia triste do dia ficou com a queda de Igor Amorelli no ciclismo. Igor caiu de forma estranha ao passar a linha divisória de marcação da pista – sua bike saiu de lado. Ele não conseguiu voltar para a prova.

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XTERRA NOTURNO

Com a tradicional largada noturna, no Porto Bello Resort, na Costa Verde, no RJ, os triatletas off-roads coloriram as águas com suas lanternas verdes, em um show autêntico do Xterra Brazil. Felipe Moletta e Sabrina Gobbo dominaram mais uma vez, liderando a prova desde os 750m de natação até a linha de chegada.

OAKLEY

A Oakley expande seu mercardo e lança roupas e capacetes aerodinâmicos para o ciclismo e para o triathlon. O lançamento do capacete Aro7, mostra que a Oakley veio para disputar o mercado com um produto de estilo e toda qualidade da marca - com entradas de vento laterais e frontais para termoregulação dos atletas, o Aro7 vem com uma gigante viseira com a lente premiada Prizm, acoplada ao capacete, que pode ser retirada fácilmente – em um encaixe magnético. Disponível nas cores Matte Black e Matte White, o capacete estará disponível globalmente em fevereiro de 2018 e deve custar em torno de $500.00.

O Super League Triathlon que será realizado em Jersey, na Inglaterra, nos dias 23 e 24 de setembro, anunciou a presença das 25 atletas que irão disputar o evento, que será realizado em 2 dias de competições. O grande destaque entre as mulheres será a presença da suiça Nicola Spirig, campeã olímpica em Londres e prata no Rio, apenas 4 meses após o nascimento do seu 2º filho

GLOSSÁRIO

INTRA-TREINO É a suplementação durante o treino. Bebidas e géis ricos em carboidratos e eletrólitos são utilizados há muito tempo por praticantes de atividades de endurance. Em atividades com intensa sudorese e longa duração, a suplementação durante o treino não somente é um reforço na performance do atleta, mas, dependendo do desgaste físico, é uma proteção à saúde e manutenção da vida

TÊNIS DO MÊS

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INTERVIEW

LUIS HENRIQUE OHDE Menino prodígio, herdou o amor e o apoio dos pais pelo triathlon e o escolheu como profissão. Sincero, autêntico,

talentoso, 23 anos, esse menino-homem vai longe... . De carreira meteórica, Ironman, agora já como profissional, ele foi

o 6º colocado no Ironman Brasil deste ano e já tem os olhos em Kona para disputar com os melhores do mundo na elite. Com vocês Luis Ohde, o Todinho

por Rodrigo Eichler

Como você começou no esporte?

Vocês treinam juntos? Como que

até hoje, 70 profissionais no

ter feito o melhor e que amanhã

Meu primeiro contato com o

Ultimamente a nossa rotina não

8h:24min.

amo isso.

anos, tinha bastante problemas

trabalha o dia todo e nos vemos

Você veio da natação, certo?

esporte foi a natação, com 8

com asma e bronquite, o

contato com a água foi uma

indicação dos médicos, além disso minha família toda

resolveu começar a nadar, meus pais, meu tio, minhas tias e

primos. A partir daí nunca mais

tive problemas com a asma ou

bronquite, a natação realmente

E pra fechar 2016 consegui meu

pouco, mas nos fins de semana

del Este.

sempre estamos juntos com o

pessoal da equipe pra fazer os

treinos de ciclismo. O velhinho ainda dá trabalho na bike... às vezes passo apuros,

principalmente nas decidas rsrs.

Você tem uma carreira meteórica

nadar.

detalhes desde 2015.

que iria arriscar a carreira de faculdade de administração,

sempre me incentivaram, nunca

decidi que depois do Ironman de

permanecer no esporte. Meu pai

profissão.

com certeza é o que mais gosta

de me ver competindo, ele

começou a praticar esporte com

seus 30 e poucos anos e nunca

Kona, o Triathlon seria minha Floripa 2015, meu primeiro

Ironman, fui o melhor amador e bati o melhor tempo amador da

história em 8h37min.

mais parou, já competiu no

Kona não foi como eu gostaria

Triathlon e a competição, acho

pódio e um troféu (4º lugar / cat

Hawai em 2012, ama o

que isso eu puxei um pouco

dele. Minha mãe também

mas voltar da big Island com um

18-24) já valeu a pena, mas a

me dava algumas broncas os

suas condições de treinos em Curitiba?

Sim, estou com o Guilherme

profissional na época, mas eu já

estava decidido, queria ver como eram as provas na elite e já que foi a profissão que escolhi não vi motivos pra adiar a estreia. Hoje eu não vejo lado ruim,

algumas coisas aconteceram na minha vida nestes últimos dois

desde 2011 quando voltei a

anos que me fez aprender a não

praticamente todos os dias

pessoas que gosto a minha

praticar Triathlon. Treinamos juntos, principalmente o

ciclismo e a natação. Temos

uma estrutura excelente aqui em Curitiba, estradas, parques, pista, estradas de chão e o

litoral está a pouco mais de 1h de distância. O clima aqui não ajuda muito, mas temos tudo

que precisamos naqueles dias

reclamar, eu tenho saúde,

volta, amo meu trabalho, não

faço isso por dinheiro, fama ou

ego, faço porque me faz bem e

me deixa feliz e pra mim é isso que importa.

Com relação aos patrocínios? O que acha que poderia ser diferente?

Boa pergunta rsrsrs... Não sei

dinâmica bem diferente do

amador. Fiz 8:27min, 10º lugar

e sai amarradão com meu

primeira prova na Europa em

TRI SPORT AGOSTO 2017

seu técnico desde o início, vocês

que achavam cedo pra me tornar

como a prova na elite tem outra

de me ver no esporte e sempre

do que eu queria.

primeiro semestre.

Algumas pessoas me falaram

pode agregar pra elas, no nosso

primeiro troféu profissional.

me incentivou a nunca desistir

fez valer todo o trabalho do

de uma triatleta profissional?

Desde o início vc se apaixonou

dias que chegava todo ralado

em casa... mas sempre gostou

um top 6 com 8h12min - o que

Qual o lado bom e o lado ruim

no profissional, foi uma

experiência incrível, vi de perto

quando eu saia pedalar sozinho,

Floripa, cheguei lá e consegui

pouca idade?

Acho que as empresas tem

colecionou alguns troféus da sua preocupada comigo, tinha medo

do primeiro semestre sempre é

decisão no esporte e com tanta

chuvosos.

Floripa 2016 meu primeiro iron

categoria, ela era mais

no começo do ano, mas o foco

profissionalizou, bem cedo né?

prova lá ainda está engasgada...

começou a praticar na mesma

época, fez várias provas e

O que te levou a tomar essa

esperava, tive resultados médios

treinam juntos? Como são as

profissional, último ano na

mediram esforços pra eu

2017 não começou do jeito que

2015 foi um ano muito especial

excelente triatleta.

Meus pais e toda minha família

Em 2016 vcocê se

O Guilherme Manocchio foi o

na minha vida, foi quando decidi

tem mais, é muito bom e eu

primeiro top3 no 70.3 de Punta

no Ironman. Conte-nos os

Como foi o incentivo dos seus pais? Sei que seu pai é um

masculino, fui o 11º com

bate nos dias de semana, ele

me curou e de lá pra cá nunca

fiquei mais de 6 meses sem

18

funciona?

2016 também corri minha

Outubro, o Ironman Barcelona

que teve a maior largada que vi

pelas provas longas? Por que?

bem ao certo, acho que eu amo a rotina de treinos e as provas longas, competir nessas

distâncias me faz muito bem

fisicamente e mentalmente. Eu amo aqueles dias de 5, 6, 7

horas de treinos, quando o dia

acaba e vem aquela sensação de

pouca visão do que o esporte

país é difícil uma empresa que queira patrocinar atletas

profissionais e crescer junto

com eles. Geralmente buscam o atleta já em seu auge, depois

que o trabalho todo já foi feito e isso está errado, é por essa falta de visão que o Brasil não se

torna uma potência mundial no esporte.


RODRIGO EICHLER/ TRI SPORT MAGAZINE

O pequeno grande Todinho, como é mais conhecido, em

mais uma prova de triathlon.

Ele escolheu o triathlon como profissão e vem construindo

uma carreira madura, já com excelentes resultados


INTERVIEW

Recentemente você teve a perda

Quais os seu sonhos no

apoiou no esporte, como era?

Meu sonho é atingir o meu

da sua mãe. Ela sempre te

Sempre! Ela sempre me apoiou na decisão de me tornar

profissional, nos últimos tempos ficava brava quando não ia

treinar pra ficar com ela, e me

dizia pra não desistir e construir minha carreira como profissional.

Aconteceu tudo muito rápido, menos de 9 meses desde o

triathlon?

potencial máximo, quero algum

dia chegar em uma prova e dizer pra mim mesmo que não

poderia ter feito melhor, que aquele é meu limite, não somente a prova mas o

treinamento e tudo que

envolve... Se for no Hawai melhor ainda rsrsrsrsrs

diagnóstico do câncer na mama.

Fale-nos como é a o seu dia.

outra maneira, a fazer as coisas

amador e agora como

Ela me ensinou a ver a vida de

com muita vontade, amor e não reclamar da vida, porque

enquanto alguns reclamam

outros só torcem pra ter mais um dia...

Como está a sua temporada e objetivos para o 2º semestre

deste ano? Quais o seu objetivos no esporte?

Neste segundo semestre começo a pontuar pra Kona de 2018, os principais objetivos são o 70.3

do Rio e o Ironman Mar del Plata em dezembro. Meu objetivo a

curto prazo é fazer um Ironman sub 8h e com certeza é ir pra

Kona quantas vezes conseguir rsrsrsrs

Como era a sua rotina como profissional?

Meu dia gira em torno dos

treinos, moro um pouco longe

de tudo, então preciso ter tudo programado pra dar certo.

Geralmente começo com um

pedal pela manhã seguido de

uma corrida, a tarde natação e fortalecimento, além de alimentação, sono,

alongamento, Fisio e massagem, não sobra muito tempo pra

outras coisas e quando sobra eu gasto descansando.

Quando eu largava no amador ainda fazia faculdade e isso

ocupava um pouco do meu dia, além de que não levava tão a sério outros detalhes.

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Todinho 23 anos 1.89cm 70kg

Patrocínios: Tork Sport/ Bula Verdde

Apoios: Manocchio Team/

Tribo Esporte/ Swimex/ De Rose method

Bike: Argon18 e119

Tênis de corrida: Aleatórios,

não tenho nenhum preferido por enquanto.

Wetsuit: Xterra

Óculos de natação: Sueco

RODRIGO EICHLER/ TRI SPORT MAGAZINE

Luis Henrique Ohde


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TRI SPORT AGOSTO 2017


INSIDE 24 OPEN WATER AJUSTANDO A “ÁGUA”

As 5 dificuldades mais comuns na natação e como resolvê-las Por Mario Guagliardi

28 FUEL TREINANDO O ESTÔMAGO

O problema do intratreino Por Julia Engel

30 BODY MIND DOR “DO LADO”

Causas e cuidados com a dor abdominal Por Antonio Chaer

34 TARGET INTENSIDADE E

RECRUTRAMENTO

Treinando as fibras musculares Por Ken Mierke


OPEN WATER

AJUSTANDO-SE À ÁGUA As 5 dificuldades mais comuns da natação em um triathlon e as dicas para resolvê-las por Mario Guagliardi

A natação no triathlon normalmente acontece em águas abertas e pode ser um pouco desconfortável. Seja pela grande multidão de pessoas se empurrando na praia ou se acotovelando na água para buscar seu precioso espaço, seja pela adrenalina antes da largada, ou simplesmente o fato de que a natação é potencialmente a parte mais "perigosa" de um triathlon e problemas na natação são algo que cada triatleta tem que aprender a lidar. Eu pessoalmente tenho competido em provas de triathlon por quase dez anos, e ainda fico nervoso antes de começar as provas, para não mencionar um pouco de apreensão sobre que tipo de condições de águas abertas eu irei encarar. Conversei com muitos triatletas profissionais experientes que ainda têm "ataques de pânico" ocasionais durante a natação, em que eles simplesmente precisam parar de nadar por um tempo, respirar um pouco e acalmar os nervos para então continuar. Há 5 situações que tendem a ser os principais problemas durante a natação em um triathlon. Então aqui estão eles, junto com o que você pode fazer sobre cada um: 1. AQUECIMENTO INADEQUADO Quanto menos preparado estiver o seu corpo para nadar, maior será a possibilidade de você sentir falta de ar, experimentar um ataque de pânico ou simplesmente tenha uma natação menos eficiente. Um aquecimento inadequado também significa que você pode não estar preparado para a temperatura e/ou condições da água, para uma boa navegação ou outras variáveis que existem dentro desse contexto. Então, qual é o aquecimento perfeito? Se for permitida a entrada na água antes da largada, você deve fazer 3-5 minutos de natação fácil, em que você pare algumas vezes para ajustar seus óculos e certifique-se sobre a posição das boias. Em seguida, faça 3-5 esforços progressivamente mais fortes que duram cerca de 20-30 segundos cada. Procure faze-los tão intensos quanto você planeja começar prova. Em seguida, nade bem solto de volta para a praia e prepare-se para o início da prova. Se você não tem tempo ou não tem a capacidade de entrar na água para seu aquecimento, então você pode usar o meu favorito "aquecimento em terra seca": 5 séries de 25 polichinelos, intercaladas por 5 flexões de braço e 5 rotações de braços em todas as direções. Esta sequência é fácil de lembrar e você pode faze-la em qualquer lugar. 24

TRI SPORT AGOSTO 2017

“Então, qual é o aquecimento perfeito? Se for permitida a entrada na água antes da largada, você deve fazer 3-5 minutos de natação fácil, em que você pare algumas vezes para ajustar seus óculos e certifique-se sobre a posição das boias. Em seguida, faça 35 esforços progressivamente mais fortes que duram cerca de 20-30 segundos cada. Procure faze-los tão intensos quanto você planeja começar prova. Em seguida, nade bem solto de volta para a praia e prepare-se para o início da prova. Se você não tem tempo ou não tem a capacidade de entrar na água para seu aquecimento, então você pode usar o meu favorito "aquecimento em terra seca": 5 séries de 25 polichinelos... 2. ÁGUA FRIA Idealmente, você deve saber semanas ou meses antes de uma prova que a água será fria, e se este for o caso, você pode condicionar seu corpo banhos frios e natação em água fria. Quanto mais contato com água fria você tiver, menos a água fria vai te incomodar no dia da prova. Em condições como essa eu muitas vezes recomendo o "aquecimento em terra seca" que descrevi acima em vez de aquecer na água.



OPEN WATER

Além de um fato de usar uma roupa de borracha de mangas longas, você também pode ficar mais aquecido com um gorro de neoprene (algumas provas permitem luvas e botas de neoprene, mas primeiro se informe). 3. ÁGUA QUENTE Enquanto a água fria pode deixá-lo sem fôlego, água quente pode deixá-lo superaquecido e muito desconfortável. Em circunstâncias mais quentes, dependendo da temperatura da água, o uso do wetsuit pode ainda estar liberado, certifiquese de que você está confortável para nadar com seu wetsuit em água morna (você pode testar isso em sua piscina). Se você se sentir extremamente desconfortável não use, você pode optar por um speedsuit se você ainda quiser essa velocidade extra. Para provas de água mais quentes, você também pode precisar nadar mais lentamente do que você tinha planejado e prestar muita atenção ao seu ritmo cardíaco e esforço percebido. Se você entrar em superaquecimento, sua frequência cardíaca aumentará muito, em seguida, pare e respire e continue em um ritmo mais lento. 4. ÁGUA SUJA Eu simplesmente não gosto do fato de que eu possa engolir algum tipo de parasita de patos ou gansos, germes de peixes mortos ou qualquer outra coisa que ocasionalmente possamos encontrar em água salgada ou represada. Se eu sei que a natação vai ser suja, eu tomar algumas precauções. Primeiro, para fortalecer o meu sistema imunológico e ter alguma atividade antibacteriana natural, eu uso óleo de orégano e extrato de Echinacea e Goldenseal alguns dias “Frequentemen antes da prova e alguns dias após a te, as provas prova também. Eu também faço uma tem o sol limpeza digestiva após a prova com brilhante que algum tipo de remédio contra vermes reflete na água como Capracleanse. Finalmente, eu incomodando simplesmente tento respirar menos seus olhos ou quando estou nadando em água suja e condições de quando eu respiro, tento olhar para trás nevoeiro, com e por cima do meu ombro, pois resulta pouca em menos possibilidade para engolir visibilidade. água. Para a primeira situação, eu 5. POUCA VISIBILIDADE uso óculos Frequentemente, as provas tem o sol com lentes brilhante que reflete na água escuras e para incomodando seus olhos ou condições a última, de nevoeiro, com pouca visibilidade. óculos com Para a primeira situação, eu uso óculos lentes claras. com lentes escuras e para a última, Em outras óculos com lentes claras. Em outras palavras, palavras, procure ter essas duas opções procure ter e leve no dia da prova! essas duas opções e leve Você também pode achar que outros no dia da concorrentes, marolas ou ondas prova!” bloqueam sua capacidade de ver

adequadamente boias, neste caso, use objetos estacionários em terra que você possa avistar para servir de referência, como postes, árvores, grandes edifícios ou simplesmente a faixa de areia da praia. Você também pode precisar

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TRI SPORT AGOSTO 2017

respirar com mais frequência para conseguir ver para onde você está indo. Também não há uma regra que lhe proíba de simplesmente parar por um segundo, encontrar a boia e, em seguida, continuar. Mesmo os nadadores rápidos fazem isso porque eles sabem que parar por um momento economiza tempo em relação à erros de trajeto ou movimentos de zigzag durante todo o percurso. Então, esses são os 5 principais problemas que encontramos na natação em provas de triathlon e o que você pode fazer sobre eles, espero que ajude!



FUEL

TREINANDO O ESTÔMAGO O problemático “intra treino” por Júlia Engel Esse é um tipo de problema frequente! Pessoas que não

sem que haja “má digestão”. Desta forma, pode garantir a

do dia a dia, ficam, muitas vezes, “receosas” de ter que

é geralmente bem tolerada (o que significa 8g de

longas… Isso é normal no início.

muito longa, pode ser que esta concentração tenha que

O problema é que quando o volume é muito grande, apenas

de carboidratos nas primeiras horas de um treino mais longo

suficientes. Com isso, a sua performance começa a cair.

por cada 100 ml.

ou fazer um percurso certo em que consiga “pontos de

(ou proteína mesmo), que serão também interessantes de

“bem preparada” pode fazer milagres por você!

fazer a sua própria bebida, a inclusão de 300mg de sódio e

estão acostumadas a levar nada consigo durante os treinos

performance perfeita para a sua atividade! A diluição de 8%

carregar alguma coisa durante as rodagens mais

carboidrato em cada 100 ml de água), mas se a atividade for subir, pois o ideal seria aumentarmos, um pouco, a ingestão

géis (e alguns outros carbos sólidos) podem não ser

(acima de 4h). No caso de aumentar poderíamos chegar a 9g

Solução? Hora de comprar um cinto/ mochila de hidratação

Alguns carboidratos em pó já vêm com eletrólitos e BCAAs

apoio” com uma bebida específica. E, acredite, a bebida

serem usadas em treinos de maior volume. Caso você queira

Segundo problema: se você não está acostumado com ela, pode ser que,

Bons treinos!

aí está a parte mais chata! Todo

Julia Engel

no início, ela te cause desconforto e mundo sabe que não devemos testar nada novo no dia da prova! O

problema, que a maioria não sabe, é que o estômago/ intestino também devem ser TREINADOS! Então pode

ser que em um primeiro treino longo,

as coisas não saiam como o planejado e é para isso que o TREINO está lá. Da mesma forma que quem não está

acostumado a comer gordura tem uma dor de barriga quando o faz,

acontece com a reposição de

carboidratos intra treino! Mas,

algumas vezes, aumentar o aporte

destes (carbos) nas primeiras

horas faz-se fundamental para

manter performance em um treino

muito longo. O seu organismo precisa treinar para estar apto a receber essa

carga, quando necessário!

Como fazer? Peça para o seu

nutricionista elaborar a mistura de carboidratos na distribuição ideal

para você. Sobre a concentração, o

recomendado seria em torno de 8% (o

que pode variar um pouco). A partir

dai, comece a incluir, aos poucos, nos treinos até atingir o total necessário

28

3g de leucina seria interessante!

TRI SPORT AGOSTO 2017

“Peça para o seu nutricionista elaborar a mistura de carboidratos na distribuição ideal para você. Sobre a concentração, o recomendado seria em torno de 8% (o que pode variar um pouco). A partir dai, comece a incluir, aos poucos, nos treinos até atingir o total necessário sem que haja “má digestão” ‘

Nutricionista Pós graduada em Nutrição Esportiva UFRJ www.juliaengel.com.br



BODY MIND

DOR “DO LADO”

Causas e cuidados com a dor abdominal por Antonio Chaer A maior parte daqueles que correm, um dia já tiveram seu treino arruinado por uma dor que não se sabe porque

naquele dia resolveu atacar seu corpo, no meio do treino,

um desconforto lancinante abaixo das costelas, que te faz

parar e pensar - que diabos é isso que estou sentindo?

Vamos tentar elucidar um pouco dessa tão famosa dor

popularmente chamada “dor abdominal lateral”

A nomenclatura médica para esse tipo de dor é dor

transitória abdominal associada ao exercício, em inglês

recebe a sigla ETAP (Related Transient Abdominal Pain).

Muito comum entre os corredores, este problema ocorre em

diversas outras atividades físicas, e é muito mais comum que

pensamos, incluindo além dos corredores, nadadores e

cavaleiros; o interessante é que entre a população de atletas

os ciclistas não entram na estatística, o que nos leva a crer

que o problema esteja associado a repetitivos movimentos

de subir, descer e inclinar o tronco associados ao impacto.

A dor costuma surgir em cada indivíduo sempre no mesmo

lugar, podendo ser em qualquer região do abdômen médio, porém sendo mais comum no lado direito, sendo muitas

vezes acompanhada de dor no ombro do mesmo lado da dor

abdominal, desconforto em forma de pressão no ombro. Teorias atuais

Ainda não se sabe exatamente a causa das dores laterais do

abdomen no exercício, por isso seguem as teorias mais atuais:

1-Isquemia do diafragma ( diminuição do fluxo de sangue no músculo diafragma):

30

“Muito comum entre os corredores, este problema ocorre em diversas outras atividades físicas, e é muito mais comum que pensamos, incluindo além dos corredores, nadadores e cavaleiros; o interessante é que entre a população de atletas os ciclistas não entram na “A nomenclatura estatística, o que médica para esse tipo de nos leva a crer que o dor é dor transitória problema esteja abdominal associada ao associado a exercício, em inglês recebe a repetitivos sigla ETAP (Related movimentos...”

O diafragma é o músculo principal na respiração, e a

3- Irritação do peritôneo parietal

aumento da necessidade em outros músculos do corpo,

dor não ocorra de origem muscular,

“alimentam”o diafragma causando uma queda da oxigenação

envolvem o abdômen e também seus

OBS: Essa é uma das mais antigas e atualmente menos

Especialmente a parede abdominal e a

redução do suprimento de sangue para este músculo por

Essa teoria mais recente sugere que a

pode causar obstrução ou constricção dos vasos que

mas sim da irritação de tecidos que

muscular e dor.

órgãos.

aceitas das teorias!

cavidade pélvica são envolvidas por

2- Estresse dos ligamentos peritoneais

peritôneo parietal, assim como a

abaixo do diafragma e também dão suporte ao próprio

abdominal. Acredita-se que a dor

estômago e baço, sacodem para cima e para baixo, batendo

entre as camadas que teoricamente

desconforto no músculo. Essa teoria justificaria o fato da dor

congestionado (estômago cheio, ou

localiza-se o fígado que é o órgão de maior peso do

circulação venosa) ou mesmo que a

uma camada de tecido chamada

Os ligamentos peritoneais sustentam os órgãos internos

maioria dos órgãos da cavidade

músculo.Acredita-se que órgãos internos como fígado,

neste caso ocorra por fricção entre

e puxando o diafragma causando sua irritação e

pode ser causada por um órgão

ocorrer principalmente do lado direito do abdômen, onde

um fígado com dificuldades na

abdômen.

redução dos fluídos entre os tecidos

TRI SPORT AGOSTO 2017

possa aumentar essa fricção.

Transient Abdominal Pain)”



BODY MIND

Pelo fato deste peritôneo parietal estender-se além do

III-O que , quanto e quando você come antes das atividades

do fato de situar-se também abaixo do diafragma, que

da dor abdominal lateral, assim como a desidratação

abdômen, poderia se justificar a dor em outras regiões, além

recebe inervação do nervo frênico, que tem a função de

também está entre as causas aparentes. Portanto hidrate-se

inervar além do diafragma, algumas áreas do ombro, o que

regularmente em pequenas doses e de forma sistemática.

dor lateral do abdômen.

forem hipercalóricas, com grande concentração de partículas

explicaria a dor no ombro que algumas vezes acompanha a

4- Treinamento inadequado

O treinamento é uma evolução progressiva e planejada para

se atingir determinada performance, e observamos que

muitos dos atletas que sofrem com esse tipo de dor são

iniciantes, ou aqueles que estão treinando fora de sua faixa de ritmo e conforto (acima dela) e uma das teorias, baseia-

se no fato do sistema circulatório de retorno, principalmente o sistema Veia Porta e Veia cava, que passam pelo fígado

(mais uma justificativa para prevalência da dor no lado

A composição das dietas também é importante, pois se elas

grandes e em grande quantidade de alimento, seu estômago

e todos os órgãos da digestão (entre eles também o fígado e vesícula) aumentarão seu trabalho e sua tensão sobre os ligamentos de suporte, facilitando o surgimento do desconforto.

Uma boa notícia é que a repetição de dietas em treinamento, leva a uma capacidade de absorção gradual pelo corpo, minimizando as possibilidades de ocorrência das dores abdominais laterais.

direito) não comportar a demanda de sangue que recebe por

Dicas:

treinamento.

porções antes e durante o exercício;

estar acima de sua capacidade naquele instante do

Obs: não estamos falando de patologia venosa e sim de

deficiência de função associada ao exercício! 5- Problemas posturais

Use aliimentos leves e ricos em carboidrato em pequenas

Siga as instruções de seu nutricionista sobre a quantidade de isotônicos e sua proporção em relação a quantidade de água;

Outra teoria é a de que pessoas que tem um aumento da

Treine suas dietas, pois nas competições você apenas

de movimento dessa região, sofreriam maior pressão em

gradualmente com os alimentos e suas quantidades

cifose (curva para fora no meio das costas) e maior limitação

suas vértebras, o que poderia aumentar a compressão sobre

os nervos que suprem a região abdominal, irritando-os e

reproduz o que treinou, e seu corpo acostuma-se

possibilitando a dor.

IV- Fortaleça seu core

6- Hiperextensão lombar em corridas em descida

dor abdominal lateral, talvez pelo fato de haver uma melhor

Muitos corredores hiperextendem seus troncos em corridas em descida, que associado ao aumento do impacto

facilitariam o surgimento do desconforto.

Atletas com o core mais forte tendem a desenvolver menos sustentação dos órgãos abdominais e acomodação do trabalho do diafragma.

Obs: baseado nessa teoria acredita-se que pelo fato dos

V- Mantenha sua coluna em dia

não sofrem com as dores laterais do abdômen.

manutenção preventiva da mobilidade e função de sua

ciclistas estarem sempre com o tronco para frente que eles Agora que apresentamos as possíveis causas, seguem

algumas dicas de como prevenir o problema: I-Atenção a sua respiração

Tente deixá-la fluir livremente e de acordo com a

necessidade do treinamento, treinos mais fortes

normalmente exigem um esforço respiratório maior, porém esse ritmo é automaticamente controlado pelo seu corpo.

Portanto deixe a ansiedade de lado e deixo fluir o ar.

Visite regularmente seu fisioterapeuta ou osteopata para coluna e músculos.

VI- Siga sua planilha de treinamento

Atletas disciplinados que evoluem corretamente seu

treinamento, sofrem menos possibilidade de desenvolver em suas corridas estes episódios dolorosos, além de diminuir consideravelmente suas chances de se lesionar.

Certamente seus sintomas diminuem com a continuidade dos treinos!

II- Fortaleça seu diafragma

VII- Faça acompanhamentos médicos regulares

campo muscular e todos os órgãos e tecidos em questão

médico. Faça avaliações de VO2 e capacidade

Como percebemos, ele é o centro de toda a respiração no

estão relacionados a ele, portanto aprender a usar bem seu

diafragma com exercícios respiratórios pode ser muito útil.

A melhor maneira de treinar esses exercícios está na prática

de yoga, nos pranyamas, que além de treinar o controle da

respiração funcionam muito bem para acalmar os nervos,

diminuir a ansiedade e o estresse.

32

Beber muito líquido e rápido demais é uma importante causa

TRI SPORT AGOSTO 2017

Se os sintomas persistirem, não deixe de procurar seu cardiorrespiratória regularmente para melhor direcionamento

de seus treinos e acompanhamento da evolução de sua performance.

Bons treinos com muita saúde e sem dor!



TARGET

INTENSIDADE E RECRUTAMENTO Treinando as fibras musculares por Ken Mierke

devemos realizar o treinamento mesmo que possamos

“Eficiência de treino significa balancear o custo e o benefício para cada exercício. Todo treino tem um custo, em termos de recuperação. Todos os exercícios também melhoram o fitness. Treinos eficazes propiciam benefícios que valem o custo da recuperação”

treinos muito difícieis não irá trazer necessariamente bons

acúmulo de ácido de lático causam

Treinos extremos nunca parecem fornecer qualquer aumento

estresse do impacto, causa danos

O fator mais crítico do treinamento de endurance é a intensidade. Em qualquer programa de treinamento

estruturado, cada treino deve ter uma finalidade específica.

Para atingir a resposta ideal a partir do corpo, o estímulo deve ser específico para a adaptação desejada e deve

permitir a rápida recuperação para o próximo treino.

Intensidade, mais que qualquer outra variável, determina a resposta do corpo ao estímulo do treinamento.

Isso, absolutamente, não significa que quanto mais difícil,

melhor. A otimização dos treinos para qualquer atleta,

fornece volume e intensidade necessários que irão estimular a adaptação desejada e não o máximo que o atleta pode

sustentar em treinos. Essa é uma grande mudança de

paradigma para muito atletas que cresceram ouvindo: “No pain, no gain”. Se estímulos de subidas a 450 watts

estimulam a capacidade aeróbica, então é nesta faixa que

realizá-los em 470 watts. Sendo um “durão” e fazendo resultados.

da velocidade, eles só trazem dificuldade e desgaste –

enquanto treinos balanceados estão sempre trazendo os resultados.

mecânicos nos músculos, produzindo micro-traumas.

Eficiência de treino significa balancear o custo e o benefício

Danos no tecido de conexão:

de recuperação. Todos os exercícios também melhoram o

exercícios de corrida, estressam e

para cada exercício. Todo treino tem um custo, em termos fitness. Treinos eficazes propiciam benefícios que valem o

custo da recuperação. Todos os atletas, em algum momento,

certamente, terão uma forma recuperação . Enquanto atletas

desenvolvem habitos para maximizar a recuoeração, ela

sempre será finita e portanto deve ser avaliada. Tudo que

gerar um custo de obtenção precisa ser proporcional ao

benefício.

Fonte de recuperação incluem, entre outras coisas: Armazenamento do glicogênio:

Glicogênio é a forma de carboidrato armazenado em nossos

músculos e fígado, que servem de combustível primário para a resistência do exercício. Exercícios duros e longos gastam quantias enormes de glicogênio e demandam um

reservatório completo no início do treino. Manter a

intensidade otimizada faz com que você use esse recurso

limitado de uma forma melhor. Recuperacão muscular:

Músculos sofrem danos quando realizam exercícios. O

34

danos químicos nos músculos e o

TRI SPORT AGOSTO 2017

Todo treino, mas, especialmente,

prejudicam o tecido conectivo. Esses tecidos precisam se recuperar de

forma adequada entre as atividades físicas.

Lesões de Risco:

As lesões são um risco sempre presente, especialmente, em

exercícios de corrida. Durante

exercícios de alto volume ou de alta intensidade, o risco de lesões aumenta.

Manter uma boa intensidade durante todos os exercícios é fundamental para prevenir esses riscos. Todos

esses recursos são limitados e correr

no ritmo certo, possibilita um melhor uso desses recursos. Isso permite o

máximo de proveito de cada treino e você fica pronto mais rápido para o próximo treino.

“Glicogênio é a forma de carboidrato armazenado em nossos músculos e fígado, que servem de combustível primário para a resistência do exercício. Exercícios duros e longos gastam quantias enormes de glicogênio e demandam um reservatório completo no início do treino. Manter a intensidade otimizada faz com que você use esse recurso limitado de uma forma melhor.”



TARGET

Lembre-se que é a qualidade individual do exercício que faz

de fibras musculares são relativamente homogêneas (embora

Muitos atletas treinam duro o tempo todo. Em dias difícieis,

ao estímulo do mesmo modo. Além disso, cada categoria de

o atleta mais forte e rápido e não o acúmulo de estresses.

mesmo que ele coloque 100% do seu esforço, não terá 100% de velocidade, pois está muito cansado do acúmulo dos

fibras apresentam recuperação semelhante.

treinos anteriores, que não tiveram a devida recuperação.

ZONA 1: Recuperacão ativa: Exige o recrutamento de

continua batendo 390, já que está cansado dos dias

intensidade alta apenas o suficiente para estimular o

Se um atleta deve produzir 420 watts em subidas, mas

anteriores, será um péssimo treino. Suas pernas não

respondem 100%, eles só respondem ao 390. O treino evolui lentamente mesmo que esforce-se ao máximo. Isso significa um treino ruim.

Recrutamento da fibra muscular:

algumas fibras de contração lenta. A meta é manter a aumento da circulação, fornecer nutrientes para os

músculos, além de remover as toxinas de forma suficiente

para estimular a liberação do hormônio de crescimento (para cada recuperação de velocidade), mas não alto o suficiente para demandar mais recuperação.

Cada músculo em nosso corpo é composto de milhares de

ZONA 2: Treinamento de endurance básico: O Limiar aeróbio

básicos. Cada um dos nossos músculos é composto por uma

usadas, mas nenhuma das fibras F.O.G. ou fibras FT são

fibras musculares. Essas fibras musculares vem em três tipos

combinação desses três tipos, o percentual de cada tipo,

depende da genética individual.

Fibras musculares de contração lenta são nossas fibras de

endurance. Elas podem continuar durante todo o dia, mas não são grandes, rápidas, fortes e poderosas. Fibras

é a intensidade onde todas as fibras do ST estão sendo necessárias. O Treinamento básico de resistência é

caracterizado no nível ou levemente abaixo do limiar

aeróbio. A maioria dos atletas não treinam o suficiente nessa zona.

musculares de contração lenta são capazes de queimar

ZONA 3: Tempo Run: Na zona 3, o corpo está recrutando

Fibras musculares de contração rápida são nossas fibras de

maioria dos atletas gasta muito tempo treinando na

gordura ou carboidrato, dependendo da intensidade.

velocidade. Elas são grandes, rápidas e fortes, mas elas cansam muito rapidamente. Elas não podem queimar

gordura para gerar energia.

Nossos músculos também têm uma fibra intermediária que

produz mais força do que as fibras de contração lenta e tem

maior resistência das fibras de contração rápida. Essas fibras

são chamadas F.O.G. (fast oxidative glycolytic).

Cada músculo no corpo de um atleta é composto por muitas milhares de fibras musculares. Quando o músculo contrai, cada fibra contrai com a sua máxima força ou se mantém

relaxada. Quando um atleta pedala a 50 watts, muito poucas

fibras requerem contração, mas as outras que contraem, o

fazem com mesma força do que em uma pedalada à 700

watts.

Depois de alcançar o sistema aeróbico, que requer vários minutos no início de cada exercício (e cada mudança da

intensidade durante o treino), o corpo do atleta irá recrutar as fibras musculares de acordo com a força e a velocidade

exigida durante a atividade. As fibras de resistência

recrutarão primeiro. Em intensidade baixa, apenas algumas

fibras de resistência serão recrutadas. Conforme a

intensidade aumenta, a velocidade das fibras de resistência

serão recrutadas a seguir e, finalmente, as fibras rápidas. A

fibra mais poderosa será recrutada de forma adcionada as

fibras de contração lenta.

TREINAMENTO DE ZONAS DE INTENSIDADE

toda as fibras ST e algumas fibras F.O.G., mas não todas. A intensidade média/difícil, enquanto eles deveriam diminuir o ritmo em seus treinos de tempo. As fibras ST podem

suportar volumes enormes, já as fibras F.O.G. suportam

volumes moderados. Fazer treinamento de resistência básico muito forte é a principal causa de overtraining.

Se o oxigênio estiver adequadamente disponível na

proporção do volume de trabalho, as fibras ST utilizam a gordura como uma fonte significativa de energia. O

recrutamento das fibras FOG reduz o oxigênio disponível para as fibras ST. Uma vez ele exige mais oxigênio para

liberar uma caloria de energia a partir da gordura do que dos carboidratos, a fonte de produção de energia muda

drásticamente da mistura de gordura e glicose para queima quase que total de glicose.

Nessa intensidade, o atleta não está indo forte o suficiente

para torná-lo muito mais veloz. Mas, com certeza está indo forte o suficiente para esgotar-se mais rápido.

Esta zona de intensidade pode ser eficaz para maximizar o

armazenamento de glicogênio nos músculos e para preparar o corpo para as demandas de maior intensidade de

treinamento. O treinamento na zona 3 só deve ser utilizado no início do treinamento de base, quando não houver

exercícios de alta intensidade para interferir ou durante

períodos de pico, e em treinos para competições (race pace).

O treinamento da zona 3 tem o seu lugar, mas a maior parte dos atletas gastam muito tempo com esta intensidade.

Sete zonas de intensidade de treinamento estão descritas a

ZONA 4: Treinamento Lactato Limiar: Quando um atleta se

específico de adaptação que irá lhe permitir uma prova mais

lático está, constantemente, sendo produzido. Felizmente,

seguir. Cada zona de intensidade estimula um desejo

eficiente. Esteja certo de cada treino tem uma finalidade

específica e mantenha a intensidade adequada para atingir

essa finalidade.

O treino de intensidade mais eficiente estimula as fibras

musculares em grupo. Uma vez que cada categoria de tipos

36

haja diferença mesmo dentro da categoria), elas se adaptam

TRI SPORT AGOSTO 2017

exercita em qualquer intensidade, mesmo andando, o ácido nosso corpo também está constantemente reciclando lactato, queimando e utilizando-o como combustível. Conforme a intensidade aumenta, a produção de lactato também

aumenta. O lactato limiar é a mais alta intensidade em que um atleta recicla o lactato com a mesma velocidade que é



TARGET

produzido. Desta forma, o lactato não acumula. Níveis de

tamanho da paixão do cliente, esse recurso é finito. O uso

na intensidade, mas não aumentam ao longo do tempo.

conservador, desempenha um grande papel para manter a

lactato sanguíneo e muscular são moderadamente elevados Aumentar o ritmo fará com que o lactato acumule,

aumentando o desconforto, prejudicando os músculos e

motivação.

retardando a recuperação para o dia seguinte.

ZONA 5: zona de treinamento de super limiar:

fibras musculares ST e todas as fibras FOG, mas não recruta

fibras FOG e começa a recrutar com rápida contração as

Na intensidade do lactato limiar, o corpo recruta todas as as fibras FT. Assim como as fibras ST podem sustentar

volumes de treinos mais intensos do que as fibras FOG, as

fibras FOG podem suportar volumes de treinos melhores que as fibras FT.

O treinamento de lactato limiar, em doses certas e no

momento correto, é importante pata todos os ciclistas e

triatletas. Para a maior parte dos atletas, o treinamento de

lactato limiar tem a melhor relação de custo benefício para qualquer tipo de treino. Essa intensidade é alta o bastante

para estimular adaptações que aumentam a velocidade e a

resistência, mas como o lactato não está acumulando, pode

acontecer danos aos músculos e vasos sanguíneos e os

custos de recuperação dos treinos, se realizado adequadamente, é pequeno.

Na intensidade LT, as fibras FOG criam uma grande

quantidade de ácido lático, mas somente a uma determinada

taxa, as fibras podem queimá-lo e usá-lo como combustível.

O ideal é manter esta intensidade das fibras FOG

Na zona 5, o corpo recruta todas as fibras musculares, todas fibras (llb). A intensidade é um pouco acima do limiar

lactato, então o ácido é acumulado nos músculos e no

sangue. Nessa intensidade, o ácido acumula gradualmente,

por isso que essa intensidade pode sustentar por um longo período de tempo. Atletas com um bom condicionamento,

competem na 5ª zona em 40K de time trial de ciclismo ou em uma corrida de 10K.

Muitos atletas treinam por engano na 5ª zona quando

pretendem estar na zona 4, fazendo treinamento de limiar

lactato. Este é um grave erro, pois o tempo de recuperacão da 5ª zona é muito superior ao da zona 4. A partir do

momento que o ácido acumula lentamente na zona 5, a diferença entre a zona 4 e a 5 é insignificante quando

sustentada por curtos períodos de tempo. No entanto,

quando sustentado por longos períodos, o acúmulo de ácido traz danos significativos para as células do músculo e exige muito mais tempo de recuperação.

trabalhando mais aerobicamente para que elas produzam

O treinamento na zona 5a é excelente para melhorar a

ácido. As duas empurram o limiar para uma maior

produzir velocidade de forma eficiente, apesar do acúmulo

menos ácido e para que as fibras FOG possam queimar mais

velocidade.

Treinamento LT é o único de treinamento de endurance

eficaz para as fibras FOG. Em menor intensidade, elas não

são recrutadas. Em intensidades maiores, as fibras FT são

tolerância ácida. Os músculos são treinados para continuar a de ácido. Esta é uma vantagem, mas ela tem um grande custo em relação a volume e intensidade dos outros exercícios.

recrutadas, causando acúmulo de lactato. Isso reduz o

ZONA 5B: Treinamento da capacidade aeróbica:

drasticamente, a recuperação.

consumido em 1 minuto de máxima atividade aeróbica é

tempo que o atleta pode manter a intensidade e atrasa, A maioria dos atleta e treinadores superestimam a

intensidade LT e, quando sustentam o ritmo correto,

sentem-se que não estão indo forte o suficiente. Isso cria

um grave problema, seja limitando o volume de treinamento potencial ou induzindo ao overtraining. Treinamentos a um

por cento acima do lactato limiar em um intensidade em que

o lactato acumula lentamente, provoca danos muito maiores

e exige muito mais tempo do que a mesma duração no

limiar lactato. Para um segmento de vinte a trinta minutos,

pode não parece muito difícil, mas o lactato acumula

lentamente e constantemente, causando danos aos músculos

que o atleta pode até não perceber. Alguns minutos em um

segmento em 101% de lactato limiar, eleva um pouco o

lactato nos músculos e no sangue. Porém, mais tarde, esse

nível pode ser muito maior. Lesões musculares e o tempo de

recuperação podem aumentar muito. Um atleta bem treinado

pode sustentar a intensidade do limiar de lactato por

setenta e cinco minutos ou mais se houver 100% de esforço,

como em uma competição, por exemplo.

Todo atleta gosta de pensar que são mais motivados que os

Maximizando o Vo2. O volume máximo de oxigênio

considerado por muitos o referencial para um teste aeróbico. Melhorar o VO2Max é um passo importante para maximizar a performance de endurance em qualquer evento com

duração de 4 minutos ou mais. Quanto mais alto o VO2Max de um atleta, maior a contribuição do sistema para a

produção de energia. Isso traduz em uma maior resistência a qualquer intensidade.

Cada tipo de fibra muscular tem capacidades aeróbias e anaeróbias. Fibras de resistência são, em grande parte,

aeróbias, mas algumas têm metabolismo anaeróbio. Fibras rápidas de resistência são mais equilibradas. Fibras de

rápidas são, na maioria dos casos, anaeróbias, mas suas habilidades aeróbias podem ainda ser importantes na competição.

Estimular essas adaptações exige manter a intensidade alta o suficiente para exigir o recrutamento das fibras rápidas,

mas baixa o bastante para permitir que o atleta mantenha a intensidade durante um período que vai estimular as

adaptações aeróbicas nessas fibras, em vez de apenas, adaptacões anaeróbicas.

outros. Eles irão treinar pesado, ser mais coerentes e

ZONA 5C: Treinamento de endurance anaeróbico:

seus clientes. Entretanto, lembre-se que não importa o

máximo de esforço de todas as fibras musculares. Esse tipo

disciplinados. Treinadores gostam de pensar o mesmo sobre

38

correto do treinamento LT, geralmente um pouco do lado

TRI SPORT AGOSTO 2017

Treinamento de endurance anaeróbico envolve quase o


de treinamento aumenta o armazenamento de combustível

RESUMO

Treinar nessa intensidade também aumenta o sincronismo

cada categoria de fibras musculares como um grupo. As

para o sistema de energia ATP-PC.

das contrações das fibras musculares. Os seres humanos

não são máquinas perfeitas. Mesmo que os atletas mais

qualificados podem chegar aos 100%, o aumento da

sincronia das fibras pode aumentar a economia em cada intensidade.

Um objetivo primordial das zonas de intensidade é treinar fibras dentro de cada categoria são relativamente

homogêneas em muitas qualidades, incluindo a resposta ao estímulo (melhora) e a taxa de recuperação após o treino. Treiná-las juntas melhora o estímulo e a recuperação.


40

TRI SPORT AGOSTO 2017


RACE REPORT 42

IRONMAN HAMBURGO

Cunnama e Sammler vencem o inaugual Ironman na Alemanha

44

IRONMAN NICE

Van Lierde e Lester dominam a etapa de ciclismo e vencem na França

48

IRONMAN SUIÇA

Nick Kastelein e Shaerer vencem em Zurich

50

IRONMAN 70.3 ALAGOAS

Francisco Sartore e Vanessa Gianinni são os melhores no Meio Ironman de Maceió


IRONMAN HAMBURGO Cunnama e Sammler vencem o inaugural Ironman na Alemanha Com o melhor combo pedal e corrida do

dia, o sul-africano James Cunnama

venceu o inaugural

Ironman Hamburgo, na Alemanha. Com uma

performance bem forte na segunda

metade dos 180km

de ciclismo, Cunnama assumiu a liderança rumo a vitória. Na corrida, ele ainda

marcou a excelente parcial de 2h40min para os 42 km,

vencendo com mais de 21min, sob o

alemão Horst Reichel. Marcus Fachbach, também da

Alemanha, completou o pódio masculino.

Entre as mulheres,

com um pedal para 4h55min, Daniela

Sammler administrou a liderança na

maratona para vencer

em Hamburgo, com o ótimo tempo de

9h07min. Depois de vencer o Ironman

Mallorca em 2015, ela reencontrou a vitória em casa.

Cunnama em forma, com a melhor parcial do dia no ciclismo e na corrida, e mais de 20min de vantagem para o 2º colocado, o alemão Horst Reichel, na linha de chegada

42

TRI SPORT AGOSTO 2017


IRONMAN HAMBURGO 13/08/2017 - Hamburgo, Alemanha 3.8k swim + 180km bike + 42km run 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

NAC.

SWIM

BIKE

RUN

TOTAL

SAF ALE ALE ESP ALE SUI ALE ALE RUA AUS

00:49:05 00:48:59 00:49:10 00:47:38 00:49:02 00:59:01 00:58:39 01:05:22 00:48:24 00:52:42

04:24:32 04:40:12 04:36:27 04:45:34 04:40:02 04:47:46 04:49:15 04:44:41 04:59:35 04:52:02

02:40:58 02:47:35 02:53:47 02:54:55 03:07:00 02:57:09 03:02:41 03:02:13 03:04:50 03:10:40

08:00:36 08:22:27 08:25:36 08:35:36 08:42:05 08:54:09 08:58:41 09:00:09 09:01:26 09:03:00

FEM ALE SÄMMLER, DANIELA AUS WUTTI, EVA ALE ERTMER, JULIA ALE MOELLER, KRISTIN ALE KRULL, ANNIKA WASSINK-HITZERT, SANDRA HOL ALE WALTER, VERENA ALE FRIEDRICH, KATRIN ESP RAMIREZ, CRISTINA ALE LÜDORF, MELANIE

00:55:53 00:58:58 01:02:07 01:03:37 01:07:53 00:55:56 01:00:30 01:08:11 01:09:00 01:03:35

04:55:24 05:14:59 05:07:22 05:30:06 05:29:19 05:25:10 05:19:04 05:17:03 05:32:55 05:33:09

03:08:53 03:02:02 03:14:58 02:58:10 02:59:46 03:19:31 03:24:29 03:29:06 03:20:38 03:29:26

09:07:49 09:23:35 09:30:57 09:39:43 09:43:54 09:48:37 09:52:03 10:06:01 10:13:17 10:16:04

MASC

CUNNAMA, JAMES REICHEL, HORST FACHBACH, MARKUS LOPEZ DIAZ, CARLOS SCHILLING, ALEXANDER SCHIFFERLE, MIKE RÖHRKEN, GOLO DICKE, BENJAMIN GOLDOVSKII, KIRILL KERIN, LACHLAN


IRONMAN NICE Van Lierde e Lester dominam na bike e vencem na França Com performances dominantes nos

180km montanhosos do Ironman de Nice, na França, o belga

Frederik Van Lierde e a australiana Carrie

Lester venceram com boas margens na

linha de chegada,

superando o percurso difícil e o calor de 30 graus.

Van Lierde venceu pela quarta vez o

Ironman Nice (2011,

2012, 2013 e 2017), mostrando ter

encontrado a velha

forma. A australiana

Lester conquistou sua 4ª vitória em

Ironmans, depois de vencer o Ironman

Austrália em 2012;

Ironman Cairns e o IM Chattanooga em 2015.

O fato inusitado ficou por conta de um

acidente na corrida

com o campeão Van

Lierde. Ele bateu com o cabeça num dos chuveiros que estavam

disponibilizados para os atletas se

refrescarem durante a quente maratona na França. Acabou correndo todo

ensanguentado com um torniquete na

cabeça, devido ao

ferimento. No final, venceu, mesmo

nessas condições.

44

TRI SPORT AGOSTO 2017

O excelente triatleta belga Frederik Van Lierde, campeão mundial do Ironman, encontrou a velha forma com uma performance digna do seu calibre, em Nice. Ao lado, ele corre na linha de chegada para mais uma vitória.



Acima Van Lierde, no difícil e montanhoso percurso de ciclismo de Nice. Abaixo, Lester - assegurou a vitória com o melhor pedal e maratona do dia para conquistar a sua 4ª vitória em Ironmans

46

TRI SPORT AGOSTO 2017


IRONMAN NICE 23/07/2017 - Nice, Franรงa 3.8k swim + 180km bike + 42km run 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

NAC.

SWIM

BIKE

RUN

TOTAL

VAN LIERDE, FREDERIK DEGASPERI, ALESSANDRO CHEVROT, DENIS LLANOS, ENEKO DEL CORRAL, VICTOR ANDRE, THOMAS GUILLOUX, ARNAUD MECHIN, ANTOINE BEAUFILS, TRISTAN DURANTON, FRANCOIS

BEL ITA FRA ESP ESP FRA FRA FRA FRA FRA

00:49:21 00:53:22 00:49:06 00:50:44 00:58:20 00:49:51 00:53:33 00:54:17 01:08:02 00:55:29

04:39:00 04:53:40 04:57:38 04:48:00 04:57:13 05:14:33 04:57:20 05:18:46 05:06:41 05:13:28

02:57:19 02:43:38 02:47:44 02:56:21 02:52:11 02:57:43 03:15:01 02:55:58 02:56:13 03:03:45

08:31:31 08:36:18 08:39:42 08:40:54 08:53:37 09:08:58 09:12:12 09:15:40 09:18:46 09:19:10

FEM LESTER, CARRIE LUXFORD, ANNABEL GUINOISEAU, LINDA VALENTINE, NICOLE KREJCOVA, PETRA DONAT, CAMILLE OTTEVAERE, CHARLENE JARVIS, SARAH ROBIN, ANAIS TWIGG, EMMA

AUS AUS FRA USA CZE FRA BEL ALE FRA NZL

00:55:32 00:52:19 01:01:15 01:01:57 01:00:35 00:52:20 00:59:00 01:01:54 00:57:27 01:02:26

05:19:12 05:24:50 05:51:59 05:59:49 05:46:14 05:49:18 05:53:45 05:54:15 06:03:46 05:47:21

03:06:14 03:14:21 03:18:52 03:13:51 03:32:24 03:40:40 03:27:11 03:34:10 03:34:42 03:50:50

09:27:53 09:38:31 10:21:33 10:21:53 10:26:22 10:29:22 10:29:56 10:37:56 10:45:50 10:52:22

MASC


IRONMAN SUIÇÅ Nick Kastelein e Sharer vencem em Zurich “DIGA-ME COM QUEM ANDAS E TE DIREI QUEM ÉS”.

Mais dos que nunca, esse ditado valeu no Ironman Suiça. O australiano Nick

Castelein quebrou a invencibilidade do suíço Ronnie

Schildknecht e venceu a prova em Zurich a “la Frodeno”.

Entre os líderes na natação, Nick

disparou na liderança abrindo mais de

6min. de vantagem

para a concorrência

no final dos 180km. Com uma maratona sólida em

2h50min24s,

conquistou o seu

primeiro Ironman,

deixando para trás os suíços Rude Wild e

Jan Van Berkel, 2º e 3º colocados. O

também suíço Ronnie Schildknecht, que tentava sua 10ª

vitória consecutiva em Zurich, teve cãibras

no início da corrida, abandonando.

Nicholas Kastelein, treina e mora em

Girona, na Espanha e é o principal

companheiro de

treinos do alemão Jan Frodeno, bicampeão

mundial do Ironman e

melhor atleta Ironman da atualidade, recordista da distância.

48

TRI SPORT AGOSTO 2017

Abaixo, a emoção do australiano Nick Kastelein em sua primeira vitória em Ironmans, além da classificação para o mundial de Ironman no Havaí garantida


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Feminino

A suíça Celine

Schaerer venceu de ponta a ponta marcando as

excelentes parciais de 51min45s / 5h11min

/ 3h15min36s, com a melhor natação e

corrida do dia, para

vencer com mais de 14min de vantagem

sobre a dinamarquesa Tine Holst.

A compatriota, a suiça Martina Kuns

completou o pódio.

Abaixo, o pódio feminino com Shaerer, Horst e Kuns, as grandes vencedoras do Ironman Suiça. Na página ao lado, Nick Kastelein, o grande campeão

50

TRI SPORT AGOSTO 2017


IRONMAN SUÍCA 30/07/2017 - Zurich, SUI 3.8k swim + 180km bike + 42km run 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

NAC.

SWIM

BIKE

RUN

TOTAL

KASTELEIN, NICHOLAS WILD, RUEDI VAN BERKEL, JAN HUERZELER, SAMUEL FONTANA, DANIEL SAPUNOV, DANIIL WURF, CAMERON BLOKHIN, ANTON CHIKIN, ALEXANDER SCHIFFERLE, MIKE

AUS SUI SUI SUI ITA UKR AUS BLR RUS SUI

0:48:18 0:48:43 0:48:45 0:54:03 0:48:41 0:48:38 0:52:01 0:51:54 0:55:46 0:59:31

4:31:13 4:38:52 4:36:42 4:33:52 4:42:04 4:41:58 4:28:06 4:38:50 4:44:14 4:49:09

2:50:24 2:49:21 2:58:01 2:59:43 3:01:32 3:03:09 3:19:41 3:11:42 3:18:53 3:12:25

8:13:28 8:20:37 8:26:51 8:31:37 8:36:06 8:37:49 8:43:57 8:46:12 9:03:36 9:07:17

FEM SCHAERER, CELINE HOLST, TINE KUNZ, MARTINA VISSER, ELS ROHRBACH, REGULA ESEFELD, KATRIN WASSNER, LAUREL FARDELL, JANE DERRON, ANNA LI, SHIAO-YU

SUI DEN SUI NED SUI GER USA AUS SUI TPE

00:51:45 01:05:52 01:02:05 01:01:45 01:00:20 01:03:21 00:57:29 01:01:14 00:57:31 01:01:26

05:11:00 05:11:05 05:09:58 05:14:28 05:10:01 05:17:47 05:29:32 05:26:20 05:24:35 05:23:25

03:15:36 03:16:50 03:23:40 03:31:29 03:39:31 03:29:29 03:24:27 03:32:18 03:39:11 03:45:09

09:23:02 09:37:44 09:40:08 09:52:21 09:54:18 09:55:24 09:56:16 10:05:15 10:05:17 10:15:02

MASC


IRONMAN 70.3 ALAGOAS Francisco Sartore e Vanessa Gianinni são os melhores no Meio Ironman de Maceió Em um dia bonito e quente em Maceió,

até a chuva apareceu

na corrida – os atletas agradeceram os

“pingos” alagoanos

para refrescá-los. Foi

tudo perfeito no Meio Ironman inagural,

realizado na na praia de Pajuçara, em Maceio.

Entre os homens,

Francisco Sartore, o “Chiquinho” foi o

mais rápido com uma corrida muito veloz nos 21km finais, vencendo com o tempo total de

4h05min53s. Ele

superou o baiano

Bonieck Clemente e Daniel Human, da argentina.

No feminino, a ex-

atleta profissional a paulista Vanessa

Gianinni, agora de

volta as competições como amadora,

venceu com grande vantagem. Luca

Glaser e Paula Ponte

completaram o pódio feminino.

A prova na cidade de Maceió, disputada só entre atletas

amadores, foi uma

festa, com o povo nas ruas torcendo pelos triatletas. Natação

tranquila, algumas nuvens de manhã

para afastar o calor,

percurso de ciclismo

sem vento e plano, e

52

TRI SPORT AGOSTO 2017


IRONMAN 70.3 ALAGOAS 06/08/2017 - Maceió, Alagoas 1.9k swim + 90km bike + 21km run 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

NAC.

SWIM

BIKE

RUN

TOTAL

SARTORE, FRANCISCO BONIECK CLEMENTE RUMAN RODRIGUES, DANIEL ESCALAS, PABLO MARGUERITO , RAFAEL RODRIGUES, RANGEL OTTOBONI, SANDRO RAMOS, MARLUCIO MIRANDA , RICARDO BASTOS, ADRIANO

BRA BRA BRA ARG BRA BRA BRA BRA BRA BRA

00:29:17 00:26:58 00:24:14 00:26:36 00:28:00 00:31:25 00:28:08 00:29:33 00:25:30 00:30:33

02:12:04 02:13:08 02:12:32 02:15:40 02:19:43 02:13:30 02:17:03 02:14:51 02:17:24 02:19:59

01:19:10 01:27:29 01:30:35 01:26:28 01:23:05 01:25:30 01:27:29 01:29:07 01:33:19 01:26:23

04:05:53 04:10:24 04:10:58 04:12:47 04:13:55 04:15:19 04:15:55 04:18:00 04:19:08 04:20:44

FEM VANESSA GIANINNI LUCA GLASER PAULA PONTE BÁRBARA DUARTE FLAVIA MEYER LÍVIA BUSTAMANTE MARIANA BRUGGER JUANA ABDALLA AMANDA GONCALVES VANUSA ALBERTI

BRA BRA BRA BRA BRA BRA BRA BRA BRA BRA

00:26:36 00:28:29 00:29:55 00:32:00 00:32:03 00:33:25 00:33:47 00:30:01 00:32:03 00:35:59

02:20:55 02:27:11 02:23:46 02:29:18 02:19:21 02:28:13 02:30:15 02:30:09 02:31:15 02:32:29

01:34:36 01:36:58 01:42:58 01:37:14 01:47:09 01:39:24 01:40:01 01:47:13 01:45:06 01:39:37

04:26:06 04:35:48 04:40:40 04:42:19 04:43:05 04:44:35 04:48:00 04:51:24 04:52:43 04:53:31

MASC


uma chuva para

abençoar e refrescar os atletas nos 21km finais com direito a

muita água de coco para os atletas –

todos receberam um no final da prova.

Retomando o foco

nos últimos 3 meses Francisco Sartore,

conseguiu fazer uma prove constante sem se matar na natação fez uma prova

redonda vencendo com uma

performance na

corrida final com a

melgor parcial do dia. Vanessa Gianinni

dominou de ponta a

ponta vencendo com grande vantagem.

54

TRI SPORT AGOSTO 2017

Acima, a grande campeã Vanessa Gianinni, de volta as competições, agora como amadora, dominou a categoria. Abaixo, o “Chiquinho”, de Santos, conquistou mais uma vitória


O visual da natação com uma luz especial e o mar calmo, agradou a todos. Abaixo, o visual do ciclismo, passando pela praia do Francês


DR. COACH

COMO SE MANTER NO TOPO? por Prof . Kelmerson Henri Buck Após um crescimento em meu desempenho devido a muita dedicação nos treinamentos tenho alcançado o pódio com freqüência em minha categoria. Como faço a manutenção desses resultados nos próximos anos? Está longe de ser grande o número de atletas que, no processo de preparação de muitos anos, conseguem manter-se neste patamar. A maior parte dos atletas acaba sua carreira desportiva antes devido a diferentes circunstâncias como erros metodológicos de treinamento que fazem o atleta baixar seu nível de resultados e abandono por motivos profissionais, familiares, etc. Os atletas que conseguem manter resultados por muitos anos, normalmente são sujeitos que não atingem recordes mundiais, é um caso raro, eles vencem mais seguidamente devido ao alto nível da técnica, à estabilidade psicológica e não por terem vantagem na preparação física. A manutenção de resultados tem muito detalhes puramente individuais. Nesta etapa é característica a estabilização da carga e até redução insignificante em 510%. Não tiveram êxito as tentativas de alguns desportistas que no intuito de obter um novo salto nos resultados aumentaram de forma substancial o volume geral de treinamento. Nesta etapa de conservação de resultado tanto amador como profissional a atividade competitiva é o fator de maior influência sobre o triatleta, pois só nas competições, na presença de adversários fortes e com a responsabilidade pelo resultado, diante de torcida, utilização dos equipamentos de prova, os triatletas conseguem mobilizar suas reservas funcionais. Temos visto que no triathlon especificamente os atletas que conseguem manter resultados expressivos por longos tempos, são pessoas que se encontram em estabilidade familiar, social, financeira. São pessoas que conseguem conciliar a rotina diária com os treinos e também arcar com as despesas financeiras que o esporte necessita para o atleta de triathlon continuar competitivo. 56 68

TRI SPORT AGOSTO 2017 NOVEMBRO 2014


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CUSTOM BIKE

A NOVA FELT DE FELLIPE SANTOS

A Felt IA3 é a nova máquina da revelação Fellipe Santos por Rodrigo Eichler

A Felt IA3 com Dura-Ace mecânico de

11 velocidades é a nova bike do

curitibano Fellipe Santos. Com o melhor

que a antecessora, é uma bike mais

rápida, com o garfo traseiro mais baixo

Quadro: IA3, tamanho 56

B

Cockpit: FELT / T3 PROFILE

C

Rodas: Zipp 808 / 404

D

Grupo: Dura-Ace mecânico

baixos, até porque meu principal

E

Cassete: 11x25

procuro sempre ficar o mais agressivo

F

Hidratação: Profile Front

G

Pedivela: Rotor 53x39; 170mm

H

Pedais: Look Keo

I

Selim: Adamo Attack

aerodinâmica maior! Além de ser mais

curta que a Giant, trazendo ainda mais conforto.

Gosto do apoio de braço e guidão mais

objetivo é a performance! Portanto

possível que consigo, sem comprometer meu rendimento.

Minha flexibilidade ajuda muito o meu

posicionamento na bike, estou

procurando melhorar a força em cima da

bike, por isso venho fazendo treinos

conta os detalhes da sua costumização e

Não uso potência! Meu pedivela é

caractrísticas da sua nova arma para as

competições:

Da bike original, eu coloquei um clipe mais curvado na ponta, o que me dá

mais conforto para as provas de longas

distâncias.

TRI SPORT AGOSTO 2017

ÍTENS E ESPECIFICAÇÕES A

que o normal. Senti que ela tem uma

pedal na última etapa do Rio Triathlon,

onde conquistou a 2ª colocação, ele nos

58

Essa bike apesar de não ser mais leve do

específicos de Big Gear.

170cm, nunca tinha usado ele tão curto

e me adaptei muito bem, me sinto

melhor para correr após o pedal.”

O posicionanmento do meu selim

negativo é uma coisa particular, o que

me dá mais conforto tirando a pressão.

J K L M N O

Desnível vertical: 7cm Pneus: Continental 23mm Computador/GPS: Garmin 810 Central: Token Freios: Shimano Selim/Central: -1cm

P

Pulleys: Jetstream

Q

Corrente: Dura-Ace



CHECK OUT CYCLING SOCKS Elas são cheias de tecnologia, conforto e performance. Termoreguladoras - nunca se viu tantos ciclistas e triatletas com meias coloridas nos últimos tempos. Conheça o novo ítem do seu kit pedal. Escolha já a sua:

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60

TRI SPORT AGOSTO 2017


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