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REFLETINDO SOBRE AS ESCOLHAS DOS CAMINHOS (METODOLOGIAS

tes, dialogar com estudantes sobre as potencialidades/possibilidades da Dança, desmistificando logo de início a ideia de dança somente como execução de movimentos, dentre outros aspectos. Quando as crianças e jovens produzem um entendimento de que por meio da Dança eles/elas podem ser, conhecer, aprender e conviver com o mundo, este significado se transforma em potente dispositivo de motivação para a aprendizagem, provocando alto índice de interesse e disposição nos/as estudantes.

O como se processam as relações entre professores/as e estudantes constitui um dos fatores intervenientes de suma importância para as conexões entre as práxis educativas e os processos de aprendizagem. No sentido de refletir sobre conexões favoráveis entre estes processos, agora pensando sobre a teoria da “aprendizagem significativa”, de David Ausubel, observamos as palavras de Marcos Antônio Moreira quando destaca que, esta aprendizagem

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[...] é aquela em que ideias expressas simbolicamente interagem de maneira substantiva e nãoarbitrária com aquilo que o aprendiz já sabe. Substantiva quer dizer não-literal, não ao pé-daletra, e não-arbitrária significa que a interação não é com qualquer idéia [sic] prévia, mas sim com algum conhecimento especificamente relevante já existente na estrutura cognitiva do sujeito que aprende. (2012, p. 2).

Como no artigo de Marcos Moreira, que pensa sobre “O que afinal é aprendizagem significativa?” (2012), é possível refletir nesta proposta sobre a superficialidade de algumas abordagens conectadas a processos de ensino~aprendizagem. Proponho que se reflita acerca da possível descontinuidade de estratégias que concorram para uma “[...] aprendizagem mecânica, puramente memorística, do que a significativa” (Ibid., p. 1). Indico pensar em termos de produção/criação do conhecimento, não da representação de uma realidade dada a priori. Sugiro pensar pelo caminho da experimentação, do saber da experiência (BONDÍA, 2002), que acontece no corpo. Proponho pensar em processos que “aborde a dança e o corpo da criança e do adolescente como elementos disparadores ou motivadores da busca de novas informações, gerando a aquisição de competências pessoais, relacionais, técnicas e cognitivas” (RANGEL; AQUINO; COSTA, 2017, p. 74).

Observando o disposto, acredito ser importante também falar um pouco sobre os planejamentos, tão necessários para se ter um mínimo de tranquilidade no momento dos encontros, das aulas em que serão propostos os processos de ensino~aprendizagem.

A NECESSIDADE DE SE PREPARAR (PLANEJAMENTOS)

Planejar também é criar. Ao pensar nas possibilidades que podem vir a ser realizadas um/a criador/a, digo, um/a educador/a atua em processo criativo que pode potencializar os caminhos pelos quais quer percorrer seus processos de ensino e, criativamente, experimentar saberes, provocar aprendizagens significativas nos/as estudantes que participarem da experiência. Em outras palavras, caso um/a educador/a planeje, intencionalmente, uma abordagem mais criativa em seus processos de ensino, provavelmente conquistará resultados além do esperado. E não é difícil, basta observar que em nosso próprio viver, as ações que realizamos constantemente, já se desenvolvem por meio de processos de criação.

Aatual situação da pandemia de coronavírus, por meio das aulas remotas, está compelindo todos os processos educacionais a se repensarem e a adentrarem o mundo da cibercultura (PIMENTEL; CARVALHO, 2020), universo que já vinha sendo experimentado por uma grande parcela de crianças e jovens. Contudo, neste momento, faz-se importante refletir sobre as possibilidades que se apresentam para esta reconfiguração da educação formal e a massiva utilização das tecnologias digitais, fato que tem tirado o sossego de muitos/as agentes educacionais. Cabe aqui observar uma diferença entre Educação à Distân-

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