O QUE VOCÊ VAI FAZER COM ESSA CASTANHA, COMER OU PLANTAR?

iante de um cenário emaranhado de pesquisas que resvalam em Dproduções textuais, com a dança como dispositivo dialógico, compreendemos a dimensão expansiva de uma dança que pulsa

no terreno piauiense. A Dança materializa-se em diversas e diferentes formas, em vida, em corpos e seus contextos.

O terreno da dança no Piauí é maleável e resistente. Esse chão nutritivo é advindo de muito desejo por uma dança como área de conhecimento, como produtora de conhecimentos específicos, como provocadora de questionamentos e transformações na própria vida de corpos que pulsam e movem pesquisas e escritas, artísticas e acadêmicas.

Compreendemos que a possível implantação de uma graduação em Dança no Piauí, precisa analisar outras variáveis, além da que foi aqui discutida, contudo, ressaltamos a urgente necessidade desta implantação, no sentido de potencializar esta área de conhecimento que já vem sendo,

há anos, um movimento desejado pela classe artística da Dança. A produção textual poderia estar muito mais fortalecida e muitas pessoas pesquisadoras não precisariam, obrigatoriamente, sair do Piauí para realizar sua formação acadêmica em Dança.

Vamos plantar novamente esta castanha? Vamos fazer esse cajueiro dar frutos, emaranhar-se?

A pergunta acima, nos faz pensar que esta pesquisa continuará, o nosso desejo é que assim seja, em outros desdobramentos, já que não acreditamos em completude. É importante que reflitamos sobre a “falta”: quais trabalhos faltam aqui? Por que não estão aqui? Neste sentido, pensamos ser de extrema importância a atualização dos repositórios das IES do Piauí, para que o encontro com os trabalhos de Dança seja mais acessível, assim como é de suma importância que se utilize a palavra “Dança” nos títulos e palavras-chave nos textos que tratam sobre esta área.

O ciclo desse cajueiral não se encerra nesta conclusão e esperamos que esta pesquisa se multiplique em alimentos deliciosos para nutrir muitos outros estudos, assim como se multiplicam, no Piauí, os pés de caju.