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CHUPA ESSE CAJU BEM AÍ

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ORIENTAÇÕES

ORIENTAÇÕES

ntes de pontuar as discussões advindas da catalogação realizada, Aimaginamos: o que refletir aqui? Talvez seja importante pensar no cerne das questões que delineiam os caminhos e desejos que

provocam este e outros estudos: a dança. Mas não só pensar a dança como algo individual, já que a mesma sempre está atrelada a um contexto. O nosso contexto geográfico, fruto desse cajueiro todo, é o Piauí, essa terra quente, alimento para tantos pés-de-caju e que seguem o fluxo da vida, da vida dançada no Piauí, da vida movida pelos corpos piauienses em suas singularidades e escritas tão diversas, e que refletem a dimensão expansiva da dança como produção textual de diversas tipologias.

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A dança que se faz no Piauí é dançada nas escritas de muitas pessoas autoras que estão aí e aqui, dançando, alimentando-se e dando alimento a tantos outros corpos, em processos de afetação. Imaginem um cajueiral, repleto de vida e emaranhado de muitas: castanhas, folhas, raízes, cajus,

que geram sucos, doces, cervejas, cajuínas e muito mais. Saborear textos como quem chupa um caju. Tal metáfora é acolhida aqui por considerarmos uma imagem piauiense que afeta corpos, corpos que dançam e escrevem com a dança desta terra. Por imagem acolhemos o pensamento de Adriana Bittencourt (2012), que afirma que corpo e imagem na dança não se descolam. Neste sentido, o corpo ao dançar expõe imagens que lhe compõe e que lhe são indissociáveis. Nesta pesquisa, imaginamos uma produção imagética para saborear textos constituindo-se em alimento para a própria produção de dança no Piauí.

O emaranhado da produção textual sobre Dança, produzido por pessoas autoras piauienses, apontam para vários questionamentos políticos, mas, dentre as necessidades que pedem passagem como uma urgência do agora (SILVA; ALBUQUERQUE, 2019), transitaremos por algumas, o que não impede de outras pessoas trilharem outros caminhos e discutirem outras urgências. E quais são elas mesmo?

Para a autora, “as Imagens são da natureza do mundo, uma vez que são modos de acesso do corpo, além de constituírem também o próprio modo de cada corpo estar no mundo. Não se trata de mero detalhe, mas de uma condição de existência que deve ser claramente compreendida para que se deixe de pensar que as imagens são somente reflexos do mundo em nós.” (BITTENCOURT, 2012, p. 80). As professoras Márcia Mignac e Iara Cerqueira, problematizam questões políticas no artigo Dança e Conhecimento: formulações ou insurgências do agora. Disponível em <https://proceedings.science/anda/anda-2019/papers/danca-e-conhecimento--formulacoes-ouinsurgencias-do-agora>. Acesso em: 01 mai. 2021.

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