CHUPA ESSE CAJU BEM AÍ!
A
ntes de pontuar as discussões advindas da catalogação realizada, imaginamos: o que refletir aqui? Talvez seja importante pensar no cerne das questões que delineiam os caminhos e desejos que provocam este e outros estudos: a dança. Mas não só pensar a dança como algo individual, já que a mesma sempre está atrelada a um contexto. O nosso contexto geográfico, fruto desse cajueiro todo, é o Piauí, essa terra quente, alimento para tantos pés-de-caju e que seguem o fluxo da vida, da vida dançada no Piauí, da vida movida pelos corpos piauienses em suas singularidades e escritas tão diversas, e que refletem a dimensão expansiva da dança como produção textual de diversas tipologias. A dança que se faz no Piauí é dançada nas escritas de muitas pessoas autoras que estão aí e aqui, dançando, alimentando-se e dando alimento a tantos outros corpos, em processos de afetação. Imaginem um cajueiral, repleto de vida e emaranhado de muitas: castanhas, folhas, raízes, cajus,
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