PRODUÇÃO TEXTUAL EM DANÇA ESCRITA POR PIAUIENSES / TEXTUAL PRODUCTION IN DANCE WRITTEN BY PIAUIENSES by TUPY art+dsgn

Copyright: Roberto Freitas & Ireno Júnior E-BOOK Conselho Editorial Dr. Clívio Pimentel Júnior - UFOB (BA) Dra. Edméa Santos - UFRRJ (RJ) Dr. Valdriano Ferreira do Nascimento - UECE (CE) Drª. Ana Lúcia Gomes da Silva - UNEB (BA) Drª. Eliana de Souza Alencar Marques - UFPI (PI) Dr. Francisco Antonio Machado Araujo – UFDPar (PI) Drª. Marta Gouveia de Oliveira Rovai – UNIFAL (MG) Dr. Raimundo Dutra de Araujo – UESPI (PI) Dr. Raimundo Nonato Moura Oliveira - UEMA (MA) Dra. Antonia Almeida Silva - UEFS (BA) PRODUÇÃO TEXTUAL EM DANÇA ESCRITA POR PIAUIENSES © Roberto Freitas - Ireno Gomes da Silva Júnior 1ª edição: 2021 Editoração Roberto Freitas Diagramação, capa e edição de gráficos Tupy Criação de gráficos Israel Oliveira Revisão Marcos Aurélio de Araújo Alves Ficha Catalográfica elaborada de acordo com os padrões estabelecidos no Código de Catalogação Anglo – Americano (AACR2)

F862p Freitas, Roberto; Silva Júnior, Ireno Gomes da. Produção textual em dança escrita por piauienses / Roberto Freitas, Ireno Gomes da Silva Júnior. – Parnaíba, PI: Acadêmica Editorial, 2021. E-book. ISBN: 978-65-5999-000-9

1. Dança. 2. Dança no Piauí. 3. Produção textual. 4. Dança – Formação acadêmica. I. Freitas, Roberto. II. Silva Júnior, Ireno Gomes da. III. Título.

CDD: 796.07

Bibliotecária Responsável: Nayla Kedma de Carvalho Santos – CRB 3ª Região/1188

DOI: 10.29327/541526 Link de acesso: https://doi.org/10.29327/541526 ACADÊMICA EDITORIAL Composto no Brasil Teresina – Piauí 2021

Primeiro agradecer a todas as pessoas que contribuíram diretamente com as escritas de/sobre/com/em Dança que compõem este e-book. Também, à Associação dos Amigos do Cordão Grupo de Dança (ACORDA), pelo incentivo a essa produção. Agradecer à Professora Doutora Rita Ferreira de Aquino pela escrita do potente prefácio para este livro. Ao amigo Marcos Aurélio de Araújo Alves, que gentilmente realizou a revisão deste material. Ao artista Tupy Neto pelo projeto gráﬁco, diagramação e tratamento das imagens que compõem este livro. À todas as pessoas que somaram a este trabalho, compartilhando e incentivando a continuidade deste material.

AGRADECIMENTOS

A dança tem a potência de agrupar afetos e desejos, agradecemos uma à outra.

SUMÁRIO

PREFÁCIO - RITA FERREIRA DE AQUINO 8 PLANTANDO CASTANHAS 12 AS RAMAS DESTE CAJUEIRO 16 CAJUEIRAL 22 PESSOAS AUTORAS QUE ESTÃO NO MAPEAMENTO 60 ORIENTAÇÕES 66 INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR 68 CHUPA ESSE CAJU BEM AÍ 70 CONTANDO AS CASTANHAS 72 FILTRANDO O LÍQUIDO DOS CAJUS 84 JÁ EXPERIMENTOU UMA CAJUÍNA? 88 O QUE VOCÊ VAI FAZER COM ESSA CASTANHA, COMER OU PLANTAR? 92 REFERÊNCIAS 94 SOBRE AS PESSOAS AUTORAS DESTE E-BOOK 96

PREFÁCIO

Ê São João, ê Pacatuba Ê Rua do Barrocão Ê Parnaíba passando Separando a minha rua Das outras, do Maranhão

Trecho do poema “A rua”, de Torquato Neto

s versos de Torquato Neto nos convidam a caminhar pelas ruas da capital do Piauí navegando pela memória como experiência do tempo presente. Tal qual as palavras do poeta, o livro “Produção textual em dança escrita por piauienses” é um gesto preciso, que promove a visibilidade e valorização de publicações de 1999 a 2020, marcando a decisiva contribuição de autoras e autores piauienses para o desenvolvimento da produção de conhecimento em Dança no Brasil. Trata-se de uma iniciativa independente dos artistas e pesquisadores Roberto Freitas e Ireno Júnior, doutorandos no Programa de PósGraduação em Dança (PPGDança) da Universidade Federal da Bahia (UFBA). É oportuno mencionar que a publicação data exatamente quinze (15) anos após a criação do próprio programa, pioneiro na América Latina, um marco no processo de consolidação do campo da Dança em nosso país cuja primeira turma de Mestrado tive a honra de integrar.

Em 2021 o Programa de Pós-Graduação em Dança ultrapassou a marca de 200 defesas de Mestrado e está em processo de seleção da quarta turma do Doutorado em Dança. Agora caminhamos lado a lado com mais três programas de pós-graduação que oferecem cursos stricto sensu em Dança no Brasil: Programa de Pós-Graduação Profissional em Dança da Universidade Federal da Bahia (PRODAN/UFBA), Programa de PósGraduação em Dança da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGDAN/UFRJ) e Programa de Pós-Graduação Profissional em Dança na Contemporaneidade da Faculdade Angel Vianna (PPGPDAN/FAV). O número de cursos de Graduação em Dança também se ampliou consideravelmente na última década. De acordo com os dados disponíveis no sistema E-mec (https://emec.mec.gov.br//), 61 cursos de Ensino Superior em Dança estão registrados. Considerando os cursos em atividade, cujas informações estão disponíveis nas páginas das suas Instituições de Ensino Superior, confirmamos a existência de cinquenta (50) cursos no país, sendo trinta e cinco (35) Licenciaturas, quatorze (14) Bacharelados e um (1) curso de Teoria da Dança. Das trinta e cinco (35) Instituições de Ensino Superior (IES) que sediam estes cursos, temos vinte e cinco (25) IES públicas e dez (10) IEAS privadas. As instituições se distribuem nas cinco regiões geográficas do país, a saber: onze (11) na Região Sul; dez (10) na Região Sudeste; oito (8) na Região Nordeste; quatro (4) na Região Centro-Oeste; duas (2) na Região Norte. O Piauí ainda não conta com curso de Ensino Superior em Dança. Isso não impediu que pesquisadores cruzassem fronteiras, sejam do estado ou das áreas de conhecimento, para o desenvolvimento de suas investigações. Esta publicação reúne o estado da arte da pesquisa em Dança realizada por piauienses, a exemplo de teses, dissertações e trabalhos de conclusão de curso (TCCs) de especialização e graduação. Além disso, os autores incluíram livros, revistas, fan/zines entre outras produções não apenas de natureza acadêmica, mas também artística, o que enriquece ainda mais a extensa catalogação.

Roberto Freitas e Ireno Junior nos convidam a leitura apresentando as principais questões mobilizadoras e, em seguida, um cuidadoso detalhamento metodológico que possibilita a compreensão de todas as etapas e procedimentos utilizados. Os resultados são compartilhados através da listagem das produções textuais, relação de pessoas autoras e orientadoras, assim como análises em quatro categorias distintas, a saber: natureza da produção; contexto geográﬁco onde foi desenvolvida; área do conhecimento e ano das publicações. Além da dimensão quantitativa, o trabalho traz reﬂexões críticas contundentes sobre formação, memória e difusão do conhecimento. Há quinze anos atrás, discutíamos o processo de consolidação do campo da Dança no país apontando não apenas a importância das Instituições de Ensino Superior, mas das associações de pesquisa, eventos da área e acesso às publicações (AQUINO, 2008). Este livro conecta todos estes aspectos, constituindo referência fundamental para a Dança no Piauí e em todo o país. Convido vocês a caminharem por essas ruas e se embrenharem nos seus cajueiros que retorcem o tempo, nutrindo passados e germinando futuros!

Salvador, setembro de 2021. Rita Ferreira de Aquino

PLANTANDO CASTANHAS

Dança como área de conhecimento, no Brasil, vem crescendo a cada dia e, desta forma, alargando as fronteiras de sua atuação, bem como de seu reconhecimento. Em diversos aspectos, essa área vem contribuindo para o crescimento e desenvolvimento das pessoas, bem como da sociedade, propondo novos entendimentos sobre o corpo, sobre o movimento, sobre o mundo e sobre a própria vida, dentre outras questões. Academicamente, em termos quantitativos, a produção sobre a Dança brasileira já conta com 50 graduações (em instituições públicas e privadas) e 04 programas de Pós-Graduação especíﬁcos em Dança, e ainda, recentemente, em 2019, o Programa de Pós-Graduação em Dança da Universidade Federal da Bahia abriu o primeiro Doutorado em Dança do País, que, até agora, é o único ofertado por uma instituição pública no mundo. Em termos qualitativos, advindo não só dos estudos acadêmicos, Utilizamos a palavra Dança com “D” maiúsculo no intuito de enfatizá-la como área de conhecimento. Dados disponibilizada por Rita Aquino (Prefácio deste).

mas também de toda a produção não acadêmica realizada no Brasil, a Dança produzida em nosso país há tempos já é reconhecida e, aliando tais pesquisas, as acadêmicas com as não acadêmicas, vem crescendo e alcançando patamares outrora não imaginados. Em Teresina, capital do Piauí, embora ainda não se tenha uma graduação em Dança, também é possível perceber um crescente movimento na produção desta área de conhecimento, tanto quantitativa quanto qualitativamente, haja vista as produções realizadas, de pesquisas acadêmicas e pesquisas artísticas (espetáculos, produções escritas, eventos e outras) realizadas na e pela cidade. Outro importante movimento que denota a citada valorização, está sendo a implantação da Dança como componente curricular nas Escolas de Tempo Integral da Prefeitura de Teresina (ETIs), ou seja, como matéria integrante do currículo do Ensino Fundamental, para além de linguagem artística no componente Arte ou unidade temática em Educação Física (FREITAS, 2019), fatos esses que promovem o fomento do mercado de trabalho em Dança, como campo de atuação para as pessoas licenciadas, ou mesmo sob a forma de estágio, dentre outras perspectivas. Em uma escala bem menor, mas também em movimento crescente, identificamos que, adentrando o interior do estado do Piauí, a mesma perspectiva da capital se apresenta, pessoas pesquisadoras que estão buscando sua formação acadêmica em outros programas de ensino que não um de Dança, ou mesmo buscando outros centros de formação, dentro e fora do país, na busca por programas específicos nesta área. Desta forma, estas pessoas seguem o curso de suas danças realizando estudos/pesquisas em nível de graduação, especialização, mestrado e doutorado, a exemplo do fato de que, atualmente, no citado programa de doutoramento (PPGDANÇA/UFBA), já estão três pessoas piauienses, nascidas em Teresina. É importante dizer que além da formação acadêmica, muitas pessoas artistas da dança piauiense seguem outros caminhos formativos. Disponível em <http://.seer.fundarte.rs.gov.br/index.php/RevistadaFundarte/index>. Em respeito às questões de gênero da atualidade, que também são questões da Dança, embora não específica desta pesquisa, optamos por escrever no feminino genérico, concordando com o termo “pessoas”, afirmando ainda que não temos o interesse em inverter possíveis papéis de dominação, do masculino para o feminino, mas, demonstrar novos caminhos para se pensar as relações na contemporaneidade. Luzia Amélia Marques, Francisco Roberto de Freitas e Ireno Gomes da Silva Júnior.

A pesquisa que gerou esta publicação surgiu a partir da ideia em dar seguimento à valorização da Dança enquanto área de conhecimento em Teresina, e no Piauí, realizando um levantamento inicial de dados sobre a produção textual escrita, efetivada por pessoas que se ligam à Dança local. Não temos a intenção de exaurir as possibilidades e chegar a um número exato das produções realizadas, mas, minimamente, elencar um referencial que possa tanto contribuir como ponto de partida para outras pesquisas como dar a conhecer dados referentes à esta produção e suas lógicas de funcionamento. Trata-se, portanto, de uma pesquisa em movimento que se configura no presente. Ampliar as possibilidades de pensar, entender e produzir Dança e suas relações com movimentos de construção artística, social, educativa, afetiva e/ou outras, identificando avanços e necessidades desta área, neste chão. O levantamento, aqui realizado, busca contemplar as produções textuais em dança criadas por piauienses. Esse recorte foi importante para direcionar os objetivos desta pesquisa. No entanto, fez-se necessário perceber bifurcações que nos levaram a considerar trabalhos textuais criados por pessoas que têm uma relação extremamente forte com a dança no Piauí. Nesse sentido, o parâmetro utilizado para contemplação de autoras que nasceram em outros Estados foi a sua relação de moradia no Piauí, ou seja, que se criaram neste Estado, bem como sua contribuição para a dança piauiense. Ao nos percebermos como pessoas envoltas de inúmeras leituras para embasar nosso próprio processo de doutoramento em Dança, identificamos que pouco sabíamos acerca das produções escritas por pessoas conterrâneas nossas, autoras/pesquisadoras piauienses. O fato de não existir uma Graduação em Dança, em nosso Estado, obriga as dançantes, que desejariam desenvolver sua formação acadêmica, nessa área, a realizarem seus processos formativos em diferentes áreas de conhecimento, tais como: Educação Física, Pedagogia, Fisioterapia, Educação, Arte em geral, dentre outras. Este fato acaba por dificultar o re/conhecimento do universo que constitui as produções escritas sobre

Dança no Piauí, seus dados quantitativos e qualitativos (não querendo aqui atestar a qualidade de nenhum trabalho, mas produzir notas sobre dados subjetivos referentes aos estudos realizados, tal como a diversidade de programas em que estão inseridos). Ao começar uma busca pelos trabalhos textuais produzidos por piauienses nos deparamos com muitas das dificuldades apontadas por Rita Aquino em sua dissertação de mestrado intitulada “A constituição do campo acadêmico da dança no Brasil” (2008), tal como o fato de não se encontrar tais trabalhos nos repositórios das Instituições de Ensino Superior, quando estes existem. Logo de início, este fato nos chamou a atenção, pois, pensar que a própria dificuldade de acesso, o não saber de sua existência e a falta de acessibilidade àquelas produções já se torna um dado importante. Neste sentido refletimos: Como valorizar algo que se desconhece? Como conhecer o desconhecido?

AS RAMAS DESTE CAJUEIRO

o iniciar o processo de busca das referências de textos sobre Dança, escritos por piauienses, começamos a perceber que não seria uma tarefa fácil, pois, nesta breve tentativa de veriﬁcar tais dados pela internet, conseguimos apenas um número de 16 referências para compor este levantamento. Decidimos, então, experimentar diferentes caminhos para compor a coleta de dados desta pesquisa. O processo de levantamento dos dados se deu a partir de 4 (quatro) principais fontes de acesso: 1 Contato com pessoas que tínhamos conhecimento prévio de sua produção escrita; 2 - Acesso às bases de

dados nos repositórios de Instituições de Ensino Superior (IES), e outras; 3 - Chamamento público veiculado nas redes sociais; 4. Criação e divulgação de formulário no google forms. No primeiro momento de catalogação, entramos em contato com pessoas que já conhecíamos previamente e tínhamos certeza que já haviam escrito textos sobre dança. O contato aconteceu via whatsapp, e-mail e ligações telefônicas feitas direta e individualmente. Na medida que íamos encontrando pessoas conhecidas (artistas/pesquisadoras) fomos reforçando a ideia de que estávamos neste movimento, começando a construir este levantamento de dados, tempo em que também íamos solicitando a participação de todas. O fato de entrar em contato com pessoas conhecidas acabou se mostrando um caminho importante, no sentido de iniciar este processo de pesquisa, porém, não foi um caminho célere, como pensávamos. Em alguns casos, a resposta foi imediata, já em outros, para obter retorno das pessoas à nossa solicitação, foi necessário que reforçássemos o convite durante vários meses. Concomitantemente ao caminho metodológico descrito acima, começamos a acessar as bases de dados das IES públicas e privadas, localizadas no Piauí, prioritariamente pesquisando os repositórios das graduações em: Educação Física, Pedagogia, Fisioterapia e Arte, bem como em programas de Pós-Graduação. Utilizamos como descritores as seguintes palavras: “dança”, “dança em Teresina”, “dança no Piauí” e “corpo”. Tal acesso se deu de maneira complexa, pois, dentre as 10 instituições pesquisadas, somente uma tinha seu repositório atualizado. Como reﬂexão vale questionar o porquê destas bases de dados não estarem atualizadas: não deveria ser essa uma política de facilitação de acesso às produções acadêmicas, desde a graduação à Pós-Graduação? Acessamos os repositórios das instituições localizadas no território piauiense, contudo, o fato de não se ter graduação e Pós-Graduação em Dança no Piauí tem provocado o movimento de várias pessoas piauienses

deslocarem-se em busca de formação específica nesta área, em outros Estados. Este fato nos levou ao Programa de Pós-Graduação em Dança da Universidade Federal da Bahia (PPGDANÇA/UFBA), programa que tem acolhido o maior número de pesquisas acadêmicas de piauienses, em Dança, que se tem notícia, bem como de suas produções textuais. Também acessamos o repositório do Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Universidade de Brasília (PPGCen/UnB) em decorrência de termos conhecimento de alguns trabalhos realizados nesta instituição. Além do acesso às instituições citadas, decidimos navegar no repositório de trabalhos científicos da Associação Nacional de Pesquisadores em Dança (ANDA), por se tratar de uma aglutinadora de estudos nacionais de relevância ímpar à construção de pesquisas em Dança no Brasil. Durante todo o processo de levantamento que constituiu esta catalogação, algumas referências que surgiram nos levaram a outras instituições no Brasil e no exterior, mas não obtivemos a informação por meio de seus repositórios. Como terceiro caminho utilizado, resolvemos realizar um chamamento público nas redes sociais, especificamente no instagram e no facebook. Este processo se deu como forma de facilitar o acesso às escritas que não conseguimos por meio das etapas anteriores. Fazendo uma relação com o acesso às bases de dados nos repositórios das IES pesquisadas, esse momento possibilitou o acesso a muitos trabalhos que não havíamos conseguido, até então. A este tempo, houve uma ênfase no fato de que não tínhamos uma referência base para comparar o universo desta pesquisa, ou seja, não tínhamos um estudo anterior que nos fornecesse um quantitativo médio do número de produções textuais em Dança, escrito por pessoas piauienses. Este fato nos provocou a pensar o caráter processual deste levantamento, assim como a perspectiva de ineditismo desta pesquisa. Para tanto, na intenção de potencializar o levantamento, que ora nos movia, decidimos acrescentar mais uma possibilidade de recurso metodológico: a veiculação de um formulário criado na plataforma Google Forms.

Mesmo tendo sido amplamente divulgado nas redes sociais, e tendo ﬁcado disponível por um período de 3 meses, tivemos um número de 15 respostas no total, sendo apenas cinco delas validadas para este levantamento. Enfatizamos que os 4 diferentes caminhos, que promoveram a coleta de dados sobre o levantamento das referências, deram-se de maneira cruzada, respeitando o que a pesquisa convocava em cada instante. Hora de acelerar, hora de voltar, hora de pausar, hora de retomar. Momentos de interrupção provocados pelo tempo, pela pandemia da Covid-19 e outros motivos, mas, respeitando o rigor, o comprometimento da pesquisa e a importância de se fazer uma catalogação desta amplitude, para se conhecer caminhos percorridos por escritas da Dança no Piauí.

A seguir desenhamos o caminho em relação aos meses compreendidos entre março de 2020 até setembro de 2021: MARÇO/2020 Início do processo de levantamento das referências por meio de mensagens eletrônicas enviadas a pesquisadoras com produções textuais já conhecidas. ABRIL/2020 Continuidade do processo de levantamento dos dados, por meio de contato direto com as pessoas pesquisadoras, expandindo, assim, o número de referências que compunham a pesquisa. MAIO/2020 Continuidade das ações anteriores e início dos acessos às bases de dados nos repositórios das IES públicas e privadas, localizadas em território piauiense. JUNHO/2020 Continuidade nos processos iniciados e veiculação de um chamamento público nas redes sociais, com o seguinte texto: Olá pessoas da Dança piauiense, tudo bem? No intuito de valorizar, cada vez mais, a Dança como área de conhecimento, estamos realizando uma catalogação da produção textual, em Dança, produzida por *piauienses*. Estamos em busca de TCC's, textos publicados em revistas e/ou apresentados em eventos cientíﬁcos, livros e outros. Pedimos para quem produziu, ou saiba de alguma publicação, que entre em contato com a gente para incluirmos a devida referência. Contamos com sua participação! Quem puder compartilha. Obrigado.

JULHO/2020 - Início do movimento de escrita para este e-book, com uma primeira análise quantitativa do levantamento de referências realizado até este momento. E, também, continuidade ao processo de contato por mensagens e ligações diretas. AGOSTO/2020 - Continuidade dos processos já iniciados, acrescidos da criação e veiculação de questionário via Google forms, na tentativa de uma maior abrangência para o levantamento das referências de que trata esta pesquisa. SETEMBRO/2020 Pausa OUTUBRO/2020 Exercícios de escrita e escolha de possíveis sessões para compor o e-book. Continuidade do processo de levantamento das referências.

NOVEMBRO/2020 Necessidade de retornar ao início do movimento de análise quantitativa do levantamento até então realizado, por causa do constante aumento no número de referências catalogadas. DEZEMBRO/2020 Pausa JANEIRO/2021 Pausa FEVEREIRO/2021 Retorno à pesquisa com adição de novos dados, revisão do material anteriormente levantado e finalização do processo de levantamento das referências. MARÇO/2021 Pausa ABRIL/2021 Início da diagramação do e-book, análise e discussão dos dados levantados. MAIO/2021 Continuidade das análises e discussões dos dados levantados. JUNHO/2021 Produção de gráficos, finalização da escrita e início das revisões. JULHO/2021 Revisão final dos textos. AGOSTO/2021 Análise e finalização da diagramação. SETEMBRO/2021 Divulgação e lançamento do e-book.

CAJUEIRAL P

or questão de organização, como forma de se observar os dados referentes a este levantamento, tornou-se necessária uma categorização que, para não incorrer em nenhum tipo de julgamento de valor ou hierarquização, resolvemos não numerá-las, e a ordem em que se apresentam é advinda unicamente desta necessidade organizacional. No intuito de reconhecer os processos de orientação assumimos a importância de mencionar os nomes das pessoas que orientaram os trabalhos aqui referenciados (publicados nos repositórios da IES), tendo em vista sua relevância para a construção dos mesmos. Contudo, seguindo o pensamento do parágrafo anterior, resolvemos não colocar a titulação das mesmas.

A categorização escolhida foi a seguinte: LIVROS REVISTA ESPECIALIZADA FAN/ZINES TESES DISSERTAÇÕES CAPÍTULOS OU TEXTOS PUBLICADOS EM LIVROS ARTIGOS OU TEXTOS PUBLICADOS EM PERIÓDICOS CIENTÍFICOS ARTIGOS OU TEXTOS APRESENTADOS EM EVENTOS CIENTÍFICOS RESUMOS PUBLICADOS EM ANAIS DE EVENTOS CIENTÍFICOS BANNERS/ POSTERS PUBLICADOS EM ANAIS DE EVENTOS CIENTÍFICOS TCCs de ESPECIALIZAÇÃO TCCs de GRADUAÇÃO OUTRAS PRODUÇÕES

Gostaríamos de reforçar que, relativo à quantidade de referências encontradas, não havendo base anterior para comparação, não temos como estimar o percentual real do universo de produções realizadas ao todo. Imaginamos que podem existir outras produções já realizadas, que não entraram neste levantamento. Compreendemos que tal constatação pode servir como dispositivo provocador para outras pesquisas que, a partir desta que ora realizamos, terão uma base de comparação.

LIVROS (11) FREITAS, Roberto. Componente Curricular Dança: uma proposta para o Ensino Fundamental. Teresina: Edição do autor, 2020. Disponível em <https://issuu.com/tupynt/docs/ebook3>. Acesso em: 29 jan. 2021. FREITAS, Roberto; BREBIS, Flavio. Arte, educação e inclusão: 10 anos de cordão grupo de dança. Teresina: Gráfica SP Ltda., 2018. MARQUES, Luzia Amélia. Grafias na pedra: índices evolutivos da dança. Teresina: EDUFPI, 2018. DO CARMO, Lina. Corpo do mundo. Rio de Janeiro: Livros Ilimitados, 2015. FARIAS, Marina. O balé dos persistentes: inclusão social pela dança. Teresina: Nova Aliança Editora, 2015. FREITAS, Roberto; BREBIS, Flávio. Ousadia: vinte anos de história do balé da cidade de Teresina. Teresina: Grid, 2014. HOLANDA, Victória. Desequilíbrios: figuras da dança do Piauí. E-book. Livro reportagem apresentado como TCC ao Curso de Comunicação Social – Jornalismo / Universidade Federal do Piauí. Teresina, 2014. Disponível em <https://issuu.com/victoriaholanda/docs/livro_vict__ria_-_fev_2015>. Acesso em: 29 jan. 2021. MOREIRA, Eduardo; PACHECO, Elielson. Renavan versos vampira. Teresina: Produção independente, 2014. DIRCEU, Núcleo do. 1000 casas. Teresina: Ministério da Cultura/Petrobras, 2012. Nas categorias elencadas, nessa catalogação, as referências seguem uma ordem por ano de conclusão, iniciando sempre pela mais recente.

LOBO, Lenora; NAVAS, Cássia. Arte da composição. Brasília: LGE, 2008. LOBO, Lenora; NAVAS, Cássia. Teatro do Movimento. Brasília: LGE, 2003. REVISTA ESPECIALIZADA (01) TERESINA, Prefeitura Municipal de. Fundação Cultural Monsenhor Chaves. Revista Cadernos de Teresina: a cidade da Dança. Ano XV, n. 36, agosto de 2003. FAN/ZINES (08) INCORPORADA, Demolition. Pele das cidades. Zine n. 8. Teresina: Campo Arte contemporânea, agosto/2019. INCORPORADA, Demolition. The day after. Zine n. 7. Teresina: Campo Arte contemporânea, novembro/2018. INCORPORADA, Demolition. A invenção da maldade. Zine n. 6. Teresina: Campo Arte contemporânea, agosto/2018. INCORPORADA, Demolition. Trouble maker. Zine n. 5. Teresina: Campo Arte contemporânea, fevereiro/2018. INCORPORADA, Demolition. Cadernos de artista. Zine n. 4. Teresina: Campo Arte contemporânea, agosto/2017. INCORPORADA, Demolition. Dança doente. Zine n. 3. Teresina: Campo Arte contemporânea, janeiro/2017. INCORPORADA, Demolition. Roubo e compartilhamento. Zine n. 2. Teresina: Campo Arte contemporânea, julho/2016. INCORPORADA, Demolition. Impeachment/golpe. Zine n. 1. Teresina: Campo Arte contemporânea, abril/2016.

TESES (02) DO CARMO, Lina. Archéologie de lexpression: L'impact Poétique des Scénarios Rupestres de la Serra da Capivara sur l'invention Corporelle de l'Acteur-Performer. Bourgogne Franche-Comté / France: École doctoral LECLA. ED Lettres, Communication, Langues, Art / Université Bourgogne Franche-Comté - UBFC, 2018. Thèse (Doctorat de spécialité. Arts de la scène). Disponível em <https://tel.archives-ouvertes.fr/tel02100898/document>. Acesso em: 22 out. 2020. Orientação: Guy Freixe. RODRIGUES, Janete de Páscoa. Mídias e identidades culturais: a recepção midiática do balé folclórico de Teresina, no Piauí. São Leopoldo/RS: Programa de Pós Graduação em Ciências da Comunicação da Unisinos, 2006. Tese (Doutorado em Comunicação). Disponível em <http://www.ufrgs.br/infotec/teses%2005-06/resumo_4554.html>. Acesso em: 06 jun. 2020. Orientação: Denise Maria Cogo. DISSERTAÇÕES (13) SAMPAIO, Hildegarda Borges. Micropolíticas da composição: cartograﬁas do Núcleo do Dirceu e seus agenciamentos na dança contemporânea de Teresina. Salvador: Programa de Pós-Graduação em Dança/Universidade Federal da Bahia, 2020. Dissertação (Mestrado em Dança). Orientação: Lúcia Helena Alfredi de Matos.

SÁ, Alice Maria Almeida e. A construção da bailarina de dança do ventre em Teresina: entre discursos e práticas. Teresina: Programa de Pósgraduação em Antropologia / Universidade Federal do Piauí, 2019. Dissertação (Mestrado em Antropologia). Disponível em <https://repositorio.ufpi.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/2139/ALI CE%20MAR IA%20ALMEIDA%20E%20S%c3%81.pdf?sequence=1>. Acesso em: 06 jun. 2020. Orientação: Mônica Araújo da Silva.

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BANNERS/POSTERS EM ANAIS DE EVENTOS CIENTÍFICOS (05) PERÔNCIO, Francisca Márcia Marques; MEDEIROS, Ianna Morgana Barbosa de; DANTAS, Daví Pereira; MACEDO, José Osnaldo Ribeiro de; SÁTIRO FILHO, Nalfranio de Queiroz. Estado de humor em acadêmicos de educação física durante festivais de dança e ginástica. Actas do 12º Encontro Interdisciplinar: descobrindo caminhos através da música, das atividades físicas, recreativas e cognitivas e do XII Congresso Piauiense Científico da FIEP. Teresina: FIEP – Delegacia Regional do Piauí, 2017. SILVA, Mara Cardoso da; FARIAS, Gildeene Silva; ARAUJO, Leonardo de Sousa; BASTOS, Adriano Domingues; ROCHA, Layla Feitosa Nery da. A interferência da dança na melhoria da autoestima e qualidade de vida em uma academia da cidade de Teresina-PI. Actas do 12º Encontro Interdisciplinar: descobrindo caminhos através da música, das atividades físicas, recreativas e cognitivas e do XII Congresso Piauiense Científico da FIEP. Teresina: FIEP – Delegacia Regional do Piauí, 2017. SANTOS, José Carlos dos; BRITO, Aline de Freitas. A dança contemporânea a partir da abordagem construtivista-interacionaista. Actas do 10º Encontro Interdisciplinar: descobrindo caminhos através da música, das atividades físicas, recreativas e cognitivas e do X Congresso Piauiense Científico da FIEP. Teresina: FIEP – Delegacia Regional do Piauí, 2015. SILVA, Amanda Oliveira da; SILVA, Bruna Sofia Pierote da; COSTA, Mara Jordana Magalhães. A dança escolar em instituições públicas de ensino do Parque Piauí de Teresina-PI. Actas do 9º Encontro Interdisciplinar: descobrindo caminhos através da música, das atividades físicas, recreativas e cognitivas e do IX Congresso Piauiense Científico da FIEP. Teresina: FIEP – Delegacia Regional do Piauí, 2014.

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NASCIMENTO, Samuel Alves. Balé da Cidade de Teresina: um contexto de formação não formal em dança para bailarinos. Salvador: Programa de Pós-Graduação em Dança / Universidade Federal da Bahia, 2019. TCC (Especialização em Estudos Contemporâneos em Dança). Orientação: Lenira Peral Rengel. PORTELA, Soraya de Araújo. Dança como prática de vida: o que se aprende quando tem-se muito a ensinar? Salvador: Programa de Pós-Graduação em Dança/Universidade Federal da Bahia, 2019. TCC (Especialização em Estudos Contemporâneos em Dança). Orientação: Rita Ferreira Aquino. SILVA, Amanda Oliveira da. Ações formativas em Dança: caminhos percorridos para se tornar artista na cidade de Teresina, Piauí. Salvador: Programa de Pós-Graduação em Dança/Universidade Federal da Bahia, 2019. TCC (Especialização em Estudos Contemporâneos em Dança). Orientação: Rita Ferreira Aquino. SILVA, Larissa Almeida da. As modiﬁcações culturais das quadrilhas juninas nos festivais folclóricos de Teresina/PI. Teresina: Especialização em Dança Educacional / Faculdade CENSUPEG de Joinville, 2019. TCC (Especialização em Dança Educacional). Orientação: Jessé da Cruz. SILVA, Nayara Fabrícia Feitosa da. Escola estadual de dança Lenir Argento: reﬂexões, memória e formação na cidade de Teresina. Salvador: Programa de Pós-Graduação em Dança / Universidade Federal da Bahia, 2018. TCC (Especialização em Estudos Contemporâneos em Dança). Orientação: Adriana Bittencourt Machado.

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VASCONCELOS, Elizabeth de Freitas. O preconceito contra o homem no ballet. João Pinheiro: Especialização em Educação Física Escolar, Atividade Física Recreativa e para o Lazer em Escolas, Hotéis, Clubes e Similares / Faculdade Cidade de João Pinheiro, 2005. TCC. (Especialização em Educação Física Escolar, Atividade Física Recreativa e para o Lazer em Escolas, Hotéis, Clubes e Similares). Orientação: Paulo Roberto da Silveira Lima. FREITAS, Francisco Roberto de. O potencial educativo da dança. Teresina: Especialização em Metodologia de Ensino Fundamental, Médio e Superior / Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI, 2003. TCC (Especialização em Metodologia de Ensino Fundamental, Médio e Superior). Orientação: Carlos Victor F. Machado. TCCs em GRADUAÇÃO (49) DIAS, Maria de Deus Sousa. A utilização da dança em projetos de extensão de Educação Física - uma revisão de literatura. Teresina: Graduação em Educação Física / Centro Universitário Santo Agostinho. 2020. TCC. Orientação: Kácio dos Santos Silva. SILVA, Fabrício Magno da; SILVA, Teresinha de Jesus da. A dança como exercício físico na promoção da saúde de idosos: revisão de literatura. Teresina: Bacharelado em Educação Física / Centro Universitário UNINOVAFAPI, 2020. TCC. Orientação: Ângela Camargo Vasconcelos. SILVA, Martha Karolyne Feitosa da; SILVA, Rodrigo Miranda da. Benefícios da dança na cognição de idosos: revisão de literatura. Teresina: Bacharelado em Educação Física / Centro Universitário UNINOVAFAPI, 2020. TCC. Orientação: Ângela Camargo Vasconcelos.

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ALMEIDA, Igor Costa. Batucada: um breve estudo sobre a linguagem de Marcelo Evelin. Rio de Janeiro: Bacharelado em Teatro / Faculdade CAL de Artes Cênicas, 2018. TCC. Orientação: Ricardo Moraes. NASCIMENTO, Samuel Alves. OLIVEIRA, Iriane. Contribuições artísticas das aulas de dança contemporâneas para as estudantes da Escola Estadual de Dança Lenir Argento. Timon: Licenciatura em Educação Física / Instituto de Ensino Superior Múltiplo - IESM, 2018. TCC. Orientação: Regina Vilanova Campelo. ROCHA, Ariel Pereira da; VIANA, Mayra da Silva. Comparação e percepção da imagem corporal em praticantes de dança e musculação do sexo feminino. Teresina: Graduação em Educação Física / Faculdade Aliança, 2018. TCC. Orientação: Leyla Regis de Meneses Sousa Carvalho. SANTOS, Débora Beatriz dos. A dança do ventre e o corpo feminino nos desafios da sociedade contemporânea: uma revisão de literatura. Teresina: Graduação em Educação Física / Centro Universitário Santo Agostinho, 2018. TCC. Orientação: Kácio dos Santos Silva. SILVA, Alice da Rocha; SILVA, Natanael Magno da. Influência da dança na flexibilidade de membros inferiores de idosos praticantes e não praticantes. Teresina: Bacharelado em Educação Física / Centro Universitário UNINOVAFAPI, 2018. TCC. Orientação: Ângela Camargo Vasconcelos.

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SOUZA, Maria dos Navegantes Rodrigues de. Percepção e satisfação da imagem corporal em idosas praticantes de dança. Teresina: Graduação em Educação Física / Faculdade Aliança, 2011. TCC. Orientação: Leyla Regis de Meneses Sousa. OLIVEIRA, Hellen Karoline Mesquita. A dança no Ensino Fundamental em escolas públicas e particulares do bairro Promorar em Teresina-PI: Perspectivas dos professores. Teresina: Graduação em Educação Física / Universidade Federal do Piauí, 2010. TCC Orientação: Janete de Páscoa Rodrigues. RIBEIRO, Ivoneide Silva. Alterações posturais em bailarinos de dança contemporânea em Teresina-PI. Teresina: Graduação em Fisioterapia / Faculdade de Saúde, ciências Humanas e Tecnológicas do Piauí – NOVAFAPI, 2010. TCC. Orientação: Jean Douglas Moura dos Santos. SAMPAIO, Débora Jamara da Silva. Livro-reportagem: corpo e intervenções urbanas no projeto “1 minuto para a dança”. Teresina: Graduação em Comunicação social – Bacharelado em Jornalismo / Faculdade Santo Agostinho, 2010. TCC. Orientação: Maria do Socorro Moura Costa e Aristides Fernandes Oliveira. LIRA, Andréia Barreto. A contribuição da dança educativa na aprendizagem das crianças da Escola Casa Meio Norte. Teresina: Licenciatura em Pedagogia / Faculdade Piauiense - FAP, 2009. TCC. Orientação: Márcia Edlene Mauriz Lima. SENA, Cynthia Layana da Silva. A dança no processo de ensinoaprendizagem e núcleos de atendimento intergeracional em TeresinaPI. Teresina: Licenciatura em Pedagogia / Faculdade Piauiense - FAP, 2009. TCC. Orientação: Luiz Carlos Carvalho de Oliveira e Ana Rosa Sudário.

SOUSA, Maurea Ana Oliveira. A inteligência cinestésico-corporal como uma habilidade importante para o aprendizado escolar. Teresina: Graduação em Normal Superior / Centro Universitário Santo Agostinho – UNIFSA, 2006. TCC. Orientação: Geraldo de Castro Gomes. OUTRAS PRODUÇÕES ACADÊMICAS (04) MARQUES, Ana Carla Fonseca. Música e dança. Material pedagógico destinado ao componente curricular Música aplicada a Dança/Curso Técnico em Dança. Teresina: Escola Técnica de Teatro e Dança Gomes Campos/SEDUC, 2018. ALVES, Mariana Oliveira. Portfólio de ensino de ballet. São Paulo: Faculty of Education / Royal Academy of Dance, 2016. TCC (Certiﬁcate in Ballet Teaching Studies). Orientação: Ana Rosa Crispino e Karyne Lacerda. LOBO, Lenora; NAVAS, Cássia. DVD – Teatro do Movimento. Brasília: Ato de Comunicação/Ultradisc, 2011. LOBO, Lenora. Uma introdução ao método Laban na versão do Teatro do movimento. In: Laboratório corpo criativo. Brasília: Espaço Basirah, 2009.

PESSOAS AUTORAS QUE ESTÃO NO MAPEAMENTO A C. L. CORTÊS A. S. SILVA ADELINA FERREIRA DE ANDRADE ADRIANA MONTEIRO DA SILVA ADRIANO DOMINGUES BASTOS AHÉCIO KLEBER ARAÚJO BRITO ALEXANDRINA R. DE LIMA MARINHO ALICE MARIA ALMEIDA E SÁ ALICE DA ROCHA SILVA ALINE DE FREITAS BRITO AMANDA OLIVEIRA DA SILVA ANA CARLA FONSECA MARQUES ANA CAROLINA R. DE ARAGÃO ANA KHARITA MENESES BRITO

ANA PAULA SILVA MACENA ANA SARA PIMENTEL COSTA ANDRÉIA BARRETO LIRA ANDRESSA CELINA R. VERAS ANTONIA ALESSANDRA L. MORAIS APARECIDA ÉRICA FERREIRA DA PAZ ARIEL PEREIRA DA ROCHA ARTENILDE SOARES DA SILVA AURINICE SAMPAIO IRENE MONTE AYRTON OLIVEIRA DE ARAÚJO BRUNA SOFIA PIEROTE DA SILVA BRUNA DAYANE MORAIS SOUSA CAMILA CECILINA DO N. MARTINS C. M. S. VIEIRA C. M. DIAS CAMILA LIMA DE CARVALHO CARLOS MATHEUS SANTOS VERAS CLEIDE FERNANDO CLEIDIANE LEAL DE AMORIM CLEIDIANE DE ALENCAR MATOS CYNTHIA LAYANA DA S. SENA DALINE DA SILVA RIBEIRO DANIEL WESLEY COSTA DE BRITO DATAN IZAKÁ DE ARAÚJO FORTES DAVÍ PEREIRA DANTAS DÉBORA BEATRIZ DOS SANTOS DÉBORA JAMARA DA SILVA SAMPAIO DEIANNA KEISE LEITE SOBRAL MOITA EDUARDO MOREIRA ELAINE FERREIRA DE OLIVEIRA ELIELSON PACHECO ELIZABETH DE FREITAS VASCONCELOS

ELVINA RAFAELLE S. DOS SANTOS ENEAS DE FREITAS DUTRA JUNIOR ERICA PRISCILA DE SOUSA SILVA ERONILDE DOS SANTOS LEITE F. C. R. N. SOARES FÁBIO SOARES DA COSTA FABRÍCIO MAGNO DA SILVA FERNANDA DA SILVA ARAÚJO FERNANDO LOPES SILVA JUNIOR FLAVIO BREBIS FRANCIELLY ROCHA FARIAS FRANCIS MUSA BOAKARI FRANCISCA MÁRCIA M. PERÔNCIO FRANCISCO ELISMAR DA SILVA JUNIOR FRANCISCO ROBERTO DE FREITAS GEOVANE VIANA LEITE GILDEENE SILVA FARIAS GISELE SOUSA DE MORAIS H. J. MEDEIROS HELLEN K. MESQUITA OLIVEIRA HILDEGARDA BORGES SAMPAIO IANNA MORGANA B. DE MEDEIROS IARA BUENO NUNES IARA SANTANA VAZ IGOR COSTA ALMEIDA IRENO GOMES DA SILVA JÚNIOR IRIANE DE OLIVEIRA SANTOS IRINEUDA DIAS DA SILVA ISABELA FERNANDA TORK P. PESSÔA ÍTALO M. GOMES DOS SANTOS IVAR CÉSAR O. DE VASCONCELOS IVONEIDE SILVA RIBEIRO

J. S. T. SANTIAGO JANAÍNA LOBO GONÇALVES JEFFERSON ALEX CARVALHO DA SILVA JANETE DE PÁSCOA RODRIGUES JOÃO EVANGELISTA DAS NEVES ARAÚJO JOARA MAGNA SILVA CUNHA JOCEANE NUNES DE SOUSA JOSÉ CARLOS DOS SANTOS JOSÉ CARLOS PEREIRA SOARES JOSÉ FERNANDES FILHO JOSÉ OSNALDO RIBEIRO DE MACEDO JOSSIEL PEREIRA DE HOLANDA JUCYANNE E SILVA IBIAPINA JUCYARA E SILVA IBIAPINA KÁCIO DOS SANTOS SILVA KÁSSIA RAVANA ALVES CARVALHO KRÍCIA DE SOUSA SILVA KRISMARY MATOS ARAÚJO LAIANA SEPÚLVEDA DE A. MESQUITA LAIANE MARTINS DE SOUSA LARISSA ALMEIDA DA SILVA LARISSE MONTGOMERY DE O. NASCIMENTO LAYANE GOMES HOLANDA LAYLA FEITOSA NERY DA ROCHA LEANDRO DA SILVA BORGES LENORA LOBO VALENÇA LEONARDO DE SOUSA ARAÚJO LETÍCIA LOPES AGUIAR LEYLA RÉGIS DE MENESES SOUSA LILIAN GOMES DE ASSUNÇÃO LINA DO CARMO LORENA DE OLIVEIRA MARTINS LIMA

LUCAS RAFAEL SOUSA SILVA LUCCAS DA SILVA MORAIS LUZIA AMÉLIA MARQUES MARA SHUENIA DA SILVA MARA CARDOSO DA SILVA MARA JORDANA M. COSTA MARAISA C. DE MIRANDA MARANHÃO MARCELA ARAÚJO SÁ NOGUEIRA MARCELO EVELIN MARCIO DOUGLAS DE C. E SILVA MARIA DE DEUS SOUSA DIAS MARIA DO L. DA SILVA MACHADO MARIA DOS NAVEGANTES R. DE SOUZA MARIA GEORGYA DE OLIVEIRA LUZ MARIA JULIANA SOARES MARIA LUIZA M. SANTOS BARROS MARIANA OLIVEIRA ALVES MARINA FARIAS MARINÊS MENDES MEDRADO MARTHA K. FEITOSA DA SILVA MAUREA ANA OLIVEIRA SOUSA MAYLA SABRINA M. RODRIGUES MAYRA DA SILVA VIANA MICAEL ALVES BEZERRA MÔNICA ADRIELLE A. SILVA NAILA DE SOUSA BEZERRA NALFRÂNIO DE QUEIROZ SÁTIRO FILHO NANCY NAY L. DE A. LOIOLA BATISTA NATANAEL MAGNO DA SILVA NAYARA CAROLINE MARQUES DE SOUZA

NAYARA FABRÍCIA F. DA SILVA PEDRO CELSO ARAÚJO FILHO PEDRO MARTINHO SOBRINHO PEDRO MENDONÇA PETRONÍLIA LEITE DA SILVA OLIVEIRA RAIMUNDO NONATO M. SANTANA REGINA CÉLIA VILANOVA CAMPELO REINALDO DE SOUSA R. SILVA RENATA COSTA SILVA RICARDO ANDRÉ FERREIRA DA SILVA RODRIGO SANTOS DO MONTE RODRIGO MIRANDA DA SILVA ROGÉRIO NONATO LIMA FILHO RÔMULO ALVARENGA CARVALHO S. L. B. SILVA SAMUEL ALVES NASCIMENTO SANDRA CECÍLIA DE SOUZA LIMA SARA BEATRIZ SANTOS RODRIGUES SARAH FONTENELLE DOS SANTOS SIMONE SILVA SANTOS NERY SHIRLYANNY ALVES DA S. OLIVEIRA SOLANGE MARIA R. NUNES LAGES SORAYA DE ARAÚJO PORTELA SUIANI THAINARA SOARES SILVA TERESINHA DE JESUS DA SILVA THAIS DE MORAIS LIMA THALES JOSÉ SOUSA LUZ VICTÓRIA HOLANDA DEMOLITION INCORPORADA NUCLEO DO DIRCEU PREFEITURA MUNICIPAL DE TERESINA

ORIENTAÇÕES ADRIANA BITTENCOURT MACHADO – UFBA ADRIANA GALVÃO – UFPI ALEJANDRO RAUL GONZALEZ LABALE – UFPI ANA PAULA RODRIGUES – FAVENI ANA ROSA SUDÁRIO – FAP ÂNGELA CAMARGO VASCONCELOS – UNINOVAFAPI ARISTIDES FERNANDES OLIVEIRA – FSA CARLOS AUGUSTO ALVES COSTA – UNINASSAU CARLOS VICTOR F. MACHADO – FAESPI DENISE MARIA COGO – UNISSINOS ELIANA VIRGINIA NOBRE DOS SANTOS - UNOPAR ENÉAS DE FREITAS DUTRA JUNIOR – IESM FÁBIO SOARES DA COSTA – UFPI FRANCIS MUSA BOAKARI – UFPI FRANCISCO DAS CHAGAS A. DE CARVALHO – UFPI GERALDO DE CASTRO GOMES – UNIFSA

GILSAMA MOURA – UFBA GUY FREIXE – UBFC ISABELLE LAUNAY – UNIVERSITÉ PARIS 8 JANETE DE PÁSCOA RODRIGUES – UFPI JEAN DOUGLAS MOURA DOS SANTOS – UNINOVAFAPI JESSÉ DA CRUZ – CENSUPEG /JOINVILLE JUCILAINE MARIA DE CARVALHO – UNINASSAU KÁCIO DOS SANTOS SILVA – UNIFSA e UESPI KARINA E SILVA DIAS – UnB LAYANA RODRIGUES – MAIS GRADUAR / ICF LENIRA PERAL RENGEL – UFBA LEYLA REGIS DE M. SOUSA CARVALHO – ALIANÇA e UESPI LUCIA HELENA ALFREDI DE MATOS - UFBA LUIZ CARLOS CARVALHO DE OLIVEIRA – FAP MAÍRA ESPANGHERO FERREIRA – UFBA MAHALIA LASSIBILLE - UNIVERSITÉ PARIS 8 MARA JORDANA M. COSTA – UNIFSA MÁRCIA CRISTIANE ARAÚJO – UNIFSA MÁRCIA EDLENE MAURIZ LIMA – FAP MARIA DO SOCORRO MOURA COSTA – FSA MARIA IRANI KINACKFUSS – UFRN APARECIDA ÉRICA FERREIRA DA PAZ – UEMA MIRELA MIZI – UFBA MÔNICA ARAÚJO DA SILVA – UFPI OSMAR FERREIRA DA SILVA FILHO – UNINASSAU PABLO ASSUMPÇÃO BARROS COSTA – UFC PAULO PETRONÍLIO CORREIA – UnB PAULO ROBERTO DA SILVEIRA LIMA – FCJP REGINA CÉLIA VILANOVA CAMPELO – IESM RICARDO MORAES – CAL RITA FERREIRA DE AQUINO – UFBA RAFAELA LIBERALI – UGF ROSÂNGELA ASSUNÇÃO – UESPI SAMARA JERICÓ ALVES FEITOSA – UFPI SHARA JANE HOLANDA COSTA ADAD – UFPI THIAGO ALVES MENESES – UFPI

INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR ALIANÇA – Atual UNINASSAU CENSUPEG – Grupo Educacional CENSUPEG CAL – Faculdade Cal de Artes Cênicas FAP – Faculdade Piauiense FCJP – Faculdade Cidade de João Pinheiro FAESPI – Faculdade de Ensino Superior do Piauí FAVENI – Faculdade Venda Nova do Imigrante (ES) ICF – Instituto Camilo Filho IESM – Instituto de Ensino Superior Múltiplo UBFC – Université Bourgogne Franche-Comté UEMA – Universidade Estadual do Maranhão UESPI – Universidade Estadual do Piauí – Campus Teresina UESPI – Universidade Estadual do Piauí – Campus Floriano-PI UFBA – Universidade Federal da Bahia

UFPI – Universidade Federal do Piauí UFRN – Universidade Federal do Rio Grande do Norte UGF – Universidade Gama Filho Université Paris 8 – Saint Dennis UNOPAR – Universidade Norte do Paraná UnB – Universidade de Brasília UNIFSA – Centro Universitário Santo Agostinho UNINASSAU – Centro Universitário UNINASSAU UNINOVAFAPI – Centro Universitário UNINOVAFAPI UNISSINOS – Universidade do Vale do Rio dos Sinos

CHUPA ESSE CAJU BEM AÍ!

ntes de pontuar as discussões advindas da catalogação realizada, imaginamos: o que refletir aqui? Talvez seja importante pensar no cerne das questões que delineiam os caminhos e desejos que provocam este e outros estudos: a dança. Mas não só pensar a dança como algo individual, já que a mesma sempre está atrelada a um contexto. O nosso contexto geográfico, fruto desse cajueiro todo, é o Piauí, essa terra quente, alimento para tantos pés-de-caju e que seguem o fluxo da vida, da vida dançada no Piauí, da vida movida pelos corpos piauienses em suas singularidades e escritas tão diversas, e que refletem a dimensão expansiva da dança como produção textual de diversas tipologias. A dança que se faz no Piauí é dançada nas escritas de muitas pessoas autoras que estão aí e aqui, dançando, alimentando-se e dando alimento a tantos outros corpos, em processos de afetação. Imaginem um cajueiral, repleto de vida e emaranhado de muitas: castanhas, folhas, raízes, cajus,

que geram sucos, doces, cervejas, cajuínas e muito mais. Saborear textos como quem chupa um caju. Tal metáfora é acolhida aqui por considerarmos uma imagem piauiense que afeta corpos, corpos que dançam e escrevem com a dança desta terra. Por imagem acolhemos o pensamento de Adriana Bittencourt (2012), que aﬁrma que corpo e imagem na dança não se descolam. Neste sentido, o corpo ao dançar expõe imagens que lhe compõe e que lhe são indissociáveis. Nesta pesquisa, imaginamos uma produção imagética para saborear textos constituindo-se em alimento para a própria produção de dança no Piauí. O emaranhado da produção textual sobre Dança, produzido por pessoas autoras piauienses, apontam para vários questionamentos políticos, mas, dentre as necessidades que pedem passagem como uma urgência do agora (SILVA; ALBUQUERQUE, 2019), transitaremos por algumas, o que não impede de outras pessoas trilharem outros caminhos e discutirem outras urgências. E quais são elas mesmo?

Para a autora, “as Imagens são da natureza do mundo, uma vez que são modos de acesso do corpo, além de constituírem também o próprio modo de cada corpo estar no mundo. Não se trata de mero detalhe, mas de uma condição de existência que deve ser claramente compreendida para que se deixe de pensar que as imagens são somente reﬂexos do mundo em nós.” (BITTENCOURT, 2012, p. 80). As professoras Márcia Mignac e Iara Cerqueira, problematizam questões políticas no artigo Dança e Conhecimento: formulações ou insurgências do agora. Disponível em <https://proceedings.science/anda/anda-2019/papers/danca-e-conhecimento--formulacoes-ouinsurgencias-do-agora>. Acesso em: 01 mai. 2021.

CONTANDO AS CASTANHAS

GRÁFICO 1 QUANTIDADES/DIVERSIDADE DE REFERÊNCIAS CATALOGADAS

PRODUÇÕES DE OUTROS TIPOS

TCC’S EM NÍVEL DE GRADUAÇÃO

TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC) EM NÍVEL DE ESPECIALIZAÇÃO

BANNERS/PÔSTERES PUBLICADOS EM ANAIS DE EVENTOS CIENTÍFICOS

RESUMOS PUBLICADOS EM ANAIS DE EVENTOS CIENTÌFICOS

ARTIGOS OU TEXTOS APRESENTADOS EM EVENTOS CIENTÍFICOS

ARTIGOS OU TEXTOS PUBLICADOS EM PERIÓDICOS CIENTÍFICOS

CAPÍTULOS OU TEXTOS PUBLICADOS EM LIVROS

DISSERTAÇÕES DE MESTRADO

TESES DE DOUTORADO

FANZINES

REVISTA ESPECIALIZADA

LIVROS

Nesta pesquisa, conseguimos catalogar: 11 livros; 01 revista especializada; 08 fanzines; 02 teses de Doutorado; 13 dissertações de Mestrado; 15 capítulos ou textos publicados em livros; 08 artigos ou textos publicados em periódicos científicos; 42 artigos ou textos apresentados em eventos científicos; 07 resumos publicados em anais de eventos científicos; 05 banners/posters publicados em anais de eventos científicos; 22 trabalhos de conclusão de curso (TCC) em nível de especialização; 49 TCCs em nível de graduação; e 04 produções de outros tipos.

GRÁFICO 2 LOCALIDADES ONDE FORAM PRODUZIDAS AS REFERÊNCIAS DAS CATEGORIAS: TCC DE GRADUAÇÃO, TCC DE ESPECIALIZAÇÃO, DISSERTAÇÃO DE MESTRADO E TESES DE DOUTORADO 38

GRADUAÇÃO

TERESINA (PI)

FLORIANO (PI)

RIO DE JANEIRO (RJ)

TIMON (MA)

4 7

DOUTORADO

MESTRADO

ESPECIALIZAÇÃO

TERESINA (PI)

SALVADOR (BA)

VITÓRIA (ES)

RIO DE JANEIRO (RJ)

LONDRINA (PR)

JOÃO PINHEIRO (MG)

TERESINA (PI)

SALVADOR (BA)

BRASÍLIA (DF)

FORTALEZA (CE)

NATAL (RN)

PARIS (FRA)

SÃO LEOPOLDO (RS)

BOURGOGNE-FRANCHE-COMTÉ (FRA)

Analisando o gráfico podemos perceber que na categoria Graduação, a grande maioria dos trabalhos foram produzidos dentro do Piauí, sendo que, dentre os 49 (100%) trabalhos catalogados, 38 (77,55%) foram produzidos na capital Teresina e 06 (12,24%) na cidade de Floriano; outros 04 (8,16%) trabalhos foram produzidos em Timon - MA, cidade ao lado de Teresina; e, somente 01 (2,05%) foi realizado distante de nosso Estado, no Rio de Janeiro. Já nas outras categorias, a situação se inverte, sendo a maior parte dos trabalhos produzida fora do Piauí, chegando inclusive ao exterior do Brasil. No que diz respeito à categoria de Especialização, identificamos trabalhos produzidos em 06 cidades/estados brasileiras: dos 22 (100%) trabalhos catalogados, 07 (31,80%) em Teresina - PI, 11 (50,00%) em Salvador - BA, 01 (4,55%) em Vitória - ES, 01 (4,55%) no Rio de janeiro - RJ, 01 (4,55%) em Londrina - PR e 01 (4,55%) em João Pinheiro - MG. Os trabalhos demonstram que a maioria das referências advindas de especializações foram produzidas na capital da Bahia, Salvador, e as demais em outros lugares. Já sobre as dissertações de Mestrado, a partir das 13 (100%) catalogadas, é possível perceber que 04 (30,77%) foram realizadas em Programas dentro do Piauí, especificamente, em Teresina, enquanto que 09 (69,23%) foram realizados em outras localidades, a saber: 04 (44,45%) em Salvador - BA, 02 (22,22%) em Brasília - DF, 01 (11,11%) em Fortaleza CE, 01 (11,11%) em Natal - RN, e, 01 (11,11%) em Paris - França. Relativo às Teses de Doutorado, 01 (50%) foi produzida em Programa de Pós-Graduação sediado na Cidade de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul - Brasil, enquanto que a outra (50%), foi produzida a partir de Programa na França, na região de Bourgogne Franche-Comté.

GRÁFICO 3 ÁREA DE PRODUÇÃO DOS TRABALHOS: DANÇA OU OUTRAS. REFERENTE ÀS CATEGORIAS: TCC DE GRADUAÇÃO, TCC DE ESPECIALIZAÇÃO, DISSERTAÇÃO DE MESTRADO E TESES DE DOUTORADO

100%

TCC’S GRADUAÇÃO

73%

TCC’S ESPECIALIZAÇÃO

27%

69%

31%

DISSERTAÇÕES

100%

TESES DANÇA OUTRAS

20%

40%

60% 76

80%

100%

No que diz respeito ao levantamento de referências por área de produção, Dança ou Outras, identificamos que dos 86 (100%) trabalhos catalogados, 20 (23,25%) foram produzidos na área específica de Dança, enquanto que 66 (76,75%) foram produzidos em outras áreas. Dentre estes temos: 49 (56,98%) TCCs de Graduação, em outras áreas, nenhum em Dança; 16 (18,60%) TCCs de Especialização, em programa específico de Dança e 06 (6,98%) em outras áreas; 04 (4,65%) dissertações, em área específica de Dança e 09 (10,46%) em outras áreas; e 02 (2,33%) teses produzidas em outras áreas.

Importante ressaltar que, à época das produções de Teses de Doutorado catalogadas, não havia no Brasil um programa de doutoramento especíﬁco na área de Dança, fato que hoje já se modiﬁcou, com a abertura do Doutorado em Dança da Universidade Federal da Bahia - UFBA.

GRÁFICO 4 ÁREA ONDE FORAM PRODUZIDAS AS REFERÊNCIAS DAS CATEGORIAS: TCCS DE GRADUAÇÃO, TCCS DE ESPECIALIZAÇÃO, DISSERTAÇÕES DE MESTRADO E TESES DE DOUTORADO

GRADUAÇÃO 2%

2% 2%

EDUCAÇÃO FÍSICA

PEDAGOGIA

6% COMUNICAÇÃO SOCIAL

NORMAL SUPERIOR

TEATRO

76%

ARTES VISUAIS

FISIOTERAPIA

HISTÓRIA

ESPECIALIZAÇÃO 4%

DANÇA

EDUCAÇÃO FÍSICA

9% DOCÊNCIA

MÉTODOS DE ENSINO

73% GINÁSTICA RÍTIMICA

MESTRADO DANÇA

8% 8%

ARTES

31%

EDUCAÇÃO

ANTROPOLOGIA

ARTES CÊNICAS

15% 15%

15%

TURISMO

SAÚDE

DOUTORADO

50%

50% ARTES CÊNICAS

COMUNICAÇÃO SOCIAL

Nestes gráficos, tendo como foco a relação do trabalho ter sido ou não produzido dentro de um programa de estudos específico da área de Dança, é possível perceber que dentre os 49 (100%) TCCs de Graduação: 37 (75,52%) foram produzidos na área de Educação Física; 04 (8,16%) em Pedagogia; 03 (6,12%) em Comunicação Social; 01 (2,04%) em Normal Superior; 01 (2,04%) em Teatro; 01 (2,04%) em Artes Visuais; 01 (2,04%) em Fisioterapia; e, 01 (2,04%) em História. Já no total de 22 (100%) TCCs de Especialização, a situação se inverte, e a maior parte dos trabalhos, correspondente a 16 (72,72%), foram produzidos em um Programa de Pós-Graduação em Dança, em especial o da Universidade Federal da Bahia - UFBA; outros 02 (9,09%) em Educação Física; 02 (9,09%) em Docência; 01 (4,55%) em Metodologia de Ensino; e, 01 (4,55%) em Ginástica Rítmica. Relativo às dissertações de mestrado, a realidade identificada é que das 13 (100%) catalogadas: 04 (30,76%) trabalhos foram produzidas na área específica de Dança; 02 (15,38%) em Artes; 02 (15,38%) em Educação; 02 (15,38%) em Antropologia; 01 (7,70%) em Artes Cênicas; 01 (7,70%) em Turismo; e, 01 (7,70%) em Saúde. E, relativo às teses de doutorado, 01 (50%) trabalho foi produzido no Programa de Artes da Cena e outro (50%) em Programa de Comunicação Social.

TEMPORADAS DO CAJU PRODUÇÃO ANUAL DAS REFERÊNCIAS 2009 1999 1 ARTIGO/TEXTO EM EVENTO CIENTÍFICO

2 TCC'S DE GRADUAÇÃO 1 OUTRA PRODUÇÃO ACADÊMICA

2005 3 CAPÍTULOS/TEXTOS PUBLICADO EM LIVRO 2 ARTIGOS/TEXTOS APRESENTADOS EM EVENTOS CIENTÍFICOS 1 TCC EM ESPECIALIZAÇÃO

2007

2011 4 ARTIGOS/TEXTOS APRESENTADOS EM EVENTOS CIENTÍFICOS 3 TCC'S EM ESPECIALIZAÇÃO 1 TCC DE GRADUAÇÃO 1 OUTRA PRODUÇÃO ACADÊMICA

1 ARTIGOS/TEXTOS PUBLICADOS EM PERIÓDICOS CIENTÍFICOS

2008 1 RESUMOS EM ANAIS DE EVENTOS CIENTÍFICOS 1 DISSERTAÇÃO 1 LIVRO

2012 1 LIVRO 1 DISSERTAÇÃO 2 ARTIGOS/TEXTOS PUBLICADOS EM PERIÓDICOS CIENTÍFICOS

2006 1 TESE 4 ARTIGOS/TEXTOS APRESENTADOS EM EVENTOS CIENTÍFICOS 1 TCC EM GRADUAÇÃO

2003 1 LIVRO 1 REVISTA ESPECIALIZADA 1 CAPÍTULO/TEXTO PUBLICADO EM LIVRO 1 TCC EM ESPECIALIZAÇÃO

2010 1 CAPÍTULO/TEXTO PUBLICADO EM LIVRO 1 TCC EM ESPECIALIZAÇÃO 3 TCC'S EM GRADUAÇÃO

2013

2017

1 ARTIGO/TEXTO PUBLICADO EM PERIÓDICO CIENTÍFICO 1 BANNER/POSTER EM ANAIS DE EVENTO CIENTÍFICO 2 TCC'S DE GRADUAÇÃO 2 TCC'S DE ESPECIALIZAÇÃO

2 FAN/ZINES 4 DISSERTAÇÕES 1 ARTIGO/TEXTO PUBLICADO EM PERIÓDICO CIENTÍFICO 4 ARTIGOS/TEXTOS APRESENTADOS EM EVENTOS CIENTÍFICOS 2 BANNERS/POSTERS EM ANAIS DE EVENTOS CIENTÍFICOS 2 TCC'S EM ESPECIALIZAÇÃO 6 TCC'S DE GRADUAÇÃO

2015 2 LIVROS 2 DISSERTAÇÕES 1 ARTIGO/TEXTO PUBLICADO EM PERIÓDICO CIENTÍFICO 4 ARTIGOS/TEXTOS APRESENTADOS EM EVENTOS CIENTÍFICOS 1 RESUMO EM ANAIS DE EVENTO CIENTÍFICO 1 BANNER/POSTER EM ANAIS DE EVENTO CIENTÍFICO 3 TCC'S DE GRADUAÇÃO

2014 3 LIVROS 2 CAPÍTULOS/TEXTOS PUBLICADOS EM LIVROS 1 RESUMO EM ANAIS DE EVENTO CIENTÍFICO 1 BANNER/POSTER EM ANAIS DE EVENTO CIENTÍFICO 3 TCC'S DE GRADUAÇÃO

2016 2 FAN/ZINES 1 CAPÍTULO/TEXTO PUBLICADO EM LIVRO 1 ARTIGO/TEXTO PUBLICADO EM PERIÓDICO CIENTÍFICO 6 ARTIGOS/TEXTOS APRESENTADOS EM EVENTOS CIENTÍFICOS 1 RESUMO EM ANAIS DE EVENTO CIENTÍFICO 3 TCC'S EM ESPECIALIZAÇÃO 4 TCC'S DE GRADUAÇÃO 1 OUTRA PRODUÇÃO ACADÊMICA

2019 1 FAN/ZINE 3 DISSERTAÇÕES 2 CAPÍTULOS/TEXTOS PUBLICADOS EM LIVROS 2 ARTIGOS/TEXTOS PUBLICADOS EM PERIÓDICOS CIENTÍFICOS 7 ARTIGOS/TEXTOS APRESENTADOS EM EVENTOS CIENTÍFICOS 2 RESUMOS EM ANAIS DE EVENTOS CIENTÍFICOS 6 TCC'S EM ESPECIALIZAÇÃO 6 TCC'S DE GRADUAÇÃO

2018 2 LIVROS 3 FAN/ZINES 1 TESE 1 DISSERTAÇÃO 1 CAPÍTULO/TEXTO PUBLICADO EM LIVROS 1 ARTIGO/TEXTO PUBLICADO EM PERIÓDICOS CIENTÍFICOS 8 ARTIGOS/TEXTOS APRESENTADOS EM EVENTOS CIENTÍFICOS 1 RESUMO EM ANAIS DE EVENTO CIENTÍFICO 2 TCC'S EM ESPECIALIZAÇÃO 15 TCC'S DE GRADUAÇÃO 1 OUTRA PRODUÇÃO ACADÊMICA

2020 1 LIVRO 1 DISSERTAÇÃO 4 CAPÍTULOS/TEXTOS PUBLICADOS EM LIVROS 3 TCC'S DE GRADUAÇÃO

Ao todo, levantamos o número de 186 referências/trabalhos que foram produzidas por 172 autoras, sendo que, dentre estas, 169 são pessoas e 03 são instituições. Outro dado quantitativo a que chegamos foi que, dentre as 24 (100%) Instituições de Ensino Superior (IES) que abrigaram a produção das referências aqui catalogadas, 09 (37,5%) são públicas e 15 (62,5%) são privadas, incluindo, nestas últimas, 02 (8,33%) instituições estrangeiras. Também, de 24 (100%), apenas 10 (41,67%) estão localizadas em território piauiense, enquanto que 14 (58,33%) são IES de outros estados do Brasil. Curioso perceber que, relativo ao número de pessoas que realizaram as orientações dos trabalhos acadêmicos, aqui catalogados, dentre as 52 (100%), 26 (50%) realizaram suas orientações em IES dentro do Piauí e 26 (50%) em IES fora deste Estado. O levantamento das referências aponta ainda um número de 15 trabalhos (8,11%) que não foram produzidos diretamente relacionados com a pesquisa acadêmica. Como dissemos anteriormente, colocamos alguns dados quantitativos para servir de provocação, mas, não pretendemos exaurir as possibilidades, podendo, outras pessoas, utilizarem este cajueiral aqui apresentado (levantamento completo), para servir de alimento para outros sucos, doces, cajuínas, cervejas ou outras.

FILTRANDO O LÍQUIDO DOS CAJUS

s textos produzidos por pessoas piauienses demonstram a intensidade de muitas danças que são feitas no Piauí e apontam para reflexões sobre contextos diversos tais como: formativos, artísticos, educacionais e outros. Neste sentido, o panorama conceitual das escritas dá para perceber a dança a partir da ideia do alimento, tal como estamos atrelando ao universo do caju, já que é alimento que se emaranha em corpos e lugares, inclusive fora do Piauí. Neste movimento, de alimentar ideias que não podem faltar, não podemos deixar de enfatizar pensamentos que precisam ser afirmados. A produção em Dança do/no Piauí, em geral, tem se destacado amplamente, inclusive relativo à produção textual, o que nos move a pensar na contradição de estarmos em um Estado que não tem uma graduação em Dança, fato que pode ser refletido criticamente a partir desta pesquisa, e toda a catalogação feita sobre a produção textual escrita por piauienses, dentro e fora do Estado.

Ao analisarmos esta realidade, nos deparamos com diferentes caminhos para pensar sobre os dados produzidos nesta pesquisa. Sem a pretensão de discutir todas as possibilidades, resolvemos pensar a partir da dança como área de conhecimento específica, o que consideramos que também nos leva a refleti-la em sua capacidade de articulação multidisciplinar, buscando uma espécie de interação profunda com outras áreas de estudo. No Piauí, o cenário que nos é apresentado sobre a dança em termos acadêmicos, relativo a uma graduação, é justamente a possibilidade de articulação com outros cursos superiores, que não um de dança, visto que, por esta falta, todas as escritas produzidas sobre Dança em IES instaladas em território piauiense, até então, foram realizadas em outras áreas de conhecimento. Não podemos deixar de pontuar que, por mais que a dança seja produzida de maneira imbricada em outros cursos e áreas de conhecimento, é preciso salientar a importância da especificidade da Dança como área e expandir o seu material de estudo. Essa argumentação reflete a necessidade de pensar a Dança articulada às suas próprias questões no mundo e, a partir daí, buscar outros diálogos, pois enfatiza a Dança como capacidade de produzir questões que alimentam e dão sustança conceitual e artística dentro das suas ramificações, ou seja, nas suas infinitas possibilidades. Nesse sentido, concordamos quando Rita Aquino diz que Nenhum campo existe como algo definido a priori: são construções sociais. Um campo se define quando seus produtos e todas as dinâmicas de produção deste espaço já atingiram certo grau de especificidade e autonomia que permitem seu reconhecimento pelos agentes deste e de outros campos. Da mesma forma, a discussão a respeito do reconhecimento da dança como área do conhecimento deve basear-se nas características de seus produtos e modos de produção, já que este tipo de reconhecimento é conquistado em função do grau de consolidação do campo. (2008, p. 40).

A partir do exposto na citação acima, consideramos que, enquanto construção social, o desenvolvimento de pesquisas acadêmicas sobre Dança, em outros cursos de graduação contribuem, em partes, para o fomento da Dança no Piauí, sendo de suma importância que a Dança como área de conhecimento específica se torne uma realidade o quanto antes, com a abertura de uma graduação em Dança. Enquanto isso, percebemos o movimento de muitas pessoas piauienses seguirem rumos para fora do Estado, para fazerem suas pesquisas de Dança em especializações, mestrados e doutorados, movimento que aconteceu, em sua maior parte, porque não existia tal possibilidade, ressalvando duas iniciativas privadas em ofertar especializações presenciais, tais como: “Dança e Consciência Corporal” ofertada pela empresa Mais Graduar em parceria com a Faculdade Instituto Camillo Filho, de Teresina-PI e “Dança Educacional” ofertada pela Faculdade CENSUPEG, de Joinville-SC, o que pode ser identificado em nosso levantamento por meio de TCC's que foram finalizados entre 2016 e 2019. Agora, já em 2021, temos uma importante iniciativa em curso, a primeira turma de uma especialização em Dança, bem como em Teatro, que surge como um movimento de uma instituição pública piauiense: “Arte na Educação Escolar - Especialização em Dança e Teatro”, ofertada pela Escola Estadual de Teatro José Gomes Campos, em Teresina-PI, com seleção gratuita feita por meio de edital público, via Lei Aldir Blanc. Contudo, o mapa produzido pelos deslocamentos realizados por piauienses para fora do Piauí, no intuito de desenvolver suas pesquisas acadêmicas em Dança, e consequentemente suas produções textuais, neste estudo trilhou caminhos que passam por 10 diferentes estados brasileiros e mais duas localidades em outro país. Dentre estes, é possível notar uma grande concentração na busca pelo Programa de PósGraduação em Dança da Universidade Federal da Bahia (PPGDANÇA/UFBA), talvez pela proximidade geográfica com nosso Estado. Neste sentido, também é possível perceber que essa concentração está mais presente no curso de Especialização em “Estudos Contemporâneos em Dança”, mas que, com o aumento do número de

piauienses que estão sendo selecionados para os cursos de mestrado e doutorado, neste mesmo programa, é possível prever um aumento das estatísticas que compõem estes dados. Pesquisas produzidas em cursos específicos na área da Dança, fora do Piauí, se constituem como material de consolidação de um campo que já demonstra a crescente potência da Dança e seu possível reconhecimento como área de conhecimento em nosso Estado. Partindo dos dados aqui catalogados, podemos perceber que a quantidade de TCC's de Graduação, sobre o tema, produzidos no Piauí, por não existir uma graduação específica, tem sua totalidade sendo realizada em outras áreas, realidade que é invertida quando analisamos os TCC's em especializações que, em sua maioria, foram produzidos em um programa específico de Dança. Esta constatação pode ser interpretada como prova de que as pessoas interessadas em uma carreira acadêmica em Dança só estão procurando outras áreas de conhecimento devido a ausência de uma graduação em Dança no Piauí, bem como de um programa de pós-graduação específico, o que poderia valorizá-la como área de conhecimento. Relativo a diversidade de áreas acadêmicas nas quais as pessoas piauienses têm produzido seus textos sobre dança é possível perceber que, quanto a produções resultantes de estudos em nível de graduação, a grande maioria tem sido produzida em cursos de Educação Física, realidade que, acreditamos, está diretamente relacionada à possibilidade de aproximação no trabalho corporal com a Dança, sendo ainda encontrado um número considerável de TCC's produzidos nas áreas de Pedagogia e Comunicação Social. Referente a produção textual resultante de pesquisas em nível de mestrado e doutorado, aqui catalogadas, é possível observar que há um crescente número de trabalhos que tratam sobre dança, mesmo fora da área específica da dança. Inclusive, a quantidade de teses aqui catalogadas (02), nos leva a pensar que não encerram a quantidade que realmente existe, que também pode ser observado nas outras categorias deste levantamento, provocando então possibilidades de desdobramentos desta pesquisa.

JÁ EXPERIMENTOU UMA CAJUÍNA?

necessidade de que as pesquisas em Dança sejam produzidas dentro dos próprios cursos especíﬁcos, tanto no Piauí como em qualquer outro lugar, são reforçadas por um panorama de articulação delineado não só por pesquisas de cunho acadêmico, mas por meio de relações com outras formas de alimentar corpos, textos e danças, de produzir trabalhos em espaços, escolas, academias, festivais e/ou outros. Prova disso, nesta pesquisa, é que quase a metade dos livros catalogados foram produzidos não como resultado de uma pesquisa acadêmica, mas, a partir de produções artísticas. Também, corroborando com o pensamento do parágrafo anterior, podemos citar que foram catalogadas um número total de 08 zines, produções textuais que não foram resultantes diretamente de pesquisas acadêmicas, mas que trazem hibridismos entre as duas perspectivas. Além disso, é possível observar que, muitas das escritas que são produzidas a partir de pesquisas acadêmicas, têm seu delineamento atrelado ao fazer artístico.

Quanto as implicações nas produções acadêmicas e artísticas, Adriana Bittencourt e Jussara Setenta, afirmam que: A articulação entre a Pesquisa Acadêmica e a Pesquisa Artística (suas produções teóricas e produções artísticas) é ponto crucial no contexto universitário, e opera a partir de cruzamentos - teórico e artístico, elaborando-os e formalizando-os como saberes constitutivos do campo da dança. Como produtoras de reflexões críticas e configurações estéticas, tais pesquisas apresentam-se na singularidade de suas próprias feituras e se representam como instâncias distintas que não podem ser tratadas como iguais”. (BITTENCOURT; SETENTA, 2009, p. 02)

A argumentação das autoras é importante para que possamos discutir sobre pesquisas articuladas entre fazeres artísticos e acadêmicos, o que pode acontecer, por exemplo, na feitura de uma dissertação ou uma tese assumindo contextos distintos, porém articulados. Neste sentido, nos textos catalogados, algumas pesquisas promovem uma espécie de alimentação mútua dos fazeres artísticos e acadêmicos, assim como, produções de textos que não estão relacionadas diretamente com a pesquisa acadêmica, mas que potencializam a produção de Dança de forma geral no Piauí. O aumento desta potência, que aqui vamos pensar a partir da metáfora do processo de criação de uma cajuína, nos leva a refletir sobre os resultados obtidos nesta pesquisa que só se configuram desta forma, pois não há um programa específico de Dança no Piauí, e, caso houvesse, acreditamos que tal resultado não só seria diferente como bem maior em termos quantitativos. Diante do cenário expansivo que pode ser identificado na linha do tempo apresentada neste e-book, que abrange referências textuais produzidas entre os anos de 1999 até 2020, compreendemos que tais referências apontam para um caráter crescente no decorrer dos anos, e mais, expõe um aumento significativo no número de produções

realizadas, principalmente a partir do ano de 2015. Tomando como base os anos e as produções catalogadas, refletimos que a variedade de categorias nas quais as pesquisas foram sendo feitas, aumentaram, consideravelmente, no decorrer dos anos. Destacamos o ano de 2018 como sendo o de maior quantitativo de produções, ano em que se concentram 11 categorias. Tal reflexão, se faz pertinente para enfatizar a necessidade de uma graduação em Dança no Piauí, que possa não só abrigar tais pesquisas, como também valorizar esta área de conhecimento. Relativo aos programas de pós-graduação brasileiros, nos quais são produzidos textos advindos de pesquisas em Dança, existem vários com nomenclaturas que não determinam uma especificidade de nossa área, tais como: Artes, Artes Cênicas, Artes do Corpo, dentre outros. Já relativo aos programas específicos de Dança, como relatado no prefácio deste ebook, existem 04: o Programa de Pós-Graduação em Dança (PPGDANÇA) e o Programa de Pós-Graduação Profissional em Dança (PRODAN), na Universidade Federal da Bahia, o Programa de Pós-Graduação em Dança (PPGDAN), na Universidade Federal do Rio de Janeiro e, o mais recente, criado em 2020, o Programa de Pós-Graduação Profissional em Dança na Contemporaneidade (PPGPDAN), na Faculdade Angel Viana. Você já experimentou uma Cajuína? Se o Piauí produz algo tão incrível quanto a cajuína (patrimônio cultural brasileiro - Piauí), ficamos imaginando o sabor de realizar nossas produções textuais, pesquisas/estudos e outras, sobre Dança, em uma graduação ou programa de pós-graduação piauiense. Não queremos enfatizar caminho único, mas, pensar na possibilidade de dar acesso, mais facilmente, à profissionalização nesta área, para artistas e pessoas em geral que tenham este interesse. Imaginem as safras desta possível plantação!

O QUE VOCÊ VAI FAZER COM ESSA CASTANHA, COMER OU PLANTAR?

iante de um cenário emaranhado de pesquisas que resvalam em produções textuais, com a dança como dispositivo dialógico, compreendemos a dimensão expansiva de uma dança que pulsa no terreno piauiense. A Dança materializa-se em diversas e diferentes formas, em vida, em corpos e seus contextos. O terreno da dança no Piauí é maleável e resistente. Esse chão nutritivo é advindo de muito desejo por uma dança como área de conhecimento, como produtora de conhecimentos especíﬁcos, como provocadora de questionamentos e transformações na própria vida de corpos que pulsam e movem pesquisas e escritas, artísticas e acadêmicas. Compreendemos que a possível implantação de uma graduação em Dança no Piauí, precisa analisar outras variáveis, além da que foi aqui discutida, contudo, ressaltamos a urgente necessidade desta implantação, no sentido de potencializar esta área de conhecimento que já vem sendo,

há anos, um movimento desejado pela classe artística da Dança. A produção textual poderia estar muito mais fortalecida e muitas pessoas pesquisadoras não precisariam, obrigatoriamente, sair do Piauí para realizar sua formação acadêmica em Dança. Vamos plantar novamente esta castanha? Vamos fazer esse cajueiro dar frutos, emaranhar-se? A pergunta acima, nos faz pensar que esta pesquisa continuará, o nosso desejo é que assim seja, em outros desdobramentos, já que não acreditamos em completude. É importante que reﬂitamos sobre a “falta”: quais trabalhos faltam aqui? Por que não estão aqui? Neste sentido, pensamos ser de extrema importância a atualização dos repositórios das IES do Piauí, para que o encontro com os trabalhos de Dança seja mais acessível, assim como é de suma importância que se utilize a palavra “Dança” nos títulos e palavras-chave nos textos que tratam sobre esta área. O ciclo desse cajueiral não se encerra nesta conclusão e esperamos que esta pesquisa se multiplique em alimentos deliciosos para nutrir muitos outros estudos, assim como se multiplicam, no Piauí, os pés de caju.

REFERÊNCIAS

AQUINO, Rita Ferreira de. A constituição do campo acadêmico da dança no Brasil. Dissertação de mestrado apresentada ao Programa de PósGraduação em Dança da Universidade Federal da Bahia. 2008. Disponível em <https://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/8151>. Acesso em: 20 abr. 2020. BITTENCOURT, Adriana. Imagens como acontecimentos: Dispositivos do Corpo, Dispositivos da Dança. Salvador: Edufba, 2012. BITTENCOURT, Adriana; SETENTA, Jussara. Pesquisa Acadêmica e Pesquisa Artística em Dança: instâncias distintas em ações compartilhadas. In: Anais do II encontro cientíﬁco da ANDA, Salvador. 2011. Anais eletrônicos. Porto Alegre. Anais eletrônicos. Campinas, Galoá, 2011. Disponível em <https://proceedings.science/anda/anda-2011/papers/pesquisaacademica-e-perquisa-artistica-em-dança--instancias-distintas-em-acoescompartilhadas>. Acesso em: 09 jun. 2020. FREITAS, Roberto. A dança na educação básica da rede pública municipal de ensino de Teresina/Piauí: uma realidade em crescimento. Revista da FUNDARTE, nº 37, p. 298-315, Janeiro/Março 2019. Disponível em <http://.seer.fundarte.rs.gov.br/index.php/RevistadaFundarte/index>. Acesso em: 20 abr. 2020. SILVA, Marcia Virgínia Mignac da; ALBUQUERQUE, Iara Cerqueira Linhares de. Dança e conhecimento: formulações ou insurgências do agora. In: Anais do VI encontro cientíﬁco da ANDA, Salvador. Anais eletrônicos. Campinas, Galoá, 2019. Disponível em <https://proceedings.science/anda/anda-2019/papers/danca-econhecimento--formulacoes-ou-insurgencias-do-agora>. Acesso em: 09 jun. 2021.

ROBERTO FREITAS Artista e Doutorando em Dança (PPGDANÇA/UFBA/2020). Mestre em Artes Cênicas (PPGCEN/UnB/2017). Especialista em Metodologia de Ensino (FAESPI/2003). Licenciado Plenamente em Educação Física (UFPI/1997). É professor da Rede Pública Municipal de Ensino de Teresina desde 2000, atuando, a partir de 2018, na formação continuada de professores/as para o ensino de Dança nas Escolas de Tempo Integral. Integrante do grupo de pesquisas ENTRE: Artes e Enlaces (PPGDAN/UFBA). Foi professor nas IES: Universidade Paulista (UNIP/2018-2019); Centro Universitário UNINOVAFAPI (2008-2010); Universidade Federal do Piauí (UFPI/Substituto 1997-1999). Foi diretor do Balé da Cidade de Teresina (2005-2008 e 2011-2014); Coordenador Artístico/ Pedagógico da Escola Estadual de Dança Lenir Argento (Piauí/20082009). Fundador e Coordenador do Cordão Grupo de Dança (premiado trabalho de Arte, Educação e Inclusão, Social e Educacional, desde 2005). Presidente da ACORDA - Associação dos Amigos do Cordão Grupo de Dança. Idealizador e Coordenador dos projetos: Cordão de Cultura – Como se produz um/a artista? (2021); Andanças (2016); Estação Cordão de Cultura (2014-2015); Educação se faz com Arte/Dança (2006 e 2008); dentre outros. Autor dos livros: “Corpo~Cordão: Cartograﬁas de Jovens Dançantes em Teresina - PI” (2021), “Componente Curricular Dança: uma proposta para o Ensino Fundamental” (2020), “Arte, Educação e Inclusão – 10 anos de Cordão Grupo de Dança” (2018) e “OUSADIA Vinte anos de história do Balé da Cidade de Teresina” (2014), e outras publicações. http://lattes.cnpq.br/0554216853320967 https://orcid.org/0000-0002-9299-8861

IRENO JÚNIOR Artista. Doutorando em Dança pelo PPGDança UFBA, turma 2020.1, bolsista FAPESB. Mestre em Dança pelo PPGDança UFBA, com investigação da Vulnerabilidade como um jeito de fazer dança. Integrante estudante do grupo de pesquisa (CNPq) Laboratório Coadaptativo LabZat, no PPGDança UFBA. Especialista em Estudos Contemporâneos em Dança – UFBA. Especialista em Docência do Ensino Superior e Educação Física Escolar - Faculdade FAVENI. Graduado em Licenciatura em Educação Física, pela Faculdade Santo Agostinho-FSA. Técnico em Dança pela SEDUC-PI. http://lattes.cnpq.br/3316156931260132 https://orcid.org/0000-0001-9162-3542

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