#9 FEVEREIRO 2018
AUDI A6 AVANT 2.0 TDI
ÁGUAS DE PORTUGAL
FROTA RENOVADA COM 127 CARROS ELÉTRICOS
IMAGEM E QUALIDADE
VOLVO XC40 KIA NIRO PHEV ALFA ROMEO GIULIA 2.0 JTD OPEL INSIGNIA GRAND SPORT 1.5 MERCEDES
CLASSE X
HYUNDAI KAUAI 1.0 BAIXOS CUSTOS PEUGEOT 308
O DIESEL AINDA TEM FUTURO NOVO MOTOR 1.5 BLUEHDI // CONSUMO ANUNCIADO: 3,5 L/100 KM // CUSTO POR QUILÓMETRO: 27,91 € //
DISPOSTO A TUDO!
SUMÁRIO
#9 NOVOS MODELOS
6 Volvo XC40 10 BMW i3S 14 Ford Ecosport
FEVEREIRO 2018
CARRO DO MÊS
20 Audi A6 Avant 2.0 TDI
RADAR
16 Leasing e Renting a crescer 56
RENT-A-CAR
Águas de Portugal
68 Boas expetativas para 2018 70 Hyundai Kauai 1.0 T-GDI COMERCIAIS
76 Nova Ford Transit Custom 78 Mercedes-Benz Classe X 250d 4MATIC 80 Renault Trafic SpaceClass 1.6 dCi 125
26 Renault
30 BMWENSAIO X3 2.0d GUIÁMOS NESTA EDIÇÃO
34 Audi A3 Sportback 1.0 TSI / 38 Kia Niro PHEV / 42 Peugeot 308 SW 1.5 HDi 46 Ford Fiesta 1.5 TDCi / 50 Alfa Romeo Giulia 2.0 JTD 150 / 52 BMW 725d 54 Opel Insignia Grand Sport 1.5 Ecotec / 72 Mitsubishi Space Star 1.2 / 74 Jeep Renegade 1.6 4x2 FEVEREIRO 2018 TURBO FROTAS
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EDITORIAL
PROPRIEDADE E EDITORA TERRA DE LETRAS COMUNICAÇÃO LDA NPC 508735246 CAPITAL SOCIAL 10 000€ CRC CASCAIS
FELIZ ANO NOVO
SEDE, REDAÇÃO, PUBLICIDADE E ADMINISTRAÇÃO AV. DAS OLAIAS, 19 A RINCHOA 2635-542 MEM MARTINS TELEFONES 211 919 875/6/7/8 FAX 211 919 874 E-MAIL: TURBO@TURBO.PT
verdade que é nos primeiros dias de janeiro que estes votos se fazem, porque até os desejos de um Feliz Ano Novo têm… “prazo de validade”. É mesmo certo que já nem fará grande sentido andar a formulá-los quando se esgotou o primeiro mês do ano. Mas diga-nos se não é essa a vontade que dá, depois de ler a presente edição da TURBO FROTAS! Há um clima de otimismo latente no ar, mas um otimismo consciente, realista e pragmático, com os pés bem assentes no chão. Em vez daquela euforia sem limites que deu mau resultado num passado que já nos parece longínquo, mas que nunca deixa de estar “mal-escondido” para nos atormentar. Temos um mercado automóvel que continua a crescer, embora a ritmo um pouco mais moderado, e com o reforço da posição das empresas de financiamento que olham para 2018 com esperanças de resultados ainda melhores que os do ano passado. Temos o responsável de frotas da Renault, líder do mercado nacional há vinte anos, otimista quanto ao desempenho do mercado este ano, mas mostrando as cautelas que a marca já vai colocando relativamente, por exemplo, à exposição que tem às vendas aos rent-a-car. Do lado desta indústria há, obviamente, a expetativa risonha de ter um 2018 em que o turismo continuará a ser o maior exportador nacional, mas com cuidados quanto à dimensão, por vezes exagerada (logo menos rentável) da frota disponível. Por outro lado, temos também uma empresa de grande dimensão como o Grupo Águas de Portugal a dar um sinal inequívoco de viragem, ao substituir parte significativa da sua frota por 127 automóveis elétricos, abraçando já hoje a mobilidade do futuro. E temos, por fim, vários novos produtos que se encaixam que nem uma luva nas necessidades mais díspares da maioria das empresas, muitos deles analisados nesta edição com detalhe e, importantíssimo, com os valores que interessa conhecer. Perante tantos sinais positivos – em que apenas destoa a falha da promessa governamental de baixar o ISP quando o preço do petróleo aumentasse, o que se reflete num aumento dos custos de utilização… – diga lá se não vamos ainda a tempo de desejar um bom 2018!
É
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antonioamorim@turbo.pt EDITOR CHEFE SÉRGIO VEIGA sergioveiga@turbo.pt DIRETOR DE ENSAIOS
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MARCO ANTÓNIO marcoantonio@turbo.pt REDAÇÃO NUNO FATELA nunofatela@turbo.pt RICARDO MACHADO ricardomachado@turbo.pt MIGUEL GOMES miguelgomes@turbo.pt COORDENADORA COMERCIAL
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DEKRA - O USED CAR REPORT É UM RELATÓRIO ANUAL DA EXCLUSIVA RESPONSABILIDADE DA DEKRA COM BASE EM TESTES REALIZADOS, NA ALEMANHA, AO LONGO DE MAIS DE DOIS ANOS DE PERMANÊNCIA EM MERCADO DE CADA UM DOS MODELOS. SÓ SÃO FORNECIDOS DADOS QUANTITATIVOS PARA MODELOS DE QUE TENHAM SIDO INSPECIONADOS PELO MENOS MIL UNIDADES. SÃO DEFINIDAS DIFERENTES CLASSES E O “BENCHMARK” (RESULTADO DE REFERÊNCIA) É RESPEITANTE Á MEDIA DE CADA SEGMENTO, NÃO SENDO, PORTANTO, INFLUENCIADO POR RESULTADOS DE OUTRO TIPO DE AUTOMÓVEIS. DEFEITOS RESULTANTES DE MODIFICAÇÕES REALIZADAS PELOS PROPRIETÁRIOS AO MODELO ORIGINAL NÃO SÃO LEVADOS EM CONTA
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TURBO FROTAS FEVEREIRO 2018
TIRAGEM 4500 EXEMPLARES ISENTA DE REGISTO NA ERC AO ABRIGO DO DECRETO REGULAMENTAR 8/99 DE 9/6 ART.O 12º Nº 1 A. DEPÓSITO LEGAL N.º 415871/16 INTERDITA A REPRODUÇÃO, MESMO QUE PARCIAL, DE TEXTOS, FOTOGRAFIAS OU ILUSTRAÇÕES SOB QUAISQUER MEIOS E PARA QUAISQUER FINS, INCLUSIVE COMERCIAIS
NOVOS MODELOS
VOLVO XC40
DA SUÉCIA COM ESTILO Identidade própria e acabamentos de qualidade garantem ao Volvo XC40 o acesso direto à elite dos SUV compactos. Design sueco ao melhor estilo, beliscado apenas por motores pouco refinados TEXTO RICARDO MACHADO
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TURBO FROTAS FEVEREIRO 2018
A
primeira experiência de condução com o novo XC40, em Barcelona, deixou-nos uma certeza: a Volvo não esteve desatenta à crescente popularidade dos SUV compactos, optou por chegar elegantemente atrasada. Enquanto concorrentes de peso como o Audi Q3, o BMW X1 ou o Range Rover Evoque se diluem na paisagem, o XC40 é aquele de quem todos vão falar. E não é apenas devido ao efeito novidade. A Volvo não olhou a despesas durante o desenvolvimento do XC40. No lugar de adaptar a plataforma do XC60, o construtor sueco criou uma arquitetura nova. Denominada Compact Modular Architecture (CMA), alinha com o padrão do segmento, recorrendo ao aço para a estrutura e montando os motores em posição transversal para poupar espaço. Há versões híbridas e elétricas na calha mas, para já, depende apenas de motores térmicos. A suspensão utiliza um esquema McPherson à frente e um eixo traseiro mais simples que o do XC60, com quatro braços em vez de cinco. Apesar de ter sido desenvolvida na Suécia e de utilizar os sistemas de segurança e assistência à condução da casa, a plataforma CMA vai ser-
vir de base não só a outros modelos da Volvo, como o novo V40, bem como a outros veículos do portfolio de marcas do gigante chinês Geely. Por fora, apesar das linhas compactas, mede 4,43 metros de comprimento, por 1,86 de largura e segue a linguagem de design Volvo. No entanto, opta por linhas mais angulosas para se distinguir dos XC60 e XC90. Apesar de estar claramente orientado para uma utilização citadina, os 21 cm de altura ao solo e os ângulos TT razoáveis dão margem para aventuras fora de estrada. Para ajudar o condutor nestas situações, há um quinto modo de condução, Off-Road, a juntar aos habituais Eco, Comfort, Dynamic e Individual. DESIGN NÓRDICO Com 2,70 metros de distância entre eixos, o XC40 recebe com conforto quatro adultos ou dois adultos e três crianças. E ainda sobram 460 litros para bagagens. Reconhece-se a inspiração no XC60 pelo ecrã tátil central e no painel de instrumentos digital. O interior é confortável, com materiais e acabamentos de qualidade a reforçarem a sensação de estarmos ao volante de uma viatura premium. Sentimento sublinhado pela elegância do design.
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NOVOS MODELOS
VOLVO XC40
ECRÃ TÁTIL O ecrã tátil da consola central inspira-se no do XC60. Não faltam espaços de arrumação. Os subwoofers no tablier libertaram espaço nas bolsas das portas, onde cabem garrafas de 1,5 l
Já disponível para encomenda, com as primeiras unidades a chegarem em fevereiro, o XC40 vai ter quatro motorizações, com escolha entre caixa manual de seis velocidades ou automática de oito e tração integral ou dianteira. A versão D3 com 150 cv, caixa manual e tração dianteira serve de base para a gama diesel, com um preço de 40 084 €. O T3 de 152 cv, em iguais condições de transmissão e tração, faz o mesmo pelos motores a gasolina, com um preço base de 36 705 €. As versões mais potentes, D4 de 190 cv (52 265 €) e T5 de 247 cv (51 606 €), têm sempre tração integral e caixa automática.
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Em Barcelona conduzimos precisamente as duas motorizações... menos interessantes para o mercado nacional. O XC40 recebe-nos com a posição de condução caraterística dos SUV, boa visibilidade, mesmo para trás, onde os retrovisores generosos compensam o óculo estreito e o pilar C volumoso. O volante pequeno, aliado a uma direção bastante direta, contribui para melhorar a agilidade nas voltas de cidade. Falta-lhe apenas sensibilidade. Esta é mais uma caraterística do XC40 que, como o comportamento pouco entusiasmante, está em linha com o segmento. A suspensão macia é perfeita para as deslocações do dia-a-dia,
mas perde muito quando se aumenta o ritmo. O adornar de carroçaria, típico dos SUV, faz-se notar e lá se vai a diversão. Sem, contudo, colocar a segurança em risco. O T5 mostrou-se mais ágil nestas condições, em parte pelo motor mais solícito, em parte por ter o nível de equipamento R-design, com suspensão um pouco mais desportiva. Fora da média do segmento estão apenas os motores, menos refinados que os concorrentes mais diretos. O D4 é mesmo bastante ruidoso nos regimes elevados, onde o T5 também não é particularmente agradável de ouvir. Nada que um pouco mais de isolamento não resolvesse... /
NOVOS MODELOS
BMW I3S
SOLUÇÃO INTELIGENTE E COM GENICA! Além da renovação visual do i3, a BMW criou uma nova versão, o i3S, mais potente e com detalhes estéticos específicos. Com custos de manutenção baixos, esta pode ser uma boa alternativa para algumas frotas TEXTO MARCO ANTÓNIO
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A
adesão da BMW à mobilidade elétrica começou em grande com o lançamento do i3. Depois de ter passado pela experiência do Mini elétrico, apenas um protótipo de que se produziram poucas unidades, o i3 foi o primeiro veículo “premium” compacto especialmente concebido para a mobilidade elétrica. Desde então tem sido um dos modelos mais vendidos e apreciados pela sua elevada potência, caraterística que o mercado valorizou a par da fiabilidade e da autonomia que vai desde 290 a 300 km no ciclo NEDC ou de 235 a 255 km numa perspetiva mais realista e de acordo com o novo ciclo WLTP. Mesmo assim, os valores alcan-
çados continuam longe de serem reais. Estes dependem do tipo de condução e se o trajeto permite maior ou menor regeneração. Não é por acaso que a autonomia é maior quando circulamos pela cidade onde travamos e desaceleramos mais. A nova versão i3S não altera a autonomia, mas eleva tanto a potência em 14 cv (passou de 170 c para 184 cv), como o binário em 20 Nm, para expressivos 270 Nm, disponíveis mal carregamos no acelerador. Perante este “upgrade” não admira que as prestações tenham melhorado de forma nítida, com a aceleração até aos 100 km/h a fazer-se em apenas 6,9 segundos (menos 4 décimas que a versão de 170 cv), enquanto a recupera-
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NOVOS MODELOS
BMW I3S
184 CV POTÊNCIA
260 LTS BAGAGEIRA
14,3 KWH /100 KM CONSUMO
0 G/KM EMISSÕES CO2
ção dos 80 aos 120 km/h é “despachada” em 4,3 segundos, em vez dos 5,1 segundos da versão menos potente. Mas como não há bela sem senão, o consumo médio aumentou, passando dos 13,1 kWh/100 km para os 14,3 kWh/100 km. Novidade é o facto de o recarregamento ser feito através de um novo cabo que inclui um sensor de temperatura, variável importante para a estabilização da carga da bateria. Esta demora agora cerca de 39 minutos para carregar 80 por cento num posto de carga rápida (potência de 50 KW) mas, numa tomada normal de 220 V e 16 A, gastamos quase 10 horas para acumular 33 KWh! Uma alternativa que pode ser evitada com cargas pendulares semelhantes às que fazemos como os nossos telemóveis. Para ultrapassar esse constrangimento, a versão com extensor de autonomia é uma possibilidade que se estende agora a esta versão mais potente do i3. Variante que se carateriza também por outros aspetos que a diferenciam das restantes,
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TURBO FROTAS FEVEREIRO 2018
como a suspensão desportiva 10 milímetros mais baixa, enquanto os eixos passam a ser 40 milímetros mais largos, alterações que conferem ao i3S um aspeto bastante mais encorpado juntamente com as jantes, agora de 20 polegadas. A mudança visual completa-se com novos para-choques e o tejadilho pintado de uma cor negra específica. Durante o nosso teste apercebemo-nos facilmente das novas faculdades desta versão elétrica mais “musculada” do i3, equipada com uma nova gestão do controlo de estabilidade, especialmente adaptada para a mobilidade elétrica. Também o controlo de tração tem agora uma resposta otimizada, conforme pudemos constatar num curto trajeto mais sinuoso, em que também foi posto à prova o controlo dinâmico de tração, ajuda que melhora consideravelmente a agilidade, permitindo até fazer algumas derrapagens bem controladas! Tratando-se de um carro ecológico, a BMW não quis dar ao i3S a “raça” desportiva que carateriza os seus
modelos convencionais mas, ainda assim, o compacto elétrico desafia os modelos mais afoitos no arranque, graças ao binário instantâneo mal pisamos o acelerador. A versão mais barata do BMW i3S custa 46 430 euros. O equipamento, não sendo dos mais completos (já a lista de opcionais é enorme), tem o essencial como uma versão atualizada do sistema operativo, novo desenho dos menus, compatibilidade com Apple CarPlay e um sistema de reconhecimento de voz melhorado. Os custos de utilização são relativamente baixos quando comparados com uma solução mais convencional diesel, a gasolina ou até mesmo hibrida. Acrescem valores de manutenção bastante mais baixos devido à redução de certas rotinas e a enorme fiabilidade do motor elétrico. Não é por acaso que muitas empresas, cientes do valor desta opção, começam a apostar na solução elétrica para as suas frotas. E este BMW i3S poderá estar, certamente, na mira desses negócios. /
NOVOS MODELOS
FORD ECOSPORT
FÓRMULA EUROPEIA O Ford Ecosport encontrou a fórmula para agradar ao gosto europeu, depois de um lançamento controverso, com o pneu no portão traseiro a dividir opiniões. Ao estilo junta novo interior, com tecnologia e qualidade superior TEXTO RICARDO MACHADO
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e o que se pretende é um crossover com pouco mais de quatro metros de comprimento e um estilo realmente SUV, então o Ford Ecosport é uma proposta mais convincente que rivais diretos como o Peugeot 2008 ou o Renault Captur. Julgando apenas a imagem, o Opel Crossland X é o que mais se aproxima das linhas robustas do Ford Ecosport. No entanto, importa não esquecer que sob a estética de crossover aventureiro se esconde a mecânica base do Fiesta. O que não impede que, com a maior altura ao solo e pneus mistos, acelere sem preocupações sobre a maioria dos estradões. Uma despreocupação extensível às deslocações urbanas, onde deixa de haver passeios ou bandas sonoras que assustem.
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Para a revisão de 2018, com estreia nacional marcada para fevereiro, o Ecosport eleva o posicionamento aventureiro a um novo patamar, com a introdução do sistema de tração integral Intelligent All Wheel Drive. Associado em exclusivo ao novo motor diesel 1.5 Ecoblue, com 125 cv e caixa manual de seis velocidades, o sistema pode desviar até metade dos 300 Nm de binário para o eixo posterior em menos de 20 milissegundos. Esta versão, bem como a versão do mesmo motor com tração dianteira, só deverá chegar no verão. De início, a gama diesel do Ecosport vai contar apenas com o conhecido 1.5 TDCi de 100 cv, também com caixa manual de seis velocidades. A gasolina, o Ecosport vai contar desde o lançamento com versões de 125 cv e 140 cv do popular motor 1.0 Ecoboost, podendo a variante de 125 cv ser associada a uma caixa automática de seis velocidades, como
alternativa à manual. Também para o verão, está prevista uma versão de 100 cv do mesmo bloco de três cilindros e um litro. A renovação do crossover da Ford completa-se com uma significativa revisão estética. Por fora é mais evidente na frente, dominada por uma grelha trapezoidal de grandes dimensões e óticas redesenhadas. Atrás, o para-choques também foi revisto, apresentando-se mais esculpido, embora as óticas mantenham o desenho anterior. A possibilidade de pintar o tejadilho numa cor contrastante é uma novidade, tal como estreia na gama Ecosport do nível de equipamento ST Line. Sem alterações estruturais, o interior mantém-se no topo da oferta de espaço, sendo capaz de sentar dois adultos no banco tarseiro sem problemas de maior. Na mala há um novo piso ajustável em altura, que permite jogar com os
334 litros de capacidade. No entanto, é à frente que se concentram as novidades de peso. Seguindo o exemplo do novo Fiesta, os botões da consola central foram substituídos por um ecrã tátil em posição flutuante, com 8’’. É a casa do sistema de comunicação e entretenimento SYNC 3, ao qual não podia faltar a integração com smartphones. O painel de instrumentos também mudou, com os mostradores analógicos a perderem protagonismo em favor do ecrã de 4,2’’ do computador de bordo. Conduzimos a nova motorização diesel de 125 cv com e sem tração integral. Seguro pela afinação específica para o mercado europeu, a mais firme e direta de toda a gama global do Ecosport, o crossover tem um comportamento neutro. Inclina até determinado limite, a partir do qual o ESP acaba com a “brincadeira”. A direção é rápida e tem um peso agradável, mas falta-lhe comunicação, o que é normal no segmento. Firme sem comprometer o conforto, a suspensão é mais eficiente nas versões com tração integral, por substituir o eixo traseiro de torção dos tração dianteira por um independente. Já o novo diesel de quatro cilindros e 125 cv, revelou-se bastante equilibrado, silencioso e respirando bem desde os regimes médios. Como a apresentação teve lugar em Portugal, ficámos logo com mais uma certeza: paga classe 1 nas portagens. /
ADEUS BOTÕES Seguindo as linhas do Fiesta, o interior desfez-se dos botões. No lugar de estes encontra-se um ecrã que pode ir das 4,2’’ às 4,8’’. A qualidade dos materiais melhorou face à geração anterior. Escolher o novo nível de equipamento ST Line implica viver com uma suspensão ligeiramente mais firme
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RADAR
LEASING E RENTING
FINANCIAMENTOS SOBEM MAIS QUE MERCADO Se o mercado automóvel cresceu 7,6% em 2017, o recurso a soluções de financiamento como o leasing ou o renting aumentou ainda mais. Empresas e particulares recorrem cada vez mais àquelas soluções. E se o leasing continua a ser a mais popular, a evolução do renting mostra uma certa mudança de mentalidades
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leasing e o renting continuam a ganhar peso no mercado automóvel nacional, com um crescimento de quota de mercado superior ao do próprio mercado, segundo as expectativas da ALF – Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting. Isto mostra bem como tanto empresas como particulares estão a ficar cada vez mais rendidos a este tipo de produtos financeiros, como forma de chegarem mais facilmente ao automóvel, de conseguirem renovar as suas frotas ou tão simplesmente de garantirem uma melhor gestão das mesmas. Num mercado de ligeiros (passageiros e comerciais) que conheceu, em 2017, um crescimento de 7,6%, estima-se que o aumento do recurso àquelas modalidades de financiamento tenha sido em grau superior, aproximando Portugal dos níveis praticados nos países europeus mais desenvolvidos, em especial no que ao leasing diz respeito. Enquanto não chegam os números definitivos do ano que findou, as análises limitam-se aos três primeiros trimestres e mostram tendências já muito definidas. “Até ao final do terceiro trimestre de 2017, o financiamento às empresas através de leasing foi de 2,1 mil milhões de euros, valor 13,4% superior ao registado em igual período de 2016», referiu Eduardo Moradas, diretor da ALF responsável pelo leasing. “O segmento das viaturas, em particular, contribuiu com 989 milhões de euros, superando em 15,3% o valor atingido
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no período homólogo de 2016. Podemos prever que o setor tenha fechado o ano em expansão idêntica”. Também o renting tem tido um desemprenho muito positivo, estando a ser descoberto por empresas e também particulares, neste caso os que conseguem ultrapassar aquele sentimento de posse tão caro aos portugueses… “Naquele período, o renting foi responsável pela aquisição de 23 643 novas viaturas (19 105 de passageiros e 4 538 comerciais), refletindo um aumento de 9,9% em relação ao mesmo período de 2016. Este número corresponde a uma produção de 448 milhões de euros, isto é, mais 9,7% do volume reportado nos primeiros nove meses de 2016”, explicou Manuel de Sousa diretor da ALF para o renting, adiantando uma primeira explicação para o contínuo crescimento desta modalidade de financiamento: “O renting é, cada vez mais, encarado como um sinónimo de segurança, controlo e previsibilidade de custos para os clientes, apresentando grande competitividade das rendas”. É curioso como parece haver quase uma… competição entre leasing e renting na capacidade de atrair clientes, empresariais ou particulares, em busca de financiamento para as suas questões de mobilidade. Mas nada de mais errado, não há nenhuma “corrida”, pois estamos a falar de soluções complementares que abrem ainda mais possibilidades de financiamento, agora a um nível praticamente… “à la carte”.
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RADAR
LEASING E RENTING
É verdade que, destas duas, o leasing é a solução de financiamento há mais tempo enraizada, tanto a nível de empresas como de particulares, exibindo volumes de negócio superiores e sendo, por isso, o indicador mais fiável para a saúde deste sector. “O desenvolvimento positivo do leasing veio confirmar que as empresas – perante as condicionantes económicas para a aquisição de viaturas e a necessidade de reduzir custos operacionais – veem, cada vez mais, as soluções de financiamento especializado como uma forma de controlo e previsibilidade de custos”, explica Eduardo Moradas que salienta o tal aspeto da “idade como um posto” para a solidez que o leasing encontra. “Nos últimos anos, o leasing tem acompanhado a evolução da economia pois, sendo um produto que está muito próximo do tecido empresarial português, tende a reagir rapidamente às variações do mercado. E tem-se revelado uma ferramenta importante no apoio ao reinvestimento das empresas no pós-crise, apresentando taxas de crescimento muito relevantes”. RENTING VAI-SE “ENTRANHANDO” Já o renting é um produto mais recente e de características bem diferentes que apresenta grandes vantagens para frotas de empresas, mas também para particulares que consigam ultrapassar aquele sentimento tão português da posse. E sendo essa uma evolução a que se vem assistindo na sociedade, não admira que os números estejam a crescer… a grande ritmo! “O setor do renting foi um dos protagonistas do financiamento especializado em Portugal nos últimos anos, acompanhando as tendências do setor automóvel e da economia nacional, crescendo dois dígitos por ano. A produção do setor já recuperou para os valores anteriores à crise”, refere Manuel de Sousa. O responsável pelo “renting” na ALF explica o que tem sido feito para popularizar esta solução de financiamento, pelos vistos com sucesso: “A ALF tem trabalhado ao longo dos últimos anos para demonstrar aos decisores e gestores empresariais que o renting não é um mero crédito, mas um serviço que não afeta os rácios financeiros da empresa e permite reduzir os custos de estrutura. É um modelo que se adapta às condições da empresa em cada momento do seu ciclo de vida, possibilitando que o contrato seja ajustado consoante a evolução das necessidades da instituição. Sentimos também que as empresas mais pequenas cada vez mais questionam e procuram o renting. Talvez porque observam outras empresas a fazer o mesmo de forma satisfatória e porque começam a conhecer o produto, conseguindo avaliar e identificar as respetivas vantagens”. A saber: “O renting é, cada vez mais, encarado como um sinónimo de segurança, controlo e previsibilidade de custos para os clientes, apresentando grande competitividade das
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rendas. Além de transferir para terceiros os riscos inerentes à gestão da frota, é uma forma de financiamento que assegura uma gestão profissional de todos os aspetos relacionados com a utilização do veículo”. Contudo, o leasing mantém-se como a solução de financiamento a que os portugueses e as empresas portuguesas mais recorrem e Eduardo Moradas adianta as razões óbvias para tal realidade: “O leasing oferece uma opção de financiamento com vantagens específicas para
Eduardo Moradas diretor da ALF para o Leasing
as empresas, com períodos de decisão curtos e certas vantagens como o pagamento diluído do IVA da aquisição ao longo do contrato, condições de pagamento adaptáveis à tesouraria da empresa, possíveis descontos comerciais na aquisição da viatura e uma taxa de juro muito competitiva. É um produto muito antigo, bem implantado e conhecido em Portugal, sendo que as empresas têm muita facilidade em utilizá-lo nos seus investimentos. Os gestores das frotas empresariais, sobretudo as de maior dimensão, já atingiram um nível de profissionalização e de especialização muito elevado, e têm um conhecimento profundo das características do leasing”. OTIMISTO GERAL PARA 2018 Fazendo a ALF parte da direção da Leaseurope – a Federação Europeia que congrega quase todas as associações e onde o presidente da ALF, Paulo Pinheiro, tem mandato para representar o “cluster” geográfico Portugal, Espanha e Grécia até outubro deste ano –, está em posição ótima para comparar a situação lusitana com a realidade da União Europeia. “O leasing é um instrumento de financiamento especializado muito utilizado em países como Reino Unido, Alemanha e França, com elevado ní-
Manuel de Sousa diretor da ALF para o Renting
vel de confiança nos seus produtos. Por outro lado, os mercados do Leste Europeu apresentam menor tradição, talvez porque ainda não atingiram a necessária maturidade. No fundo, os países em que o leasing tem maior expressão correspondem às maiores economias europeias”, diz Eduardo Moradas, com Manuel de Sousa a traçar um cenário semelhante quando se trata do renting. “Os países onde mais se recorre ao renting são, de forma destacada, Alemanha e França que representam cerca de 50% do mercado europeu, quer no renting de veículos de passageiros, quer no de mercadorias. O Reino Unido e Itália revelam também níveis de adesão muito elevados. São mercados onde o renting já existe há muito tempo…”. Quanto a expectativas para o corrente ano, e apesar de algumas medidas no Orçamento de Estado poderem ter impacto no mercado au-
tomóvel, aqueles diretores da ALF apontam para crescimentos nos respetivos setores. Eduardo Moradas, responsável pelo leasing, mostra-se mesmo assumidamente otimista: «Graças à reconhecida flexibilidade do leasing, e tendo em conta a confiança que as empresas têm nos serviços prestados, estamos, para já, moderadamente otimistas e esperamos que, tal como em 2017, o setor continue a registar um crescimento sustentável. Isto apesar de o Orçamento de Estado para 2018 prever, seguindo a tendência de outros anos, um agravamento do custo de utilização do automóvel”. Mais na expetativa, mas sem pessimismo, Manuel de Sousa aposta numa resposta do renting às novas necessidades do mercado, até porque esta solução de financiamento está mais “exposta” aos aumentos dos custos de utilização… “O agravamento de impostos pode afetar as projeções de crescimento do setor automóvel, estimular uma tendência de retração na renovação de frotas ou na diminuição das gamas de viaturas adquiridas. Contudo, prever o risco e adequar soluções, otimizando a rentabilidade das empresas, é a premissa subjacente à atividade do renting”, explica, mostrando até uma maior abertura à participação na renovação das frotas com veículos elétricos ou híbridos “plug-in”: “O renting assume particular importância, ao permitir uma renovação rápida e eficaz do parque automóvel, quer ao nível das normas, quer ao nível do acesso à mobilidade híbrida e elétrica”. /
A QUESTÃO MAIS VEZES COLOCADA…
“O leasing é utilizado para financiar a aquisição de automóveis, entre outros equipamentos, em condições geralmente mais vantajosas devido à segurança da operação. Insere-se bem nos investimentos empresariais por ser muito flexível em termos de rendas, a fiscalidade é adaptada às empresas e permite diluir o pagamento do IVA ao longo do contrato. Isto é, apresenta taxas de juro e custos mensais muito competitivos. Os clientes têm a liberdade para utilizar o automóvel pois são o seu proprietário económico e, no final do contrato, têm sempre a opção de compra pelo valor residual”. Eduardo Moradas diretor da ALF para o Leasing
“As empresas recorrem ao renting porque este agrega uma série de serviços, que podem estar relacionados com seguros, pneus, portagens, cartão de combustível, viatura de substituição no caso de imobilização, manutenção, pagamento de impostos e cumprimento das obrigações institucionais, bem como um gestor que otimiza a gestão de frota durante todo o contrato. Permite, mediante o pagamento de uma renda mensal única, conduzir veículos modernos e até equipados com novas tecnologias, com os diversos serviços referidos associados a serem assegurados e geridos pela gestora de frotas”. Manuel de Sousa diretor da ALF para o Renting
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CARRO DO MÊS
AUDI A6 AVANT 2.0 TDI
VOCAÇÃO PREMIUM Poderíamos cair no lugar comum e dizer que há automóveis que são como o Vinho do Porto. Porém, é mais adequado garantir, apenas, que o A6 Avant faz jus à tradição da Audi em domínios fundamentais como as aptidões familiares, o prazer de condução ou os reduzidos custos de utilização. Também por isso mantém intacta a vocação premium. TEXTO JÚLIO SANTOS
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TURBO FROTAS FEVEREIRO 2018
4 CIL.
8,5 S
4,6 L
115 G/KM
DIESEL
0-100 KM/H
100 KM
CLASSE C
190 CV
221,70 € IUC
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CARRO DO MÊS
AUDI A6 AVANT 2.0 TDI
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Audi A6 é o mais antigo dos familiares premium alemães. Pode ser desmotivador para aqueles a quem apenas interessa conduzir o último modelo, mas é a escolha certa para os que, valorizando fatores racionais, acreditam que os automóveis evoluem ao longo do seu ciclo de vida. E têm razão: a provar isso estão os estudos de satisfação do cliente, nomeadamente, o Used Car Report da Dekra (ver caixa), que atribui ao A6 índices de fiabilidade que superam em muito a média da classe. QUALIDADE E OPORTUNDIADE Em Portugal, a versão do Audi A6 mais vendida utiliza o motor TDI de 2.0 litros de cilindrada, com 190 cv, na configuração Avant (carrinha) e nesta fase do ciclo de produto a Audi torna esta proposta ainda mais competitiva.No caso da unidade ensaiava, tinha mais de 12 mil euros em equipamentos opcionais, o que colocaria o seu PVP em quase 79 mil euros,mas se adquirido através do Audi Financial Services o PVP é de 56 380 euros (já com IVA), o que resulta numa renda mensal (Renting, ver quadro final) de 771 euros (também com IVA incluido.
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TURBO FROTAS FEVEREIRO 2018
INTELIGENTE O sistema MMI continua a ser um dos mais funcionais. O acesso a todas as funcionalidades faz-se com precisão e de forma intuitiva. Podemos escolher de forma direta a estação de rádio, ou selecionar o acerto do chassis
Uma proposta que tem de ser levada em conta, sobretudo se juntarmos aos fatores já referidos (fiabilidade, imagem premium e equipamento adicional) outras características valorizados pelos clientes individuais e empresariais, por aqueles que valorizam as aptidões familiares, como pelos que privilegiam a economia e as capacidades dinâmicas. Com quase cinco metros de comprimento o A6 é imediatamente reconhecido como um
Audi; a imagem permanece muito elegante e atual, o mesmo acontecendo com a construção que utiliza diversos elementos em alumínio, o que lhe permite conter o peso nos 1725 kg, com vantagem para o consumo e para a agilidade na condução. Vale a pena recordar que a Audi possui uma grande experiência na construção de estruturas em alumínio, tendo sido a primeira marca a fazê-lo nos automóveis das gamas superiores e, mesmo, na competição,
AUDI A6 AVANT 2.0 TDI
TCO
FINANCIAMENTO
EQUIPAMENTO
RENDA - 771,66 € 4 anos/ 80 000 km INCLUI: Manutenção, IPO, IUC, linha de apoio ao condutor, assistência em viagem 24 h, seguro de avarias, pneus, seguro de danos próprios (franquia 4%) Valor inclui IVA
Revestimentos interior em couro; sistema MMI, sistema de navegação, ar condicionado auto., sensor de chuva e estacionamento, chave inteligente, Audi Drive Select, abertura da bagageira auto., barras no tejadilho, travão de estacionamento elétrico, comandos no volante, camara de visão traseira e cruise control (4660€), volante desportivo multifunções
CUSTO TOTAL DE PROPRIEDADE
PVP VR DEP MAN € COMB. UTILIZ
55 910€ 24 041€ 31 869€ 1824€ 4896€ 38 592€ (804)
PVP – Preço de Venda ao Público. Não inclui negociação da marca / VR – Valor residual / DEP – Depreciação / MAN – Custos com manutenção programada (exclui pneus) / COM – Custos com combustível / UTILZ – Custo total de utilização para a totalidade do contrato (entre parêntesis, custo por 100 km). Todos os valores em Euros para a duração considerada (4 anos / 80 mil km)
TÉCNICA PREÇO 55 910 € MOTOR 4 CIL.; 1968 C.C.; 190 CV; TRANSMISSÃO AUTO DE 7 VEL.; PESO 1800 kg; COMP./LARG./ALT. 4,93/1,87/1,46 M; DIST. ENTRE EIXOS 2,35 M; MALA 565 L; DESEMPENHO 8,5 S 0-100 KM/H 226 KM/H VEL. MÁX.; CONSUMO 4,6 L/100 KM; EMISSÕES CO2 115 G/KM (CLASSE B); IUC 221,70 €
QUALIDADE ESPAÇO E IMAGEM
IDADE EQUIPAMENTO
DESPORTIVO A caixa de velocidades de dupla embraiagem (S-Tronic) é de série. Garante conforto e desempenho desportivo
ELEGANTE O interior do A6 Avant combina de forma sublime a aparência premium e a atmosfera desportiva
FEVEREIRO 2018 TURBO FROTAS
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CARRO DO MÊS
AUDI A6 AVANT 2.0 TDI
nomeadamente nos carros que por diversas vezes venceram as 24 horas de Le Mans. Uma herança desportiva facilmente reconhecida no A6 Avant, quer ao nível da dinâmica, quer no que refere ao design da carroçaria, quer ainda no arranjo interior que à qualidade dos materiais utilizados junta uma decoração que conjuga simplicidade e elegância. Com muito espaço para cinco pessoas e uma bagageira com 565 litros de capacidade (pode ultrapassar os 1600 litros com os bancos reclinados) o A6 Avant responde a todas as necessidades da família merecendo ainda destaque o elevado conforto, o silêncio a bordo, bem como os revestimentos em couro que combinam muito bem com as aplicações em alumínio que emprestam uma aparência desportiva e sofisticada. Não menos importante, o equipamento comporta tudo o que esperamos encontrar num automóvel topo de gama, como é o caso do sistema MMI Plus, que incorpora a camara de visão traseira, auxiliar importante, dadas as dimensões da A6 Avant. DINÂMICA DE REFERÊNCIA Dimensões que não o impedem de oferecer a melhor dinâmica de entre todas as propostas de tração dianteira, algo que é assinalável e que assume grande relevância para os que privilegiam este tipo de tração (e têm boas razões para o fazer) tanto quanto o prazer de condução. Ao já referido peso contido e com uma distribuição equilibrada entre os dois eixos junta-se a suspensão que apresenta um bom compromisso entre conforto e dinâmica, estando disponível o Pack Sport com um amortecimento mais firme, que favorece a condução desportiva mas não consegue filtrar tão bem as irregularidades da estrada. Importante é, também, o sistema Audi Drive Select que permite ajustar diversos parâmetros em função do tipo de condução. Ao nosso dispor estão cinco modos que nos oferecem a possibilidade de ajustar o amortecimento da suspensão, o nível de assistência da direção e o “timing” de passagem de caixa. Se no modo Conforto a suspensão assume como prioridade filtrar as irregularidades da estrada, enquanto as passagens de caixa processam-se no regime máximo de torque (favorecendo a suavidade), já no modo mais desportivo a direção torna-se mais “comunicativa”, a suspensão mais firme para facilitar a inserção na trajetória e as passagens de caixa processam-se no regime máximo, para conseguir um melhor aproveitamento do motor 2.0TDI com 190 cv e 400 Nm de binário máximo. São valores que continuam entre os melhores que esta classe de propulsores oferece, algo que se traduz nas prestações e acelerações vigorosas mas talvez sobretudo na disponibilidade nos regimes baixos e intermédios, até porque a caixa de sete velocidades S-Tronic (automá-
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ECONOMIA DE REFERÊNCIA O Audi Financial Services propõe para a versão ensaiada do Audi A6 Avant 2.0 TDI (que tinha mais de 12 mil euros de opcionais) uma renda mensal de 771 euros, já com o IVA incluído. Destaque, ainda, para os baixos consumos e reduzidos custos de manutenção
AUDI A6 AVANT 2.0 TDI ÍNDICE DE QUALIDADE (USED CAR REPORT) KM (em milhares) 0-50 CHASSIS
50-100 100-150 (1,1)0,1 (2,5)0,2 (6,9)0,3
DIREÇÃO MOTOR
(1,4)0,1 (3,0)0,4 (8,8)0,9
E AMBIENTE CARROÇARIA
(0,4)0,4 (1,0)1,2 (1,9)2,1
INTERIOR TRAVAGEM
(1,4)0,3 (3,0)1,2 (6,1)1,6
SISTEMA ELÉTRICOS
(3,4)0,8 (5,3)1,2 (11,1)2,0
E LUZES S/DEFEITOS
(94,4%)98,6% (90,3)96,8% (79,9%)94,6%
RELEVANTES PEQS DEFEITOS
(1,5%)0,5% (3,3%)1,2% (7,2%)2,1%
DEFEITOS CONSIDERÁVEIS (3,7%)0,9% (6,5%)2,0% (12,8%)3,3%
*Os dados referem-se a defeitos verificados nas unidades ensaiadas da anterior geração entre parêntesis, os valores médios do segmento melhor do que a média do segmento pior do que a média do segmento Nota: Apenas foi considerada a geração atual, pelo que só há registo para viaturas com até 50 mil kms percorridos
tica de dupla embraiagem) mostra-se bastante rápida e suave. A plena disponibilidade em todas as situações é por demais evidente, com reflexos também nos consumos que em utilização normal conseguimos conter abaixo dos 6,5 litros aos 100 quilómetros. CUSTOS DE UTILIZAÇÃO DE REFERÊNCIA O Audi A6 Avant 2.0 TDI está entre os automóveis premium com mais baixos custos de utilização. Considerando o PVP de 55 910 euros para a versão de entrada na gama (os descontos praticados reduzem bastante este valor, compensando a depreciação no valor residual) para a totalidade de um contrato de quatro anos/48
mil kms, o custo total de utilização (TCO) ronda os 38 mil euros, já incluindo o combustível. Ou seja, um valor mensal de 804 euros que é resultado dos baixos consumos e, também, dos reduzidos custos de manutenção. Já o Audi Financial Services, como referimos, propõe uma renda de 771 euros para a unidade ensaiada, que com os 12 mil euros de extras teria um PVP de 79 mil euros (sendo-lhe aplicado um desconto superior a 22 mil euros). Em síntese, sobretudo para utilização empresarial, o Audi A6 Avant 2.0 TDI conserva intactas as características mais valorizadas por estes clientes, como são os casos da imagem premium, qualidade e reduzidos custos de utilização. /
GARANTIA DE QUALIDADE Entre os principais estudos relativos à fiabilidade e satisfação do cliente, o relatório anual da Dekra surge na primeira linha. Vale a pena olhar para a avaliação que faz do Audi A6, com base nas opiniões de milhares de clientes e nas análises a intervenções oficinais. Começa o relatório por salientar que “o Audi A6 tem tido o monopólio nas posições de topo do Used CarReport durante muitos anos. Não apenas tem estado no topo no segmento superior, como por diversas vezes foi o melhor no estudo geral, que comporta todas as classes de automóveis. A quarta geração do Audi A6 prossegue esta tradição. Mais uma vez é o melhor de todas as classes no relatório de 2017 conseguindo o melhor resultado na categoria de mais de 150 mil quilómetros. É um resultado que não surge do acaso. A qualidade de construção fora do comum e dos materiais e a utilização de tecmologia mais avançada, coloca o Audi A6 no topo da Classe entre os carros médios, mesmo enquanto usado”. O estudo prossegue assegurando que quem compra o Audi A6 usado tem a garantia de estar a adquirir um veículo pleno de fiabilidade.
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DESTAQUE
MIGUEL OLIVEIRA - DIRETOR DE VENDAS FROTAS RENAULT PORTUGAL
“LÓGICA DE 360º PARA OS PROFISSIONAIS” No canal de frotas, a Renault é uma das marcas de referência, graças a uma gama adaptada e competitiva, assim como uma rede orientada para o cliente profissional TEXTO CARLOS MOURA PEDRO FOTOS JOSÉ BISPO
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assistir veículos até cinco toneladas, caso, por exemplo, de viaturas da gama Master ou outros produtos mais específicos. A Renault tem uma lógica de 360º para os profissionais. Internamente há uma área, que é a Direção de Frotas, que tem um peso importante. Mesmo dentro do próprio grupo Renault existe uma Direção de Empresas integrada na Direção Comercial. Há uma preocupação em tratar o canal de empresas e na disponibilização de soluções adaptadas a esta área de negócio. O canal de frotas é estrutural para a marca.
ara a Renault Portugal, o ano de 2017 ficou marcado por dois grandes números: 20 anos de liderança contínua no nosso país e 17 por cento de quota de mercado. Para o diretor de vendas frotas da marca francesa, Miguel Oliveira, este resultado histórico deve-se a uma estratégia adotada pela marca que consiste em ter produtos adaptados ao mercado, nas vertentes de novos, semi-novos e usados. O canal de frotas – empresas e rent-a-car – representa 70% do volume de vendas e a marca estruturou-se para abordar este segmento profissional, dispondo para o efeito de uma rede, denominada Pró+, adaptada e orientada para este tipo de cliente. Para uma marca como a Renault, o que significa o canal de frotas – empresas e rent-a-car –, que em Portugal representa a maioria das vendas de veículos novos? A Renault está em linha com o mercado, representando este canal cerca de 70% do seu volume de vendas. A marca aposta há muito tempo neste segmento e estruturou-se para trabalhar as frotas, com uma rede adaptada para tratar o canal profissional. Como está estruturada a rede? A nossa rede Pro+ dispõe de vendedores dedicados, soluções de após-venda mais orientadas para os profissionais, horários alargados e equipamentos específicos, como elevadores preparados para
PARA A RENAULT PORTUGAL, 2017 FICA MARCADO POR DOIS NÚMEROS: 20 ANOS DE LIDERANÇA E 17% DE QUOTA DE MERCADO
Qual é a importância relativa dos canais de rent-a-car e empresas para a Renault? Quais são as abordagens específicas para cada uma destas áreas? A marca tem uma grande preocupação, até pela sua presença no mercado de gestoras de frotas (onde tem uma quota importante), em gerir os volumes de forma equilibrada para evitar situações de crise, como sucedeu em 2011 e 2012, quando as vendas caíram para os 100 mil automóveis. Para nós, mais importante do que um canal de frotas ou de particulares é o remarketing. No rent-a-car, a Renault tem o cuidado de não ultrapassar a sua quota de mercado total, que no ano passado foi de 14%. Não compramos mercado nem fazemos quilómetros zero. Qual o motivo dessa estratégia? Dado o nosso peso no canal de empresas, no rent-a-car e nas gestoras de frotas, tudo aquilo que fi-
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DESTAQUE
RENAULT PORTUGAL
zermos em excesso vai ter impacto em residuais e no denominado “real fleet market”. Temos cuidado de fazer os volumes na curta duração adequados ao mercado da média e longa duração. Se fizemos volumes muito elevados na curta duração, isso terá reflexos nos preços de referência nos veículos semi-novos e nos usados. Para a Renault, o ano de 2017 reparte-se em dois números: 20 anos de liderança contínua e 17% de quota de mercado. Isso só é possível porque temos a preocupação de ter um peso adequado no canal de rent-a-car para não afetar os restantes canais. Qual é a abordagem que a marca faz ao canal de empresas? O mercado de empresas está dividido em três grandes áreas: micro-frotas, com duas a três viaturas, frotas de proximidade e grandes frotas. Cada uma delas representa 30% do total de vendas deste canal. Temos a preocupação que seja a rede a gerir esse canal. A Renault não tem a prática de gerir centralmente as grandes contas. Queremos que a rede tenha o know-how para abordar os três canais. É fácil de contactar a nossa rede de concessionários. Lisboa e Porto representam 80% das vendas a empresas. A rede trata contas pequenas, médias e grandes. Algumas grandes contas são tratadas internacionalmente, mas é a rede que as acompanha. A grande preocupação é ter uma rede de retalho que esteja próxima do cliente. No caso do profissional, a rede disponibiliza viaturas de substituição, horários alargados. As concessões têm ainda vendedores preparados para configurar as viaturas transformadas de acordo com as necessidades dos clientes. Há uma estrutura dedicada nas concessões da Renault para um cliente profissional? Nas nossas concessões existe uma área específica para veículos comerciais porque exige um tratamento mais técnico. Uma Renault Master L2H2 ou chassis-cabina possuem especificidades para diferentes necessidades dos clientes. Há um conjunto de critérios que são mais técnicos. O cliente profissional tem um outro tipo de lógica e necessita de ter a viatura sempre disponível. A estratégia da marca é ter uma rede adaptada, com vendedores especializados, horários alargados, técnicos de mecânica e colisão preparados para receber e tratar os veículos - inclusive os transformados - com a maior rapidez possível. Um exemplo é o mercado de táxis, onde temos uma quota de 35% com a marca Dacia. Fizemos uma aposta com um produto Dacia que é adquirido pelas empresas numa lógica de racionalidade. Esta marca não tem política de frotas, mas tem um produto claramente adaptado às necessidades desse mercado. Os veículos estão ao serviço de utilizadores profissionais muito exigentes que fazem quilometragens muito elevadas. Posso dizer que não temos problemas. Apesar de a Dacia não ser uma marca vocacionada para o profissional, possui em Lisboa uma equipa que trabalha o
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mercado dos táxis de uma forma muito específica. A rede desenvolveu os conhecimentos e as capacidades de forma a fazer este acompanhamento de proximidade.
em 2017. O facto de termos um produto no segmento dos utilitários com autonomias reais de 300 quilómetros também veio possibilitar essa evolução. Tínhamos uma primeira experiência com um cliente de Leiria, que já estava a utilizar Em termos de modelos de passageiros, quais são os elétricos e passou do Clio Societé para o ZOE. os mais procurados pelo canal empresarial? Neste momento fechámos outra frota importanÉ o Clio e o Mégane. Ambas as gamas represen- te. Quando estas empresas começam a introdutam cerca de 70% das vendas zir 30 a 40 veículos elétricos nas de passageiros. O peso canal suas frotas, isto significa que esdas empresas situa-se entre tão a efetuar aquisições racionais os 50 e os 60%. Por sua vez, e essa é uma tendência que veio O VEÍCULO nas gamas Talisman, Espace para ficar. O elétrico começa a ELÉTRICO COMEÇA e Koleos, 80% do volume de ser um produto de empresas que A SER UM PRODUTO está integrado no mercado. Não vendas é feito pelo canal de DE EMPRESAS QUE empresas. tenho dúvidas de que os elétricos ESTÁ INTEGRADO estão na fase de arranque e o seu NO MERCADO A marca também tem vindo a crescimento vai ser exponencial. apostar fortemente na gama Estou convencido de que estas prielétrica, que também está vomeiras frotas vão dar o exemplo e cacionada para o mercado o mercado vai começar a reparar. empresarial, atendendo aos benefícios fiscais Se estes privados fizeram estes investimentos, que ainda são concedidos pelo Estado? isso significa que são uma alternativa racional. Tendo em conta as vantagens fiscais e a autonomia que já apresentam, os veículos elétricos começam Qual é a relação da Renault com as gestoras a ter custos totais de exploração equilibrados rela- de frotas? tivamente aos veículos de combustão. Se até 2016 Acho que é excelente. Como temos equipas provivemos numa lógica de aquisição para assinalar fissionais, as gestoras de frotas são uma vertenum compromisso com a pegada ecológica por par- te para trabalhar o canal empresarial e tratam o te dos clientes, a situação começou a inverter-se automóvel numa perspetiva puramente racio-
nal. Felizmente que temos as equipas preparadas para trabalhar com as gestoras de frotas. Temos uma preocupação de gerir os três tipos de produto – novo, seminovo e usado – de uma forma equilibrada. Apesar dos volumes que faz, a Renault está presente no mercado de uma forma saudável. Isso dá segurança e tranquilidade às gestoras de frotas. Por outro lado, quando se trata de grandes contas, a Renault consegue dar um nível de serviço homogéneo em todo o país. Isso também é um fator decisivo nas grandes contas. Na eventualidade de existir um problema é fácil chegar ao contacto com a nossa rede e resolver os problemas. A Renault trabalha em conjunto com as gestoras de frotas para que os seus produtos se apresentem ao cliente como o “Best in Class”… Trabalhamos numa lógica de tentar que a marca seja a mais competitiva junto do cliente, criando condições para que seja aquela que a gestora de frotas apresenta ao cliente. Não vejo as gestoras como concorrentes, mas como entidades que são capazes de prestar um serviço de valor acrescentado. Como funciona a relação com as gestoras de frotas na altura em que terminam os contratos de renting? O sucesso das gestoras de frotas não é só a gestão das viaturas novas, mas também das usadas. Otimizando a revenda das viaturas, as gestoras de frotas conseguem oferecer soluções de mobilidade interessantes e a preços competitivos. É evidente que se uma marca tiver políticas desadequadas de venda de viaturas novas ou semi-novas e distorcer a capacidade de absorção pelo mercado, irá penalizar os valores residuais. Se as gestoras de frotas começarem a ter prejuízo na revenda das viaturas, vão ter de realinhar os valores e subir o custo de utilização. Essa é a preocupação central de que as coisas funcionem sem problemas para as gestoras de frotas, mantendo o mercado o mais seco possível e com a maior capacidade de absorção dos nossos produtos. A grande novidade que as gestoras de frotas trouxeram foi a gestão dos veículos e das expetativas. As gestoras também têm a preocupação de terem sob gestão viaturas de várias marcas e procuram que aquilo que fazem de compras seja passível de ser absorvido pelo mercado. Se a marca tem a preocupação sobre os residuais, defende automaticamente uma quota de mercado maior na gestora porque sabe que pode absorver mais viaturas, pois o seu remarketing está assegurado.
veículos como os Correios, operadores de correio expresso ou de distribuição. Todas as outras empresas têm viaturas de passageiros e 30 a 40% de veículos comerciais. Para a Renault, os comerciais são importantes numa lógica de solução integrada e temos uma gama muito completa. Os comerciais são essenciais porque permitem promover os veículos de passageiros e vice-versa. Hoje em dia, as empresas procuram lidar apenas com uma única entidade. Se a marca tem soluções com comerciais ligeiros, isso significa que fica com mais competitividade.
relativamente equipados porque é isso que quer o mercado de usados. Por sua vez, uma gestora de frotas também quer ter no seu portefólio de compras produtos de vários níveis porque o mercado de usados também consome vários níveis. O mercado de empresas é mais racional: as gamas médias terão como destinatários quadros intermédios e as gamas altas quadros de direção. Com isso conseguem ter um mix representativo daquilo que é o mercado de particulares. Diria que não há diferenças abissais entre o mercado de frotas e de particulares.
A marca tem produtos especificamente orientados para empresas? Na verdade, temos uma gama adaptada para o particular. O carro de frota acaba, mais cedo ou mais tarde, por ir para o mercado de usados. É evidente que existem produtos adaptados ao que o mercado de frotas consome, mas não são muito diferentes daquilo que compra o mercado de particulares. Caso contrário, esses veículos só seriam adquiridos pelo mercado de frotas de segunda mão! Se calhar para as empresas não vendemos carros tão bem equipados, mas vendemos carros
Qual vai ser a orientação estratégica para este ano de 2018? A Renault já está a preparar os seus produtos e a rever toda a sua gama para estar adaptada à nova realidade que vai ser introduzida através das novas normas (WLTP), que irão entrar em vigor a partir do próximo mês de setembro. O profissionalismo com que se faz as coisas é também gerir por antecipação, ou seja, estamos a analisar todos os nossos produtos e as nossas gamas para continuarmos a ser competitivos junto dos clientes profissionais. /
O VEÍCULO DE FROTA ACABA POR IR PARAR AO MERCADO DE USADOS. POR ISSO TAMBÉM TEM DE ESTAR ADAPTADO ÀS EXPETATIVAS DOS PARTICULARES
Qual a importância da gama de comerciais ligeiros, um segmento onde a Renault é líder histórica? Os comerciais representam cerca de 25% das nossas vendas. Este produto destina-se a servir de complemento às frotas. Naturalmente que existem algumas frotas que praticamente só têm estes
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ENSAIO
BMW X3 XDRIVE 20D
O SUV COMPLETO Porque será que os SUV têm o sucesso que têm? Avançam-se imensas explicações, mas a resposta pode não ser dada em palavras. Pode ser dada em sensações. Como estas TEXTO ANTÓNIO AMORIM
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orque será que cada novo modelo da BMW muda mais por dentro que por fora, ao contrário do que fazem muitas outras marcas? Porque a fórmula funciona e, quando assim é, há que manter as aparências. Senão vejamos: desde 2003 que se vendem BMW X3 em abundância. Mais
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TURBO FROTAS FEVEREIRO 2018
concretamente, milhão e meio deles. É por isso mesmo que convém que, quando se olha para este carro, se veja imediatamente um BMW X3, embora modernizado e maior. Nem parece, mas de facto o novo X3 chega a ser mais longo e largo que o primeiro X5. Também tem mais 5,1 cm de comprimento que a geração anterior, com reflexos na maior distância entre-
-eixos que, por sua vez, lhe permite mais espaço habitável. Mesmo assim, as proporções são equilibradas, com as rodas bastante chegadas aos extremos, como que a anunciarem a repartição perfeita de peso pelos dois eixos (50:50), típica de um BMW. A estatura confirma as aptidões para qualquer tipo de piso sem beliscar a funcionalidade quo-
4 CIL.
8S
5L
132 G/KM
DIESEL
0-100 KM/H
100 KM
CLASSE D
190 CV
224,98 € IUC
tidiana e a frente, de óticas duplas e grelha em duplo rim, só podia ser mesmo a de um BMW. Mas no detalhe muda quase tudo. Por exemplo: são aqui utilizados pela primeira vez na gama X faróis de nevoeiro de formato hexagonal. As jantes de série têm 18 polegadas em vez de 17 e podem subir até às 21 polegadas consoante o orçamento e as formas exteriores mudam tanto que colocam o X3 no topo da performance aerodinâmica, com um Cx de apenas 0,29, um valor, até há poucos anos, impensável para um veículo desta estatura. No interior o conforto foi maximizado, com novos equipamentos disponíveis, como a climatização independente em três zonas do habitáculo, os bancos com ventilação ativa (fantásticos no verão) ou o tejadilho panorâmico. Outro novo opcional é a chave inteligente com informações sobre o estado do veículo e através da qual se pode operar a climatização auxiliar. Antes de mergulharmos nas sensações que nos dá, especificamente, a versão 20d, con-
vém ter ainda presente que a nova gama recebe grandes alterações de chassis, agora com mais componentes em alumínio para uma redução de 55 kg no peso estrutural e com uma redução significativa no peso não suspenso, o que tem como efeito uma eficácia dinâmica mais apurada. Ainda assim, e porque o carro cresceu e os materiais de isolamento acústico também, esta versão Diesel mais frugal mantém-se nos 1825 kg. CARRO DE LUXO MAS CHEIO DE FORÇA A extrair 190 cv de potência do seu motor turbodiesel de quatro cilindros, o 20d defende-se melhor com o binário de 400 Nm disponível entre as 1750 e as 2500 rpm do que nos altos regimes, como seria de esperar. É, de facto, um carro para se conduzir como um Diesel, ou seja, sem puxar muito pelas mudanças. Conduzido nos modos EcoPro ou Comfort, é um carro de luxo, que rola pela estrada com saborosa suavidade, mas sempre com
reserva de força para qualquer ultrapassagem. Basta fazer um “kick down”. A caixa de oito velocidades revela a mesma vocação para o conforto, sendo mais agradável nas subidas que nas reduções, e mais agradável ainda quando a deixamos fazer o seu trabalho de forma automática. O modo Sport e as patilhas no volante também lá estão, mas a sua utilização num Diesel destas dimensões resulta pouco envolvente. Ainda assim, o X3 20d consegue acelerar dos zero aos 100 km/h em oito segundos e pode atingir uma velocidade máxima de 213 km/h. Já a média de consumo anunciada de 5 litros aos cem nos parece otimista, pois mesmo praticando a condução suave e descontraída a que este carro se presta não conseguimos melhor que 6,7 l/100 km. Para além da aptidão para caminhos difíceis que o sofisticado sistema de tração integral xDrive lhe permite, o X3 20d satisfaz todas as exigências familiares em termos
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ENSAIO
BMW X3 XDRIVE20D
OPCIONAIS Para ter um habitáculo digno do novo BMW X3 há que pagar muitos extras. Destacamos a climatização automática de três zonas
de versatilidade e espaço interior. A mala é enorme e totalmente aproveitável, o acesso ao habitáculo facílimo, graças à dimensão e amplitude de abertura das portas, e há que não esquecer o vasto espaço em altura em qualquer dos lugares, a dar-nos a sensação de que viajamos com visibilidade e descontração, longe do stress vivido lá em baixo, mais perto do asfalto. Com um PVP de 58 490 euros, esta versão mais acessível da gama X3 a gasóleo poderá depois ser reforçada com apetecíveis equipamentos opcionais, entre os quais destacamos o tejadilho panorâmico de abrir (1268€), o delicioso sistema áudio Harman Kardon (918€) ou o controlo gestual de algumas funções do iDrive (211€). São altamente recomendáveis as luzes adaptativas LED (292€) e obrigatória a pintura metalizada (750€), tudo a acrescer de IVA se for o caso. Perfeitamente recheada, a unidade que ensaiámos incluía ainda o pacote BMW Line Luxury (5553€) e o sistema de navegação profissional (1984€), entre muitos outros elementos que lhe dispararam o preço para os 78 250 euros. Sobre este caso específico terão de ser feitos cálculos de mensalidade igualmente detalhados, mas a versão base (58 350€) poderá adquirir-se por uma mensalidade de Renting a 48 meses de 826,30€ sem IVA, ou 998,7€ já com IVA incluído. /
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BMW X3 XDRIVE20D
TCO
CUSTO TOTAL DE PROPRIEDADE
PVP VR DEP MAN € COMB. UTILIZ
58 482€ 28 072€ 30 411€ 2296€ 3 653€ 37 944€ (47,43)
FINANCIAMENTO
EQUIPAMENTO
RENDA - 998,67€ (4 anos, 80 000 km). INCLUI: Manutenção, IUC, viatura de substituição, pneus
Para-brisas em vidro acústico; Faróis LED; Controlo ativo da grelha frontal; Sistemas de condução autónoma de nível 2; Portão da mala automático; Ponteiras de escape duplas; Teto de abrir panorâmico (1269€); Sistema de navegação profissional (1894,31€)
PVP – Preço de Venda ao Público. Não inclui negociação da marca / VR – Valor residual / DEP – Depreciação / MAN – Custos com manutenção programada (exclui pneus) / COM – Custos com combustível / UTILZ – Custo total de utilização para a totalidade do contrato (entre parêntesis, custo por 100 km). Todos os valores em Euros para a duração considerada (4 anos / 80 mil km)
TÉCNICA PREÇO 58 490€ // MOTOR 4 cil.; 1995 c.c.; 190 CV; 4000 rpm // RELAÇÃO PESO/POTÊNCIA 9,6 KG/CV // TRANSMISSÃO auto 8 vel. // PESO 1825 KG // COMP./ LARG./ALT. 4,70/1,89/1,67 M // DIST. ENTRE EIXOS 2,86 M // MALA 550 L // DESEMPENHO 8 S 0-100 KM/H; 213 KM/H VEL. MÁX. // CONSUMO 5 (6,7*) L/100 KM // EMISSÕES CO2 132 G/KM (Classe D) // IUC 224,98 € *As nossas medições
CONFORTO COMPORTAMENTO QUALIDADE PREÇO EQUIPAMENTO
ENSAIO
AUDI A3 1.0 TFSI SPORTBACK
PORTA DE ENTRADA Apostando tudo na carroçaria mais familiar, a Audi reforça a gama do A3 Sportback com o conhecido motor de 3 cilindros e 1,0 litro a gasolina de 115 cv, numa versão mesmo à medida das frotas! TEXTO MARCO ANTÓNIO
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TURBO FROTAS FEVEREIRO 2018
T
omada a decisão de abandonar o fabrico do A3 na carroçaria de 3 portas, pelo impacto positivo de outros conceitos como o Q2, a Audi decidiu concentrar todas as suas energias na carroçaria mais familiar do A3, o Sportback, além de continuar com as versões Limousine e Cabrio. Para essa decisão contribui o facto de o Sportback ser construído na mesma fábrica do Q2. A mais forte aposta nesta gama é agora o pequeno motor de 3 cilindros, escolha equilibrada do ponto de vista das prestações e consumos, podendo estar associado à transmissão manual ou a uma caixa DSG de sete velocidades que, na Audi, assume o nome de S-Tronic. No caso concreto da unidade ensaiada, a caixa manual de 6 velocidades, não tendo o brilhantismo da automática, consegue mesmo assim explorar bem as capacidades dinâmicas do pequeno motor de 3 cilindros cuja suavidade é superior à da maioria dos concorrentes. Esta caraterística deve-se, sobretudo, a um trabalho minucioso assente na diminuição do atrito interno e na minimização do impacto que a ignição mais espaçada gera neste tipo de motores. O resultado não podia ser melhor. Se nos regimes mais baixos nem sentimos grande diferença para um motor de 4 cilindros, só quando subimos mais as rotações se nota um pouco. No caso da transmissão automática essa transição é bastante mais suave, razão por que recomendamos essa opção, tanto mais que favorece os consumos e as emissões. Entre todas as versões a gasolina esta é a maior, barata e económica e, naturalmente, a que está mais próxima da motorização diesel mais poupadinha. Aliás, nunca o consumo de um motor a gasolina esteve tão próximo do de um diesel! Esta é uma realidade recente que está já a sentir-se, com uma mudança significativa no sentido das vendas de automóveis. A ver vamos até que ponto a nova geração de motores a gasolina consegue levar essa onda de mudança... Maior que a versão de 3 portas, o Sportback tem, naturalmente, melhor acessibilidade e habitabilidade ligeiramente mais desafogada, especialmente atrás, enquanto a mala tem maior capacidade e modularidade diferente. O conforto é, neste caso, o resultado de uma
3 CIL.
9,9 S
4,5 L
104 G/KM
GASOLINA
0-100 KM/H
100 KM
CLASSE B
115 CV
135,49 € IUC
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ENSAIO
AUDI A3 1.0 TFSI SPORTBACK
CONJUNTO PERFEITO? O Audi A3 1.0 TFSI Sportback junta as vantagens de um familiar “premium” com baixos custos de utilização e um preço que fica aquém da fasquia da tributação autónoma.E ainda oferece um razoável prazer de condução
construção rigorosa, juntamente com bons materiais e uma suspensão que absorve bem as irregularidades. Esta é simples à frente e elaborada atrás, com estrutura “multilink”, numa combinação que garante desempenho seguro e estável em curva. Quanto aos conteúdos, o destaque vai para os novos sistemas de ajuda à condução, ainda que a versão ensaiada não contemplasse todos. Um deles é o “traffic jam assist” cuja função é ajudar a condução num cenário de trânsito muito condicionado. O sistema de navegação permite agora usar mapas do Google Earth e tem a possibilidade de se conectar com os sistemas Apple CarPlay ou Android Auto. O ecrã, colocado no topo e ao centro do tablier, tem 7 polegadas e é escamoteável, bastando carregar num botão para recolher eletricamente para dentro do tablier. O carregamento por indução do telemóvel é também uma possibilidade a ter em conta. Em resumo, esta versão mais barata do Audi A3 Sportback é uma opção interessante a ter em conta na escolha para uma frota. Os seus baixos custos de utilização, juntamente com um preço favorável ao não pagamento da tributação autónoma são argumentos mais que suficientes para uma forte presença junto do ambiente empresarial. /
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TURBO FROTAS FEVEREIRO 2018
AUDI A3 1.0 TFSI SPORTBACK
TCO
FINANCIAMENTO
EQUIPAMENTO
RENDA - 419,93 € 4 anos/ 80 000 km INCLUI: Manutenção, IPO, IUC, linha de apoio ao condutor, assistência em viagem 24 h, seguro de avarias, pneus, seguro de danos próprios (franquia 4%) Valor com IVA incluído
Audi Hold Assist; AC manual; Direção elétrica; Airbags dianteiros; Airbags laterais; Airbag de joelhos para o condutor; Controlo de estabilidade; Kit de reparação de pneus; Sensores de estacionamento; Travão elétrico; Barras de tejadilho em alumínio (310 €); Pacote Business Line (1115 €); Pacote de alto brilho (225 €); Pintura metalizada (805 €)
CUSTO TOTAL DE PROPRIEDADE
PVP VR DEP MAN € COMB. UTILIZ
27 508 € 17 875 € 26 812 € 2 228 € 1 998 € 31 028 € (38,79)
PVP – Preço de Venda ao Público. Não inclui negociação da marca / VR – Valor residual / DEP – Depreciação / MAN – Custos com manutenção programada (exclui pneus) / COM – Custos com combustível / UTILZ – Custo total de utilização para a totalidade do contrato (entre parêntesis, custo por 100 km). Todos os valores em Euros para a duração considerada (4 anos / 80 mil km)
TÉCNICA PREÇO 27 510 € // MOTOR 3 CIL.; 999 C.C.; 115 CV // TRANSMISSÃO MANUAL DE 6 VELOCIDADES // PESO 1180 KG; COMP./LARG./ALT. 4,31/1,78/1,42 M // DIST. ENTRE EIXOS 2,63 M // MALA 380 L // DESEMPENHO 9,9 S 0-100 KM/H (10,2*); 206 KM/H VEL. MÁX.; CONSUMO 4,5 (6,5*) L/100 KM // EMISSÕES CO2 104 G/KM (CLASSE B) // IUC 135,49 € *As nossas medições
MOTOR QUALIDADE PREÇO MALA EQUIPAMENTO
ENSAIO
4 CIL.
10,8 S
1,3 L
29 G/KM
HÍBRIDO/GASOLINA
0-100 KM/H
100 KM
CLASSE A
141 CV
134,98 € IUC
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TURBO FROTAS FEVEREIRO 2018
KIA NIRO PHEV
HÍBRIDO COM ATITUDE Mais do que sinónimo de benefícios fiscais ou preocupações ambientais, o Kia Niro é um híbrido com atitude. O estilo crossover fica-lhe bem e agora que tem uma versão plug-in torna-se ainda mais atrativo para as empresas TEXTO RICARDO MACHADO FOTOS JOSÉ BISPO
D
iz a tradição que quem nasce híbrido não fica a dever muito à estética. Gostos não se discutem, mas a imagem do Kia Niro parece gerar consensos. Nascido como um crossover, o Niro assumiu logo a carroçaria da moda. Uma espécie de Toyota Prius ou Hyundai Ioniq mais alto. Lançado em 2016 como híbrido, com uma bateria de 1,56 kWh e algumas... centenas de metros de autonomia em modo emissões zero, o Niro esteve sempre a “pedir” o passo seguinte da evolução híbrida: a possibilidade de carregar na tomada. Este salto evolutivo chegou no final de 2017 e, além da capacidade para realizar a maioria dos trajetos interurbanos em modo EV, trouxe um importante benefício fiscal. Com uma bateria de maior capacidade e a correspondente tecnologia associada, o Niro PHEV ronda os 37 000€, mais oito mil euros que o Niro híbrido. No entanto, a tributação autónoma do Plug-in é de apenas 17,5%, cerca de metade do que paga o híbrido. A este benefício, soma a dedução da totalidade do IVA, uma redução de 562,50€ no ISV e a possibilidade de apresentar a totalidade das depreciações como gasto fiscal em sede de IRC. Se, por um lado, a possibilidade de carregar na tomada a bateria de 8,9 kWh reduz a carga fiscal, por outro, amplia o raio de ação do modo elétrico para os 50 km. E reduz a capa-
cidade da mala dos 382 litros para os 324 l, por causa do maior volume da bateria. De resto é igual à versão híbrida. O mesmo motor 1.6 GDi a gasolina com 105 cv, o mesmo motor elétrico de 43,5 cv e a mesma potência combinada de 141 cv. O sistema híbrido paralelo permite aos dois motores trabalharem de forma independente ou conjunta, estando a ligação às rodas dianteiras a cargo de uma caixa de dupla embraiagem com seis velocidades. Muito dependente da geografia do terreno e do estilo de condução, a autonomia real do modo elétrico ronda os 40 km. GESTÃO EFICIENTE Esgotada a bateria, o Niro PHEV transforma-se no Niro híbrido. Utiliza a travagem para regenerar alguma eletricidade e funciona apenas no segundo modo de condução possível, o híbrido. Neste caso, o consumo de gasolina anda pelos 6/100 km. Com a bateria carregada, o sistema híbrido consegue fazer uma gestão mais eficiente e os consumos caem para os 4,4 l/100 km, precisamente o valor anunciado para o Niro híbrido. Para conseguir a média de 1,3 l/100 km é preciso andar muito em modo EV. O que não é complicado, desde que se tenha acesso a uma tomada, uma vez que o Niro PHEV carrega a bateria em duas horas e um quarto. Como acontece com generalidade dos híbridos de raiz, a condução do Niro PHEV não é
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ENSAIO
KIA NIRO PHEV
DUPLA EMBRAIAGEM A caixa de dupla embraiagem faz com que a condução do Niro seja igual à de qualquer outro automóvel com transmissão automática. O equipamento de série é muito completo. Já se trocava o travão de estacionamento de pedal por um elétrico...
KIA NIRO PHEV
TCO
FINANCIAMENTO
EQUIPAMENTO
RENDA - 516,87 € 4 anos/80 000 km INCLUI: IUC, Manutenção, IPO, Assistência 24 horas. Valor inclui IVA. Contrato Kia Renting/ LeasePlan
Sensores de chuva e luz Sensores de estacionamento Câmara traseira Assistente de manutenção na faixa de rodagem Ar condicionado automático Banco do condutor com ajuste elétrico Bancos em tecido e pele Navegação Carregador wireless para telemóvel
CUSTO TOTAL DE PROPRIEDADE
PVP VR DEP MAN € COMB. UTILIZ
39 740 € 13 909 € 25 831 € 2 188 € 1584 € 29 603 € (37,00)
PVP – Preço de venda ao público. Não inclui negociação da marca / VR – Valor Residual / DEP – Depreciação / MAN – Custos de manutenção programada (exclui pneus) / COM – Custos com combustível / UTILZ – Custo total de utilização para a totalidade do contrato (entre parêntesis, custo por 100 km). Todos os valores em euros para a duração considerada (4 anos / 80 mil quilómetros)
TÉCNICA PREÇO 37 240 € (c/campanha) // MOTOR ELÉTRICO 43,5 CV // MOTOR TÉRMICO 105 CV // POTÊNCIA COMBINADA 141 CV // BINÁRIO 147 NM // TRANSMISSÃO 6 VEL AUTO // PESO 1576 kg // COMP./LARG./ALT 4,36/1,81/1,55 M // DISTÂNCIA ENTRE EIXOS 1,70 M // MALA 324/1322 L // DESEMPENHO 10,8 S 0-100 km/h; 172 km/h VEL MAX // CONSUMO 1,3 l/100 KM // EMISSÕES CO2 29 G/KM *As nossas medições
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TURBO FROTAS FEVEREIRO 2018
AUTONOMIA CONSUMOS CONFORTO CAIXA LENTA PREÇO FACE AO HÍBRIDO
memorável. Sem ser rápida, a caixa de dupla embraiagem é mais agradável de utilizar que o trem epicicloidal do Toyota Prius. O que não invalida que o arranque e as passagens sejam sempre muito “mastigadas”. O modo sequencial melhora ligeiramente a resposta do motor, que se faz ouvir com mais intensidade do que seria desejável. Em estrada, com a velocidade estabilizada, o conjunto é tão silencioso como se espera que um automóvel amigo do ambiente seja. Como o modo EV permite velocidades até aos 120 km/h, pode até nem produzir mais do que distantes ruídos de rolamento e aerodinâmicos. Se o Niro PHEV tivesse aspirações dinâmicas, a direção seria demasiado desligada do eixo dianteiro. Assim, é apenas confortável. Tão confortável como a suspensão, que alisa lombas e buracos com a mesma facilidade com que deixa a carroçaria adornar nas curvas. Mexe mais que um Toyota Prius PHEV, mas digere melhor as imperfeições do piso e oferece uma posição de condução mais elevada. Dentro do mesmo conceito crossover de carregar na tomada, o Mini Countryman S E All4 é o concorrente mais direto e mais habilitado. Também é mais caro. E, nunca é demais lembrar, sendo um Kia, o Niro PHEV tem sete anos de garantia./
ENSAIO
4 CIL.
9,8 S
3,5 L
93 G/KM
DIESEL
0-100 KM/H
100 KM
CLASSE B
130 CV
145,05 € IUC
PEUGEOT 308 SW 1.5 BLUEHDI
JOGAR EM ANTECIPAÇÃO O tema das emissões tem feito correr muita tinta e alterado os planos de várias marcas. Como a Peugeot que lançou novos motores que antecipam em dois anos a futura norma europeia Euro 6.2d. É o caso do 1.5 BlueHDi que equipa esta carrinha 308 TEXTO MARCO ANTÓNIO
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TURBO FROTAS FEVEREIRO 2018
AGRADÁVEL Do suave motor 1.5 BlueHDI ao interior acolhedor, à mala ampla e aos comandos simples, tudo foi feito para tornar o 308 SW uma agradável experiência
A
história das emissões que começou nos Estados Unidos chegou rapidamente à Europa, onde causou uma onda de choque devastadora para os diesel. O efeito foi de tal forma letal que vários governos tomaram atitudes pouco consistentes do ponto de vista técnico, tendo em conta alguns dos pressupostos! A verdade é que a pressão política criada tem causado tanto receio nos mercados que as vendas das versões diesel têm baixado significativamente, em prol das mecânicas a gasolina, híbridas e elétricas que viram os números das suas vendas florescer. Se esta é uma situação conjuntural ou estrutural não sabemos, mas há marcas que continuam a apostar no desenvolvimento dos diesel,
enquanto preparam estratégias diferenciadoras para uma mobilidade futura que aceitam e preveem como sendo diferente. A prova disso é o novo motor 1.5 BlueHDi do Grupo PSA de 130 cv. Esta novidade vem antecipar em nada menos que dois anos a normativa europeia Euro 6.2d, agendada apenas para o ano 2020. Esta norma, criada para acalmar os mercados, impõe que as emissões de óxidos de azoto (NOx), em condições reais, não excedam 1,5 vezes os registados durante os testes no banco de ensaios. Ao mesmo tempo foi alterada a metodologia de avaliação dos consumos – com a adoção do novo ciclo WLTP, no lugar do pouco realista NEDC que já vem dos anos oitenta –, de forma a aproximá-los da realidade. A nova proposta aqui avançada pela Peugeot na carrinha 308 vem substituir o “velho” mo-
tor 1.6 BlueHDi, em relação ao qual é mais potente e tem consumos mais baixos. Ao mesmo tempo que lançou este novo motor, a Peugeot meteu “em cima da mesa” duas outras novidades: um bloco a gasolina 1.2 PureTech também com 130 cv e o novo diesel 2.0 BlueHDi de 180 cv, este com a inédita transmissão automática de 8 velocidades. Também as caixas manuais foram revistas, como pudemos constatar neste ensaio em que o 1.5 BlueHDi se mostrou muito agradável de usar. Apesar do incremento de força em relação ao motor que substitui, a nova proposta mostra-se mais frugal, com ganhos de consumos significativos. Isso deve-se, não só à redução da cilindrada, mas também a um intercooler mais eficiente e a uma combustão melhorada, por via da utilização de uma cabeça de 16
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ENSAIO
PEUGEOT 308 SW
PEUGEOT 308 SW 1.5 BLUEHDI
1.5 BLUEHDI
TCO
FINANCIAMENTO
CUSTO TOTAL DE PROPRIEDADE
PVP VR DEP MAN € COMB. UTILIZ
29 562 € 13 007 € 16 555€ 1819 € 3955 € 22 328 € (27,91)
RENDA - 350, 81 € 4 anos/ 80 000 km INCLUI: IVA
PVP – Preço de Venda ao Público. Não inclui negociação da marca / VR – Valor residual / DEP – Depreciação / MAN – Custos com manutenção programada (exclui pneus) / COM – Custos com combustível / UTILZ – Custo total de utilização para a totalidade do contrato (entre parêntesis, custo por 100 km). Todos os valores em Euros para a duração considerada (4 anos / 80 mil km)
EQUIPAMENTO 6 airbags (frontais/laterais e de cortina); Hill Assit; Faróis de nevoeiro; Cruise Control programável; Ajuda ao estacionamento traseiro; Jantes de 16”; Volante desportivo em couro c/ comandos; AC bi-zona; Retrovisores elétricos e aquecidos; Pack visibilidade; Touchscreen 9,7” capacitivo; USB; Bluetooth; Mirror Screen; Alerta de fadiga do condutor
TÉCNICA PREÇO 29 770 € MOTOR 4 CIL.; 1499 C.C.; 130 CV; TRANSMISSÃO MANUAL DE 6 VEL.; PESO 1180 kg; COMP./LARG./ALT. 4,25/1,80/1,45 M; DIST. ENTRE EIXOS 2,62 M; MALA 420 L; DESEMPENHO 9,8 S 0-100 KM/H (10,3*); 204 KM/H VEL. MÁX.; CONSUMO 3,5 (6,4*) L/100 KM; EMISSÕES CO2 93 G/KM (CLASSE B); IUC 145,05 €
*As nossas medições
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TURBO FROTAS FEVEREIRO 2018
MOTOR QUALIDADE EMISSÕES
RUÍDO ACESSIBILIDADE
válvulas. O recurso a novas tecnologias proporciona sensações de condução próximas das dos motores a gasolina, nomeadamente um menor silêncio de funcionamento e prestações semelhantes. Com uma potência máxima alcançada às 2750 rpm e um binário máximo de 300 Nm às 1750 rpm, o Peugeot 308 SW equipado com este motor atinge os 203 Km/h, enquanto a aceleração dos 0 aos 100 km/h se faz em 10 segundos. De acordo com a marca, os ganhos de consumo em comparação com o motor 1.6 BlueHDi de 120 cv situam-se entre os 4 e os 6 por cento. Os resultados reais obtidos durante o teste corroboraram aquele intervalo. Embora a versão ensaiada do Peugeot 308 estivesse equipada e funcionasse bem com a nova caixa manual de 6 velocidades, ficámos curiosos para ver como é que este motor se comporta com a caixa automática. Deverá tornar-se, com certeza, mais económico e mais suave. Destaque ainda para o equipamento de série bastante completo do Peugeot que continua a apresentar um dos interiores mais agradáveis, graças a uma qualidade elevada e a um desenho muito suave. A quase totalidade dos comandos está no ecrã tátil do sistema de infoentretenimento que está agora mais completo e com novas aplicações. Com custos de utilização mais reduzidos, a versão mais barata do Peugeot 308 SW 1.5 BlueHDi custa 29 770 euros. /
ENSAIO
4 CIL.
12,5 S
3,3 L
84 G/KM
DIESEL
0-100 KM/H
100 KM
CLASSE B
85 CV
134,98 € IUC
FORD FIESTA 1.5 TDCI 85 CV ST-LINE
BAIXAS EMISSÕES A Ford reforçou a gama Fiesta com a introdução de uma opção diesel, de 1,5 litros e 85 cv, que oferece baixos custos de utilização e um equipamento completo na versão ST-Line TEXTO CARLOS MOURA PEDRO
pesar do aumento da pressão ambiental e política sobre o diesel, este tipo de motorização continua a ter expressão esmagadora no mercado de frotas em Portugal. Isso deve-se, não só a uma cultura diesel muito implementada nas empresas, mas também a outros fatores como os valores residuais mais elevados no final do contrato que se traduz em valores de renda mais competitivos face às alternativas com motores a gasolina. O Estado português, por sua vez, também dá a sua contribuição para esta cultura do diesel nas empresas, ao impedir a dedução do valor do IVA da gasolina,
A
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TURBO FROTAS FEVEREIRO 2018
permitindo que isso seja possível no gasóleo. Como as empresas se regem por critérios de racionalidade económica é natural que continuem a privilegiar a aquisição de veículos diesel para as suas frotas. E as marcas automóveis respondem a essa procura, continuando a disponibilizar soluções diesel de baixa cilindrada. A Ford, por exemplo, introduziu um novo motor a gasóleo de 1,5 litros com 85 cv na gama Fiesta, que veio complementar aoferta já existente de propulsores a gasolina 1.0 EcoBoost e 1.1 Ti-CVT. Fazendo uma análise económica comparativa entre a versão 1.0 Ecoboost 125 cv S/S Titannium (ensaiada na edição de outubro da
Turbo Frotas) e esta 1.5 TDCi 85 CV ST-Line, verificamos, com base nos dados disponibilizados pela consultora FleetData, que o custo total de propriedade do modelo a gasolina é de 19,10 euros por cada cem quilómetros percorridos, enquanto no diesel esse valor é de 21,77 euros. Além disso, o valor da renda em renting para quatro anos ou 80 mil quilómetros também é mais baixo na versão a gasolina – 406,82 euros – do que a sua congénere diesel que, para igual período, apresenta um valor de 424,80 euros. O preço de aquisição mais baixo da versão 1.0 EcoBoost 125 cv S/S Titannium – 21 712 euros na versão ensaiada, contra os 26 568 euros deste 1.5 TDCi 85 cv ST-Line (com
FORD FIESTA 1.5 TDCI 85 CV ST-LINE
TCO
FINANCIAMENTO
EQUIPAMENTO
RENDA - 424,08€ 4 anos/48 meses INCLUI: Manutenção / IPO, Linha de Apoio ao Cliente, IUC, Pneus (quatro), Seguro Manutenção, Danos Próprios com franquia de 4%. Contrato Ford Renting
Sensores de estacionamento traseiro; Faróis automáticos; Retrovisores elétricos; Jantes de liga leve de 17”; Suspensão desportiva; Ar condicionado; Sistema de áudio com ecrã tátil e Ford SYNC 3; Computador de bordo; Sistema keyless, Limitador de velocidade; Assistentes de arranque em subidas e manutenção em faixa; Controlo da pressão dos pneus; Kit reparação pneus
CUSTO TOTAL DE PROPRIEDADE
PVP VR DEP MAN € COMB. UTILIZ
22 070€ 9 462€ 11 565€ 2 000€ 3 848 € 17 412€ (21,77)
PVP – Preço de Venda ao Público. Não inclui negociação da marca / VR – Valor residual / DEP – Depreciação / MAN – Custos com manutenção programada (exclui pneus) / COM – Custos com combustível / UTILZ – Custo total de utilização para a totalidade do contrato (entre parêntesis, custo por 100 km). Todos os valores em Euros para a duração considerada (4 anos / 80 mil km)
TÉCNICA PREÇO 22 070 € (26 568 € unidade ensaiada) // MOTOR 4 CIL; 1499 CC; 85 CV; 3750 RPM // BINÁRIO 215 NM // TRANSMISSÃO 6 VEL Man // PESO 1191 kg // COMP./LARG./ALT. 4,06/1,94/1,78 M// DISTÂNCIA ENTRE EIXOS 3,00 M// MALA 303 L // DESEMPENHO 12,5 S 0-100 KM/H; 175 KM/H VEL MÁX // CONSUMO 3,3 (5,7*) L/100 KM // EMISSÕES CO2 84 G/KM // IUC 134,98 €
IMAGEM CONSUMOS
MOTOR OPÇÕES
*As nossas medições
opcionais) –, também explica esta diferença no valor da renda. Por outro lado, a versão a gasóleo tem uma depreciação de 45% no final de quatro anos, devendo valer 9 642 euros. No caso da versão a gasolina, a taxa de depreciação é de 42%, sendo o valor residual de 8 086 euros. Onde o Fiesta 1.5 TDCi de 85 cv também oferece alguma vantagem é no capítulo do consumo de combustível, com uma média anunciada de 3,9 l/100 km contra os 4,3 l/100 km do 1.0 EcoBoost 125 cv S/S Titannium, o que corresponde, em condições reais de utilização, a valores de 5,7 l/100 km e 6,3 l/100 km, respetivamente. No que se refere à utilização, o propulsor de três cilindros de 998 cc EcoBoost revelou-se suave
e elástico, designadamente a regimes intermédios, respondendo com rapidez às solicitações do acelerador, necessitando de 9,9 segundos entre os 0 e os 100 km/h. O mesmo não sucede no motor turbodiesel de 1 499 cc, que denotou alguma falta de disponibilidade de binário a baixos regimes, obrigando a um recurso mais frequente à excelente caixa manual de seis velocidades para manter um andamento constante. A potência máxima é alcançada às 3 750 rpm, enquanto o binário máximo de 215 Nm se encontra disponível entre as 1750 e as 2500 rpm. Para acelerar dos 0 aos 100 km/h são necessários 12,5 segundos. Além disso, este motor também apresenta as vibrações e
o ruído típico dos propulsores a gasóleo. Por outro lado, para empresas que tenham políticas de frotas mais eficientes em termos de baixas emissões, a versão diesel de 85 cv leva a melhor com um valor de 84 g/km contra os 98 g/km do 1.0 EcoBoost 125 cv. A mais recente geração do Fiesta é proposta em várias versões de equipamento e uma delas é a ST-Line, que se posiciona acima da Business e abaixo da Titannium. Toda a gama se distingue exteriormente pelo novo design que adota a linguagem estilísticas mais recente da marca, incluindo a grelha em forma hexagonal e os grupos óticos com assinatura LED. A versão ST-Line carateriza-se por oferecer uma ima-
FEVEREIRO 2018 TURBO FROTAS
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ENSAIO
FORD FIESTA 1.5 TDCI 85 CV ST-LINE
IMAGEM DESPORTIVA A versão ST-Line inclui elementos que transmitem uma imagem desportiva, incluindo jantes de liga leve, saias laterais ou spoiler traseiro (opção). O interior pode receber um ecrã tátil com sistema SYNC3 da Ford
gem ainda mais desportiva, com destaque para a grelha superior, pára-choques e saias laterais exclusivos, jantes de liga leve de 17 polegadas, luzes dinâmicas de curva e um spoiler traseiro. Passando ao habitáculo, destaque para a habitabilidade generosa, designadamente nos bancos traseiros e para os materiais de qualidade utilizados no interior. O tablier apresenta um desenho moderno e agradável, incluindo na parte superior da consola central um ecrã tátil “flutuante”, equipado com o sistema de conectividade da Ford Sync3. Para aceder a algumas das funcionalidades – rádio ou telefone do sistema – é possível recorrer aos comandos no volante. A versão ST-Line oferece ainda pedais desportivos em alumínio, punho da alavanca da caixa de velocidades, volante e travão de mão forrados em pele, bancos dianteiros em estilo desportivo com pespontos vermelhos e apoio lombar ajustável, forro do tejadilho. O equipamento de série compreende computador de bordo, sistema de entrada sem chave, botão de ignição Ford Power, direção assistida eletrónica, ar condicionado manual, sistema
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TURBO FROTAS FEVEREIRO 2018
auto-start-stop, computador de bordo, faróis automáticos, sensores de distância de estacionamento traseiros, espelhos retrovisores elétricos recolhíveis e aquecidos com indicadores de mudança de direção e capas na cor da carroçaria. APOIO À CONDUÇÃO A nova gama Fiesta conta com um elevado número de sistemas de apoio à condução e alguns deles estavam presentes na unidade ensaiada. O assistente de manutenção de faixa é de série, mas o controlo automático de velocidade adaptativo com assistência à pré-colisão com alerta de distância, sistema de deteção de ângulo morto e alerta de tráfego cruzado está integrado no Pack Tech 3, que é proposto por 737 euros. As luzes diurnas LED também são opção (305 euros), assim como o sistema de chave inteligente (152 euros), o Pack de Navegação Premium – que compreende o ar condicionado com comando eletrónico de temperatura, ecrã de oito polegadas, navegação e sistema de som B&O Play, disponível por 966 euros –, o
Pack Visibilidade (limpa pára-brisas automático e retrovisor interior eletrocromático - 102 euros) e o Pack Driver (sistema auxiliar de estacionamento traseiro, que inclui retrovisores exteriores aquecidos e recolhíveis e câmara de visão traseira – 457 euros). Para as empresas que continuam a privilegiar a motorização diesel, pelo baixo consumo de combustível e reduzidas emissões de dióxido de carbono, não obstante o custo total de utilização mais elevado do que a sua congénere a gasolina, a versão 1.5 TDCi de 85 cv do Fiesta é uma alternativa a levar em conta pelas empresas, até porque conseguem deduzir o IVA do gasóleo. Além disso, o valor residual continua a ser mais elevado. A versão ensaiada ST-Line diferencia-se pelo aspeto desportivo, por oferecer um equipamento mais completo, estando disponível a partir de 22 070 euros. Relativamente à versão de entrada, Business, com a mesma motorização, a diferença de preço é pouco superior a mil euros. Todavia, para aceder à unidade ensaiada, com todos os seus opcionais, o custo de aquisição eleva-se para os 26 658 euros. /
ENSAIO
ALFA ROMEO GIULIA 2.2 DIESEL (150 CV)
VALOR SEGURO Não temos dúvidas de que o Alfa Romeo Giulia vai ter uma valorização no mercado de usados superior à daqueles que são, para já, os modelos de referência. Além de belo e original, é um valor seguro TEXTO JÚLIO SANTOS
A
chegada do Alfa Romeo Giulia veio baralhar as contas no segmento dos familiares médios premium, até aqui dominado pela Audi, pela BMW e pela Mercedes. Mais do que recordar que nos anos 60 e 70 do século passado a Alfa Romeo possuía uma imagem desportiva e de prestígio semelhante àquela de que goza hoje a BMW, é importante ter em conta a ousadia e originalidade estilística que contrastam com a mono-
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TURBO FROTAS FEVEREIRO 2018
tonia e “déjà vue” das rivais alemãs. Elegância, raça e originalidade são, na verdade, características que marcam o primeiro olhar, onde sobressai, igualmente, a riqueza dos detalhes e o equilíbrio das proporções desta berlina de quatro portas. Algo que prossegue no interior onde o toque desportivo surge perfeitamente combinado com a decoração cuidada e com uma escolha de materiais em linha com a vocação premium. Em plano superior estão, também, os acaba-
mentos e a qualidade de construção que inspira confiança, pelo que a maior crítica vai para o espaço na traseira onde o túnel de transmissão quase inviabiliza a presença de um passageiro no lugar central. Do lado das aptidões familiar, se em termos de segurança, o Giulia conta com todos os dispositivos mais evoluídos, já a capacidade de bagagem (480 litros) responde a todas as necessidades mas, ocasionalmente, podem surgir alguns constrangimentos que não encontramos nas carroçarias de cinco portas.
ALFA ROMEO GIULIA 2.2 DIESEL (150 CV)
TCO
FINANCIAMENTO
EQUIPAMENTO
RENDA - 670,00€ 4 anos/ 80 000 km INCLUI: Manutenção, IUC, viatura de substituição, seguro com franquia de 4%, pneus (4). Preço inclui IVA à taxa legal de 23%
Ar condicionado auto, cruise control, revestimentos dos bancos em tecido, revestimento em couro do volante e tablier, ecrã central policromático, sistema DNA, sistema de navegação, ligação bluetooth para telemóvel; alerta presença de outro carro no ângulo morto; sistema travagem de emergência; jantes 17 polegadas; faróis xénon
CUSTO TOTAL DE PROPRIEDADE
PVP VR DEP MAN € COMB. UTILIZ
42 299€ 18 609€ 23 685€ 2160€ 4512€ 30 336€ (632€)
PVP – Preço de Venda ao Público. Não inclui negociação da marca / VR – Valor residual / DEP – Depreciação / MAN – Custos com manutenção programada (exclui pneus) / COM – Custos com combustível / UTILZ – Custo total de utilização para a totalidade do contrato (entre parêntesis, custo por 100 km). Todos os valores em Euros para a duração considerada (4 anos / 80 mil km)
TÉCNICA PREÇO 42 299 € // MOTOR 4 CIL.; 2143 CC 150CV // BINÁRIO 380 NM // TRANSMISSÃO 6 VEL MAN. // PESO 1374 KG // COMP./LARG./ALT 4,64/1,86/1,44 M // DISTÂNCIA ENTRE EIXOS 2,82 M // MALA 480 L // DESEMPENHO 8,4 S 0-100 KM/H; 220 KM/H VEL MAX // CONSUMO 4,2 l/100 KM // EMISSÕES CO2 109 G/KM // IUC 221,70 €
IMAGEM DINÂMICA
PREÇO ESPAÇO TRASEIRA
4 CIL.
8,4 S
4,2 L
109 G/KM
DIESEL
0-100 KM/H
100 KM
CLASSE C
150 CV
221,70 € IUC
Felizmente as aparências não iludem e o aspeto desportivo tem plena continuidade na posição de condução e no acerto dos principais órgãos mecânicos. A começar pela suspensão firme, sem nunca ser desconfortável, passando pela direção muito incisiva e muito precisa (a desafiar-nos a uma condução que honra a tradição Alfa Romeo) e a terminar no motor de quatro cilindros turbodiesel, de 2,2 litros de cilindrada, com 150 cv (estão disponíveis versões de 180 cv e 210 cv). Ao anunciar emissões de 109 g de CO2/km esta versão alcança um PVP em Portugal de 44 mil euros, pelo que se assume como ideal para as empresas. Tanto mais que aqueles valores correspondem a um consumo combinado de 4,2 litros aos 100 km, o que resulta em custos de utilização que estão a dos anunciados pelos rivais alemães, com a vantagem de uma dinâmica de condução apaixonante, graças à disponibilidade do motor e ao bom aproveitamento do binário (380 Nm) conseguido pela caixa manual de seis velocidades. Ainda assim, importa assinalar que nos regimes superiores, o brilhantismo desta versão fica algo aquém do
revelado pela motorização de 180 cv, que nos parece ser a mais equilibrada na gama. Claro que é fácil alcançar regimes de viagem elevados, mas não tardamos a perceber que as capacidades estão perto do limite. Do que não restam dúvidas é de que estamos perante um compromisso muito bom entre as aptidões dinâmicas e as capacidades mais valorizadas num modelo com fins empresariais. Desde logo, como dissemos, pela imagem e conteúdo no interior, mas também, porque este é um automóvel que tem tudo um caminho que irá fazer no plano da valorização enquanto usado. Prova disso mesmo é o atual valor residual (44%) que tenderá a aumentar. Também os custos de manutenção estão entre os mais baixos do segmento, o que resulta num TCO para 48 meses pouco acima dos 30 mil euros (30336€). Destaque, ainda, para a renda proposta pela Alfa Romeo para um contrato de renting com a duração de 48 meses/80 mil quilómetros (670 euros, com IVA), que reflete já a convicção da marca de que o valor residual do Giulia vai evoluir de forma favorável./
FEVEREIRO 2018 TURBO FROTAS
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ENSAIO
BMW 725D
QUANDO O INIMAGINÁVEL FAZ SENTIDO O BMW Série 7 passa a ter na gama uma versão equipada com o motor turbodiesel de quatro cilindros e 2,0 litros. Da mesma forma que uma baleia se alimenta de plâncton, é só mais uma demonstração de que o inimaginável pode fazer sentido TEXTO JÚLIO SANTOS
4 CIL.
6,9 S
4,4 L
122 G/KM
DIESEL
0-100 KM/H
100 KM
CLASSE C
231 CV
IUC € 255,71
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TURBO FROTAS FEVEREIRO 2018
P
ode até ser que os diesel tenham os dias contados o que, a acontecer, será, principalmente, por via da massiva lavagem cerebral a que assistimos por todo o mundo. É verdade que as motorizações a gasolina estão a evoluir muito depressa, que o prazer de condução já não é exclusivo dos V6 ou V8, mas é inquestionável que ao nível das cilindradas intermédias, os propulsores turbodiesel são… imbatíveis em termos de desempenho e economia. Por quanto tempo mais será assim? Por agora é! Não seria necessário dizer muito mais a respeito da colocação do bloco turbodiesel de quatro cilindros, com 2.0 litros, no sumptuoso BMW Série 7. Aquilo que há alguns anos atrás seria uma decisão arriscada (no mínimo), é agora uma opção plena de acerto. Nesta versão de 231 cv e 500 Nm de torque (a mesma utilizada nos Série 5 e Série 3) este motor não compromete aquilo que esperamos encontrar numa berlina topo de gama; ou antes, no mais luxuoso dos BMW (e que não é pouco). O funcionamento é suave e linear, no interior não nos damos conta do ruido ou de vibrações e o desempenho dinâmico está em linha com aquilo que é legítimo esperar: 245 km/h de velocidade máxima e 6,9 segundos para a aceleração de 0 a 100 km/h são valores que não envergonham este “navio-almirante” com quase 5,1 metros de comprimento e 1800 kg de peso. Mais, ainda, em viagem - a vocação do Série 7 – a caixa de velocidades automática de oito relações aproveita muito bem o elevado binário, permitindo manter cm facilidade ritmos bastante elevados, com consumos que controlamos abaixo dos 7.0 litros aos 100 km. Claro que o panorama altera-se quando pedimos acelerações mais vigorosas, acreditando que estamos ao volante do “tradicional” seis cilindros em linha de 3.0 litros com 265 cv. A diferença entre ambos ronda os 17 mil euros, pelo que a cada um caberá a resposta para a questão essencial: em termos de desempenho compensa?
A “pista” que deixamos é simples. Os opcionais necessários para “compor” qualquer uma das versões são, essencialmente, os mesmos. No caso da unidade que conduzimos o valor total em extras superava os 12 mil euros, o que atirava este 725d para a fasquia dos 116 mil euros (IVA incluído). Da lista faziam parte os lindíssimos e muito confortáveis bancos em couro (com massagem nos lugares posteriores), as jantes de 18 polegadas), os faróis ativos em LED, o hotspot wifi ou o Pack de serviços ConnectedDrive. O BMW 725d não é para todos, nem para todas as empresas. O preço-base (103 744 eu-
ros) diz-nos que é um carro que fica muito bem no lugar destinado ao diretor-geral e a penalização no valor residual (39%) espelha, também, o seu carácter exclusivo. Vale a pena destacar, pela positiva, os custos de manutenção em linha com os valores habituais neste tipo de automóveis (68 euros/ mês). O resultado é um TCO mensal de 1489 euros, para um contrato de 48 meses ou 80 mil quilómetros. O BMW 725d é um automóvel que roça a excelência, mesmo nesta versão de entrada na gama que bem pode ser uma solução inteligente para quem as performances não são a prioridade. /
BMW 725D
TCO
CUSTO TOTAL DE PROPRIEDADE
PVP VR DEP MAN € COMB. UTILIZ
103 744 € 40 459 € 63 285 € 3 264 € 4 896 € 71 472 € (1489)
FINANCIAMENTO
EQUIPAMENTO
RENDA - 1883 € 4 anos/ 80 000 km INCLUI: Manutenção, IUC, viatura de substituição, seguro com franquia de 4%, pneus (4). Preço inclui IVA à taxa legal de 23%
Revestimentos em couro (1559€), volante desportivo (160€); transmissão desportiva (300€), cortinas laterais (1412€), massagem bancos tras. (1140€), luzes adaptativas LED (1810€), assistente de condução (745€), conetividade e hopspot wifi (720€), pack serviços de conectividade (730€)
PVP – Preço de Venda ao Público. Não inclui negociação da marca / VR – Valor residual / DEP – Depreciação / MAN – Custos com manutenção programada (exclui pneus) / COM – Custos com combustível / UTILZ – Custo total de utilização para a totalidade do contrato (entre parêntesis, custo por 100 km). Todos os valores em Euros para a duração considerada (4 anos / 80 mil km)
TÉCNICA PREÇO 103 744 € // MOTOR 4 CIL.; 1995 CC 231 CV // BINÁRIO 500 NM // TRANSMISSÃO 8 VEL AUTO. // PESO 1800 KG // COMP./LARG./ALT 5,10/1,90/1,48 M // DISTÂNCIA ENTRE EIXOS 3,07 M // MALA 515 L // DESEMPENHO 6,9 S 0-100 KM/H; 245 KM/H VEL MAX // CONSUMO 4,4 l/100 KM // EMISSÕES CO2 122 G/KM // IUC 255,71 €
IMAGEM QUALIDADE
PREÇO LISTA OPCIONAIS
FEVEREIRO 2018 TURBO FROTAS
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ENSAIO
4 CIL.
8,9 S
5,7 L
130 G/KM
GASOLINA
0-100 KM/H
100 KM
CLASSE C
165 CV
168,98 € IUC
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TURBO FROTAS FEVEREIRO 2018
OPEL INSIGNIA GRAND SPORT 1.5 TURBO ECOTEC
UM VALOR GARANTIDO Numa altura em que o mercado está a fugir dos diesel, a versão 1.5 Turbo do Opel Insignia é uma proposta a ter em atenção. Garra não lhe falta! TEXTO MARCO ANTÓNIO
L
onge vão os tempos em que a diferença de consumo entre um motor diesel ou um a gasolina era relevante, considerando caraterísticas semelhantes. Bom exemplo disso é a nova versão do Opel Insignia Grand Sport equipada com o motor 1.5 Turbo de 165 cv. Esta opção, com apenas menos 5 cv que o motor 2.0 Turbo D de 170 cv, revelou ser uma alternativa a ter em conta, atendendo às variáveis económicas, com destaque para o consumo, custos de manutenção e o preço que é significativamente inferior, mesmo quando comparado com a versão 1.6 Turbo D de 136 cv! Ainda que as versões diesel do Insignia revelem níveis de conforto elevados graças ao bom isolamento acústico,
esta versão a gasolina goza de uma suavidade de funcionamento superior para prestações semelhantes, com destaque para as acelerações. Além desta versão a gasolina ser uma alternativa aos diesel, é também uma opção a considerar face a modelos “premium”. Pela qualidade superior desta segunda geração do Opel Insignia, mas também pelo leque alargado de tecnologias inteligentes, de que destacamos a mais recente geração de faróis de matriz de LED capaz de alcançar os 400 metros, ou o serviço de assistência OnStar. Entre outras ajudas, este sistema inclui agora reserva de hotéis ou a procura de espaços de estacionamento, ao mesmo tempo que faculta um hotspot wi-fi 4G para ligação até sete dispositivos à internet e um serviço de localização e bloqueio do veículo em situação de roubo.
OPEL INSIGNIA GRAND SPORT 1.5 TURBO ECOTEC
TCO
CUSTO TOTAL DE PROPRIEDADE
PVP VR DEP MAN € COMB. UTILIZ
28 730 € 13 503 € 15 227 € 1 848 € 6 945 € 24 019 € (30,02)
PVP – Preço de Venda ao Público. Não inclui negociação da marca / VR – Valor residual / DEP – Depreciação / MAN – Custos com manutenção programada (exclui pneus) / COM – Custos com combustível / UTILZ – Custo total de utilização para a totalidade do contrato (entre parêntesis, custo por 100 km). Todos os valores em Euros para a duração considerada (4 anos / 80 mil km)
FINANCIAMENTO
EQUIPAMENTO
RENDA - 565,00 € 4 anos/ 80 000 km INCLUI: Seguro danos e ocupantes, pneus, inspeção periódica obrigatória, viatura de substituição imposto único de circulação, linha de apoio e assistência em viagem. Valor inclui IVA.
ESP Plus; Assistência ao arranque em subida; Travão elétrico; Cruise Control; OnStar; Opel Eye; Sensor de chuva; Monitorização da pressão dos pneus; Rádio IntelliLink; USB; Apple CarPlay e Android Auto; Painel digital; Sensores de estacionamento; Câmara traseira; Pack Visibilidade; Pack acustica
TÉCNICA PREÇO 34 380€ // MOTOR 4 CIL; 1490 CC; 165 CV// BINÁRIO 250 NM // TRANSMISSÃO 6 VEL man // PESO 1487 kg // COMP./LARG./ALT 4,89/1,86/1,45 M // DISTÂNCIA ENTRE EIXOS 2,82 M // MALA 490 L // DESEMPENHO 8,9 S 0-100 km/h; 225 km/h VEL MAX // CONSUMO 5,7 (6,7*) L/100 KM // EMISSÕES CO2 130 G/KM *As nossas medições
CUSTOS DE UTILIZAÇÃO/MOTOR/ PRESTAÇÕES MALA/VISIBILIDADE TRASEIRA
Esta ajuda, que nenhum concorrente oferece, é bastante útil e fácil de usar, bastando para isso carregar num botão e aguardar que alguém – sentado num “call center” algures no Mundo… – nos responda na nossa língua para passados, alguns segundos, transferir automaticamente as coordenadas para o sistema de navegação. Em caso de acidente, o sistema atua de forma célere, localizando o carro de forma para acelerar a prestação de auxílio. Na área do conforto gostámos particularmente do desempenho do sistema de controlo adaptativo do Chassis FlexRide que recebeu novos parâmetros que conciliam melhor o conforto com um comportamento dinâmico mais competente. Em resumo, o Opel Insignia Grand Sport nada fica a dever às marcas “premium”, em relação às quais tem melhor relação preço/ equipamento, além de custos de manutenção comedidos. Dos equipamentos oferecidos destacamos o head-up display, o programador de velocidade adaptativo e a manutenção na faixa de rodagem com correção automática de direção. Ajudas que podem ser complementadas por outros conteúdos igualmente relevantes como a câmara de 360º, a câmara traseira, o alerta de tráfego em aproximação, o advanced park assist, o alerta de ângulo cego lateral, a indicação de distância ao veículo da frente, o alerta de colisão eminente e, por fim, o reconhecimento de sinais de trânsito. Alguns destes equipamentos são uma estreia no Insignia e alguns deles trabalham com base no radar e na câmara dianteira. Não exageramos se dissermos que este é o melhor Opel de todos os tempos, pelo que acreditamos que o novo Insignia dará sequência à tradição topo de gama da marca alemã. Esta versão a gasolina tem, ao mesmo tempo, a capacidade de atrair empresas que veem nesta oportunidade a possibilidade de valorizar as suas frotas e de contornarem a questão da tributação autónoma. Os custos de utilização (TCO) são, neste caso, baixíssimos, na ordem dos 30 euros por 100 quilómetros, valor que tem em consideração todas as variáveis económicas já mencionadas. /
FEVEREIRO 2018 TURBO FROTAS
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CLIENTE
GRUPO ÁGUAS DE PORTUGAL
DAVID BARRANQUEIRO – DIRETOR DE COMPRAS E LOGÍSTICA
“INVESTIMOS EM SOLUÇÃO DE MOBILIDADE” Com o objetivo de renovar a sua frota operacional e reduzir custos de operação, o Grupo Águas de Portugal introduziu 127 novas viaturas elétricas de passageiros e mercadorias TEXTO CARLOS MOURA PEDRO FOTOS JOSÉ BISPO
O
Grupo Águas de Portugal ad- Naturalmente que a racionalidade económica quiriu 127 veículos elétricos também é um importante pilar de uma ativiRenault para renovar a frota dade sustentável e esse foi o outro motor para a operacional, 76 de passageiros nossa decisão. Finalmente, procurámos, com a e 51 de mercadorias, dos mode- renovação da frota, garantir as melhores condilos Zoe e Kangoo Z.E.. Com este investimento ções de segurança para o desenvolvimento das pretende substituir viaturas com mais de oito nossas atividades e dos nossos trabalhadores. anos de idade média e elevada quilometragem As 127 viaturas elétricas contratadas vieram por outras mais eficientes e menores custos de substituir viaturas operacionais com motores exploração. De acordo com David Barranqueiro, térmicos de combustão que já integravam a frodiretor de compras e logística do Grupo Águas ta do grupo com idades que atingiam, no limite, de Portugal, o objetivo foi apostar em “soluções 18,7 anos de idade, sendo a média da frota de 8,5 de mobilidade”, com impactos anos. Algumas dessas unidades positivos a nível económico, substituídas já acumulavam 348 ambiental e energético. mil quilómetros, contribuindo “EM COMPARAÇÃO O investimento na renovação da concomitantemente para elevaCOM AS VIATURAS frota com veículos elétricos foi dos encargos operacionais, quer TÉRMICAS, apoiado pelo Fundo Ambiental, relativos a consumo de comOS ENCARGOS ao abrigo da Estratégia Nacional bustíveis, quer a encargos de COM ENERGIA para a Mobilidade Elétrica. manutenção na frota própria. A ELÉTRICA Esta substituição de viaturas substituição de viaturas moviREPRESENTARÃO de combustão por elétricas é das a combustíveis fósseis por UMA POUPANÇA uma das medidas contempladas viaturas elétricas foi identificaNA ORDEM DOS 75%” no PEPE – Plano de Eficiência de da como economicamente vanEnergia Elétrica 2020 do Grupo tajosa desde que acompanhadas Águas de Portugal, apresentado por estratégias para mitigar as em maio do ano passado. Esta principais barreiras da respeaquisição insere-se no objetivo estratégico de tiva tecnologia, nomeadamente o custo inicial substituição de equipamentos existentes por mais elevado, a desvalorização das viaturas, a outros mais eficientes. autonomia, o tempo de carregamento das baterias, o custo marginal da energia elétrica e o O Grupo Águas de Portugal renovou a frota comportamento dos condutores. operacional com 127 novos veículos elétricos. Como se desenrolou o processo de renovação? O que levou a empresa a tomar essa decisão? O Grupo Águas de Portugal opera na área do am- Este processo desenvolveu-se através de um biente, pelo que a opção por soluções amigas do concurso público, com publicidade internacioambiente está sempre presente na sua atuação. nal, sob a égide dos princípios da igualdade, da
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TURBO FROTAS FEVEREIRO 2018
FEVEREIRO 2018 TURBO FROTAS
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CLIENTE
GRUPO ÁGUAS DE PORTUGAL
concorrência e da transparência, beneficiando o Grupo Águas de Portugal com a escala ao agregar todas as empresas. Ao contratarmos as unidades em conjunto conseguimos melhores condições do que cada empresa individualmente. O Grupo Águas de Portugal optou pela aquisição direta dos veículos ou pelo recurso a empresas especializadas em gestão de frotas? O modelo preconizado para a contratação das viaturas foi o recurso ao aluguer operacional, competindo às locadoras, a quem foram adjudicados os contratos, administrar o risco de desvalorização e consequente incerteza quanto aos respetivos valores residuais, o qual é mais acentuado nas viaturas elétricas, pois estas tecnologias ainda não estão maduras no mercado. Por consequência, estão mais expostas ao “devir” tecnológico. Além disso, há que ter em conta os encargos com as baterias. Para a integração destas viaturas no contexto operacional da empresa foram, desde logo, envolvidos todos os gestores de frota para se determinar quais as rotas que eram compatíveis com as soluções de mobilidade e as limitações de autonomia das viaturas a contratar. Simultaneamente foi agilizada a aquisição de 111 postos de carregamento para as nossas instalações, tirando partido dos tempos de imobilização das viaturas, pressupondo a maximização da sua utilidade e disponibilidade das viaturas. A integração dos postos de carregamento, de forma criteriosa, nas nossas infraestruturas permite explorar a vantagem comparativa que decorre de termos tarifas de energia elétrica mais reduzidas relativamente aos referenciais do mercado doméstico. Será de referir que o Grupo Águas de Portugal promove concursos periódicos para a contratação de energia elétrica em grande escala, na ordem de 690 gWh por ano, sendo um dos maiores consumidores nacionais. Acresce ainda que a oportunidade de explorarmos esta integração em instalações a níveis de tensão mais elevados (consequentemente menos onerosos em termos de tarifas de acesso às redes) também atua como meio para aumentar a vantagem comparativa que temos, face ao mercado doméstico. Para maximizar o interesse económico deste investimento é fundamental envolvermos os utilizadores das viaturas elétricas, dado que os aspetos comportamentais são fatores chave de sucesso, tirando partido das caraterísticas destas viaturas, aliadas a estratégias de condução mais eficientes, fundamentalmente no que se refere à travagem regenerativa. Outro objetivo passa pelo incentivo do uso partilhado das viaturas e o respetivo carregamento em períodos de fornecimento de energia elétrica menos onerosos (vazio e super-vazio). Que necessidades específicas levam as vossas empresas a dispor de uma frota? O Grupo Águas de Portugal é constituído por 12 empresas operacionais, distribuídas de norte ao
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TURBO FROTAS FEVEREIRO 2018
“A OPÇÃO PREDOMINANTE NO GRUPO ÁGUAS DE PORTUGAL É O RECURSO À CONTRATAÇÃO EM REGIME DE ALUGUER OPERACIONAL DE VIATURAS, TRANSFERINDO-SE O RISCO E ENCARGOS DE MANUTENÇÃO PARA OPERADORES ECONÓMICOS ESPECIALIZADOS”
sul do País, com pólos operacionais de abastecimento e saneamento, e considerável dispersão geográfica. Só por si isto consubstancia uma elevada necessidade de frequentes deslocações de serviço: técnicos, operadores, pessoal de manutenção e reparação, e piquetes. A frota é colocada ao serviço das atividades de exploração e manutenção de 6 670 infraestruturas, dispersas por todo o território nacional, envolvendo tarefas como a captação, produção, distribuição e tratamento da água para consumo humano, além do tratamento de efluentes que obrigam a uma organização do trabalho, com recurso a deslocações e mobilidade de meios, máquinas, ferramentas, geradores portáteis, entre outros. O Grupo Águas de Portugal também gere uma rede com 26 543 quilómetros de condutas. Por isso, foi de grande relevância a mitigação de algumas barreiras da respetiva tecnologia, nomeadamente no que se refere à autonomia e tempo de carregamento das baterias para se conseguir conciliar as caraterísticas das viaturas elétricas e as necessidades operacionais. Relativamente à nova frota, quais foram as versões do ZOE e do Kangoo ZE introduzidas na frota? Demos oportunidade ao mercado de responder a um caderno de encargos que correspondesse às nossas necessidades operacionais. Nesse âmbito acabámos por proceder à contratação do Renault ZOE equipado com a bateria de 40 kWh e do Kangoo ZE com a de 33 kWh. A contratação foi adjudicada a mais do que uma locadora? Na preparação do procedimento pré-contratual tivemos – e temos – a preocupação de garantir que o universo concorrencial é o mais amplo possível. Nesse sentido criámos lotes. No caso em concreto houve duas gestoras de frotas que concorreram e os contratos foram outorgados a esses operadores económicos: Finlog e LeasePlan. Quais as vantagens da frota elétrica em termos económicos e ambientais para o Grupo Águas de Portugal? A introdução de veículos elétricos na nossa frota permite evitar o consumo de aproximadamente 650 mil litros de combustíveis fósseis no período de quatro anos, assim como reduzir as emissões de gases com efeito de estufa num quanti-
650 MIL 25 MIL LITROS DE COMBUSTÍVEL POUPADOS
KM/ANO CONTRATADOS PARA CADA VEÍCULO
tativo superior às 500 toneladas equivalentes. Comparativamente às viaturas térmicas, os encargos com energia elétrica representarão uma poupança na ordem dos 75%. Este valor poderá atingir os 85%, caso se consiga explorar de melhor forma os encargos nos períodos tarifários vazios. Além dos benefícios diretos não podemos ser alheios às fortes implicações ambientais por via das externalidades positivas introduzidas, denotando o equilíbrio racionalidade económica e ambiental. Esta introdução também se integra num quadro de transparência e responsabilidade partilhada em linha com as políticas seguidas pelo Governo, salvaguardando a flexibilidade e a operacionalidade do serviço da frota para a prestação do serviço público, fomentando a criação de valor para sociedade por intermédio de práticas ambientais mais sustentáveis e alicerçadas, por sua vez, na alteração de comportamentos individuais e coletivos, disseminadores de boas práticas ambientais e estimulando a sua maturidade e afirmação. Tendo em conta que o impacto ambiental desta medida será tanto maior quanto menor for a taxa de carbono de geração da energia marginal para alimentar as viaturas, destacamos que o Grupo Águas de Portugal aprovou uma estratégia de sustentabilidade que inclui o conjunto de organizações internas que o integram. Nesse sentido desenvolveu um plano de eficiência e produção de energia – PEPE – para o período de 2017 a 2020. O objetivo consiste na redução dos gases com efeito de estufa, pela procura da eficiência energética nas suas atividades, seja pelo aumento de produção de energia para autoconsumo. Um dos objetivos traçados para 2020 será atingirmos uma produção de 50 gWh por ano com base em fontes de energia renovável.
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CLIENTE
GRUPO ÁGUAS DE PORTUGAL a quilometragem percorrida e contratada que, em regra, dão lugar a penalizações pecuniárias. Qual é o tempo médio de permanência dos veículos na frota? Entre 48 a 60 meses, dependendo da maturidade dos contratos. Tudo depende de como o mercado valoriza o período adicional nos residuais. Há viaturas em que não há grande vantagem em estender o contrato de quatro para cinco anos. Cada caso é um caso e tem de ser analisado no contexto do mercado.
“AS 127 VIATURAS ELÉTRICAS CONTRATADAS VIERAM SUBSTITUIR VIATURAS OPERACIONAIS COM MOTORES TÉRMICOS DE COMBUSTÃO QUE JÁ INTEGRAVAM A FROTA DO GRUPO COM IDADES QUE ATINGIAM, NO LIMITE, 18,7 ANOS DE IDADE”
Como é feita a gestão de frota da Águas de Portugal? Quais os critérios que levam a essa opção? Já tiveram outro modelo? A opção predominante no Grupo Águas de Portugal é o recurso à contratação em regime de aluguer operacional de viaturas, transferindo-se o risco e encargos de manutenção para operadores económicos especializados, que os administram de forma eficiente, incluindo os serviços de manutenção das viaturas, a gestão da manutenção, substituição de pneus. Cada uma das empresas operacionais do Grupo Águas de Portugal tem o seu gestor de frota que analisa criteriosamente os parâmetros dos respetivos contratos – exploração, quilometragem contratada, penalizações pecuniárias – exercendo as opções à sua disposição, para os maximizar. O Grupo Águas de Portugal já teve outro modelo anteriormente? Descontinuámos o modelo anterior de aquisição direta porque exigia muitos recursos da nossa parte e era menos flexível. Além disso, tínhamos dificuldades em garantir a venda das viaturas. Provavelmente, o mercado pode ter progredido, mas isso implicava incorporarmos uma função que é efetuada de forma eficiente pelas gestoras de frotas. Seria necessário estar atento ao mercado para perceber se seria vantajoso adotar outro modelo, mas neste momento isso implicaria um custo de entrada muito elevado da nossa parte. Como é constituída a vossa frota? Quantos veículos? Qual a percentagem por segmentos? A frota do Grupo Águas de Portugal é constituída por 1 400 viaturas de serviço, com cara-
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TURBO FROTAS FEVEREIRO 2018
terísticas técnicas e funcionais adequadas às respetivas necessidades operacionais, englobando veículos destinados ao transporte de passageiros e de mercadorias. As viaturas estão adaptadas às exigências do meio onde circulam. Por exemplo, temos algumas pick-up 4x4 e outras com transformações específicas para garantir a respetiva funcionalidade: arcas frigoríficas, gruas. Neste tipo de circunstâncias não recorremos ao aluguer operacional porque as transformações não acrescentam valor aos residuais porque o mercado não está disposto a pagar mais por isso. Nesses casos optamos pela aquisição direta. Quais os critérios mais relevantes na renovação da frota? Para a contratação das viaturas são realizados procedimentos pré-contratuais que respeitam as regras de contratação pública. Nos critérios de adjudicação privilegiamos o valor económico nos contratos a celebrar, levando em consideração os respetivos custos de exploração, incluindo aqueles que decorrem do consumo de energia, das emissões de dióxido de carbono e de poluentes, incentivando os operadores económicos a serem mais eficientes também no contexto energético e ambiental. Em média, qual é a quilometragem anual das viaturas? A média anual contratada é de 25 mil quilómetros. Caso se verifiquem desvios, aquando da execução dos contratos, compete a cada um dos nossos gestores de frota zelar pela reafetação das viaturas, por forma a minimizar desvios entre
A autonomia dos novos veículos elétricos é suficiente para garantir a operacionalidade das empresas do Grupo Águas de Portugal? Tratam-se de veículos que conseguem percorrer mais de 200 quilómetros entre carregamentos… A introdução destas viaturas na nossa frota obrigou a olhar para elas como uma solução de mobilidade. Tentámos que as viaturas, no seu conjunto, tendo em conta o seu tempo de imobilização para carregamento e a incorporação de postos de carregamento mais rápidos nas nossas instalações, permitissem satisfazer as necessidades operacionais. Se me perguntar se todos os veículos da frota poderiam ser elétricos, a resposta é negativa. Existem situações limite em que tal não é possível, como por exemplo, não conseguir antecipar o trajeto a percorrer numa área geográfica muito grande e não ser possível fazer o carregamento das baterias. É preferível incorporar as viaturas em rotinas que tenham previsibilidade. Que investimentos foram efetuados na infraestrutura de carregamento? Procurámos identificar as instalações de utilização de energia elétrica, alimentadas pela rede pública, que permita quer o carregamento simultâneo de mais viaturas quer com menor custo unitário por kWh. A estratégia foi perceber quais as instalações que, além das questões operacionais, eram alimentadas em níveis de tensão mais elevadas, apresentando um peso inferior nas tarifas de acesso às redes, e tinham capacidade para abastecer todas as viaturas em simultâneo e em períodos menos onerosos. A outra variável era saber se haveria a possibilidade de recorrer a energias alternativas, uma vez que algumas das nossas instalações também produzem energia a partir de painéis solares. Que tipo de carregadores foram instalados? No total foram instalados 111 postos de carregamento com 137 pontos de carregamento, incluindo 37 lentos com 7,4 kW, 94 semirrápidos com 22 kW e seis rápidos com 43 kW. Os pontos de carregamento lento são para aquelas situações em que podemos admitir maiores tempos de imobilização das viaturas. Os postos mais rápidos permitem fazer o carregamento da quase totalidade na bateria num período de tempo mais curto. /
EM MOVIMENTO
NOTÍCIAS
FORTE PESO DAS EMPRESAS
MERCEDES BATE RECORDES A Mercedes manteve, em 2017, a liderança mundial entre as marcas premium. Em Portugal, a marca assumiu a quarta posição no ranking de vendas (inédito a nível mundial) com uma quota de mercado de 7,3%.
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organização Mercedes-Benz vendeu em Portugal quase 20 mil unidades, em 2017, entre ligeiros de passageiros (16 273 unidades), comerciais ligeiros e pesados e smart (3126 unidades). Para a marca Mercedes este foi o melhor ano de sempre em Portugal, alcançando a quarta posição no ranking nacional, com uma quota de 7,3%, uma das maiores a nível europeu. As vendas às empresas “pesaram” 52%, uma percentagem que se manteve estável face ao ano anterior, com uma presença muito forte junto das chamadas grandes frotas. Entre os bons desempenhos de 2017, destaque para a Classe C, especial, para o GLC, que superou o Classe A, em fase de substituição pelo novo modelo que chega a Portugal em Maio. De registar, também, o peso crescente dos
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modelos mais tecnológicos, comos os híbridos Plug-in, cujas vendas aumentaram quase 90%. A oferta será alargada este ano com a chegada de motorizações diesel com motor elétrico auxiliar, primeiro para o Classe E e, de seguida, para o Classe C, segundo anunciou Nuno Mendonça, diretor de Vendas da marca. Este ano será, aliás, marcado por uma forte ofensiva de produto por parte da Mercedes. Já em fevereiro o Classe E passa a dispor de uma versão 300 d que tem por base o motor de quatro cilindros turbodiesel mas a potência vai evoluir dos atuais 194 cv para 245 cv. Para o final do ano está previsto o lançamento de uma versão híbrida Plug-in deste motor, com 316 CV e níveis de emissões de CO2 abaixo das 70g, o que permitirá um preço muito competitivo para as vendas a frotas. O momento mais alto da marca está previsto
para maio, com a chegada do totalmente novo Classe A, que vai estrear um motor de 1,5 litros turbodiesel, com 116 cv a que se junta um bloco a gasolina de 1.4 litros Turbo (163 cv). No final do ano surgirá a versão híbrida Plug-in, com 240 cv de potência e níveis de emissões inferiores a 50 g CO2. Na mesma altura surgirá, também, um Classe A limousine (três volumes de quatro portas), para as vendas a frotas. Antes, em outubro deve ser lançado um novo Coupé de cinco portas que se posiciona entre os Classe C e Classe E. Mas 2018 é para a Mercedes o ano de preparação para a chegada da nova marca EQ, exclusivamente focado nos veículos elétricos. O primeiro modelo será o EQC, em 2019, um SUV “inspirado” no GLC que promete uma autonomia de 430 km. Um ano mais tarde chega o EQA, um compacto das dimensões do Classe A e do
DESEJADO Contribuindo de maneira determinante para o sucesso da Mercedes em Portugal, o GLC figurou, em 2017, no top dos SUV mais desejados. A ele se deve, também, o facto de a Classe C ter ultrapassado em vendas a Classe A
UNILEVER
PARCERIA COM O VW BANK Unilever estabeleceu uma parceria com a Volkswagen Services para a renovação da sua frota e a proA Financial moção de uma gestão mais eficiente dos seus veículos. O acordo prevê o fornecimento de mais de 200 novos veículos. “Esta parceria é uma manifestação de confiança nas competências do Volkswagen Financial Services na gestão de frotas, que tem por base uma equipa capaz de prestar um serviço diferenciador aos clientes”, afirma Nelson Lopes, Head of Business Line Fleet do Volkswagen Financial Services. “A frota da Unilever será reforçada com veículos da Seat, o que vem potenciar ainda mais a nossa proposta de valor”. Por sua vez, o responsável pela frota da Unilever Jerónimo Martins, Baião Paulo, acrescenta que o grupo está empenhado na sustentabilidade e competitividade das suas atividades. “Confiámos a gestão de uma parte importante da nossa frota ao Volkswagen Financial Services, que se afigurou como um parceiro ideal neste momento para a renovação do parque automóvel”.
FORD
MONDEO SW PARA INEM
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Ford Lusitana e o FordStore Hermotor entregaram 22 unidades do Mondeo SW 2.0 TDCi 150 PowerShift ao Instituto Nacional de Emergência Médica. Os veículos estarão baseados em unidades hospitalares de todo o país e destinam-se a renovar o parque de viaturas de intervenção pré-hospitalar utilizadas no transporte rápido de uma equipa médica ao local onde se encontra o doente. Os veículos foram transformados pela empresa especializada Futurvida, dotando-os com todas as alterações e equipamentos relevantes para o desempenho da sua função. Exteriormente receberam a caracterização específica das VMER. EQB, com dimensões um pouco maiores para oferecer sete lugares no interior. Já a smart vendeu em Portugal 3126 automóveis, com uma quota de mercado de 1,4%, a maior em todo o Mundo. O fortwo assegurou 53% das vendas (10% dos quais foram cabrios), enquanto o forfour garantiu 47% do total dos modelos comercializados. Significativo é o facto de a versão elétrica, que apenas chegou ao mercado em setembro, ter garantido já 3% das vendas totais (137 unidades). Bernardo Villa, diretor de vendas e marketing da smart, destaca esta excelente performance da versão elétrica, “ que só não foi ainda melhor porque o lançamento ocorreu numa altura em que já não estavam disponíveis os incentivos governamentais à venda de veículos elétricos”, uma situação que, em sua opinião deve merecer uma maior atenção por parte do governo. /
ALD AUTOMOTIVE
ACORDO COM MICROSOFT
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A ALD Automotive e a Microsoft estão a desenvolver em conjunto uma plataforma dedicada de mobilidade inteligente, para soluções sustentáveis, digitais e integradas. A parceria possibilitará o reforço do posicionamento da ALD Automotive na disponibilização de novas soluções de mobilidade para os seus clientes e colaboradores, acompanhando as mudanças no estilo de vida, o progresso tecnológico, as restrições ambientais e a crescente urbanização que estão a provocar alterações disruptivas. Com o suporte da Microsoft, a ALD Automotive vai conceber e desenvolver soluções de forma a fornecer pacotes de serviços de mobilidade inteligente.
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EM MOVIMENTO
NOTÍCIAS
ESTRATÉGIA PASSA PELA APOSTA NAS FROTAS
SIVA FOCADA NA RENTABILIDADE
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m 2017 as vendas de ligeiros de passageiros aproximaram-se dos volumes anteriores à crise (222 mil unidades) mas todos estão de acordo que o mercado foi menos interessante do ponto de vista da rentabilidade. Basta dizer, por exemplo, que as vendas a clientes particulares já não representam mais do que 30%, enquanto o rent-a-car alcança já uma “fatia” próxima dos 25%. Neste contexto, as marcas redefinem estratégias. Foi o que fez a SIVA, distribuidora das marcas Audi, Bentley, Lamborghini, Skoda, Volkswagen e Volkswagen Veículos Comerciais. No total, a empresa vendeu 30 mil unidades, mais do que no ano anterior, mas a quota de mercado de todas as marcas decresceu. “Preferimos vender menos ao rent-a-car e concentrar-nos nos canais de maior rentabilidade” – explica Pedro de Almeida, administrador executivo da SIVA. Por essa razão, a empresa continua a ter uma presença muito forte nas vendas às frotas, cujo mercado total superou as 100 mil unidades Para este ano, as marcas têm como aliado um ambicioso calendário de lançamento de novos modelos. No caso da Volkswagen, no primeiro trimestre chegam ao novo Polo as motorizações diesel (TDI) que logo a seguir estarão, também, no novo T-Roc. Já a Audi recebe agora o topo de gama A8, a que se juntará o novo A7; de início apenas com o motor de 3.0 litros (turbodiesel) para no final do
MELHOR ANO DE SEMPRE DA KIA A Kia registou, no ano passado, o melhor resultado de sempre em Portugal, com 5 489 unidades comercializadas. Face a 2016, o crescimento foi de 13,3%, isto é, quase o dobro da subida do mercado
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ano passar a contar como um quatro cilindros de 2.0 litros (204 CV). Para a marca dos anéis, o primeiro semestre encerra a renovação no topo da gama, com a chegada do novo A6, primeiro na versão limousine, a que se juntará a Avant, em setembro. Antes, a abrir o segundo semestre, será lançado um novo SUV coupé, o Q8, uma novidade absoluta na marca. Tal como uma nova proposta designada e-tron quattro que chega em novembro que representa a estreia da Audi no segmento da propulsão 100% elétrica, anunciando-se uma autonomia
nacional de ligeiros de passageiros, que se situou nos 7,1%. A Kia conseguiu também reforçar a sua taxa de penetração do mercado português, passando de 2,3% para 2,5%. O segmento de frotas, nomeadamente empresarial, contribuiu decisivamente para esta evolução da Kia, representando este canal 37% das vendas. Aquela é uma aposta estratégia da marca, iniciada há dois anos pela Kia Portugal, que começa a consolidar-se.
de 500 km. A fechar 2018 será lançado o novo A1, apenas com motores a gasolina. Quanto à Skoda, prepara-se para lançar algumas versões especiais da gama conhecida, para no segundo trimestre ter o seu principal momento, com a chegada do Karoq, o SUV compacto em que a marca checa aposta para consolidar o sucesso do Kodiaq. Entre as marcas ainda mais elitistas, Bentley e Lamborghini, depois de um ano de forte crescimento, 2018 promete bater todos os recordes. Na Bentley a renovação do Continental GT será
NISSAN LEAF ATINGE 300 MIL UNIDADES Desde o seu lançamento, em 2010, a Nissan já vendeu 300 mil unidades do Leaf em todo o mundo. No total, esses automóveis já percorreram mais de três mil milhões de quilómetros, o que corresponde a distância de ida e volta entre a Terra e Saturno. Além disso, evitou emissões de meio milhão de toneladas de dióxido de carbono para a atmosfera. A segunda geração do Leaf foi
lançada no mês de setembro no Japão, iniciando-se as entregas nos Estados Unidos e no Canadá em janeiro, e na Europa em fevereiro. O novo Leaf, que estreia as tecnologias e-Pedal, ProPilot e ProPilot Park, conta já com doze mil encomendas no Velho Continente.
ITALGAS
TODA A FROTA A GÁS NATURAL RENT-A-CAR... Q.B. O mercado de rent-a-car já representa quase 25%, uma evolução que surpreendeu muitas marcas. Foi o caso da VW que, em 2017, vendeu menos a este canal, preferindo concentrar-se naqueles que geram maior rentabilidade
determinante, tal como a chegada do motor V6 Hybrid ao SUV Bentayga. Já na Lamborghini o ano vai escrever-se com quatro letras: Urus. O novo SUV da marca italiana está a ser uma (boa) dor de cabeça, com todos os mercados a disputarem arduamente as poucas unidades disponíveis. Portugal teve que se contentar com nove unidades… que estão todas vendas, com um preço médio de 300 mil euros. “Confiança no futuro, resultado do trabalho que estamos a realizar” é a principal mensagem do Administrador da Siva, Pedro de Almeida. /
OPEL PREMIADA PELA CONETIVIDADE A Opel foi distinguida pela forte aposta que vem fazendo, há já alguns anos, na conetividade e nos sistemas de informação e entretenimento, tanto nos seus automóveis de passageiros como nos seus veículos comerciais. Os contemplados foram a mais recente geração do Opel Insignia (“Connected Car”), pela conectividade topo de gama e pelo sistema
de infoentretenimento, e o Opel Vívaro Life (“Connected Campervan”), pelo sistema Navi 80, com informações de tráfego em tempo real. Dois títulos que valeram à Opel vitórias nos prémios «Connected Cars 2017» das revistas alemãs «Auto Bild» e «Computer Bild».
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totalidade da frota da empresa Italgas foi renovada com veículos movidos a gás natural, da Fiat Chrysler Automobiles Para a Italgas, o mais importante operador de distribuição de gás natural em Itália e o terceiro maior da Europa, este investimento constitui um passo importante para a redução das emissões nocivas. A cerimónia de apresentação das primeiras unidades realizou-se nas instalações históricas da Italgas, situadas em Turim. Na ocasião, Alfredo Altavilla (CEO para a região Europa e Médio Oriente da Fiat Chrysler Automobiles) e Giacomo Carelli (CEO do FCA Bank e da gestora de frotas Leasys) entregaram simbolicamente as chaves dos veículos a Paolo Gallo (CEO da Italgas) e a Paolo Bachetta (CEO da Italgas Reti). A conversão de toda a frota da empresa para gás metano, que é a primeira em Itália a utilizar exclusivamente este combustível, constitui uma das medidas previstas no Plano Industrial da Italgas para o período compreendido entre 2017 e 2023, o qual também inclui a construção de 120 bombas de abastecimento de gás em 40 áreas técnicas onde tal é possível. Atualmente, a frota do Grupo Italgas é constituída por 2 500 veículos e nos próximos meses vai ser substituída pelos mais recentes modelos “natural AMBIENTE Toda a frota da Italgas é agora movida a gás natural. Um investimento que espelha as preocupações da empresa com o ambiente
power” da Fiat Chrysler Automobiles: Panda, Panda Van, Fiorino, 500L, Doblò, Qubo e Ducato. Os motores daquelas versões são alimentados por gás metano e cumprem os requisitos que a Italgas considera serem a chave do seu desenvolvimento de uma atividade sustentável e eficiente. Atualmente, a utilização de gás natural (metano) nos transportes é apontada como uma opção inteligente e sustentável a nível ambiental. Trata-se de um combustível ecológico, prático e económico. O seu uso permite uma redução de até 43% (misturado com biometano, na ótica do poço à roda) de dióxido de carbono e até 94-95% de óxidos de azoto (NOx) e de partículas finas. A Fiat Chrysler Automobiles tem vindo a desenvolver e comercializar veículos movidos a gás natural comprimido (metano), denominados Natural Power, desde a década de ’90 do século passado. O fabricante transalpino foi um dos primeiros a acreditar e a investir neste tipo de tecnologia para veículos automóveis. Atualmente, é um dos líderes do mercado europeu, detendo uma taxa de penetração de 45%. O grupo italiano já vendeu mais de 740 mil automóveis e comerciais ligeiros desde 1997; o Panda Natural Power é o modelo movido a metano mais popular de sempre. A Leasys confirma o seu papel na gestão de frotas empresariais e no setor do renting durante esta parceria com a Italgas. A empresa do FCA Bank responde às necessidades de todos os tipos de clientes (com diferentes caraterísticas) com soluções flexíveis e inovadoras e oferece, por exemplo, fórmulas que recompensam a mudança da propriedade do veículo para o seu uso, proporcionando efeitos positivos em termos de congestão, melhoria do ambiente e redução dos custos do veículo.
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EM MOVIMENTO
RENT-A-CAR
EUROPCAR PORTUGAL
ESCOLHA DO CONSUMIDOR 2018
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Europcar Portugal foi considerada a “Escolha do Consumidor 2018” na categoria Serviço de Mobilidade. A subsidiária nacional do Europcar Group alcançou um nível de satisfação de 85,82% e de 90,4% de intenção de compra (recomendação e utilização), numa escolha efetuada por 2239 consumidores. A avaliação da marca foi feita pelo Consumer Choice – Centro de Avaliação da Satisfação do Consumidor, tendo contado com a participação 222.644 consumidores, naquela que foi a sua 6.ª Edição. Para Nuno Barjona, Head of Marketing and New Mobility da Europcar Portugal, “este nível de satisfação por parte dos consumidores traz-nos ainda maior motivação para aportarmos mais valor àquela que é a nossa oferta de serviços, seguindo o caminho que traçámos enquanto empresa, cujos princípios de atuação no mercado se regem pela procura da qualidade, da satisfação do cliente, mas sobretudo pela inovação na área da mobilidade”. O responsável adianta que “ser ‘Escolha do Consumidor’ novamente num sector tão competitivo como o de Serviços de Mobilidade, em que todos os dias surgem novos desafios, é, para a Europcar Portugal, um reconhecimento que nos deixa muito orgulhosos e agradecidos”. Na Escolha do Consumidor são avaliados mais de 15 pontos à forma como trabalham as marcas e qual a opinião do consumidor de acordo com a experiência que teve. No caso da mobi-
HERTZ LANÇA APLICAÇÃO ELETRÓNICA DE PRÉ-INSPEÇÃO A Hertz Portugal introduziu uma nova aplicação digital, denominada VPI (Vehicle Pre-Inspection), que permite efetuar a entrega
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lidade, os inquiridos são questionados sobre, por exemplo, se os equipamentos eram fiáveis; se o consumidor dispunha de informações sobre o que fazer em caso de problemas; se houve rapidez na aquisição/contratação dos serviços; acerca da honestidade dos contratos; sobre a entrega e levantamento em local à escolha; o
e devolução da viatura em formato digital. O objetivo consiste na diminuição do tempo de espera, tornando o processo de aluguer mais rápido e completo para os clientes. A nova aplicação veio facilitar o processo de aluguer de uma viatura, o registo de um sinistro e a comunicação com a loja. O cliente pode ainda ter acesso ao estado da sua viatura à chegada e à partida, assim como adicionar informação que considere
relevante no processo de aluguer. Tudo o que tem de fazer ao visitar uma loja Hertz é facultar o endereço de correio eletrónico ou consultar diretamente o site em hertzvpi.pt, através do seu número de contrato e matrícula da viatura. A nova aplicação já está disponível nos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro e Funchal, assim como nas lojas Hertz da Rua Castilho (Lisboa), Faro (Montenegro), Rua de Santa Catarina (Porto) e Funchal (Cidade).
conforto da viatura; a facilidade de pagamento para além do cartão de crédito e os seguros (Franquia/Cobertura), citando apenas alguns dos aspetos tidos em conta nesta exaustiva apreciação. A Europcar Portugal refere que tem “evoluído no sentido de dar uma resposta inclusiva
NOVOS SERVIÇOS PREMIUM SIXT No World Travel Market, realizado em Londres, a Sixt apresentou novas soluções de mobilidade premium, incluindo o serviço de transfer myDriver, o Sixt Limousine Service para requisitos de mobilidade mais exigentes e veículos confortáveis para aluguer em férias do serviço Sixt Holidays. A multinacional anunciou ainda a sua expansão para destinos populares em todo o mundo.
CAR2GO
BASE DE CLIENTES AUMENTA 30% EXPANSÃO DA REDE DE ESTAÇÕES A Europcar tem vindo a apostar no desenvolvimento e na diversificação de propostas na área da mobilidade, assim como na expansão da rede de estações. Atualmente, conta com mais de 80 estações no território nacional, que oferecem horários alargados
e plural tanto para a mobilidade dos clientes particulares como dos clientes empresariais”. A empresa reforçou o seu portefólio de frota, cuja oferta abarca veículos para múltiplas ocasiões, desde as scooters às bicicletas, passando pelos veículos de transporte de mercadorias e até à mais sofisticada frota Selection. /
FERROVIAL LANÇA ZITY EM MADRID A Ferrovial e o Grupo Renault lançaram um serviço de carsharing na cidade de Madrid, que é operado por uma frota de 500 veículos elétricos ZOE. A zona de serviço do ZITY abrange uma área total de 75 km2, sendo delimitada pela autoestrada M-30 e inclui os bairros de San Chinarro, Las Tablas, Hortaleza, Barrio de la Concepción, Quintana,
Pueblo Nuevo e parte de Penãgrande e Mirasierra. Os veículos são reservados pelos utilizadores registados através de uma aplicação para smartphone que, além do aluguer, também permite a abertura e o fecho da viatura. O preço do serviço é de 21 cêntimos por minuto.
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car2go atingiu os 2,97 milhões de clientes em todo o Mundo no final de 2017, o que constituiu um crescimento de 30% face ao ano anterior. Este resultado permitiu à empresa de aluguer de veículos de curta duração reforçar a sua liderança global no setor do carsharing. A cidade com maior número de clientes continua a ser Chongqing, na China, com 234 utilizadores, seguindo-se Berlim, com 219 mil clientes, e Madrid, com 190 mil. Na América do Norte, a car2go obteve um marco importante no final do ano passado, com mais de um milhão de clientes que agora utilizam o serviço car2go nos Estados Unidos e no Canadá. “O ano de 2017 foi de grande sucesso para a car2go”, afirma Olivier Reppert, CEO do Grupo car2go, que é detido pela Daimler e pela Europcar. “Crescemos em todas as áreas – número de clientes, duração dos alugueres e na taxa de utilização dos veículos – e em todas as regiões onde operamos. Para 2018, todos os sinais indicam que a tendência de crescimento se irá manter”. No ano fiscal de 2017, os clientes do serviço car2go efetuaram mais de 24 milhões de alugueres. As maiores taxas de crescimento foram registadas em Milão (mais 678 mil alugueres), em Berlim (mais 622 mil alugueres) e em Hamburgo (mais de 454 mil alugueres). “Com a introdução de pacotes car2go, que tornaram os alugueres ainda mais interessantes para os clientes desde setembro, a duração média do aluguer aumentou em 30%”, adianta o responsável. Em todo o Mundo é alugado um veículo car2go por segundo. Durante o ano fiscal de 2017, a taxa de utilização de aproximadamente 14 mil veículos aumentou para 38%. Para responder ao aumento da procura por parte dos clientes, a car2go reforçou, no ano passado, as suas frotas com novos veículos das marcas smart e Mercedes-Benz.
AVIS TESTA CHAVE DIGITAL O Avis Budget Group e a Continental implementaram um projeto-piloto em Kansas City, nos Estados Unidos, que permite aos clientes utilizarem uma nova solução telemática para acederem aos veículos de aluguer. Para o efeito, as viaturas estão equipadas com a tecnologia Key-as-a-Service da Continental, a qual garante a abertura e o fecho das portas, assim como a ignição do motor,
através da utilização da aplicação móvel da Avis para smartphone. Esta experiência da “chave digital” está a ser desenvolvida pelo “Mobility Lab” da Avis Budget Group na área das frotas de veículos conectados.
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RENT-A-CAR
JOAQUIM ROBALO DE ALMEIDA, SECRETÁRIO-GERAL DA ARAC
ALUGUER DEVE ACOMPANHAR CRESCIMENTO DO TURISMO Esperando-se a continuação do “boom” turístico, a atividade do setor do rent-a-car só pode olhar para 2018 de forma otimista. Mas o crescimento do negócio não esconde que esta é uma atividade que tem ainda vários problemas para ultrapassar. Uma visão global sobre o que esperar para este ano
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artindo de um ano que já foi extremamente de frota disponível, mesmo durante a época super alta (20 de positivo, o setor do rent-a-car (aluguer de veí- Julho a 17 de Agosto). Isso traduziu-se numa forte concorrênculos sem condutor) espera que o crescimento cia entre as empresas e num refreamento dos preços, com dido volume de negócios prossiga em 2018, jun- minuição das tarifas médias praticadas”. tando aos “desejos de Ano Novo” a resolução Já diversas marcas assumiram que, este ano, iriam encarar com de alguns problemas que ainda condicionam a sua atividade. algum cuidado as vendas aos rent-a-car, como se antecipassem Em vésperas da Convenção Anual da ARAC (Associação do uma quebra nas encomendas, mas o secretário-geral da ARAC Industriais de Aluguer de Automóveis Sem Condutor), a 7 de não concorda com estas visões negativistas: “O rent-a-car defevereiro, no hotel Pestana Palace (Lisboa), o seu secretário- verá ajustar a sua frota à procura esperada com o aumento do -geral, Joaquim Robalo de Almeida, explicou porque espera número de turistas, parecendo a afirmação eventualmente preum bom ano para os rent-a-car. matura. Saliente-se que o rent-a-car é o principal cliente/par“O turismo deverá continuar a ser um dos principais motores ceiro da maioria dos fabricantes de automóveis em Portugal e das exportações portuguesas (cerca de 25%) e do crescimento em todo o Mundo. Perspetiva-se um crescimento significativo do País, tendo em conta as reservas já feitas. Além disso há uma do número de turistas para 2018 e a oferta de veículos de rent-a-car deverá estar o mais ajustada possível à cada vez maior apetência de mercados tradicionais como a Alemanha, Inglaterra, França, potencial procura. Mas as empresas devem faHolanda ou EUA e Brasil e de novos mercados zer com que o ajuste da frota disponível seja o mais rigoroso possível, para evitar eventuais como a China, a Coreia do Sul ou o Canadá”. “AS EMPRESAS Mas não será só o turismo a impulsionar o neexcessos de frota, como sucedeu em alguns DEVEM AJUSTAR A gócio: “No mercado empresarial deve registarperíodos de 2017”. FROTA DISPONÍVEL -se um crescimento da atividade de rent-a-car, PARA EVITAR ALUGUERES ILEGAIS E DESLEAIS com a necessidade económica e social de uma EVENTUAIS maior racionalização do uso de automóveis, A gestão das frotas é só um dos problemas com EXCESSOS DE sobretudo nos meios urbanos, devendo estas que as empresas de rent-a-car se deparam no OFERTA, COMO entidades recorrer cada vez mais a sistemas de seu dia-a-dia e Joaquim Robalo de Almeida SUCEDEU EM locação, em detrimento da aquisição ou locafez questão de elencar outras dificuldades que ALGUNS PERÍODOS ção de veículos por períodos longos”. seria importante conseguir ultrapassar este DE 2017” Robalo de Almeida não esconde a satisfação ano. Começando pela… desburocratização: pelos resultados do setor no ano passado, mas “O rent-a-car continua a ter um processo de alerta para uma oferta algo desfasada em recontratação muito burocratizado, ao contrário lação à procura: “Em 2017 a atividade de aluguer de veículos da generalidade dos demais países europeus”. Outra questão sem condutor registou um crescimento significativo face a está relacionada com o grande aumento dos turistas chineses: 2016 que já tinha sido de crescimento face a 2015. Pode mes- “Atendendo à crescente importância do turismo chinês, impormo afirmar-se que, a partir de 2014, a atividade de rent-a-car ta que seja delineada uma solução que permita aos titulares de inverteu a situação registada nos anos de crise (2011 a 2013), carta de condução emitida pela República Popular da China iniciando um crescimento sustentado no incremento da ativi- conduzir temporariamente em território nacional, o que não dade turística. Mas constatámos que, no que respeita à oferta sucede até agora. A ARAC já se prontificou a apontar uma solude viaturas para aluguer em 2017, se registou algum excesso ção legal para o efeito”. Há também alguns constrangimentos legais a ultrapassar: “É imperativo que, de uma vez por todas, o turismo em Portugal tenha o reconhecimento que merece e seja dotado de ferramentas legislativas que lhe permitam combater com os concorrentes diretos. O setor necessita de legislação sucinta e adequada que permita às empresas exercer a sua atividade com quadros legislativos claros, simples e eficazes”. Outros problemas há que são bastante mais específicos deste setor, como a fiscalidade e a… concorrência desleal: “Ao nível da fiscalidade merece destaque a necessidade de alteração do Quadro Legal do ISV, de forma a aproximar a atividade de Aluguer de Automóveis sem Condutor dos outros países europeus, nomeadamente da Espanha enquanto nosso concorrente mais direto, nomeadamente no dossier ‘Cross Boarder’”, explica Robalo de Almeida. “Por outro lado, há plataformas de aluguer de veículos que alugam veículos sem condutor de forma ilegal, utilizando veículos fornecidos por empresas não licenciadas e que estão a concorrer diretamente com empresas devidamente licenciadas, de forma desleal. Isso põe em causa a segurança rodoviária, a proteção do consumidor, a proteção ambiental e o não cumprimento das normas fiscais. A ARAC tem alertado insistentemente os órgãos governativos desde 2016, mas não existiu, até ao momento, qualquer intervenção para pôr cobro a esta situação”. /
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BOM NO USO E NOS CUSTOS Já não há como negar, os SUV estão na moda. A mais recente novidade é o Hyundai Kauai, um modelo completamente novo que promete abalar a concorrência. Pelo preço, pela qualidade e até pela beleza… TEXTO MARCO ANTÓNIO FOTOS JOSÉ BISPO
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mercado automóvel é como a moda. Se no passado recente eram os monovolumes ou os todo-o-terreno que atraíam o interesse dos consumidores, hoje são os SUV/Crossovers, uma raça de carros que tenta ser de tudo um pouco (berlina, todo-o-terreno e monovolume). Digamos que são propostas cada vez mais ecléticas ao gosto das novas tendências e de uma clientela ávida de coisas diferentes.
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Até quando é que a moda durará não sabemos, apenas que é o segmento de mercado que mais cresce em toda a Europa. Não admira, portanto, que a corrida para ver quem ganha seja cada vez mais disputada. O novo Hyundai Kauai é mais um concorrente a correr pelo título, graças a um conjunto argumentos importantes que vão desde o design até ao preço, passando pela tecnologia. Neste caso, a receita não passou pela radicalização de um modelo já existente, mas pela cons-
trução de uma solução nova, desde a base aos conteúdos. Propostas como a pintura bi-color, uma maior altura ao solo ou uma moldura de proteções em plástico a toda a volta do carro são detalhes que enaltecem a vocação mais radical do Kauai.E se esta motorização 1.0 T-GDI de 120 cv só tem tração dianteira, já a versão a gasolina mais musculada, de 177 cv, conta com tracção integral. Este ano será ainda lançada uma versão elétrica cuja autonomia não foi,para já, divulgada.
HYUNDAI KAUAI 1.0 T-GDI
TCO
FINANCIAMENTO
EQUIPAMENTO
RENDA - 393,84 € 4 anos/80 000 km INCLUI: Manutenção, Pneus, Assistência em Viagem, IUC
Bluetooth; Carregador telemóvel sem fios; Computador de bordo; Apple CarPlay e Android Auto; USB e AUX.; Rádio com ecrã touchscreen de 7”; Câmara de marcha atrás; Alerta de fadiga do condutor; 6 airbags; Controlo de arranque em subida e controlo de descida; Sensor de chuva e de luz; Controlo de estabilidade
CUSTO TOTAL DE PROPRIEDADE
PVP VR DEP MAN € COMB. UTILIZ
20 164 € 7057 € 13 107 € ND 6 579 € 19 686 € (24,61)
PVP – Preço de Venda ao Público. Não inclui negociação da marca / VR – Valor residual / DEP – Depreciação / MAN – Custos com manutenção programada (exclui pneus) / COM – Custos com combustível / UTILIZ – Custo total de utilização para a totalidade do contrato (entre parêntesis, custo por 100 km). Todos os valores em Euros para a duração considerada (4 anos / 80 mil km)
TÉCNICA PREÇO 18 150€ (COM CAMPANHA) // MOTOR 3 CIL; 998 CC; 120 CV; 6000 RPM // BINÁRIO 172 NM // TRANSMISSÃO 6 VEL MAN. // PESO 1350 KG // COMP./LARG./ALT. 4,16/1,80/1,55 M // MALA 361 L // DESEMPENHO 12 0-100 KM/H; 181 KM/H VEL MÁX // CONSUMO 5,3 (6,7*) // EMISSÕES CO2 125 G/KM // IUC 35,49€
MOTOR COMPORTAMENTO PREÇO/EQUIPAMENTO CERTOS PLÁSTICOS RUÍDO/MALA
*As nossas medições
POUPADO Além de oferecer um visual de grande “crossover” por um preço relativamente baixo, o Hyundai Kauai tem também o motor de 3 cilindros e um litro de capacidade que se revelou de utilização agradável e bastante contido a nível dos consumos
Considerando que a estética é um dos fatores que os clientes mais apreciam, não é de admirar que a Hyundai tenha tido um cuidado especial nesse ponto. Prova disso foi a opinião quase unânime do painel que se foi formando ao longo de todo o ensaio, sendo as partes mais apreciadas as zonas frontal e traseira onde as proteções em plástico assumem maior protagonismo. Um pormenor que realça o estilo da carroçaria são as jantes de 18 polegadas. Esta é uma escolha acertada do ponto de vista visual, mas que penaliza ligeiramente o conforto devido ao baixo perfil dos pneusalém de, em determinadas circunstâncias, penalizar o consumo e as emissões, para os quais a marca anuncia valores mais baixos, à medida que o tamanho das jantes diminui. O brilhantismo do motor 1.0 de 3 cilindros é uma das surpresas deste novo SUV/Crossover graças ao virtuosismo a baixos e médios regimes em que consegue boas prestações e uma utilização agradável, aproximando-se dos diesel com a vantagem de ser uma solução mais silenciosa. Mesmo assim pensamos que a insonorização nos regimes mais elevados pode ser um aspeto a melhorar com um
isolamento mais eficaz. Este é um aspeto que a transmissão automática certamente melhorará pois o seu escalonamento é mais linear e progressivo. Outra das virtudes do Kauai, construído a partir da mesma plataforma do Elantra, é o comportamento dinâmico marcado pela capacidade de tração muito grande e a direção muito direta, capaz de interpretar com rigor as trajetórias e ajudar à correção de uma ligeira deriva do trem dianteiro quando escolhemos trajetos mais sinuosos e abusamos do acelerador. A sua enorme agilidade é, neste caso, um convite a uma condução mais rápida e divertida. Divertido é também o preço final e o equipamento, pois quase tudo é de série. Desde o sistema de conectividade, até às múltiplas ajudas à condução, passando pela decoração que pode assumir várias combinações. Com a campanha o valor desta versão com motor 1.0 T-GDI não chega aos 17 mil euros! Acrescem custos de utilização baixos, graças aos consumos, às garantias e aos períodos de manutenção alargados, juntamente com fiabilidade reconhecida e comprovada por outros modelos da marca coreana. /
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RENT-A-CAR
MITSUBISHI SPACE STAR 1.2 INTENSE
FULL EXTRAS O citadino da Mitsubishi tem ganho popularidade no rent-a-car, fazendo-se valer de qualidades como baixos custos de utilização e bom equipamento TEXTO CARLOS MOURA PEDRO
P
elas suas dimensões compactas, baixos custos de utilização e um equipamento bastante completo, a que se aplica que nem uma luva a expressão “Full Extras”, o Mitsubishi Space Star tornou-se numa das referências do segmento dos citadinos, sendo um dos modelos mais vendidos da marca japonesa no mercado nacional. Não é, pois, de estranhar que também seja bastante procurado pelo canal de rent-a-car, por ser um valor seguro no mercado de semi-novos e usados.
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Com um comprimento exterior de 3,71 metros, oferece um visual agradável e apelativo, graças ao dinamismo das suas linhas, ao desenho das jantes de 15 polegadas, às saias laterais, ao spoiler dianteiro, aos vidros traseiros escurecidos e ao spoiler traseiro que inclui a luz de stop em LED. Igualmente agradável é o ambiente interior, não obstante os plásticos rígidos que dominam o painel de bordo, mas a qualidade da montagem não merece críticas. A habitabilidade é outro dos pontos fortes deste veícu-
lo, com destaque para a confortável posição de condução e para os lugares traseiros que oferecem um espaço mais que suficiente para as pernas dos ocupantes. Mais generosa poderia ser a bagageira, que disponibiliza apenas 235 litros, que podem ser aumentados com o rebatimento dos bancos traseiros. Para compensar o reduzido espaço existe uma caixa de arrumação na bagageira, com divisórias, que permite transportar pequenos objetos. O equipamento de série é outros dos argumentos do Space Star que, no nível Intense, inclui
BEM RECHEADO Automóvel de utilização simples e barata, o Mitsubishi Space Star tem, neste nível Intense, a vantagem de se apresentar bem “recheado”, o que lhe confere magnífica relação preço/ /equipamento
rádio com sistema de navegação mgn com ecrã tátil – compatível com os sistemas Android Auto e AppleCarplay – e com ecrã tátil, ar condicionado automático, retrovisores elétricos, volante multifunções, sistema de acesso e ignição sem chave, cruise control, sistema de auxílio ao arranque em subida, monitorização da presssão dos pneus, luzes automáticas e sensores de chuva. O pequeno citadino da Mitsubishi recebe um motor a gasolina de três cilindros e 1,2 litros, que debita 80 cv. Em combinação com uma caixa manual de cinco velocidades, que poderia ser mais precisa, é possível retirar um rendimento interessante deste propulsor, designadamente em termos de acelerações, embora seja mais lento a recuperar. Pela positiva há ainda que destacar o consumo de combustível, com o computador de bordo a indicar um valor médio de 5,6 l/100 km em condições reais de utilização, ou seja, mais 1,3 l/100 km do que o valor anunciado pela marca. Com um valor de venda ao público muito contido, o Space Star 1.2 Intense oferece uma relação preço/equipamento quase imbatível, constituindo uma excelente solução para deslocações urbanas pelos baixos custos de utilização. Segundo dados da consultora 4Fleet, este citadino tem um custo total de utilização de 20,16 euros por cada cem quilómetros. Para o período analisado de 48 meses ou 80 mil quilómetros, o valor residual é de 34%, o que significa que deverá valer 4 916 euros. O custo de manutenção previsto é de 1 834 euros. Este modelo da Mitsubishi é proposto com uma renda mensal de 355,63 euros para o período em questão, segundo uma simulação da gestora de frotas Athlon. /
MITSUBISHI SPACE STAR 1.2 INTENSE
TCO
FINANCIAMENTO
EQUIPAMENTO
RENDA - 355,63 € 4 anos/ 48 meses INCLUI: Manutenção e reparações, Pneus, IUC, assistência em viagem, veículo substituição, seguro com franquia de 2%. Contrato Athlon
Controlo ativo de estabilidade; Auxiliar de arranque em subida; Assistência à travagem; StartStop; Monitorização da pressão dos pneus; Luzes automáticas; Luzes de circulação diurnas; Faróis de nevoeiro; Sensor de chuva; Quatro vidros elétricos; Espelhos retrovisores aquecidos; Ar condicionado automático; Fecho central portas; Cruise control; Sistema de arranque sem chave
CUSTO TOTAL DE PROPRIEDADE
PVP VR DEP MAN € COMB. UTILIZ
13 988 € 4 916 € 9 54 € 1 834 € 4 752 € 16 128 € (20,16)
PVP – Preço de Venda ao Público. Não inclui negociação da marca / VR – Valor residual / DEP – Depreciação / MAN – Custos com manutenção programada (exclui pneus) / COM – Custos com combustível / UTILZ – Custo total de utilização para a totalidade do contrato (entre parêntesis, custo por 100 km). Todos os valores em Euros para a duração considerada (4 anos / 80 mil km)
TÉCNICA PREÇO 13 988 € // MOTOR 3 CIL; 1193 CC; 80 CV; 6000 RPM // BINÁRIO 106 NM // TRANSMISSÃO 5 VEL MAN // PESO 1340 kg // COMP./LARG./ALT. 3,54/1,81/1,78 M // DISTÂNCIA ENTRE EIXOS 2,45 M // MALA 235 L // DESEMPENHO 11,7 0-100 KM/H; 180 KM/H VEL MÁX // CONSUMO 4,3 (5,6*) L/100 KM // EMISSÕES CO2 100 G/KM // IUC 101,49 €
EQUIPAMENTO CONSUMOS
BAGAGEIRA CAIXA VELOCIDADES
*As nossas medições
FEVEREIRO 2018 TURBO FROTAS
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RENT-A-CAR
JEEP RENEGADE LIMITED 1.6 MJTD 120 4X2
FIEL AO ADN Com um estilo que se mantém fiel ao ADN da marca, o Renegade veio permitir à Jeep estar presente no segmento dos SUV compactos TEXTO CARLOS MOURA PEDRO
O
Jeep Renegade é um dos mais recentes modelos a chegar ao mercado de rent-a-car, ao abrigo de uma parceria entre a Fiat Chrysler Automobiles Portugal e a Europcar Portugal, que assegurou a exclusividade para aluguer no nosso país. Este SUV de dimensões compactas é o primeiro modelo da marca norte-americana a ser produzido em Itália, na fábrica de Melfi, partilhando a plataforma e a linha de montagem com o Fiat 500X. O estilo mantém-se fiel ao ADN da marca. Exteriormente, o Renegade não renega as suas origens, adotando linhas da carroçaria inspiradas no mítico Wrangler, enquanto a icónica grelha de sete entradas remete para o Willys Jeep. Todavia, apesar do seu aspeto de jipe robusto, o Renegade insere-se na categoria dos SUV e, ao contrário dos veículos todo-o-terreno tradicionais, possui uma carroçaria au-
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TURBO FROTAS FEVEREIRO 2018
toportante. Nalguns casos até perdeu a tração às quatro rodas, como sucede com a versão ensaiada, Renegade Limited, só com tração dianteira e ficou disponível, logo no lançamento, com motores diesel. As suas dimensões exteriores, com um comprimento de 4,23 metros, permitem-lhe estar à vontade em ambiente urbano e fazer algumas incursões ligeiras em fora de estrada, como é, de resto, habitual neste tipo de viaturas. O formato da carroçaria facilita o acesso ao habitáculo, que é uma das referências do segmento em termos de espaço para os ocupantes. No interior do Renegade, além do logotipo da Jeep no centro do volante e da referência “desde 1941” por cima do sistema multimédia Uconnect Radio, com ecrã tátil de sete polegadas, o corte com o passado foi total. O interior carateriza-se por um visual moderno e requintado em linha com o mais recente ADN da marca. A qualidade de construção
também está bastante acima do que é habitual em veículos de marcas norte-americanas, assim como o rigor na montagem e o cuidado nos acabamentos. O equipamento de conforto é bastante completo na versão Limited, incluindo, entre outros, ar condicionado automático, sistema de entrada e arranque sem chave, sensores de estacionamento traseiros e dianteiros, alerta de transposição da faixa de rodagem, alerta de colisão frontal, cruise control adaptativo, auxiliar de arranque em subida. A nível mecânico, a unidade ensaiada estava equipada com motor turbodiesel de injeção direta por common rail de 1598 cc, que debita 120 cv e um binário de 320 Nm às 1 750 rpm, acoplado a uma caixa de dupla embraiagem de seis velocidades. A combinação desta transmissão com o Auto-Start-Stop deixa algo a desejar em ambiente urbano, uma vez que demora algum tempo a
EM BUSCA DE POPULARIDADE Com o Renegade, a Jeep entrou no “efervescente” mercado dos SUV compactos
responder. O propulsor é agradável de utilizar, embora também pudesse responder mais rapidamente às solicitações do acelerador, enquanto os consumos se situam na ordem dos 7,7 l/100 km. Em termos de economia de exploração, e segundo dados da consultora 4Fleet, o Jeep Renegade tem um custo total de propriedade de 31,26 euros por cada cem quilómetros percorridos. Apesar da imagem agradável e aventureira deste SUV, a sua depreciação é superior à média para um período de quatro anos ou 80 mil quilómetros, devendo valer cerca de 9 722 euros, o que corresponde a 32% do valor residual. A marca ainda tem de desenvolver algum trabalho para defender o residual porque o produto merece. A colocação de unidades no rent-a-car, que permite aumentar o parque de novos e seminovos, poderá contribuir para a melhoria da perceção do produto e, por consequência, dos valores residuais. /
JEEP RENEGADE LIMITED 1.6 MJTD 120 4X2
TCO
CUSTO TOTAL DE PROPRIEDADE
PVP VR DEP MAN € COMB. UTILIZ
29 594 € 9 722 € 18 872 € 1 437 € 4 703 € 25 012€ (31,26)
FINANCIAMENTO
EQUIPAMENTO
RENDA - 544,52 € 4 anos/ 80.000 km INCLUI: Manutenção, IUC, IPO, Assistência em viagem, pneus, veículo de substituição, seguro de danos próprios. Contrato LeasePlan Preço com IVA
Sistema multimédia Uconnect Rádio 7”; AC automático bi-zona; Volante em pele, multifunções; Cruise control adaptativo; Retrovisores elétricos; Sensores de estacionamento F/T; Start&Stop; Jantes de 18”; Barras de tejadilho em cinzento metalizado; ESC + ASR + Hill Holder; Avisos de colisão frontal e de transposição de faixa; Luzes diurnas; Faróis de nevoeiro com função cornering; Monitorização da pressão dos pneus
PVP – Preço de Venda ao Público. Não inclui negociação da marca / VR – Valor residual / DEP – Depreciação / MAN – Custos com manutenção programada (exclui pneus) / COM – Custos com combustível / UTILZ – Custo total de utilização para a totalidade do contrato (entre parêntesis, custo por 100 km). Todos os valores em Euros para a duração considerada (4 anos / 80 mil km)
TÉCNICA PREÇO 30 100 € // MOTOR 4 CIL; 1598 CC; 120 CV; 3750 RPM // BINÁRIO 320 NM // TRANSMISSÃO 6 VEL AUT // PESO 1385 KG // COMP./LARG./ALT. 4,23/1,85/1,66 M // DISTÂNCIA ENTRE EIXOS 2,57 M // MALA 351 L // DESEMPENHO 10,2 0-100 KM/H; 178 KM/H VEL MÁX // CONSUMO 4,6 (7,5*) L/100 KM// EMISSÕES CO2 120 G/KM // IUC 145,05€
IMAGEM EQUIPAMENTO
CAIXA VELOCIDADES AUTO-START-STOP
*As nossas medições
FEVEREIRO 2018 TURBO FROTAS
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NOVIDADES
COMERCIAIS
FORD TRANSIT CUSTOM VAN
RENOVAÇÃO ANUNCIADA Nos próximos 18 meses, a Ford vai renovar toda a sua gama de comerciais, começando pelo Transit Custom TEXTO CARLOS MOURA PEDRO
A
Ford anunciou um programa de renovação de toda a sua gama de comerciais ao longo dos próximos 18 meses. O primeiro modelo a ser atualizado é a Transit Custom, líder de mercado na Europa no segmento de furgões médios, com uma tonelada carga útil. A nova gama é facilmente identificável pela grelha dianteira redesenhada, que se carateriza pelo formato trapezoidal de três barras, além de alterações mais subtis nas embaladeiras das rodas e nos pára-choques. As versões mais equipadas podem receber grupos óticos dinâmicos e esguios com assinatura de luzes de circulação diurna em LED. Mais profunda foi a intervenção no habitáculo, que oferece um painel de instrumentos totalmente redesenhado, adotando a mais recente filosofia de design de interiores da Ford. O novo painel de bordo está assente em elementos de design horizontal que realçam a largura da ca-
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TURBO FROTAS FEVEREIRO 2018
PREÇO 29 106 a 41 050 euros // MOTOR 2,0 LITROS ECOBLUE // TRANSMISSÃO 6 VEL // CONSUMO A PARTIR DE 5,7/100 km
bina e integra materiais resistentes e agradáveis à vista. O tabliê integra novos ecrãs e painéis de controlo, projetados para garantir uma maior ergonomia e facilidade de utilização. Os modelos de topo recebem um ecrã tátil flutuante, associado ao sistema de comunicações e entretenimento Sync 3 da Ford, que permite controlar o áudio, a navegação e os smartphones conectados. O sistema é compatível com Apple CarPlay ou Android Auto. Com o objetivo de auxiliar a condução, a nova Transit Custom tem disponível um conjunto de tecnologias que recorrem a sofisticados sensores de radar e câmaras que transmitem informações relativas ao ambiente em redor do veículo. As avançadas tecnologias incluem o primeiro Assistente de Velocidade Inteligente aplicado a um veículo comercial, permitindo ao utilizador circular dentro dos limites legais de velocidade, evitando assim multas por excessos... O sistema possibilita a regulação automática
do veículo, recorrendo ao Reconhecimento de Sinais de Trânsito para detetar os sinais de limite de velocidade. Este dispositivo inclui uma câmara montada no pára-brisas para monitorizar os sinais de trânsito, desacelerando o veículo quando o limite indicado é inferior à velocidade a que aqele circula. TRÊS MOTORIZAÇÕES A Transit Custom estreia o sistema de informação de ângulo morto com alerta de trânsito cruzado em veículos comerciais da Ford na Europa. Para o efeito recorre a sensores de radar virados para trás, para detetar veículos que tenham entrado ou se aproximem da zona de ângulo morto, alertando o condutor com uma luz de aviso no retrovisor exterior correspondente. A Ford introduziu igualmente a nova função de Alcance à Retaguarda Variável, que informa antecipadamente os condutores acerca da aproximação de um veículo a uma velocidade relativamente elevada.
No capítulo mecânico, a Transit Custom conta com o bloco Ford EcoBlue de 2,0 litros, apresentado em 2016, que oferece níveis de potência de 105, 130 e 170 cv. Em comparação com o anterior motor 2.2 TDCi, o novo propulsor viu a sua eficiência ser melhorada em 13% e oferece mais 20% de binário a baixo regime. A transmissão pode ser assegurada por uma caixa manual de seis velocidades ou por uma automática SelectShift, com igual número de relações. É de assinalar que as versões com a caixa SelectShift já representam cerca de 11% do total de vendas da Transit Custom. A nova Ford Transit Custom já pode ser encomendada nos concessionários da marca, mas as primeiras unidades só deverão chegar no próximo mês de fevereiro. Os preços de venda ao público estão compreendidos entre os 29 106 euros da versão Ambiente L1 de 105 CV e os 41 050 euros da versão Sport 290 L1 de 170 Cv e caixa de velocidades automática. /
TRANSIT COURIER E CONNECT TAMBÉM REVISTOS A Ford revelou igualmente as novas Transit Connect e Transit Courier, que estarão disponíveis para encomenda na primavera de 2018 para entrega a clientes em meados do ano. A grelha dianteira também foi redesenhada, adotando os mais recentes cânones de design da marca. O habitáculo foi igualmente revisto, tendo recebido um painel de instrumentos mais moderno com uma nova zona central de controlo que, nas versões mais equipadas, inclui um ecrã tátil flutuante de seis polegadas com sistema de comunicação e entretenimento Ford SYNC 3. Os novos Transit Courier e Transit Connect recebem motores de última geração que cumprem a norma de emissões Euro 6.2. Uma das opções é o novo propulsor diesel Ford EcoBlue de 1,5 litros, que combina as mais recentes tecnologias de injeção de combustível, sobrealimentação e controlo de emissões, com uma construção de baixo atrito que melhora a performance e reduz os consumos de combustível. A marca propõe ainda uma motorização a gasolina EcoBoost de 1,0 litros que recebeu alterações ao nível da cabeça do motor e dos sistemas de injeção e de controlo de emissões.
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COMERCIAIS
MERCEDES-BENZ X250D 4MATIC
IMAGEM DE SUV Para o segmento de pick-ups médias, a Mercedes-Benz passou a estar representada com o Classe X, que combina a imagem e robustez TEXTO CARLOS MOURA PEDRO
A
o abrigo do acordo estabelecido entre a Daimler e a Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, a Mercedes-Benz Vans entrou no segmento das pick-ups com capacidade de carga de uma tonelada, com um produto desenvolvido com base no Nissan Navara. Como já tinha sucedido anteriormente no segmento dos pequenos furgões com o Mercedes-Benz Citan, a equipa responsável pela adaptação desta pick-up teve o encargo de conceber um produto que fosse tão diferente quanto possível do modelo original. O objetivo foi entrar num segmento que tem registado um aumento da procura em todo o Mundo com um produto “premium” que combina a robustez típica de uma pick-up com a sofisticação e requinte de um SUV da marca. Exteriormente, o Classe X cumpre integral-
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TURBO FROTAS FEVEREIRO 2018
mente esse caderno de encargos, distinguindo-se pelo capô elevado e encorpado, a grelha com duas barras horizontais, com a estrela bem ao centro, os faróis rasgados com tecnologia LED e jantes da marca. A tampa traseira também apresenta um desenho específico. Mais radical foi a intervenção ao nível do habitáculo, que adota a mais recente linha de design interior da marca, bem visível no painel de bordo, saídas da ventilação, volante multifunções e principais comandos (iluminação, limpa-parabrisas, indicadores de mudança de direção, entre outros). Os acabamentos interiores em ‘silver shadow’ reforçam a imagem “premium” deste modelo. Como pick-up topo de gama, o nível de equipamento é bastante completo, não faltando a chave inteligente Keyless-Go, os bancos dianteiros ajustáveis eletricamente e com apoio lombar,
190 CV
POTÊNCIA MÁXIMA
1016 KG CARGA ÚTIL
3500 KG CAPACIDADE REBOQUE
o sistema automático de climatização de duas zonas Thermotronic e o sistema Audio 20 CD com “touchpad”. Igualmente de série são alguns dispositivos de apoio à condução como o sistema de estacionamento Parktronik, o assistente de sinais de trânsito, o assistente de faixa de rodagem, o sensor de chuva, a câmara 360º, o sistema de auxiliar no arranque, active brake assist, o cruise control, sistema de regulação de velocidade em descida, sistema de monitorização da pressão dos pneus ou o programa eletrónico de estabilidade (ESP). Por sua vez, o sistema multimédia Comand Online integra a lista de opcionais, sendo proposto por 2740 euros, oferecendo funcionalidades de multimédia, navegação e comunicação. A navegação rápida por disco rígido com representação topográfica de mapas em 3D de alta qualidade leva em conta o Live Traffic Information (informações de trânsito em tempo real, específicas para cada país). PREPARADO PARA FORA DE ESTRADA Para enfrentar os desafios mais difíceis, o Classe X conta com um chassis em escada extremamente robusto, com perfis que o tornam especialmente estável e resistente à torção. O eixo rígido multibraços nas rodas traseiras está preparado para receber cargas elevadas, oferecendo uma capacidade útil superior a uma tonelada, além de melhorar a tração em fora de estrada. Para otimizar o comportamento, os engenheiros da Mercedes-Benz alteraram a suspensão, tendo introduzido molas helicoidais em ambos os eixos para proporcionar um melhor comportamento e estabilidade. No capítulo dinâmico, o Classe X conta com um motor turbodiesel de 2,3 litros que, no caso da versão X250d, desenvolve uma potência máxima de 190 cv e binário de 450 Nm entre as 1500 e as 2500 rpm. A transmissão pode ser assegurada por uma caixa automática de sete velocidades, que garante um maior conforto de condução. Para progredir em fora de estrada é possível passar de 4x2 para 4x4, bastando para o efeito rodar um comando situado na parte inferior da consola central, o qual também possibilita engrenar as redutoras. Para situações mais difíceis é possível bloquear o diferencial traseiro e também está igualmente disponível o sistema de regulação de velocidade em descida. Não obstante a elevada potência, é possível obter um consumo médio de aproximadamente 8,5 l/100 km em percursos mistos e com algumas incursões por estradões de terra. No que se refere ao preço de venda ao público, a unidade ensaiada, X250d 4MATIC Power, é proposta a partir de 47 677 euros, representando a linha Power um acréscimo de 7011 euros, enquanto o Comand Online custa 2740 euros. No total, com todos os opcionais, o preço final ficou em 66 104 euros. /
HABITÁCULO MERCEDES O interior do Classe X adota a linguagem de design da MercedesBenz como, por exemplo, o painel de bordo, as saídas da ventilação, o volante multifunções e os principais comandos. A câmara de estacionamento 360º revelou-se bastante útil
MERCEDES-BENZ X250D 4MATIC
TCO
CUSTO TOTAL DE PROPRIEDADE
PVP VR DEP MAN COMB.
47 664 € 19 066 € 28 598 € ND 8 444 €
FINANCIAMENTO
EQUIPAMENTO
RENDA - 712,87 € 48 meses / 80 000 km INCLUI: Mercedes-Benz MobiloVan, cartão de manutenção. Valor não inclui IVA. Contrato: MercedesBenz Charterway
Chave inteligente Keyless-Go, bancos dianteiros ajustáveis eletricamente, ar condicionado automático bizona, sistema Audio 20 CD com ecrã tátil, sistema de estacionamento Parktronik, assistente de sinais de trânsito, assistente faixa de rodagem, sensor de chuva, câmara 360º, hill-hold, active brake assist, sistema de regulação velocidade em descida, monitorização pressão dos pneus, ESP, cruise-control
PVP – Preço de Venda ao Público. Não inclui negociação da marca / VR – Valor residual / DEP – Depreciação / MAN – Custos com manutenção programada (exclui pneus) / COM – Custos com combustível / UTILZ – Custo total de utilização para a totalidade do contrato (entre parêntesis, custo por 100 km). Todos os valores em Euros para a duração considerada (4 anos / 80 mil km)
TÉCNICA PREÇO 66 104 € (unidade ensaiada) // MOTOR 4 CIL; 2298 CC; 190 CV; 3750 RPM // BINÁRIO 450 NM // TRANSMISSÃO 4WD, INSERÍVEL; 7 VEL AUT // PESO 2234 KG // COMP./ LARG./ALT. 5,73/1,92/1,71 M // DISTÂNCIA ENTRE-EIXOS 3,15 M // CAP. CARGA 1016 KG // CONSUMO 7,9 (8,5*) L/100 KM // EMISSÕES 207 G/KM // IUC 409,77 € *As nossas medições
IMAGEM MOTOR
PREÇO BANCO TRASEIRO
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COMERCIAIS
RENAULT TRAFIC SPACECLASS L2H1 1.6 DCI 125
PRIMEIRA CLASSE
Para transporte de passageiros em primeira classe, a Renault lançou uma versão mais modular e requintada da Trafic, denominada SpaceClass TEXTO CARLOS MOURA PEDRO
O
crescimento da atividade turística e do transporte especializado de pequenos grupos tem levado ao aumento da procura de viaturas de passageiros com seis a nove lugares. Uma das propostas mais recentes veio da Renault, que lançou uma versão de passageiros topo de gama da Trafic. A nova SpaceClass carateriza-se pela modularidade interior, uma vez que oferece mais de 50 configurações possíveis entre dois
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TURBO FROTAS FEVEREIRO 2018
e nove lugares, proporcionando possibilidades de personalização únicas. A Trafic SpaceClass está disponível em dois tipos de carroçarias – curta e longa – e apresenta elementos de design exterior que o diferenciam da restante gama, como a assinatura luminosa em forma de L, as jantes em liga leve de 17 polegadas e a presença de inscrições “SpaceClass” nos guarda-lamas dianteiros. Vidros escurecidos e o pack “Skyle Full” em preto brilhante (retrovisores exteriores, puxa-
dores das portas, proteções inferiores laterais, puxador do portão traseiro, faixa luminosa de matrícula) são outras das caraterísticas distintivas deste modelo. Uma das configurações possíveis, denominada “Pack Premium”, foi desenvolvida a partir da versão de chassis longo e teto baixo e oferece uma lotação para sete lugares individuais (2+2+3). A combinação de um comprimento exterior de 5,39 metros e uma altura em vazio de 1,97 metros possibilitou a criação de
um habitáculo espaçoso para os ocupantes e ajustável às suas necessidades. Os bancos estão assentes em calhas deslizantes e os da segunda fila são rotativos, possibilitando uma configuração frente a frente. Ao centro é possível instalar uma mesa deslizante e amovível, que integra o “pack Premium” (3900 €), sendo montada como acessório e que transforma esta SpaceClass numa sala de reuniões. Os bancos dispõem de múltiplas regulações para os encostos e os apoios de braços. Além dos vidros escurecidos, o compartimento dos passageiros conta com equipamentos individualizados, como os seis focos de leitura com iluminação LED, tomadas de 220 V-300 W e 12V, duas entradas USB para carregar aparelhos eletrónicos e saídas independentes do ar condicionado. Nesta configuração, a Trafic SpaceClass transforma-se num verdadeiro “salão sobre rodas”. Para acesso dos passageiros estão disponíveis duas portas laterais deslizantes, mas de comando manual. A opção pela versão de chassis longo da Trafic tem óbvio reflexo favorável na capacidade da bagageira, com volume útil de 908 litros, mesmo com os bancos na posição normal. O condutor beneficia de uma posição elevada ao volante, para boa visibilidade da estrada e das condições de trânsito. Os ocupantes da frente contam com bancos individuais em couro aquecido, ar condicionado automático e saídas independentes para o compartimento dos passageiros. A unidade ensaiada estava equipada com o Pack de Navegação R-Link, que inclui sistema R-Link, rádio MP3 com Bluetooth, sendo proposto por 950 €. Igualmente opcional é o sistema de ajuda ao estacionamento, dianteiro e traseiro, com câmara de marcha-atrás, o que também implica sensores de chuva e luminosidade, além de faróis de nevoeiro (850 €). Em termos mecânicos, a Trafic SpaceClass recebe o motor Twin-Turbo Energy 1.6 dCi que debita uma potência de 125 cv e 320 Nm de binário, encontrando-se associado a uma caixa manual de seis velocidades. Para um veículo que em vazio pesa quase duas toneladas, esta motorização proporciona um comportamento aceitável, embora com algumas limitações em termos de acelerações e recuperações. O consumo anunciado pela marca é de 5,9 l/100 km mas, em condições reais de utilização, o computador de bordo nunca apresentou valores abaixo dos 8,1 l/km. No que se refere ao preço de venda ao público, a Trafic SpaceClass é proposta a partir de 45 478 euros, valor que subiu para os 52 008 euros no caso da unidade ensaiada, por ter recebido a maior parte dos equipamentos opcionais que fomos referindo: o Pack Premium, o Pack Navegação R-Link, a porta deslizante no lado esquerdo ou os sensores de estacionamento dianteiros e traseiros com câmara de marcha-atrás. /
SETE LUGARES PREMIUM A versão de sete lugares do Trafic SpaceClass inclui uma mesa central deslizante e amovível e bancos rotativos individuais que possibilitam uma configuração frente a frente. Todo o habitáculo apresenta um design cuidado, com ambiente em carbono escuro
RENAULT TRAFIC SPACECLASS L2H1 1.6 DCI 125
TCO
FINANCIAMENTO
EQUIPAMENTO
RENDA - 635,07 € 4 anos/ 48 meses INCLUI: Manutenção, IPO, linha de apoio e assistência em viagem, IUC, pneus, seguro de danos próprios com franquia de 4%. Valor com IVA
Pack Style Full em preto brilhante, jantes de liga leve de 17” e faróis de nevoeiro, vidros extra-escurecidos, porta lateral deslizante, banco do condutor e do passageiro individuais “Confort”, bancos individuais rotativos sobre calhas na segunda fila no Pack Premium, estofos em couro, mesa retrátil montada em acessório, ar condicionado dianteiro automático
CUSTO TOTAL DE PROPRIEDADE
PVP VR DEP MAN € COMB. UTILIZ
46 078 € 13 823 € 32 254 € 2 236 € 7 482 € 41 972 € (52,47)
PVP – Preço de Venda ao Público. Não inclui negociação da marca / VR – Valor residual / DEP – Depreciação / MAN – Custos com manutenção programada (exclui pneus) / COM – Custos com combustível / UTILZ – Custo total de utilização para a totalidade do contrato (entre parêntesis, custo por 100 km). Todos os valores em Euros para a duração considerada (4 anos / 80 mil km)
TÉCNICA PREÇO 52 008€ (unidade ensaiada) // MOTOR 4 CIL; 1598 CC; 125 CV; 3500 RPM // BINÁRIO 320 NM // TRANSMISSÃO DIANTEIRA; 6 VEL MAN // PESO 1986 KG // COMP./LARG./ALT. 5,39/1,95/1,97 M // DISTÂNCIA ENTRE-EIXOS 3,49 M // MALA 890 L // CONSUMO 5,9 (8,3*) L/100 KM EMISSÕES CO2 155 G/KM // IUC 176,72€
ESPAÇO INTERIOR EQUIPAMENTO
MOTOR BAIXOS REGIMES PREÇO
*As nossas medições
FEVEREIRO 2018 TURBO FROTAS
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COMERCIAIS
NOTÍCIAS
MITSUBISHI FUSO TRUCK
DOAÇÃO AOS BOMBEIROS
A
NISSAN NAVARA BUSINESS 3 LUGARES
MAIOR FUNCIONALIDADE
A
Navara Business é a nova versão da popular pick-up da Nissan dirigida a empresas e empresários individuais, estando disponível a partir de 23 317 euros, com dedução do IVA, ou 30 520 euros (preço de venda ao público). O principal fator diferenciador desta pick-up de cabina dupla é a disponibilização de apenas três lugares em vez dos habituais cinco, uma vez que a fila traseira conta com apenas um banco atrás do assento do passageiro. Os restantes dois lugares foram substituídos por dois porta-objetos. A Nissan garante que tudo o resto – espaço interior, conforto - permaneceu inalterado. No capítulo mecânico, a Nissan Navara Cabine
PROGRAMA CONVERSIONS2GO DA OPEL A Opel reforçou o seu programa Conversions2Go, que oferece soluções de transformação de carroçaria à medida das necessidades dos clientes e que constam na tabela
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TURBO FROTAS FEVEREIRO 2018
Dupla 3 Lugares é comercializada com o motor 2.3 dCi, que está disponível em níveis de potência de 160 e 190 cv, associado a uma caixa manual de seis velocidades. Para garantir o máximo de conforto aos ocupantes, esta pick-up da Nissan conta com uma suspensão independente de cinco braços, que foi estreada pela Navara no segmento. Além disso, o avançado sistema de tração integral da Nissan proporciona uma excelente tração em terrenos irregulares. Os sistemas Hill Descent Control e Hill Start Assist asseguram uma progressão em subidas e descidas muito pronunciadas em total segurança, com o diferencial traseiro de bloqueio eletrónico a tirar o máximo partido da tração total. /
de preços da marca. Resultante da colaboração com transformadores de carroçarias, o programa visa aumentar a oferta da gama de comerciais da marca, para além das mais de 400 versões diferentes à saída de fábrica dos modelos Combo, Vivaro e Movano. Consoante os perfis de atividade dos clientes, a Opel propõe três abordagens distintas: soluções de fábrica, Conversions2Go, conversões adicionais certificadas.
Mitsubishi Fuso Truck Europe entregou três unidades do modelo Canter 4x4 6C180 com cabina dupla às corporações de bombeiros dos concelhos mais afetados pelo incêndio florestal de Pedrogão Grande, ocorrido em junho. A cerimónia, que decorreu na fábrica do Tramagal, contou com a presença do secretário de Estado da Proteção Civil, de diversas entidades oficiais, e culminou com a entrega simbólica das chaves das viaturas aos comandantes de bombeiros de Pedrogão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos. O presidente executivo da Mitsubishi Fuso Truck Europe, Jorge Rosa, afirmou que a oferta deste donativo foi anunciada durante a visita do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, às instalações da fábrica do Tramagal na cerimónia que assinalou o início de produção do primeiro camião elétrico a ser produzido em série, o Fuso eCanter.
COMERCIAIS MERCEDES ELETRIFICADOS A Mercedes-Benz Vans revelou que vai investir cerca de 150 milhões de euros na eletrificação de todas as suas gamas de comerciais ligeiros. A ofensiva já arrancou na Alemanha com o eVito, que está disponível a partir de 39 990 euros (valor sem IVA). As primeiras unidades serão entregues aos clientes no segundo semestre. No que se refere ao mercado
português, o MercedesBenz eVito deverá chegar em 2019. O novo MercedesBenz Sprinter também terá uma versão elétrica e tração dianteira, devendo ser apresentado no segundo semestre de 2018, estando a sua comercialização prevista para 2019.