Revista Turismo & Negócios edição nº 113

ANO XVIII l 2010 l N O 113 CIRCULAÇÃO NACIONAL E MERCOSUL

Gás Natural Conheça a energia que gera economia | Páginas 16 e 17

XVIII Troféu Lagoa Mar, marcado por emoção

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Sumário

Diretor/editor Antonio Noya Redação Conselho Editorial Dêvis de Melo Valter Oliveira Colaboradores Douglas Apratto Ênio Lins Fátima Vasconcelos José Carlos Maranhão Nide Lins Theodomiro Jr Vladimir Calheiros

www.revistaturismoenegocios.com

ANO XVIII l 2010 l N O 113

18 Destino

Aproveite o espaço indicado pelas boias e mergulhe com gosto nessa dádiva da natureza, com uma água doce e geladíssima

E mais...

Fotógrafos José Ronaldo Silvio Romero de Lima Editor de Arte Jobson Pedrosa

Ação Social

Persivaldo Figueirôa acompanha de perto tudo o que é feito e orienta as crianças nesse grande trabalho artístico

5 Começo de Conversa

Colaboradores Aracaju-SE l Silvia de Oliveira Natal-RN | Antonio R. Rocha Santos-SP | Lauro Tubino Impressão Brascolor Gráfica & Editora Ltda Revista produzida sem o uso de fotolitos pelo processo de pré-impressão digital.

Fone: (81) 3366-9000 TURISMO & NEGÓCIOS é uma revista bimestral, editada por Noyatour Publicações e Promoções Ltda.-CNPJ: 35.567.924/0001-59 Rua Valdo Omena, 302/302 Ed. São Luiz - Ponta Verde, fone/fax (82) 3336-2522 CEP 57.035-170 Maceió - Alagoas - Brasil.

E-mail: noyamcz@uol.com.br A revista TURISMO & NEGÓCIOS circula em todo o País e no Mercosul, através de mala direta para órgãos oficiais de turismo, companhias aéreas, operadoras turísticas, agências de viagens, agências marítimas, hotéis, restaurantes, locadoras, bancos, autoridades em geral e jornalistas da imprensa especializada, e está presente a grandes eventos.

Artigos assinados e conceitos emitidos por entrevistados não representam necessariamente a opinião da revista.

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Um futuro que entra pelo cano

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Giro da Notícia

l

A novidade deste ano fica por conta da qualificação em vendas de destinos turísticos, dirigida aos profissionais participantes

Hotelaria de luxo

hotelaria internacional de luxo desembarcou oficialmente em Alagoas, em dezembro de 2009, com a inauguração do Radisson Hotel Maceió

30 Opinião

Vendedores ambulantes

25 Portugal

Em terra portuguesa, com certeza, os roteiros sempre revelam algo mais que o reencontro com as raízes brasileiras, cultura e culinária, em lições de como trabalhar bem o turismo

ComeçodeConversa l

JOALDO CAVALCANTE l Jornalista l joaldocavalcante@uol.com.br

Divulgação

Um futuro que entra pelo cano Por falta de políticas públicas efetivas, de decisão de poder e de ausência de gestão na exploração das reservas de água subterrânea, os técnicos da velha Casal vivem a angústia de não poder ofertar a quantidade imposta pela demanda, especialmente em Maceió. E, pelo andar da carruagem, as perspectivas não são nada animadoras, caso permaneçam o marasmo e a ausência de investimentos.

Para completar, a ameaça de salinização progressiva das reservas contidas no subsolo.

Duas baterias de poços artesianos, no baixo Reginaldo e na praça Gonçalves Ledo, estão desativadas, pois exames laboratoriais já constataram um nível de salinização da água que a torna imprópria para o consumo humano.

Lá no norte, em Maragogi, outro poço artesiano também está comprometido pelo mesmo motivo. Enquanto isso, prosseguem a perfuração de poços de forma desordenada e a captação acima do limite de recarga garantida pelo ciclo da natureza. Aí ocorre a despressurização do lençol freático e, como consequência, a invasão da água do mar.

Em Maceió, 55% da água que abastece a cidade é procedente dos lençóis subterrâneos. Essa equação está errada. Se continuar assim, o sistema vai ao colapso e o povo é quem vai entrar pelo cano. Basta a gente se mirar no exemplo de Recife. O aquífero do Beberibe está salinizado, o que exige da compa-

nhia pernambucana a tomada de medidas de calamidade, inclusive realizando rodízios de abastecimento em bairros recifenses. Maceió possui, em seu território, bons mananciais para a captação de água de superfície.

O projeto Pratagy, que começou na década de 80, precisa ainda cumprir plenamente o seu papel.

Nesse cronograma sem fim, que já alcança 30 anos, a primeira bomba só começou a funcionar no governo Lessa e a segunda, no governo Abílio. Já a terceira bomba, o atual governo não conseguiu viabilizar até hoje.

Portanto, o sinal vermelho está aceso.

Para reverter a ameaça, basta priorizar e dar ouvidos aos técnicos competentes do Estado.

A área ambiental requer mais recursos para melhor realizar o controle das outorgas. Os rios necessitam ser protegidos, inclusive com as suas matas ciliares. Já as cidades devem fazer valer os seus planos diretores, a fim de que o adensamento urbano, fruto da especulação e da ganância, não agrave ainda mais a demanda por infraestrutura. Essas conclusões não são devaneios de "ecochatos". São resultados de estudos de muita gente responsável, pois as estimativas levam em conta o fato de que a demanda por água nas cidades vai crescer seis vezes nos próximos 50 anos.

“Para completar, a ameaça de salinização progressiva das reservas contidas no subsolo“

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Sucesso

Emoção marcou o XIII Troféu Lagoa Mar

Fotos: Silvio Romero

Homenagem ao empresário alagoano, Galba Accioly e a presença do ator global Anderson Müller foram alguns dos destaques da festa realizada na capital alagoana

Antonio Noya (c) comandou o evento, realizado no Centro de Convenções do Hotel Jatiúca

"O mais emocionante Troféu Lagoa Mar em 18 anos de premiação." Essa foi a essência da festa, realizada pela revista Turismo & Negócios com o patrocínio da TAM e do Banco do Brasil. Os cerca de 400 convidados presentes ao Centro de Convenções do Hotel Jatiúca vivenciaram dois momentos de emoção, distintos entre si no conteúdo e na forma, mas marcantes: o primeiro foi a homenagem ao empresário do setor automotivo alagoano Galba Accioly, 60, falecido recentemente; o segundo, a presença do ator global Anderson Müller, o guarda Abel da novela Caminho das Índias. >>>

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Comoção

Fotos: Silvio Romero

Quem teve o privilégio de estar presente ao XVIII Troféu Lagoa Mar sentiu-se tocado com a homenagem prestada pelo jornalista Antonio Noya ao saudoso executivo Galba Accioly. "A família do empresário e muitas pessoas presentes não seguraram as lágrimas. De minha parte confesso que tive receio em não conseguir terminar o discurso, tamanhas foram as emoções e as lembranças do meu velho amigo", disse Noya, referindo-se a Galba.

"Após 18 anos de criação do Troféu Lagoa Mar, a revista Turismo & Negócios, por iniciativa do seu diretor, o jornalista Antonio Noya, instituiu um novo símbolo de reconhecimento, a ser en-

tregue a personalidades do mundo empresarial nacional e regional a partir desta data. Trata-se da Medalha Empresário Galba Accioly", anunciou o mestre-de-cerimônias do evento, o jornalista Carlos Monforte, antes de convidar o empresário Emerson Tenório, diretor-presidente do Grupo Sococo, para receber a honraria.

"O seu nome foi escolhido para ser o primeiro a receber essa condecoração por dois motivos: a sua extensa folha de serviços prestados a Alagoas e o fato de ser um líder empresarial a quem, sem dúvida nenhuma, Galba Accioly entregaria a melhor condecoração que pudesse outorgar a alguém", completou Carlos Monforte, arrancando longos aplausos dos presentes.

Empresário Emerson Tenório beija a medalha Galba Accioly ao lado de Marília Tenório Accioly, esposa do executivo alagoano

Ao resgatar a história e os fatos que marcaram a vida de Galba Accioly, o empresário Emerson Tenório proporcionou outro momento de forte emoção não somente aos filhos, aos familiares e à esposa do saudoso executivo. "Era visível o clima de comoção entre todos", testemunhou a secretária municipal de Turismo, Cláudia Pessôa.

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Além das palavras, um gesto singular realizado por Emerson Tenório resumiu o sentimento do homenageado por aquela distinção. Após levantar e apresentar a medalha a todos, Tenório beijou a condecoração e a pressionou contra o peito, simbolizando o lugar de honra onde ficaria aquela homenagem.

Mais uma vez, os aplausos ecoaram pelo auditório.

Jangada acessível O ator global Anderson Müller e os jornalistas convidados pela T&N conheceram, na praia da Pajuçara, o projeto Jangada Acessível, sendo acompanhados pela secretária de Turismo de Maceió, Cláudia Pessôa.

O projeto foi desenvolvido pelo arquiteto e urbanista ergonomista Jorge Luiz Silva com o apoio da Secretaria Municipal de Promoção de Turismo (Semptur) e da Associação dos Deficientes Físicos de Alagoas, sendo construída pelo jangadeiro Sidney Cícero da Silva.

Com 1,90 metro de largura e 6,5 metros de comprimento, a jangada comporta até dois deficientes físicos com a cadeira de rodas e mais dois acompanhantes. "O projeto é um sucesso", disse Jorge Luiz.

O Jangada Acessível contou com a parceria do artesão Durval Joaquim, de Viçosa, que desenvolveu a esteira de bambu para facilitar o acesso dos cadeirantes até a jangada.

Ator global Anderson Müller prestigiou o evento: elogios a Maceió

Descontração

Anderson Müller fez questão de conhecer a Jangada Acessível para cadeirantes, na Pajuçara

O segundo momento marcante da noite foi a presença do ator global Anderson Müller, o guarda Abel da novela Caminho das Índias. O ponto alto do seu discurso foram os elogios à capital alagoana. "A cidade está limpa, organizada e muito diferente, a começar pelo aeroporto, digno das belezas de Maceió e do seu povo hospitaleiro", destacou Müller após a apresentação de um trecho da novela, que provocou risos e descontraiu os convidados.

Além de Anderson Müller, o XIII Troféu Lagoa Mar contou com a presença de jornalistas de todo o País das editorias de Turismo e Economia.

Apoio O Troféu Lagoa Mar contou com os patrocínios da TAM e do Banco do Brasil e com o apoio da Prefeitura de Maceió, da Semptur, do governo do Estado, do Sebrae, da Gafor Logística, da Air Canada, da Joalheria Sophia Gifts, da Aeroturismo, da Master Operadora Turística, da MEP Eventos e Turismo e dos hotéis Ritz, Jatiúca, Maceió Atlantic, Brisa Tower, Radisson Maceió, Conrad Punta del Este Resort & Casino e Paradise Point. >>>

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Fotos: Silvio Romero

Silvio Casarini e Jeanine Pires

Luiz Otávio Gomes e Marcos Vieira Francisco Costa e Wilton Malta

Márcio Vasconcelos e Álvaro Tieppo

Homenageados Dois empresários alagoanos do litoral norte - Márcio Vasconcelos (Empreendedor da Hotelaria Alagoana), pelo resort Salinas de Maragogi, e Nilo Burgareli, pela pousada do Toque (Destaque em Hotelaria de Charme) - foram agraciados com o Troféu Lagoa Mar. Foram homenageados, ainda, o Grupo Lopana (Destaque Gastronômico), do empresário Eduardo Sales; a System Tours (Destaque em Agência de Viagem), da empresária Fáti-

ma Tenório; o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico, Luiz Otávio Gomes (Construtor do Desenvolvimento de Alagoas); e o jornalista Marcelo Firmino (Mérito em Gestão de Imagem Institucional). Já no cenário nacional foram agraciados a companhia aérea TAM, na categoria Mérito do Transporte Aéreo Internacional, na pessoa de Silvio Casarini; e o Rio Quente Resorts (Destaque em Entretenimento de Campo e Lazer), cujo troféu foi entregue a Francisco Costa.

Nilo Burgalli e Nestor Tissot

Marcelo Firmino e Nelson Ferreira Fátima Tenório e Fernando Toledo

Eduardo Sales e Cláudia Pessôa

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Álvaro Machado e Gleyson Ranieri

Robson Rodas (c), Átila Borges e Silvio Casarini

Prêmios Os convidados do XVIII Troféu Lagoa Mar foram brindados com 11 passagens aéreas internacionais, uma viagem de cruzeiro em cabine dupla, 42 diárias nos mais requintados resorts do Nordeste e do Centro-Oeste e uma exclusiva joia de grife.

Na festa, vários parceiros da revista Turismo & Negócios como TAM, Air Canada, Master Operadora, Tropicana Turismo, Rio Quente Resorts e joalheria Sophia Gifts - ofertaram alguns "mimos" para sorteio.

A Master Operadora Turística ofertou diárias nos hotéis Summerville Resort (Porto de Galinhas - PE), Mar Hotel Recife, Miramar Maragogi Resorts, Pousada Gungaporanga e Vila Galé Eco Resort do Cabo (PE) e em resorts da Costa do Sauípe (BA).

Já a Tropicana Turismo ofertou diárias nos hotéis Salinas do Maragogi Resort e Salinas de Maceió Resort. O Rio Quente Re-

sorts brindou também os presentes com o sorteio de diárias naquele importante complexo de entretenimento e lazer.

A lista de premiação não parou por aí. O diretor Comercial, Brasil da companhia aérea Air Canada, Gleyson Ranieri, sorteou três passagens, sendo uma ida e volta São Paulo-Vancouver, outra São Paulo-Tokyo e outra São Paulo-Montreal. A TAM na pessoa do Diretor Regional Nordeste, Silvio Casarini, ofertou sete passagens para Miami, Buenos Aires, New York, Milão e Porto Alegre. Por fim, a Transamérica Turismo presenteou os convidados com uma passagem Maceió-Lisboa-Maceió, em voo charter da Páscoa, a ser realizado em abril de 2011.

Finalizando a extensa lista de prêmios, a Master Operadora sorteou um cruzeiro de sete dias em cabine dupla interna com saída de Maceió no navio Grand Holiday, da Ibero Cruzeiros, durante o Carnaval. Já a joalheria Sophia Gifts brindou os presentes com uma joia exclusiva da sua coleção.

Márcio Barros e Marcel Monteiro

Luis Carlos Magalhães e Carol Feitosa Wilton Malta e Andreza Barros

José Vanderley e Munir José Calaça

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Girodanotícia

A Algás encerrou o ano de 2009 de cara nova. Com a conclusão da reforma da fachada, a sede ganhou uma nova calçada, espaço para estacionamento de visitantes, comunicação visual na entrada e um muro totalmente pintado. Simples, não? Não!

O que pode parecer apenas uma reforma física faz parte de mais uma ação social. A nova calçada, por exemplo, além de ganhar rampas de acesso para cadeirantes, foi toda construída com piso táctil, com indicadores de caminhos e obstáculos que auxiliam a passagem de portadores de deficiência visual.

Já o muro de 284 metros de extensão foi transformado numa grande tela de arte. A empresa cedeu esse espaço para que as crianças participantes da oficina de artes do projeto Sua Majestade O Circo pudessem colocar em prática o que aprenderam. "Elas tiveram aulas sobre a cultura alagoana com Lula Nogueira, Persivaldo Figueirôa e José Acioli Filho e, assim, puderam escolher quais figuras iriam ilustrar no muro", explicou Peró de Andrade, coordenadora do projeto.

Persivaldo Figueirôa acompanha de perto tudo o que é feito e orienta as crianças nesse grande trabalho artístico. "Muitas estão tendo contato com a pintura pela primeira vez, mas há muitos talentos a serem descobertos aqui", disse o artista.

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Fotos: Divulgação

Projeto Sua Majestade O Circo pinta o social

Feira de Negócios Turísticos será realizada no Beto Carrero World

16ª BNT Mercosul movimenta negócios Gerar negócios, promover contatos comerciais e capacitar pessoas da área do turismo são os principais objetivos dos organizadores da BNT Mercosul (Bolsa de Negócios Turísticos), que terá a sua 16ª edição realizada nos dias 21 e 22 de maio, novamente na cidade de Balneário Camboriú e no Beto Carrero World, em Penha, SC. A exemplo do sucesso dos anos anteriores, a Feira de Negócios Turísticos reunirá expositores do Brasil e do exterior, apresentando as últimas tendências em produtos e serviços turísticos a importantes profissionais da área de todo o Mercosul, entre operadores e agentes de viagem.

A novidade deste ano fica por conta da qualificação em vendas de destinos turísticos, dirigida aos profissionais participantes . "No primeiro dia do evento haverá a palestra magna, ministrada por um renomado especialista na área de vendas e, durante a feira, serão realizados painéis a cada meia hora, promovidos por alguns expositores que têm participação especial na BNT Mercosul", explicam os organizadores Geninho Goes e Jair Pasquini. "Essas mudanças transformam a BNT Mercosul no evento mais completo e qualificado destinado ao trade turístico, incluindo feira de negócios, treinamentos, visitas técnicas e atividades sociais", completam.

A hotelaria internacional de luxo desembarcou oficialmente em Alagoas, em dezembro de 2009, com a inauguração do Radisson Hotel Maceió. O empreendimento, o sexto da marca Radisson em operação no Brasil e administrado pela Atlântica Hotéis International, trouxe na bagagem um novo conceito de hospedagem e um projeto social exclusivo - integrado à comunidade local e que valoriza o artesanato nordestino.

Quatro meses foram suficientes para a unidade superar as suas metas, atraindo hóspedes especialmente de São Paulo, da Bahia, do Paraná, do Rio de Janeiro e de Pernambuco - pela ordem.

"Levamos a Maceió uma marca hoteleira de luxo, com foco no lazer, mas sem ignorar o nosso consagrado atendimento ao público de negócios. É um desafio e tanto, que exige infraestrutura de excelência mundial, mas com um tempero alagoano", observa a gerente-geral, Karen Stank.

A localização em um dos cartões-postais da capital, na famosa praia da Pajuçara, é muito convidativa.Todos os seus 172 apartamentos e - 23 suítes - foram projetados com vista para o mar; as suítes Master, Royal e Presidencial e os apartamentos Premium são de frente para a orla.

O engajamento social é uma das filosofias do Radisson Hotel Maceió. O empreendimento se tornou o mais novo parceiro do projeto Jangada Acessível, através do qual reverte recursos em benefício da Associação dos Deficientes Físicos de Alagoas (Adefal). O investimento é

Divulgação

Hotelaria internacional de luxo em Alagoas

Radisson: novo conceito de hospedagem

aplicado na construção de uma jangada que possibilite aos portadores de necessidades especiais acesso aos passeios pelas piscinas naturais da Pajuçara. A primeira jangada acessível do Brasil fez a viagem com dois cadeirantes no dia 3 de fevereiro de 2010. A iniciativa foi desenvolvida pelo arquiteto Jorge Luiz e idealizada com base na disciplina de Ergonomia do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Enqenharia (Coppe/UFRJ). A Secretaria Municipal de Promoção do Turismo (Semptur) e a Superintendência Municipal de Controle do Convívio Urbano (SMCCU) oferecem apoio logístico.

Litoral de Alagoas ganha novo hotel de luxo O litoral alagoano ganhou mais um pequeno hotel de luxo no mês de março. A partir do dia 29 entrou em operação o Gungaporanga Hotel, localizado no alto de uma falésia com vista para a praia do Gunga e a lagoa do Roteiro.

O hotel possui 18 bangalôs. "Nos bangalôs há televisor de LCD com canais por assinatura, DVD, cofre, enxoval de algodão egípcio, travesseiros de penas de ganso, amenidades da grife L´Occcitane, frigobar, ar-condicionado split, secador de cabelos e telefone", conta a gerente operacional, Mirella Mora. Os bangalôs super-

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luxo têm hidromassagem e o Máster, além da hidromassagem, oferece piscina privativa.

"Temos um bangalô superluxo adaptado, e todas as nossas instalações têm acesso para deficientes físicos, além de área de fitness, wireless, piscina com borda infinita e sauna integrada, bazar, pool bar e restaurante gourmet, com a assinatura da chef Ana Silva".

Segundo a gerente, o hotel oferece "trilhas ecológicas dentro da propriedade, passando pelo pomar e pelo mangue até chegar à praia particular da lagoa do Roteiro". No empreendimento não são aceitos menores de 14 anos.

Fotos: Divulgação

Gás Natural

Hotéis já utilizam Gás Natural como fonte de energia Ar-condicionados ligados 24 horas, água quente nos chuveiros de todos os apartamentos, lavanderias a todo vapor... É preciso muita energia para garantir o conforto dos hóspedes Conhecer as demandas energéticas do seu empreendimento é o pri-

ções aos setores que serão pelos mesmos servidos”, afirma o gerente de

meiro passo para otimizar a operação e os custos com energia elétri-

Manutenção do hotel, Carlos Struckas. (fonte: Revista Hotéis 17/03/2010).

ca. Para cada perfil de consumo de energia existe uma solução capaz de reduzir os custos e otimizar a energia utilizada.

Segundo Alexandre Breda, gerente de Vendas para o Grande Comércio da Companhia de Gás de São Paulo (Comgás), a confiabilida-

A escolha do sistema adequado às suas necessidades representa

de de suprimento, o custo operacional e a qualidade da energia gera-

um diferencial competitivo no setor hoteleiro. Poder gerar a sua pró-

da são fatores determinantes na escolha pelo sistema de geração de e-

pria energia a partir do gás natural já é uma realidade disponível no

nergia com gás natural.

mercado. Dentre as principais vantagens obtidas na escolha por esse sistema de produção de energia estão a menor dependência da rede

Sustentabilidade

elétrica, a menor emissão de poluentes e a redução nos custos.

Se, no contexto ambiental, a palavra sustentabilidade representa o

Muitos hotéis já utilizam sistema de geração de energia com gás

uso dos recursos naturais a uma taxa em que esses possam se renovar,

natural, permitindo menor dependência da rede elétrica e maior eco-

no âmbito empresarial, sustentabilidade pode representar uma valio-

nomia. É o caso do Sofitel São Paulo Ibirapuera, tradicional empreen-

sa ferramenta para uma empresa se sobressair à concorrência.

dimento hoteleiro da capital paulista que utiliza o gás natural para a geração de energia.

tos e soluções que possam tornar a empresa mais eficiente, reduzindo

Já o hotel Transamérica, também em São Paulo, optou pela coge-

os seus custos e aumentando, consequentemente, os seus lucros. Os

ração de energia, que, apesar de ainda estar em fase inicial, já é utiliza-

custos relacionados ao consumo de energia no setor hoteleiro são, cer-

da no aquecimento da água.

tamente, um dos mais significativos, e soluções que podem agir tanto

“O gás natural é uma boa opção para a redução de custos, porém é de vital importância um estudo para se adequar equipamentos e/ou instala-

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Nesse contexto ser sustentável significa fazer uso de ideias, concei-

nos equipamentos que de fato utilizam a energia quanto nas alternativas de abastecimento de energia podem reduzi-los.

CONFIRA ALGUMAS SOLUÇÕES A PARTIR DO GÁS NATURAL

Geração em ponta Durante o horário de ponta (nos dias úteis entre as 17h30 e as 20h30 para Maceió), o valor do kWh de energia elétrica chega a ser mais de dez vezes maior que o valor do kWh fora do horário de ponta. Para a redução de custos com energia uma alternativa é gerar a própria energia nesse horário através de geradores movidos a gás natural.Além de reduzir os custos com energia elétrica, os geradores podem funcionar como backup em casos de falta de energia elétrica.

Climatização Os ar-condicionados representam grande parte do custo de energia elétrica de um hotel.A redução desse consumo em cerca de 90% pode ser conseguida através do uso de tecnologias para a climatização a partir do gás natural, substituindo os ar-condicionados tradicionais por equipamentos como o GHP (gas heat pump) ou o chiller de absorção, que utilizam o gás natural como fonte de energia.

COGERAÇÃO: um único combustível gerando mais de uma forma de energia Além das várias aplicações do gás natural como fonte de energia, utilização em grupos geradores e sistemas de arcondicionado movidos a gás, lavanderias e outros, o gás natural também permite um tipo de aplicação que vem ganhando cada vez mais adeptos na rede hoteleira: o sistema de cogeração - processo que permite a geração simultânea de energias elétrica, térmica e a vapor, além de águas quente e gelada, a partir de uma única fonte de combustível: o gás natural.

O sistema de cogeração consiste na instalação de grupos geradores de gás natural para suprir total ou parci-

almente a demanda de energia elétrica do empreendimento e, através do aproveitamento do calor gerado pelo motor, a energia que ora seria jogada fora possibilita a geração de outras utilidades necessárias, tais como águas quente e fria.

A figura abaixo ilustra um exemplo de sistema de cogeração. Nela, o gerador de energia produz energia elétrica suficiente para atender a toda a demanda elétrica do hotel. Os gases de exaustão do gerador são aproveitados para fornecer energia a um sistema de climatização e aquecer a água para consumo.

Aquecimento de água

Aeroporto de Maceió conta com sistema de cogeração O Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares é o primeiro aeroporto do Brasil com a tecnologia de cogeração. Em sua Central de Água Gelada existem dois grupos geradores movidos a gás natural, que fornecem energia elétrica a todo o aeroporto. O calor dissipado pelo sistema de geração e pelos seus gases de exaustão é utilizado em um chiller de absorção, o qual produz cerca de 250TR para atender ao sistema de climatização do aeroporto. Utilizando esse sistema, que possui um gerador com potência de

Luis Eduardo Vaz

Aquecer a água utilizada nos chuveiros, pias, piscinas e lavanderias utilizando o gás natural como energético pode representar uma economia de até 60% na conta de energia quando comparado ao aquecimento com chuveiro elétrico. O aquecimento de água com gás natural pode ser realizado através de sistemas centrais ou como complemento aos sistemas de aquecimento solar.

790kW, o aeroporto tem garantia do abastecimento de energia independentemente de falhas na distribuição ou de racionamento de energia elétrica, como o ocorrido em 2001.

Em Alagoas consulte a Algás (www.algas.com.br) para saber mais sobre o assunto.

Em outros estados consulte a distribuidora local de gás canalizado pelo site www.abegas.org.br

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Destino

São Francisco, maravilha do Sertão

Nide Lins

Passeio de catamarã em Piranhas e no cânion de Xingó, dois cenários deslumbrantes do Velho Chico

Mergulhar nas águas doces do rio São Francisco, entre Alagoas e Sergipe, é a melhor dica para enfrentar o verão

O carnaval se foi, feriadão agora somente na Semana Santa. Mas quem mora em Alagoas deve aproveitar, pois, com o fim das festas de Momo, é tempo de baixa temporada e viajar fica mais em conta. O nosso Estado tem lugares apaixonantes, como a pequena cidade de Piranhas, encravada no Sertão; bela, preservada, histórica, com o rio São Francisco deslizando as suas águas doces entre os morros. Um eterno convite a navegar horas pelo seu leito. Vizinha ao município de Piranhas está a cidade sergipana de Canindé de São Francisco, que guarda relíquias como o Museu Arqueológico de Xingó (MAX) e os passeios pelos cânions do Velho Chico. >>>

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Fotos: Nide Lins

A cidade de Piranhas, vista do alto do Mirante do Século 20, revela toda a exuberância do Velho Chico

Carolina Sanches

Para vivenciar os sertões alagoano e sergipano, é preciso, no mínimo, agendar três dias. E pode ter certeza de que quem m conhece Piranhas sempre retorna ao doce destino, uma das sete maravilhas do mundo.

Logo na chegada, descendo a ladeira, já é possível avistar o rio e a pequena cidade, com o seu casario histórico colorido, a estação de trem e os monumentos da passagem dos séculos 20 e 21. Até os mortos são felizes na cidade: o cemitério tem a melhor visão do rio São Francisco.

ComoPiranhasédistante280quilômetrosdeMaceió, programe a viagem entre 5 e 6 horas da matina ou então chegue na quinta-feira à noite para ter tempo de fazer o passeio de barco, que sai às 11 horas, com destino a Angicos(ladosergipano).NopasseiopeloVelhoChico,acidade de Piranhas vai ficando para trás, avistando-se os morros e uma singela capela.

No trajeto, também são observados pequenos redemoinhos, mas nada que assuste, afinal, nenhum acidente foi registrado até hoje. Quando a embarcação atraca no restaurante Angicos, boias delimitam o espaço para o banho e é bom que seja respeitado porque só quem conhece as águas do Velho Chico são os pescadores.

Aproveite o espaço indicado pelas boias e mergulhe com gosto nessa dádiva da natureza, com uma água doce e geladíssima. Para melhor conforto, o restaurante Angicos, sob a batuta da família de dona Gilda, coloca mesas às margens do rio.

Mas, como o restaurante também oferece uma linda vista,prefiraalmoçarnoalto,debaixodafrondosamangueira.Paracomeçar,ofilédesurubimmostraasuanobrezaao paladar,porémapituzada(comcasca)cozidanapanelade barro e acompanhada de pirão é de lamber os beiços.

Para os mais dispostos a enfrentar o sol, tem a trilha de Lampião, que leva até onde o cangaceiro foi morto com o seu bando. A duração do passeio é de cerca de uma hora, com poucos obstáculos. Vale a pena. Mas o bom mesmo é se banhar no Velho Chico e, segundo a lenda, quem faz isso sempre retorna.

No passeio de volta vale conferir os bordados de redendê no povoado de Entremontes. Dizem até que a passagem do imperador dom Pedro II marcou tanto a comunidade que muitos moradores, ainda hoje, atribuem a ele a escolha do nome do povoado. O redendê é famoso, elaborado com agulha, linha e tesoura. A bordadeira corta o tecido em quadrados, losangos ou triângulos e, com o auxílio de um bastidor, vai unindoos com linhas brancas ou coloridas, formando barras.

Esse artesanato, produzido por mais de 50 ribeirinhas, é adquirido por turistas e está presente em restaurantes de São Paulo e em lojas de Brasília.

Canindé do São Francisco: ponto de partida para o cânion

A pequena capela é um dos cenários do passeio de barco pelo rio São Francisco na cidade de Piranhas

PIRANHAS POUSADA NOSSO LAR

manhã na geladeira - Telefones - 8875-1723 e

Telefone: (082) 3686-3406

8896-2183

Diária - R$ 90,00 (casal) com café da manhã.

Tem ar-condicionado nos apartamentos. Na pou-

POUSADA LÍRIO DO VALE

sada também é possível agendar o passeio pelo

Telefone: (82) 3686-3145

rio São Francisco saindo de Piranhas até a trilha

Valor da diária: a partir de R$ 100,00 para

de Lampião (Angicos) - R$ 35,00 (por pessoa)

casal com café da manhã

RESTAURANTE ANGICOS

CANINDÉ DE SÃO FRANCISCO

Surubim ao molho de macaxeira - R$ 38,00

Passeio de catamarã: Empresa MTour

(para duas pessoas); pituzada - R$ 60,00 (para

Preço: R$ 40,00 - Contato: (79) 8819-3082

duas pessoas) - Telefone: 8866-1830 VISITA À USINA XINGÓ FLATS

Preço: R$ 30,00 (para carro pequeno)

Diária R$ 90,00 para casal e mais R$ 30,00

R$ 5,00 (Por pessoa em ônibus de turismo)

por pessoa - Com direito aos itens do café da

Contato: (79) 8819-3082

Cânion de Xingó, um espetáculo para os olhos Depois de passear pelo rio São Francisco, em Piranhas, agende o segundo dia para seguir viagem até a cidade de Canindé do São Francisco e navegar pelo cânion de Xingó. O passeio - com duração de três horas - tem saídas do restaurante Karrancas e revela uma paisagem formada por belos e imponentes paredões rochosos, com cerca de 60 milhões de anos – que chegam a ter 50 metros de altura –, e pelas águas do rio São Francisco, represadas por causa da construção da Usina Hidrelétrica de Xingó, na década de 90; um espetáculo para os olhos.

Uma das formações rochosas é a Pedra da Águia, com o formato de ave. A profundidade das águas também chama a atenção; em alguns pontos atinge até 170m, com extensão de 65 quilômetros e largura que varia de 50m a 300m.

O passeio segue pelo Velho Chico até a Gruta do Talhado (lado alagoano, no município de Olho d’Água do Casado), que tem esse nome porque os paredões de rocha que formam o cânion parecem talhados à mão. Na Gruta é feita uma parada para mergulho no rio São Francisco e um passeio em barco menor pelos labirintos da rocha. A área é cercada por boias e coletes salva-vidas, que garantem segurança para um delicioso mergulho no rio São Francisco; uma relíquia da natureza.

Pituzada no restaurante Angicos

Entremontes: bordado redendê

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Portugal l

ÊNIO LINS

Retornando além-mar Em terra portuguesa, com certeza, os roteiros sempre revelam algo mais que o reencontro com as raízes brasileiras, cultura e culinária, em lições de como trabalhar bem o turismo

Fotos: Paulo Favero/Fatto Stampa

Finda a ditadura salazarista, reconciliados consigo mesmos, os lusitanos tratavam os que regressavam dos exílios (forçados ou voluntários) como "retornados". Termo repleto de carinho fraternal, rimando com os cravos - símbolo da revolução sem violência - que, em 25 de abril de 1974, ao som da Girândola Morena, anunciaram, com quase 70 anos de atraso, a chegada do Século XX a Portugal.

Retornados é como todos os brasileiros se sentem estando em Portugal. Exceções à parte, a regra geral é a alma brasileira achar-se em casa (ou na casa materna) nas terras lusitanas.

E por que não começar o périplo por Portugal antes de chegar à Europa?

Do sabor da erva-doce

Penhascos, vegetação nativa e vistas fantásticas são atrações da Ilha da Madeira

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Funcho é o outro nome da nossa popular erva-doce. Funchal é a capital do arquipélago da Madeira, nome também da ilha principal. Quando os portugueses lá chegaram, encontraram vastas áreas cobertas por tapetes de funcho silvestre. Pois essas insulares terras portuguesas estão situadas mais próximas da África que da Europa.

As demais ipuãs do grupo são Porto Santo, Ilhas Desertas (um trio de ilhotas de origem vulcânica que formam uma reserva natural) e Ilhas Selvagens (duas maiores e um monte de ilhotas, todas agrestes, e habitat de pássaros, lagartos e outras criaturas teimosas).

Uns dias na Madeira devem ser incluídos em seu roteiro. Pode ser "de começo", transformando Lisboa numa escala.

O Aeroporto Internacional de Funchal já é uma atração. A moderna pista de pouso é aérea. Isso mesmo: uma estrutura erguida e sustentada sobre as escarpas íngremes da ilha.

Nos arredores de Lisboa, em permanente atalaia, as fortalezas antigas resguardam a modernidade de uma capital européia contemporânea

Os pilotis dessa obra gigantesca servem também como molduras para espetáculos montados no piso inferior, um largo pavimento "térreo", onde são realizados shows de todos os tipos.

Outra atração das ilhas da Madeira é a vegetação nativa, considerada única em função do isolamento do arquipélago. A tardia ocupação humana também contribuiu para a preservação de um ecossistema com características únicas, pois os seus primeiros habitantes lá chegaram apenas no Século XV e, apesar do tradicional esforço humano para agredir a natureza, não lograram êxito na erradicação da flora e da fauna típicas.

Os guias turísticos ilhéus lhes explicarão que aquelas plantas com cara de pré-históricas são mesmo pré-históricas. Estão classificadas como integrantes da Floresta Laurisilva e algumas espécimes só existem nas ilhas da Madeira. Por sua vez, a Wikipédia diz que: "Classificada como Património da Humanidade pela Unesco em 1999", a vegetação Laurisilva, "que cobria a ilha antes da colonização, foi quase inteiramente queimada pelos primeiros colonos, e apenas alguns hectares nos vales, ao norte da ilha, se preservaram".

Sem dúvida, o ímpeto devastador é parte da cultura dos colonizadores de antanho, mas é fato que, modernamente, as autoridades responsáveis pelo arquipélago cuidaram de reimplantar e multiplicar nichos com essa cobertura vegetal nativa, especialmente em parques de fácil acesso para os turistas.

Há muitos anos, Funchal é um centro turístico planejado e disciplinado com sabedoria.

Ainda nos tempos de Salazar, esse entendimento sábio fez com que o nosso Oscar Niemayer fosse contactado (como escrevem os lusos) para um ousado projeto na capital das ilhas. E da prancheta do mestre saiu o Casino Park Hotel, edificado em 1966, cujo cassino propriamente dito muito se parece com a Catedral de Brasília (esta, muito mais bonita que aquele). As linhas do complexo, todas marcantes no estilo chamado Arquitetura Moderna Brasileira, estão perfeitamente conservadas. Os esboços desenhados por Niemayer, assim como todas as páginas da carta (escrita a próprio punho), onde o arquiteto explicava o "partido" (memorial descritivo do projetado), estão em exposição no hall do hotel, em destaque. Em não se hospedando lá, sugere-se ao menos uma passada no Casino Park Hotel, há muitos anos integrante da conceituada rede Pestana.

Muralhas Formado por ilhas vulcânicas, o arquipélago não tem praias, a não ser em estreitos pontos. Com força, o mar lambe rochas em incontáveis falésias, penhascos de alturas variáveis. Existem longas áreas de muralhas nuas de pura pedra, assim como outros trechos são cobertos de vegetação típica - em todos, a vista é magnífica. A ilha principal está pontilhada de hotéis. Nos núcleos urbanos são construções convencionais em edifícios com muitos apartamentos, piscinas e tudo mais. Em áreas mais distanciadas dessas vilas, várias quintas foram transformadas em charmosas pousadas, quase todas com os seus parreirais abastecendo uma vinícola própria.

O artesanato é bonito e tem como base um tipo de vime típico das ilhas. O bolo de mel de cana é característico, rezando a tradição que devem ser feitos em 8 de dezembro, dia de Nossa Senhora da Conceição, para serem comidos no dia de Natal do ano seguinte.

Naturalmente, uma das atrações modernas da Ilha da Madeira é a casa onde nasceu Cristiano Ronaldo - sabe como é: esses lusitanos são doidos por futebol e acham que o resto do mundo também o é... >>>

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Entre Lisboa, Porto e mais

Fotos: Paulo Favero/Fatto Stampa

Portugal continental é terra mãe sobejamente conhecida por seus filhos, netos e bisnetos.

Falar sobre as cidades e vilas lusas é um ato recorrente. Mas, até pela emoção replicante do

reencontro, não há como não repetir o já dito, escrito e reescrito.

Sendo possível, duas paradas se impõem, uma ao norte outra ao sul: Porto e Lisboa. Largas pistas rodoviárias, muito bem servidas, ligam essas duas cidades referenciais da nação portuguesa.

Fabulosas lembranças da época murisca em Portugal merecem uma atenção especial, seja pelo arrojo da arquitetura e/ou pela fina azulejaria

Ao norte No Porto, além do magnífico vinho, um Portugal mais ancestral lhe espera e acolhe.

Comida de primeira - como do restante do país -, farta e saborosa, onde peixes e outros frutos do mar fazem a delícia dos paladares mais exigentes. A história transborda em toda esquina, a cada rua ou beco, especialmente nas vielas medievais, que acompanham os cais às margens do Douro, onde os botecos são excepcionais. É indispensável uma visita ao mercado público, uma soberba construção em estrutura metálica estilo art noveau (ou arte nova, como gostam de traduzir os lusitanos), que nos traz alguma lembrança da edificação principal do mercado Ver-o-Peso, em Belém do Pará.

No Porto, as lembranças de Dom Pedro IV são mais nítidas. Um monumento equestre de cinco toneladas, localizado na Praça da Liberdade, ajuda a não esquecer o príncipe lusitano, que conduziu duas revoltas bemsucedidas. Proclamou a Independência do Brasil, tornando-se o nosso primeiro imper-

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ador, e regressou a Portugal para recuperar o trono, do qual havia se desligado radicalmente, às margens do Ipiranga (mas não olvidou de designar a filha Maria para aboletar-se no trono português).

Do Brasil enxergou que a filha não ia emplacar como rainha lusitana e perderia a parada para o tio (dela, irmão dele). Viu, voltou e venceu - tendo o Porto como o seu principal reduto. Pedro, ex-imperador do Brasil, reinou por exatos sete dias como Pedro IV de Portugal, antes de morrer, no mesmo quarto e na mesma cama onde nasceu, no Palácio de Queluz, em Sintra (arredores de Lisboa).

Cumprindo a sua vontade, o seu coração foi retirado antes das exéquias e enviado, sob conserva, para ser resguardado na Igreja da Lapa, no Porto. Os demais restos mortais foram trazidos ao Brasil quando do Sesquicentenário da Independência, em 1972. O caixão imperial percorreu as capitais brasileiras e, em Maceió, deu o ar da sua graça para visitação pública no Palácio dos Martírios. Hoje, os seus restos mortais estão depositados no Museu do Ipiranga, em São Paulo.

Referência da arquitetura e da história, a Torre de Belém fazia parte do cenário de Lisboa quando da partida de Pedro Álvares Cabral

Ao Sul

Fátima

Lisboa lhe espera com um misto de urbe européia contemporânea e antiga capital conservadora do Velho Mundo. Muitos são os pontos históricos merecedores de revisita.

Mosteiro dos Jerônimos, Torre de Belém, Museu dos Coches, Castelo de São Jorge, Chiado, Rossio... Não bastar ver uma única vez.

Falando em Chiado, é indispensável passar pelo Café A Brasileira e tomar nem que seja uma xícara. Afinal, aquele era um dos endereços preferidos do grande Fernando Pessoa, cuja estátua em metal está postada defronte ao estabelecimento, convidativa a um cumprimento e a uma foto (coisa cafona, mas obrigatória). Saboreie as castanhas dos ambulantes no Largo do Rossio e escolha restaurantes à vontade. Sem falar no bacalhau e nas sardinhas, os borregos são especialíssimos.

Tendo tempo, dê um pulo na Feira da Ladra, um dos mais famosos brechós a céu aberto da Europa. Funciona aos sábados e às terças-feiras, mas o quente é o sábado. Porém chegue pela manhã, preferencialmente, não se estenda pós-almoço e evite o cair da tarde, onde o ambiente pode fazer jus ao nome (mais no masculino que no feminino).

Numa tacada, você pode programar um trio de visitas inesquecíveis, de localização próxima: Torre de Belém, Mosteiro dos Jerônimos e Museu dos Coches. E, de quebra, saborear os legítimos pastéis de Belém, cuja fornaria está localizada entre o mosteiro e o museu das carruagens.

E, não muito distante do centro, está também o Palácio de Queluz, em Sintra.

Um dos principais centros de peregrinação da Europa, o sítio de Fátima, na Cova da Iria, é monumental. O santuário, propriamente dito, tem o seu epicentro numa capelinha diminuta, onde originalmente foi colocada a imagem da santa feita no Brasil. Depois de ter sido dinamitada em 1922, essa modesta construção foi refeita e passou a dispor de uma proteção especial (uma "casamata" de vidro e metal). Mais adiante dessa primeira edificação foi construída a grande Basílica de Nossa Senhora do Rosário (1928). Esse conjunto de templos foi coroado em 2007, com a Igreja da Santíssima Trindade, cuja área coberta tem nada mais nada menos que 40 mil metros quadrados, acolhendo 8,6 mil pessoas sentadas.

Fátima é a Nossa Senhora mais, ou única, política. A sua aparição, em 1917, foi automaticamente associada em oposição à Revolução Russa, no mesmo ano. Das que teriam sido as suas mensagens, transmitidas através de três crianças (Lúcia, Jacinta e Francisco), as diretivas políticas eram explícitas.

Outro fator "político" que deve ser levado em consideração é que o lugar, Fátima - que, como em todas as aparições daVirgem, lhe é agregado ao nome santo - teve o condão mágico de trazer ao catolicismo uma denominação típica do islamismo, visto que Fátima era a primeira filha (fiel seguidora e conselheira) de Maomé, uma mulher tão emblemática para o mundo mulçumano que inspirou uma das mais importantes facções islâmicas: a dos fatimídias. O toponímico, indiscutivelmente, denuncia a enorme força da presença moçarabe (portugueses mulçumanos ou aliados do Islã) na região.

Uma fantástica história, um local indispensável de ser visitado até por ateus. >>>

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Castelos seculares, como o de Óbidos, conjugam o testemunho da história com uma eficiente rede de serviços turísticos

Não faltarão lugares belos e interessantes para visitar numa jornada portuguesa, com certeza. O mais produtivo é, antes de viajar, organizar direitinho as opções junto ao seu agente de viagens ou montar o quebra-cabeça com o auxílio da Internet.

Os trajetos são relativamente curtos, em quilômetros entre um e outro, mas longos e distintos em períodos de visitação. Óbidos, por exemplo, você visita em poucas horas. O Palácio de Queluz, em Sintra, leva mais tempo, se você quiser percorrer (e estiverem disponíveis) as principais salas, prestando atenção aos fantásticos detalhes rococós da decoração.

O mosteiro de Batalha, uma monumental obra-de-arte medieval, que pode ser visitada no retorno do

Santuário de Fátima, merece uma atenção mais rigorosa para quem aprecia a cantaria e o estilo gótico.

Cascais é um centro turístico praieiro. A depender do gosto, uma vista d'olhos resolve, acompanhada de uma boa refeição, para não perder a viagem.

E, por falar em refeição, a cozinha lusa continua impagável, deliciosa e farta. Todos esses roteiros são servidos por todos os tipos de alternativas gastronômicas, desde as grandes instalações à beira das estradas até as cantinas charmosas, encravadas nas esquinas das vilas e cidades.

Além da língua, as nossas raízes estão profundamente fincadas na culinária portuguesa. É como estar de volta às receitas, aos sabores ancestrais da casa da mãe e/ou da avó.

Não vá a Portugal para cumprir regime. Esbalde-se. Mas cuidado com os preços, pois são dos mais salgados no Velho Mundo.

Mosteiro de Batalha, um tesouro na arte da cantaria e legítimo representante da arquitetura gótica

Chico Senra

Sintra, Óbidos, Batalha, Cascais...

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antena l

noyamcz@uol.com.br

Tapete >>>

Fátima Noya, Phd em receber bem, aqui com Raquel Tenório, competente e atuante superintendente de Desenvolvimento da Setur/AL

A festa de entrega do XVIII Troféu Lagoa Mar, no Centro de Convenções do Hotel Jatiúca, provou que as expectativas tinham as suas razões. Gente bacana e anfitriões impecáveis - Antônio Noya, Dêvis de Melo e Walter Oliveira, os promotores do evento -, além de editores da revista Turismo & Negócios.

Entre a mistura de convidados de todos os meios, aqui da seara, também estavam lá os globais Carlos Monforte, na condição de apresentador, e o ator Anderson Müller, o guarda Abel, marido da Norminha na novela Caminho das Índias, de Glória Perez, fazendo a linha rei da simpatia; além de jornalis-

tas e empresários, que contam Brasil afora.

Sem falar que, para onde a gente olhava, dava de cara com toda a high society alagoana e representantes da ala do PIB do Estado.

A temperatura ambiente, o serviço de garçom e o megabuffet foram impecáveis.

Mas os sorteios de passagens aéreas pela TAM e Air Canada e a hospedagem, com direto a acompanhante, para boa parte do Brasil e dos quatro cantos do mundo, foram o grande frisson da noite.

A mulherada fez jus ao evento e caprichou na elegância - uma mais que a outra.

Noite para não ser esquecida.

Psicanalista Rosinete Mendonça em cena de tiete do ator Anderson Müller, com aval do marido Humberto Gomes de Melo

Fotos: Silvio Romero

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Munir Calaça, gerente regional do Rio Quente Resorts com Larissa Borsato, diretora executiva do MC&VB >>>

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Opinião l

ALBERTO ROSTAND LANVERLY l Professor da Ufal

Divulgação

Vendedores ambulantes Desde que o mundo é mundo, o homem busca, na troca voluntária de produtos, uma opção para incrementar as suas posses. Ao tempo em que, originariamente, essa permuta ocorria de forma direta, cada um buscando valorizar cada vez mais o seu "bem" em relação ao semelhante. Na atualidade, os negociantes atuam com o uso de um meio indireto, onde o dinheiro surge como elemento valoroso.

Como consequência existe hoje uma clara distinção entre a compra e a venda. A invenção do "papel moeda" e, subsequentemente, do crédito, numerário não físico, contribuiu grandemente para a simplificação e a promoção do desenvolvimento do comércio.

Atrair consumidores, contudo, tem se apresentado como o grande desafio de quem pretende oferecer os seus "itens". Incrementados por essa disputa, embasada nos conceito econômicos do "livre mercado", as lojas, as galerias e, mais recentemente, os verdadeiros templos do consumismo, denominados shoppings centers, travam entre si uma "silente" batalha, onde a propaganda cada vez mais se apresenta como preponderante e necessária.

Se, por um lado, o crescimento das "polis", trazendo a reboque a insegurança das ruas e a dificuldade em estacionar nas proximidades dos produtos que se almeja adquirir, fortalece a solidificação de ambientes comerciais no interior, nos quais se pode encontrar "da agulha ao avião"; por outro, a comodidade e até mesmo o saudosismo de uma época onde as feiras livres e a bodega da esquina eram frequentadas pela sociedade de "A à Z" não deixam morrer a importância do vendedor ambulante.

Na minha infância, nos "armarinhos" do "Pedro Rico, de Dona Lenita ou do Crente", todos situados nas imediações das praças Sergipe e Gonçalves Ledo, no bairro

do Farol, onde residia, encontrava-se de tudo, mas existia, também aquele mercado porta a porta, onde, sem sair de casa, a minha mãe podia adquirir os mais variados produtos. Lembro dos gritos na rua buscando chamar a atenção: "Olhe o leite pasteurizado da Cila, engarrafado e higiênico", "Vai passando a verdura fresquinha, vinda direto da roça"... Cada vendedor se esforçava para propagandear as suas mercadorias. Nessa mesma época, uma livraria da cidade tornava-se conhecida com o seguinte refrão: "Se no Recife tem, na Casa do Colegial também tem".

Os tempos passaram. Atualmente, ainda há uma grande variedade de produtos que chegam à porta do consumidor pelas mãos dos vendedores ambulantes. Desde utensílios domésticos, roupas, lingeries, produtos de cama, mesa e banho, passando por bijuterias e complementos nutricionais até cosméticos, ingredientes de limpeza e acessórios para lazer.

Dentre esses profissionais, fomentadores da economia informal, existem os que trabalham de forma mais sofisticada. Em contrapartida há outros que utilizam, como antigamente, a própria voz como instrumento de propaganda, estabelecendo "mensagens" que os identificam com facilidade: "Olhe a mandioca, olhe a papinha", "Picolé Caicó", "Mungunzá, o melhor da cidade, menina bonita não paga, mas também não vai provar". São alguns exemplos de frases que funcionam como verdadeiros chamarizes para os clientes que buscam produtos de boa qualidade.

Como antigamente, os modernos vendedores de rua, ao oferecerem as suas prendas, deixam fluir no ar um pouco do charme de uma época onde as vizinhanças se conheciam e o pôr-do-sol era acompanhado das calçadas das residências.

“Como consequência existe hoje uma clara distinção entre a compra e a venda“

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