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Projeto Impulso
UM ANO DE MENTORIA PELA FRENTE
Participantes já desenvolvem suas ideias, e primeiro encontro com mentores foi marcado por perguntas que guiarão essa trajetória
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do_ Rio ∎ fotos_ Fábio Ribeiro
Um encontro entre os artistas participantes e seus mentores, no início de julho, no Rio, pôs em marcha oficialmente o Projeto Impulso. Esta iniciativa da UBC oferecerá mentoria, capacitação e networking através de um acompanhamento personalizado dos participantes por parte de grandes especialistas do mercado musical. Entre os 391 inscritos, os escolhidos pelos curadores foram o cantor Romero Ferro, a banda Mulamba e a banda Canto Cego. Todos eles desenvolverão ideias de projetos que, levados a cabo ao longo de um ano, os ajudarão a atingir o próximo nível das suas carreiras.
O encontro aconteceu durante o evento UBC Sem Dúvida: Música 360º, que reuniu profissionais de diversas áreas da cadeia musical na Casa UBC, no Centro do Rio, para três dias de oficinas, debates, palestras, shows e muito networking. Questões atuais e ideias sobre o futuro do mercado povoaram os bate-papos. “O mercado precisa dialogar mais, para cada um entender o lado do outro, negociar melhor. É isso que nós estamos propondo como esse evento. E foi muito importante cruzar o UBC Sem Dúvida com o Projeto Impulso”, disse Marcelo Castello Branco. “A proposta que a gente tem é de ajudar o mercado a crescer, de ajudar o mercado a conversar.”
LEIA MAIS | Confira detalhes dos painéis e debates: ubc.vc/UBCSemDuvida360
“Nosso método de desenho de estratégia partiu de uma série de perguntas que os artistas foram lançando. Entre elas, ‘como mostrar ao público, de forma clara, o valor do seu projeto’, ‘como ter disciplina para percorrer o caminho entre a produção de uma música e o sucesso’, ‘como driblar a falta inicial de verba’, ‘como dar às mulheres seu merecido espaço’”, conta Iuri Freiberger,coordenador do grupo de mentoria, formado por reconhecidos profissionais oriundos de selos, editoras, grandes festivais, marketing e universo legal musical, entre outras áreas.
O time de mentores inclui Constança Scofield (gestora do estúdio Toca do Bandido e diretora artística do selo Toca Discos); Fabiane Costa (empresária musical e coordenadora do Espaço Favela do Rock in Rio); Fátima Pissarra (empresária musical e fundadora do projeto Music2); Lucas Silveira (cantor, compositor, multi-instrumentista e membro da banda Fresno); Marcel Klemm (gerente de produção musical da TV Globo); Marina Mattoso (diretora-executiva da agência Jangada Comunicação, especializada em música); Marcus Preto (jornalista e produtor musical); Marisa Gandelman (advogada especialista em direitos autorais, educadora e ex-diretora-executiva da UBC); Paulo Monte (A&R da Som Livre, responsável pelo selo Slap); Pedro Dash (produtor musical); Pedro Seiler (sócio do projeto Queremos!, produtora de shows musicais); e Rafael Rossatto (empresário musical).
Saiba um pouco mais sobre Romero, Mulamba e Canto Cego:
ROMERO FERRO (PE)
Dono de uma voz e de um discurso —contra os preconceitos de origem, gênero, sexualidade — super afinados, esse cantor e compositor de Garanhuns (PE) se apropriou de um estilo musical desprezado por certa intelectualidade, o brega, para ressignificá-lo unido ao indie pop e ao new wave. As referências estéticas dele são variadas, de Reginaldo Rossi a Kraftwerk, de Marina Lima aos Beatles e ao Queen. A androginiados vocais, a dor, os amores e desamores do bolero, como ele descreve, povoam as letras e canções.
“O início das atividades do Impulso foi mais do que positivo, muito melhor do que eu esperava. Não tinha dúvidas de que seria algo muito legal, tratando-se da UBC, mas foi surpreendente. Os mentores já me trouxeram feedbacks imediatos”, ele disse.
MULAMBA (PR)
Juntas desde dezembro de 2015, as meninas que formam o sexteto têm uma meta clara:buscar um maior protagonismo feminino na música brasileira. Amanda Pacífico (voz),Cacau de Sá (voz), Caro Pisco (bateria), Érica Silva (baixo, guitarra e violão), Fer Koppe(violoncelo) e Naíra Debértolis (guitarra,baixo e violão) chegaram fazendo barulho e, com potências sonora e técnica muito evidentes, tiveram grande repercussão no YouTube com seu clipe/manifesto “P.U.T.A.”,uma denúncia contra a violência de gênero.
“Os mentores nos abraçaram e insistiram no discurso da união e das conexões. Além disso,foi importante ouvir pessoas experientes na música tanto de um lado sentimental quanto mercadológico. Já estamos dando sequência às ideias e com vontade de voltar logo ao Rio para dar um abraço na turma que fez dessa uma semana de boas energias bem fluidas”,afirmou Fer Koppe.
CANTO CEGO (RJ)
Na melhor tradição do BRock, esse quarteto da comunidade da Maré, no Rio, dá grande valor à palavra. Contribui para isso a formação da vocalista Roberta Dittz como poeta, e as letras cantadas ou recitadas durante o espetáculo, permeadas pelo conjunto roqueiro dos músicos — Ruth Rosa(bateria), Magrão (baixo) e Rodrigo Solidade(guitarra) — dão uma aura especial, onírica,aos espetáculos. Surgidos em 2009, darão um grande passo nacional em setembro, ao integrar o Espaço Favela, do Rock in Rio.
“O Impulso vai ser uma grande oportunidade de ampliar as ações na nossa carreira. Ter o apoio de profissionais do mercado que possam nos passar uma visão mais distanciada do que é nosso projeto vai ser crucial nas nossas decisões e desafios futuros”, resumiu Roberta.
Outras estrelas do Música 360: especialistas do mercado durante painéis sobre shows e turnês e o poder da imagem na música, alguns dos muitos que ocuparam a Casa UBC
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