Revista UBC #26

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NOTÍCIAS : UBC/7

O TERCEIRO FILHO DE

ALBERTO

CONTINENTINO QUATRO ANOS E DOIS BEBÊS DEPOIS DE CONCEBER “AO SOM DOS PLANETAS”, BAIXISTA FINALMENTE LANÇA O PRIMEIRO ÁLBUM SOLO E MOSTRA POR QUE ESTÁ NO TIME CERTO DA MÚSICA CONTEMPORÂNEA BRASILEIRA

Demorou um pouquinho. Mas não resta qualquer dúvida de que valeu a pena. Depois de quatro anos entre a concepção, o início do trabalhos e o parto, “Ao Som dos Planetas”, o primeiro álbum solo do baixista Alberto Continentino, vê a luz. Não que não tenha havido outros partos antes. “Tive dois filhos durante o processo, sabe como é...”, ele ri. O som é sofisticado, bebe na ainda fresca fonte da bossa nova, mas com a necessária “sujeira” adicionada pelo parceiro Kassin, que produz a obra. Paralelamente, Continentino vem marcando presença com suas composições nos mais recentes discos de Zabelê e Gal Costa, que nós noticiamos nas duas últimas edições da Revista, e também em músicas ao lado de Domenico Lancelotti, Kassin e Moreno Veloso. Dia 24 de novembro, esse integrante de valor de um time que vem ganhando todas na nova música brasileira mostra o novo trabalho no palco do centro cultural Oi Futuro, no bairro carioca de Ipanema. Como você construiu o conceito do disco “Ao Som dos Planetas”? Num processo bem familiar (risos). Tive dois filhos nesses últimos quatro anos, e a Vivian (Muller, mulher de Continentino) também cantou comigo no disco. Foi tudo feito com muita calma, sem pressão. É artesanal, música pop com uma sonoridade da época em que a bossa nova influenciava tudo. Quais foram as suas referências? Tom Jobim, Marcos Valle, João Donato. Final dos anos 1960 mesmo. Mas a roupagem é mais contemporânea. Tem a mão do Kassin, que produziu o disco. Ele botou uma sujeira, no melhor sentido. “Ao Som dos Planetas” é um projeto independente. Isso significa que você o bancou do próprio bolso?

O NOSSO ANGELO Por um erro de edição, a Revista UBC apresentou, na edição de agosto, uma fotografia incorreta do músico gospel fluminense Angelo Torres, que lança o DVD “Minha História”, um apanhado de alguns dos melhores momentos da sua carreira. O artista retratado na nota é o quase homônimo ator Ângelo Torres, da Guiné Equatorial. Pedimos desculpas e publicamos a imagem correta do brasileiro.

Sim. E os amigos ajudaram muito. Esse disco faz parte de um grupo. Durante o processo, Moreno, Donatinho, Zabelê, Jonas Sá, essa turma toda também estava fazendo seus próprios discos nesse esquema. Sem pressão. Acho que somos um fenômeno. As coisas vão melhorar futuramente na música com todo mundo se unindo. E como a faixa “Casca”, que está no disco “Estratosférica”, chegou a Gal Costa? A Gal estava escolhendo o repertório do “Estratosférica” (lançado no primeiro semestre), e o Moreno levou para ela algumas músicas minhas. Foi ela quem escolheu “Casca”. E foi a música que entrou por último no disco. Eles queriam uma coisa mais para cima, animada, queriam algo desse tipo. Eu achei o máximo, claro. Fiquei muito feliz.


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