8/UBC : NOTÍCIAS
NOVIDADES INTERNACIONAIS
BATALHA DOS STREAMINGS, NOVOS ROUNDS A guerra (nem tão fria) entre artistas e populares serviços de streaming globais ganha novos rounds a cada semana. Depois da banda Metallica, do bandleader Thom Yorke (Radiohead) e da cantora Taylor Swift, que, em diferentes frentes, atacaram os parcos (ou nenhum) dólares distribuídos por serviços como Napster, Spotify e Apple Music, somam-se às hostes a britânica La Roux e o compositor americano Kevin Kadish, cocriador do megassucesso “All Abouth That Bass” (cantado por Meghan Trainor). Eles também acusam serviços como Spotify e Apple Music de pagar pouco e mal. No fim de setembro, La Roux disparou o tuíte-petardo em sua conta no Twitter: “Spotify, obrigada pelas cem libras pagas neste trimestre. Mais um mês e eu talvez serei capaz de bancar a assinatura premium de vocês. Que sorte eu tenho!” De acordo com as estatísticas do próprio serviço de streaming, La Roux tem uma base de 811 mil ouvintes mensais. Mesmo que cada um ouvisse apenas uma canção por mês, à já lendária taxa de 0,0072 centavos americanos por stream, La Roux deveria ter recebido US$ 17,5 mil no trimestre, e não as cem libras que alega terem pingado em sua conta. Já no caso de Kadish, o número de streams alcançou a fantástica cifra de 178 milhões no mesmo período, mais o total repassado pelo serviço mais popular de audição de músicas na web foi de apenas US$ 5.679. “Como alimentar minha família?”, ele protestou durante uma audiência sobre o tema no Congresso americano. Segundo os cálculos do site Musically.com, o valor que o compositor deveria receber, apenas do Spotify, seria de US$ 313 mil.
YOUTUBE PODERÁ INSTITUIR COBRANÇA POR SERVIÇO PREMIUM NOS EUA E uma nova guerra entre artistas e provedores de conteúdo parece estar se desenhando. “Insatisfeito” por não ter parte maior nos ganhos que muitos compositores e criadores têm em populares canais que hospeda, o YouTube pretende lançar uma assinatura premium, que, nos Estados Unidos, poderia custar cerca de US$ 10 mensais. Fontes do mercado asseguram que o YouTube vem enviando e-mails aos titulares dos seus canais, “encorajando-os” a aderir aos novos termos de serviço, que preveriam a cobrança de uma taxa dos usuários, sob pena de não ser mais capazes de monetizar com os vídeos oferecidos na versão americana do site. O serviço premium, a princípio, livraria o usuário dos anúncios e lhes daria acesso a conteúdo exclusivo. É essa última parte que preocupa alguns produtores de vídeos publicados nos canais mais populares, pois a eventual diminuição dos acessos após a implementação da cobrança poderia afetar-lhes os ganhos. As informações são do site Recode.com.
CHINA REMOVE DA REDE 2,2 MILHÕES DE CANÇÕES SEM LICENÇA Tida historicamente como um porto-seguro para a pirataria, a China parece dar passos na direção das boas práticas do direito internacional. No último mês de setembro, as principais plataformas de streaming do país removeram 2,2 milhões de canções dos seus sistemas por não pagar direitos autorais. As autoridades do país haviam dado, em agosto, um ultimato aos sites para que regularizassem seus catálogos e eliminassem títulos sem licença. De acordo com o governo chinês, 16 plataformas de streaming obedeceram a determinação. As duas mais populares, Xiami e QQMusic, teriam eliminado, juntas, mais de 50 mil músicas irregulares. O mecanismo de buscas Baidu, que, na China, é maior do que o Google, removeu outras 642 mil. Por outro lado, o portal de compras chinês Alibaba, célebre por vender versões piratas de, virtualmente, qualquer produto disponível no planeta anunciou que entrará no segmento de música, o que levanta suspeitas de que, apesar dos supostos avanços, o gigante asiático continue a ser um território cinza para os direitos de autor. As informações são do diário espanhol “El País”.
BBC ANUNCIA SERVIÇO PRÓPRIO DE STREAMING E JÁ DESPERTA PREOCUPAÇÕES A BBC, maior conglomerado audiovisual do Reino Unido, anunciou seus planos de lançar um serviço próprio de streaming. Em princípio, a plataforma abrigaria pelo menos 50 mil canções previamente executadas nas rádios do grupo. Sem definições, por ora, de como seriam os repasses aos titulares das obras ou uma consulta prévia ao mercado por parte da gigante, a BPI, maior associação britânica de gestão coletiva, expressou ressalvas. “A BBC está preocupada com a perda de audiência para novos serviços, sobretudo on-demand. Nós entendemos. Mas, se vai lançar um serviço como esse, precisa trazer a indústria consigo. Não é viável que a BBC lance um serviço como esse e não preveja pagar nada por ele”, afirmou Geoff Taylor, presidente da BPI. No documento em que revela sua estratégia, o conglomerado britânico deixou claro que os planos de licenciamento das músicas ainda estão em “estágio inicial” e que pretende estabelecer “diálogo total” com os detentores dos direitos autorais e conexos. As informações são do site Musically.com.