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'Nada falso se sustenta'
Dudu Borges, produtor de sertanejo com seis bilhões de reproduções de suas músicas, fala sobre a razão de o estilo ser o nº1 no país: as pessoas querem se reconhecer no que escutam
de_ São Paulo
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Dudu Borges é um dos maiores produtores do sertanejo hoje. E isso é muita coisa. O estilo mais popular do país — só Dudu tem seis bilhões de streams de músicas que produziu — se reinventa misturando-se a ritmos variados, em parte graças ao feeling dele e ao estouro de “Chora Me Liga”, cantada por João Bosco e Vinícius, em 2009. Aos 34 anos, esse campograndense se orgulha de captar o espírito do tempo musical: o Brasil das misturas, das raízes populares e interioranas e do hedonismo, que quer se reconhecer nas canções que escuta.
Muitos o consideram o midas do sertanejo. Como transformar uma composição em ouro?
Não tem fórmula, tem uma sequência de fatores que se alinham: o intérprete, o produtor, o momento de carreira, o gerenciamento artístico e, é claro, o mercado. Há pessoas que pretendem apenas seguir o fluxo, fazendo coisas parecidas com o que já toca por aí, e pessoas que têm verdade, mas ainda não têm certeza de como seguir. O compositor tem que sentir a sua própria música e, sendo genuíno, acreditar nesse sentimento. Nada falso se sustenta.
Quais as diferenças entre o sertanejo de hoje e o de décadas passadas?
Hoje ele conversa com todos os públicos e abriu um leque de arranjos e melodias que abraçam vários outros gêneros. O sertanejo é acessível, tem empatia. O público brasileiro vive o que se escuta no sertanejo, e não tem nada melhor do que se sentir representado através da música.
Qual será a próxima grande onda do estilo?
O reggateon veio muito forte, e o hip hop tomou novos caminhos para se popularizar. Minha aposta é música boa com brasilidade, conteúdo e identidade, vejo muito disso no grupo Atitude 67.
Grande parte das suas receitas vem de direitos autorais. Como vê esse setor no país?
Caminha de modo positivo e corresponde às expectativas dos envolvidos por estar sempre atento a novas maneiras de beneficiá-los. Há firmeza nos órgãos e competência nos profissionais, evolução constante e tecnologia a nosso favor.
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No site, a entrevista completa com Dudu: ubc.vc/DuduBorges