2006 - PD de Eldorado Do Sul, RS | Diagnóstico

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primeiro relatรณrio de estudos para o

Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental

Eldorado do Sul junho, 2006


Primeiro Relatรณrio de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

2


Primeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

ÍNDICE INTRODUÇÃO

10

1. Caracterização Geral do Território e da População

17

1.1 Aspectos Geográficos

18

1.2 Aspectos Históricos

22

1.3 Localização e Conexões: Regional e Local

24

1.4 Aspectos Sócio-econômicos

30

1.4.1 Índice de desenvolvimento sócio-econômico (IDESE)

31

1.4.1.1 Evolução 2000-2002

32

1.4.1.2 Situação em 2002

32

1.4.1.3 Estado

32

1.4.1.4 COREDE

32

1.4.2 Crescimento Demográfico e Urbanização

37

1.4.3 Capital Humano

40

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3


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2. Meio Ambiente Natural, Saneamento e Redes de Infraestrutura

43

2.1 Unidade de Conservação: Parque Estadual Delta do Jacuí

44

2.2 Uso e Cobertura do Solo

47

2.3 Relevo

50

2.4 Áreas de Preservação Permanente

53

2.5 Águas Urbanas

54

2.5.1 Princípios Básicos de Planejamento para as Águas Urbanas

55

2.5.2 Drenagem Urbana

57

2.5.3 Abastecimento de Água

63

2.5.4 Esgotamento Sanitário e Resíduos Sólidos

64

2.5.5 Resíduos Sólidos

65

2.5.6 Conclusões

66

2.6 Energia e Telecomunicações

67

3. Economia 3.1 Setor Primário

68 72

3.1.1 Estrutura Fundiária

73

3.1.2 Agricultura

74

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4


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3.1.3 Silvicultura

76

3.1.4 Pecuária

78

3.2 Setor Secundário

80

3.3 Setor Terciário

81

4. Transporte, Mobilidade e Infra-estrutura Viária 4.1 Rodovias Estratégicas e Vicinais 4.1.1 Propostas viárias para a RMPA 4.2 Mobilidade da População 4.2.1 Transporte Escolar 4.3 Infra-estrutura Viária

5. Áreas Urbanizadas

84 85 89 90 94 99

101

5.1 Uso do Solo

102

5.2 Ocupações Irregulares

108

5.3

Equipamentos

112

5.3.1 Educação

117

5.3.2 Saúde

124

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5


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5.4

5.3.3 Praças e espaços verdes públicos

132

5.3.4 Áreas esportivas e de lazer

137

Ocupação atual e simulação de ocupação de acordo com a lei existente

141

5.5 Tipologias de Ocupação dos Lotes

151

5.6 Assentamentos da Reforma Agrária

152

6. Gestão e Legislação

154

6.1 Gestão

155

6.1.1 Participação em Conselhos Municipais

155

6.1.2 Estrutura Organizacional da População

155

6.1.3 Estrutura Organizacional da Prefeitura e da Secretaria Municipal do Planejamento (SEPLAN)

155

6.1.3.1 Órgãos de Assessoramento

155

6.1.3.2 Órgãos de Administração Geral

156

6.1.3.3 Órgãos da Administração Específica

156

6.1.3.4

156

Secretaria de Planejamento Urbano (SPU)

6.1.3.4.1

Departamentos

6.2 Rotinas administrativas

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156 157

6


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6.2.1 Atividades Econômicas

158

6.2.2 Edificações

159

6.2.3 Parcelamento do Solo

160

6.2.4 Diagnóstico

160

6.2.5 Conclusão

161

6.3 Legislações Federal, Estadual e Municipal pertinentes:

162

Análise Inter-relacional 6.3.1 Legislações Federal e Estadual

163

6.3.2 Leis Municipais

164

6.3.2.1 Diretrizes da Lei Orgânica

164

6.3.2.2 Diretrizes e Normas das Demais Legislações Urbanísticas

164

6.3.3 Normas Urbanísticas aplicáveis à zona urbana

165

6.3.3.1 Zoneamento do uso do solo

165

6.3.3.2 Edificação

166

6.3.3.3 Pré-existências

169

6.3.3.4 Parcelamento do Solo

169

6.3.3.5 Sistema Viário

170

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7


Primeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

6.3.4 Diagnóstico

170

6.3.5 Principais adequações necessárias à Legislação Atual

171

6.3.5.1 Dimensão Estratégica

171

6.3.5.2 Dimensão Normativa

171

6.3.5.3 Gestão Urbana

173

6.3.5.4 Prazos e Conteúdos

173

7. Leitura Comunitária

174

7.1 Grupo Focal

175

7.2 Pesquisa com Associações e Entidades

176

7.3 Grupos Temáticos de Discussão

181

7.3.1 Desenvolvimento Econômico

181

7.3.2 Mobilidade e Transportes

183

7.3.2.1 Circulação de Pedestres

183

7.3.2.2 Transporte Coletivo

183

7.3.2.3 Transporte Individual (carro, moto)

183

7.3.2.4 Bicicletas e Ciclovias

184

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8


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7.3.3 Meio Ambiente e Saneamento

184

7.3.3.1 Abastecimento de água

184

7.3.3.2 Esgotos

184

7.3.3.3 Alagamentos

184

7.3.4 Habitação e equipamentos 7.3.4.1 Assuntos ou temas gerais

185 185

7.3.4.2 Assuntos específicos por loteamento ou bairro

186

FONTES E BIBLIOGRAFIA

189

FICHA TÉCNICA

190

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9


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

partir

de

um

processo

público

e

democrático,

a

explicitação clara destas finalidades. Neste sentido, o Estatuto

funciona

ferramentas”

para

como uma

uma

espécie

política

de

urbana

“caixa local.

de É

a

definição da “cidade que queremos”, nos Planos Diretores

INTRODUÇÃO No ano de 2001 o Governo Federal, através do Ministério das

Cidades,

aprovou

a

Lei

10.257/2001,

conhecida

como Estatuto da Cidade. Esta lei determina que todos os municípios

brasileiros

com

mais

de

20.000

habitantes

de cada um dos municípios, que determinará a mobilização (ou não) dos instrumentos e sua forma de aplicação. É, portanto, no processo político e no engajamento amplo da sociedade civil, que repousará a natureza e a direção de intervenção

da

Cidade

é

dos

instrumentos

propostos

no

Guia para Implementação do Estatuto da Cidade pelos Municípios e Cidadãos. Brasília: Câmara dos Deputados,

Urbano e Ambiental (PDDUA). Estatuto

uso

Estatuto.”

devem elaborar o seu Plano Diretor de Desenvolvimento

O

e

uma

lei

inovadora

que

2002. Página 21.

abre

possibilidades para o desenvolvimento de uma política

O Plano Diretor é um instrumento de gestão pública, que

urbana

busca

voltada

territorial aspectos

nas

urbanos,

a

promover

cidades

a

inclusão

brasileiras,

sociais,

políticos

reconhecer

social

e

considerando

os

encontrar

de

homem

e

ambientais

e

e

caminhos seu

organizar para

ambiente.

uma Ele

nossa maior

define

cidade

e

integração as

pretende entre

estratégias

o

que

orientarão o crescimento, o pleno desenvolvimento das

nossas cidades.

“O Estatuto abarca um conjunto de princípios – no qual está expressa uma concepção de cidade e de planejamento e gestão urbana – e uma série de instrumentos que, como a própria denominação define, são meios para atingir as

funções sociais da cidade e a garantia de bem-estar de seus habitantes. É uma lei municipal que incidirá sobre questões fundamentais para o desenvolvimento urbano e ambiental do município.

não

“O Plano Diretor pode ser definido como um conjunto de

podia deixar de ser – para cada um dos municípios, a

princípios e regras orientadoras da ação dos agentes que

finalidades

desejadas.

Entretanto,

delega

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como

10


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constroem e utilizam o espaço urbano. O Plano Diretor

condições

parte de uma leitura da cidade real, envolvendo temas e

desenvolvimento do município seja elaborada através do

questões

conhecimento mais atualizado sobre planejamento urbano

relativos

econômicos

e

aos

ambientais,

aspectos que

urbanos,

embasa

a

sociais,

formulação

de

hipóteses realistas sobre os opções de desenvolvimento e modelos

de

territorialização.

O

objetivo

do

Plano

Diretor não é resolver todos os problemas da cidade, mas sim

ser

um

instrumento

para

a

definição

de

uma

de

-

agentes

envolvidos

na

imediata,

construção

da

cidade,

servindo

Técnica

dos

vetores

desempenho

de

estruturas

urbanas.

Integram

o

LABGEO – Laboratório de Geoprocessamento

IPH – Instituto de Pesquisas Hidráulicas

Municípios e Cidadãos. Brasília: Câmara dos Deputados,

-

LASTRAN – Laboratório de Sistemas de Transporte

2002. Página 40.

-

LEGG

A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), através da Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (FAURGS), é instituição credenciada pelo

Ministério

técnico

a

das

Cidades

Prefeituras

para

subministrar

Municipais.

O

Urbana

(NUT)

da

UFRGS

município

para

Laboratório

de

Ensaios

Geotécnicos

e

Geoambientais E ainda, a empresa CONSULARQ Arquitetura e Urbanismo, que presta consultoria.

apoio de

Eldorado do Sul convidou, em outubro de 2005, o Núcleo Tecnologia

NUT

SIMMLAB – Laboratório para Simulação e Modelagem em

-

Guia para Implementação do Estatuto da Cidade pelos

de

Arquitetura e Urbanismo

também de base para a gestão pactuada da cidade.”

de

Leitura

diferentes laboratórios de pesquisa:

poucos e claros princípios de ação para o conjunto dos

a intervenção

a

O NUT desenvolve há mais de dez anos modelos de análise

-

para

que

em diferentes áreas do conhecimento cientifico.

estabelecendo

estratégia

para

desenvolver

estudos para apoiar a elaboração do seu PDDUA, já que o

Assim

diferentes

aspectos

urbanos

como

circulação

e

transporte, conforto ambiental, drenagem, uso do solo e ambiente natural, são analisados durante os Estudos de Elaboração do Plano Diretor.

município não possui condições técnicas para elaborar

O

estes

realizado pela equipe que presta assessoria, ou seja, o

estudos.

Tais

estudos

têm

por

finalidade

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criar

termo

Leitura

Técnica,

diz

respeito

ao

trabalho

11


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NUT,

e

compreende

e

A metodologia de trabalho do NUT para os Estudos de

sistematização das informações e dos dados existentes;

Elaboração do PDDUA de Eldorado do Sul divide-se em três

os

etapas:

estudos,

a

análises

coordenação

e

diagnósticos

da da

coleta realidade

do

município; e a elaboração das propostas preliminares e final. Já

dezembro de 2005 a março de 2006).

o

termo

Leitura

participação

da

Comunitária,

população

na

diz

respeito

elaboração

do

PDDUA.

à A

comunidade deve compreender e ter condições de avaliar e contribuir, com os dados e as informações geradas na Leitura

Técnica.

A

legitimidade

do

processo

participativo passa necessariamente, pela acessibilidade das

Primeira etapa: Análise e Diagnóstico do Município (de

comunidades

envolvidas

aos

diferentes

níveis

de

informação.

Compõem esta etapa a coleta, sistematização, análise e diagnóstico

dos

dados

e

informações

existentes

realidade do município, estão detalhados neste relatório que a finaliza. Fazem parte da Leitura Técnica desta etapa: -

Coleta e análise dos dados do município;

De acordo com o Estatuto da Cidade, o Plano Diretor deve

-

Apresentação

nascer

realizada no dia 1º de abril de 2006;

de

um

processo

engajamento

da

comunidade

parceira

do

acompanhar

poder

o

participativo, local.

administrativo

desenvolvimento

do

A

com

amplo

sociedade

se

cada

Plano

e

será

cidadão exigir

o

cumprimento de suas decisões. Participando da elaboração do

Plano

todos

a

comunidade

estarão

definirá

sujeitos

e

as

que

“regras” serão

responsáveis por cumprir.

às

quais

do

município. Os aspectos relacionados a esta leitura da

-

da

Audiência

Pública,

que

foi

1º relatório parcial das atividades.

Fazem parte da Leitura Comunitária desta etapa: - Reunião com agentes públicos e econômicos, denominada Grupo Focal, realizada no dia 13 de março de 2006;

igualmente -

Pesquisa

com

associações

e

entidades,

realizada

no

período de 15 a 29 de março de 2006; - Grupos temáticos de discussão: a cidade na visão da comunidade, realizada na 1ª Audiência Pública.

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12


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Fazem parte da Leitura Comunitária desta etapa: Segunda etapa: Propostas Preliminares (de abril de 2006 a junho de 2006). Compõem

esta

- Pesquisa qualitativa; - Reuniões territoriais em diferentes bairros ou núcleos

etapa,

a

elaboração

de

propostas

preliminares de uma Estrutura Espacial Urbana e de um Corpo Normativo, ou seja, a indicação de:

urbanos do município; - Avaliação das propostas preliminares pela comunidade na ocasião da 2ª Audiência Pública.

- Instrumentos Urbanísticos definidos pelo Estatuto da Cidade que serão utilizados pelo município; - Normas para aprovação e construção de edificações; - Normas para licenciamento de atividades;

da

cidade,

Uso

do

Proposta

Final

(de

julho

de

2006

a

setembro de 2006).

do PDDUA e o encaminhamento da Minuta de Lei para a

- Planta de Ordenamento (Divisão Territorial, Expansão Limites

etapa:

Esta etapa diz respeito à elaboração da proposta final

- Normas para parcelamento do solo;

Urbana,

Terceira

Solo

e

Câmara de Vereadores. O projeto final será composto por:

Mobilidade

Urbana);

Plano estratégico: indicará as diretrizes para alcançar

- Planta de Hierarquia Viária (Classificação do Sistema

as metas de desenvolvimento e a elaboração de um sistema

Viário);

de

Fazem parte da Leitura Técnica desta etapa: - Elaboração das propostas preliminares; - Apresentação da 2ª Audiência Pública a ser realizada

gestão

e

acompanhamento.

O

Plano

Estratégico

tem,

como exemplos de objetivos: - Garantir o crescimento sustentável do município; - Estimular as tendências e potencialidades;

no final de junho de 2006;

- Estruturar mecanismos de promoção, gestão e controle.

- 2° relatório parcial das atividades, que deverá ser

Plano regulador: define as regras urbanísticas, ou seja:

entregue na primeira quinzena de Julho.

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- Apresentação da proposta final na Conferência Pública

- Estrutura Espacial Urbana;

a ser realizada no início do mês de Setembro.

- Corpo Normativo;

- Redação da Minuta do projeto de Lei para ser entregue

- Expansão Urbana;

à votação pelo Poder Legislativo.

- Limite Urbano;

Leitura Comunitária:

- Estrutura Viária;

- Reuniões com segmentos específicos da comunidade para

- Hierarquia Viária;

avaliação de uma ou outra proposta;

- Zoneamento Ambiental;

-

- Instrumentos Urbanísticos;

Conferência Pública.

Aprovação

da

proposta

final

pela

comunidade

na

- Normas de uso e ocupação do solo (parcelamento do solo; edificação; licenciamento de atividades e etc). Planos

setoriais:

são

planos

complementares

ao

plano

diretor. De acordo com os estudos, serão definidos quais os

necessários;

indicações

para

e,

conseqüentemente,

elaboração

dos

mesmos.

apresentadas Por

exemplo:

drenagem urbana, saneamento, resíduos e etc; Diretrizes gerais para o desenvolvimento sustentável do município. Fazem parte da Leitura Técnica desta etapa: - Elaboração da proposta final segundo a revisão após o resultado da avaliação da comunidade na 2ª audiência;

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Dentre os benefícios mais imediatos que o PDDUA trará

Um Plano Diretor traz Eldorado do Sul para um contexto

para

de

Eldorado

dimensão

de

do

Sul

a

inclusão

modernas

que

apostam

no

desenvolvimento

UFRGS sente-se lisonjeada em poder contribuir para que o

exclusivamente controlado por leis desconexas, passará a

município encontre os melhores caminhos para alcançar

ser

tais objetivos.

impulsionado

por

urbano,

diretrizes

antes e

para

cidades

que

desenvolvimento

estratégico

da

sustentável e gerador de novos e bons investimentos. A

O

planejamento

citar

o

município.

um

pode-se

quase

informações

permanentemente atualizadas no que tange às condições de ocupação do solo, dos transportes, da proteção do meio ambiente natural e cultural. As

novas

práticas

de

planejamento

urbano

envolverão

completa transformação no modo de atuar dos técnicos do planejamento

municipal,

administração

e

a

bem

como

comunidade.

na

relação

Antes,

os

entre

a

técnicos

convertiam-se em “guardiões” de normas desatualizadas, e verdadeiros “bombeiros” no atendimento a demandas não previstas. planejamento

A

partir

do

deverão

PDDUA

ter

os

atuação

responsáveis permanente

pelo na

aplicação, adaptação e monitoramento das ações previstas no Plano. Além de requerer um novo perfil de atuação da equipe técnica,

um

PDDUA

baseia-se

na

premissa

de

que

seu

sucesso dependerá da ativa participação da comunidade tanto na formulação de diretrizes como no controle sobre os resultados alcançados.

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Diagrama das etapas

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Caracterização Geral Território e População

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17


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Figura 1: imagem do Google Earth

1.1 Aspectos Geográficos

Área territorial: 519 km² Densidade demográfica: 52,4 hab / km² Altitude da sede: 5m Latitude: 30°03´45“S Longitude: 51°33`45”W Microrregião: Metropolitana de Porto Alegre Distância da capital: 10 km Figura 2: imagem aérea da Sede do Município

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Figura 3: imagem aérea da Sede do município

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Figura 4: imagem aérea da Sede do município

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Figura 5: imagem aérea da Sede do município

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Figura 6: postal do projeto “Veraneio Sans Souci” da década de 40

1.2 Aspectos Históricos Eldorado é um nome de origem espanhola que significa "terra de ouro". O primeiro núcleo de moradores surgiu por volta de 1960, com a construção da BR 116 e a ponte do Rio Jacuí. Desde 1940, o balneário Sans-Souci - antigo Conde -servia de porto para as barcas que vinham para a capital.

O

Medianeira,

Loteamento da

década

de

Parque 50,

deu

Nossa origem

Senhora à

da

primeira

nucleação urbana, o que corresponde hoje a atual sede do município de Eldorado do Sul.

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22


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

Figura 7

Figura 8

Desmembrou-se do município de Guaíba em 1988, com uma área de 634,6 km² e em 1996 perdeu 124,9 km² para o município de Charqueadas (Figuras 7 a 9). O

trabalho

Iniciou-se Figura 9

de

conquista

em

março

de

O

primeiro

emancipacionista.

da

emancipação

1985

com

um

plebiscito,

foi

longo.

movimento que

seria

realizado no ano de 1987, foi adiado em virtude de um mandado

de

segurança

impetrado

pela

administração

de

Guaíba. Posteriormente este recurso foi indeferido e a Justiça Eleitoral realizou em 07 de maio de 1988, a consulta popular, quando o sim venceu por ampla maioria de votos.

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23


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

1.3 Localização e Conexões: Regional e Local Figura 10

O município de Eldorado do Sul está localizado a 10 km de Porto Alegre. Saindo da Capital - através das quatro grandes pontes que cruzam o Delta do Jacuí, denominada Travessia Régis Bittencourt (Figura 10) - em direção à Região

Sul

do

Estado

(Pelotas

/

Rio

Grande),

e

ao

Uruguai, é o primeiro município. O mesmo acontece em direção a Uruguaiana e a Paso de Los Libres/Argentina, configurando-se em rota direta para o Mercosul.

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24


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

Figura 11

Cercado Rios

pelos

Jacuí

ao

norte e Guaíba a leste,

o

município

tem

limite geográfico

com

outras

cinco

cidades

da

Região Metropolitana de Porto

Alegre

(RMPA):

Porto

Alegre, Triunfo, Charqueadas, Guaíba dos do

e

Arroio

Ratos;

além

município

de

Mariana Pimentel ao

sul

(figura

11).

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imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

Figura 12

Em

relação

ao

tempo

de

deslocamento

de

sua sede ao centro de Porto Alegre, é o

que

está

próximo, todos

mais entre

os

outros

municípios

da

RMPA,

da

capital

gaúcha.

Tal

afirmação justifica-se

pelo

acesso direto pela Travessia

Régis

Bittencourt. O

território

cortado

por

é duas

importantes estradas

federais

(figura 12) - BR 290

e

BR

cujos

116

-

trajetos

destinam-se

em

direção à

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26


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul Figura 13

Argentina

e

ao

Porto

de

Rio

Grande

respectivamente

(figuras 13 e 14). A BR-290, também conhecida como free-way, atravessa o estado

em

sentido

oeste.

Tem

seu

início

no

litoral

norte, em Osório e segue até o município de Uruguaiana, na divisa com a Argentina. A

BR-116

é

uma

das

principais

rodovias

brasileiras,

cruza nove estados do país totalizando 4.415 km. Tem seu início no município de Jaguarão (RS), na fronteira com o Uruguai, e segue até Fortaleza (CE). Ambas as rodovias são pedagiadas: o trecho Eldorado do Sul - Guaíba (BR 116) faz parte da administração da concessionária Concepa; e o trecho Eldorado do Sul – Pântano Grande (BR 290) faz parte da administração da concessionária para

os

Univias.

habitantes

Esta

situação

circularem

dentro

acarreta do

custos

município

e

estimula o uso do sistema viário do município como rota de fuga de veículos pesados. A Estrada Municipal do Conde é rota de fuga do pedágio, fazendo com que um alto volume de tráfego passe por área urbana desde o Bairro Itaí até o Bairro Sans Souci. A sua

continuidade,

vizinhas,

leva

até

por

vias

Arambaré

municipais às

margens

de da

cidades

Lagoa

dos

Patos.

Figura 14

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

27


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

Figura 15

Outra com

estrada

tráfego

municipal

significativo

é a Estrada da Arrozeira. Tem

seu

inicio

urbana

da

município

e

na

área

sede

do

segue

Assentamento

até

o

Integração

Gaúcha, quase na beira do Rio

Jacuí.

áreas

de

Cruza

grandes

plantações

de

arroz – tal o seu nome – e também

por

esse

motivo,

recebe, durante a época de colheita,

tráfego

intenso

de caminhões. Ponto

de

referência

município,

o

no

Aeroclube

Eldorado do Sul - antigo Aeroclube de São Leopoldo -

tem

capacidade

para

aviões de médio porte, com pista

de

1,7

km

e

está

distante a 35 minutos do Centro de Porto Alegre (figura 15).

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

28


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

Figura 16

Figura 17

Distâncias importantes: Caxias

do

Sul

-

135

Km; Pelotas - 233 Km; Uruguaiana - 631 Km; Passo Fundo – 290 Km; Vacaria – 247 Km.

Além da proximidade da Capital (10 km), do Aeroporto Salgado Filho (14 km) e do Aeroclube Eldorado do Sul (30 km da sede); a tubulação do gasoduto Brasil-Argentina passa

pelo

justifica

município,

ao

afirmação

de

a

longo que

o

da

BR

116/290.

município

possui

Isto uma

posição estratégica no estado, pois tem potencializada a possibilidade

de

vazão

de

sua

produção

por

vias

rodoviárias, aeroviárias e portuárias (figuras 16 e 17).

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

29


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

1.4 Aspectos Sócio-econômicos

O município de Eldorado do Sul está inserido em região de

grande

potencial

sócio-econômico

no

Rio

Grande

do

Sul, a Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA); e pertence

ao

COREDE

Conselho

Regional

de

Desenvolvimento - Metropolitano Delta do Jacuí, composto por

10

Eldorado

municípios. do

Sul,

A

saber:

Glorinha,

Alvorada, Gravataí,

Cachoeirinha, Guaíba,

Porto

Alegre, Santo Antônio da Patrulha, Triunfo e Viamão.

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

30


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

três blocos: Educação, Saúde e Renda. Assim como no IDH, os

municípios

três 1.4.1 Índice de desenvolvimento sócio-econômico

IDESE

médio

Índice

de

Desenvolvimento

Socioeconômico

(IDESE)

criado em 2003 pela Fundação de Economia e Estatística (FEE) é um índice sintético que tem por objetivo medir o grau de desenvolvimento dos municípios do Rio Grande do

ser

classificados

pelo

IDESE

em

grupos: baixo desenvolvimento (índices até 0,499), desenvolvimento

(entre

0,500

e

0,799)

e

alto

desenvolvimento (maiores que 0,800). O

“O

podem

bloco

Domicílio

seguintes

e

Saneamento

indicadores:

é

proporção

composto de

pelos

domicílios

abastecidos com água tratada, proporção de domicílios atendidos pela rede geral de esgoto ou pluvial e média de moradores por município.

Sul. O IDESE é o resultado da agregação de quatro blocos

O bloco Educação é composto pela taxa de analfabetismo

de indicadores: Domicílio e Saneamento, Educação, Saúde

de pessoas de 15 anos e mais de idade, taxa de evasão no

e Renda. Para cada uma das variáveis componentes dos

ensino

blocos

fundamental e taxa de atendimento no ensino médio.

é

calculado

um

Índice,

entre

0

(nenhum

desenvolvimento) e 1 (desenvolvimento total), que indica a posição relativa para os municípios. São fixados, a partir disto, valores de referência máximo (1) e mínimo (0) de cada variável. A utilização de parâmetros internacionais permite que os índices,

apesar

sejam

comparados

(IDH)

criado

IDESE

de ao

pela

possuírem Índice

de

Organização

indicadores

diferentes,

Desenvolvimento das

Nações

Humano

Unidas.

O

fundamental,

taxa

de

reprovação

no

ensino

Para o bloco Saúde foram utilizados o percentual de crianças nascidas com pouco peso, a

taxa de mortalidade

de menores de 5 anos e a expectativa de vida ao nascer. O bloco Renda é calculado pelo Produto Interno Bruto per capita

e

o

Valor

Adicionado

Bruto

per

capita

do

comércio, alojamento e alimentação.” Atlas Sócio-econômico do Rio Grande do Sul

trabalha com o bloco adicional de Domicílio e

Saneamento e considera um conjunto de doze indicadores, enquanto o IDH considera apenas quatro indicadores em

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

31


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

Figura 18

GERAL

1.4.1.1 Evolução 2000-20002 No período de 2000-2002 o índice de desenvolvimento sócioeconômico de Eldorado do Sul decresceu 11%, passando de 0,78 para 0,70. Todas as dimensões: saúde, renda, educação e domicílio e saneamento, apresentaram baixa e a que mais contribuiu foi a renda com queda de 7%. 1.4.1.2 Situação em 2002 Em 2002, segundo a FEE, o IDESE de Eldorado do Sul (0,70) está

entre

os

municípios

considerados

de

médio

desenvolvimento socioeconômico. 1.4.1.3 Estado Em relação aos outros municípios do estado, Eldorado do Sul apresenta uma situação intermediária: ocupa a 196ª posição, sendo que 195 municípios (39,52%) estão em situação melhor e 1,00 0,90 0,80 0,70 0,60 0,50 0,40 0,30 0,20 0,10 -

300 municípios (60,48%) estão em situação pior ou igual. 1.4.1.4 COREDE

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

comparado

o

IDESE

de

Eldorado

do

Sul

com

os

2000

municípios que compõem o COREDE Metropolitano Delta do Jacuí

2001

(Figura 18), percebemos que o município encontra-se aquém

2002 PORTO ALEGRE

CACHOEIRINHA

GRAVATAÍ

GUAÍBA

TRIUNFO

VIAMÃO

ALVORADA

ELDORADO DO SUL

STO. ANT. PATRULHA

GLORINHA

Quando

das suas potencialidades, com índices superiores somente a Santo Antônio da Patrulha e Glorinha.

32


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

Figura 19

RENDA

Os gráficos evidenciam que, mesmo sendo a renda (figura 19) o indicador com maior queda no período 2000-2002, ainda assim é o bloco em que Eldorado do Sul está melhor colocado em relação aos demais municípios do COREDE, na 4ª posição. Em

1,00 0,90 0,80 0,70 0,60 0,50 0,40 0,30 0,20 0,10 -

relação

a

domicílio

e

saneamento

posição,

educação – 9ª posição, e saúde – 9ª posição, a situação é

contraditória

primeiro

CACHOEIRINHA

PORTO ALEGRE

TRIUNFO

ELDORADO DO SUL

GRAVATAÍ

STO. ANT. PATRULHA

GUAÍBA

GLORINHA

VIAMÃO

ALVORADA

esteja

em

20,

21

melhor

e

22).

posição,

Embora o

no

índice

2000

apresentado é o único que está na faixa de classificação

2001

de

2002

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

bloco,

(figuras

baixo

desempenho

desenvolvimento,

o

neste

nos

indicador

que

revela

demais

um

baixo

municípios

do

COREDE também.

33


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

DOMICÍLIO E SANEAMENTO

Figura 20

0,80 0,70 0,60 0,50 0,40 0,30

2000

0,20

2001

0,10

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

PORTO ALEGRE

CACHOEIRINHA

ALVORADA

VIAMÃO

GRAVATAÍ

GUAÍBA

TRIUNFO

STO. ANT. PATRULHA

GLORINHA

ELDORADO DO SUL

2002

-

34


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

Figura 21

EDUCAÇÃO

1,00 0,90 0,80 0,70 0,60 0,50 0,40 0,30 0,20 0,10 -

2000 2001

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

GUAÍBA

PORTO ALEGRE

CACHOEIRINHA

GRAVATAÍ

TRIUNFO

STO. ANT. PATRULHA

VIAMÃO

ALVORADA

ELDORADO DO SUL

GLORINHA

2002

35


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

SAÚDE

Figura 22

1,00 0,90 0,80 0,70 0,60 0,50 0,40 0,30 0,20 0,10 -

2000 2001

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

TRIUNFO

VIAMÃO

STO. ANT. PATRULHA

GRAVATAÍ

GUAÍBA

GLORINHA

CACHOEIRINHA

PORTO ALEGRE

ELDORADO DO SUL

ALVORADA

2002

36


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

Figura 23: tabela da evolução da população residente

População Residente 1991

1996

2000

urbana

12.480

16.120

19.242

rural

5.223

6.732

8.026

total

17.703

22.852

27.268

2005*

33.261

Figura 24: gráfico da evolução da população residente, com a curva acentuada do crescimento

35.000 30.000 25.000

urbana

20.000

rural

15.000

total

10.000

Eldorado

do

Sul,

conforme

Censo

do

IBGE

em

2000,

totalizou 27.268 habitantes, apresentando uma taxa média

5.000 0

1.4.2 Crescimento Demográfico e Urbanização

de

1991

1996

2000

2005*

crescimento

anual

de

4,96%,

passando

de

17.301

habitantes em 1991 para 27.268 habitantes em 2000. Do total de habitantes, 70% encontram-se em áreas urbanas e 30% em áreas rurais.

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37


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

Seguindo

esta

populacional

taxa

para

de

2006

crescimento, é

de

a

estimativa

aproximadamente

35.000

habitantes e para 2025 superaria os 55.000 habitantes. É importante

salientar

que

a

taxa

de

crescimento

de

Eldorado do Sul supera as taxas médias de crescimento ao ano do Brasil, do Rio Grande do Sul e mesmo da capital Porto Alegre, estando entre os municípios do estado que mais cresceram na década, assim como Nova Santa Rita, Nova

Hartz

e

Dois

Irmãos.

Esta

característica,

antes

restrita a Porto Alegre e cidades mais populosas, agora Figura 25: tabela dos municípios da RMPA.

se

verifica

nas

cidades

da

periferia

da

região

metropolitana, onde, atraídos pelos preços mais baixos da terra e pelas facilidades de emprego das áreas de expansão econômica, aportam migrantes de todo o estado. Em 2000, a população do município representava 0,27% da população do Estado, e 0,02% da população do País.

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38


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

A

taxa

de

urbanização

(população

urbana

/

população

total) diminuiu 2,17, passando de 72,13% em 1991 para 70,57% em 2000. Houve um crescimento da população rural quase igual ao da população urbana. Acredita-se que isso reflete

o

estabelecimento

do

assentamento

rural

São

Pedro, localizado próximo ao Loteamento Parque Eldorado na BR 290. Pelos dados da Secretaria da Agricultura, há no assentamento 110 famílias. A taxa de urbanização da RMPA também diminuiu no período de 1991-2000. Ao contrário da taxa do Rio Grande do Sul que apresentou aumento de 5%. A expectativa é que esta situação Figura 26: taxa de urbanização por município do Rio Grande do Sul

de

acompanhando

Eldorado a

do

tendência

Sul do

e

da

estado

RMPA que

se

inverta,

apresentou

um

crescimento do número de habitantes urbanos, a partir da década

de

1950.

Desde

então,

de

forma

progressiva

e

constante, a população gaúcha vem se concentrando nas cidades.

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39


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

1.4.3 Capital Humano

O termo capital humano diz respeito à população residente e suas características. A

constituição

étnica

da

população

do

município

está

representada por 50% portugueses, 20% de poloneses, 10% de italianos, 10% de alemães, e 10% de espanhóis. Esta população está distribuída, conforme mostram os dados dos

setores

censitários

do

IBGE,

nas

várias

nucleações

urbanas e assentamentos rurais que estão espraiados pelo território. As maiores concentrações populacionais estão na Figura 27: distribuição da população por setores censitários.

Sede e no Sans Souci. Já o Loteamento Parque Eldorado, por exemplo, muito embora supere a sede em área, chama a atenção por apresentar um número bastante baixo de moradores.

POPULAÇÃO RESIDENTE POR FAIXA ETÁRIA 2001 IBGE

Analisando os gráficos da estrutura etária, percebemos que a população

7.000

residente

é

predominantemente

jovem.

A

faixa

etária que vai de 0 a 19 anos representa 44% da população

6.000 5.000

total. Mais relevante ainda é faixa que vai até 40 anos

4.000

representar 86% da população total do município. Este fato

3.000 2.000

denota

1.000 0 0 - 09 10 - 19 20 - 29 30 - 39 40 - 49 50 - 59 60 - 69 70 - 79 anos anos anos anos anos anos anos anos

80 e mais anos

Figura 28: gráfico da estrutura etária

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

a

necessidade

de

avaliar

possíveis

carências

específicas como equipamentos desportivos e de lazer para os jovens; e vagas de emprego para uma concentração tão grande de população economicamente ativa.

40


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

Figura 29: instrução da população por setores censitários

POPULAÇÃO RESIDENTE POR ANOS DE ESTUDO 2001 (10 OU MAIS ANOS DE IDADE) IBGE 10000 9000 8000 7000 6000 5000 4000 3000 2000 1000 0 menos de 1 ano de estudo

Quanto

à

instrução,

é

marcante

o

fato

de

48%

de

a

população residente possuir apenas o 1º grau completo. É bastante relevante para o desenvolvimento do município que essa população, que vem aumentando, eleve também os seus padrões de instrução. O tipo de indústria que se estabelece qualificado. 1 a 3 anos de estudo

4 a 7 anos de estudo

8 a 10 anos de 11 a 14 anos de estudo estudo

na

região A

necessita

demanda

por

de

capital

cursos

humano

técnicos

e

especializantes em áreas tecnológicas é, portanto, uma primeira indicação clara de carência.

Figura 30: gráfico do grau de instrução por anos de estudo

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

41


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

A

renda

per

capta

média

da

população

residente

no

município cresceu 36,95% de 1991 para 2000 passando de R$ 194,03 para R$ 265,73. Eldorado do Sul ocupa a sexta Figura 31: distribuição da renda por setores censitários

posição

em

relação

aos

municípios

do

COREDE.

Ainda

assim, 25% da população possui rendimento nominal mensal POPULAÇÃO RESIDENTE POR RENDIMENTO NOMINAL MENSAL 2001 (10 OU MAIS ANOS DE IDADE) IBGE

de até dois salários mínimos. A

4000

intensidade

da

pobreza

-

medida

pela

proporção

de

pessoas com renda domiciliar per capita inferior a R$

3500

75,50, equivalente à metade do salário mínimo vigente em

3000 2500

agosto de 2000 - diminuiu 26,96%, passando de 31,4% em

2000

1991 para 22,9% em 2000. Mesmo com essa redução, dentre

1500 1000

os municípios da RMPA, Eldorado do Sul apresenta o pior

500 0 até 1

1a2

2a3

3a5

5 a 10

10 a 20

mais de 20

valor de intensidade de pobreza.

Figura 32: gráfico do rendimento nominal mensal

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42


imeiro Relatรณrio de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

Meio Ambiente Natural Saneamento Redes de Infra-estrutura

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43


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

2.1 Unidade de Conservação: Parque Estadual Delta do Jacuí A Unidade de Conservação é um espaço territorial que juntamente

com

características

os

seus

naturais

recursos

relevantes

ambientais

-

uma

vez

com tendo

definidos os seus limites e objetivos de conservação, e legalmente instituído pelo Poder Público - passa a ter sua

proteção

adequada

garantida

por

lei

(Sistema

Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC – Lei Federal nº 009.985-2000). O

Parque

Estadual

Delta

do

Jacuí

(PEDJ)

é

uma

das

maiores Unidades de Conservação do Estado. Foi criado em Figura 33: Unidades de Conservação no Rio Grande do Sul

14/01/1976, através do Decreto 24.385. Em dezembro de 2004

foi

aprovado

pelo

Conselho

Estadual

do

Meio

Ambiente (CONSEMA), o Projeto de Redefinição dos limites do PEDJ. O Parque Estadual Delta do Jacuí passa então, a ter cerca de 14 mil hectares, que somados à Área de Proteção

Ambiental

chegam

a

aproximadamente

23

mil

hectares.

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44


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

Figura 34

A

nova

legislação

prevê,

portanto,

duas

Ambiental

-

unidades

de

conservação diferentes:

APA

-

Área

Constitui

a

necessita público,

de

Proteção

zona

ser

em

podendo

de

amortecimento

sua

totalidade

haver

ha.

Parque.

Não

do

de

propriedades

22.826,39

posse

e

domínio

particulares.

Tem

por finalidade a adequação das atividades humanas ali existentes às características ambientais da região para proteção da diversidade de ambientes e espécies. Permite o uso dos recursos naturais de forma sustentável. E, com a

elaboração

elaboração

e

do

plano

execução

de

de

manejo,

projetos

possibilitará

de

a

desenvolvimento

comunitário e disciplinará a ocupação e o uso do solo e a resolução dos conflitos sócio-ambientais existentes na área. Parque Estadual Delta do Jacuí - 14.242, 05 ha. Área de proteção integral, destinada a preservar áreas naturais ou pouco alteradas, paisagens, ecossistemas e/ou sítios geológicos

de

grande

interesse

para

atividades

científicas, educacionais e recreativas. É formada por áreas

de

domínio

público

sendo

necessária

a

desapropriação.

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45


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

O SNUC prevê ainda, uma faixa de amortecimento de 10 km no entorno da Unidade de Conservação como área de manejo sustentável. O

Parque

está

situada

no

encontro

dos

rios

Jacuí,

Gravataí, Caí e Sinos; e abrange os municípios de Porto Alegre,

Canoas,

Nova

Santa

Rita,

Eldorado

do

Sul

e

Triunfo. Formado por 30 ilhas e porções continentais com matas, banhados e campos inundados, a preservação desta área é importante devido à: -

Proteção

contra

cheias,

amenizando

os

efeitos

das

enchentes sobre a região metropolitana; - Conservação de uma grande riqueza biológica da fauna e flora presentes nos ecossistemas do Delta; Figura 35: ilhas do PEDJ vistas do município de Eldorado do Sul

-

Regulação

térmica

da

aporte

de

área

urbanizada

da

região

metropolitana; Na expansão urbana deve-se considerar os condicionantes associados à zona de amortecimento do Parque Delta do

-

Condução

e

sedimentos

responsáveis

pelo

Jacuí.

processo de formação das Ilhas e banhados, paisagens que caracterizam essa Unidade.

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46


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

Tabela 1: Classes de uso e cobertura do solo no município de Eldorado do Sul

Classe de uso e cobertura

2.2 Uso e Cobertura do Solo

Área (ha) O mapa de uso e cobertura do solo do município (figura

Água

2.096

Banhado

683

Mata nativa

2.219

feita em tela com a imagem ampliada na escala 1:50.000,

Campo úmido

755

a mesma da base cartográfica da Diretoria de Serviço

Campo seco

11.205

Campo rupestre

233

Cultivo florestal

8.605

Agricultura irrigada

16.340

Agricultura de sequeiro

2.193

Agricultura e pecuária

494

Área urbanizada

2.024

lavouras de arroz.

Não classificado

5.068

As áreas de banhado encontram-se junto ao rio Jacuí e ao

Área total do Município

51.915

36) foi gerado a partir de um mosaico de imagens de satélite Landsat do ano de 2003. A interpretação foi

Geográfico do Exército. Da

área

total

de

51.915

hectares

do

Município,

foi

concluído o mapeamento de 46.841 hectares. Nestes, foram identificadas

11

classes

de

uso

e

cobertura

do

solo

(tabela 1). Os

corpos

d’água

correspondem

à

porção

do

Guaíba

no

perímetro do município bem como lagos e açudes usados para

dessedentação

Guaíba,

associados

dos

às

animais

matas

e

na

ciliares

irrigação

e

aos

das

campos

úmidos. A mata nativa está localizada ao longo da drenagem e na borda das ilhas do delta do rio Jacuí.

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

47


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

Figura 36

Os

campos

úmidos

possuem

área

de

cobertura pequena. A maior parte deles deu lugar

aos cultivos irrigados de

arroz. Nestas áreas, em períodos em que o

arroz

não

temporariamente

é

cultivado, a

criação

Tanto os banhados,

é

feita

de

gado.

os campos úmidos

quanto às áreas com cultivos irrigados estão localizados em áreas planas de baixa

altitude,

sobre

terrenos

arenosos de origem lagunar e fluvial. O

lençol

freático

geralmente

está

próximo à superfície sendo estas áreas também suscetíveis à erosão. Os campos secos são utilizados para a criação

de

gado.

Estes

campos

encontram-se sobre áreas de encostas suaves, cujos solos têm

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48


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

origem na decomposição de rochas graníticas pertencentes

A cobertura vegetal original no Município compreendia

ao Escudo Sulriograndense. Em termos de cobertura, os

mata nativa, banhados, campos úmidos, secos e rupestres.

campos secos ocupam área apenas inferior à ocupada pela

Desta cobertura original a classe com maior cobertura

agricultura irrigada. Parte da área antes ocupada pelos

são

campos é hoje compartilhada com agricultura ou de uso

criação

exclusivo para agricultura de sequeiro. Outra parte foi

originais possuem área que juntas correspondem a menos

convertida

de 10% da área do município. Várias ONG’s ligadas à

também

em

cultivos

significativa,

florestais. sendo

o

Estes

ocupam

terceiro

área

uso

em

superfície.

mais elevadas do Município e correspondem a áreas de rasos

campos de

e

cobertura

esparsa

de

vegetação

predominantemente herbácea com afloramentos rochosos.

secos,

gado.

conservação Conservancy)

Os campos rupestres são campos localizados nas porções solos

os

embora

Todas

ambiental,

as

demais

entre

recomendam

a

sejam

elas

utilizados coberturas

a

TNC

preservação

de

para

a

vegetais

(The 10%.

Nature Nesta

perspectiva, seria desejável que o Município buscasse proteger o que resta de banhados e campos úmidos, além da mata nativa. Esta última, pela grande fragmentação, encontra-se especialmente vulnerável. Para contemplar os campos secos e rupestres, recomenda-se também a seleção

A área urbanizada tem maior concentração de edificações

de pelo menos 1.500 hectares destas duas formações. Na

na Sede e no Sans Souci e baixa junto ao Loteamento

expansão urbana deveriam ser evitados ambientes de mata,

Parque Eldorado.

banhado ou campo úmido, já que estes ambientes estão seriamente ameaçados de extinção no Município, além de serem

áreas

geralmente

sujeitas

à

inundação.

A

manutenção das diferentes paisagens naturais associadas ao tipo de atividade rural desenvolvido sobre elas pode ser um importante potencial para o turismo.

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

49


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

Tabela 2: Faixas de altitude e respectivas áreas ocupadas no município de Eldorado do Sul

Relevo

Declividades

Área (ha)

Plano

0 – 3%

28.221

Suave

3 – 8%

11.713

Suave ondulado

8 – 12%

5.631

Ondulado

12 20%

4.837

Forte ondulado

20 45%

1.492

Montanhoso

45 75%

21

2.3 Relevo A construção do mapa hipsométrico (altimetria) teve por base as cartas da Diretoria de Serviço Geográfico do Exército. Após digitalização e georreferenciamento das folhas

Arroio

dos

Ratos,

Guaíba

e

Morretes,

foram

vetorizadas as curvas de nível com eqüidistância de 20

Tabela 3: Tipo de relevo e intervalo de declividadese superfície ocupada no município de Eldorado do Sul

metros. Cada curva vetorizada recebeu a respectiva cota altimétrica. Uma vez editadas as curvas de nível das três cartas, foi gerado um modelo numérico do terreno

Altitudes

Área (ha)

(MNT). Utilizou-se para tal um modelo TIN (Triangular

0 – 20 m

22.404

Irregular Network – Rede triangular irregular). A partir

20 – 40 m

8.546

40 – 80 m

8.231

80 – 120 m

5.899

máscara

correspondente

120 – 180 m

5.421

recorte

do

180 – 240 m

1.397

ocupada per cada classe de altitude (tabela 2).

240 - 300 m

19

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

das altitudes contínuas, gerou-se um mapa de classes de altitude, no qual as altitudes dentro de um intervalo foram

agrupadas

na

mesma

Município

a

classe. Eldorado

para

o

Com do

cálculo

auxílio Sul, da

de

uma

fez-se

o

superfície

50


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

Figura 37

O mapa altimétrico revela que o Município

encontra-se

predominantemente

em

altitudes

inferiores a 20 m (43%). Este fator,

associado

à

baixa

declividade, em especial destas áreas, cultivo

as

torna

próprias

irrigado,

mas

ao traz

dificuldades à expansão urbana. Dos

57%

restantes,

32%

estão

entre 20 e 80 m. As altitudes máximas são inferiores a 300 m (figura 37). O

mapa

de

declividades

é

derivado do MNT. Uma vez gerado o mapa de altitudes, é gerado um

mapa

de

declividades

contínuas, a partir do qual os valores

são

reclassificados

para as classes de declividade constantes na tabela 3.

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

51


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

Figura 38

Mais de 75% da superfície do Município

possui

relevo

com

declividades inferiores a 10% Cerca de 19% tem relevo suave ondulado

a

porção

do

ondulado.

Nenhuma

município

declividades

tem

superiores

a

portanto,

não

100%. A declividade, define

nenhuma

restrição

do

ponto de vista da legislação ambiental.

O

fato

predominarem

declividades

muito

baixas

conseqüências escoamento água.

de

acumulação velocidade

tem

sobre

o

superficial forte

tendência

de de

da

água

e

escoamento

de a é

baixa (figura 38).

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

52


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

2.4 Áreas de Preservação Permanente

Figura 39

As APP’s (Figura 39) foram derivadas da hidrografia extraída das cartas na escala 1:50.000

da

Geográfico

Diretoria do

de

Serviço

Exército.

Conforme

determina a legislação, os rios com até 10

metros

de

largura

tem

faixa

de

30

metros de largura em cada margem. Rios com mais de 600 metros têm faixa de 500 metros em cada margem. Lagos

naturais

e

artificiais

tiveram

faixa delimitada de 50 metros, o mesmo acontecendo com as nascentes. Considerando estes critérios, o Município possui

4954

corresponde

hectares a

9,5%

de do

APP,

o

que

território

municipal. No anexo I deste capítulo, encontra-se a legislação sobre APP’s.

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53


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

2.5 Águas Urbanas O termo “águas urbanas” diz respeito a questões de abastecimento de água (captação, adução, tratamento e distribuição), esgotamento sanitário (coleta, tratamento e disposição) e drenagem urbana (identificação de locais de

alagamento,

dispositivos

de

controle,

redes

de

esgotamento pluvial e disposição). No

presente

relatório

é

apresentado

um

diagnóstico

preliminar da situação das águas urbanas do município de Eldorado

do

junto

Prefeitura

à

Sul,

tendo

como

base

Municipal

de

informações Eldorado

obtidas

do

Sul

e

visitas técnicas realizadas. A

seguir,

são

planejamento aspectos

apresentados

adotados

identificados

e

os

são

no

princípios

descritos

que

se

os

refere

básicos

de

principais à

Drenagem

Urbana, Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário.

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

54


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

2.5.1 Princípios Básicos de Planejamento para as Águas Urbanas

Esses

impactos

planificação

são

da

ainda

drenagem

majorados urbana

e

pela pela

falta

de

utilização

generalizada de princípios higienistas, em detrimento da aplicação Atualmente

um

hídricos

no

dos

principais

país

desenvolvimento

é

o

impacto

resultante

do

drenagem

urbana,

afastamento

do

excesso

pluvial,

baseados

no

contribuem

rápido

para

um

inundações para jusante. Esta tendência não está sendo

muitas vezes provocam situações em que os hidrogramas de

contida,

cheia

urbana,

com

ampliada

deterioração

interno

de

sistemas

redução no tempo do escoamento. Essas características,

concentração

nível

higienistas

Os

aumento nos volumes escoados e vazões de pico e uma

sendo

em

recursos

compensatórias.

municípios como em nível externo, exportando poluição e está

tanto

de

técnicas

dos

mas

urbano,

problemas

de

pela dos

grande

mananciais,

tornam-se

freqüência

e

a

mais

críticos,

gravidade

das

aumentando,

inundações.

assim,

As

a

técnicas

ineficiência das redes de coleta e tratamento de esgotos

compensatórias,

agindo

e a total falta de controle, tanto quantitativo como

convencionais,

procuram

qualitativo, sobre os esgotos pluviais.

efeitos da urbanização, não só em termos quantitativos,

Dentre

os

principais

urbanização, escoamento

podem-se

impactos

destacar:

superficial;

decorrentes

aumento

aumento

da

no

da

volume

freqüência

do das

inundações, assim como de sua intensidade; redução da umidade

do

freático;

solo,

que

diminuição

leva

do

a

uma

escoamento

redução

do

de

dos

base

lençol rios;

redução do armazenamento potencial e da capacidade de transporte

dos

vales

dos

rios;

aumento

na

carga

de

poluentes decorrente da rede pluvial ou do escoamento superficial.

em

conjunto

compensar

com

as

estruturas

sistematicamente

os

mas também em termos qualitativos, agindo de forma mais integrada ao espaço como um todo, ou seja, tecnicamente efetivas, bem integradas com o urbanismo, e com o mínimo impacto ao meio ambiente. O impacto dos efluentes de esgotamento sanitário e da drenagem

urbana

pode

ser

analisado

dentro

de

dois

contextos espaciais diferentes: Impactos

que

extrapolam

o

município,

ampliando

as

enchentes e contaminando a rede de rios para jusante, denominado de impacto da enchente e poluição pontual e

difusa nos rios que envolvem as cidades. Este tipo de

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

55


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

impacto é a resultante das ações dentro da cidade, que

Ao

são transferidas para o restante da bacia. Para o seu

simplesmente

controle

serem

implementação de técnicas compensatórias, que procuram

legislação

recuperar as condições existentes antes da urbanização,

atingidos

podem e

ser

estabelecidos

geralmente

são

padrões

regulados

por

a

ambiental e de recursos hídricos federal ou estadual; Impacto

dentro

das

cidades:

estes

impactos

são

disseminados dentro da cidade, que atingem a sua própria população. O controle neste caso é estabelecido através de medidas desenvolvidas dentro do município através de legislação municipal e ações estruturais específicas. Em

cada

definida

município pelo

existe

Plano

uma

Diretor

legislação Urbano

que

invés

de

tratar

os

problemas

transferindo-os

reduzindo

os

impactos

integrada

ao

espaço

Diretores

de

Saneamento

da

como

para

jusante,

ocupação, um

pontualmente,

agindo

todo.

Ambiental,

busca-se

Assim, Drenagem

de os

a

forma Planos

Urbana

e

Esgotamento Sanitário são norteados pelos princípios de IMPACTO

ZERO

(novos

desenvolvimentos

não

podem

gerar

condições piores que as de pré-urbanização), de planejar o conjunto da bacia e de evitar a transferência dos

específica

impactos para jusante.

geralmente

introduz o uso do solo e as legislações ambientais, mas dificilmente aborda a drenagem urbana. A abordagem das águas pluviais é efetuada pelo Plano Diretor de Drenagem Urbana,

que

é

o

mecanismo

de

gerenciamento

das

inundações ribeirinhas e da drenagem urbana nas cidades. Este plano deve estar integrado aos diferentes planos de infra-estrutura relacionados

ao

da

cidade,

Saneamento

principalmente

Ambiental:

Águas,

os

Esgoto,

Resíduos Sólidos e Meio Ambiente, e subordinado ao Plano Diretor Urbano que integra o conjunto de planejamento da cidade.

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

56


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

Figura 40

2.5.2 Drenagem Urbana A questão das inundações urbanas é um dos principais problemas a ser enfrentado na cidade de Eldorado do Sul. As

inundações

podem

ocorrer

tanto

sob

a

forma

de

enchentes (figuras 40 e 41) em áreas ribeirinhas - que ocorre quando a população ocupa o leito maior do rio, inundado, natural

do

freqüentemente, ciclo

em

hidrológico

decorrência -

quanto

do

de

processo

alagamentos

localizados (figuras 42 e 43), devido ao processo de urbanização - quando a ocupação do solo, com superfícies impermeáveis e redes de condutos, aumenta a magnitude e também a freqüência das enchentes. Um bom entendimento das

condições

essencial

para

da a

drenagem correta

urbana

no

compreensão

município das

é

diversas

variáveis envolvidas. Figura 41

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

57


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

evapotranspiração

evapotranspiração A rede de drenagem pluvial implantada no município não é fruto de um projeto racional global desenvolvido, mas sim

resultante

de

iniciativas

tomadas

por

diversas

administrações que foram implantando gradativamente, com maior Esc.superficial

Esc s Esc.superficial

subterrâneo

subterrâneo

menor

êxito,

uma

rede

de

drenagem

pluvial.

Dessa forma, não há um cadastro da rede, sendo possível apenas obter as informações fornecidas pelos órgãos da administração municipal. Segundo estas informações, há rede de drenagem pluvial em quase toda a área central e também no bairro Sans Souci. É importante ressaltar que essa

Figura 42

ou

rede

de

drenagem

recebe

também

os

efluentes

de

esgotamento cloacal, constituindo, na prática uma rede mista

de

esgotamento.

A

figura

44

exemplifica

esta

situação. Figura 43

Figura 44: rede de drenagem no bairro Progresso, com contribuições de esgoto sanitário. SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

58


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

Figura 45: aglomerações urbanas em Eldorado do Sul

A figura 45 mostra as aglomerações urbanas em Eldorado do Sul. Há duas situações refere

bem

às

distintas

inundações:

no a

que

se

sede

do

município e os bairros Picada, Sans Souci

e

Sol

Nascente

estão

sob

influência de enchentes do rio Jacuí e lago Guaíba; as áreas afastadas da sede, como o distrito rural de Bom Retiro, enfrentam problemas devido a outros cursos d’água, de menor porte que,

ao

extravasarem,

causam

alagamentos localizados. Para a região da sede do município e os bairros Picada, Sans Souci e Sol Nascente,

foram

identificadas

áreas de risco para inundações por enchentes

do

rio

Jacuí

e

lago

Guaíba. Estas áreas são delimitadas abaixo da cota 6,00m, com base em estudos

preliminares

região

do

importante ocupação

Delta

efetuados do

identificar do

solo

na

Jacuí.

É

o

e

nestas

uso

regiões,

para avaliar se as condições atuais

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

59


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

são

adequadas

ou

se

necessidade

de

remoção

e

relocação de população ou alteração das práticas atuais de uso. As

figuras

46

e

47

apresentam

uma

identificação

preliminar destas áreas, com base em imagens de satélite e levantamento planialtimétrico na escala 1:50.000. São apresentadas informações sobre uso do solo e dados de relevo. A figura 46 mostra o uso atual do solo. Pode-se observar a existência de áreas de ocupação urbana e industrial, áreas agrícolas e de florestamento.

Sob o ponto de

vista de áreas de risco para inundação, é necessário combinar esta informação com dados de relevo, conforme mostrado na figura 47, onde áreas acima da cota 6,00m estão apresentadas em vermelho e é destacado o uso e ocupação do solo nas áreas abaixo desta cota. Na maior parte

da

área

abaixo

da

cota

6,00m,

o

uso

atual

é

adequado, mas há necessidade de medidas corretivas em pontos localizados, como ocupações irregulares em áreas alagáveis, em que há necessidade de medidas de proteção ou de relocação da população. Figura 46: uso atual do solo no município de Eldorado do Sul

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

60


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

Nesta

região,

a

posição

do

lençol

freático,

muito

próximo à superfície do solo em grandes áreas da cidade, impossibilita pluvial

pela

o

controle

adoção

de

da

geração

estruturas

de

de

escoamento

infiltração.

É

importante identificar áreas que podem ser alagadas e prever áreas a serem preservadas para implementação de reservatórios de detenção do excesso de escoamento, para reter os excessos pluviais e reduzir as possibilidades de alagamento, servindo como medidas de controle dessas inundações. Em síntese, na região da sede do município e dos bairros Picada,

Sans

Souci

e

Sol

Nascente,

as

informações

disponíveis apontam para a possibilidade de delimitação de áreas inundáveis, que teriam séries restrições para sua ocupação, permitida apenas para usos passíveis de receber

inundações

poderia

ser

polders,

periódicas.

protegido

seguindo

um

por

um

O

restante

sistema

planejamento

que

de

das

áreas

diques

e

contemplaria

conjuntamente os aspectos de recursos hídricos, sistema viário e desenvolvimento urbanístico.

Figura 47: uso e ocupação do solo em Eldorado do Sul abaixo da cota 6,00m (em vermelho a área acima da cota 6,00m)

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

61


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

No

caso

dos

alagamentos

distritos

localizados,

extravasamento

de

cursos

rurais, em d’água

ocorrem

função locais.

do A

figura 48 mostra arroio no distrito rural de Bom Retiro que provoca este tipo de inundação. Neste

caso,

devem

ser

estudadas

medidas

de

proteção que conjuguem melhorias nas condições de escoamento destes cursos d’água, em conjunto com a utilização de dispositivos de controle distribuído, detenção

e

tais

como

estruturas

de

reservatórios

de

infiltração,

que

buscam evitar a transferência dos impactos para jusante.

Figura 48

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

62


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

2.5.3 Abastecimento de Água DOMICÍLIOS SEGUNDO FORMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA - 2000 FONTE: METROPLAN

O abastecimento de água em Eldorado do Sul (Figura 49)é efetuado

integralmente

pela

CORSAN,

atendendo

os

bairros: Itaí, Área Central, Cidade Verde, Loteamento 9.000

Popular,

8.000

Sans-Souci,

Chácara

e

Área

Industrial.

No

bairro Picada, junto à Ilha da Pintada, a CORSAN recebe

7.000

água tratada pelo DMAE, de Porto Alegre e repassa à

6.000

Total Domicílios

5.000

Rede Geral

4.000

Poço ou Nascente

Nos

3.000

Outra Forma

proveniente de duas Estações de Tratamento de água (ETA

população de Eldorado do Sul. demais

bairros,

a

água

para

o

abastecimento

é

2.000

1 e ETA 3) na cidade de Guaíba, sendo conduzida por

1.000

adutora com tubulação de 200 mm de diâmetro. Em Eldorado do

0 Eldorado do Sul Figura 49: o gráfico evidencia que 75% do total de domicílios possuem abastecimento de água por rede geral

Sul,

um

reservatório

elevado

da

CORSAN,

com

capacidade de 500 m3, recebe e distribui a água para a cidade.

Está

prevista

a

implantação

de

um

outro

3

reservatório de 500 m , para atender o loteamento Centro Novo. Não há carência de água para atender as demandas do município, mas existe uma demanda reprimida de água em períodos existente. conclusão

de

verão, Esta

da

devido

capacidade

adutora

Guaíba

à

capacidade será

da

duplicada

Eldorado

do

adutora com Sul,

a com

tubulação de diâmetro de 300 mm, o que deverá resolver as deficiências atuais.

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

63


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

9.000

Total de domicílios

8.000 Fossa séptica

7.000 6.000

2.5.4 Esgotamento Sanitário e Resíduos Sólidos

Fossa rudimentar

5.000 Rio, lago ou mar

4.000

O município não dispõe de rede separadora para esgotos

3.000

Não tinham banheiro nem sanitário

2.000

Rede geral de esgoto ou pluvial

1.000 0

1

Outro escoadouro

Figura 50: o gráfico mostra 80% dos domicílios com fossa séptica

sanitários.

As residências realizam o tratamento dos

esgotos

fossas

em

(figura

sépticas

50),

e

estas

direcionam o seu efluente para o sistema de drenagem pluvial, que deságua no rio Jacuí ou em banhados sem tratamento prévio (figura 51). No

que

se

refere

ao

tratamento

de

água

e

rede

de

esgotos, existem apenas projetos e propostas de estudos. Há um projeto de estação de tratamento para atender o loteamento “Centro Novo”. Existe também uma tratativa junto

à

Corsan

para

aplicar

um

recurso

existente,

oriundo de consulta popular, em um estudo de concepção da

rede

de

esgoto

da

cidade.

É

necessário

que

este

estudo seja efetuado conforme os princípios básicos de planejamento propostos no presente documento, através de Plano Setorial específico (Plano Diretor de Esgotamento Sanitário) garantindo, assim, condições para que seja efetuado

um

gerenciamento

integrado

dos

recursos

hídricos, de forma eficiente e econômica. Figura 51: lagoa de tratamento de resíduos da Olvebra (usada para despejo de esgotos domiciliares pela população do Sol Nascente)

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

64


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

2.5.5 Resíduos Sólidos Figura 52: antiga Saibrera – local do aterro sanitário desativado

Quanto a resíduos sólidos, o lixo coletado é enviado para

Minas

do

Leão.

Não

um

programa

de

coleta

seletiva. Porém no local do aterro desativado chamado “saibreira” (figura 52), há um projeto (em estudo) nas Secretarias do Planejamento e do Meio Ambiente para uma usina de reciclagem de resíduos sólidos, bem como para uma campanha de conscientização junto à população sobre coleta seletiva.

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65


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

tratamento de esgotos a ser utilizada nas ETE’s. Serão considerados aspectos técnicos e econômicos relativos a processos

aeróbios

esgotos.

2.5.6 Conclusões

e

anaeróbios

de

tratamento

de

Ainda quando da elaboração do Plano Diretor de

Esgotos Sanitários, deverá ser estudada a conveniência de adotar rede separadora absoluta em todo o arruamento urbano, ou aproveitar a rede pluvial para conduzir a

O diagnóstico preliminar efetuado da situação das águas

vazão de tempo seco à ETE para tratamento, desviando-se

urbanas do município de Eldorado do Sul mostra que há

vazões da mesma para o curso receptor quando de chuvas

carências

intensas. Deve-se destacar que os órgãos financiadores

nos

sistemas

de

abastecimento

de

água,

esgotamento sanitário e resíduos sólidos. Evidencia-se,

de

também, a necessidade de desenvolvimento de um sistema

sistemas

de

proteção

contra

Desenvolvimento

Plano

Diretor

de

mas

desenvolvimento

apontará

as

órgãos.

inundações.

Urbano

em

O

diretrizes gerais para enfrentar estes problemas. Os

estudos

para

Desenvolvimento

desenvolvimento Urbano

empreendimentos

do

deverão

Plano

ser

Diretor

de

posteriormente

separadores

esta

Quando

costumam

da

posição

vem

exigir

absolutos sendo

elaboração

de

de

a

esgotos

repensada

Plano

implantação

sanitários,

pelos

Diretor

de

de

referidos

Drenagem

Urbana, a posteriori da elaboração do Plano Diretor de Desenvolvimento

Urbano,

informações

e

estudos

serão

Diretores

desenvolvidos para identificar áreas de alagamento e as

Setoriais, como o Plano Diretor de Drenagem Urbana e o

possíveis soluções a serem implementadas, avaliando-se

Plano Diretor de Esgotamento Sanitário e de Tratamento

as opções de instalação de reservatórios de detenção,

de Águas e Efluentes. Esses Planos Diretores Setoriais

combinados com a ampliação e a melhoria das condições de

permitirão

escoamento da rede de drenagem existente. Essa melhoria

complementados

um

pela

melhor

elaboração

de

planejamento

Planos

do

desenvolvimento

urbano da cidade. Futuramente, quando da elaboração de Plano Diretor de Esgotos Sanitários, deverá ser decidida a metodologia de

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

das condições de escoamento poderá ser obtida, através de aprofundamentos e retificações de cursos d’água, onde for adequado.

66


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

2.6 Energia e Telecomunicações Eldorado do Sul possui uma rede de alta tensão para 23.000 (vinte e três mil) volts e uma subestação de transformação com 230/KV/23KV-50MVA de potência, sendo que 28 MVA para a demanda atual e 22 MVA suplementares disponíveis, além disso, 4 alimentadores e 1 de reserva. Figura 53: geração e transmissão de energia no Rio Grande do Sul

Com relação às telecomunicações, Eldorado do Sul contém uma das melhores e mais modernas centrais telefônicas do Brasil e América Latina, com platinas sem oxidação (Ouro /

Prata),

Linha

equipamentos

de

Dados,

digitais

constitui

produzidos

por

uma PHT

central –

com

Sistemas

Eletrônicos, uma tecnologia de ponta de fibras ópticas (Anel viário de fibra óptica), interligada ao estado do Rio Grande do Sul.

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67


imeiro Relatรณrio de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

Economia

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68


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

Eldorado do Sul nasceu como um potente reduto industrial localizado junto à BR-116, trazendo consigo praticamente a metade da atual receita do município-mãe, Guaíba. São mais de 100 as unidades de indústrias de transformação estabelecidas

no

município.

Com

destaque

para

a

Dell

Computadores do Brasil.

PIB – Produto Interno Bruto

Eldorado do Sul chegou a ser a 2ª cidade do estado em arrecadação per capita na década de 90. A partir de 1998,

quando

decrescendo aumento

ocupava

de

forma

progressivo

o

posto

sucessiva,

de

sua

de

muito

população.

lugar, em

Isso

foi

razão porque

do é

sabido que os municípios que apresentam os maiores PIB per

capita

apresentam

são

predominantemente

significativa

pouco

participação

da

populosos indústria

e em

sua economia. No período de 2002 – 2003 o PIB de Eldorado do Sul cresceu 23% e o município passou a ocupar a 48ª posição em PIB per capta e a 33ª posição em PIB do estado.

“PIB - Produto Interno Bruto - e PIB per capita

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69


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

PIB R$ MIL COREDE REGIÃO METROPOLITANA DELTA DO JACUÍ FONTE: FEE

É a medida do produto gerado na economia durante um

900.000.000.000.000 800.000.000.000.000

2000

700.000.000.000.000 600.000.000.000.000 500.000.000.000.000 400.000.000.000.000

2001

300.000.000.000.000 200.000.000.000.000 100.000.000.000.000 0

determinado

período

de

tempo.

O

cálculo

é

feito

em

2002

unidades monetárias, porque essa é a única forma de

2003

somar coisas tão distintas como bens (carros, toneladas bancos, barbeiros, hospitais, etc). A sua variação anual

Triunfo

Porto Alegre

Gravataí

Cachoeirinha

Eldorado do Sul

de trigo, etc) e serviços (o produto gerado em escolas, reflete o quanto a economia produziu a mais, ou a menos, que no ano anterior... É muito importante relacionar o crescimento da produção com o da população, pois, é esta relação que determinará se, na média, a população está

Figura 54: evolução do PIB dos municípios do Corede de

"enriquecendo" ou não. Por exemplo, se em algum caso

2000 a 2003

mesmo com

o crescimento PIB,

a evolução do

PIB

per

capita for negativa, evidencia que a população cresceu mais do que a produção naquele ano, mostrando que, na

PIB PER CAPTA R$ MIL COREDE REGIÃO METROPOLITANA DELTA DO JACUÍ FONTE: FEE

média,

a

população

empobreceu.

É importante lembrar que o PIB per capita é apenas uma 250.000.000.000.000.000.000

média indicativa: a distribuição deste ganho ou perda se

200.000.000.000.000.000.000

2000

150.000.000.000.000.000.000

2001

100.000.000.000.000.000.000

2002

50.000.000.000.000.000.000

2003

dá de forma desigual entre as diferentes pessoas, e este efeito não é captado por este indicador.” www.economiabr.net

Triunfo

Porto Alegre

Gravataí

Cachoeirinha

Eldorado do Sul

0

Figura 55: evolução do PIB per capita dos municípios do Corede de 2000 a 2003

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70


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

No que diz respeito a exportações, embora o município Figura 56: participação dos municípios nas exportações gaúchas

não se destaque, a localização privilegiada, tanto na RMPA

quanto

como

rota

direta

Sul

dentro

da

Eldorado

do

exporta.

Gerando

um

grande

para

área

o

do

potencial

Mercosul Estado para

coloca

que

mais

atração

de

novos investimentos no município.

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

71


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

3.1 Setor Primário

O setor primário - embora sejam bastante lembradas as lavouras

de

arroz

como

característica

da

identidade

municipal - representa apenas 3,58% da receita líquida do município. Com relação ao pessoal ocupado, o setor apresenta uma estrutura empresarial, com mais de mil pessoas ocupadas em

atividades

agropecuárias.

Um

contraponto

à

predominância do estado, que se caracteriza pela unidade familiar de exploração agrícola. Segundo dados do IBGE Produção

Agrícola

Municipal

unidades

empresarias

atuando

em no

2003, setor

existiam

10

primário

no

município.

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

72


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

3.1.1 Estrutura Fundiária

A

estrutura

caracteriza

por

fundiária grandes

de

Eldorado

propriedades

do de

Sul

se

terras

pertencentes a um único dono, ou seja, são latifúndios com área dos estabelecimentos agrícolas superior a 10 Figura 57: municípios do RS com propriedade acima de 500 hectares

mil hectares. Outros municípios da Região Metropolitana

(percentual)

também

apresentam

essa

mesma

característica:

Viamão,

Triunfo, Glorinha, Guaiba, Charqueadas, Gravataí e Nova Santa Rita.

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73


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

3.1.2 Agricultura O cultivo do arroz predomina de modo absoluto sobre as demais Figura 58: produção agrícola dos municípios selecionados

culturas

cultivada,

como

em

Eldorado

do

em

quantidade

Sul,

tanto

produzida

e

em

área

valor

da

produção, caracterizando monocultura. O

município

é

responsável

por

16%

da

produção

desta

cultura na Região Metropolitana. Segundo dados do IBGE Produção

Agrícola

Municipal

em

2003

a

produção

de

arroz foi de 30.000 toneladas.

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

74


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

Em

relação

à

lavoura

permanente,

destaca-se a produção de laranjas com 59 toneladas colhidas em 2003. Essa

produção

se

na

área

da

Estação Experimental Agronômica da UFRGS (figura 59).

Esta já é

um

referencial para região e tem um potencial muito grande na área de pesquisa,

o

possibilidade visando

o

que real

é de

uma

parceria

desenvolvimento

deste

setor no município. Como oportunidade para este setor vale como

citar

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

grande

facilitador

modernização Figura 59

a

proximidade

para

rápida de

propriedade uma e

a

centros

de

beneficiamento agrícola.

75


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

3.1.3 Silvicultura

A

área

ocupada

com

florestas

plantadas

na

RMPA

é

superior ao restante do estado. As maiores florestas de Figura 60: produção de silvicultura dos municípios selecionados

Eucalipto

estão

em

Eldorado

do

Sul,

Triunfo,

Viamão,

Guaíba e Charqueadas que em conjunto representam 89,2% do

total

da

predominante

RMPA. em

a

plantação

Triunfo,

Portão

de e

Acácia

Negra

Sapiranga

é

que

representam 77,9% do total da Região.

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76


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

De acordo com o IBGE, em 2003 foram produzidas 124.000 m³ de madeira em tora para papel e celulose e 8.625 m³ para outras finalidades. Vale lembrar que em Eldorado do Sul

é

feita

apenas

a

extração

de

Eucalipto.

Toda

a

indústria de transformação está localizada em Guaíba e outros municípios vizinhos. O que evidencia um desafio para este setor: trazer as indústrias de transformação / beneficiamento para dentro da cidade.

Figura 61: participação dos municípios nos efetivos da silvicultura na RMPA

Figura 62: extração de Eucaliptos

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77


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

3.1.4 Pecuária Na pecuária se destacam as criações de gado bovino e ovino. Figura 63: efetivos de rebanhos (% do total da RMPA) dos municípios selecionados

IBGE,

Em

2003,

24.500

foram

cabeças

contabilizadas no

rebanho

pelos

bovino

e

dados

do

1.000

no

ovino. No rebanho bovino, Eldorado do Sul, Glorinha, Triunfo e Viamão, possuem, individualmente, mais de 10% do total da RMPA, e em seu conjunto perfazem 62,5% deste total, sendo que Viamão é o município metropolitano com maior representatividade.

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78


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

Em

relação

novamente,

ao

rebanho

concentra

ovino,

quase

que

Viamão 50%

se

destaca

do

efetivo

metropolitano, seguido por Eldorado do Sul, com 14%. Analisando-se

a

situação

dos

municípios

da

RMPA

em

relação ao conjunto da pecuária constata-se que Viamão apresenta

presença

destacada

em

todos

os

rebanhos.

Enquanto que Eldorado do Sul e Guaíba destacam-se nos rebanhos bovino e ovino. A figura 10 proporciona uma visualização da participação percentual dos principais Municípios em relação ao total da RMPA, no que se refere ao efetivo de rebanhos.

Figura 64: efetivos de rebanhos dos municípios da RMPA selecionados

Figura 65: atividade pecuarista em Eldorado do Sul

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79


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

3.2 Setor Secundário O setor secundário representa 80,80% da receita líquida do município, o que dá conta da importância do setor para o município. Destacam-se as indústrias: Olvebra S.A., Kimberly Clarck Kenko, Suvesa, Belgraf, Indústrias Sans Souci, Plásticos Pampa, Cerâmica Decorite e Dell Computadores do Brasil. A Dell Computadores representa sozinha cerda de 70% da arrecadação de ICMS do município, seguida de longe pela Olvebra e Kimberly Clarck Kenko com cerca de 7% cada uma. Como

medidas

a

serem

tomadas

para

o

pleno

desenvolvimento deste setor destacam-se: diversificar o parque industrial, usar grandes empresas como âncoras, promover os atributos de localização / acessibilidade e qualificar a infra-estrutura existente. Figura 66: localização das principais indústrias SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

80


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

Tabela 4

Setor Construção Comércio; reparação de veículos automotores, objetos pessoais e domésticos. Alojamento e alimentação Transporte, armazenagem e comunicações. Intermediação financeira Atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas. Administração pública, defesa e seguridade social. Educação Saúde e serviços sociais Outros serviços coletivos

Nº de unidades locais 71

3.3 Setor Terciário

678 94 113 8

O

139

líquida

3 11 14 90

Setor

terciário do

representa

município.

hoje

Grandes

25,57%

da

receita

oportunidades

para

Eldorado do Sul são identificadas neste setor em função da

sua

posição

logística

e

ao

desenvolvimento destacar

a

estratégica turismo.

deste

setor

localização

no

que

diz

respeito

Como

vetores

no

município

privilegiada

no

para

à o

pode-se

Estado,

as

conexões existentes – BR 116 / 290 e a possibilidade de transporte intermodal via fluvial – Jacuí e Guaíba. O comércio é local, atendendo as necessidades básicas da população

residente,

não

existindo

grandes

lojas

ou

atacados varejistas. A tabela 4 Apresenta as empresas do setor terciário e o número de unidades locais segundo dados do IBGE de 2003. Na área de logística, já existem algumas empresas na área de no município como transportadoras e centros de distribuição, que evidenciam esta vocação.

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81


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

Figura 67

Figura 68

Figura 69

Figura 70

No que tange o turismo, são evidentes as potencialidades de exploração turística do meio ambiente, visa o Parque Estadual Delta do Jacuí e a Orla do Guaíba. Entretanto esta

potencialidade

não

vem

sendo

aproveitada

no

município. Poderiam ser criados, por exemplo, passeios de barco pelo Guaíba e Marinas com locais para esportes náuticos (figura 67 a 70).

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

82


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

Figura 71

Figura 72

Figura 73

Existe também um potencial cultural pouco explorado, com a Capela do IPVDF (figura 71), a Antiga Fábrica de Papel Figura 74

e Papelão Pedras Brancas (figura 72) e a Capela da Sede Experimental da UFRGS (figura 73), inclusive patrimônio tombado. Já

uma

eminência

de

turismo

rural,

com

algumas

pousadas e hotéis fazendas no Município (figura 74) como a Estância Santa Teresa, e a Pousada Bouganville.

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

83


imeiro Relatรณrio de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

Transporte, Mobilidade e Infra-estrutura Viรกria

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84


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

4.1 Rodovias Estratégicas e Vicinais O município de Eldorado do Sul vizinho a Porto Alegre, está

localizado

em

uma

posição

estratégica

na

região

metropolitana. O município é atravessado pelas rodovias BR 290 e BR 116 que se constituem em um importante eixo de ligação entre o norte e sul do estado, entre o Brasil e países do Mercosul, e uma das principais rotas de acesso ao Porto de Rio Grande. Estas

rodovias

oportunidade

se

para

constituem o

em

importante

desenvolvimento

pólo

econômico

de do

município.

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

85


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

Figura 75

Figura 76

O eixo rodoviário formado pela BR 290 e a BR 116, por outro,

é

um

dos

principais

focos

de

problemas

de

mobilidade do município. O grande volume de veículos, Figura 77

com altos percentuais de veículos pesados, que trafegam em altas velocidades é uma importante fonte de acidentes (figura 75). O trevo de acesso da sede do município à BR 116

/

tráfego

290 da

concentra cidade

grande

com

alto

parte

dos

número

de

problemas acidentes

de e

congestionamentos nos horários de pico (figura 76 e 77). Por serem rodovias pedagiadas, acarretam custos para os Figura 78

habitantes

circularem

dentro

do

município.

O

pedágio

estimula também o uso do sistema viário do município como

rota

de

fuga

para

o

tráfego

de

passagem

e,

em

particular, dos veículos pesados (figura 78).

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

86


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

Figura 79

A

estrada

do

conseqüências

Conde do

é

a

tráfego

via de

que

mais

passagem

sofre

de

as

veículos

pesados, exigindo constante esforço de fiscalização. A utilização Figura 80

de

vias

vicinais

como

rota

de

fuga

para

caminhões que evitam o pedágio (embora seja proibido), acarreta custos significativos para o município, tanto devido

à

tráfego

pesado,

intrusão

manutenção visual

do

como

pavimento

devido

de

ao

veículos

deteriorado

risco

de

pesados

pelo

acidentes

e

áreas

de

em

travessias urbanas. A estrada do Conde apresenta uma grande diversidade de atividades ao longo da rodovia onde se observa: Figura 81

- Altos volumes de tráfego passando por áreas urbanas (figura 79); - Atividades industriais localizadas ao longo da rodovia acarretando movimentação de veículos comerciais (figura

80); Figura 82

- Atividades comerciais localizadas ao longo da rodovia gerando

perturbação

pessoas

e

veículos

do aos

tráfego

devido

estabelecimentos

ao em

acesso

de

condições

precárias (figura 81). Em síntese, a estrada apresenta um tráfego heterogêneo de veículos que circulam em uma via com sinalização e infra-estrutura precária (figura 82).

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87


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

Figura 83

Figura 84

Cabe salientar que a Estrada do Conde exerce um papel fundamental ecológico

quanto no

localização, Figura 85

proporciona

ao

município sempre

uma

em

visual

desenvolvimento e

na

região.

paralelo sem

do

à

igual

Pois

orla da

turismo

do

a

sua

Guaíba

capital

Porto

Alegre. E a sua continuidade, por estradas municipais de cidades vizinhas, leva até Arambaré na Lagoa dos Patos (figuras 83 e 84). Outra via vicinal do município que merece destaque é a estrada

da

Arrozeira.

Esta

via,

não

pavimentada,

apresenta importante tráfego de caminhões, aumentando o Figura 86

custo

operacional

produtivas

da

de

região.

transportes Esta

das

recebe

um

atividades movimento

considerável principalmente durante a época da colheita do arroz. Sendo a principal via vicinal de escoação da produção

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

agrícola

do

município

(figuras

85

e

86)

88


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

Figura 87

4.1.1 Propostas viárias para a RMPA

A METROPLAN possui uma série de estudos denominados programa de complementação da malha viária metropolitana do ano 2000. No

que

tange

o

município

de

Eldorado do Sul, uma importante ligação está sendo proposta... No

anexo

I

encontram-se

deste

capítulo

os

estudos

detalhados da METROPLAN para as ligações

espacializadas

na

figura 87.

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

89


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

Figura 88

Figura 89

4.2 Mobilidade da População Em

decorrências

da

precariedade

da

infra-estrutura

e

sinalização e do baixo volume de veículos na região da Figura 90

sede,

a

circulação

e

estacionamento

de

veículos

são

indisciplinados (figura 88). Devido

à

qualidade

continuidade

de

e,

principalmente,

calçadas,

à

pedestres

falta

de

utilizam

regularmente áreas destinadas a veículos (figura 89). O município tem uma evidente vocação para a utilização de bicicletas como meio de transporte regular. Eldorado Figura 91

apresenta vocação. distância

diversas O

características

município

entre

bairros

tem é,

uma

que

reforçam

topografia

adequada

a

este

esta

plana. modo

A de

transporte. O tráfego de automóveis em grande parte do município

não

é

muito

intenso,

gerando

condições

de

segurança (figuras 90 e 91).

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90


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

Tabela 5 Linhas de transporte coletivo O uso de bicicleta como uma alternativa de transporte

Nº linha

Nome

tem sido incentivada em cidades de todo o mundo, por ser

R 863

GUAIBA - BOM RETIRO - VIA F.SÃO MARCOS

um

R 862

GUAIBA - BOM RETIRO - VIA LOGRADOURO

R 860B

GUAIBA - FLORIDA - ELDORADO DO SUL - VIA BR 116

R 860

GUAIBA - FLORIDA - ELDORADO DO SUL - VIA SS

L 501C

meio

de

transporte

sustentável,

não

poluente

e

econômico. O município pode se beneficiar de sua natural vocação

desenvolvendo

estruturas

que

suportem

e

bicicletários,

ciclovias

e

L 501E

POA – ELDORADO DO SUL - BELO MONTE - VIA FARRAPOS POA - ELDORADO DO SUL – MEDIANEIRA - VIA FR

que

segurança

a

L 501 D

POA - ELDORADO DO SUL

L 501 A

POA - ELDORADO DO SUL -

L 501

POA - ELDORADO DO SUL - VIA FARRAPOS

incentivem o uso de bicicleta como um meio de transporte de

seus

projetos

moradores, de

como

interseções

garantam

ciclistas em situações de conflitos com outros veículos. Uma

grande

parte

da

população

tem

de

baixo

- MEDIANEIRA - VIA FR VIA CB

poder

aquisitivo, um percentual significativo dos habitantes tem

emprego

altamente

fora

do

dependente

município. de

Esta

ônibus,

população

tanto

para

é

Além dessa, a linha TM 5 - Transversal Metropolitana -

seu

liga os municípios de Guaíba, Eldorado do Sul, Porto

deslocamento interno no município quanto para chegar ao

Alegre e Alvorada.

trabalho.

Não existe, portanto, um nucleações

urbanas

moradores é o metropolitano, fornecido pela Expresso Rio

transporte

coletivo

Guaíba Ltda., empresa com sede no município de Guaíba /

dentro

município.

RS

insatisfatórias,

fatores que contribuem para a falta de consolidação de

segundo a população local. São linhas disponíveis as da

um centro de comércio e serviços na sede. Além disso, os

tabela 5, sendo que o itinerário completo encontra-se no

usuários, de maneira geral, precisam percorrer longos

anexo III deste capítulo.

percursos para chegar às paradas.

serviço

e

de

apresenta

transporte

freqüências

coletivo

e

rotas

disponível

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

do

município.

dificulta Este

é,

A

as diversas

aos

O

do

sistema ligando muito

deficiência o

de

deslocamento

possivelmente,

um

dos

91


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

Figura 92: linha de transporte da empresa Guaíba – percurso no Sans Souci

Figura 93: linha de transporte da empresa Guaíba – percurso na Sede

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

92


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

Figura 94: projeto linhas de microônibus

Em

virtude

desta

situação, a Secretaria dos Transportes estuda um

projeto

para

implementação de linha municipal

de

transporte por

coletivo microônibus

(figura 94).

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

93


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

4.2.1 Transporte escolar Tabela 6: linhas de transporte escolar municipais Linha

Turno

Veículo

Escola(s) de destino

Sans Souci - Centro

noturno

01 ônibus

E.E.E.M. Eldorado do Sul

Picada Centro

diurno e not.

01 ônibus

E.E.E.M. Eldorado do Sul

Kombi

E.M.E.F. Nª Srª Medianeira E.M.E.F. Davi Riegel Neto

linhas equivalem a 40 viagens da Sede ao Sans Souci por

E.M.E.F. Nª Srª Medianeira E.M.E.F. Davi Riegel Neto E.M.E.F. Luiza Mª B. César

transporte escolar, sendo 03 Kombis, 02 microônibus e 05

E.M.E.F. Nª Srª Medianeira E.M.E.F. Luiza Mª B. César E.M.E.F. Cônego Eugênio M.

Além do sistema municipal, a Secretaria de Transportes

-

Irga Centro Novo

Olvebra Itaí

A falta de planejamento entre o local de ensino e o local

de

moradia

município, municipal

Itaí – Olvebra – Sans Souci

dia.

No

das

acarreta de

crianças

custos

transporte

total

são

10

em

idade

elevados

escolar. veículos

Por à

escolar

para

o

sistema

exemplo:

disposição

no

as para

08 o

ônibus.

disponibiliza

ainda

mais

15

linhas

de

empresas

contratadas que prestam este serviço terceirizado para o Município.

No

total

são

aproximadamente

45.000

km

rodados por mês.

Morrinhos – BR 290

E.M.E.F. Nª Srª Medianeira

Picada

E.M.E.F. Nª Srª Medianeira E.M.E.F. Davi Riegel Neto E.M.E.F. Luiza Mª B. César

A tabela 6 apresenta as linhas de transporte escolar municipais, A tabela 7 as linhas de transporte escolar

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servida por empresas contratadas, e o anexo II deste capítulo as linhas das empresas contratadas.

94


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Tabela 7: linhas de transporte escolar por empresas contratadas

Linha

Turno

Veículo

Escola(s) de destino

Guaíba City e IPVDF

diurno

01 microônibus

E.E.E.F.PE. Antônio Vieria E.M.E.F. La Hire Guerra E.M.E.F. Nª Srª Medianeira E.M.E.F. Davi Riegel Neto E.E.E.F. Américo Braga

Cruz das Almas – Bom Retiro

diurno

02 ônibus

E.E.E.M. Sergipe E.M.E.F. São José

Divisa - Etel

diurno

01 microônibus

E.M.E.F. Octávio G. Duarte E.M.E.F. Getúlio Vargas E.M.E.F. Bento Gonçalves E.E.E.F. Roseli

diurno

01 ônibus

E.M.E.F. São José E.E.E.F. São Sepé E.M.E.F. Octávio G. Duarte E.M.E.F. Paraná E.E.E.F. Roseli

Parque Eldorado

diurno

01 ônibus

E.M.E.F. Octávio G. Duarte E.M.E.F. Paraná E.M.E.F. José do Patrocínio E.E.E.F. Roseli

Pedágio I

diurno

01 ônibus

E.M.E.F. Paraná E.M.E.F. Getúlio Vargas E.M.E.F. Octávio G. Duarte E.E.E.F. Roseli

Etel – São Colônia

Pedro

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-

95


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Pedágio II

diurno

01 ônibus

E.M.E.F. Paraná E.M.E.F. Getúlio Vargas E.E.E.F. Roseli

Arrozeira

diurno

01 microônibus

E.M.E.F. Nª Srª Medianeira E.M.E.F. Davi Riegel Neto E.M.E.F. Luiza Mª B. César

Bom Retiro

diurno

01 ônibus

E.M.E.F. Paraná E.M.E.F. Getúlio Vargas E.E.E.F. Roseli

EJA 1

noturno

01 ônibus

E.M.E.F. Davi Riegel Neto

EJA 2 rural

noturno

01 ônibus

E.E.E.F. Roseli

EJA 3 rural

noturno

01 ônibus

E.E.E.F. Roseli

Pq. Eldorado – Arroio dos Ratos

noturno

02 ônibus

E.E.E.M. Couto Magalhães

Guaíba C. Club – Arroio dos Ratos

noturno

01 ônibus

E.E.E.M. Couto Magalhães

Picada

diurno

01 ônibus

E.M.E.F. Nª Srª Medianeira E.M.E.F. Davi Riegel Neto E.M.E.F. Luiza Mª B. César E.M.E.F. Cônego E. Mess

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96


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Figura 95: linhas de transporte escolar municipais

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97


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Figura 96: linhas de transporte escolar contratadas

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98


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Figura 97

Figura 98

4.3 Infraestrutura Viária O

sistema

viário

na

área

urbana

é

heterogêneo,

constituído por vias com tipos de pavimento e qualidade muito Figura 99

diferentes.

É

possível

encontrar

revestimento

asfáltico com boa qualidade, asfalto com média ou má qualidade; outros tipos de pavimentos ou ainda vias sem pavimentação.

Grandes

assentamentos

irregulares

extensões não

tem

de

áreas

estruturas

com

viárias

organizadas (figuras 97, 98 e 99). A utilização de diferentes tipos de pavimentação em vias com

diferentes

hierarquias

e

uso

de

solo

(comercial,

residencial, etc), pode ser uma característica positiva, entretanto é evidente a necessidade de um grande esforço para qualificar a infra-estrutura viária.

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99


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Figura 100

Figura 101

A

sinalização

viária,

em

geral

também

é

bastante

precária. Ela precisa ser qualificada de forma a definir Figura 102

e reforçar a hierarquia viária e ordenar o comportamento de veículos e demais usuários (figura 100). Um dos mais graves problemas de infra-estrutura viária do município diz respeito às necessidades dos pedestres. Calçadas são, em geral, de má qualidade ou inexistentes (figura 101). A estrutura das paradas de ônibus são precárias ou inexistentes, e como conseqüência, usuários ficam mal abrigados do sol e intempéries (figura 102).

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100


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ร reas Urbanizadas

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101


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Medianeira, caracterizando a área como de uso misto. E as

5.1 Uso do Solo

áreas

principalmente loteamentos

Toda

cidade

possui

uma

estrutura

urbana

na

qual

as

atividades exercidas por seus moradores se localizam.

verdes, a

por

uma

fim,

não

implantados

são

escassas,

urbanização destinadas

das para

devido

áreas tal

dos fim.

Acarretando em inúmeros casos de ocupações irregulares em áreas verdes públicas.

Assim sendo, para fins de análise da estrutura urbana,

No Bom Retiro e na Picada o uso residencial alcança

dividimos essas atividades em: residencial, comercial,

quase

industrial, institucional, áreas de circulação e áreas

encontradas algumas atividades comerciais escassas além

verdes e/ou vagas. Tais usos preenchem todo o espaço

da “faixinha” onde se localizam o comércio que atende

urbano em diferentes proporções de área.

aos moradores do Loteamento.

Em

Eldorado

do

Sul,

quanto

à

estruturação

urbana,

a

totalidade.

no

Parque

Eldorado,

são

O zoneamento de usos do solo que posteriormente será

de

elaborado na continuidade dos estudos do Plano Diretor

diversos loteamentos. De forma que, a malha viária em

visará orientar o uso do solo de forma que: o benefício

alguns pontos encontra-se com descontinuidades.

seja comum, considerado prevalecente sobre os interesses

verifica-se

De

que

modo

ela

geral,

se

o

a

uso

partir

da

“costura”

residencial

prevalece

consideravelmente sobre os demais. Há uma predominância de casas com médio grau de urbanização e uma ocorrência relevante

de

vilas

irregulares.

O

uso

comercial

é

bastante rarefeito, ocorrendo principalmente na Sede, e nesta as atividades se concentram em vias transversais à Avenida Emancipação. Não existe, portanto, um centro de comércio definido. As atividades industriais tendem a se implantar entre a BR290/166 e a Estrada do Conde. Embora exista

uma

aglomeração

de

indústrias

no

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

Loteamento

individuais; a implantação dos equipamentos urbanos seja ordenada, atendendo de forma mais eficaz a população; assegure a geração e atração de tráfego compatível com a capacidade do sistema viário local; evite o uso abusivo do solo ou a densificação exacerbada a fim de evitar desconforto e insegurança aos residentes; e finalmente, ordene os projetos de renovação de áreas deterioradas e/ou utilização de vazios urbanos, no sentido de evitar a

especulação

imobiliária

em

prol

dos

interesses

da

comunidade.

102


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Figura 103: atividades industriais no Medianeira

Figura 104: atividades comerciais na Avenida A da Cidade Verde transversal à Avenida Emancipação

Figura 105: uso residencial de classe média no Residencial

Figura 106: uso residencial no Medianeira

Figura 107: usos do solo na Sede e Sol Nascente SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

103


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Figura 108: uso residencial no Progresso

Figura 109: uso residencial no Sans Souci

Figura 110: idem 112

Figura 111: usos do solo no Sans Souci e Progresso

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

104


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Figura 112: “faixinha” área comercial do Loteamento Parque Eldorado paralela à BR 290

Figura 113: uso residencial no Loteamento Parque Eldorado característica de “chácaras” Figura 114: usos do solo no Loteamento Parque Eldorado

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

105


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Figura 115: uso residencial no Bom Retiro

Figura 116 usos do solo no Bom Retiro

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106


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Figura 117: Uso residencial de clase alta as margens do Rio JacuĂ­ na Picada

Figura 118: Uso residencial de clase baixa no lado sul da Rua Martinho Poeta na Picada

Figura 119: Uso residencial de clase baixa no lado sul da Rua Martinho Poeta na Picada

Figura 120: usos do solo na Picada

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107


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5.2 Ocupações Irregulares

Podem-se dividir em dois grupos as ocupações irregulares de Eldorado do Sul. O primeiro compreende as ocupações em áreas verdes públicas.

E o segundo áreas de risco

ambiental ou de alagamentos. Pertencem ao primeiro grupo na Sede: Botafogo, Beco do Beto, Campo Medianeria e CTG Porteira;

além

de

20

áreas

no

Loteamento

Parque

Eldorado. Ao segundo pertencem na Sede: Sol Nascente – na orla do Guaíba; Acesso Engenho – nas encostas do dique do canal de irrigação; Vila da Paz – em área de banhado; e os Finais de Rua da Cidade Verde – também em área de banhado do Parque Estadual Delta do Jacuí. Do total da população, o contingente de habitantes em áreas de ocupação irregular em Eldorado do Sul, chega a 10%. A porcentagem

conta

da

amplitude

do

problema,

que

deverá ser estudado detalhadamente, fruto de um projeto de regularização fundiária no município.

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108


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1- Finais de Rua da Cidade Verde: 200 pessoas; 50 casas. 2- Vila da Paz: 800 pessoas; 211 casas; 42.000m². 3- Sol Nascente: 800 pessoas; 210 casas; 51.000m². 4- Acesso Engenho: 320 pessoas; 80 casas. 5- Botafogo: 400 pessoas; 103 casas; 12.000m². 6- Beco do Beto: 800 pessoas; 196 casas; 30.000m². 7- Campo Medianeira: 930 pessoas; 232 casas; 23.000m². 8- CTG Porteira: 300 pessoas; 75 casas; 16.000 m². 9- Parque Eldorado: números não contabilizados.

Figura 121: localização ocupações irregulares da Sede SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

109


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Figura 122: Habitações avançam sob área do PEDJ na Cidade Verde

Figura 125: Acesso Engenho – risco de rompimento do dique do canal de irrigação

Figura 123: Vila da Paz risco de alagamento

Figura 126: Botafogo

Figura 124: Sol Nascente

Figura 127: Beco do Beto

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110


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Figura 128: Campo Medianeira

Figura 129: CTG Porteira

Figura 130: ocupação em área verde pública no Parque Eldorado

Figura 131: localização ocupações irregulares no Loteamento Parque Eldorado

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111


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5.3 Equipamentos O termo equipamentos diz respeito ao uso do solo para fins

coletivos,

público

ou

ou

uso

institucional;

por

exemplo:

privado;

podendo

escolas,

ser

igrejas,

postos de saúde, áreas de lazer, clubes etc. A seguir apresenta-se uma análise da localização e capacidade de atendimento dos equipamentos nas diferentes nucleações urbanas de Eldorado do Sul. Na

distribuição

dos

equipamentos

no

distrito

Sede

observa-se, uma tendência de aglomeração nos arredores da Avenida Emancipação. As

principais

carências

observadas

são:

hospital,

cemitério e corpo de bombeiros.

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112


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Figura 132: equipamentos na Sede SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

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Figura 133: equipamentos no Sans Souci

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Figura 134: equipamentos no Loteamento Parque Eldorado SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

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Figura 135: equipamentos no Bom Retiro

Figura 136: equipamentos na Picada

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116


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Quanto à localização e capacidade das instituições chama atenção Parque

a

concentração

Eldorado,

somente

19

sendo

alunos

de

04

que

cada.

escolas

duas Estes

das

no

Loteamento

quais

números

atendem

denotam

a

possibilidade de subutilização, acarretando ônus para o município. Aconselha-se um estudo mais detalhado deste. Fato semelhante observa-se no Bom Retiro, uma nucleação rural, com pouco mais de xx residentes, apresentar 02 instituições relativamente próximas, sendo uma estadual e uma municipal. O

transporte

entretanto informado

escolar

com pela

atende

algumas Secretaria

a

todas

as

inconsistências. de

Transporte,

escolas, Conforme

existe

uma

falta de planejamento entre o local da escola e o local de moradia dos alunos. A Escola La Hire Guerra no Sans

5.3.1 Educação Eldorado do Sul conta com 15 instituições municipais de ensino fundamental; 01 biblioteca municipal; 02 Centros Municipais de Educação Infantil Arco Íris; 06 escolas estaduais, sendo a Escola Estadual Eldorado do Sul a única que oferece ensino médio; 02 escolas que oferecem ensino

para

jovens

e

adultos;

e

nenhuma

instituição

Souci, por exemplo, recebe apenas 06 alunos que utilizam transporte

escolar.

Novamente

aconselha-se

um

estudo

mais detalho a fim de se verificar se não está havendo um gasto desnecessário para os cofres públicos. No caso, pode-se conjecturar se estes alunos não teriam uma opção de escola mais próxima de suas residências para que não necessitassem se locomover até o Sans Souci.

privada - de acordo com as tabelas a seguir.

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117


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Figura 137: Escola Prof.ª Luiza Maria B.César na Cidade Verde

Tabela 8: Escolas Municipais de Ensino Fundamental (2006) E.M.E.F

Localização

Almirante Tamandaré

Irga / Assentamento Integração Gaúcha Assentamento São Pedro Chácara Centro Parque Eldorado Parque Eldorado Sans Souci Centro

Bento Gonçalves Cônego Eugênio Mees David Riegel Neto Getúlio Vargas José do Patrocínio La Hire Guerra Nossa Senhora Medianeira Otávio Gomes Duarte Padre Antônio Vieira Paraná Prof.ª Luiza Maria B. César São José Total

Nº. alunos matriculados 40

Nº. de alunos que utilizam o transporte escolar 15 (37,5%)

25

23 (92%)

586 850 19 19 737 602

115 (20%) 100 (12%) 17 (89%) 04 (21%) 06 (0,8%) 94 (16%)

Parque Eldorado Itaí

250 360

139 (55,5%) 81 (22,5%)

Parque Eldorado Cidade Verde

523 1198

437 (83,5%) 135 (11%)

Bom Retiro

70 5279

52 (74%) 1218 (23%)

Figura 138: escola Nossa Senhora Medianeira no Centro

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118


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Tabela 9: Educação de Jovens e Adultos (EJA) EJA

Davi Riegel Neto La Hire Guerra

Localização

Nº. alunos matriculados

Centro Sans Souci

408 70

Nº. de alunos que utilizam o transporte escolar 66 (16%) -

Tabela 10: Escolas Estaduais E.E. E.E.E.F. E.E.E.F. Silva E.E.E.F. E.E.E.F. E.E.E.F. E.E.E.M. E.E.E.F.

Padre Josimo Roseli C.

Localização da

Sergipe Sepé Tiaraju J. G. V. Jardim Eldorado do Sul Américo Braga

Assentamento Padre Josimo Fazenda São Pedro I

Nº. alunos matriculados 250

Bom Retiro Assentamento Picada Residencial IPVDF

20 900 644

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119


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Figura 139: Localização das escolas na Sede

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Figura 140: Localização das escolas no Sans Souci

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Figura 141: Localização das escolas no Parque Eldorado

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Figura 142: Localização das escolas no Bom Retiro

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Figura 143: Localização das escolas na Picada

123


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5.3.2 Saúde

Eldorado do Sul conta com 06 postos de saúde cobrindo todas as nucleações urbanas do município. Na Sede, entretanto, os dois postos de saúde existentes são

insuficientes

para

a

população

atual.

Pois

são

18.000 habitantes e cada posto de saúde tem capacidade para atender aproximadamente 6.000 habitantes.

Lar de Idosos: - Lar de Idosos Paraíso. Endereço: Rua Lageado, 145. -

Velho

Lar

Casa

de

Repouso.

Endereço:

Rua

Sombrio, 315. Postos de Saúde: - Posto Central. Endereço: Rua V, 52. Horário de atendimento: 24 horas. Oferece atendimento na área de clínica geral, pediatria e odontologia. Sendo referência municipal nas seguintes especialidades: cardiologia, psiquiatria, psicologia. Ainda possui atendimento de Vacinação e Teste do Pezinho.

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Nº. 20 01 01 01 01 03 01 01 03 01 09 08 02 01 01 20

Especialidade Médico Clínico geral Médico do trabalho Médico infectologista Médico oftalmologista Médico ginecologista/obstetra Médico pediatra Médico psiquiatra Médico radiologista Cirurgião dentista Farmacêutico Enfermeiro Técnico em enfermagem Psicólogos Técnico em radiologia Biólogo Auxiliares de enfermagem

Média de atendimento (paciente/médico/mês) 220,4 146 Sem informação 84 Sem informação Sem informação 176 Sem informação 149 29,7 65,5 187

- Posto Loteamento Popular: Rua Antonio Mariante,

Inaugurado em 04/09/99 e desde 09/06/03 passou a

301. Horário de atendimento: de 2ª a 6ª feira das

ser

08:00hs. as 12:00hs. e

serviço as gestantes e mulheres que necessitam de

das 13:30hs as 17:30hs.

o

“Centro

da

Saúde

da

Mulher”,

prestando

atendimento na área de ginecologia e obstetrícia. Nº. 01 03 02 01 04

Especialidade Médico clínico geral Médico ginecologista Cirurgião dentista Enfermeiro Auxiliares de enfermagem

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

Média de atendimento (paciente/médico/mês) 105 95 67,5 128 111,7

125


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Posto Horário

da de

Sans

Souci:

Praça

atendimento:

de

Vó 2ª

Delminda, a

130.

feira

área

das

de

ginecologia

08:00hs. as 12:00hs. e das 13:30hs as 17:30hs.

possui

Inaugurado em Maio/01, prestando atendimento na

Pezinho.

Nº. 03 01 01

-

Posto

Nelson

Loteamento

Especialidade Médico clínico geral Médico ginecologista/obstetra Cirurgião dentista

Marchezan:

Parque

Rua

Luz

Eldorado.

da

Criança,

Horário

clínica

pediatria,

atendimento

atendimento

de

de

odontologia,

enfermagem.

Vacinação

e

Ainda

Teste

do

Média de atendimento (paciente/médico/mês) 359,7 25 71

na

de

e

geral,

área

ginecologia,

de

clínica odontologia

geral, e

psiquiatria,

atendimento

de

atendimento: de 2ª a 6ª feira das 09:00hs. as

enfermagem. Ainda possui atendimento de Vacinação

17:00hs. Inaugurado em 06/02, oferece atendimento

e Teste do Pezinho.

Nº.

Especialidade

04

Médico clinico geral Médico cardiologista Médico pediatra Cirurgião dentista Enfermeiro Técnico de enfermagem

01 01 01 03 07

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

Média de atendimento (paciente/médico/mês) 359,7 Sem informação Sem informação 85 117 196,7

126


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Figura 144: posto do Loteamento Parque Eldorado

Posto Bom Retiro Nº.

Especialidade

01

Médico clínico geral Técnico de enfermagem

01

Média de atendimento (paciente/médico/mês) 188 Sem informação

Figura 145: posto do Sans Souci

Posto Picada: inaugurado em abril de 2006.

Figura 146: posto Central

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Figura 147: localização postos de saúde na Sede

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Figura 148: localização postos de saúde no Sans Souci

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Figura 149: localização postos de saúde no Parque Eldorado SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

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Figura 150: localização postos de saúde no Bom Retiro

Figura 151: localização postos de saúde na Picada

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5.3.3 Praças e espaços verdes públicos

Eldorado do Sul apresenta sérias deficiências em praças e espaços verdes públicos. Na sede são apenas 3 praças com brinquedos, 2 áreas verdes sem tratamento e 7 áreas que serão destinadas no Loteamento Centro Novo. Sendo as 3 praças localizadas ao longo da Avenida Emancipação, a periferia (Itaí e Chácara por exemplo) encontra-se mal atendida por este equipamento. Esta situação está diretamente ligada à problemática das ocupações

irregulares

em

obrigação

por

loteamento

lei

do

áreas

verdes apenas

públicas; destinar

e

a

área

para tal fim, porém não necessariamente urbanizar esta. Como as áreas não apresentam uso, a ocupação irregular se dá sem dificuldades de forma progressiva. Seriam mais 4

áreas

verdes

a

disposição

da

comunidade

caso

não

houvessem sido ocupadas ilegalmente. No Sans Souci também se observa uma deficiência, pois as duas áreas existentes são de tamanho reduzido e muito próximas uma à outra. Essa situação pode se reverter com o projeto de um parque linear na Avenida xx até a orla do

Guaíba.

Conferindo

assim,

grande

qualidade

para

o

bairro em termos de e spaços verdes públicos tratados. O

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132


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Progresso, por sua vez, possui uma enorme área destinada á esta utilização porém mais uma vez, sem tratamento. O Loteamento Parque Eldorado, de maneira igual à Sede apresenta

inúmeras

áreas

verdes

públicas

que

foram

ocupadas irregularmente. Uma vez sendo característica do setor

grandes

incidência

de

propriedades área

verde

do

privada

tipo

“chácaras”

ameniza

o

a

problema.

Porém existe ainda a carência de praças com brinquedos para crianças. No Bom Retiro, nucleação em zona rural, a parca serve de referência de qualidade para o resto da cidade (Figura 149).

Figura 152: pracinha no Bom Retiro SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

133


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Figura 153: localização das praças e espaços verdes públicos na Sede

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

134


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Figura 154: localização das praças e espaços verdes no Sans Souci

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

135


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

Figura 156: localização das praças e espaços verdes no Bom Retiro

Figura 155: localização das praças e espaços verdes no Parque Eldorado

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

136


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5.3.4 Áreas esportivas e de lazer

As

áreas

esportivas

e

de

lazer

são

equipamentos

que

atendem a população jovem e adulta. No que diz respeito a

esse

tipo

razoavelmente

de

equipamento

bem

atendido.

Eldorado São

do

muitos

Sul os

está CTG’s

existentes e campos de futebol. Na Sede são dois campos de futebol e um ginásio para atender

a

população.

diversidade

bastante

bocha,

pista

uma

No

Sans

saudável,

de

skate,

Souci

tendo um

CTG

existe

uma e

cancha um

uma de

camping

municipal. Este último, todavia não é utilizado em toda sua

potencialidade

Guaíba. Parque

O

mesmo

Eldorado,

devido

acontece o

à

poluição

na

“prainha”

Guaíba

Country

das

águas

do

do

Itaí.Já

no

Clube,

embora

em

ligeira decadência, atende a população local em questão de áreas esportivas e de lazer; uma vez que quando do lançamento do loteamento o proprietário do lote recebia um título do clube.

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

137


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Figura 157: localização das áreas esportivas e de lazer na Sede

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

138


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Figura 158: Guaíba Country Clube

Figura 159: localização das áreas esportivas e de lazer no Sans Souci SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

139


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Figura 160: localização das áreas esportivas e de lazer no Parque Eldoradono

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

140


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5.4 Ocupação atual e simulação de ocupação de acordo com a lei existente

passam pela Secretaria do Planejamento. O proprietário, em algumas situações encontradas, simplesmente “loteia” ao bel prazer. Em síntese o que fica evidente nas simulações é a falta de

planejamento

queremos”, A simulação da aplicação da lei existente colocou em evidência

uma

principalmente,

série a

de

inconsistências

legalização

e

a

vinculadas,

fiscalização

das

Como,

por

nenhum

exemplo,

tipo

de

a

legislação

restrição

quanto

em à

vigor

não

prevê

localização

das

atividades, é possível encontrar indústrias poluentes ou mesmo atividades comercias pesadas como transportadoras em setores predominantemente residenciais.

permite desmembramentos e remembramentos em praticamente todos os setores; o que não seria de todo mal, se tais atos fossem legais e fiscalizados. Entretanto o que se é

uma

série

de

atos

neste

sentido

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

melhor,

idéia de

clara

quais

da

“cidade

soluções

são

que mais

uma fiscalização mais efetiva para que tais objetivos sejam alcançados. Plano

Diretor,

através

do

Plano

Regulador

objetiva

exatamente este “controle”, através de normativas que serão mais tarde elaboradas e posteriormente efetivadas. Tais

normativas

ambiental,

à

devem

ir

utilização

de

encontro adequada

à

qualificação

do

potencial

construtivo em cada setor e principalmente ao conforto das edificações.

Do ponto de vista do parcelamento do solo, a legislação

verifica

uma

adequadas para tal setor ou bairro. E também a falta de

O

edificações construídas no município.

ou

e

que

não

As figuras abaixo ilustram a situação atual da ocupação e

apresentam

um

cenário

exagerado

de

uma

ocupação

provável segundo as tendências atuais de ocupação, uso e parcelamento do solo.

141


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

Figura 161: ocupação atual Itaí

Figura 162: simulação Itaí SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

142


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Figura 163: ocupação atual Chácara

Figura 164: simulação Chácara SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

143


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Figura 165: ocupação atual Loteamento Popular

Figura 166: simulação Loteamento Popular

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

144


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Figura 167: ocupação atual Loteamento Nossa Senhora Medianeira

Figura 168: simulação Loteamento Nossa Senhora Medianeira SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

145


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Figura 169: ocupação atual Residencial

Figura 170: simulação Residencial

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

146


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Figura 171: ocupação atual Vila Schmitt / Chácara das Oliveiras

Figura 172: simulação Vila Schmitt / Chácara das Oliveiras

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

147


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Figura 173: ocupação atual Progresso

Figura 174: simulação Progresso SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

148


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Figura 175: ocupação atual Sans Souci

Figura 176: simulação atual Sans Souci

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

149


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Figura 177: ocupação atual Parque Eldorado

Figura 178: simulação Parque Eldorado

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

150


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- Homogeneidade / Heterogeneidade: descrição quanto às tipologias

5.5 Tipologias de Ocupação dos Lotes

mesmo

tipo

de

ocupação

do

solo.

ocupação

ou

heterogêneo

de

Homogêneo

quando

quando

do

ocorrem

diversos tipos de ocupação. - Renda: renda mínima do chefe da família por rendimento nominal mensal (dados do IBGE). Sendo: renda baixa até 2

O levantamento morfológico das tipologias de ocupação

salários mínimos, renda média-baixa de 2 a 10 salários

dos lotes (ver Anexos) é caracterizado pelo cruzamento

mínimos e renda média mais de 10 salários mínimos.

de informações das condições físicas de cada setor. Para tanto Eldorado do Sul foi subdividido em 32 setores, sendo 21 na Sede e 11 em outras nucleações urbanas. Tais setores

servirão

determinação

à

das

posteriori

zonas

de

indicação

morfológicas.

Os

para

a

referenciais

para a divisão foram: sistema viário, elementos naturais e os loteamentos que compõem o município.

espaço

urbano,

a

partir

das

características

peculiares de cada unidade territorial.

Fragmentação

/

Consolidação:

tipo

de

uso

do

solo

(residencial,

comercial,

serviço ou industrial) predominante na unidade. - Tipologia do lote: dimensão e tipo do parcelamento do solo -

Tipologia

de

ocupação:

tipo

de

implantação

da

descrição

quanto

à

edificações ou Consolidado quando da densificação das

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

Como

tendências

gerais

maciça

do

das

ocupações

observam-se:

uso

residencial;

a

classe

a de

renda dominante no município é a média-baixa; os setores

ocupação do solo. Fragmentado quando da dispersão das edificações.

etc.).

predominância

Foram levantados os seguintes aspectos nas unidades: -

Uso:

edificação no lote (na divisa, com recuos, sem recuos,

O levantamento serve de base para descrever a ocupação do

-

heterogêneos são na maioria fragmentados e os homogêneos consolidados. Chama também a atenção o alto índice de lotes

desocupados

nos

Loteamentos

Parque

Eldorado

e

Parque das Acácias.

151


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3-

5.6 Assentamentos da Reforma Agrária

-

Padre Josimo Final

da

Estrada

da

Arrozeira,

próximo

à

BR

290

(Morrinhos); - 22 famílias; - Escola Estadual (não informada a capacidade);

Assentamentos existentes em 2006

- Abastecimento de água com poço artesiano. 4-

1-

Integração Gaúcha

- Final da Estrada da Arrozeira; - 69 familias; - Escola Municipal Almirante Tamandaré com 02 salas de aula;

São Pedro

- Próximo ao posto do Roque na BR 290; - 100 famílias; -

02

Escolas

Estaduais

e

Escola

Municipal

Bento

Gonçalves com 01 sala de aula; - Abastecimento de água com poço artesiano.

- Abastecimiento de água da CORSAN. 2-

Conquista Nonaiense

- Passando do pedágio da BR 116 / 290, em frente à Estrada de acceso ao IPVDF; - 12 familias; - Não possui escola (escola municipal está desativada); - Abastecimiento de água da CORSAN.

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

5-

Belo Monte

- Após pedágio da BR 290, no sentido Porto Alegre – Uruguaiana, primeira entrada à esquerda; - 48 famílias; - Não possui escola; -

Abastecimento

de

água

com

poço

artesiano

e

uma

vertente.

152


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

Figura 179: assentamento Padre Josimo

Figura 180: assentamento Conquista Nonaiense

Figura 181: localização dos assentamentos em Eldorado do Sul

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

153


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Gestão e Legislação

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

154


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

também do Conselho Estadual das Cidades e do Conselho

6.1 Gestão

Nacional das Cidades. São Conselhos Municipais: - CONEL – Conselho da Cidade de Eldorado do Sul (LM nº

A gestão democrática implica na organização da sociedade

2239/2005)

conselho

para participar do processo de planejamento e na tomada

deliberativo

de decisões. Esta participação é fundamental para que a

desenvolvimento urbano e rural.

que

de

objetiva

caráter

consultivo

e

políticas

de

articular

sociedade ao mesmo tempo em que discute e propõe também fiscalize

as

ações

e

assuma

as

responsabilidades

na

6.1.2 Estrutura Organizacional da População

busca da qualidade de vida preconizada. A participação e organização da sociedade em Eldorado do

A população se organiza através de diversas entidades:

Sul atualmente se dão de duas formas:

sociedades recreativas e esportivas, ligas de futebol,

-

Participação:

através

de

conselhos

(municipais,

regionais e nacionais);

igrejas, clube, clubes de mães, exercito da salvação, grupos de 3ª idade, CTG’s, conselhos, círculos de pais e mestres,

- Organização: várias formas de associações.

clube

de

tiro

e

associações,

totalizando

aproximadamente 73 organizações. Anexo I - Relação de Associações e Entidades de Eldorado do Sul.

6.1.3 Estrutura Organizacional da Prefeitura e da 6.1.1 Participação em Conselhos Municipais Os

Conselhos

Municipais

são

órgãos

colegiados

de

colaboração com a Administração Municipal. A comunidade encontra-se sociedade,

representada através

de

no

seus

conselho

municipal.

representantes,

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

A

participa

Secretaria Municipal do Planejamento (SEPLAN)

Relacionam-se

a

seguir

os

órgãos,

secretarias

e

subunidades que compõem a estrutura administrativa do Poder Executivo Municipal de Eldorado do Sul.

155


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

- Secretaria de Saúde; 6.1.3.1 Órgãos de Assessoramento

- Secretaria do Meio Ambiente; - Secretaria dos Transportes e Trânsito.

- Gabinete do Prefeito; - Gabinete do Vice-Prefeito;

6.1.3.4

- Controle Interno;

Secretaria de Planejamento Urbano (SPU)

A Secretaria de Planejamento Urbano não conta com nenhum

- Procuradoria Jurídica.

tipo

de

estruturação

atualmente.

Como

sugestão,

aconselha-se a seguinte composição: 6.1.3.2 Órgãos de Administração Geral -

Secretaria

da

Fazenda,

Desenvolvimento

Econômico,

6.1.3.4.1

Industria e Comércio;

- Gabinete do Secretário Municipal;

- Secretaria de Administração;

- Assessoria Especial do Plano Diretor;

- Secretaria de Planejamento;

- Protocolo geral;

- Secretaria de Habitação;

-

- Secretaria de Agricultura.

-

Departamento de Cadastro Técnico; Departamento

Fiscalização 6.1.3.3 Órgãos da Administração Específica - Secretaria de Obras e Viação; -

Secretaria

de

Educação,

Departamentos

Cultura,

de

de

Aprovação,

alvarás,

projetos

Licenciamento de

edificações

e e

parcelamento do solo; - Departamento de Planejamento Urbano.

Desporto,

Lazer

e

Turismo; - Secretaria de Assistência Social e Trabalho;

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

156


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

6.2 Rotinas Administrativas

A aprovação e licenciamento de atividades, projetos de edificações e parcelamentos do solo têm como objetivo avaliar o cumprimento das normas que visam disciplinar e ordenar a ocupação do solo privado. A descrição abaixo apresenta,

de

aprovação

e

forma

sucinta,

licenciamento

como

acontece

o

processo na

de

estrutura

administrativa municipal.

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

157


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

c. Observância à lei de zoneamento, em especial a LM 0106/90 (zonas de uso, condições das marquises sobre

os

passeios

públicos,

passeios

públicos,

etc).

6.2.1 Atividades Econômicas III.

Rotinas

para

atividades

especiais

-

Algumas

A liberação de alvarás de localização para as atividades

atividades dependem ainda, de análises especiais. Após a

econômicas segue a rotina de tramitação abaixo descrita,

vistoria o processo é encaminhado:

dentro dos diversos órgãos da Prefeitura Municipal de

a. Á Secretaria da Saúde os processos que tratem

Eldorado do Sul:

de:

comercio

de

estabelecimentos I.

Protocolização

localização

e

Protocolo

Geral

da

solicitação

abertura

do

processo

localizado

de

alvará

de

administrativo

no

Secretaria

do

na

Planejamento.

alimentos,

alimentos, de

transporte

saúde, de

hotéis,

motéis,

distribuidores

alimentos,

salões

de de

beleza, lavanderias, residenciais e clínicas para idosos, saunas, spas, óticas, escolas e Estações Radio Base (ERB). b.

À

Secretaria

de

Transportes

e

Trânsito

os

processos que tratem de transportes em geral e II. Após a protocolização o processo administrativo é

outras atividades que possam afetar a circulação

encaminhado

viária no município;

ao

setor

de

vistoria

onde

são

analisadas

questões relativas à:

c.

a. Condições da regularidade predial (existência ou não da carta de habitação); b.

Observância

à

lei

de

À

Secretaria

da

Educação

os

processos

que

tratem de estabelecimentos de ensino; d. À Secretaria do Meio Ambiente os processos que

prevenção

contra

tratem de Estações Radio Base (ERB).

incêndios;

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

158


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

IV. Após a vistoria e análise especial quando for o

hidráulica, elétrica, fundações, estrutural e

caso, todos os processos são encaminhados à Secretaria

arquitetônico;

Municipal

da

Fazenda

para

análise

da

documentação

b.

jurídica, pagamento de taxas, comprovação da liberação

solicitar

renovação

as do

arquitetônico

é

analisado

e

vigentes (legislações urbanísticas, prediais e

do Alvará de Localização; todas

projeto

deferido pela equipe técnica face às normas

das diversas Secretarias, Inscrição Municipal e emissão

Anualmente

O

de prevenção de incêndios, etc.); atividades alvará,

econômicas o

que

devem

implica

na

realização de todas as etapas descritas.

Nos

casos

órgãos

de

edificações

estaduais

que

ou

requeiram

a

metropolitanos

oitiva

de

(grandes

empreendimentos, licenciamento ambiental, industrias de porte) o projeto é encaminhado aos mesmos ou aguarda as

6.2.2 Edificações

A aprovação, licenciamento e vistoria das edificações se dá no âmbito da Secretaria do Planejamento, envolvendo órgãos externos a esta secretaria, apenas nos casos que requerem a oitiva de Órgãos Estaduais e Metropolitanos. I.

Inicia

o

apresentação

processo do

administrativo

requerimento

II. Vistoria predial e Carta de Habitação (a etapa final é a da vistoria predial) a. A vistoria é requerida no protocolo Geral; b.

Após

junto

encaminhada

a

equipe

ao

Municipal da Fazenda para cálculo e pagamento das

xérox

d.

matrícula

é

c. A seguir o processo é encaminhado a Secretaria taxas;

da

protocolo

pela

Protocolo Geral. Acompanha este requerimento, atualizado

o

técnica para a vistoria e o deferimento;

Aprovação e licenciamento predial: a.

licenças e liberações.

do

Imóvel,

Após

é

encaminhado

ao

cadastro

para

projeto arquitetônico e ARTs dos responsáveis

procedimentos finais com a emissão da carta de

pelos

habitação.

projetos

(e

execução)

de

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

instalação

159


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

Destaca-se, número

conforme

excessivo

irregularidade cumprimento

da

relato

de

se

grupo

construções refere

etapa

do

de

de

trabalho,

irregulares.

principalmente

vistoria

predial

e

o

Esta

ao

não

tem

sido

relacionada por muitos, à questão dos valores das taxas de vistoria.

c.

È

analisada

a

viabilidade

da

realização

do

parcelamento do solo pretendido; d. Considerado viável o parcelamento do solo, o Estudo de Viabilidade Urbanística é analisado e aprovado pela equipe técnica; e. Posteriormente é analisado e aprovado o projeto urbanístico.

6.2.3 Parcelamento do Solo

f.

Com

a

aprovação

do

projeto

urbanístico

o

parcelamento do solo é encaminhado para registro A aprovação e licenciamento de projetos de parcelamento

no Registro de Imóveis;

do solo se realiza na Secretaria do Planejamento com

g.

consulta,

loteamentos,

quando

é

o

caso,

às

Secretarias

Municipais

No

caso

de

parcelamentos

são

aprovados

do

os

solo

demais

do

tipo

projetos

afins e nos casos previstos em lei, a órgãos externos ao

complementares;

Executivo Municipal como é o caso dos Órgãos Estaduais

h. Após a execução total ou parcial do projeto de

e Metropolitanos.

loteamento, são entregues ao Município as áreas

I. Aprovação, licenciamento Urbanístico, e recebimento

públicas.

de áreas públicas a.

Inicia

o

processo

administrativo

pela

6.2.4 Diagnóstico

apresentação do requerimento junto ao Protocolo Geral. b.

São

fornecidas

as

diretrizes

parcelamento do solo;

para

o

Analisando-se algumas

as

rotinas

debilidades

nos

administrativas processos

de

verificam-se aprovação

de

projetos e liberação de alvarás de licença.

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

160


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

A

definição

dos

setores

técnicos

responsáveis

pela

avaliação de projetos, bem como dos Fóruns, Conselhos e Órgãos

de

decisão

a

que

são

submetidos

não

é

muito

6.2.5 Conclusão

clara. Da mesma forma, não fica claro também quais os tipos de empreendimentos são analisados, em que escalas, sob o ponto de vista de quais impactos, dos meios de consulta à população e das metodologias de análise e de

A estrutura organizacional das unidades funcionais da

decisão.

Prefeitura

Municipal

que

fazem

parte

do

sistema

de

gestão do desenvolvimento urbano deverá ser adequada no que

se

refere

atribuições,

aos

aspectos

inter-relações

de

internas

competências e

e

externas,

em

adotados

na

especial a:

a)

Procedimentos

análise

dos

e

instrumentos

projetos

de

a

serem

parcelamento

do

solo,

edificações e consultas prévias, liberação de alvarás e de cartas de Habitação;

b) Regulamentações divulgadas,

dos

claras, tipos

formalizadas

de

e

amplamente

empreendimentos

a

serem

analisados;

c)

Processos e recursos para a atualização permanente e

complementação da equipe técnica;

d) Estruturas para

o

de gestão dos instrumentos urbanísticos e

funcionamento

dos

mecanismos

de

gestão

democrática.

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

161


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

6.3 Legislações Federal, Estadual e Municipal pertinentes: Análise Inter-relacional

A legislação urbanística vigente, na esfera federal e estadual, dá maior suporte jurídico e urbanístico, para a ação dos governos municipais.

Conceitos como função

social da propriedade e da cidade, novos instrumentos urbanísticos, jurídicos, fiscais e tributários dependem, entretanto, da formulação de um projeto de cidade claro, pactuado com a sociedade e expresso pelo Plano Diretor. A

análise

das

principais

legislações,

suas

características e normas têm como objetivo identificar quais

os

conceitos

e

diretrizes

que

deverão

ser

contemplados na formulação do Plano Diretor. A análise da

legislação

urbano

e

municipal

ambiental

tem

aplicável o

ao

objetivo

desenvolvimento de

conhecer

as

práticas locais que deverão ser mantidas, atualizadas, reformuladas ou complementadas.

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

162


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

6.3.1 Legislações Federal e Estadual No âmbito estadual a Lei Estadual Nº 10.116, de 23 de março

No âmbito federal destaca-se:

de

1994,

que instituiu a Lei do Desenvolvimento Urbano, dispondo

a. O Estatuto da Cidade, que regulamenta o Capítulo da

sobre os critérios a requisitos mínimos para a definição

Política

e

e delimitação de áreas urbanas e de expansão urbana,

183), estabelecendo as normas gerais e as diretrizes e

sobre as diretrizes e normas gerais de parcelamento do

os instrumentos da política urbana.

solo para fins urbanos, sobre a elaboração de planos e

b.

A

Urbana

Lei

(alterada

da

Federal pela

Constituição

Lei

6766

N.

º

de

Federal

19

9.785,

(art.

dezembro

de

29

de

de

182

1.979,

janeiro

de

de

diretrizes

gerais

de

ocupação

do

território

pelos

municípios.

1999), que dispõe sobre o parcelamento do solo urbano.

O anexo II compara as principais diretrizes e normas

Encontra-se

federais e estaduais a serem consideradas na formulação

em

tramitação

no

âmbito

federal

o

substitutivo ao Projeto de Lei nº. 3057, de 2000, que dispõe sobre o parcelamento do solo para fins urbanos e regularização

fundiária

(proposta

de

revisão

Federal no. 6766/79).

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

da

Lei

do plano diretor. O

anexo

III

apresenta

os

principais

conceitos da Lei Federal nº 6766/79.

163


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

6.3.2 Leis Municipais

-

Saneamento

básico

compreendendo

a

implantação

do

sistema d’água, esgoto sanitário, tratamento de esgotos cloacais e a coleta, disposição e tratamento de lixo (§ A legislação urbanística que dispõe sobre as diretrizes básicas

para

a

promoção

do

Desenvolvimento

Urbano

de

Eldorado do Sul se compõe basicamente das LM nº 0106/90; LM nº 0119/90; LM 0240/91; LM 0534/95; LM 0642/96; LM

1º do art. 208); -

Normas

para

localização

de

atividades

ou

serviços

perigosos ou potencialmente poluidores (art.212 a 216);

683/97; LM 0781/97; LM 841/97; LM 899/98; LM 1065/99; LM

- Normas de proteção ao meio ambiente (art. 217 a 223);

1161/99; LM nº 1396/01; LM 1.404/2001; LM 1532/2002; LM

-

1.559/2002; LM nº 1775/03, LM 1.778/2003; LM 1.983/2005;

Políticas Urbanas e de Transporte (art 237 a 246).

Elaboração

do

Plano

Diretor

e

diretrizes

para

as

LM 2.169/2005 LM nº 2239/2005, LM nº 2280/2006 e Lei Orgânica. 6.3.2.2 Diretrizes e Normas das Demais Legislações Urbanísticas 6.3.2.1 Diretrizes da Lei Orgânica Divisão Territorial Das diretrizes da Lei Orgânica do Município destacam-se em especial as relacionadas a: - Proteção do patrimônio histórico e cultural (Parágrafo único do art. 190); - Planejamento e execuções de ações do controle do meio ambiente e de saneamento básico no âmbito municipal e do controle e fiscalização de qualquer atividade e serviço que envolva risco ao ambiente natural (inciso VII do

- Zona Rural - Zona de expansão Urbana Zona Urbana Divisão da Zona Urbana - Área Industrial - Demais áreas

art. 202);

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164


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

6.3.3 Normas Urbanísticas aplicáveis à zona urbana

6.3.3.1 Zoneamento do uso do solo Não existe na área urbana a identificação de zonas de

As atividades são classificadas conforme quadro abaixo e

uso, à exceção do reconhecimento da zona industrial. A

estão zoneadas segundo critérios de conformidade – usos

síntese das normas de uso do solo está apresentada no

conforme, tolerado e proibido.

quadro nº 2.

Quadro n° 1 - classificação das atividades

residencial

comercial

serviços

equipamentos

industrias (potencial de poluição)

unifamiliar

varejista I

serviços I

multifamiliar

varejista II

serviços II

estabelecimentos de educação e cultura

tipo A – alto proibidas na cidade

varejista III posto de abastecimento atacadista

estacionamentos

estabelecimentos esportivos

tipo M – médio

transportadoras depósitos I depósitos II depósitos III

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equipamentos de recreação e lazer estabelecimentos de saúde e assistência social

tipo B – baixo

165


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

De acordo com a Lei Orgânica do Município, as atividades

- Taxas de ocupação – percentual máximo de ocupação do

ou

terreno.

empreendimentos

potencialmente

causadores

de

Tem

por

objetivo

manter

áreas

livres

de

degradação ao meio ambiente deverão apresentar estudos

construção

prévios (parágrafo único do art. 221).

variam por atividade e por compatibilidade com a zona,

A liberação de um alvará para instalação de uma atividade deve levar em conta alem do zoneamento, todos os impactos que

mesma

possa

produzir

na

cidade.

Desta

forma

a

classificação deve considerar também conceitos de impacto

dentro

do

terreno.

As

taxas

de

ocupação

usos conformes e tolerados. Na área industrial as taxa são de 60% (usos tolerados) e de 70 e 75% (outros usos). Nas

demais

áreas

urbanas

50%

e

75%

predominando

a

última.

e incomodo, desde os mais simples até os mais complexos,

- Quota Ideal mínima de terreno por economia – a quota é

e

aplicável

aos

comerciais

e

para

cada

grupo

serem

definidos

parâmetros

e

procedimentos. 6.3.3.2 Edificação A

edificação

no

Município

é

disciplinada

pelos

prédios de

residenciais

serviços,

multifamiliares,

equipamentos

e

indústrias,

quando não localizados em áreas industriais. Apresenta inconsistências, por exemplo, quotas diferenciadas entre prédios

de

comercio

e

serviços

ou

entre

prédios

de

equipamentos

de

seguintes dispositivos:

depósitos

- Índice de aproveitamento – indicador urbanístico que

educação, cultura e esportivos, etc.

define a capacidade de construção máxima no terreno. Na

- Altura da edificação – a altura da edificação é livre

legislação vigente é estabelecido por uso, sendo na zona

devendo apenas obedecer a afastamentos frontais e com

industrial igual a 1 e nas demais zonas,

relação

a

3,

conforme

densidade

e

represente, urbanas.

atividade.

Mantém

infra-estrutura, nos

São

residencial

a

planos previstas

multifamiliar

pouca

embora

diretores,

relação

com

tradicionalmente estas

bonificações como

variável de 1

para

acréscimos

variáveis o de

uso área

construída no caso de áreas condominiais em pilotis e como estímulo à construção de sacadas residenciais.

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e

às

indústrias

divisas

do

e

ainda

imóvel.

entre

È

definido

uma

altura

máxima para os pavimentos (3,00m), não existindo, porém controle

no

número

de

pavimentos.

Os

afastamentos

a

serem observados nos projetos de edificações são os do quadro nº 3. - Estacionamentos – previsão obrigatória de 1 vaga por economia residencial e 1 vaga para cada 2 economias de

166


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

comercio e serviços. Não existe previsão e padrões para

-

atividades polarizadoras de veículos, como por exemplo,

apenas

supermercados, locais para eventos, hospitais, etc.

industrial.

Espaço

para

para

carga

e

prédios

a

descarga serem

interna

construídos

exigência na

área

Quadro n° 2 - usos USOS CONFORMES ÁREAS DE USOS Área Industrial Demais áreas Urbanas da Sede

DISCRIMINAÇÃO Comércio Varejista III Comércio Atacadista Posto de Abastecimento Transportadoras Depósitos I, II, III Industrias A, M, B Residência Unifamiliar Residência Multifamiliar Comércio Varejista I Comércio Varejista II Serviços I Serviços II Postos de Abastecimento Estacionamento de

USOS TOLERADOS Índices Índices TO TO QM IA % QM m² DISCRIMINAÇÃO IA % m² Comércio Varejista II 1,0 75 x 0,8 60 x

USOS PROIBIDOS

Todos os 1,0

70

x

1,0 1,0 1,0 1,0

70 70 70 50

x x x x

1,0

75

x

3,0

75

30

3,0

75

30

3,0 1,5

75 75

30 100

3,0

75

1,0

75

150 igual a área

Serviços II

0,8

60

x Demais Usos

Comércio Atacadista

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Transportadoras Depósito I, II, III Indústria M Indústria B

167


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Veículos Estabelecimentos de Educação e Cultura Estabelecimentos Esportivos Equipamentos de Recreação e Lazer Estab. de Saúde e Assistência Social Indústria B (com área construída máxima de 300 m²)

1,0

75

lote

3,0

75

150

1,0

75

300

x

x

x

1,0

50

1,0

(com área construída superior a 300 m²)

150 igual a área do 50 lote

Quadro n° 3 - afastamentos das edificações Áreas de Uso Área Industrial

Demais Áreas Urbanas da Sede

Afastamentos para as edificações Frontal mínimo 10 m

4,0 m Exceto: Comercio Varejista I e II, Serviço II e Industria B que serão analisadas caso a caso pelo órgão Técnico da Prefeitura

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Lateral e de Fundos - mínimo Indústria A, M, Comércio Varejista III e Depósitos: 10 m Demais usos: h / 4 sendo mínimo 5 m Quando h ≤ 5,0 m - recuo de fundos, mínimo de 3,0 m. Quando h > 5,0 m - recuo em uma lateral e de fundo h / 4, no mínimo 3,0 m.

168


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6.3.3.3 Pré-existências As normas para tratar dos prédios existentes se referem apenas aos alinhamentos e recuos frontais.

- Formas de parcelamento do solo: Na zona urbana e de expansão urbana é permitido o parcelamento do solo sob as seguintes formas: - Loteamentos e arruamentos - parcelamento do solo com abertura de logradouros públicos (conforme § 2º do art.

6.3.3.4 Parcelamento do Solo As

normas

parcelamento 6766/79,

são

estabelecidas

a

serem

do as

solo

observadas em

constantes

também

as

nos

atendimento no

projetos à

quadro

situações

onde

Lei

abaixo. é

de

Federal

vedado

237 da lei orgânica); - Demais formas de parcelamento do solo sem definição clara dos conceitos (desmembramentos, fracionamentos).

São o

parcelamento do solo.

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169


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Quadro n° 4 - padrões urbanísticos para os loteamentos DEMAIS ÁREAS URBANAS Áreas Públicas

sistema viário equipamentos comunitários sub-total

25 % 10 % mínimo de 35%

quarteirão

área largura profundidade

lote

testada área relação testada/profundidade uso

10,00 m 300,00 m²

testada área

8,00 m 160,00 m²

Áreas Privadas

lote popular

ÁREA INDUSTRIAL

100,00 a 200,00m 300,00m ou até 600,00m com passagem de pedestres 30,00 m 1.500,00 m² mínimo 1:1 máximo 1:3 25% comercial 50% industrial

6.3.3.5 Sistema Viário

6.3.4 Diagnóstico

O sistema viário está classificado em vias principais

O conjunto da legislação municipal aplicável a gestão do

(25,00m),

desenvolvimento

secundárias

(17,00m),

locais

(15,00m),

urbano

não

tem

alcançado

resolver

os

ciclovias (2,00m) e passagem de pedestres (4,00m) com

problemas

especificações técnicas diferenciadas para as diversas

frágeis para fazer frente aos problemas cotidianos e ao

categorias.

funcionamento geral da cidade, apontados pelas pessoas

e

necessidades

da

cidade.

As

normas

são

que nela vivem.

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170


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A legislação urbanística carece de diretrizes claras de ordenamento

do

crescimento

urbano,

tendo

suas

6.3.5 Principais adequações necessárias à

normas

Legislação Atual

como objetivo principal, disciplinar o uso e ocupação do solo privado. Carece, portanto de vinculação com o plano

6.3.5.1 Dimensão Estratégica

plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual.

A

O mais importante do processo de planejamento não é o plano em si, como norma instituída, e sim a gestão da cidade.

dimensão

plano.

O

estratégica

plano

deverá

deverá conter

ser

um

incorporada

“projeto

ao

claro

de

cidade” que contenha as diretrizes de desenvolvimento que

orientarão

as

políticas

urbanas

buscando

a

sustentabilidade urbana e ambiental.

A elaboração do Plano Diretor busca adequar e completar a legislação urbanística vigente às recomendações da Lei Federal 10.257/01, denominada de Estatuto da Cidade. O

Estatuto

da

planejamento

se

participação

de

As

normas

urbanísticas

do

plano

regulador

são

da infra-estrutura e dos equipamentos e serviços urbanos

acompanhamento e controle do desenvolvimento urbano na

(densidade), da convivência entre as atividades (uso do

busca da sustentabilidade ambiental das cidades, o que

solo), das relações de vizinhança estabelecidas entre os

implica tanto na revisão das normas e dos procedimentos

prédios

e rotinas técnicas, como na relação entre administração

edificações, recuos de frente e de jardim), da expansão

e comunidade.

urbana (parcelamento do solo) e do respeito ao ambiente

de

à

práticas

instrumentos de controle da ocupação do solo em função

decisões

refere

novas

da

nas

que

estabelece

no

população

no

Cidade

6.3.5.2 Dimensão Normativa

planejamento

e

e

com

o

espaço

público

(volumetria

das

natural. As normas urbanísticas mais tradicionais de controle do uso

e

ocupação

do

solo

são

o

zoneamento

de

usos

e

atividades, o índice ou coeficiente de aproveitamento, quotas ideais mínimas de terreno por economia, a taxa de

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171


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ocupação, taxas de permeabilidade do solo, a altura das

ou pelos metros quadrados construídos por hectare. Já no

edificações, os recuos e afastamento dos prédios. No

lote a norma urbanística que expressa este controle é o

parcelamento do solo os percentuais de áreas públicas,

coeficiente ou índice de aproveitamento e a fração ideal

as

mínima de terreno por economia.

dimensões

dos

lotes

e

quarteirões

urbanos

e

os

gabaritos viários. As

atividades

considerando

Taxa

econômicas

seus

impactos

podem

ser

sobre

o

classificadas meio

ambiente,

de

ocupação

é

o

instrumento

de

controle

urbanístico da ocupação do solo por construção e tem como

objetivo

preservar

áreas

livres,

valorizar

a

representado pela infra-estrutura básica, estrutura e

paisagem urbana, preservar elementos naturais e criar

ambiente urbano, segundo o local onde serão instaladas.

condições de aeração e insolação urbana.

Existem

atividades

Taxa

impacto,

aquelas

de

permeabilidade

do

solo

é

o

instrumento

impactos, positivos e negativos, ao meio ambiente na

como objetivo preservar áreas livres de pavimentação ou

escala

construção.

Para

eventualmente,

de

urbanístico de controle da permeabilidade do solo e tem

Município.

podem,

produtoras

causar

do

que

potencialmente

estas

atividades

o

plano

deverá estabelecer quais os procedimentos e estudos que deverão ser realizados bem como as condições que deverão ser cumpridas para que as mesmas possam se estabelecer no Município. O

Município

deverá

controlar

a

densificação

nas

e

manter

os

equipamentos

urbanos

e

comunitários adequados ao desenvolvimento e bem estar da população e das atividades econômicas ali instaladas. Densidade é a relação que indica a intensidade do uso e

volumetria

regula

a

altura

dos

prédios.

os

buscam resguardar as condições de privacidade, insolação e

diversas zonas da cidade, com o objetivo de avaliar, implantar

A

afastamentos da edificação em relação às divisas do lote aeração

urbana.

O

controle

da

volumetria

tem

por

objetivo: -

Preservar

as

características

das

zonas

da

cidade,

quanto ao aspecto volumétrico das edificações; -

Criar

condições

adequadas

de

insolação

e

aeração

urbana;

ocupação do solo expressa pelo número de habitantes por

- Criar condições adequadas de privacidade nas relações

hectare, pelo número de economias prediais por hectare

de vizinhança;

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172


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

- Valorizar a paisagem urbana. O

recuo

de

jardim

-

estabelece

a

relação

entre

a

A

execução

das

infra-estruturas

As

normas

urbanísticas

6.3.5.3 Gestão Urbana Melhorar o funcionamento das estruturas administrativas e implantar e modernizar os cadastros e os sistemas

parcelamento do solo têm como objetivo a distribuição

informações e de monitoramento é condição para tornar a

dos

gestão urbana mais eficaz e eficiente, fundamental na

benefícios

e

Todo

ocupação

urbana

(praças,

áreas

ônus

decorrentes

do

o

parcelamento

do

deve

contribuir

com

institucionais

e

para

em

o

urbanização.

estabelecidas

ou

projeto.

construção e o espaço público constituído pelo passeio público e tem por objetivo qualificar a paisagem urbana.

programadas

processo

solo

que

áreas vias

de

gerar

públicas

A aprovação do Estatuto da Cidade, Lei Federal 10 257

Alem das normas tradicionais deverão ser incorporadas à legislação as limitações específicas relativas ao subà

superfície

e

ao

espaço

aéreo

dadas

por

legislações municipais, estaduais e federais. As

limitações

podem

se

constituir

de

previsões

de

traçado do Plano, servidões administrativas, áreas não edificáveis

ou

outras

6.3.5.4 Prazos e Conteúdos

públicas)

proporcionais a densidade gerada.

solo,

busca da sustentabilidade da cidade.

restrições

urbanísticas

e

de

de 10 de julho de 2001, que regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição Federal definem o Plano Diretor como instrumento

básico

da

política

de

desenvolvimento

e

expansão urbana dos municípios brasileiros. Define o prazo de outubro de 2006 como limites para todos os Municípios Brasileiros, com mais de vinte mil habitantes revisarem seus Planos Diretores.

utilidade pública ao uso do solo. Estas limitações têm como objetivo: - A preservação do ambiente e do equilíbrio ecológico; -

O

funcionamento

e

ampliação

das

infra-estruturas

e

equipamentos;

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173


imeiro Relatรณrio de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

Leitura Comunitรกria

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174


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7.1 Grupo Focal

A atividade denominada Grupo Focal, realizada no dia 13 de Março de 2006 na Faculdade de Arquitetura da UFRGS, foi

organizada

pelo

Núcleo

de

Gestão

da

Inovação

Tecnológica (NITEC) da Escola de Administração (EA) da UFRGS, a partir do convite do NUT. Participaram

do

workshop

representantes

de

diferentes

agentes públicos e econômicos do município de Eldorado do

Sul

e

representantes

da

comunidade

acadêmica

da

UFRGS. A saber: Elio E. Winter, Luiz F. de Lavra Pinto, Joel

P.

de

Abreu,

Fábio

Araújo

Leal,

Eliseu

Luis

Quinhones, Ricardo Alves Santos, Maria Alice Lahorgue e

PRODUÇÃO DE BENS DE CONSUMO DE BAIXO CUSTO 1 TURISMO DE 1 DIA: PÓLO GAUDÉRIO E PARQUES ECOLÓGICOS 1

Régis Rathmann.

MARINAS: CONDOMÍNIOS RESIDENCIAIS 1

O objetivo foi levantar as principais ações estratégicas para

o

Eldorado

desenvolvimento do

Sul

e

foi

econômico

do

estabelecida

município uma

ordem

DESENVOLVIMENTO DE TRANSPORTES MODAIS 1

de INFRA-ESTRUTURA 2

de

prioridade para a execução das ações consideradas mais importantes, conforme o quadro ao lado resume:

CADEIAS EMERGENTES: sivicultura, biodiesel, álcool, produtos orgânicos 3 DESENVOLVIMENTO DE CENTROS DE DISTRIBUIÇÃO 4

DESENVOLVIMENTO DE UM DISTRITO INDUSTRIAL: baixo custo da terra, redução da dependência da Dell, instalação de outras empresas 7

DESENVOLVIMENTO DE UM PÓLO DE INFORMÁTICA 4

tempo SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

175


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7.2 Pesquisa com Associações e Figura 182: localização das entidades entrevistadas

Entidades

Foram realizadas 20 entrevistas entre representantes de bairros, associações, clube de mães e outras entidades do município de Eldorado do Sul; com seguinte resultado:

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176


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O Melhor de Eldorado do Sul - Serviços Públicos

Qual o Tamanho Ideal para Eldorado do Sul?

10% 13%

25%

Transporte Escolar

32%

35%

Transporte Público 50.000 hab 100.000 hab 200.000 hab

Festas e Eventos Seguranca 23%

Em pregos

22% 40%

O que Falta em Eldorado do Sul - Equipamentos Públicos

8%

0% 3% 3%0% 32%

13%

14% 27%

Hospital Cemitério Hipermercado Universidade Cinema/Teatro Artesanato/Hortifrutigranjeiros Parque Náutico Shopping Center Exposição Agropecuária/Industrial Spa/Hotel Biblioteca/Livraria

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O Melhor de Eldorado do Sul - Equipamentos Públicos

5% 15% 42%

Escolas Creches Postos de Saúde Praças e Espacos Públicos

18%

Áreas Esportivas e Lazer 20%

177


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A Identidade de Eldorado do Sul

13%

O Melhor de Eldorado do Sul - Infra-Estrutura

5% 38%

13%

15%

P lantações de Arroz Tradições Gaúchas 18% M eio Ambiente Indústria Eletrônica Turismo Rural

24%

Abastecim ento de Água Coleta de Lixo Telefonia Ilum inacao Pública

31%

20%

Deve-se permitir Residências ao longo das Rodovias?

23%

Ruas e Passeios

Parque Eldorado - Bairro ou Cidade?

5%

35% Sim

Bairro

Não

Cidade 65%

95%

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178


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

Onde aumentar a População? Sede Municipal

40%

Onde aumentar a População? Parque Eldorado

SIM

30%

SIM

NÃO

NÃO

60%

70%

Onde aumentar a População? Bom Retiro

30%

Onde aumentar a População? Sans Souci

SIM

45%

NÃO

SIM NÃO

55%

70%

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179


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Quais Problemas poderiam ser resolvidos através do Planejamento?

Ocupações Irregulares 0%

20%

Falta deTratam ento de Esgoto

32%

Falta de Infra-Estrutura Desenvolvim ento Industrial 20%

Falta de Oportunidades de Trabalho

28%

Falta de Alternativas Lazer e Cultura

Onde Concentrar Investimentos?

Desenvolvimento Industrial 3%0% 25% 39%

Habitação Popular e Regularização das Ocupações Irregulares Infra-Estrutura Viária e Saneamento Turismo

33% Telecomunicações

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180


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7.3 Grupos Temáticos de Discussão

Na ocasião da 1ª Audiência Pública, após a explanação da Leitura Técnica, a comunidade presente dividiu-se em 4 grupos

temáticos

de

discussão:

1-

Desenvolvimento

Econômico; 2- Mobilidade e Transportes; 3- Meio Ambiente e Saneamento; 4- Habitação e Equipamentos. O objetivo principal era assegurar uma participação democrática da sociedade

local

no

processo

de

elaboração

do

PDDUA.

Segue os resultados por grupo temático:

7.3.1 Desenvolvimento Econômico -

O

município

geração

de

deve

identificar

riquezas

buscando

potenciais criar

fatores

de

oportunidades

de

empregos –Criar riqueza para a comunidade; -

Deve

ser

identificado

por

que

a

Br

116

cresce

em

direção a Gravataí e não em direção a Eldorado; -

A

posição

geográfica

do

município

deve

ser

melhor

explorada -

Eldorado

não

tem

conceito.

Ter

um

conceito

é

importante para atrair investimentos e moradores;

SIMMLAB . LABGEO . IPH . LEGG. LASTRAN . CONSULARQ

181


imeiro Relatório de Estudos para o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul

-

Eldorado

leva

vantagem

sobre

outros

municípios

da

Região Metropolitana: não sofre discriminação;

- Cidade pequena numa cidade grande;

- Devem ser criados elementos de identificação visual para marcar a passagem e entrada em Eldorado.

- Eldorado a 14 minutos da Praça 15 de Porto Alegre; Eldorado

- Eldorado uma Cidade no Parque; - A cidade não cresce, evolui

Conceitos:

-

- Cidade tranqüila;

uma

cidade

com

diversidade

e

integração

- Jardim do Jacuí; - Cidade com Qualidade de vida;

cultural;

- Qualidade de vida próximo a capital;

- Eldorado do Sul: Uma Grande Cidade, não uma Cidade

- Eldorado , Pólo de Informatica;

Grande;

- Para atrair mais investimentos e investidores a cidade

- Cidade jovem e feliz;

deveria mudar seu nome para Delta do Jacuí;

- Cidade acesso fácil;

-

- Longe do centro e perto de tudo; - Cidade hospitaleira, simples e progressista;

A

cidade

poderia

complementar

seu

nome

Eldorado

cidade no Parque do Delta; - Eldorado Centro Logístico da Metade Sul do Estado.

- Cidade em desenvolvimento; - Cidade das oportunidades; - Cidade com Futuro; - Venha morar dentro do Parque; - Tudo o que você precisa para viver bem, Eldorado tem;

Idéias

para

o

desenvolvimento

social

e

econômico

do

município: - Além dos conceitos procurou-se identificar carências e potencialidades. identificadas

Uma foi

a

das da

principais falta

de

carências qualificação

profissional dos moradores de Eldorado do Sul;

- Portal do Mercosul;

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182


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- Uma das formas de suprir esta carência seria a da estruturação de Centros de Qualificação Profissional a serem distribuídos em vários bairros do município; -

Foram

afixados

com

auto-adesivos

os

bairros

que

- Altura do meio-fio; - Canteiros; - Falta de continuidade das calçadas;

deveriam ter seu Centro de Qualificação. Foi sugerido

- Adaptação para portadores de necessidades especiais;

que

-

a

Escola

Industria

seja

Estadual,

localizada

transformada

em

próxima

Escola

de

área

Técnica

ou

Projetos

complementares

definidos

conjuntamente

(posteamento, canteiros, iluminação, etc.).

Profissionalizante; - Deve ser incentivado o Agro Negócio para dar emprego e aproveitar a produção local; - Deve ser definido no Plano Diretor a preservação das características

residenciais

e

comerciais

e

áreas

7.3.2.2 Transporte Coletivo: Linhas

existentes

insatisfatórias

e

falta

linha

interna, acarretando:

especiais para industrias de grande porte;

- Horários muito espaçados e inadequados;

- Devem ser preservadas as belezas naturais da orla para

- Lotação excessiva;

fins de exploração turística.

de

- Conforto prejudicado; - Problemas de ligação entre parque eldorado e sede, bom

7.3.2 Mobilidade e Transportes 7.3.2.1 Circulação de Pedestres - Melhorias e padronização das calçadas;

retiro e parque eldorado; -

A

falta

de

linhas

leva

adoção

de

outros

meios

(bicicleta, a pé); - Sugestão de estudos para implantação de terminais de

- Calçamento;

ônibus e linhas circulares;

- Largura das calçadas;

- Custo da passagem elevado.

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a

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- Sugestões de ciclovias (ex: br – itaí – sans souci).

- Inadequação das paradas de ônibus. - Estudos para implantação de terminal rodoviário.

7.3.3 Meio Ambiente e Saneamento 7.3.2.3 Transporte Individual (carro, moto) - Organização e definição de hierarquia viária;

-

- Provisão de novos acessos e melhoria dos acessos a br 290; -

Melhoria

7.3.3.1 Abastecimento de água Priorizar

E.T.A.

’s

em

Eldorado

para

abastecer

a

população urbana e rural; - Onde for adequado, uso de adutoras de Guaíba;

da

sinalização,

orientação

de

bairros

e

direções e nomes de ruas; 7.3.3.2 Esgotos

- Controle e redução de velocidade em vias específicas (em função de “pegas”, “rachas”); - Duplicação e melhorias na estrada do conde; - Estudar ligação da estrada da arrozeira com outros municípios; - Concentração de fluxos na avenida Getúlio de Vargas.

- Prever sistema separador absoluto (sistema de esgotos sanitários e sistema de esgotamento pluvial); -

Prever

E.T.E.

’s

para

atender

a

população

instalada, com definição de locais para implantação; - Novos empreendimentos devem tratar seus efluentes; 7.3.3.3 Alagamentos

7.3.2.4 Bicicletas e Ciclovias - Município com características ideais para o uso de bicicletas (região plana, distâncias curtas);

- Enchentes Jacuí / Guaíba: - Áreas alagáveis ainda não ocupadas: impedir a ocupação

e

usar

estas

áreas

para

controlar

enchentes (reservatórios);

- Grave problema de segurança para o ciclista (furtos);

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184


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-

Áreas

alagáveis

ocupadas:

onde

não

for

- Avaliar a situação do Cemitério da Picada;

possível deslocar a população, deve-se construir diques e polders que operarão em conjunto com as

7.3.4 Habitação e equipamentos

áreas alagáveis (reservatórios).

7.3.4.1 Assuntos ou temas gerais

- Alagamento devido à urbanização: -

Ampliação

da

dispositivos infiltração

rede

combinada

compensatórios e

armazenamento,

com

uso

(dispositivos para

compensar

de

- Zonear as áreas residenciais, comerciais e industriais

de

no plano diretor;

os

- Melhorar a segurança;

efeitos da urbanização); -

Priorizar

- Melhorar a obediência à legislação;

superfície

verde

e

permeável

nos

parques e passeios públicos;

- Estabelecer critérios para licenciamento de atividades econômicas. Ex: oficina, depósito de gás;

- Proteção de áreas protegidas:

-

Definir

padrões

para

os

loteamentos

(tamanho

dos

- Campanha de conscientização da população: com

lotes, largura das calcadas, pavimentação das calcadas

órgãos

no habite-se da construção);

públicos

(ambiental);

e

e

fiscalização:

informações

que

Educação devam

ser

divulgadas; - Plano de arborização: qual tipo e em que região deve ser priorizado; -

Garantir

os

recursos

para

fiscalização

e

aplicação de leis; - Outros: - Programa de Resíduos sólidos (coleta, seleção e

- Identificar as áreas de risco (ocupações irregulares); - Reservar em todos os bairros áreas para praças, lazer e escolas e creches; - Elaborar um projeto para a questão dos esgotos; -

Melhorar

o

atendimento

do

transporte

publico

(capacidade / periodicidade / número de linhas); - Elaborar um plano cicloviario;

destinação);

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-

Melhorar

a

qualidade

das

águas

da

orla

do

rio

enquanto área de lazer;

- Regularização fundiária;

- Melhorar a sinalização viária;

- Carência de praça;

- Fiscalizar os aterros;

- Saneamento básico (esgoto);

- Duplicação da estrada do conde; -

Dialogar

gestão

com

com

a

sociedade

participação

da

- Atendimento apenas por ônibus escolar; definir

um

sistema

de

sociedade

na

tomada

de

Conscientização

da

população

- Ciclovia; - Melhoria na entrada do bairro – rótula

decisão sobre as questões urbanas; -

Sol Nascente

para

preservação

patrimonial do município.

Picada - Bom em segurança;

7.3.4.2 Assuntos específicos por loteamento ou bairro

- Escola sem manutenção – situação precária; -

Pouca

freqüência

de

ônibus

gera

conflito

Residencial Eldorado

atividades do dia a dia;

- Sinalização de transito;

- Carência de atividades de comercio e serviços.

nas

- Iluminação publica (carência nas ruas laterais); - Infra-estrutura de acesso à escola (asfalto, telefone,

Botafogo

fax, Internet);

- Pavimentação insegura (escoria);

-

Considerar

no

futuro

os

conflitos

entre

estadual com o zoneamento industrial.

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a

escola

- Falta de saneamento; - Falta de sinalização;

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Medianeira - Calçadas em geral; - Rua Conzatti – excesso de largura da calcada;

- Ponto de lazer noturno na Av. A. Conflito, poluição sonora x moradores; - Muro de proteção contra enchentes – bombeamento das águas.

- Saneamento básico – esgoto; - Áreas verdes e lazer para crianças, jovens e adultos.

Chácara - Definir normas para a utilização das Chácaras;

Campo da medianeira - Regularização fundiária; - Paradas de ônibus; - Excesso de passageiros nos ônibus – necessidade de aumento da frota.

- Ampliação da escola e creche; - Implantar posto de saúde e área de lazer; -

Asfaltar

a

segunda

pista

da

Avenida

Nestor

Jardim

Filho; - Regularização fundiária dos lotes irregulares; - Paradas de ônibus;

Cidade Verde - Regularização fundiária; - Carência de áreas de lazer;

- Sinalização; - Exigir contribuição da infra-estrutura e equipamentos nos parcelamentos das chácaras.

- Falta de segurança face a velocidade dos veículos; - Falta de conexão viária;

Itaí

- Falta de segurança na estrada do conde;

- Valões;

- Saneamento básico – esgoto;

- Falta de saneamento básico;

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- Falta de segurança no acesso das crianças ao colégio

- Moradias precárias (sem banheiros); - Fechamento do clube SOREMPRI por problemas de poluição sonora e segurança – deixou o bairro sem nenhum espaço de diversão e lazer;

como deficitário;

Sans Souci

Loteamento popular de

- Falta de arborização; - Diminuir a excessiva migração entre os loteamentos.

- Iluminação publica até o Sans Souci.

Comercio

- Construção de colégio e creche; - Carência de praça;

- Posto de saúde – utilizam o da medianeira avaliado

-

no Sans Souci;

gás

e

oficinas

localizados

inadequadamente.

- Urbanização da praça; - Conflito entre atividades noturnas na praça após a meia noite x população residente;

Progresso - Redutor de velocidade; - Construção de ETE; - Carência de creche, posto de policia, escola, posto saúde familiar; - Ciclovia ate o centro; - Cadastro e regularização das propriedades;

- Conflito no embarque e desembarque na escola; - Acidentes de transito na entrada do bairro; -

Travessia

intensa

para

acessar

comercio

e

equipamentos; - Carência de locais de lazer e diversão; - Pedra e “prainha”: inseguras a noite por falta de iluminação publica; - Praça de skate em localização perigosa.

- Sinalização;

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FONTES BIBLIOGRÁFICAS ATLAS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO NO BRASIL – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento www.pnud.org.br ATLAS SÓCIO-ECONÔMICO RIO GRANDE DO SUL – Secretaria da Coordenação e Planejamento do RS www.scp.rs.gov.br ESTATUTO DA CIDADE: GUIA PARA IMPLEMANTAÇÃO PELOS MUNICÍPIOS E CIDADÃOS 2ª edição – Brasília: Câmara dos Deputados, 2002. EUROPEAN COMMON INDICATORS – AMBIENTE ITALIA www.susteinable-cities.org/indicators FERRARI, Célson. Curso de Planejamento Municipal Integrado – 2ª edição – São Paulo: Livraria Pioneira Editora, 1979. IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística www.ibge.gov.br FAMURS – Federação das Associações dos Municípios do Rio Grande do Sul www.famurs.com.br FEE – Fundação de Economia e Estatística www.fee.tche.br METROPLAN - Fundação de Planejamento Metropolitano e Regional www.metroplan.rs.gov.br MINISTÉRIO DAS CIDADES www.cidades.gov.br PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA CLARA DO SUL www.eldorado.rs.gov.br RUMOS 2015 – Secretaria da Coordenação e Planejamento do RS

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FICHA TÉCNICA

Prefeitura Municipal de Eldorado do Sul

Prefeito Ernani de Freitas Gonçalves Vice-Prefeito Sérgio Munhoz Secretário do Planejamento Fábio José de Araújo Leal Secretário da Fazenda, Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio Ricardo Alves Secretário da Administração Eliseu Luis Quinhones Secretário do Meio Ambiente Almir de Almeida

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Secretária da Educação, Cultura, Desporto, Lazer e Turismo Vera Lúcia Matos Secretária da Saúde Salete Beatriz Roszkoswski Secretário dos Transporte e Trânsito Airton Cleomar de Conti Secretário da Agricultura Rogério Munhoz Secretário de Obras e Viação Vilmar Pereira da Silva Secretária da Assistência Social e Trabalho Neusa dos Reis Gonçalves Secretário da Habitação Mário Reis

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Equipe Técnica Gabinete do Prefeito Sigrid Pesenatto Procuradoria Silvia Pereira dos Santos Secretaria do Planejamento Juliana Petruzzi Zalta José Rebouças Luiz Morador Mario Edgar Grin Ferreira Secretaria da Saúde Alessandra Lemos Secretaria de Obras Joaquina da Fonseca Secretaria da Educação Vilson L. e Silva Aveney Gilvan Jesuino Secretaria do Meio Ambiente Valério Anderson S. da Silva Secretaria da Ação Social Noli Maciel Vanderlan R. Gonçalves Secretaria da Administração Diala Borges Relações Públicas Suzana Goerg

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Esc .su

piração e o usoicial rebanhos agrícola transmissão drenagem (%e no localização atividade extração produção municípios evolução participaçã antiga gráfico lagoa o uso gráfico de atual de do das etapas cobertura do energia dos de bairro total da do do solo no das pecuarista Eucaliptos silvicultur PIB o Saibrera mostra tratamento evidencia ocupação dos RS solo per dos com 80% –no do RMPA) municípios no Progresso, Rio dos município da selecionado Grande com RMPA do principais em a propriedade capita municípios local dos de que solo município dos resíduos Eldorado 75% do dos do em de Eldorado selecionado s Sul contribuiçõ itt t Eld d dú iOl i SEld C líli t l ídb i d d

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Universidade Federal do Rio Grande do Sul Reitor Professor José Carlos Ferraz Hennemann Vice-Reitor Professor Pedro Cezar Dutra Fonseca Diretor-Presidente FAURGS Professor Nilton Rodrigues Paim

Equipe Consultora Núcleo de Tecnologia da UFRGS Coordenador Geral Professor Benamy Turkienicz – SimmLab Ambiente Natural Professor Heinrich Hasenack – LABGEO Drenagem Professor Joel Avruch Goldenfum – IPH Geotecnia Professor Fernando Schnaid – LEGG Tráfego e Transportes Professora Helena Cybis - LASTRAN

Equipe Técnica SimmLab Arquitetos Geisa Bugs Paulo Jorge Riss da Silva Acadêmicos de Arquitetura Camile Viott Fausto Bugatti Isolan Maria Helena Cavalheiro Martina Brusius

Plano Regulador Arquiteta Marilu Maraschin – CONSULARQ

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