2017 • ANO 3 • EDIÇÃO 9
COACHING
HUMILDADE PARA APRENDER
ARTIGO: A PAIXÃO NO BANCO DOS RÉUS SEMANA JURÍDICA UMA HISTÓRIA INSPIRADORA REVISTADIALOGUE | 1
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S U M Á R I O
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PÓS-GRADUAÇÃO O MERCADO DE TRABALHO EXIGE QUE O PROFISSIONAL ESTEJA EM CONSTANTE PROCESSO DE QUALIFICAÇÃO
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Conheça os cursos que o Uni-Anhanguera oferece
BACHARELADO • Administração • Agronomia • Arquitetura e Urbanismo • Ciências Biológicas • Ciências Contábeis • Direito • Enfermagem • Engenharia Ambiental e Sanitária • Engenharia Civil • Engenharia da Computação • Engenharia Elétrica • Farmácia • Publicidade e Propaganda • Química LICENCIATURA • Ciências Biológicas • Pedagogia • Química
SEMANA JURÍDICA A NOVA LEGISLAÇÃO NÃO ENTREGOU O PROMETIDO E ALGUNS PROCESSOS TORNARAM-SE MAIS LENTOS
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ADMINISTRAÇÃO ESTUDAR NUNCA É DEMAIS
CURSOS TECNOLÓGICOS • Análise e Desenvolvimento de Sistemas • Design de Interiores • Gestão Ambiental • Gestão de Vendas • Gestão Comercial • Gestão de Recursos Humanos • Logística • Processos Gerenciais • Segurança Pública • Redes de Computadores • Construção de Edifícios CURSOS SEQUENCIAIS • Gestão de Pequenas Empresas • Gestão de Departamento Pessoal • Gestão de Casas Lotéricas • Gestão em Mobilidade Urbana
• • • • • • •
Gestão de Órgãos Públicos Gestão de Segurança Pública Gestão de Vendas e Marketing Cálculo Trabalhista e Previdenciário Estudos em Marketing Digital Estudos em Gestão Empresarial Estudos em Desenvolvimento de Sistemas Java com Ênfase em BI
PÓS-GRADUAÇÃO • Direito Civil e Processual Civil • Direito Penal e Processual Penal • Direito Previdenciário • Direito do Trabalho e Processual do Trabalho • Direito Público: Constitucional e Administrativo • Direito Tributário • Conciliação, Mediação, Negociação e Arbitragem • MBA em Direito Minerário • MBA em Administração e Acreditação Hospitalar • MBA em Finanças e Controladoria • MBA em Gestão de Resíduos Sólidos e Líquidos • MBA em Gestão de Pessoas, Liderança e Coaching • MBA em Gestão Empresarial com Ênfase em Consultoria • MBA em Logística Empresarial • Auditoria Contábil e Normas Internacionais
Expediente
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL FICHA TÉCNICA
PROF. DR. JOVENY SEBASTIÃO CÂNDIDO DE OLIVEIRA REITOR PROF. MS. LUIZ FELIPE CÂNDIDO DE OLIVEIRA VICE-REITOR PROF. MS. DANILO NOGUEIRA MAGALHÃES PRÓ-REITOR DE ECONOMIA E FINANÇAS
PROF. MS. GERALDO LUCCAS PRÓ-REITOR DE COMUNICAÇÃO E MARKETING PROF. MS. KLEBER BRANQUINHO ADORNO PRÓ-REITOR DE CULTURA PROFª MS. MAYRA CAIADO PARANHOS PRÓ-REITORA DE ENSINO A DISTÂNCIA PROFª DRª. MARIA JOSÉ DEL PELOSO PRÓ-REITORA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA
PROF. MS. VALDIR MENDONÇA ALVES PRÓ-REITOR DE GRADUAÇÃO E EXTENSÃO
DIALOGUE (2017 – ANO 3 – EDIÇÃO 9): VEÍCULO DE COMUNICAÇÃO INTERNA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO DE GOIÁS – UNI-ANHANGUERA
PROF. ESP. RONILDA MOREIRA DA PAZ SECRETÁRIA GERAL
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO: VINÍCIUS ALVES | 99900-3494
CONSELHO EDITORIAL ANA AMÉLIA UMBELINO DOS SANTOS, CLAUDIO BOSCO, CLAUDOMILSON FERNANDES BRAGA, MARIA EMÍLIA CARVALHO DE ARAÚJO E MURILO LUIZ FERREIRA
JORNALISTA RESPONSÁVEL: MARLEY COSTA LEITE – DRT 217/JP FOTOGRAFIA: MARLEY COSTA LEITE TIRAGEM: 5.000 EXEMPLARES DISTRIBUIÇÃO: GRATUITA CONTATO: marley.costa@anhanguera.edu.br | 62 . 3246-1312 ENDEREÇO: AV. JOÃO CÂNDIDO DE OLIVEIRA, Nº 115, CIDADE JARDIM - GOIÂNIA-GO - CEP: 74423-115 TELEFONE: 62 . 3246-1404/1437 - FAX: 62 . 3246-1444
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Dialogue com o Reitor
EM TEMPO DE TREINAR A
PERCEPÇÃO DE MUNDO
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o longo processo de construção do ser humano e do aprendizado que acumula durante a jornada, a importância da educação começa com os pais e é complementada na escola, pelos professores. Mas é no ensino superior que o jovem realmente começa refletir sobre o que aprendeu e a fazer suas escolhas. A carga de humanidade só se diferencia pelo aprendizado das experiências cotidianas: o que estuda para saber e o que estuda para cumprir um ritual apenas; o que procura o equilíbrio e a sensatez e aquele que procura a vitória e o poder; o que pensa individualmente e aquele que pensa coletivamente. Num rápido olhar parece que está tudo no mesmo lugar, mas não é a mesma coisa quando se tem um olhar profundo sobre si mesmo.O indivíduo educado para a liberdade sabe formular, em todas as circunstâncias, os questionamentos que exercitam sua mente para a beleza, para a bondade, para a verdade, para o conhecimento e cria a possibilidade de escapar da própria escravidão. Afinal, o que é a liberdade se não traz junto a compreensão da dignidade em um Brasil que beira à falência do sentimento de humanidade? Cabe aqui lembrar um pensamento de Montaigne, “tudo o que se apresenta aos nossos olhos serve de livro eficiente”. Neste aspecto, um desafio aos tempos moder-
nos consiste em transformar o conhecimento em riqueza, como um portal para liberdade, para o refinamento humano, e porque não ousar dizer, para mudanças que poderão acontecer a partir de qualquer um de nossos alunos. É neste sentido que o Uni-Anhanguera encaminha o conteúdo programático de seus cursos, promovendo, constantemente, atividades extra salas de aula, com a finalidade de lapidar
a reflexão e exercitar o pensamento. Aguçar a percepção para saber distinguir a falácia da verdade. Nestes tempos tumultuados o embate democrático não deveria jamais baixar o nível, mas ainda há muito a aprender neste processo. É em dias de tempestade que se pode testar a firmeza das raízes de uma árvore. É em tempos hostis que o ser humano pode testar a firmeza de seus princípios e valores.
PROF. DR. JOVENY SEBASTIÃO CÂNDIDO DE OLIVEIRA é graduado em Direito pela PUC do Rio de Janeiro, especialista em Direito Processual Civil pela UFG, mestre em Direito Agrário pela UFG e doutor em Direito do Estado pela USP. É Oficial da Reserva do Exército na arma Cavalaria e Reitor do Centro Universitário de Goiás - Uni-ANHANGUERA
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Notas da Reitoria
Honra e reconhecimento Com a presença de toda diretoria do Uni-Anhanguera foi inaugurada a Secretaria Acadêmica, que recebeu o nome da profª Ronilda Moreira da Paz, com direito a coquetel e discursos. Para a profª Ronilda a surpresa foi grande, embora soubesse que estava sendo organizado não esperava que fosse levar o seu nome, nem mesmo quando foi chamada para descerrar o arquivo. Ela disse que não tem palavras para descrever a emoção; “Fiquei tão feliz. Senti o reconhecimento da instituição ao meu trabalho e honrada por estar historicamente ao lado de pessoas que se importam com educação e construção do conhecimento”. A profª Ronilda começou a trabalhar no Uni-Anhanguera ainda menina, como auxiliar de protocolo, e passou por vários setores. Estudou, formou-se, fez pós-graduação e há 27 anos trabalha na secretaria, sendo responsável pelo controle e organização da vida acadêmica de cada um dos alunos.
Projeto Deputado Jovem Por iniciativa do deputado estadual Frederico Nascimento, diretor de Assuntos Institucionais da Assembleia Legislativa, o Uni-Anhanguera acolheu a parceria para a realização do Projeto Deputado Jovem. O objetivo do projeto é oferecer aos participantes a oportunidade de conhecer, na prática, as atividades parlamentares.O coordenador do projeto, deputado Frederico Nascimento, é aluno egresso do Uni-Anhanguera, onde começou suas atividades políticas como líder estudantil. A palestra de abertura foi feita pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Vitti, com a presença do Reitor Prof. Dr. Joveny Cândido de Oliveira e tratou do tema “Funções do Legislativo e Trajetória Parlamentar”. Em seguida os estudantes tiveram encontro com o procurador Murilo Teixeira Costa que fez uma capacitação sobre “Como elaborar um Projeto de Lei”. Também fez parte da programação visita técnica e palestras com a Escola do Legislativo. Uma sessão especial no Plenário Getulino Artiaga, em que os universitários foram empossados e assumiram o papel de legisladores. E durante os três dias os alunos puderam participar de debates, integrar comissões, apresentar propostas e conhecer todas as atribuições de um deputado estadual.
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Pós-graduação
COACHING
HUMILDADE PARA APRENDER A APRENDER
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som de Albinoni, objetos de decoração cuidadosamente arrumados, água, café, chocolate, não tem como não se sentir em equilíbrio entre as colunas que decoram o escritório do professor e Personal Coach José Rafael de Medeiros. Entrevistá-lo, no entanto, não é tarefa fácil. Ele conduz a entrevista. No mercado há 35 anos, com formação de psicanalista, integrante da Sociedade Brasileira de Choaching MBA Internacional com foco em RH feito em parceria com a Fundação Getúlio Vargas e a Universidade de Ohio, o prof. Rafael é um dos precursores da profissão em Goiás e, além de diretor da Academia Nacional de Liderança e Coaching, ele coordena o curso de pós-graduação em Gestão de Pessoas e Coaching do Uni-Anhanguera. O Projeto AMAR resume o conteúdo programático do curso. O objetivo é
ampliar a visão do profissional de educação e sensibilizá-los para a importância de realizar seu trabalho com amor, o que se faz com a união e trabalho em equipe. Para o prof. Rafael é importante ressaltar que a prioridade é alinhar as ações com os valores da instituição, o que está acima dos cargos, funções e atribuições de cada colaborador. “O que faz a diferença é o amor”, garante. Disposto em forma de acróstico, cada letra da palavra amar, marca uma etapa do trabalho, que começa com a elevação da autoestima dos alunos e colaboradores e segue para a motivação e movimento de uma mente criativa. Toda atitude, trabalhando em equipe e com união, deve levar a um resultado. De acordo com o prof. Rafael, Coaching é um processo de busca e uma caminhada de autoconhecimento que se desenvolve entre duas pessoas, em que
ambas estabelecem estratégias para alcançar seus objetivos e sonhos pessoais ou profissionais. Para isso é preciso, acima de tudo, amar o que se faz e manter o foco onde se quer chegar. O coach não arroga para si a infalibilidade. As colunas no escritório, de alguma forma, encaminha a reflexão para a dualidade que permeia o universo. Assim o coach precisa do erro para deslumbrar a verdade. A partir do momento em que se acredita saber tudo, fecha-se a porta do aprendizado, deixa-se de ouvir para falar e aí se torna difícil conciliar, unir. Trilhar o autoconhecimento é uma longa jornada e é necessário estar atento para não perder o foco, o que se consegue a “passos firmes, disciplinados e humildes e todas as outras virtudes que permitem ao homem ser melhor e mais consciente de seu compromisso com o mundo físico e espiritual” REVISTADIALOGUE | 5
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Pòs-graduação
COMPROMISSO
COM A EXCELÊNCIA
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om mais de duas décadas de atuação na pós-graduação lato sensu, o Uni-Anhanguera se consolida como instituição de referência na área, formando profissionais reconhecidos pelo mercado de trabalho. Atualmente a Coordenação de Lato Sensu, sob a batuta da profª. Ms. Mychelle Borges, passa por um processo de mudança que inclui a atualização dos projetos pedagógicos e uniformização de matrizes curricu-
lares. Tudo com o objetivo de tornar os cursos mais modernos e alinhados com o mercado de trabalho. Para a professora Michelle, o mercado de trabalho está cada vez mais concorrido e exige do profissional constante processo de qualificação. “Um diploma de pós-graduação é indispensável para garantir a empregabilidade. Fazer uma especialização ou MBA é um dos caminhos para construir uma carreira”, explica. Mas não apenas o diploma, são muitos
os fatores que colaboram com a empregabilidade ou estabilidade social; “a escolha de uma instituição de prestígio, o domínio de outros idiomas, o bom comportamento nas redes sociais, um bom networking e as competências comportamentais como autocontrole, inteligência emocional, tolerância às frustrações, trabalho em equipe. Tudo conta na hora da contratação ou promoção”. É bem verdade que a busca pelo conhecimento move boa parte das pesso-
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as que procuram uma especialização, mas normalmente os reais motivos são aspectos práticos. Não ser apenas mais um graduado, mas um profissional especialista em determinado assunto, agrega valores ao currículo, uma vez que estar formado e há muito tempo não corre atrás de uma educação continuada pode render a imagem de acomodado ou desinteressado. A profª. Mychelle lista mais alguns motivos confirmando: “O aumento da empregabilidade, o reconhecimento profissional que favorece as mudanças de cargo e aumentos salariais, redirecionamento de carreira e o empreendedorismo”. Os cursos Lato Sensu do Uni-Anhanguera são estruturados para atender as mais variadas demandas do mercado, Direito, Negócios, Engenharia, Arquitetura, Tecnologia da Informação, Educação, Ciências Agrárias e Meio-Ambiente, totalizando 28 cursos, conforme relação na página do Expediente. A ESTRUTURA
O Uni-Anhanguera possui uma Pró-
-Reitoria de Pós-graduação e Pesquisa, sob a gestão da Profª. Drª Maria José Del Peloso, com quatro áreas definidas de atuação. Coordenação da Lato Sensu, Coordenação Stricto Sensu, Coordenação de Iniciação Científica e Coordenação de Publicações. “Uma estrutura que conta com infraestrutura necessária para desenvolver seu trabalho com excelência e inclui desde salas climatizadas, equipamentos multimeios disponíveis em todos os ambientes, conexão à internet, biblioteca disponível com acesso, reserva e renovação via web, área de captação, até acesso dos alunos, via portal, às demandas acadêmicas e financeiras”, informa a pró-reitora Maria José. Em relação à Pós-Graduação Stricto Sensu, a profª Maria José conta que vem construindo um ambiente que dialogue com a pesquisa no sentido de otimizar indicadores que permitam avançar e tornar possível a abertura de cursos de Mestrado e Doutorado. “ Trabalhamos no sentido de desenvolver a cultura de pesquisa e temos concentrado nossas ações
nos projetos de Iniciação Científica e nos canais de publicação de artigos científicos e pesquisas desenvolvidas no âmbito da graduação e da pós-graduação”. Entre essas ações destaca-se a Convenção de Ensino, Pesquisa e Extensão – CEPEX – realizado anualmente na instituição. O evento se dedica à apresentação dos trabalhos acadêmicos desenvolvidos por alunos e é organizado pela Profª Drª Cristiane Rachel. É uma oportunidade ímpar de divulgação e compartilhamento das experiências acadêmicas. Agrega conhecimentos e indica caminhos importantes para a construção de novos conhecimentos. Além disso, a Pró-Reitoria publica três revistas científicas, os Cadernos de Curso que publicam os Trabalhos de Conclusão de Cursos dos alunos, a Revista da Pós-Graduação, para publicações de TCCs em formato de artigos científicos dos alunos da pós-graduação e a Revista Anhanguera, periódico de publicação científica com mais de uma década de existência, qualificada na base Qualis pelo CNPq e pela Capes. REVISTADIALOGUE | 7
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Pòs-graduação
MEDIADOR, UM FACILITADOR DE DIÁLOGOS
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oi a partir da especialização em Mediação, Conciliação, Negociação e Arbitragem, no Uni-Anhanguera, que a advogada Bianca Ayala Melo di Alencar deu nova significação ao que queria como profissional. Do ponto de vista acadêmico foi fazer um mestrado em Análise do Discurso de Linha Francesa, na UFG-Catalão. O grande incentivo, segundo a dra.Bianca, partiu do curso de pós-graduação, dos professores, da forma como a proposta pedagógica foi formatada, com reflexão do conteúdo curricular. Do ponto de vista profissional, ampliou sua atuação nos casos que procuravam seu escritório com a proposta de mediação empresarial e de família. Como a atividade é relativamente nova a dra. Bianca teve que traçar as etapas de atividades e assegurar os serviços em contrato. De forma rápida, quando ela percebe que há possibili-
dade de acordo ela propõe a mediação, em um pacote de 10 sessões. Se o acordo sai antes, ou se não acontece, essas possibilidades ficam descritas no contrato. “uma formalização que protege as partes”, explica. Na pós-graduação ela aprendeu as técnicas como direcionar as conversas pode evitar a judicialização do conflito. “Antes, todo mérito ficava na mão do juiz, hoje a mediação já compõe a estatística de celeridade dos processos, o que destaca a importância do papel do mediador”. A dra. Bianca está animada com o leque de possiblidades que abriu na
sua carreira. Acredita que os conflitos não vão acabar, “mas passamos a ter a consciência de que somos capazes de resolver nossos conflitos, antes de chegar a uma ação judicial”. O curso vai além da técnica, facilita e possibilita a criação de uma nova cultura, a de saber fazer acordos, dialogar e desenvolver uma comunicação eficaz, desde que não contrarie a ordem jurídica. “São reflexões que servem para a vida pessoal e profissional e podem ser aplicadas a qualquer e todo momento em nossas vidas”.
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ARTIGO
NÁDIA C. O. SANTANA MESTRE EM PSICOLOGIA DA PERSONALIDADE, PSICOTERAPEUTA EXISTENCIAL, DOCENTE DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO
RESSENTIMENTO RESPONSABILIDADE NO TRABALHO
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uantas vezes as empresas recebem candidatos às suas vagas de trabalho ressentidos com o emprego/ função anterior? Qual a visão que a empresa tem destes candidatos que falam mal de onde estiveram? Quantas vezes nas avaliações de desempenho ou em reuniões encontramos queixas e ressentimentos entre colegas e entre colegas e supervisores? Isso acontece, porque muitas pessoas não percebem esse comportamento e o quanto faz mal ao organismo como um todo, o ressentimento e a ausência do exercício do perdão. Segundo Shakespeare: “Ressentimento é como tomar veneno e esperar que o outro morra”. Aprender a não guardar ressentimento e a se responsabilizar por seu desempenho e satisfação torna o colaborador ou candidato extremamente competitivo para o mercado de trabalho atual. Além disso, o ressentimento assim como outros sentimentos negativos, como culpa, raiva, entre outros, nos aprisionam em um campo mental de tristeza e angústia, provocando consequências na saúde física, na saúde emocional e na saúde relacional. Portanto o perdão constitui uma libertação e traz saúde e bem-estar. A raiva e o ressentimento estão na maioria das vezes ligados à invasão do espaço do outro. Quando eu entro no espaço do outro achando que ele deveria fazer isso e não aquilo, eu sinto raiva. Quando eu penso que ele é responsável por mim e fez diferente do que deveria, eu fico magoado. Ao contrário disso, quando delimitamos estes espaços e percebemos que o outro é diferente de nós, tem o seu próprio jeito de ser, tem suas limitações, não esperaremos que ele aja como nós. Isso é respeito e tolerância. Se somos diferentes, quem sou eu para
julgar o outro como errado? Certa vez perguntaram a Mahatma Ghandi se ele perdoava com muita frequência, ao que ele respondeu: “Não, ninguém nunca me ofendeu”. Ou seja, o outro só me magoa se eu permitir. Se eu deixo a ofensa do outro entrar em mim, a responsabilidade é minha. Muitas vezes, por autocobrança, por autoestima baixa, nós nos deixamos ofender. E se somos nós que permitimos a ofensa ou a mágoa, somos responsáveis pelo que sentimos. Dessa forma, para vivermos melhor e termos mais qualidade de vida no trabalho, precisamos: - Assumir a responsabilidade por nós, por nossa felicidade e pornossos sentimentos.(Sair do papel de vítima); - Não invadir o espaço do outro; respeitando tanto o nosso espaço quanto o dele; - Não julgar o outro nem nós mesmo, exercitando a compreensão. Essa mudança de comportamento exige prática, consciência e perseverança. Este, portanto, é um convite ao exercício do perdão, para sair do ressentimento e da mágoa e viver mais feliz. R EREVISTADIALOGUE V I S TA D I A LO G U E | 9
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curtas
Linha 149 A aluna Amanda Silva Diniz realizou um minucioso estudo sobre o trajeto da Linha 149, que faz o percurso do Terminal Bandeiras até o Terminal do Dergo e encabeçou um abaixo-assinado pedindo à direção do Uni-Anhanguera que intercedesse junto às autoridades e órgãos competentes para alterar o trajeto da linha. Em seu estudo ela mostra que o ônibus teria que fazer um pequeno desvio para passar em frente ao Uni-Anhanguera, o que evitaria os riscos com a falta de segurança dos alunos que usam o transporte coletivo, obrigados a andarem por vias localizadas em área de elevado índice de assaltos. De acordo com o estudo, o ônibus não deixaria de passar por nenhum ponto hoje existente. No dia 04 de maio, reuniram-se na CMTC, representantes da IES, liderados pelo professor Francisco Miguel Filho, lideranças estudantis, técnicos da CMTC e o ex-vereador Deivison Costa. O presidente da CMTC, Fernando Olinto Meirelles prometeu fazer todos os esforços possíveis para resolver a situação e solicitou à sua equipe estudos de viabilidade. Agora é aguardar.
Tecnologia em Serviços Jurídicos O Uni-Anhanguera está lançando já no próximo vestibular o curso de Tecnologia em Serviços Jurídicos, voltado para profissionais que tenham interesse em atuar na gestão de atividades jurídicas e no suporte aos operadores do Direito. Assim, o acadêmico poderá atuar em cartórios, tabelionatos, esfera policial, escritórios de advocacia, assessorias parlamentares, mediação e arbitragem. O curso vem atender um mercado crescente e de conhecimento técnico e humano especializado com uma visão holística do sistema. Recentemente o MEC decidiu suspender por 120 dias a tramitação dos pedidos de autorização de cursos superiores de tecnologia em serviços jurídicos e equivalentes. Uma decisão que foi fruto de negociação da OAB, o MEC e a Presidência da República, o que torna a oportunidade imperdível para os interessados. O curso será coordenado pela prof. Ms. Vânia Cristina Dourado. 1 0 | REVISTADIALOGUE
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Capoeira Já pensou em como ganhar horas complementares e ter, no final da aula, a oportunidade de descansar a cabeça e exercitar o corpo, sem gastar nada? É simples, basta se matricular na aula de capoeira, do projeto arte e cultura. A capoeira é uma expressão cultural que mistura arte marcial, esporte, cultura popular e música. Praticantes desta modalidade aprendem não só lutar e jogar, mas a tocar os instrumentos típicos e a cantar.
Cine Pipoca A segunda edição do cine pipoca reuniu um número maior de participantes, evidenciando o interesse dos alunos pela reflexão. Foram escolhidos três documentários, cujos enredos dialogam com o livro Casa Grande e Senzala, de Gilberto Freire. Após a exibição realizou-se o debate com a professora doutora Ludimila Stival Cardoso , professor mestre Giovanni Gondim de Castro e professora especialista Marcia Inês da Silva, sobre o livro e as relações sociais na contemporaneidade.
Arquitetura de Computadores e Redes O curso de engenharia elétrica conta com todos os laboratórios necessários para atender as disciplinas profissionalizantes, até mesmo para as disciplinas que ainda não foram ofertadas. Segundo o professor Romes de Paula Machado Jr. o apoio da administração tem sido fundamental para o crescimento e desenvolvimento dos laboratórios, pois os investimentos necessários foram aprovados no decorrer dos anos. Na foto o laboratório de arquitetura de computadores e de redes que atende a duas disciplinas e onde os alunos aprendem a trabalhar com configurações de computadores, softwares, e redes lógicas. Equipado com computadores para uso didático, cabos lógicos, roteadores, alicates grimpadores, peças de computadores necessárias para montagem e configuração de máquinas, carga fantasma, ferramentas.
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semana jurídica
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onforme consta do Projeto Pedagógico, o Curso de Direito do Uni-Anhanguera busca uma formação humanística e integral do futuro profissional do direito, voltada para o conhecimento e o respeito aos direitos humanos e a construção da cidadania, enfatizando os três pilares de sustentação do ensino superior, a saber, ensino, pesquisa e extensão. O Curso possui um corpo docente altamente qualificado, e a maioria dos professores possuem titulação de mes-
O CURSO DE DIREITO tre e doutores. Já a Matriz Curricular é atualizada e conta com disciplinas inovadoras como Conciliação, Mediação e Arbitragem; Direito do Cidadão Consumidor; Biodireito; Direitos Humanos; Execução Penal, dentre outras. Todos os semestres são desenvolvidos vários projetos inovadores, como exemplo o de Direitos Humanos e Cidadania, onde o acadêmico realiza visitas externas acompanhado de professores ao sistema prisional, delegacias, órgãos de defesa da mulher criança e adolescente, órgãos de proteção ambiental e órgãos de proteção ao consumidor. Sempre no mês de maio é realizada a Semana Jurídica do Curso de Direito no Centro de Cultura e Convenções de Goiânia, o maior evento jurídico do Es-
tado de Goiás, onde ocorrem diversas palestras e conferências com presença de doutrinadores e juristas renomados no cenário nacional. Também são oferecidos cursos como o de Oratória, visando capacitar o acadêmico ao exercício da oralidade, e Curso de Atualização do novo Código de Processo Civil. O Núcleo de Prática Jurídica (NPJ) do Uni-ANHANGUERA é um importante departamento para os alunos do curso de direito e para a comunidade em geral. No NPJ os discentes sedimentam todo conhecimento obtido nas aulas teóricas, haja vista que, junto aos professores/advogados, realizam atendimento à comunidade na área cível, penal, trabalhista e previdenciária, confeccio-
nam peças processuais relativas aos casos atendidos, bem como participam de sessões de conciliação e mediação. Em regra, são feitos, por mês, uma média de 450 (quatrocentos e cinquenta) atendimentos a pessoas da comunidade. O NPJ, também, possui uma parceria com o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás e conta com a instalação do 6° Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania – CEJUSC; onde, por mês são realizadas, em média, 168 (cento e sessenta e oito) sessões de conciliação /mediação, com participação dos alunos. Destas 90,6% são frutíferas, ou seja, chegam a um acordo. DA COORDENAÇÃO DO CURSO DE DIREITO, PROFª. DRª ISIVONE CHAVES E PROF. SÁVIO CÉSAR SANTANA
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livro
LUIZA NAGIB ELUF ADVOGADA. FOI PROCURADORA DE JUSTIÇA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE SÃO PAULO, SUBPREFEITA DA LAPA/SP E SECRETÁRIA NACIONAL DOS DIREITOS DA CIDADANIA DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA NO GOVERNO FHC. É AUTORA DE SETE LIVROS, DENTRE OS QUAIS “A PAIXÃO NO BANCO DOS RÉUS”.
A PAIXÃO NO BANCO DOS RÉUS
“A
paixão no banco dos réus” narra 14 casos de crimes de morte cometidos por homens e dois homicídios praticados por mulheres, todos sob a justificativa da paixão. Em ordem cronológica, são relatados os casos de grande repercussão no país, entre eles o assassinato do pintor Almeida Júnior, o do escritor Euclides da Cunha, o da socialite Ângela Diniz, o da cantora Eliane de Grammont, o da atriz Daniella Perez, o da jornalista Sandra Gomide, vítima de Antônio Marcos Pimenta Neves, o de Eloá Cristina Pimentel pelo jovem Lindemberg Alves e a morte de Mércia Nakashima. Com a visão de quem foi Procuradora de Justiça, Secretária Nacional dos Direitos da Cidadania e integrou o comitê de juristas que revisou o Código Penal, Luiza Eluf ainda explica como o júri, composto por pessoas do povo, mudou a interpretação das razões que levam ao chamado crime passional.
Após a narrativa dos homicídios e da solução dada pela Justiça, que algumas vezes puniu e outras vezes perdoou os autores das mortes, há uma análise do crime passional, suas causas e circunstâncias. São, também, examinadas as teses normalmente apresentadas pela defesa e pela acusação em plenário do Júri, que é a instituição encarregada de julgar os crimes de homicídio. O objetivo é mostrar que o amor verdadeiro não leva ao crime e que a legítima defesa dahonra não pode mais ser utilizada como justificativa para o assassinato.
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semana jurídica
UM ANO DEPOIS
O QUE MUDOU COM O NOVO CPC
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esde 1977, quando foi realizada a 1ª Semana Jurídica do Curso de Direito do Uni-Anhanguera, o evento faz parte do calendário das atividades mais importantes da Instituição. De lado as dificuldades iniciais, a Semana Jurídica se firmou pelo esmero na escolha de seus convidados e palestrantes, trazendo sempre temas atuais e empolgantes. Do ponto de vista do aluno, a Semana Jurídica é uma oportunidade para abrir o leque de opções que o curso proporciona, importantes reflexões e entender que para se ter o diferencial do sucesso é preciso, antes de tudo, muito estudo. Nada é por acaso.
Entre os palestrantes desta edição temos o presidente da OAB, seccional Goiás, Dr. Lúcio Flávio Siqueira Paiva, advogado e professor, Mestre em Direito, Relações Internacionais e Desenvolvimento, Especialista em Direito Empresarial e em Direito Processual Civil. Atua em Goiás, Distrito Federal e São Paulo no Direito Contencioso Cível e já foi professor da Esa, que traz reflexões sobre a implantação do novo Código de Processo Civil, com ênfase no instituto de julgamento antecipado parcial do mérito. “O CPC/15 foi apresentado à sociedade brasileira como uma legislação que viria a solucionar o principal problema da prestação da tutela jurisdicional: a morosidade”. Pouco mais de 1 (um) ano de vigência e, como já apontavam muitos, a nova legislação não entregou o prome-
tido; muito ao contrário, não são raros os casos em que nenhuma mudança houve ou, o que é pior, os processos tornaram-se mais lentos. O caminho para implementar o Novo CPC da forma como pensado pelo legislador é longo e exigirá muito da comunidade jurídica. Nada obstante, institutos novos inseridos no CPC/15, quando bem aplicados, têm se mostrado aptos a promover a tão almejada celeridade. Talvez o melhor exemplo seja o julgamento antecipado parcial do mérito, previsto no artigo 356 e seguintes do novo diploma processual. Moderno, rompe com o dogma da unicidade da sentença, a que se tinha tanto apego na vigência do CPC de 1973, agora revogado, permitindo o “fatiamento” do mérito do processo para que sejam proferidas decisões de julgamento à medida que os pedidos tornem-se maduros para tanto; inovador, desafia a doutrina e a jurisprudência em construção, notadamente quanto a temas polêmicos como o arbitramento de honorários de sucumbência e seu regime recursal”.
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ARTIGO
ALGUMAS QUESTÕES POLÊMICAS NO DIREITO DAS SUCESSÕES
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ão é fácil a situação do Direito das Sucessões no cenário jurídico contemporâneo; menos ainda, a de em um breve texto explicitar algumas das principais questões polêmicas da matéria hoje em dia. Seremos, então, bem sucintos. Decorrentes das recentes mudanças sociais, temos as seguintes questões polêmicas: 1. A questão dos efeitos sucessórios da pluriparentalidade, esta reconhecida como constitucional pelo STF em 2016. Mês passado decidiu o STJ que pode um filho herdar tanto do pai socioafetivo quanto do biológico. Mas ainda não está claro, por exemplo, como se aplicariam as regras da sucessão dos ascendentes a um caso de pluriparentalidade. Se, por força do art. 1.836, § 2º, que determina a divisão da herança antes por linhas, devem ser consideradas tantas linhas quantos forem os ascendentes de 1º grau, ou se sempre se deve considerar uma linha materna e uma linha parterna, independentemente de quantas mães ou pais a pessoa tenha. 2. A questão da sucessão de pessoas geradas por fertilização in vitro post mortem, até hoje completamente nebulosa. Por exemplo, deve-se resguardar direito sucessório ao filho independentemente de quanto tempo após a morte do pai ele foi gerado?
ELPÍDIO DONIZETTI é jurista, professor e advogado. Membro da Comissão de Juristas do Senado Federal responsável pela elaboração do anteprojeto do Novo Código de Processo Civil. Mestre em Direito Processual Civil pela PUC/MG. Doutor em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidad Del Museo Social Argentino. Pós-Doutor em Direito pela Universitá degli Studi di Messina. Fundador do Instituto Elpídio Donizetti e do Escritório Elpídio Donizetti Advogados. Autor de varias obras, sendo a ultima Curso Didático de Direito Processual Civil
Decorrentes das falhas de técnica legislativa do Código Civil de 2002, temos as seguintes: 1. A questão da sucessão do cônjuge em concorrência com os descendentes. É inacreditável como o curto texto do art. 1.829, inc. I pode gerar tantas interpretações diferentes! Em um caso de sucessão de pessoa casada em regime de comunhão parcial de bens, haveria, no mínimo, quatro soluções diferentes para a divisão da herança, só por aplicação dos principais entendimentos divergentes. 2. A questão do quinhão mínimo do cônjuge em hipótese de filiação híbrida. O art. 1.832 simplesmente se esqueceu de que o morto pode ter deixado filhos com o cônjuge sobrevivente, e filhos que teve com outra(s) pessoa(s). Ainda, decorrente tanto das recentes mudanças sociais quanto das falhas de técnica legislativa, temos: 1. A questão da disciplina desigual da sucessão do companheiro em comparação com a disciplina da sucessão do cônjuge. Esta, atualmente, pende de julgamento no STF, desde agosto de 2016. Já há sete votos pela inconstitucionalidade do art. 1.790 do Código Civil; semana passada foi proferido o primeiro voto divergente.
Professor Felipe Quintella: “Doutor em Direito pela UFMG. Professor de Direito Civil. Advogado e consultor jurídico. Autor, com Elpídio Donizetti, do Curso Didático de Direito Civil.”
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semana jurídica
COR RUP ÇÃO A
E AS MEDIDAS ANTICORRUPÇÃO NO BRASIL
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orrupção, em definição, significa depravação, podridão, desmoralização, suborno, enfim algo sórdido, cuja abrangência é imensa no campo do Direito, não só como crime autônomo, dividida em ativa (quem corrompe o funcionário público) e passiva (o servidor público que recebe o suborno), passando pela corrupção de menores de 18 anos para o fim de levá-los à prática de delitos até atingir a corrupção sexual. Partindo deste conceito macro de corrupção, o jurista Guilherme de Souza Nucci, autor do livro “Corrupção e Anticorrupção” (Editora Forense, maio/2015), pontua que o Brasil, assim como outros países, sofre com essa pra1 6 | REVISTADIALOGUE
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ga inserida na Administração Pública há muitos anos. “No entanto, nosso País possui um dos piores sistemas legais para combatê-la, constituindo o seu mais destacado erro a leniência diante do corrupto. Tolera-se a corrupção. Não são poucos os criminalistas a proclamar tratar-se de um delito menos grave, pois não é cometido com violência, logo, o corrupto não merece ir para o cárcere. Com muito custo, a ele destinam-se penas alternativas à prisão (restritivas de direitos) e, quando não, busca-se o mais benéfico regime prisional possível (aberto ou semiaberto)”, declara. Para Nucci, o que vem se notando é que o regime fechado (prisão autêntica) tem sido destinado apenas aos cri-
VES IA NE ATRÍC P : O FOT
Jurista questiona o conceito de corrupção no Brasil e propõe: é hora de mudar a concepção da sociedade em relação aos males ocasionados por atividades corruptas
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minosos violentos, ou seja, os autores de roubo, estupro, homicídio, dentre similares. Os autores são, na sua imensa maioria, componentes da camada pobre da população. “Autores do crime de corrupção, no seio da Administração Pública, são mais abonados, usam o tradicional colarinho branco, não sujam as mãos. Esse quadro é lamentável, pois feita uma singela comparação, em valores, do que roubos e furtos acarretam, em matéria de perda patrimonial, em face da corrupção, haverá uma diferença abissal”, diz. O jurista exemplifica: a corrupção consome milhões, bilhões de reais. Os delitos patrimoniais não passam de quantias pífias. “Por isso, o sistema jurídico-penal deveria voltar a sua pesada carga à corrupção, com o mesmo rigor que cuida do roubo, do furto ou da receptação”. PRISÃO
Para o magistrado, não se trata de declarar automaticamente a prisão preventiva de todo e qualquer acusado de corrupção, nem mesmo condená-lo, necessariamente, ao regime fechado. “Aliás, segundo nos parece, nem mesmo ao agente de roubo, furto ou receptação cabe a prisão provisória como regra. O ponto
é mudar a concepção da sociedade em relação aos males da corrupção. Quem suborna um policial para não ser multado, por exemplo, comete um delito muito grave; seria o mesmo que furtar a arma desse policial. Em ambas as atitudes está impedindo um agente do Estado de atuar na digna função de policiar a vida dos outros. Quem é corrupto, nos quadros da Administração, constitui uma peça podre, que todos os dias está disposta a contaminar outras peças. É nesse prisma que se forma o crime organizado, outra epidemia causadora das mais visíveis desgraças para a moralidade administrativa”, opina. CRIME X CORRUPÇÃO
Nucci salienta que toda organização criminosa possui um visível oxigênio: a corrupção. Sem esta, o crime organizado morre asfixiado. “Qualquer organização do crime precisa de servidores corruptos para estabilizar-se e atingir seus objetivos. Do tráfico ilícito de drogas ao desvio de bilhões dos cofres públicos, passa-se pela corrupção”, aponta. E como o dinheiro ilícito circula facilmente sem que os agentes estatais descubram? Muitas vezes, porque recebem parte desse dinheiro. Por isso o jurista considera que o combate à corrupção, que pode ser intitulado de anticorrupção no Brasil, é fraco, pois moralmente já se deixa de educar GUILHERME NUCCI é Desembargador em São Paulo. Livre-docente em Direito Penal, Doutor e Mestre em Processo Penal, com intensa a criança e, depois, o produção acadêmica, já atingiu mais de 30 obras de sua autoria jovem a respeito de
regras mínimas de honestidade. Nucci pontua exemplos de nosso cotidiano que trazem a reflexão à tona: O pai suborna o guarda na frente da família; os filhos enaltecem a esperteza do pai e tendem a agir da mesma forma. O servidor público compra DVDs falsos no camelô e ainda defende a sua atitude dizendo ser muito mais barato, além de afirmar que ‘pelo menos não está roubando’. O professor, na academia, é complacente com o plágio de seus alunos. Encontra-se de tudo na internet, violando direitos autorais. Dá-se um dinheirinho ao servidor público somente para apressar a emissão de um documento. Compra-se carteira de habilitação às centenas todos os dias. Tudo isso, no conjunto, não passa de corrupção, embora configure, conforme o caso, crime de outra espécie. Inúmeros exemplos do cotidiano podem ser citados e, com certeza, alguém já vivenciou algum deles. Para o magistrado, a sociedade como um todo precisa visualizar a corrupção como um mal, jamais como a esperteza de uns contra a burrice de outros. “Ser honesto é obrigação de todos e não um mérito. E não há lei específica para punir o corrupto, quando ele suborna um empregado de empresa privada, por exemplo, para auferir alguma vantagem”, destaca. Essas são apenas algumas das medidas que, no entendimento do desembargador, deveriam ser adotadas para o combate ao crime de corrupção, em todas as suas facetas, no Brasil. REVISTADIALOGUE | 17
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Família Anhanguerina
QUEM SAI AOS SEUS,
NÃO SE DEGENERA
É
comum quando se vê alguém que venceu na vida dizer que “teve sorte”. A sorte pode até ajudar, mas a experiência mostra que o que conta mesmo é o empenho, o esforço, a disciplina, o estudo e, principalmente, manter o foco naquilo que se busca. Esta é uma história de sucesso que envolve pai, mãe e filha entrelaçada ao Uni-Anhanguera. Dr. Gescé Cruvinel Pereira é Promotor de Justiça e atua na Especializada em Questões Tributárias. Foi aluno e professor do Uni-Anhanguera desde que se formou até assumir a promotoria em 92. Dr. Gescé, como muitos profissionais bem sucedidos, não encontrou a vida pronta. Veio do interior, de família simples, e teve que superar muitas dificuldades para chegar onde chegou. Aprovado em Direito teve que interromper o curso por causa de problemas de saúde em família e as dificuldades econômicos o levaram a fazer novo vestibular para a UFG. Acabou perdendo mais um semestre por causa das greves e retornou para o Uni-Anhanguera com o objetivo de recuperar o tempo perdido. Aprovado no concurso do Departamento Nacional de Obras de Saneamento – DNOS – já formado, voltou para o Uni-Anhanguera como professor dos cursos de Administração e Ciências Contábeis. Advogou, foi consultor empresarial e começou a ter afinidade com a área tributária. Depois veio o concurso, a posse, o tempo no interior e o retorno a Goiânia com a criação da especializada: “eram poucos os promotores que conheciam a área”.
Nesse ínterim, ainda estudante, foi pai pela primeira vez. Géssica Cruvinel Pereira desde pequena falava que queria ser médica, mas na hora de escolher fez o vestibular para Direito, surpreendendo toda a família. O pai fez questão de orientá-la no sentido de que não bastava ser graduada quando milhares vão para o mercado a cada semestre: “Expliquei a ela que precisava construir um diferencial. E foi o que ela fez. Sempre foi muito estudiosa e a participação efetiva da mãe, desde o ensino fundamental, foi decisiva na formação da disciplina e da leitura”, comenta.
DISCIPLINA SEMPRE
A mãe é a professora Márcia Inez da Silva. Outra vencedora. Veio do interior “da roça mesmo”, como faz questão de afirmar, mas com pais, que embora com pouco estudo, vieram para a cidade porque entendiam a importância do estudo para seus filhos. Era professora em uma pequena escola quando recebeu o convite para vir trabalhar como auxiliar de Biblioteca no Uni-Anhanguera. Trabalhar na Biblioteca foi uma realização pessoal, estava perto de tudo que mais gostava: os livros. “E a partir desse dia minha história se confunde com a ins-
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tituição. Cresci com ela, consolidei com ela, adquiri conhecimento, graduei, fui respeitada e valorizada pelos patrões, que investiram em minha educação e profissionalização”. “Fiz trabalhos tanto administrativos quanto pedagógicos, dos quais me orgulho. Fui professora do Colégio e do Ensino Superior, montei a primeira comissão de avaliação da instituição (antigamente era o Provão), fui coordenadora pedagógica, participei da criação das Faculdades de Catalão e Jataí”. A professora Márcia Inez só ficou fora do Uni-Anhanguera por sete anos, quando assumiu a coordenação pedagógica de outra Instituição e depois voltou. É muito amada por seus alunos e não raro dá nome e é madrinha da turma de formandos. Em relação à Géssica ela diz que sempre deu o melhor que podia em termos de educação, boas escolas, cursos de línguas e era rigorosa na questão da disciplina. Não interferiu na escolha do curso,
“ela era brilhante em tudo que fazia, sempre foi bastante autônoma, e eu conhecia minha filha. Sabia que ela chegaria onde quisesse. Ela tinha ética e cidadania”. Géssica estudou no Uni-Anhanguera e a professora Márcia Inez sempre procurou se manter à distância e quando descobriam que era filha dela, não nega, adorava ouvir os elogios dos professores. ESFORÇO RECOMPENSADO
Géssica conta a sua própria história. Preparava-se para o vestibular de medicina quando percebeu que não era isso o que queria. Observando a carreira do pai, entendeu que o curso de Direito oferecia um leque de opções e não teve dúvidas. Se inscreveu para o vestibular de Direito. E desde o início procurou manter o foco, seguindo orientação do pai. Batalhou para fazer estágios e estagiou no Procon e no Ministério Público e isso permitiu que ela pudesse conhecer dois lados da profissão. Gostava da
atividade de advocacia, mas também se encantou com o serviço público. No meio, ela mostrou sua autonomia. Orientada para se profissionalizar antes de se casar, ela não obedeceu. Juntou dinheiro para casar e se manter sem ajuda dos pais por dois anos. Estudava 12 horas por dia. Saiu o concurso para a Procuradoria do Estado, poderia ser ao mesmo tempo advogada e servidora pública. Passou na primeira fase e precisava estar formada para poder fazer a segunda fase. “A direção do Uni-Anhanguera, os professores, todos se empenharam em antecipar a colação de grau para que eu pudesse fazer a segunda fase do concurso. A dra. Géssica, Procuradora do Estado de Goiás, é grata a muita gente. Pai, mãe, avós, professores, e em especial à direção do Uni-Anhanguera, mas seu sucesso é resultado de muito estudo, disciplina e determinação. O mérito é todo dela!
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ARTIGO
PROFA DENISE NERY GRADUADA EM ADMINISTRAÇÃO - FACULDADE LUZWELL (SP), PÓS-GRADUADA EM GESTÃO EMPRESARIAL - UFRJ, LIFE COACHING PELA SLAC, FEZ MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA PELA PUC/GO
VISÃO DE FUTURO QUE ALTERA O PRESENTE
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oi em junho de 1988, época em que tomei uma decisão que me traria para o lugar onde estou hoje. Após alguns meses de muita reflexão, pesquisa e conversa escolhi a minha graduação: Administração. Um dia tenso, muitos candidatos, muitas inquietações e dúvidas se aquela era a melhor escolha. Busquei na minha história pessoal, e na pouca experiência profissional que tinha naquele momento, um curso que poderia proporcionar uma carreira de sucesso. Fui questionada muitas vezes por querer me tornar uma administradora. Ouvi em vários momentos comentários do tipo: “Esse curso não é coisa para homens?”, “Você vai fazer o quê com esse diploma?”, “Você está indecisa, por isso resolveu fazer administração?”. E com apenas 18 anos e a vontade imensa de mudar o mundo, como a de qualquer jovem nessa idade, iniciei minha viagem pelo mundo da administração, não por estar indecisa ou por não ter outra escolha. Sou Administradora por opção e por que a profissão me proporciona grande número de possibilidade de trabalhos e contato com pessoas. Hoje, quando olho para trás, e vejo todas as oportunidades, conquistas e amizades que a profissão me proporcionaram, digo com convicção: faria tudo novamente. Para nossa profissão crescer e se firmar no mercado, cada vez mais, precisamos nos empenhar para que o administrador seja reconhecido por toda nossa sociedade, como profissional capaz de articular diversas áreas do conhecimento para uma tomada de decisão precisa, formando e conduzindo empresas eficientes e lucrativas. Infelizmente ainda vemos muitas pessoas dizendo que são administradores, sem nunca ter cursado Administração. Talvez você pode estar se perguntando: ela conseguiu mudar o mundo sendo uma Administradora? Eu respondo: Não, mas no exercício da profissão já consegui mudar o mundo de muita gente.
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administração
“APRENDI A DIFERENÇA ENTRE
LÍDER E CHEFE”
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á gosto ver o entusiasmo de Rafael Alves de Souza falando do prazer que tem em estudar e trabalhar. Professores são unânimes em afirmar que ele se destacou desde o primeiro semestre por ser bom aluno e muito responsável. Como muitos dos alunos da Anhanguera, ele começou a trabalhar com 14 anos de idade. Já trabalhou em confecção, posto de gasolina até que conseguiu entrar na CremeMel como auxiliar de almoxarifado, e não nega que seu temperamento agitado lhe rendeu alguns contratempos: “Tenho emoldurada em minha casa, uma punição que recebi por ser flagrado trabalhando sozinho. Cheguei a acu-
mular 600 horas no banco. Eu ainda não estudava, tinha parado no segundo grau, mas sempre gostei de liderar, considerava minha pro-atividade positiva, e nem percebia que atropelava as pessoas, com muito mais tempo de casa que eu.” Foi o curso de Administração que me mostrou que não existia uma única forma de ser líder, mas eu só pude voltar a estudar quando surgiu a oportunidade de ocupar um cargo de liderança e tive aumento de salário. Pesquisei vários cursos e várias instituições e fiz a opção pelo Uni-Anhanguera, mesmo a CremeMel tendo convênio com outra faculdade. Foi estudando que aprendi a lidar com pessoas, consegui reduzir a equipe e torna-
-la mais eficiente. Hoje controlamos um estoque com mais de 10 mil itens.” A metodologia do Rafael parece simples. Ele não trabalha apenas para a área dele, veste a camisa da empresa e está sempre pronto a atender em qualquer setor que seja solicitado. Tirou até carteira de motorista de caminhão. “Hoje tenho uma visão macro e futurística e todos me dizem como eu era antes e depois de voltar a estudar, Deixei de ser chefe para ser líder e ainda levo para minha vida pessoal planejamento e racionalização”, conclui.
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ADMINISTRAÇÃO
COM QUE ROUPA
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EU VOU
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uando o ser humano vem ao mundo chega sem nenhuma veste, mas, ainda no paraíso, procurou folhas de figueira para se cobrir. Vestir-se bem eleva a autoestima, dá segurança para chegar aos lugares e a história da moda se confunde com a própria humanidade. Tanto homens como mulheres tem seus dias de narciso, e para isso, não poupam esmero em exibir uma bela indumentária. Mas é a mulher que leva a fama, independente do gênero, Andressa Albernaz Santos, egressa de Administração do Uni-Anhanguera, resolveu aplicar seus conhecimentos acadêmicos investindo na profissão
dos pais. Achava que seria veterinária, mas no ensino médio mesmo percebeu que tinha medo de sangue e que gostava das atividades dos pais que trabalhavam com moda feminina em uma pequena empresa. Decidir por Administração foi mais rápido que o movimento de um peão no jogo de xadrez. “O curso foi maravilhoso. Eu já tinha uma marca para ser trabalhada. Aplicava na empresa tudo que aprendia. Uma experiência real para aliar teoria e prático”. Como seria de se esperar, chegar na empresa com ideias novas não é tão fácil como parece. “Foi difícil para meus pais entenderem que o mundo muda rapidamente e que as mídias sociais
tem importância significativa no sucesso do negócio. As discussões eram inevitáveis”, conta Andressa. Ela representava a inovação, o risco do novo e do desconhecido. De uma banca na Feira da Lua com confecção própria, foram para o Shopping Cidade Jardim e tiveram o primeiro impacto: públicos diferentes, clientela de atacado e também de varejo pediam mercadorias diferentes. A adaptação foi essencial para a sobrevivência. A partir dali, novos shoppings foram abrindo portas. Andressa é a responsável pela filial do Shopping do Cerrado e está encantada com a oportunidade de confirmar sua competência. A clientela aumenta a cada dia, a vitrine é um espaço que coloco minha criatividade para funcionar procurando atrair mais pessoas com o belo e acessível a qualquer bolso. A parte de compras ainda é feita pela mãe, mas é ela que toma conta da área financeira. “É o coração do negócio, fiz um curso de excelência no Uni-Anhanguera e o resultado só poderia ser mesmo o sucesso”.
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administração
MULHER TEM QUE TER ALGO MAIS, MAS BELEZA É FUNDAMENTAL
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história profissional de Giovana Boeri se confunde com a história de sua vida. Proprietária de um Salão de Beleza moderno e bem administrado, Giovana conta que não conhece outra vida a não ser trabalhar com beleza, cresceu dentro do salão da mãe. Como bem disse, cresceu. O salão também cresceu. Quando começou a estudar administração, percebeu que faziam muita coisa errada, queria dar palpites. Como era de se esperar, teve brigas com a mãe, tentou ser sócia, queria ver o salão – que funcionava – dar mais lucros, mas a tradição e a vanguarda se estranhavam. No segundo ano de faculdade uma das disciplinas pediu que se fizesse um plano de negócios, e foi assim, pensando em montar um salão para ela, que começou a tecer seus sonhos. Pesquisa de local, facilidade de acesso e estacionamento, local onde não tivesse tantos salões próximos, serviços que gostaria de prestar, qualidade nos serviços, possibilidade de ampliação. As lições recebidas da mãe se complementavam com o que estudava. Tinha lições práticas com clareza: não misturar dinheiro pessoal com o do
caixa, manter fluxo contábil, capital de giro. Até que chegou o dia que o sonho se transformou em realidade. Procurou um bairro que estivesse em crescimento e se instalou nas proximidades do Setor Eldorado, atendendo toda a região. Hoje, já formada, continua participando de projetos na faculdade e frequentando as palestras. “Nossa empresa é comprometida com a responsabilidade social, fazemos ações para arrecadar alimentos e brinquedos que serão doados em creches, participamos de ações de apoio à portadoras de câncer, entre outras. A Anhanguera ainda me propiciou conhecer pessoas chaves no meu negócio. A maior fornecedora conheci lá. Enfim, comecei buscando algo para ajudar minha mãe e encontrei muito mais, para minha profissão e para minha vida”. Tem 9 funcionárias, das quais 3 trabalham com horários marcados e oferece todo tipo de serviço “para transformar a mulher em uma diva”. Cabelos, tinturas, unhas, depilação, massagens, dia da noiva, limpeza de pele, sobrancelha fio a fio, enfim, “fazemos tudo para valorizar o que há de melhor em cada mulher para que ela seja realmente bela”. REVISTADIALOGUE | 23
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administração
ESTUDAR
NUNCA É
DEMAIS P
oucos alunos já entram na faculdade sabendo o que querem da vida profissional e chamando a atenção dos professores pela forma como encaram o curso desde o primeiro semestre. Dois calouros de Administração de Empresas chamaram muito a atenção logo nos primeiros dias de aula: Guilherme Santos Araújo e Roberto Teixeira de Oliveira Filho. Os dois são da mesma turma, têm 19 anos, craques em matemática, (os dois foram aprovados em vestibular na UFG) extremamente responsáveis com os estudos. As semelhanças param por aí. Guilherme é muito tímido, Roberto é bem desinibido, brincalhão. Guilherme pensava em ser professor de matemática, mas envolvido com as atividades da empresa do pai, acabou concluindo que o melhor seria ser o dono do próprio negócio. E ele já tinha um para continuar e dar o devido descanso para pai daqui a alguns anos. Entrou para Administração e está se encontrando no curso. “Vi poucos conteúdos até agora, mas tudo que estou aprendendo eu sei que terei como encaixar na vida prática”, explica. A primeira atitude foi trabalhar em outra empresa já com equipamentos digitais para aprender e se matricular em um curso de design gráfico. “Eu quero ir além, desenvolver, dinamizar, ampliar, modernizar”.
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Explicando melhor, a empresa do pai é uma serigrafia. Não é preciso muito para entender que atualmente modernas máquinas computadorizadas fazem esse trabalho a um custo bem mais baixo. Guilherme sabe disso, mas tem uma herança que considera muito valiosa, a clientela acostumada à seriedade de sua empresa. “É uma empresa que ainda não perdeu clientes com a modernização, então, além de estudar e aprender a mexer com as máquinas modernas, quero saber como administrar esse negócio para continuar sendo lucrativo”. Na aula de microeconomia está aprendendo sobre elasticidade, a conhecer métodos para obter o ponto de equilíbrio do mercado e baixar o custo para ter produtos competitivos com a concorrência. “Estou vendo sobre legislação e nesta área as normas técnicas são de suma importância”. Uma coisa é certa, Guilherme tem raciocínio lógico, habilidades matemáticas, e essas qualidades deverão colocá-lo na linha de frente na vida profissional. Roberto arrasou no Enem com nota
900, ficou em 8º lugar na UEG, e passou para vários cursos, Agronomia, Matemática, Estatística, Engenharia Civil e Administração. Escolheu Administração. O pai era professor de matemática e sempre o ajudou nos trabalhos de casa. Faleceu há pouco tempo, foi quando Roberto começou a pensar em conciliar estudo e temperamento. Primeiro, ele sempre se enxergou como um grande empreendedor, é extrovertido, se acha criativo, “gosta de falar em público, participa das aulas com entusiasmo” ( fala da professora), gosta de trabalhar em equipe, e sua postura é diferenciada quando o assunto é aprendizagem. A morte do pai pode ter tido alguma influência na escolha de Roberto, porque entendeu que precisava trabalhar para dar continuidade ao que começou, mas não gerou dúvidas quan-
to aos seus objetivos. Então o primeiro passo seria crescer na empresa em que trabalha e lapidar o perfil de líder, na universidade e no trabalho. Seus predicados são tão óbvios que quando foi fazer o teste de seleção para trabalhar já foi encaminhado para a área comercial e lá começou a conversar com os gestores e, espelhando nos grandes líderes da empresa, constatou que o curso de Administração apresentava um leque muito grande de oportunidades. “Sei que ainda é muito cedo para afirmar qualquer coisa, mas tenho uma identificação muito grande com tudo que comecei aprender e estudar nunca é demais. Foi isso que meu pai me ensinou”. Guilherme e Roberto são dois jovens que encantam os professores e tem tudo para brilharem depois de formados.
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E O PALHAÇO O QUE É?
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professor, palestrante, administrador e músico. Isso mesmo. Robert Trajano se realiza vestindo de palhaço para alegrar pessoas desconhecidas e, muitas vezes, esquecidas nos hospitais e asilos. Egresso do curso de Administração ele, não obstante a diversidade de atuação, usa tudo que aprendeu no curso para desempenhar suas atividades. Pela manhã é professor de Liderança e Negociação no curso de Administração do Cesam – menores aprendizes do Ateneu Dom Bosco. À tarde é sócio em uma empresa de telecomunicação, onde atende as grandes contas, e à noite é professor convidado do curso de Medicina da UFG, em que leciona a disciplina Pronto Sorriso – nascida de
suas palestras. E nos fins de semana é voluntário no Grupo Alegria que atua em creches, asilos e hospitais. Tudo começou quando ganhou um violão e aprendeu a tocar pela internet a música Fácil, do Jota Quest “Simples, a música toda dava para tocar só com a nota dó. Logo uma amiga me convidou para tocar em uma festinha, cheguei pomposo, toquei minha música única, e daí me pediram mais. Foi quando percebi que só servia para alguns amigos se tivesse um talento. E essa constatação foi muito dolorida”. Surgiu uma nova oportunidade com outra amiga que já fazia serviço voluntário, e para isso bastava que eu levasse o violão, era uma visita a hospital então ele poderia tocar a mesma música em cada
quarto. “No último quarto eram crianças e a minha amiga pediu para eu fazer um dó e começou a cantar Sai Piaba. Então eu já sabia tocar duas músicas. O mais importante de tudo isso foi que entendi que se tenho vontade de fazer alguma coisa e tenho atitude, milagres acontecem em minha vida todo dia”. Sempre entusiasmado com o que faz, Robert conta que “o curso me despertou para liderança e o Grupo alegria que começou com quatro amigos, hoje tem mais de 500 integrantes. O trabalho voluntário me tornou mais humano e hoje dou aulas para futuros médicos entenderem a importância da humanização, e os talentos foram aparecendo, até com a música. Toco sete instrumentos”.
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UM HISTÓRIA
INSPIRADORA A
vida não é sempre um lago azul e sereno e as histórias de sucesso mostram que as dificuldades lapidam o espírito e dão força e coragem. A professora Jô Moraes se emociona quando conta como foi sua trajetória profissional e a empatia é inevitável. Perdeu o pai aos oito anos “e tudo que me lembro de minha vida é trabalho”. A professora Jô é aluna egressa e professora do Uni-Anhanguera: Fiz minha graduação aqui. Casei-me com um colega de faculdade. O Uni-Anhanguera é minha identidade. Minha vida pessoal se confunde com a Anhanguera em muitas fases”. A professora Jô trabalhou por 33 anos na Brasil Telecon, hoje Vivo, e aproveitou todas as oportunidades que a empresa lhe ofereceu. Fez vários cursos e houve momentos em que deu instruções ao próprio diretor, que era seu superior. E assim como aproveitou, também abriu oportunidades para outras pessoas. Quando assumiu o call center observou que os operadores, em sua maioria, só tinham o segundo grau e abriam mão do ensino superior para poderem atender a educação dos filhos. Isso os impedia de assumir posições estratégicas. Foi aí que ela fez uma parceria
com o Uni-Anhanguera para que eles fizessem o curso sequencial com preços compatíveis aos seus salários. O projeto fez tanto sucesso que mereceu até publicação na revista francesa Teleperformance.
A professora não ficou apenas em uma área, fez vários cursos que a qualificaram ao longo do tempo, Engenharia Econômica na USP, Gestão em Qualidade Total na UFMG, Formação Geral em Marketing pela FGV, Telefonia Celular pela UFRG, e muitos outros. Ocupou postos importantes. Gerenciou 4 mil pessoas no Call Center, foi Diretora Nacional de Responsabilidade Social e Instrutora Nacional de Gestão da Qualidade o que lhe rendeu várias premiações. E todas essas escolhas foram por mérito, havia banca avaliadora. Toda sua trajetória abriu as portas para ser professora no Uni-Anhanguera. “Aposentei na Brasil Telecon, tenho um agência lotérica, mas me realizo como professora. É a oportunidade perfeita para não reter em mim apenas o conhecimento adquirido”. REVISTADIALOGUE | 27
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coral
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á tentou cantar em um coral? Cantar já é um talento, um dom, cantar com outras vozes exige muito mais. Disciplina, concentração e, claro, muito ritmo. Mas só quem tem dom que pode cantar? A professora Loertina Santana, que ensaia o Coral do Uni-Anhanguera diz que não. “Toda pessoa que consegue se perceber, se ouvir, pode aprender. É bem verdade que a pessoa tem ou não tem ritmo, mas ainda assim, cantando em conjunto, é capaz de aprender. Manter o Coral em uma universidade não é fácil. Os alunos fazem as aulas, em sua maioria, por causa das horas complementares exigidas na grade curricular. Conseguindo o número de horas, normalmente abandonam o grupo no final do semestre. “Por isso, todo semestre o coral tem novatos, mesmo assim temos con-
CANTAR
UM DOM QUE PODE SER APERFEIÇOADO seguido ensaiar um repertório mesclado com gêneros que vai do sacro, passa pelo clássico, folclórico e MPB ao sertanejo clássico. Se os alunos ficassem por mais de um semestre poderíamos avançar nas aulas de canto”, diz a professora Loertina, que integrou o grupo Harmoniza. Os ensaios acontecem uma vez
por semana. Os alunos não chegam a aprender as notas, mas leem as partituras como gráfico, de forma que compreendem os compassos, quando as notas sobem ou descem na escala. Ao final de cada semestre o Coral se apresenta nos eventos festivos do Uni-Anhanguera. A professora Ana Cândida, que participa do Coral desde a sua criação dá a sugestão de criar um madrigal, assim o coral teria um grupo fixo para todas as apresentações e formaria novos componentes a cada semestre. Interessados em participar do Coral devem procurar a profa. Denise Nery, coordenadora do projeto Arte e Cultura e ficar atento à abertura das inscrições no site do Uni-Anhanguera, no início de cada semestre. Feita a inscrição, o candidato passa por um teste de sonoridade e está pronto para soltar a voz nos ensaios e apresentações do Coral.
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gestão em segurança pública
A GUARDA DA
CIDADANIA
V
aldimir Souza Passos é aluno egresso do curso de Gestão em Segurança Pública, pertence à Guarda Civil Metropolitana e atribui aos conhecimentos adquiridos no curso o fato de ter galgado até o posto de subcomandante da corporação. Atualmente também presta consultorias a empresas e órgãos públicos e tem se revelado como palestrante em vários municípios do Estado. Para Valdimir o curso foi extremamente importante para que ele visse o mundo sob uma ótica diferente e com significativos reflexos em sua atuação profissional. “O curso vai muito além do conhecimento acadêmico, ele facilita o contato com as pessoas e prepara para as questões práticas, de forma grandiosa”. Foi, segundo ele, a partir de sua formação superior em Gestão de Segurança Pública que pode construir um trabalho eficaz junto à guarda municipal, integrado à comunidade. Hoje olha as conquistas e percebe que se tem uma guarda promissora, humana e reconhecida socialmente, servindo, inclusive, de modelo para outros municípios. Embora a Constituição Federal e a Lei 13022 propiciem clareza em relação à ampla atuação da Guarda, em Goiânia, o trabalho ainda é limitado, mas Valdimir deixa claro que uma guarda bem treinada pode desempenhar com eficiência trabalhos nas áreas de defesa civil, meio ambiente, trânsito e proteção de pessoas, principalmente por não ser polícia. “A faculdade dá a formação acadêmica, que permite organizar problemas
sociais, ter visão ampla da sociedade, enquanto o treinamento operacional, realizado em 80 horas, trabalha outros aspectos como a abordagem”. Em síntese, a Guarda Civil Metropolitana de Goiânia está apta a desenvolver ações de segurança e proteção dos bens, serviços e instalações públicas municipais, mas também atua no sentido de prevenir a ocorrência de atos que resultem em danos ao patrimônio ou outros ilícitos. Um trabalho que vem sendo reconhecido pela sociedade é a ronda ostensiva em logradouros públicos.
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emfoco Prof. Waldenyr Martins de Sousa
EM MOVIMENTO
Descontração na recepção ao Senador Wilder Morais, na Reitoria do Uni-ANHANGUERA. O senador cumprimentou acadêmicos de direito e autografou sua mais recente publicação na área
O casal Vice-Reitor Prof Luiz Felipe/Professora Laura M. Cândido de Oliveira em foto divertida, prestigiando noite de coquetel da Pós-Graduação Uni-ANHANGUERA
A professora Bel Maia (que mostra também sua excelência como cantora de MPB), comandou um show à parte dos acadêmicos de agronomia com as aulas vivas promovidas no hall do Campus Universitário.
• Coisas que só podem ser presenciadas no UniANHANGUERA: nosso projeto “Toque sua música”, no hall principal da Instituição sempre nos revela agradáveis supresas protagonizadas pelos acadêmicos. Uma noite somos surpreendidos com a excelente música em piano e violino (Jonatas Peres da Arquitetura e Urbanismo e Lucas Alves da Engenharia Civil). Em noite seguinte, um show com o Phantomofthe Opera a quatro mãos, ao piano. Inigualável! • Nosso egresso direito, Lucas Gama, participou da “Brazil Conference” realizada por estudantes de Harvard e MIT, em Cambridge (EUA). Membros da Família Anhanguerina, além-fronteiras • Profa. Lívia Carrer, com o apoio da coordenadora Denise Nery,promoveu para os acadêmicos de Logística Empresarial (do curso de Administração), visita ao porto seco de Anápolis • Sucesso absoluto o festival gastronômico de Terezópolis – GO, o Terê Oxente – evento com apoio cultural do Uni-ANHANGUERA
Clic em “momento estrela”de Missirley Araújo que, no dia a dia, comanda a equipe administrativa da User Park no Campus Uni-ANHANGUERA
Prof. Pedro Abreu comemorou mais um fato inédito: a Cia de Teatro Uni-ANHANGUERA, à qual dirige, atendeu convite para a primeira apresentação externa da trupe (Auto de Páscoa em shopping da cidade). Na foto, acompanhado da Profa. Zilma Rodrigues, também participante do Projeto Arte e Cultura da Instituição (dança de salão e yoga). E assim, nossos projetos culturais vão criando asas!!!
• Vale lembrar que o coral da instituição está sempre aberto a acadêmicos, colaboradores e membros da comunidade. A direção é da Maestrina Loertina Santana. Ensaios todas às quartas.
DESTAQUE DO MÊS A nota-destaque da coluna para o mês de abril/2017, vai para a equipe de professores de Ciências Contábeis. Na série de homenagens prestadas aos grandes profissionais da área contábil na Assembléia Legislativa de Goiás e na Câmara Municipal de Goiânia, sempre estava um grupo de professores que orgulhosamente representavam nossa Instituição. Nossos melhores cumprimentos a toda a equipe do curso, representava pelos homenageados oficiais do mês (Prof. Valdir Mendonça, Prof. Weberth Fernandes, Prof. Rangel Francisco Pinto, Prof. Jovaci Pedro de Sousa, Prof. Marcelo Rodrigues Albino e Prof. Marcos Paulo Gonçalves da Silveira). Ainda em abril, uma equipe de professores e acadêmicos do curso, sob a coordenação do Prof. Weberth Fernandes, prestou atendimento público no Shopping Cidade Jardim. Totalmente compreensível o motivo de o nosso curso de Contábeis estar entre os melhores do estado!
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BIBLIOTECA
Prof. Cláudio Bosco Prof. Especialista do Curso de Publicidade e Propaganda, responsável pelos Estúdios de Fotografia Rádio e TV e colaborador e pesquisador da Biblioteca do Uni-Anhanguera
FOTO: CLÁUDIO BOSCO
EL GRAND ATENEU SPLENDID, UM ESPAÇO QUE SEGUE NA CONTRA MÃO DA ERA DIGITAL
S
ituado no coração de Buenos Aires, existe um antigo teatro inaugurado em 1919. No seu palco aconteceram vários espetáculos de Ópera e Tango, se apresentaram vários artistas, entre eles Carlos Gardel. Depois, na década de 1920, foi transformado em cinema e apresentou aos argentinos em 1929, os primeiros filmes sonoros. Já no ano 2000 foi arrendado por um grande grupo que o transformou, e o The Guardian – um importante jornal britânico – classificou o El Ateneo Grand Splendid como a segunda livraria mais bonita do mundo. No momento em que existe uma discussão e várias teorias sobre futuro do
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livro impresso, a El Ateneo Grand Splendid, segue na contra mão. Suas prateleiras contam com cerca de 120 mil livros e 1 milhão de pessoas passam por suas estantes a cada ano. Além disso, no antigo palco existe um convidativo café, onde, além de poder se observar melhor toda a beleza da livraria, pode-se explorar os livros antes de comprá-los. Se for visitar Buenos Aires arrume um tempinho para conhecer esse templo do livro impresso criado por nossos “hermanos”. E afinal, o que te chama mais a atenção? Uma bela capa, o folhear de um livro impresso ou um e-book, livro digital? Até a próxima e não deixe visitar a biblioteca do Uni-Anhanguera.
A Livraria Ateneo Grand Splendid, situada no nº 1860 da Avenida Santa Fé, em Buenos Aires, foi aberto como um teatro em maio de 1919
SERVIÇO BIBLIOTECÁRIA RESPONSÁVEL: Lilia Pereira da Silva ACERVO: 41.823 títulos EXEMPLARES: 81.041 PERIÓDICOS: 131 títulos ESTUDO INDIVIDUAL: 24 lugares (1º andar) 42 lugares (2º andar) ESTUDO EM GRUPO: 6 salas TERMINAIS DE PESQUISA: Sala com 17 computadores TERMINAIS DE ACESSO AO ACERVO: 5 computadores LOCAL: A biblioteca do Uni-ANHANGUERA está localizada no bloco B (1º e 2º andar) HORÁRIO DE ATENDIMENTO: 7:30 as 21:50 (segunda a sexta) 7:30 às 11:30 (sábados) O ALUNO MATRICULADO NA UNIANHANGUERA PODE RETIRAR POR EMPRÉSTIMO TRÊS LIVROS POR ATÉ SETE DIAS, PODENDO RENOVÁ-LOS OU FAZER A RESERVA DE ALGUM TÍTULO PELA PORTAL. REVISTADIALOGUE | 3 1
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