1 minute read

A vida nas ruas da cidade grande

Ao andar pelos bairros de Porto Alegre encontramos facilmente casos de vulnerabilidade social

Asociedade humana é formada pela pluralidade de etnias, raças, culturas, opiniões, e, principalmente, classes sociais. Cada pessoa comporta-se perante objetividades e subjetividades ao longo de sua vivência. Mas há de se atentar em um termo: desigualdade social. E é nesse sentido que a Fundação Fé e Alegria trabalha para atender crianças, adolescentes, jovens e adultos em situação de vulnerabilidade social. Tudo isso nas mais diversas áreas como trabalho infantil, fortalecimento de estrutura familiar, pessoas em situação de rua, entre outros.

Advertisement

Entretanto, para trabalhar na área, requer pleno conhecimento e estratégias para o bom andamento do processo. A assistente social Susana da Silva Santos Mendes, de 43 anos, conta que a abordagem social é uma das principais funções da equipe. “Antes de sairmos para a observação, é feito todo um mapeamento da microárea que será visitada. Normalmente caminhamos em duplas ou trios para o melhor diálogo, orientação e integração com a pessoa abordada”, esclarece Susana.

Integrante da equipe há 3 anos, ela é responsável pelo monitoramento da região central de Porto Alegre. “No coração da cidade, é extremamente mais complicado trabalhar do que nos bairros e localidades interioranas. Tudo torna-se imprevisível, você encontra uma diversidade de casos e as pessoas são das mais diversas regiões. O processo é difícil pois você fica em dúvida em quais iniciativas usar. Por exemplo, é mais fácil abordar um morador de rua, da Restinga, envolvido no tráfico, do que muitas vezes a criança menor de idade que está vendendo algo na rua”, explica a assistente social.

Na região metropolitana de Porto Alegre, há mais serviços nesse viés social que o Fé e Alegria está inserido. Para tanto, é necessária uma parceria entre as Fundações pois o respeito do limite territorial facilita o trabalho. Cada entidade ajuda a outra. Até porque vários casos já são monitorados por outros

O serviço, além de Porto Alegre, está presente em outros 14 estados brasileiros, onde beneficia mais de 8 mil assistidos grupos. Já nos fins de semana, as funções ficam sob cargo do Plantão Cidade (disque 156).

Para o educador social da Fundação Fé e Alegria Wagner Mello, situações envolvendo o trabalho infantil normalmente são as mais complicadas de realizar o acompanhamento. “A sociedade tem uma visão estereotipada do assunto. Normalmente falam: melhor ter meu filho menor de idade trabalhando, do que correndo pela rua. Mas não é bem assim. Há limites. Dessa forma, a Fundação Fé e Alegria trabalha também com a conscientização e o diálogo com a comunidade sobre o tema”, afirma Mello.

A Realidade De Uma Abordagem

Conseguimos acompanhar uma abordagem: criança vendendo torrone. A mãe estava ao lado com mais uma filha. Eram da Restinga e já estavam sendo monitorados por outra equipe. Provavelmente passando por insegurança alimentar. n

This article is from: