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Ensaios fotográficos

Por trás da lente

Como fotojornalista do Enfoque e cursando a disciplina de Projeto Experimental em Jornalismo, estive na ocupação Steigleder, umas das diversas comunidades de São Leopoldo. No local, produzi fotografias para diversas pautas, além de cobrir os bastidores da atividade para registro do curso de Jornalismo da Unisinos. É uma oportunidade de retomar o contato com a prática jornalística pé no chão, ir a campo, falar com as pessoas, ir até comunidades, a princípio carentes, e perceber como é a realidade delas, que políticas públicas lhes são acessíveis de fato, o que ainda falta para que sejam realmente vistos como cidadãos pertencentes à comunidade e com direitos a serem garantidos socialmente.

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Algo que merece destaque é que os moradores das ocupações querem falar e ver sua história sendo contada. Na Steigleder, nos deparamos com a organização Rede Solidária São Léo, da qual a Unisinos é integrante, iniciativa criada com lideranças e ativistas das comunidades para auxiliar as pessoas em situação de vulnerabilidade social. Também presenciamos a reunião do Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM), que está permanentemente agindo junto ao poder público como força garantidora de um dos direitos mais básicos do cidadão: o direito a ter um teto sobre a cabeça, um lugar para viver e para onde voltar. Fomos muito bem recebidos. n

Fotojornalista de um grande sonho

Amaneira como a comunidade se organiza é de encher os olhos. A vontade de atender cada um em sua necessidade, assim como, procurar melhorias para o coletivo e a alegria no olhar de cada voluntário e de cada liderança foi perceptível em todas as oportunidades que tive de estar no solo da Ocupação Steigleder.

Como fotojornalista do Enfoque e cursando a disciplina de Projeto Experimental em Jornalismo, posso dizer que é um prazer estar presente para vivenciar momentos de conquistas, reuniões, lutas, práticas de solidariedade na ocupação. Com a objetiva, a máquina fotográfica, foi possível fazer os registros que servirão como material de apoio para contar a história desse movimento tão importante para as gerações futuras.

Somos sempre muito bem recebidos e acolhidos pela comunidade. Isto nos traz a sensação de pertencer a algo maior, algo que impacta e faz a diferença na vida de centenas de pessoas. Sabemos que ainda há muito a ser feito e alcançado. Todavia, acompanhar o progresso e a garantia de direitos básicos como o da moradia, alimentação, educação, saneamento, entre outros, que já estão em marcha, mantém a chama da esperança acesa. “Acreditar, reunir, planejar, organizar e executar, tem feito toda a diferença!” n

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