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Como a Geração Z se percebe O que motiva (ou não) a Geração Z

O estudo apresentou múltiplas opções sobre como estes meninos e meninas se percebem. Algumas das características pontuadas pelo professor Gustavo: a maioria não se acha conservador - só 17,7% disseram que esta característica os descrevia fortemente. Já 38% consideram-se competitivos. Entre as principais respostas, 73,4% têm a mente mais aberta para várias coisas. 67% se consideram pessoas determinadas.

“Mais importante nestes dados é percebermos que existem questões que remetem a um jovem que se percebe mais aberto e menos conservador do que tínhamos na geração anterior. Este nativo da Geração Z também busca mais experiências distintas através da diversidade.”

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As pesquisadoras norte-americanas Seemiller e Grace complementam, mostrando correspondência entre as principais respostas no Brasil e EUA. “Analisamos as seis características principais indicadas pelos participantes dos nossos estudos e vimos que quatro delas eram as mesmas. A mais respondida é a mesma em ambos. Tivemos ‘mente aberta’ aparecendo em ambas, assim como ‘determinado’, ‘responsável’ e ‘leal’. Há muita semelhança, embora as culturas e suas experiências possam ser diferentes”, destaca Corey Seemiller.

Os pesquisadores buscaram mapear o que, efetivamente, motiva esses jovens - especialmente em momentos de aprendizagem. “O primeiro elemento que aparece no Brasil é ‘ver os frutos do meu trabalho’, sentir aquela sensação de dever cumprido, conseguir fazer algo que deu resultado. Depois temos outro elemento interessante, e que aparece ainda mais entre os homens, que é ‘deixar um legado’”, conforme revela Gustavo Borba.

Muito importante para essa geração é o “fazer algo em que efetivamente acredito” como continua o professor em sua explanação.

“Quando estão fazendo algo no que acreditam, especialmente se houver ligação com a questão social, há maior impacto. Boa parte deles, 75%, responderam que isto os motiva fortemente. Depois, ‘construir uma experiência’ e ‘fazer a diferença’, respectivamente.”

“Às vezes ficamos preocupados, pensando ‘quem é o aluno que está em nossa sala de aula?’, imaginando-o ligado o tempo inteiro na internet, não prestando atenção na aula. Na realidade, este aluno está o tempo todo pensando coisas interessantes, que tenham impacto social, buscando na internet o que lhe faz sentido.”

Por sua vez, os três elementos que menos motivam os jovens, segundo a pesquisa brasileira, são: “ser aceito pelos outros” (45%), “fazer algo para receber uma retribuição” (36,3%) e “competição” (30,7%). O último ponto é especialmente relevante pois os professores, muitas vezes, realizam atividades baseadas na competição.

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