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Método de aprendizagem
O método de aprendizagem mais fácil, na opinião da Geração Z, também foi tema da pesquisa. “O método linguístico ficou em primeiro lugar, bastante acima dos outros. 53,9% das pessoas disseram que é muito efetivo. É um dado relevante”, salienta o professor Gustavo.
A professora Paula Campagnolo teve maior envolvimento na parte estatística da pesquisa, onde ficou evidenciada forte correlação entre método de aprendizagem linguístico mais identificado junto às mulheres e lógico espacial aos homens. Este recorte inicial ainda não foi aprofundado.
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Ao enfatizar os dados dos EUA, Meghan Grace mostra que aprender em um ambiente individual é o método preferido dos norte-americanos. “Achamos que trabalho em grupo é fantástico, quando na realidade isso coloca o estudante em uma situação desconfortável. Não digo que deveríamos descartar o trabalho em grupo, mas nós podemos notar que a ideia de trabalhar e aprender de forma conjunta é bem baixa. Ainda vemos aprendizagem cinestésica, ou seja, aprender realizando atividades está em alta, assim como lições assistíveis e resoluções de problemas.”
A doutora Corey Seemiller também compa- ra os dois contextos estudados. “No Brasil, o aprendizado parece ser linguístico, ou seja, ouvindo palestras, aprendendo por ouvir, ler ou usar palavras. Isso não é algo que apareceu em alta entre os estudantes dos EUA. Acredito que ficaram cansados da forma típica de palestra e prefiram algo diferente. No caso, eles preferem a lógica do ensino baseado na solução de problemas. Fazemos muito isso nos Estados Unidos.”
“‘Aprender fazendo’ é algo que praticamos há muitos anos. É algo bem-sucedido em várias faixas etárias, então não é muito surpreendente. Porém, a mudança para a aprendizagem intrapessoal provavelmente vem da habilidade de direcionar seu aprendizado conseguindo informação pela internet - o que antes não era possível. Você precisava interagir com outras pessoas para ter informação, a não ser que conseguisse por um livro.”
Brasil e EUA compartilham o método de ensino menos efetivo na visão da Geração Z: a forma naturalista - aprender ao ar livre, basicamente. “Eles não querem sentar embaixo de uma árvore e aprender, isso parece estar bem consistente nas duas pesquisas”, sintetizou Seemiller.