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Como e Geração Z se comunica

Uma das questões mais interessantes da pesquisa, segundo Gustavo Borba, é como a Geração Z efetivamente se comunica. A principal, com 83% das escolhas, é a forma presencial. “A ideia de que estes meninos e meninas estão escondidos atrás do telefone, falando com os outros somente por via digital - um meio importante, é claro, principalmente quando observamos os aplicativos de mensagens instantâneas, muito utilizados - é sobreposta pela importância dada por eles ao contato cara a cara.”

Alguns destaques sobre o uso de redes sociais:

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● o principal uso do Facebook por jovens brasileiros é compartilhamento de informações pessoais em detrimento a buscar conhecimento ou engajar-se individualmente com outras pessoas, por exemplo;

● no Twitter, a divulgação de informações pessoais reaparece, mas também o compartilhamento de expertise e opiniões;

● assim como nas redes anteriores, compartilhar informações pessoais aparece em primeiro lugar quando a rede utilizada pela Geração Z é o Instagram.

Quando chega-se a outros espaços, como Pinboard ou Youtube, a obtenção de conheci- mento é a busca destes jovens. Gerações anteriores buscam isto indo até uma biblioteca, comparou Borba.

Complementando com as impressões norte-americanas, Meghan Grace explicou que o uso de email é baixo. “Eles só utilizam para ter contas nas mídias sociais, e dizem que nunca o checam. Entre aqueles que estão na faculdade ou no trabalho, o uso cresce, mas eles afirmaram só mandam emails para seus chefes. Ligações também foram substituídas pelo Facetime, video chat ou Skype.”

“Quando comparamos os dados, é impressionante que a comunicação presencial seja preferida pelos estudantes. É interessante pois muitas pessoas não imaginam que uma geração que está sempre com o telefone está buscando, na verdade a conexão pessoal”, deduz a doutora Corey Seemiller.

Corey Seemiller contrapõe as respostas dos dois países estudados. “No Brasil, vê-se muito mais ‘compartilhar informações pessoais’. Nos EUA, temos muito ‘manter-se informados sobre os outros’. Há semelhanças no ganho de conhecimento: ambos vão a lugares que nem conhecemos, como blogs, Youtube, murais virtuais, fóruns online, buscando informações com pessoas reais. Voltamos à ideia de que os círculos próximos são influentes.”

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