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Engajamento Social Formas de aprendizado

Os pesquisadores também compararam dados sobre questões sociais que afetam ambos os grupos. “Seguimos vendo essa ideia de ‘fazer a diferença’ aparecer com frequência na pesquisa. É o que essa geração quer fazer, é dessa forma que eles estão fazendo isso.”

Tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil, os maiores índices de envolvimento estão na compreensão dessas questões. Já os menores índices foram de voluntariado. Sobre mudança de comportamento, descobriu-se que os dois problemas com maior tendência em provocá-la também repetiram: meio ambiente e alimentação saudável. As áreas de maior interesse para mudar leis ou angariar apoio para forçar mudanças em Brasil e Estados Unidos são questões de educação e direitos LGBTQ+.

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“Descobrimos que ‘entender’ a questão era a forma mais frequente de engajamento dos estudantes, e voluntariado era a forma menos frequente. O entendimento da questão, no Brasil, é bem maior do que nos EUA. Por outro lado, os estudantes norte-americanos, embora tenham índices de voluntariado baixos, têm percentuais maiores do que os registrados no Brasil”, resume Corey Seemiller. A menor atuação dos jovens brasileiros é realçada por Borba. “Poucos jovens brasileiros afirmaram ser engajados efetivamente em alguma causa. Conhecem muito, mas, na prática, executam pouco.”

O estudo dos professores da Unisinos também buscou mapear os estilos de aprendizagem destacados pela Geração Z. “Tentamos enxergar que estilos fazem mais sentido para estes meninos e meninas a partir das relações desenvolvidas nas universidades e nos grupos em sua forma de aprender”, apontou o professor Gustavo Borba. “A maioria dos jovens, 75,5%, se identificou mais com um formato de construção do processo de aprendizado baseado em interpretar dados e organizá-los para chegar a uma conclusão lógica.”

Em segundo vem a aprendizagem com “mão na massa”. “Percebemos a necessidade de construir este tipo de oportunidade cada vez mais. Culturalmente, não temos este formato tão presente nas atividades universitárias, sendo um ponto-chave para pensarmos”, exemplificou Borba. Essa modalidade foi apontada em praticamente 60% das respostas. Depois, vem o uso da aprendizagem para encontrar soluções a problemas práticos. Em último lugar, é apontado um processo de aprendizagem mais abstrato.

Nos estudos nos EUA, a ordem dos resultados é idênticos, com pequena variação. “Temos a mesma ordem, mas as porcentagens são muito mais altas para os estudantes norte-americanos, o que significa que eles preferem variados estilos. No Brasil, pode ser que os estudantes prefiram um estilo em particular do que outro. É interessante olhar para o fato de a imaginação estar em baixa. Há coisas emergindo no mundo, onde esses estudantes precisarão lidar com a criatividade e eles realmente preferem não fazê-lo.”

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