Jornada 1

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jornada revista

SÃO LEOPOLDO (RS) DEZEMBRO DE 2020 EDIÇÃO 1

90 anos dedicados à vida O HOSPITAL MONTENEGRO CHEGA A 2020 COMO REFERÊNCIA DE ATENDIMENTO A 14 MUNICÍPIOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE. UMA CONQUISTA QUE SÓ FOI POSSÍVEL GRAÇAS À UMA EQUIPE DE COLABORADORES HUMANIZADA


Relações Públicas Curso presencial e EAD

@rpunisinos /rp.unisinos

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editorial

Esperança e vitória

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vida começa como um sopro, HM ao longo dos anos. Os textos foram criar a Ordem Auxiliadora das Senhoras uma inspiração mais forte e produzidos com muito orgulho e honra, Evangélicas e fundaram o hospital. intensa, um momento ago- pois tínhamos como missão descrever a E, quase um século depois, obserniado de surpresa e plenitude. vida de uma entidade que desde o início var que não apenas as instalações físicas E, ao longo dos anos, vamos foi pautada por braços fortes, de mulhe- mudaram, mas as transformações proalternando entre longos suspiros, arfadas res guerreiras, que em 1911 resolveram fundas aconteceram na alma da cidade e uma tenra respiração de Montenegro, onde o ARQUIVO HOSPITAL MONTENEGRO tranquila. Inspirado hospital fez história, bem nesta visão de nascicomo naqueles que por Grupo de Humanização: mento e continuidade seus corredores transifuncionários deixam mais da vida, a edição cometaram e deixaram suas acolhedor o atendimento morativa desta revista memórias, tantas históprestado pelo hospital surge para celebrar os rias de superação e dor, 90 anos de história do misturadas com lágrimas Hospital Montenegro e sorrisos de pacientes, 100% SUS (HM) que, ao médicos e toda a equipe longo de sua jornada, de colaboradores. colecionou momentos Para celebrar todas de esperança e vitória, essas jornadas, conviem benefício da saúdamos você para comede de todas as comumorar junto conosco nidades atendidas. anos de lutas e conquisPara contar a histas, e ler as histórias de tória desse hospital, vida que impregnam os alunos de Escrita estas páginas. Criativa do curso de Relações Públicas da Alunos de Escrita Unisinos desenvolCriativa do curso de veram matérias que Relações Públicas narram a trajetória do da Unisinos

sumário 4. .16

Há 90 anos cuidando de vidas

Anjos invisíveis

100% SUS, 100% comunidade

Apoiando o HM, você pode salvar vidas

6. .18 8. .20

Os remos que movem o Hospital Montenegro ao longo de sua jornada

10.

Empatia pelo desconhecido

12.

Um hospital humanizado

Salvando a vida dos vizinhos

.22

Nove décadas de excelência em saúde

.24

Um ano intenso

14.

Cada canto tem história r evistajornad a

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agradecimento

Há 90 anos cuidando de vidas POR l

Andressa Luiza de Almeida Meinen IMAGENS l

HOSPITAL: ACERVO DE JB CARDOSO - BLOG HISTÓRIAS DO VALE DO CAÍ (RENATO KLEIN) OASE: ACERVO DE ROMÉLIO OLIVEIRA - BLOG HISTÓRIAS DO VALE DO CAÍ (RENATO KLEIN)

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ano era 1930, a densidade populacional crescia e consequentemente a demanda por serviços médicos e ambulatoriais também aumentavam. Os atendimentos eram realizados em pequenas salas e internações encaminhadas para Porto Alegre. Era latente a necessidade de um hospital regional no Vale do caí. O sonho de um Hospital para a região foi possível graças a iniciativa da Ordem Auxiliadora de Senhoras Evangélicas (OASE), que tinha como líder a montenegrina Gruilhermina Jahn, com 66 anos na época. Era esposa do industrial Gustavo Jahn, fudador da Cervejaria Jahn, e mãe do então prefeito de Montenegro Carlos Gustavo Jahn, que governou o município entre os anos de 1930 e 1940. Guilhermina, assim como todas as outras Senhoras da OASE, estavam dispostas a fazer o bem, através da caridade e ações sociais para ajudar o próximo. A líder teve como primeira tarefa conversar com o filho, que cedeu um terreno da prefeitura para instalação da primeira sede do Hospital Montenegro. Com muito esforço, por meio de intensas atividades, promoções, campanhas de doações e trabalho contínuo, a proposta foi levada adiante. Então, em 22 de fevereiro de 1931, foi inaugurado o Hospital Montenegro, que não só contou com muito apoio da comunidade evangélica luterana, recebendo importantes contribuições, mas também teve auxílio do Doutor alemão Hans Varelmann, cofundador do hospital que ali clinicou até a sua morte. Atualmente, completando 90 anos de atividades, o hospital é o maior da região. Prestou atendimento para centenas de milhares

de pessoas, acolhendo-as e ajudando-as a enfrentar doenças e socorrendo-as quando vítimas de ferimentos e acidente. Foram anos de muitas alegrias, mas também marcadas por momentos difíceis. O mais difícil deles foi durante os anos de 2000 e 2001. A administração da época optou pela terceirização, gerando dívidas e provocando empréstimos que quase conceberam o fim da instituição. A copeira Mara Elizabet Ludwig, de 60 anos, trabalha a quase 26 no hospital e lembra do episódio com clareza “o Hospital Montenegro quase fechou as portas. Muitas vezes foi servido sopa de leite a todos, não tínhamos salário e vivíamos de doações. Como sempre, as senhoras da OASE fizeram campanhas para arrecadar fundos”. Ainda existirão dificuldades pela frente. A casa de saúde é referência para pacientes dos 14 municípios da região do Vale do Caí “Como muitas pessoas não tem plano de saúde, é de grande importância um hospital que atende a população em geral”, garante Mara. Apesar das graves crises administrativas, em 2012 uma nova gestão proporcionou mudanças significativas para o Hospital. Segundo a colaboradora, o diretor executivo Carlos Batista da Silveira, fez grande diferença na administração e na busca de um novo ideal, sendo assim, conseguindo reerguer e correr atrás de melhorias. O Hospital Montenegro está em fase de progresso. Com emendas parlamentares garantidas, os planos e projetos são a construção de um centro obstétrico e parto natural, reforma da cozinha, vestiários e parte da internação, que não foi iniciada por conta da pandemia decorrente do novo coronavírus em 2020.

Fachada do Hospital Montenegro em seu início. Ao lado, Ordem Auxiliadora de Senhoras Evangélicas (OASE)

Conforme o gestor Carlos Batista, desde 2017 estão trabalhando para serem credenciados a se tornar um hospital de alta complexidade, entrando com traumatologia e neurologia em suas habilidades e competências. Há 8 anos o HM aderiu a portaria 929/12 - 100% SUS (Sistema Único de Saúde) e vem, desde 2019, solicitando ao governo do Estado um reajuste financeiro “Nós somos um hospital 100% SUS que só recebe recursos públicos, e o governo estadual vem reduzindo a participação no contrato. Estamos defasados e já causa problemas. Estamos fazendo uma avaliação, pois, não sabemos se o hospital conseguirá resistir se continuar 100% SUS”, aponta Carlos.


Como muitas pessoas não tem plano de saúde, é de grande importância um hospital que atende a população em geral” Mara Elizabet Ludwig Copeira do Hospital Montenegro

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saúde públic a

100% SUS, 100% comunidade POR l

Vitor Kochhann IMAGENS l ARQUIVO DO HOSPITAL MONTENEGRO

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m 1931 o Hospital Montenegro (HM) recebia sua certidão de nascimento. O Sistema Único de Saúde (SUS) recebeu a sua alguns anos depois, em 1988. Porém, os dois já tinham uma história bem construída antes de receberem suas ‘certidões’. A biografia do Hospital começa em 1911, quando um grupo de mulheres resolveu criar a Ordem Auxiliadora de Senhoras Evangélicas (OASE). Esse grupo, composto por mulheres de todas as idades – principalmente, por queridas senhorinhas – foi fundado com o intuito de fazer o bem, através de ações sociais, ajudando ao próximo. Nesse ano, começou a gestação do HM, que seria concretizado anos depois. Em 1930 a necessidade de um Hospital para a região era eminente, afinal, a população crescia também. Observando essa carência, as participantes da OASE decidiram que era a hora de concretizar o sonho da construção de um Hospital para a região. No dia 22 de fevereiro de 1931, o Hospital de Montenegro abria suas portas para a população e, através do reconhecimento da comunidade, recebia sua certidão de nascimento 19 anos após o início de sua gestação. Foi uma benção. O SUS também foi oficializado depois de alguns anos de idealização. O conceito de um sistema de saúde pública, que atendesse toda população brasileira de forma universal, já existia há um bom tempo, antes mesmo da criação do Sistema Único de Saúde que conhecemos hoje. Em 1988, com a reabertura democrática, o SUS foi oficializado dentro da Assembleia Constituinte. Mas, como dito anteriormente, esse foi só o momento de tirar foto para a certidão, afinal a ideia de um sistema assim já vinha de décadas e décadas antes. Depois de dois anos, em 1990, era aprovada a Lei Orgânica da Saúde. Essa Lei regulamentava o funcionamento do Sistema de Saúde que conhecemos atualmente. Ali também estavam descritos os Princípios Doutrinários (Universalidade, Equidade e Integralidade) e o Organizativos (Hierarquização, Regionalização, Descentralização e Participação Social) que guiam o Sistema Único de Saúde brasileiro até hoje. Vários anos depois do nascimento do HM e do SUS, os dois cruzaram caminhos. Com históricos de vida focados em auxiliar,

prevenir e cuidar da saúde da comuniOASE e toda equipe opedade, decidiram que era a hora de se racional do HM. “A missão Uma diretoria unir para potencializar suas atuações. do Hospital Montenegro preocupada e Em 20 de setembro de 2012 o HM, que sempre foi oferecer atencarinhosa com é uma entidade privada de caráter fidimento a todos. Acolher a saúde pública lantrópico, aderiu a Portaria 100% SUS. bem as pessoas está no Inclusive, depois de aderir essa PortaDNA da Instituição. Mas ria, o hospital passou a ser conhecido como Hospital é inegável que a adesão à portaria Montenegro 100% SUS. Essa união foi, como diriam que tornou o hospital 100% SUS as membras da OASE lá em 1911, uma benção! representou um marco na história A partir de então o HM ampliou seu atendimen- não só do hospital, mas da nossa to, de forma pública, não apenas para a comunida- região”, completa o médico. de montenegrina, mas para toda a região do Vale do É com o desenvolvimento da Caí. Atualmente, o Hospital 100% SUS é referência cultura de prevenção que se evino atendimento de qualidade. Além das diversas alas tam doenças futuras, e o Hospital comuns em qualquer hospital de excelência, como Montenegro sabe muito bem. Jean UTI, Urgência e Emergência, Exames, Maternidade, afirma que o HM é mais um elo no entre outras, também desenvolve ações na prevenção grande sistema que trata da saúde do desenvolvimento de doenças na população. da população. O dr. nos explica que O diretor técnico do hospital, Dr. Jean Ernandore- enquanto os setores de internação, na, trabalha no HM desde 2013 – desde seu ingresso de emergência e da UTI manejam atendendo pelo SUS – e relata que o principal desafio pacientes com doenças já estabede qualquer instituição de saúde é oferecer à população, lecidas – na maioria das vezes em principalmente às pessoas mais vulneráveis, atendi- estágios avançados – os ambulamento de excelência. Mas isso não é um problema, tórios focam na prevenção. Além tendo em vista os excelentes serviços prestados pela disso, a população da região confia e sabe também que o Hospital, antes e depois de ser 100% SUS, é 100% comunidade. As ações desenvolvidas são pensadas de forma especial e exclusiva para cada necessidade. A adesão à Portaria 100% SUS trouxe um aporte de recursos que, aliada a ótima governança e gestão, tornou o Hospital Montenegro a referência em saúde na região. Essa união do HM com o SUS vem dando muito certo, o resultado pode ser visto no sorriso – símbolo máximo da saúde – de todos moradores e moradoras da região que são atendidos nas dependências desse hospital histórico. São tantas histórias que foram desenhadas nesse ambiente, e muitas outras que ainda serão construídas. Em 2021 o Hospital Montenegro 100% SUS completa noventa anos, nem todo esse tempo sendo 100% SUS, sabemos. Mas todos desejam Jean Ernandorena que o futuro seja de saúde públiDiretor técnico do Hospital Montenegro ca para toda a comunidade.

A missão do Hospital Montenegro sempre foi oferecer atendimento a todos. Acolher bem as pessoas está no DNA da Instituição. Mas é inegável que a adesão à portaria que tornou o hospital 100% SUS representou um marco na história não só do hospital, mas da nossa região”

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ser viços e esp ecialidades

Os remos que movem o Hospital Montenegro ao longo de sua jornada POR l

Natalia Bariviera IMAGENS l ALEXSANDRO E JUSSARA: ARQUIVO PESSOAL; DEMAIS FOTOS: ARQUIVO DO HOSPITAL MONTENEGRO

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ompletando nove décadas, o Hospital Montenegro festeja suas conquistas e relembra tantas outras que marcaram, não somente a história do hospital, mas a vida de outras pessoas que por ali passaram. Pacientes, acompanhantes e visitantes, ao longo da trajetória do hospital, puderam contar com os serviços prestados, ao longo dos anos, em benefício da saúde e bem-estar da sociedade de Montenegro e arredores. Assim, desde 1930, os atendimentos concedidos na cidade, na área da saúde, eram realizados em pequenas salas, sempre buscando atender às demandas de serviços médicos essenciais, implementação da qualidade e diferenciais que agregassem valor para a comunidade. Atualmente, após tantos anos, é possível analisar os resultados de todos os esforços. Somente no ano de 2020, con-

forme dados coletados até o dia 01 de outubro, a entidade já havia realizado mais de 59.031 exames laboratoriais, 10.525 exames de imagem, 9.188 consultas eletivas, 8.996 atendimentos de Pronto Socorro, 2.555 internações e 463 partos. Demonstrando números bastante expressivos em menos de um ano. Para que isso se tornasse possível, o hospital investe em atendimentos eficientes, contando com uma estrutura altamente preparada, com áreas de Exames e diagnósticos por imagem, Exames laboratoriais, Patologia, Hemodiálise, Agência transfusional, Atendimento multiprofissional, Ambulatório de Especialidades, Unidade de Internação Clínica, Cirúrgica, Maternidade e Pediatria, Unidade de Terapia Intensiva Tipo II, Saúde Mental, Urgência e Emergência, Unidade de AVC Tipo III distribuídos em 150 leitos. Além disso, o HM – Hospital Montenegro, conta com diversos ou-

tros tipos de serviços e diferenciais, como a atuação de equipes Multidisciplinares de Medicina Hospitalar, responsável pelos atendimentos  , garantindo mais satisfação e segurança e diminuindo as reinternações. E oferece especialidades como: Cirurgia Geral, Cirurgia Ginecológica, Cirurgia Bucomaxilofacial, Gastroenterologia, Hematologia, Neurologia, Traumatologia, Fisioterapia, Fonoaudiologia. Outro destaque para a entidade são os serviços online, onde o paciente pode, ao acessar o site, obter informações específicas sobre determinados atendimentos prestados e sobre preparos necessários para alguns tipos de exames, diminuindo as chances de o paciente fazer algo prejudicial para sua efetividade. Ademais, também é possível acessar os Exames de Imagem e Laboratoriais, facilitando a obtenção de informações sem que a pessoa precise ir pessoalmente até o hospital.


De qualquer maneira é na proximidade humana que fica mais evidente o atendimento do hospital e a forma respeitosa que os as pessoas atendidas se lembram de suas passagens pelo HM. Para a revista Jornada o paciente Alexsandro Atkinson, de 42 anos, morador da Capela de Santana, recordou sobre suas várias visitas e quatro internações, comentando o quanto o bom atendimento de toda a equipe sempre lhe agradaram. Segundo suas palavras, todas as vezes que utilizou os serviços ofertados pelo hospital, sempre foi bem atendido e tratado com respeito por toda a equipe médica e de enfermagem, ressaltando que as assistências prestadas foram, constantemente, muito boas. Frases que só comprovam o belo trabalho, cuidado e carinho que a entidade possui com relação a comunidade atendida com acolhimento. É notável que muitos são os esforços relacionados às áreas de atendimento, mas, ao longo do tempo, a entidade também passou por alguns percalços dentro desse setor, o último deles, em relação ao atendimento eletivo, ocorreu em 1º de outubro de 2020, em que houve interrupções temporárias de consultas, exames e procedimentos de nível ambulatorial em função da atual situação financeira do hospital, que segundo a direção, vem recebendo seu financiamento contratual reduzido desde 2015 e por esse motivo, não tem mais capacidade de arcar com

O preparo e qualificação dos funcionários do HM é uma das ferramentas mais importantes para um bom atendimento. Ao centro, o paciente Alexsandro Atkinson e sua esposa, Jussara da Silveira Machado os custos desses serviços. Apesar da dificuldade de momentos como esse, o Hospital Montenegro não perde a esperança de dias melhores e investe suas energias e esforços em dar continuidade aos demais atendimentos ofertados, mantendo sempre a qualidade e priorizando o bem-estar da sociedade. Para isso, conta com a ajuda de doações, que são de extrema necessidade para garantir a estabilidade dos atendimentos em benefício da saúde. Atendimentos esses que, mesmo para uma entidade que completa 90 anos de jornada, precisam cada vez mais trazer satisfação e resolutividade para seus beneficiários. Exemplo disso é, além do atendimento ao paciente, a capacitação de médicos, que são incentivados a se envolverem em atividades extra assistenciais como comissões internas, treinamentos e avaliação de dados. Afinal, o médico é atuante ativo na gestão e imagem do hospital e, assim, interfere diretamente na qualidade. A partir dessas iniciativas, é possível levar maior aperfeiçoamento interno e melhorar o tratamento e experiência de um paciente dentro do Hospital Montenegro, sendo esses, um dos principais objetivos da instituição.

Os médicos são incentivados a se envolverem em atividades extra assistenciais, como comissões internas, treinamentos e avaliação de dados. Afinal, o médico é atuante ativo na gestão e imagem do hospital e, assim, interfere diretamente na qualidade

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gesto de amor

Empatia pelo desconhecido POR l

Marcelo Schneider de Moura IMAGEM l ARQUIVO DO HOSPITAL MONTENEGRO

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maior dádiva que temos é poder amar, o amor transforma nossos dias, faz o sol brilhar mais forte e nos leva a sensações únicas. O dicionário Aurélio nos apresenta a palavra empatia como a faculdade de compreender emocionalmente. Podemos apresentar uma extra interpretação, é um gesto de amor ao próximo, uma das maiores leis deixadas, sendo cristãos, ateus ou de qualquer linha espiritual, todos amamos e queremos emanar amor. De acordo com a bíblia, empatia remete ao bom samaritano: “Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos de assaltantes. Estes arrancaram-lhe tudo, espancaram-no, e foram-se embora deixando-o quase morto. Por acaso, um sacerdote estava descendo por aquele caminho. Quando viu o homem, seguiu adiante, pelo outro lado. O mesmo aconteceu com um levita: chegou ao lugar, viu o homem e seguiu adiante, pelo outro lado. Mas um samaritano que estava viajando, chegou perto dele, viu e sentiu compaixão. Aproximou-se dele e fez curativos, derramando óleo e vinho nas feridas. Depois colocou o homem em seu próprio animal e levou-o a uma pensão, onde cuidou dele. No dia seguinte, pegou duas moedas de prata e entregou-as ao dono da pensão, recomendando: “Toma conta dele! Quando eu voltar, vou pagar o que tiveres gasto a mais”. E Jesus perguntou: “Na tua opinião, qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?” Ele respondeu: “Aquele que usou de misericórdia para com ele”. (Lc 10, 30-37). Entre as responsabilidades e

compromissos hospitalares, existem profissionais samaritanos ocultos dentro do hospital de Montenegro, estes usam máscaras, jalecos, uniformes e até fantasias. Dedicam-se, assim, a levar esperança a quem desfalece, luz a quem só enxerga escuridão, ousadia a quem batalha. Pessoas que entendem que a maior missão de evolução é saber que não existimos sozinhos, vivemos com o outro que está ao lado. Entre os corredores estéreis, alas e quartos, trabalham e habitam um número de pessoas que necessitam de um conforto, um ato de empatia e solidariedade. Assim, a afeição é um ato de entrega pelo outro que vai além de um cunho institucional, é um exercício de humanidade. Um ambiente hospitalar é propício e necessita de ações que tornem uma dor mais amena, transformar uma lágrima em sorriso, uma desesperança num momento de acolhimento e paz. A empatia, dentro do Hospital de Montenegro, tem o vocativo de servir e transformar, colaboradores que, de modo ímpar e plural, modificam o ambiente profissional em um lugar único e repleto de vida, renovação. Amar aqueles que retribuem amor é fácil, é confortável, é cômodo, mas o Hospital segue um caminho diferenciado, de entrega, de fazer a mudança nesses pequenos gestos de olhar para o lado e, assim como até Jesus precisou, exercer o papel de Cirineu àqueles que estão caídos, sem cuidados, abandonados, levantá-los, cuidar de suas feridas, ajudar no peso da enfermidade. Afinal de contas, a cruz sempre se torna mais suportável quando dividida. Não há necessidades de grandes esforços; um sorriso sincero, um abra-

Corrente do bem em prol de todos que procuram o Hospital Montenegro


ço apertado, um “vai dar tudo certo” pode transformar a vida de uma pessoa; assim é estruturada a alma do hospital. Enfermeiros, terceirizados, funcionários de setores diversos, médicos e pessoas engajadas em ser o diferencial na vida de quem passa por um momento atípico difícil. Pequenas ações transformam o dia a dia do hospital, desde colegas à pacientes, “Samaritanos” que cuidam de quem necessita, do físico ao psíquico. Essa é a essência de todas as pessoas que levam esperança aos desfalecidos. Transformam vidas e almas, apenas exercendo a bondade de olhar para o lado. Desta forma, colocar-se no lugar do próximo vai além das compreensões

Quão gratificante para as pessoas é encontrar uma instituição tão humana, com pessoas tão empáticas no olhar caridoso, no gesto mais simples, no sorriso espontâneo

do dicionário, quando entendemos que dedicar-se ao outro é uma missão de todos, é ter a capacidade de sair dos méritos de nossas batalhas pessoais e enxergar a dor do próximo, é ser humano com o outro. Por inúmeras vezes, tivemos um exemplo, aquELE que foi empático e viveu o amor na forma mais plena e não bastando nos deixou apenas essa missão: “ame teu próximo como a ti mesmo!”. Sendo assim, não há como amar O que é maior que nós se não somos capazes de exercer o amor aos que vivem conosco, íntimos ou estranhos. Empatia é entrega, é escola da alma, e, nesta perspectiva, o Hospital Montenegro é entusiasta para evolução. Quão gratificante para as pessoas é encontrar uma instituição tão humana, com pessoas tão empáticas no olhar caridoso, no gesto mais simples, no sorriso espontâneo. Não é necessário grandes manifestações para transformar o mundo de uma pessoa, apenas precisamos ser humanos com o espírito Samaritano do relato, que ao passar, viu seu irmão caído e estendeu a mão.

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acolhimento

Um hospital humanizado POR l

Julia Alves Pinheiro da Silva IMAGENS l ARQUIVO DO HOSPITAL MONTENEGRO

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HM tem um Grupo de Humanização com atuação desde 2013, em razão da Política Nacional de Humanização (PNH), que é vinculada a Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde. A proposta, inicialmente, é deixar mais acolhedor o atendimento prestado pelo hospital. O grupo é composto por colaboradores de setores variados, mas que têm em comum a vontade de fazer o bem, a habilidade da criatividade, assim como o poder da empatia. Dessa forma, são desenvolvidos projetos e planos de ação que são capazes de contar a história do hospital ao longo dos anos por um viés humano e inovador. Um destes projetos é o Leiturinha, que dá lugar ao lúdico, estimulando a imaginação das crianças do hospital. É o momento em que o Grupo de Humanização conta histórias, caracterizados, para deixar tudo mais especial, e todos embarcam em um mundo de fantasia. Além disso, o grupo criou dois personagens que realizam a contação de

histórias, e que também participam de outros projetos do calendário: o Humanito e a Humanita. Ainda, o grupo desenvolve projetos focados em datas comemorativas, promovendo a união de todos para as celebrações. No Dia das Mães do ano de 2020, por exemplo, foi produzido rosas de feltro para todas as mães internadas no Hospital. Além disso, para o Natal deste mesmo ano, uma árvore é enfeitada de forma coletiva, todos são convidados a confeccionar um elemento para decoração. Humanizar é a maneira para tornar o ambiente mais acolhedor, e menos impessoal. É uma forma de estreitar laços, e deixar as relações menos rígidas. No entanto, muito além disso, as práticas do grupo têm a capacidade de encantar, valorizando a importância e as necessidades de cada integrante do hospital. Assim, além de inspirar colegas e pacientes, a equipe de humanização tem o poder de ser um agente transformador dentro do ambiente do hospitalar.

No Dia das Mães do ano de 2020, por exemplo, foi produzido rosas de feltro para todas as mães internadas no Hospital

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Colaboradores participam de ações de humanização espalhando amor e alegria no Hospital Montenegro. Uma delas ocorreu no Dia das Mães, quando rosas foram distribuídas às mães internadas. São realizadas também contação de histórias para crianças

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qualidade

Cada canto tem história A POR l

Isadora Cardoso

IMAGEM l ARQUIVO DO HOSPITAL MONTENEGRO

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tualmente, o Hospital de Montenegro possui 150 leitos que são distribuídos em diversas alas. Cada uma delas conta uma história, ou melhor, várias. Ao longo desses 90 anos, milhares de pessoas e famílias passaram pelos corredores, e todas elas com um objetivo em comum: buscar tratamentos de diversas doenças, curativos para seus machucados, e principalmente, um bom acolhimento nesses momentos que, muitas vezes, são tão delicados na vida das pessoas. E é com muita alegria, que chega aos 90 anos, com a certeza de que, em cada ala, cada corredor, cada canto, pode ter marcado a vida de milhares de habitantes de Montenegro e outros municípios da região do Vale do Caí. Maternidade Dentro de um hospital, pode-se dizer que com certeza a maternidade é a ala que concebe o maior sentimento de esperança. É nela onde as mamães se preparam para dar à luz, onde veem pela primeira vez o rostinho de seus bebês e passam por momentos certamente inesquecíveis de suas vidas. A Jéssica, atual coordenadora das alas de maternidade, pediatria e unidade cirúrgica, conta que essa é uma unidade muito tranquila. Apesar de muito movimentada, pois sempre tem muitas mamães e bebes não só do município de Montenegro, como também dos arredores. E que é sempre muito prazeroso participar deste momento tão único na vida de diversas famílias. O site do Hospital atualmente já disponibiliza informações imprescindíveis para as mamães que estão ainda no início de suas trajetórias. No portal do HM existe um FAQ com as perguntas mais feitas por elas, como por exemplo sobre amamentação, questões que envolvem o leite materno, como registrar os recém-nascidos e in-

O pavor no início foi uma sensação que nunca havia sentido na minha profissão. Precisei manter a calma e montar estratégias seguindo as orientações do Ministério da Saúde. É muito tenso, sabia que minha equipe precisava de mim e eu deles Valéria Weymar Coordenadora de enfermagem da Unidade de Terapia Intensiva e da Agência Transfusional

formações gerais de limpeza e higiene dos recém-nascidos. O que o site ainda não conta, é que nessa ala tão amada e cuidada pelos médicos, enfermeiros e toda equipe do hospital, todos os dias ocorrem verdadeiros milagres. Neste período de quarentena, diversos casos precisaram de uma atenção redobrada da equipe, um caso destes foi de uma paciente de cesárea. Jéssica, coordenadora da ala contou que durante esse período, uma mamãe sofreu intercorrência na cirurgia. Ela precisou retornar ao hospital e permanecer internada durante 31 dias, sem poder ter contato com o bebê devido a ameaça do vírus. Apesar de todas as complicações, durante esse mês de intensos cuidados e acompanhamento, toda equipe se sentiu envolvida e disposta a ajudar para a paciente conquistar a alta para que ela pudesse finalmente voltar pra casa e finalmente ficar com seu

filho. Todos viram a dedicação do papai que a visitava todos os dias, e essa família acabou sendo muito admirada no setor, pela força e comprometimento de todas as partes. E é para receber muitas histórias emocionantes assim, que a maternidade do Hospital Montenegro 100% SUS possui 28 leitos, estes sendo 6 na pediatria, 12 na maternidade e 10 para unidade cirúrgica, que permitem uma distribuição de pacientes organizada que traz uma sensação de conforto e acolhimento ainda maior as pacientes recebidas.

UTI

A Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Montenegro 100% SUS é referência em 14 Municípios da Região, e possui 10 leitos, contudo no auge do momento da pandemia, recebeu mais 6 para auxiliar no tratamento de pacientes em estados críticos com o vírus. Além do atendimento prestado ao paciente de alta complexidade, a unidade atende pacientes que necessitam de cuidados de todas as áreas. Contando com profissionais qualificados atendendo em todas as especialidades e também uma equipe pronta para prestar o tratamento e cuidado necessários para a melhor recuperação dos pacientes. E é nesta ala que a Valéria Weymar, coordenadora de enfermagem da Unidade de Terapia Intensiva e da Agência Transfusional trabalha. Em entrevista, ela relatou que são várias as histórias marcantes que ocorrem por lá todos os dias, mas que em especial, 2020, o ano da pandemia, vai ser muito lembrado por ela e os colegas da equipe... “o medo o pavor no início foi uma sensação que nunca havia sentido na minha profissão como enfermeira, além disso, como coordenação precisei manter a calma e montar estratégias seguindo as orientações do Ministério da Saúde. É muito tenso, sabia que minha equipe precisava de mim e eu deles. E como coordenação, precisava mais do que nunca estar disponível para eles. Medo de não agir certo, medo de colocar alguém em risco medo de ver a própria doença (COVID) de frente, medo de não dar conta, via o medo em muitos dos colaboradores é uma sensação de impotência”, disse. E mesmo com tantos receios e inseguranças, hoje se encontram aliviados por saberem que o pior já passou. Que ultrapassaram por este momento, com a gratificação de casos como de um paciente que deu um grito de alegria no corre-


Equipe recebendo mérito do selo por toda eficiência no ano de 2019

dor ao ser liberado, e de todos os outros que choram e enviam até presentes em agradecimento “ ah estes não tenho palavras para descrever a equipe se fortalece com este ato”, completou Valéria. E é por esse e diversos outros casos de sucesso em tratamentos, que em 2019 o HM recebeu o Selo de UTI Eficiente do ano, concedido pela Epimed Solutions, empresa especializada em soluções para gestão de informações clínicas e epidemiológicas, que comprova a eficiência e desempenho da área. Feito esse que se repetiu em 2020, ano que mesmo atípico, devido a pandemia do novo coronavírus, foi mantido o padrão de qualidade da equipe.

Saúde Mental

2020 foi um ano atípico. A pandemia do Corona Vírus chegou de repente e alterou completamente o fluxo de vida da população mundial. O isolamento social, o medo, e diversas outras questões acabaram mexendo muito com a cabe-

ça das pessoas, o que levou a um aumento significativo na procura por apoio psicológico. O HM foi um grande responsável por acolher e tratar o crescente número de novos pacientes que surgiram através desta demanda. A Secretaria Municipal da Saúde (SMS), por meio da assessoria de imprensa, confirmou um “aumento considerável no número de atendimentos psicológicos e psiquiátricos realizados pelo município”. E, neste momento, é de grande importância toda estrutura que o hospital conta. Só nesta ala, são 26 leitos que prestam atendimentos a pacientes da Central de Leitos do Estado, dos Municípios da região, na qual o Hospital é referência, além de prestar atendimento de portas abertas para o SUS. Contando com uma equipe especializada e multidisciplinar, que dá apoio e presta atendimento a diversos pacientes com quadros psiquiátricos graves e dependências químicas. r evistajornada

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to dos são imp or tantes

Para Éber, do Almoxarifado, todo o cuidado com os materiais é importante. Eliana Flores, funcionária do HM desde 1984, acredita que os momentos difíceis vividos no hospital a ensinam e a tornam um ser humano melhor. Abaixo, participantes do Grupo de Humanização

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Anjos


invisíveis H

POR l á 90 anos atrás, a proliferação do vírus. Assim, o trabalho Mariane De da coragem de dos profissionais da higienização redobra e Oliveira Dineck mulheres que exige um cuidado constante na desinfecção ansiavam por dos ambientes. Mas, infelizmente, muitas l IMAGENS u m m u n d o ARQUIVO vezes essas pessoas são deixadas de lado DO HOSPITAL onde podiam fazer a diMONTENEGRO nas homenagens e agradecimentos. ferença, nasceu o HospiDurante toda a trajetória do hospital, tal Montenegro. Atualmente, sem há muitos funcionários que se dedicaram e participadúvida nenhuma, é a esperança da ram da construção sendo espectadores de momentos comunidade e cidades vizinhas. Mas, decisivos: do trabalho de enfermeiros e médicos aos assim como em diversas áreas, há que ajudaram direta e indiretamente para a construfases boas e ruins, e o HM também ção de histórias. E são essas histórias que motivam passou por momentos difíceis. e movem a comunidade. A arte de observar e vivenCom tantos anos de história há ciar tantos momentos, absorver tantas experiências, momentos de alegria e tristezas, modifica as pessoas, as torna mais resilientes. pois as partidas presenciadas não Trazer essas histórias é aprender com elas, o quão são esquecidas. O hospital se cons- difícil é a rotina hospitalar e quanta diferença cada faz no trói com a vivência individual de dia-dia. O relato e a vivência daqueles anjos que muitas cada um que por ali passou. vezes ninguém vê, precisa ser apresentado e lembrado A rotina hospitalar é cansativa, pela comunidade. Eliana Flores, funcionária do Hospital exige um desgaste muito grande desde 1984 é uma das pessoas que tem relatos impordaqueles que trabalham com saúde, tantes para apresentar. Ela conta sobre os momentos pois o cuidado deve ser redobrado difíceis vividos lá dentro e o quanto cada um deles ene um pequeno erro pode interfe- sina e a torna um ser humano melhor. Eliana, que gosta rir diretamente na vida de alguém. muito de trabalhar com pessoas e atualmente é Em momentos de crise, principalNo ano de 2012 o Hospital estava passando por mente em um país onde muitas mudanças positivas e abrindo novas especialidades, vezes a saúde não é devidamente Eliana conta que um senhor de idade foi até o Hospital valorizada e preservada, o papel tirar algumas dúvidas e ela o orientou sobre como ele daqueles que trabalham nessa área deveria prosseguir para iniciar o tratamento. Um tempo é de extrema importância e exige uma atenção redobrada. Crises na saúde, como a que o mundo presencia, ainda, com a pandemia do COVID-19, são os momentos que evidenciam a importância de médicos, enfermeiros e todos os profissionais da área. Esses heróis são os que sofrem maior pressão e aumentam sua carga de trabalho para cuidar dos mais vulneráveis e dos necessitados por cuidados médicos. Apesar de todo reconhecimento, ainda assim não é o suficiente para agradecê-los. Além disso, a comunidade nem sempre lembra de todos os outros profissionais que trabalham num hospital. Equipes de higienização, serviço de nutrição, farmácia interna, manutenção, almoxarifado, recepção e todos os outros profissionais que trabalham em hospitais correm tantos riscos quanto médicos e enfermeiros. Durante a pandemia ocasionada pela COVID-19, por exemplo, a limpeza dos locais é essencial para evitar

A comunidade nem sempre lembra de todos os outros profissionais que trabalham num hospital. Equipes de higienização, serviço de nutrição, farmácia interna, manutenção, almoxarifado, recepção e todos os outros profissionais que trabalham em hospitais correm tantos riscos quanto médicos e enfermeiros

depois ele conseguiu atendimento no Hospital e se recuperou, então, voltou para agradecer a Eliana pelo que ela havia feito e lhe disse o quão importante foram as instruções passadas por ela, o senhor, feliz por ter se recuperado, disse que Eliana foi um anjo em sua vida. Ela comenta a importância que é gostar de trabalhar com pessoas, pois todos os dias presencia momentos diferentes e algumas situações desagradáveis, mas como ela ama aquilo que faz, fica mais fácil lidar com as diversas circunstâncias. Eber Kuhn, funcionário do HM há três anos, trabalhando no almoxarifado, conta o quão desafiador foram os primeiros meses, por anteriormente trabalhar somente em empresas, o início na área da saúde foi um desafio para ele. Eber relata sobre a significância do trabalho realizado no almoxarifado, pois todos os materiais e medicamentos que entram no hospital passam pelo por eles, por isso, todo o cuidado que tomam é importante para que tudo chegue aos devidos locais e em perfeito estado. Ele diz que o trabalho no Hospital é como uma engrenagem, todos precisam estar alinhados e trabalhando da melhor forma possível para que tudo ocorra da maneira correta e os médicos e enfermeiros consigam fazer seu trabalho. Além disso, Eber comenta o quão gratificante é receber as doações que as pessoas fazem para o hospital, muitas vezes são pessoas que tem pouco e mesmo assim, tendo tão pouco, encontram uma forma de compartilhar com o HM para ajudar outras. É sobre essas histórias e vivências que tornam os funcionários do HM seres humanos melhores e anjos que, mesmo não recebendo agradecimentos, estão lá diariamente, fazendo a diferença para alguém e ajudando a manter essa jornada sempre trabalhando para salvar vidas. Há 90 anos o hospital vem agregando valor a comunidade e todos os anjos, invisíveis e visíveis, fazem parte dessa história e contribuem de maneira ímpar na construção de um mundo melhor. r evistajornada

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ajud a

Apoiando o HM, você pode salvar vidas O POR l

Tamires Carolina Bernardo Nunes

IMAGENS l ARQUIVO DO HOSPITAL MONTENEGRO

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Hospital Montenegro, 100% SUS, desde sua inauguração em 22 de fevereiro de 1931, sempre contou com o apoio da comunidade para garantir o acesso a saúde. Em setembro de 2012, a Mantenedora OASE aderiu à Portaria 100% SUS, onde passou a ser referência em saúde para mais de 200 mil habitantes de todo o Vale do Caí e arredores. Os profissionais da área da saúde atuam diretamente com o cuidado e tratamento da vida de pessoas. É extremamente importante atender os pacientes de forma humanizada e satisfatória. Sendo assim, é preciso ter recursos que atendam às necessidades de cada um. O Hospital Montenegro 100% SUS, vem contando com o apoio da comunidade, e, graças as doações, já foi possível fazer melhorias que resultaram na qualidade do atendimento. Notamos que esse ato de amor ao próximo impacta diretamente na recuperação de pacientes, pois, quando recebem as doações, independentemente do tipo, o hospital deixa de adquirir algo com recursos próprios, podendo, assim, destinar a verba para outras melhorias. Segundo a Josiane Flores, coordenadora de compras do Hospital, não existe uma periodicidade no recebimento de doações, mas um ponto positivo é que, em 2020, durante pandemia do COVID-19, as quantidades de contribuições aumentaram. Toda e qualquer doação é recebida pelo setor de almoxarifado e as destinações são feitas conforme recebimento. Se é uma doação de alimentos, por exemplo, vai para o serviço de nutrição e dietética, se é

Parceiros realizam doações para o Hospital Montenegro


medicação, vai para a farmácia e assim por diante. A coordenadora Josiane também relata que o Hospital de Montenegro conta com o apoio de parceiros, tem projetos como o programa “nota fiscal gaúcha”, “celebrando o nascimento”, “enxoval solidário, costure essa ideia”, dentre outros projetos. O Hospital Montenegro, através de incentivo financeiro do poder público e já conseguiu fazer reformas estruturais através de indicações de emendas parlamentares. Além das reformas feitas por conta dessas indicações, também é desta forma eles também conseguem verbas para compras de equipamentos ou para custeio. O ato de doar gera consequências positivas que ajudam em projetos e na saúde dos pacientes. O HM aceita todo o tipo de doação, desde produtos alimentícios até equipamentos hospitalares e elas podem ser feitas por pessoas físicas ou jurídicas. Para o registro das doações é feito um termo onde fica registrado o doador e, também, uma fotografia que é divulgada nas redes sociais, quando autorizado. Notamos a grande importância que é para uma instituição de saúde contar com o apoio da comunidade e do poder público, e existem muitas maneiras para que você também possa colaborar. O HM está apto para receber doações em dinheiro, podendo ser esporádicas ou mensais, por exemplo. Outra maneira de contribuir é com trabalho voluntário, a única coisa que você gasta é o seu tempo e conhecimento que vai ser utilizado para aquela causa. Os hospitais sempre necessitam de voluntários e as tarefas a serem cumpridas são diversas. No Brasil, o voluntariado está regulamentado por lei (Lei nº 9.608, de 1998) e possui até uma data comemorativa, o dia 28 de agosto. Doações de alimentos também são necessárias, desde que sejam não perecíveis. As doações de roupas, fraldas e leite são bem-vindas ao Hospital Montenegro. Além de doações deste sentido, vale lembrar uma questão muito importante e essencial a um hospital: a doação de órgãos. Para ressaltar esse direito, a Lei nº 9.434, de 4 de fevereiro de 1997 institui a legalidade sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento. Se alguém deseja doar órgãos, alguns podem ser feitos em vida, como o rim, a medula óssea, e parte do fígado, apesar de não ser muito comum, pode salvar vidas. No caso de pessoas falecidas, um dos membros da família deve manifestar esse desejo ao médico responsável ou entrar em contato com a Central de Transplantes. Vale ressaltar que todos podemos registrar, em vida, o desejo de se tornar doador. Esse ato pode salvar mais de 20 vidas. O Brasil tem o maior sistema público de transplantes de órgãos do mundo, segundo o Ministério da Saúde, cerca de 96% dos procedimentos são custeados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Entretanto, ainda existem 41.266 pessoas cadastradas na lista de espera de órgãos como o rim, fígado, coração, pulmão, córnea e pâncreas. Segundo a psicóloga Carla da Silva Giuliani do Hospital Montenegro, que é faz parte da CIDOTT (comissão intra-hospitalar de doação de órgão e tecidos para transplante), no HM não são feitos os transplantes, somente a captação para a doação. A captação de órgãos é realizada quando o paciente vem a falecer de AVC ou traumatismo cranioencefálico. Para este diagnóstico, existe um protocolo para ser seguido: “São contatados dois médicos especialistas, que precisam ter experiência neste tipo de processo e

precisa ser comprovada por tempo de trabalho ou por um curso específico, eles realizam os exames em intervalos de tempo distintos. Após a avaliação e diagnostico dos profissionais, é feito o contato com a OPO (Organização de procura de Órgão), onde eles realizam o exame de imagem, e se possível, fazem a captação dos órgãos. Durante todos os procedimentos a família é informada e, ao término, do protocolo e assinatura da declaração de óbito, é oferecido para os parentes a possibilidade de doar os órgãos”, explica Carla. Além de ter um protocolo rígido a ser seguido, é também bastante delicado e são raras as famílias que têm oportunidade e vontade de doar os órgãos de um ente querido que faleceu recentemente. Mas, para o paciente que precisa e recebe esta doação, é uma nova oportunidade de viver ou ter uma qualidade de vida melhor. Possibilidades de contribuir para os hospitais existem muitas, e quando tomamos a iniciativa de ajudar o próximo estamos transformando a vida dessa pessoa, além de contribuir para uma sociedade mais justa e igualitária. Uma atitude muitas vezes pequena, pode suprir a necessidade do outro.

O HM está apto para receber doações em dinheiro, podendo ser esporádicas ou mensais. Outra maneira de contribuir é com trabalho voluntário

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atendimento

Pacientes chegam ao Hospital com o transporte da saĂşde do seu municĂ­pio

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Salvando a vida dos vizinhos O POR l

Franciele Biehl Schuster

IMAGEM l ARQUIVO DO HOSPITAL MONTENEGRO

slogan “100% SUS, 100% você” reflete o atendimento de anos do Hospital Montenegro aos municípios da região. Na emergência, o HM desde sempre atendeu as cidades vizinhas, mas, de fato, a partir de 2012, tornou-se referência também nas especialidades médicas para a população. A importância do Hospital regional acontece pelo fato de que cada município que utiliza as dependências não possui hospital próprio, contam apenas com Centros de Saúde. O Hospital, segundo o ex-prefeito de Harmonia, Carlos Alberto (Lico) Fink, cresce continuamente e atualmente atende 14 municípios. São eles: Montenegro, Pareci Novo, Maratá, Tabaí, São José do Sul, Salvador do Sul, Harmonia, Capela de Santana, Tupandi, Triunfo, Brochier, Barão, São Sebastião do Caí e São Pedro da Serra. As especialidades mais usadas pelos municípios são traumatologia de pequeno e médio porte, cirurgia geral, emergência e exames. Também é utilizado o pronto atendimento nos horários que os Centros de Saúde de alguns municípios estão fechados. O atendimento se expandiu aos municípios vizinhos pelo fato de o Hospital ter sido ampliado, agregando novas especialidades e, em 2012, se tornado 100% SUS, declara Carlos Batista, diretor executivo do HM. De acordo com o diretor executivo do Hospital Montenegro: “As maiores dificuldades em atender os municípios estão ligadas a questão dos contratos, pela falta de repasse tanto do Estado, como dos municípios que não custeiam totalmente os prontos atendimentos”. O atual diretor executivo do hospital também fala que o Hospital poderia ser mais desenvolvido se houvesse mais atenção do Estado e

que a maioria dos municípios não tem noção da capacidade do Hospital, pois qualificação dos profissionais e estrutura já existem. Ele espera que o Hospital não recue e que o trabalho desenvolvido até hoje continue avançando. O encaminhamento dos pacientes ocorre através do Centro de Saúde de cada munícipio através da solicitação do médico. O Centro realiza um cadastro no sistema da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), e, assim que há disponibilidade, ocorre o atendimento. Através da solicitação do médico, a SMS realiza o cadastro do paciente, no Sistema de Regulação do Estado (SISREG) e assim sendo realizado o agendamento para os pacientes. A maioria dos pacientes utiliza o transporte da saúde do município (carro ou van, de acordo com o número de pessoas da lista pré-agendada). A função de José Carlos Rhoden, motorista da saúde de Harmonia, é levar e buscar as pessoas no Hospital. “Minha maior recompensa é poder ajudar e ver a satisfação delas”, afirma. Ele também relatou, em entrevista, que as pessoas mais elogiam o Hospital do que reclamam, preferem serem levadas para lá do que em outros hospitais. O paciente Cristiano André Wasen, de 41 anos, morador de Brochier, é só elogios ao hospital: “Bom atendimento, funcionários atenciosos, hospital organizado e limpo. Foi isso que vi quando realizei minha cirurgia de apendicite”. O entrevistado também já ficou internado outra vez no HM e, em 2016, seu filho nasceu no Hospital Montenegro. Cristiano recorda que já são mais de 20 anos utilizando o Hospital e espera que as próximas gerações possam continuar a usufruir. “O HM sempre foi, e sempre será importante para os municípios vizinhos”, conclui.

As especialidades mais usadas pelos municípios são traumatologia de pequeno e médio porte, cirurgia geral, emergência e exames. Também é utilizado o pronto atendimento nos horários que os Centros de Saúde de alguns municípios estão fechados

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prêmio

Nove décadas de excelência em saúde N POR l

Vitor Kochhann

IMAGEM l ARQUIVO DO HOSPITAL MONTENEGRO

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esses noventa anos de serviços prestados à saúde da região do Vale do Caí, o Hospital Montenegro 100% SUS fez história e marcou uma trajetória de conquistas na área da saúde. Desde sua fundação, os serviços prestados pela OASE foram reconhecidos por todos os pacientes atendidos. O resultado desse reconhecimento popular é visto na saúde e no sorriso dos moradores de Montenegro e agora, mais do que nunca, pode ser visto em troféus. Em outubro de 2020, o Hospital recebeu o Prêmio Excelência em Saúde. Desde 2013 a premiação é organizada pelo Grupo Mídia, uma empresa brasileira de multimídia que atua em diversos segmentos. Dentre esses segmentos, a área da saúde recebe uma atenção especial dentro da unidade healthcare. O Grupo Mídia tem como missão o desenvolvimento e a aproximação entre as organizações de determinado setor. Na unidade healthcare, a empresa reconhece e homenageia, com o Troféu de Excelência em Saúde, a instituição de saúde que mais se destacou nos últimos 12 meses de atuação dentro do território nacional. Diferente dos anos anteriores, 2020 contou com uma premiação mais imponente. Dessa vez, a avaliação de excelência não se restringiu apenas a atuação no ano anterior, mas avaliou o desempenho das organizações que transformaram a área da saúde durante a última década. A equipe de Pesquisa de Mercado do Grupo Mídia realizou a avaliação e adivinhem? O Hospital Montenegro 100% SUS foi contemplado com o reconhecimento máximo de todo trabalho bem feito pela equipe de diversos profissionais que compõe o quadro

de funcionários do hospital. A entrega oficial do troféu ocorreu no dia 22 de outubro de 2020, às 19h30, e teve transmissão ao vivo pelo canal do Grupo Mídia no YouTube. O Diretor do hospital, Carlos Batista da Silveira, e a presidenta Srª. Eliane Daudt, tiveram a honra de erguer o prêmio e dedicar a conquista a todos os colaboradores da Instituição que desempenham um trabalho extremamente qualificado e que, somados, resultam na excelência da Instituição. A maior premiação que o Hospital Montenegro 100% SUS pode receber é a saúde e o reconhecimento da comunidade da região. Definitivamente, qualquer troféu é apenas o reflexo material de uma trajetória feita com muito amor e carinho para com o povo.

A avaliação de excelência avaliou o desempenho de organizações da área da saúde durante a última década. O Grupo Mídia realizou a avaliação e o Hospital Montenegro foi contemplado com o reconhecimento máximo

HM recebeu, em outubro de 2020, o Prêmio Excelência em Saúde. Colaboradores compartilham a felicidade de mais esse reconhecimento


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pandemia

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Alta de paciente internado por Covid: entre março e outubro, o Hospital Montenegro contabilizou 88 pacientes recuperados

Um ano intenso

POR l ano de 2020 foi atípico e extremédia internação, saem Lucas Cardoso mamente difícil, sofremos com a cheios de gratidão, isso dos Santos aparição de uma nova doença, que deixa-nos emocionados trouxe muita angústia e sofrimento, junto com eles e dá forças l IMAGEM que nos forçou ao isolamento social ARQUIVO para continuar”. DO HOSPITAL e interrompeu muitas de nossas atividades. MONTENEGRO O cotidiano em um Porém, enquanto o mundo reduzia hospital é repleto de suro funcionamento, a área da saúde teve que aumen- presas, altos e baixos e grandes histótar drasticamente seu trabalho. Na linha de frente rias. E, é necessária uma série de atrido combate a um novo e misterioso problema, os butos, para que uma organização tão médicos e demais funcionários de hospitais, ao re- complexa como essa, seja bem-sucedor do mundo, provaram novamente quem sãos dida. O Hospital Montenegro, mais os verdadeiros heróis da nossa sociedade. uma vez, provou sua importância para Nas vésperas do aniversário de 90 anos, o Hospital os pacientes da região, enfrentando Montenegro se viu de frente a essa situação, e teve que com coragem, capacitação e amor, se preparar para fornecer a melhor estrutura e cuidado o conturbado ano de 2020. possível à população atendida por seus serviços. De todas as experiências que Para atender pacientes acometidos com diagnóstico passamos, podemos sempre tirar grave do novo coronavírus, o Hospital destinou uma ala bons aprendizados. O Hospital exisde unidade de internação, que estava sendo reformada, te há quase um século, o acúmulo apenas para receber os novos casos. E adquiriu seis de conhecimento é constante. E a respiradores, além de muitas doações de máscaras, projeção para o futuro, depois da aventais, protetores faciais, e outros materiais essen- tempestade chamada Covid-19, é ciais, feitas por pessoas e empresas da região. positiva, pois depois de toda a luta, Os médicos e enfermeiros tiveram serviço dobrado cansaço, perdas e ganhos, destacapara adaptarem suas rotinas e lidarem com a insegu- -se: a união, o preparo e a garra dos rança transmitida por uma doença desconhecida que funcionários, assim como a certeza de apareceu de forma tão brusca. Fizeram muitos estudos, que todos que aqui trabalham, estaleituras e treinamentos, de forma conjunta, para pre- rão sempre prontos para enfrentar os parar toda a equipe, garantindo o melhor tratamento mais variados desafios que o mundo possível para as pessoas que passaram por aqui, e a e a sua cidade receberem. própria segurança para os profissionais também. Segundo dados da OMS, Governo Federal e Governo do Estado do Rio grande do Sul, até 21 de outubro de 2020, o mundo registrou 40.665.438 casos da doença, resultando em 1.121.843 mortes, só no Brasil foram 5.298.772 casos com 155.403 mortes e dentre seus estados, o Rio Grande do Sul alcançou a marca de 227.462 casos e 5.482 óbitos. Entre 27 de março e 16 de outubro, o Hospital Montenegro contabilizou 897 atendimentos a pacientes infectados. E, deste total de atendimentos, 88 pacientes foram internados, mas receberam alta e houve 14 óbitos. Infelizmente, a região do Vale do Caí também teve suas perdas, e todas são sentidas profundamente por todos os funcionários, que encararam de forma tão intensa, tal experiência, como mostra o relato da técnica de enfermagem, Clarice Silva: ‘’Claro que a tristeza de perder pacientes também nos deixa muito abatidos. Uma vez que eles internam, ficam totalmente dependentes de nós, até pra tomar água, pois são totalmente isolados. Então naturalmente criamos afinidade’’ No mesmo relato, com a emoção em relação aos pacientes recuperados, Clarice também mostra o ou- Clarice Silva tro lado da moeda: “Todos os pacientes que passaram Técnica de enfermagem pela ala Covid e que foram internados, seja de curta ou do Hospital Montenegro

Todos os pacientes que passaram pela ala Covid e que foram internados, seja de curta ou média internação, saem cheios de gratidão, isso deixa-nos emocionados junto com eles e dá forças para continuar”

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exp ediente

Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) Endereço: Avenida Unisinos, 950. São Leopoldo, RS – Cep: 93022-750. (51) 3591.1122 www.unisinos.br REITOR: Marcelo Fernandes de Aquino VICE-REITOR: Pedro Gilberto Gomes PRÓ-REITOR ACADÊMICO E DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS: Alsones Balestrin PRÓ-REITOR DE ADMINISTRAÇÃO: Luiz Felipe Jostmeier Vallandro DIRETOR DA UNIDADE DE GRADUAÇÃO: Sérgio Eduardo Mariucci GERENTE DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO: Paula Campagnolo COORDENADORA DO CURSO DE RELAÇÕES PÚBLICAS: Taís Flores da Motta

jornada revista

Publicação experimental produzida por alunos da atividade acadêmica de Escrita Criativa, do curso de Relações Públicas

Orientação

Polianne Espindola (pmespindola@unisinos.br)

Textos

Andressa Luiza de Almeida Meinen Franciele Biehl Schuster Isadora Cardoso Julia Alves Pinheiro da Silva Lucas Cardoso dos Santos Marcelo Schneider de Moura Mariane De Oliveira Dineck Natalia Bariviera Tamires Carolina Bernardo Nunes Vitor Kochhann

Foto de capa

Arquivo do Hospital Montenegro

ARTE

Agência Experimental de Comunicação (Agexcom)

Coordenação geral: Cybeli Moraes

Projeto gráfico e diagramação: Marcelo Garcia ANÚNCIOS

Orientação pedagógica: Robert Thieme

Supervisão técnica:

Larissa Schmidt

Atendimento publicitário:

Carolina Schmidt Cecconello

Anúncio da página 2:

Gabriel Sangoi (redação, direção de arte e arte-finalização)

Anúncios das páginas 27 e 28:

Eduardo Xavier César (direção de arte e arte-finalização) Lea Kunh (redação)

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