CIRCULANDO ANO 14 NÚMERO 401
JORNAL-LABORATÓRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVALE - JULHO/AGOSTO DE 2012
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
Adriano Félix
Motos demais, respeito de menos Redução do IPI e crédito facilitado têm feito o valadarense abandonar a bicicleta e adquirir uma moto. Essa mudança vem atrelada ao aumento do número de acidentes e pouca fiscalização Elas estão por toda parte. Com destaque para a região central, é perceptível o aumento do número de motocicletas que circulam em Governador Valadares. Uma supervisora de vendas de uma concessionária do segmento na cidade afirma vender, por mês, cerca de 170 motocicletas. A facilidade de crédito, somada à redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e à insatis-
fação da população com a qualidade do transporte coletivo do município, têm levado muitos ciclistas a optarem pelas motocicletas. Transporte econômico, rápido, barato, mas perigoso. Para o especialista em transporte e trânsito Marcílio Teixeira, a prin¬cipal causa de acidentes é a falta de educação e atenção dos condu-tores dos veículos. Confira reportagem completa na Página 3. Motociclistas têm dificuldades para encontrar vagas para estacionar na região central da cidade
Especialistas e jovens-mães falam sobre gravidez na adolescência Páginas 4 e 5
OPINIÃO
Esportes radicais em alta
A prática de esportes de aventura, seja no ambiente urbano ou rural, tem despertado o interesse de quem procura adrenalina e novos desafios. De olho nesse mercado, três novas empresas iniciaram suas atividades, há cerca de um ano, em Governador Valadares. Eles apostam em qualificação profissional e segurança para conquistar público de todas as idades. Página 7
O fim dos quilinhos a mais Quer ler jornal? Vai comprar!
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Coletivo de cultura agita GV
Divulgação
Por meio de eventos dos mais variados, como o Noite do Vinil e o Dia do Skate (foto), o Coletivo Pedra Negra tem dado novos ares ao cenário cultural de Governador Valadares. O estudante de jornalismo Jonathan Coelho, 22 anos, é um dos fundadores do grupo. Ele garante que falta incentivo às mais diversas manifestações culturais da cidade e que o Coletivo já colhe resultados positivos das atividades desenvolvidas desde novembro de 2011. Página 6
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Arquivo pessoa
Produções do curso de Jornalismo disputam Expocom nacional A expectativa pelo resultado da etapa nacional da Exposição de Pesquisa Experimental em Comunicação (Expocom) é grande. Isso porque trabalhos de alunos do curso de Jornalismo da Univale poderão ser agraciados com o título de melhores do país, façanha obtida pelo jornal-laboratório Circulando, em 2003. O jornal 3° Setor em Pauta e a revista-laboratório GIRÔ concorrerão com universidades renomadas das quatro regiões do Brasil. A Expocom acontece durante o XXXV Congresso de Ciências da Comunicação (Intercom) entre os dias 03 e 07 de setembro, na Universidade de Fortaleza (UNIFOR), na capital cearense. Com o apoio da Univale, dos professores do curso e dos colegas de turma, a egressa Karla Nascimento Almeida irá a Fortaleza fazer a defesa oral de ambos os trabalhos classificados na etapa Sudeste. Mais detalhes na Página 8 Após representar os trabalhos acadêmicos premiados na Expocom Sudeste, a egressa Karla Nascimento de Almeida se prepara para a etapa nacional
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OPINIÃO
Arquivo pessoal
CRÔNICA
Quer ler jornal? Vai comprar! JOSÉ ILTON DE ALMEIDA / 6O PERÍODO DE LETRAS
Quando ouvia alguém dizer que ficava irritado ao dividir a leitura do jornal ou qualquer outro meio de informação escrita com outro leitor curioso e indiscreto, eu pensava que não havia motivos para tanto, que era um pouquinho de exagero. Pensava, porque outro dia, ao sentir isso na pele, ou na folha de jornal, como queiram, foi que eu percebi que não só é possível como deixa mesmo muito irritado ter que compartilhar a leitura com alguém que nem pede permissão e ainda lê em voz alta. É como diz o velho ditado: “pimenta nos olhos dos outros...”. Minha avó diria outra coisa, que não vem ao caso para não chocar ninguém. Estava eu tranquilamente esperando o ônibus já há uma meia hora, quando resolvi comprar um jornalzinho tablóide, muito conhecido na cidade, para passar o tempo de outra meia hora dentro dele até ao Centro. Vem o “busu” e lá vamos nós. En-
trei, sentei num cantinho mais tranquilo e comecei a folhear o dito jornal, quando no outro ponto entrou um casal (um rapaz e uma moça); sentaram-se nas cadeiras logo atrás da minha; ela na janela, ele no corredor. Como eu também estava na cadeira perto da janela, ele esticou-se para frente e pôs o imenso pescocinho de avestruz quase dentro da página do jornal que eu lia. Tomei um susto e pensei que ele iria perguntar alguma coisa, pedir alguma informação. Nada disso! Ele começou a ler em voz alta as manchetes, sem a menor cerimônia e constrangimento. Tirava o pescoço e comentava com a moça: “Cê viu?”. Claro que ela não viu! De onde ela estava a visão não era muito boa. “Expulsaram uma adolescente da escola só porque ela pintou os cabelos de azul. Que absurdo!”. É mesmo! – pensei eu – Um absurdo absurdamente grande alguém ler sem pedir, em voz
alta e ainda comentando pra todo mundo escutar. Mudei a página sem ler o miolo da matéria. E lá vem ele de novo! “Cê viu? (sem comentários) O Lindemberg pegou quase 100 anos de cadeia. A menina perguntou quem era esse tal de Lindemberg. Não sei se ela não sabia mesmo ou não queria render muita conversa. E a essas alturas, eu quase me virei no banco pra pedir a ele que se quisesse ler que o fizesse em silêncio ou em voz baixa, só para si. Mas resolvi tomar uma atitude mais drástica: fechei o jornal e o guardei na bolsa, esperando que eles descessem ou outra ocasião mais tranquila para continuar minha leitura. De preferência sozinho. E ainda tem gente que fala mal do transporte público. Talvez tenham um pouco ou muita razão, se for o caso. Pode até não ser muito confortável, mas que rende muito assunto, ah, isso rende! É como já dizia a minha avó: “pimenta no do gato é refresco!”.
CRÔNICA
O fim dos quilinhos a mais PRISCILLA PEREIRA / 5O PERÍODO DE JORNALISMO
Arquivo pessoal
Grande parte da população mundial luta contra a balança, e esse número tem aumentado cada dia mais. O número de obesos no mundo tem preocupado e muito os profissionais da saúde. Afinal, ter aqueles famosos “quilinhos a mais” não é nada bom. As formas para perder peso são inúmeras: tomar remédios, fazer cirurgias, exercícios físicos, reeducação alimentar entre outras. Hoje em dia a escolha certa é que faz a diferença. Muitas pessoas estão optando por um método natural e sem riscos à saúde, é o caso da reeducação alimentar somada aos exercícios físicos. Os motivos para optar por essas formas de eliminar peso são, na maioria das vezes, os mesmos: entrar em determinada roupa, por motivos de saúde ou até mesmo por preconceito ou estética. É o caso da empresária gaúcha Ana Rúbia, de 29 anos, exibido em uma edição do Jornal Nacional. Com o casamento marcado ela decidiu deixar o vestido no último lugar da lista de preparativos e começar uma reeducação alimentar. Com essa escolha ela eliminou 16 kg e encontrou, segundo ela, o vestido “perfeito” para a ocasião e se sentiu linda. Antes de escolher o caminho da reeducação alimentar ela já havia
utilizado remédios como à sibutramina e pensou até em uma lipoaspiração, escolha que não teve o mesmo resultado que a reeducação alimentar e que poderia ter colocado sua vida em risco. No começo, as pessoas disseram que era só pra casar, que depois ela iria recuperar todos os quilos perdidos. Foi aí que ela mostrou que não e depois de casada ainda emagreceu 6 kg. Ela não está sozinha em meio ao drama da obesidade. Eu mesma já passei por essas etapas, mas hoje optei por seguir o exemplo de Ana e comecei uma reeducação alimentar seguida com exercício físico que já me ajudaram a eliminar 14,2kg. O que tenho como objetivo? Escolher o meu vestido de formatura em meados de 2013 e não deixar que ele me escolha pelo tamanho. Quero estar linda e deslumbrante com uns 30 kg a menos no manequim. Não é uma batalha fácil, confesso. O preconceito por ser gordo é muito grande e o apoio, às vezes, é pouco. Mas com determinação, persistência e ajuda de profissionais de qualidade é possível. A minha luta contra a balança já começou. Comece você também e opte por uma vida saudável e com mais qualidade.
O Jornal-Laboratório Circulando é uma publicação bimestral do Curso de Jornalismo da Faculdade de Artes e Comunicação (FAC). Fundação Percival Farquhar Presidente Francisco Sérgio Silvestre Universidade Vale do Rio Doce Reitora Profa. Ana Angélica Gonçalves Leão Coelho Diretora de Área das Ciências Humanas e Sociais Profa. Cláudia Gonçalves Pereira Coordenadora do Curso de Jornalismo Profa. Nagel Medeiros Editora e Jornalista Responsável Profa. Fernanda Melo (MG11497/JP) Revisão Textual José Ilton de Almeida e Simone Eloi dos Santos (6º Período de Letras) sob a supervisão da Profª Elisângela Rodrigues Andrade Vieira Helal Editoração Eletrônica Brian Lopes Honório (Editora Univale) Impressão / Tiragem Inforgraf / 500 exemplares Redação Laboratório de Jornalismo Carlos Olavo da Cunha Pereira (LabJor) Rua Israel Pinheiro, 2.000, Bairro Universitário - Campus Antônio Rodrigues Coelho - Edifício Pioneiros, Sala 4 - Governador Valadares/Minas Gerais - CEP: 35.020-220.
Contatos: (33) 3279-5956 / circulando@univale.br
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TRÂNSITO
Adriano Félix
Venda de motos cresce; imprudência e desrespeito às leis de trânsito também ADRIANO FÉLIX E ROSANA BORGES 5º PERÍODO DE JORNALISMO
A população de Governador Valadares tem a bicicleta como um dos principais meios de transporte. E isso se dá por vários motivos: cidade plana, com altas temperaturas na maior parte do ano e a maioria dos bairros ligados ao Centro. Elas são leves, práticas e deixam os usuários em contato com o vento e com a natureza, além de combinar boa forma e praticidade. Seja para o trabalho ou para o lazer, os ciclistas conseguiram conciliar economia e saúde em um só veículo. Mas o crescimento urbano tem chegado com intensidade, as distâncias aumentaram e o transporte coletivo não atende às necessidades da população. Muita gente reclama do desconforto e do preço da passagem. Esses e outros fatores como o fácil acesso a financiamentos bancários e independência financeira cada vez mais cedo, proporcionaram a transição da bicicleta para a motocicleta. Transporte econômico, rápido, mas perigoso. De acordo com dados de janeiro de 2012 do Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN), circulam pela cidade, aproximadamente, 100 mil veículos. Desses, cerca de 30 mil são motocicletas. Nos últimos quatro anos o crescimento da frota desse veículo foi de 25%. Com a venda de motocicletas em alta, uma empresa de Belo Horizonte decidiu instalar-se na cidade. Das 14 lojas da empresa em Minas Gerais, uma está em Governador Valadares. A loja conta com sete vendedores de salão, sendo que cada um tem como meta vender 25 motos por mês. Contudo, ultrapassam a meta e alguns chegam a vender até 40 motos. “São mais de 175 motos a mais circulando
por mês no trânsito da cidade”, informa a supervisora de vendas Franciane Tomás de Oliveira. O que se observa é que o trânsito da cidade não conseguiu adaptar-se a esse crescimento. E a principal consequência é o aumento no número de acidentes que, muitas vezes, provocam vítimas fatais. Quando não matam, os desastres costumam deixar sequelas permanentes. Segundo dados de 2007 do Departamento de Informática do SUS (DATASUS), calcula-se que, nos últimos 20 anos, 12 milhões de pessoas perderam a vida em acidentes de trânsito e 250 milhões sofreram os mais variados tipos de ferimentos. No cenário mundial, o Brasil ocupa o quinto lugar entre os recordistas em mortes no trânsito, atrás da Índia, China, Estados Unidos e Rússia. A estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS) é que, em todo o mundo, cerca de 1,3 milhões de pessoas perdem suas vidas anualmente no trânsito e cerca de 50 milhões sobrevivem feridas. A maioria das vítimas utilizava motocicleta. Em Governador Valadares foram registrados, de acordo com o Corpo de Bombeiros, 100 acidentes de trânsito com motocicletas entre os meses de janeiro e março de 2012. O vendedor Bruno Brasil, 28 anos, acabou entrando para essas estatísticas. Ele sofreu apenas escoriações, mas a moto ficou praticamente destruída. Tendo que atender vários clientes durante o dia, dentro e fora da cidade, com a bicicleta ele não conseguiria realizar o trabalho com eficiência e optou por comprar uma moto. O motivo não foi só pela mudança de cargo, mas também pela rapidez que o veículo oferece. “Acho arriscado andar de moto em Valadares porque o número de veículos aumentou e os carros não respeitam as motos”.
Educação e rigor na fiscalização Para o especialista em transporte e trânsito Marcílio Teixeira, a principal causa de acidentes é a falta de educação e atenção dos condutores dos veículos. Há um impacto na mudança de veículo, no caso, de bicicleta para motocicleta. Para ele, as pessoas trocam de veículo e não mudam a mentalidade ou o modo de transitar, praticando certas irregularidades, como não respeitar os sinais de trânsito, fazer ultrapassagens arriscadas ou conversões proibidas, circular em alta velocidade e não respeitar os demais usuários da via. “Os motociclistas estão disseminando conceitos errados para os motoristas que também estão descumprindo as regras de trânsito. Vendo aquelas imprudências todos os dias e não havendo punições, os condutores acabam adotando a prática de dirigir seu veículo com irresponsabilidade”, analisa. Marcílio defende que o trânsito da cidade precisa passar por intervenções sérias e urgentes. Perguntado se estamos próximos do caos no trânsito declara que “já estamos vivendo o caos”. Hoje, a cidade conta com 18 agentes de trânsito para fiscalizar aproximadamente 100 mil veículos. O Manual de Municipalização do Trânsito, elaborado em 2000 pelo Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN), estabelece uma média de um agente para cada dois mil
veículos. A Prefeitura, por meio da Secretaria de Comunicação, informou por meio de nota que já estuda o aumento do quadro de funcionários com o objetivo de melhorar o trânsito da cidade. Sabendo da deficiência na fiscalização e punição, o mototaxista José Carlos Velita, 44 anos, há 15 anos na profissão, admite que pilota de forma perigosa. No local onde trabalha são 16 mototaxistas e todos já sofreram acidentes de trânsito. Um dos mais graves aconteceu no dia 9 de maio deste ano. Segundo José Carlos, o amigo João Lúcio, de 34 anos, era mototaxista nas horas vagas. Transitava pela BR 116, próximo ao bairro Turmalina, quando um ciclista atravessou na frente da motocicleta. João Lúcio não teve tempo de parar e bateu. Ele morreu no local do acidente, deixando mulher e dois filhos. José Carlos se emociona ao lembrar do amigo e companheiro de trabalho. Mas a correria do dia a dia e a profissão exigem que ele transite nas vias sem observar as medidas de segurança. Argumenta que o trânsito de Governador Valadares está mal organizado e esse é um dos motivos para os motociclistas se arriscarem tanto. “Tem muito motoqueiro irresponsável, pouca ciclovia para os ciclistas, os carros não respeitam as motos, os pedestres não respeitam os carros e os motoqueiros abusam mesmo”, opina.
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SAÚDE
Gravidez na adolescência, um Falta de orientação sexual, perda dos valores familiares e ausência de um projeto de vida bem traçado Stock.xchng/Denise Thuler
CRISTYANE MONTEIRO E SÔNIA MIRANDA 5º PERÍODO DE JORNALISMO
Um dos sérios problemas de saúde pública no Brasil, a gravidez na adolescência, atinge principalmente as classes sociais mais baixas e de menor escolaridade. A gravidez nessa fase da vida de uma mulher não é algo novo. A sociedade sempre teve dificuldade de conviver com essa realidade, embora nos tempos atuais encare tal situação com mais naturalidade. Contudo, isso não minimiza o fato desse fenômeno precisar ser encarado com determinação pela família, escola, governo e sociedade civil. Dos 12 aos 18 anos a adolescente ainda está em fase de formação, tanto física quanto psicológica. Por isso, uma gravidez pode provocar muitos riscos à saúde da gestante e do bebê. Muitas vezes a gravidez só é descoberta meses depois, o que dificulta o acompanhamento médico correto e existem muitas chances de surgir patologias como aumento da pressão, pré-eclâmpsia, diabetes e parto pré-maturo. Mário Murta é ginecologista e obstetra há 9 anos e conhece bem esta realidade, pois convive diariamente com ela. De acordo com o especialista, as dificuldades para as adolescentes já começam antes mesmo da gravidez. Isso porque, normalmente, essas meninas não têm orientação sexual em casa e, muitas vezes, tem medo de conversar com os pais. Logo, não se previnem. “Quando engravidam vem todo um aspecto social. A gravidez provavelmente não foi programada e ela tem medo de encarar a verdade e contar para os pais, esconde o máximo que pode e, assim, começa o pré-natal muito tarde. Isso vai possibilitar ocorrências de riscos para a saúde dos dois, mãe e filho”, explica. Pediatra há quase três décadas, Darlan Côrrea Dias diz que antes do advento da pílula a cultura era ter filho muito cedo, a mulher tinha esse papel na sociedade, procriar e cuidar da família. Com o advento da pílula e a inserção da mulher no mercado de trabalho essa visão mudou e a gestação na adolescência sofre uma pressão social muito grande, pois o que se espera da adolescente é que ela estude e se desenvolva profissionalmente. A menina que engravida aos 13 anos, no entanto, vai reduzir suas chances de inserção no mercado de trabalho. De acordo com Darlan, a maioria das adolescentes que engravidam são meninas sem um projeto de vida bem traçado. “Em primeiro lugar elas procuram a mesma respeitabilidade que as mães têm na comunidade; em segundo elas acreditam que engravidando vão conseguir reter um companheiro, o que é um engano, pois com 28 anos trabalhando nessa área, dificilmente vi a participação dos companheiros. Outra coisa que é própria dos adolescentes é o fato de se acharem intocáveis, sempre acreditam que as coisas só acontecem com os outros”, declara. O pediatra diz ainda que ser filho de adolescente é um problema, pois ao contrário das nossas bisavós que desde muito cedo já cuidavam dos irmãos menores e foram criadas para a procriação, as adolescen-
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Com o advento da pílula e a inserção da mulher no mercado de trabalho essa visão mudou e a gestação na adolescência sofre uma pressão social muito grande, pois o que se espera da adolescente é que ela estude e se desenvolva profissionalmente. Darlan Corrêa Dias, pidiatra
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A gravidez provavelmente não foi programada e ela tem medo de encarar a verdade e contar para os pais, esconde o máximo que pode e, assim, começa o pré-natal muito tarde. Mário Murta, ginecologista e obstetra
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SAÚDE
antigo problema que persiste são apontados por especialistas como possíveis causas para a gravidez das adolescentes na atualidade tes hoje não estão prontas para cuidar de uma criança. “A grande maioria, por falta de preparação, não consegue amamentar muito tempo e o aleitamento materno não é simples quanto se imagina, exige todo um processo de informação e preparação psicológica. O abandono do aleitamento materno nesse momento é muito alto e isso para a saúde da criança é um desastre”, ressalta.
Stock.xchng/Jeinny Solis
Responsabilidade compartilhada
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Apesar da pouca idade, em nenhum momento pensei em fazer um aborto e a minha família, mesmo chateada, não concordaria com isso. J.S.L., adolescente, 16 anos
A família tem delegado a função da educação sexual para a escola. Os professores, por sua vez, são mal remunerados, sofrem ameaças e muitos não estão preparados para abordar tal assunto. Assim, a família, a escola e o poder público se omitem. Segundo Darlan, é necessário que a família resgate seus valores e volte a assumir seu papel na sociedade. “Hoje, quem cuida da criança é a televisão ou a internet. Muitas vezes quem assume o papel da educação são as avós. Esse é outro fenômeno muito frequente, as avós-mães. O papel delas mudou muito, não é mais aquela que estraga o neto, ela é a mãe. Isso também prejudica a formação da criança, pois a avô não tem mais condições e paciência para educar”. A assistente social Fernanda Alves de Oliveira explica que, atualmente, a participação da família durante a gestação da adolescente tem aumentado bastante. No caso de menores de 18 anos, é obrigatório o acompanhamento de alguém responsável, principalmente durante o parto. Quando ninguém comparece, a lei permite acionar o Conselho Tutelar. “Normalmente, se os pais não estão presentes, a gente aciona o Conselho Tutelar Stock.xchng/Jeinny Solis
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É essencial o acompanhamento da família porque a mãe sai do hospital perdida, é tudo muito novo para ela. Fernanda Alves de Oliveira, assistente social
Adolescente, de 14 anos, diagnosticada com gravidez de risco, em atendimento no Centro Viva Vida
para intimá-los a comparecer, mas ultimamente, é muito raro ter que fazer isto. É essencial o acompanhamento da família porque a mãe sai do hospital perdida, é tudo muito novo para ela”, conta.
garante que valeu a pena, pois a filha é a coisa mais importante para ela. Com a adolescente J.S.L, de 16 anos, o processo foi um pouco diferente; ela foi mãe aos 14 anos. “No início minha família rejeitou, brigaram muito comigo. Disseram que estava muito nova, não estava preparaJovens-mães opinam Para as adolescentes isto nem sem- da para esse momento e deveria ter pre é visto como um desafio. A. A. V. me cuidado mais. Apesar de saber que teve sua filha aos 16 anos e conta que, estava muito nova eu quis engravidar. embora sempre orientada pelos pais, Durante a gravidez tive muitos enjoos, não procurou se prevenir. No início da o pré-natal só começou mais tarde, gravidez afirma que teve muito medo, pois descobri que estava grávida aos mas em nenhum momento pensou quatro meses de gestação. Apesar da em aborto. Contou com o apoio dos pouca idade, em nenhum momento pais e do companheiro. A filha nasceu pensei em fazer um aborto e a minha de cesariana devido a algumas com- família, mesmo chateada, não concorplicações e, muito feliz, alega que pre- daria com isso”, afirma corajosamentende voltar a estudar. Apesar de tudo, te a menina.
Ações para garantir a saúde da mãe e do bebê De acordo com o pediatra Darlan Corrêa Dias e com o ginecologista Mário Murta, a saúde da mulher nos últimos anos não é vista com a atenção que merece pelo sistema público de saúde. Contudo, atualmente, há uma preocupação maior e existem mais projetos que buscam promover a saúde da mulher em geral. No caso da adolescente, a situação ainda é muito crítica e precisa avançar. Entre os esforços destacam-se, por exemplo, a Rede Cegonha, que é uma estratégia que visa garantir às mulheres o direito ao planejamento reprodutivo e atenção humanizada à gravidez, ao parto e às crianças o direito ao nascimento, crescimento e desenvolvimento saudáveis. A Rede Cegonha garante ao recém-nascido o atendimento nas Unidades Básicas
de Saúde (UBS’s) e possibilita que a criança continue sendo atendida pelo médico ou enfermeiro todo mês durante os primeiros seis meses de vida, duas vezes até completar 12 meses e uma vez até os dois primeiros anos de vida do bebê. Os recém-nascidos prematuros, com baixo peso ou algum outro fator que coloque em risco seu crescimento e desenvolvimento são acompanhados com mais frequência nos ambulatórios dos hospitais e pelas equipes das UBS’s. O estado de Minas Gerais oferece ainda outros programas de atendimento à saúde da mulher e do bebê, como o Programa de Assistência Integral a Saúde da Mulher (PAISM), criado em 1983, e o Programa de Humanização do Pré-Natal e Nascimento (PHPN).
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CIDADE
Fruto do crime em benefício do cidadão Entre os objetos apreendidos pela Polícia Federal de Governador Valadares, estão armas, dinheiro, veículos e eletroeletrônicos. Após perícia e avaliação judicial, podem retornar à PF para uso nos serviços prestados à população Divulgação
pó. Duas armas foram encontradas com os traficantes e 14 veículos foram apreendidos de janeiro até o mês de outubro.
Destinação
A TV de 29”, apreendida em uma das operações da PF, torna a espera do público mais confortável PATRÍCIA BRASIL 5º PERÍODO DE JORNALISMO
A Polícia Federal de Governador Valadares realizou, até outubro de 2011, seis operações. Dentre as mais importantes estão as que receberam o nome de Alicerce, em que empresas de materiais de construção foram investigadas por cometer fraudes contra a Caixa Econômica Federal; nove pessoas foram presas. Na operação Colateral, em que anfetaminas, estimulantes e remédios usados no processo de emagrecimento foram apreendidos, sete pessoas respondem pelos crimes de tráfico de drogas e venda ilegal de medicamentos. Na operação Raio X,
quatro empresários da cidade ficaram 30 dias na cadeia por suspeitas de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. A Polícia descobriu que empresas de Valadares sonegaram mais de R$ 200 milhões em impostos. Os empresários foram condenados a pagar ao Estado todo o dinheiro sonegado. Além das operações, 25 flagrantes foram registrados no ano passado. Vários mandados de prisão, busca e apreensão foram cumpridos. Dentre operações, prisões em flagrante e apreensões, a Polícia Federal soma um grande número de materiais apreendidos. Ao todo, 104 Kg de maconha, sete de pasta base, usada no refino da cocaína e 1 Kg da droga em
Muitas pessoas devem se perguntar sobre o que é feito com todo esse material apreendido. O delegado da Polícia Federal de Governador Valadares, Cristiano Costa Campidelli, explica que cada caso precisa ser estudado e encaminhado à Justiça conforme os autos do inquérito. “Se ficar comprovado que os materiais apreendidos numa operação ou numa prisão em flagrante são produtos comprados com o dinheiro do crime, todo o material precisa ser periciado e depois encaminhado à Justiça ou ao órgão responsável pelo recebimento dos objetos”. As armas, por exemplo, depois de periciadas, são encaminhadas à Justiça e arquivadas junto aos autos do processo. As que não estão catalogadas em processos são encaminhadas ao Ministério do Exército para serem destruídas, juntamente com as armas das campanhas do desarmamento. Só de janeiro a outubro de 2010, 158 armas foram entregues na sede da Polícia Federal. Cargas de aparelhos de celular, cigarros, brinquedos e todo produto fruto de contrabando, devem ser entregues à Receita Federal. As drogas são incineradas uma vez ao ano, no Dia Nacional de Combate às Drogas. No mês de junho de 2010, em uma fábrica de tijolos da cidade, foi feita a incineração. Foram quei-
mados remédios, bichos de pelúcia e outros brinquedos usados por traficantes para esconder drogas, panelas e utensílios para o preparo e refino de cocaína, além de maconha e crack. Os medicamentos apreendidos, considerados drogas e que não fazem parte de nenhum processo judicial, são juntamente incinerados. Já em relação a dinheiro em espécie, o delegado explica que toda quantia apreendida em uma operação tem que ser, obrigatoriamente, depositado no primeiro dia útil seguinte à apreensão, numa conta da Justiça, na Caixa Econômica Federal. Esse dinheiro é distribuído pelo Estado para programas de combate às drogas e recuperação de pessoas envolvidas com o tráfico. É também investido na compra de equipamentos para as polícias. Os veículos que a polícia apreende ficam guardados em um pátio à disposição da Justiça. No pátio da sede da Polícia Federal de Governador Valadares existem carros e motos que aguardam liberação e encaminhamento judicial. De acordo com o delegado, hoje, 50% dos veículos da frota da Polícia Federal, são carros recuperados de traficantes e criminosos. No saguão da delegacia, uma TV 29”, fruto de apreensão, é usada para oferecer um pouco mais de conforto e comodidade às pessoas que fazem uso dos serviços prestados pela Polícia Federal. “Todo o processo precisa ter autorização judicial. Os objetos de interesse da Polícia precisam ser encaminhados ao juiz e só depois de expedida uma autorização é que eles podem ser usados”, esclarece.
Esforços coletivos pela cultura de GV LUCY MATTOS 3º PERÍODO DE JORNALISMO
Coletivo Pedra Negra. Esse é o nome dado ao movimento cultural surgido em novembro do ano passado, em Governador Valadares, com o intuido de incentivar as mais diversas formas de expressão cultural. Entre seus fundadores está o estudante de jornalismo Jonathan Coelho, 22 anos, recém chegado dos Estados Unidos ao Brasil. Ele percebeu, junto com alguns amigos, carências culturais na cidade e resolveu fundar um coletivo para pensar, discutir e agitar o cenário da cultura local. Realizadores de movimentos já conhecidos como a Noite do Vinil e o Grito Rock, recentemente se lançaram em novos projetos como o Dia do Skate, realizado no final de junho deste ano na Praça da Estação. Apesar do pouco tempo de atuação, os integrantes do Coletivo Pedra Negra acreditam que já é possível perceber mudanças resultantes das atividades que desen-
Divulgação
“Eu admiro a produção deles, como interagem com diferentes estilos e os eventos que organizam, pois são sempre bem administrados”.
Como participar Qualquer pessoa pode se tornar um membro do Coletivo Pedra Negra que, atualmente, é composto por 15 integrantes. São esses membros que se mobilizam e tornam os projetos possíveis. Para fazer parte basta “entrar em contato com o Coletivo pelo Facebook e mandar a solicitação. Não precisa de nada mais além de vontade”, explica a universitária Ana Eliza Ferras, 20 anos, integrante ativa do grupo. Quando questionada sobre o O evento Dia do Skate, realizado na Praça da Estação, reuniu pessoas de todas as idades motivo que a levou a se engajar, afirAdmiradores do Coletivo Pedra ma que foi pela bandeira da cultura. volvem. “O retorno mais legal é podermos ver diferentes grupos trabalhan- Negra já somam mais de 400 em sua “Resolvi participar porque o motivo do juntos em prol do favorecimento página na rede social Facebook. Entre principal do Coletivo é apoiar a cultuda cultura”, comemora Jonathan. “É eles está o administrador de empre- ra e eu acho que todos nós devemos importante ver as barreiras diminuin- sas Carlos Alberto Lucidi Junior, 23 contribuir mais para isso. Se todos fido entre os grupos culturais, deixando anos, que afirma sempre acompanhar zerem sua parte, o país será bem meassim a competição de lado”, ressalta. os eventos produzidos pelo Coletivo. lhor”, defende.
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ESPORTE
Adrenalina e integração com a natureza Só no último ano, três novas empresas do segmento de esportes de aventura iniciaram suas atividades em Governador Valadares. De acordo com empresários do setor, a cidade e região oferecem paisagens convidativas à prática desses esportes por pessoas de todas as idades
Diferencial As empresas que atuam no mercado valadarense oferecem esportes como rapel, escalada, cascading, tirolesa, arvorismo e trekking. Para se destacar, elas têm clareza que precisam de um diferencial para competir em meio a tantas novidades. “A Muriqui Aventuras tem foco no cooperativismo; trabalha com equipes multidisciplinares e busca profissionais de várias áreas.
Também trabalha com equipamentos certificados e novos, pois em se tratando de segurança, não abrimos mão do melhor”, garante Bastos. Breno concorda com a aplicação dos diferenciais como a segurança e profissionais de qualidade. No entanto, ressalta a experiência como melhor aliado. “Temos como diferencial a formação do grupo por um biólogo e dois educadores físicos que foram monitores e participaram de projetos de extensão durante a faculdade. Fomos integrantes do grupo organizador do 2º Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura, ocasião em que ministramos uma oficina de escalada, destaca Coelho. Para os interessados em tais esportes, Bastos deixa claro que não existem restrições. “O público é bem diversificado, desde crianças a adultos, indiferente se já são ou não adeptos de alguma atividade física. O interessante é que a cada novo aventureiro que recebemos, temos a certeza de que a sua experiência contada a amigos e familiares faz com que uma semente seja plantada. Assim, é despertado o espírito aventureiro que todos já nascem com ele”. A empresa Muriqui Aventuras atende por meio do telefone (33) 91383420 ou pelo site www.muriquiaventuras.com.br. O grupo Friends Adventure pode ser acionado pela rede social Facebook no endereço www.facebook. com/#!/friendsadventure.gv ou pelo telefone (33) 9965-3120. A GV Adventures também está no Facebook: www. facebook.com/GV.Adventure.
Fotos: Divul gaçã
Há alguns anos existia apenas um; em meados do ano passado criava-se o segundo e, recentemente, Governador Valadares recebeu três grupos empreendedores que prestam serviços no segmento de esportes de aventura. São eles: GV Adventure, Muriqui Aventuras e Friends Adventure GV. Pelo fato de a cidade e região proporcionarem condições para a realização da prática de esportes relacionados à natureza e por sua população ser composta por muitos jovens e demais pessoas preocupadas com a saúde e o bem-estar, novas empresas têm escolhido o município para oferecer diversos serviços na área. “Já era comum a prática de esportes como montain bike, voo livre, canoagem dentre outros aqui na cidade. Com toda riqueza natural os esportes de aventura não poderiam ficar de fora. Foi aí que veio a ideia de criar a empresa. Oferecer à população atividade física em conjunto com a natureza, mostrando o quanto é importante preservar e que é possível usufruir sem destruir”, conta Gabriel Bastos dos Santos, 22 anos, estudante do 7º período de Design Gráfico da Universidade Vale do Rio Doce (Univale) e um dos sócios da Muriqui Aventuras. Para o valadarense de 35 anos, Breno de Oliveira Coelho, sócio e diretor financeiro da Friends Adventure, e outros dois sócios também naturais de Governador Valadares, não há dúvidas de que a cidade oferece um potencial natural muito grande para a realização de tais práticas. “Temos a ideia de trabalhar no segmento desde os tempos de monitoria na disciplina Esportes da Natureza na faculdade. Trabalhamos no segmento dos esportes e atividades de aventura como escalada, rapel, trakking, excursões, acampamentos e provas de aventura. Atuamos, normalmente, por encomenda, atendendo grupos ou individualmente, sendo que cada atividade requer um orçamento específico”, detalha.
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AGATHA BRUNELLY E VANESSA FÓFANO 3º PERÍODO DE JORNALISMO
(De cima para baixo) Rapel na cachoeira Véu da Noiva, no distrito de Pontal, em Governador Valadares, organizado pela Friends Adventure // Profissionais da Muriqui Aventuras e clientes após atividades na cachoeira Véu da Noiva // Rapel noturno em viaduto de Ipatinga, a 100km de Governador Valadares, realizado pela Muriqui Aventuras
CIRCULANDO
Julho/Agosto de 2012
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CURSO DE JORNALISMO
Na disputa entre os melhores do Brasil Em junho, dois trabalhos de egressos do curso de Jornalismo levaram o 1º lugar na Expocom Sudeste. Em setembro, disputarão a etapa nacional com produções de universidades públicas e privadas das outras quatro regiões Divulgação
DA REDAÇÃO
Dois trabalhos de egressos do curso de jornalismo da Univale (turma 2008-2011) concorrerão ao prêmio de melhor produção acadêmica do país na XIX Exposição de Pesquisa Experimental em Comunicação (Expocom). A edição nº 10 da revista-laboratório GIRÔ e o jornal 3º Setor em Pauta faturaram o 1º lugar na Expocom Sudeste e, agora, disputam com os trabalhos vencedores, de universidades particulares e públicas, das outras quatro regiões do Brasil. A GIRÔ, elaborada por todos os integrantes da turma na disciplina Jornalismo de Revista, é fruto de um trabalho interdisciplinar desenvolvido em parceria com os cursos de Design Gráfico e Letras, da Univale. Já o jornal 3º Setor em Pauta foi elabora- Alunas do curso de Jornalismo durante cerimônia de premiação da Expocom Sudeste, em Ouro Preto do por um grupo de cinco alunos como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). A Expocom Nacional acontece entre os dias 03 e 07 de setembro, na Universidade de Fortaleza (UNIFOR), no Ceará. O evento compõe a programação do XXXV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação que, se3º Setor em Pauta gundo os organizadores, contará com a participação de, aproximadamente, ■ Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) cinco mil pessoas entre estudantes, ■ Universidade Federal do Amazonas (UFAM) professores e pesquisadores da área de ■ Universidade de Fortaleza (UNIFOR) comunicação. ■ Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM)
Nossos concorrentes
Expectativas
A recém-graduada em jornalismo, Karla Nascimento de Almeida, demonstra-se animada com a tarefa de representar os alunos e o curso de Jornalismo em Fortaleza. “Assim como na Expocom Sudeste, será uma satisfação participar desse evento representando a turma por meio das nossas produções coletivas. Tenham a certeza que da minha parte farei o melhor para trazer os prêmios”. Orientadora dos trabalhos premiados na Expocom Sudeste, a professora Fernanda de Melo Felipe da Silva revela confiança. "Ambas as produções foram pensadas e desenvolvidas com intensa reflexão teórica e zelo na parte técnica. Acredito que por isso e também pelos elogios que os nossos trabalhos receberam, na etapa regional, temos grandes chances de conquistarmos o 1º lugar”. Fernanda ressalta que o curso de jornalismo da Univale carrega em seu histórico o prêmio de melhor jornal-laboratório do país, façanha conquistada pelo Circulando, em 2003. Para a coordenadora do curso de Jornalismo da Univale, Profª Ms. Nagel Medeiros, os resultados comprovam o mérito do corpo docente e discente do curso. “A vitória no Expocom Sudeste e a disputa no nacional comprova a qualidade do ensino de Jornalismo do nosso curso. Concorremos com universidades federais muito conceituadas e localizadas em capitais. Representamos Minas Gerais na etapa final”, avalia.
Revista-Laboratório GIRÔ ■ Universidade Federal de Goiás (UFGO) ■ Universidade Federal do Amazonas (UFAM) ■ Universidade Federal da Bahia (UFBA) ■ Universidade de Caxias do Sul (UCS)
Critérios de avaliação 1) adequação do trabalho em relação à modalidade em que foi inscrita; 2) consistência teórica do paper e a sua coerência com a respectiva peça; 3) inovação e o experimentalismo do trabalho; 4) viabilidade (tecnológica, gerencial e mercadológica) do trabalho; 5) qualidade (ética, técnica e estética) do trabalho.
Sobre a Expocom e a Intercom A Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom), fundada em 1977, em São Paulo, é uma instituição sem fins lucrativos, destinada ao fomento e à troca de conhecimento entre pesquisadores e profissionais atuantes no mercado. Esta instituição promove, a cada ano, a Expocom, uma exposição e um prêmio destinado aos melhores trabalhos experimentais exclusivamente produzidos por alunos de graduação no âmbito dos cursos de Comunicação Social e suas habilitações.
Comemoração Expocom Sudeste
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Fico extremamente feliz por fazer parte deste curso, nesta universidade! Gostaria de deixar registrada minha admiração pelos meus colegas vitoriosos, nosso curso tem muito a oferecer e eles são a prova dessa feliz realidade. Estou certa em acreditar no bom preparo que estou recebendo para minha tão sonhada profissão. Mais uma vez, parabéns! Thaís Herculana Martins 1º período de Jornalismo
Super bacana! Fico muito feliz mesmo por saber que estamos com essa moral! Vanessa de Oliveira Fófano 3º período de Jornalismo
Bacana demais! Parabéns aos alunos que concorreram. Um abraço a todos e que venha a etapa nacional. Patrícia Alves de Oliveira 5º período de Jornalismo
Um BIG, HIPER, MEGA, SUPER PARABÉNSSSSSSSSSSSS a todos que contribuíram pra esse SUCESSO. =))) Priscilla Alves Pereira 5º Período de Jornalismo
Fico muito feliz em fazer parte desse curso, muito orgulhosa pelos meus colegas. E gostaria de dizer que apesar dos problemas da instituição, torço para que possamos caminhar para que nosso curso continue se destacando como um do melhores de Minas Gerais. Maria Madalena de Freitas Souza 3º período de Jornalismo