Circulando Edição 523

Page 1

4

Atletas terão oportunidade de fazer curso

9

8

Os reflexos do torneio para a cidade

Farmácia foca em atividades de prevenção

11

Muito jovens, mas cheios de histórias

Circulando JORNAL-LABORATÓRIO

CURSO DE JORNALISMO

ESPECIAL

JULHO 2015

Visibilidade positiva para a Univale

5

ANO 16 EDIÇÃO 523

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Foto: Mauro Lúcio/6º Período

Univale faz parceria com Filadélfia e já projeta resultados

FOTO: Natália Carvalho/6º Período

Página

3

Para o ex-tenista profissional Jaime Oncins, aliar os estudos à prática esportiva é a receita para o sucesso. Oncins, considerado um dos principais tenistas da história do Brasil, esteve em Valadares, no final de junho, para uma palestra no salão social do Filadélfia, na cerimônia de abertura

Software do curso de SI vai auxiliar atletas

FOTO: GABRIELLA MARIANO/6º PERÍODO

FOTO: Gabriella Mariano/6º Período

do Torneio Univale de Tênis Infanto-Juvenil. Ele contou que mesmo depois de encerrar sua carreira como tenista profissional, não deixou as quadras. Hoje, vive na Flórida, nos Estados Unidos, onde é treinador e diretor técnico de tênis de uma escola que visa aliar o ensino com a prática de esportes.

4

A parceria entre a Univale e o Filadélfia envolveu também o curso de Sistemas de Informação (SI). Durante o torneio de tênis, os alunos participaram da competição dando suporte aos atletas. Com auxílio de professores, eles utilizaram um software para acompanhar e registrar o desem-

Apoio dentro e fora das quadras de tênis

penho de alguns esportistas. Uma ação que deverá ser adotada nas competições que estão previstas para o segundo semestre deste ano, no Filadélfia. O curso já está trabalhando para desenvolver um novo software que atenderá as necessidades da equipe técnica dos atletas do tênis.

5 Página

Oncins defende aliar esporte com estudos

Página

2

A Universidade Vale do Rio Doce (Univale) mais uma vez escreveu seu nome na história de Governador Valadares. Desta vez, por ter sido a principal apoiadora da Sociedade Recreativa Filadélfia na realização do Torneio Univale de Tênis Infanto-Juvenil 2015, realizado em junho, nas dependências do clube, e organizado pela Confederação Brasileira de Tênis (CBT). A competição foi a primeira desse nível realizada no leste de Minas Gerais e contou com a presença de mais de 130 atletas de todo país, distribuídos em cinco diferentes categorias, muitos deles com um vasto histórico de conquistas nacionais e internacionais. Além do torneio, essa parceria possibilitará o envolvimento, a médio e longo prazo, de alunos de diversos cursos da Univale na preparação técnica, educacional, psicológica e até fisiológica de um grupo de 25 atletas do Filadélfia, com idade entre 8 e 17 anos.

Os cursos de Psicologia e Educação Física da Univale desempenharam importantes papéis dentro e fora das quadras durante o torneio de tênis, no Filadélfia. Literalmente do lado de dentro das quadras, os alunos de Educação Física trabalharam como boleiros, recolhendo e munindo os atle-

tas com as bolas do jogo. Mas, dias antes de entrar em quadra, os tenistas da equipe do Filadélfia participaram de encontros motivacionais com o professor Omar Ferreira, coordenador do curso de Psicologia. Um trabalho conjunto que refletiu positivamente entre os atletas.


2 JULHO 2015

POR MYLLENE NOBELLE, OTACÍLIO RODRIGUES E REINALDO LOPES 6° PERÍODO

ESPECIAL

Univale e Filadélfia: educação e esporte em alto nível FOTOS: Mauro Lúcio/6º Período

Benefícios extra torneios

PARA JUSTIFICAR a parceria, o Reitor Geraldo Prata fez alusão ao esporte como caminho para a educação

Para o Reitor da Univale, professor José Geraldo Lemos Prata, o esporte é o caminho para a educação, motivo pelo qual a universidade, com apoio da sua mantenedora, Fundação Percival Farquhar (FPF), optou por fazer parte do torneio idealizado pelo Filadélfia. “Toda parceria só se cumpre em sua totalidade quando as partes envolvidas se completam. E nós, enquanto instituição de ensino, não podemos enxergar esporte sem educação. E educação sem livro, sem acesso à leitura também é incompleta. Então, quando nós optamos por essa parceria, optamos por uma parceria plena”, disse o Reitor.

A parceria A Pró-Reitora Acadêmica da Univale, professora

O JORNAL LABORATÓRIO CIRCULANDO é uma publicação bimestral do Curso de Jornalismo da Faculdade de Artes e Comunicação (FAC) Fundação Percival Farquhar Presidente: Rômulo César Leite Coelho

Redação

Expediente

Compreender a importância do casamento entre educação e esporte ficou muito mais fácil quando a Sociedade Recreativa Filadélfia se propôs a realizar um importante evento esportivo em Governador Valadares, e a Universidade Vale do Rio Doce (Univale) decidiu ser a maior apoiadora deste evento. Foi assim que nasceu o Torneio Univale de Tênis Infanto-Juvenil, sediado no próprio Filadélfia, entre os dias 24 e 28 de junho. O mais importante é que essa parceria não terminou junto com o torneio. Pelo contrário, ela possibilitará o envolvimento, a médio e longo prazo, de alunos de diversos cursos da Instituição na preparação técnica, educacional, psicológica e até fisiológica de um grupo de atletas do Filadélfia. Além do lado positivo desta parceria com o Filadélfia, que permitirá aos alunos dos cursos envolvidos aliar teoria e prática, a Univale deixa seu nome marcado na história de Valadares por ter sido a principal apoiadora de um torneio inédito na cidade. O Torneio Univale de Tênis Infanto-Juvenil foi o primeiro desse nível realizado no leste de Minas Gerais e contou com a presença de dois tenistas campeões sul-americanos e mais de 130 atletas de todo país, distribuídos em cinco diferentes categorias, muitos deles com um vasto histórico de conquistas nacionais e internacionais.

Escritório de Rua Israel Pinheiro, 2000, Bairro Universitário - Campus Antônio Rodrigues Coelho - Bloco C - Sala 6 - Governador Valadares / Minas

Coordenador do Curso de Jornalismo e Produção Publicitária: Prof. Dileymárcio de Carvalho Gomes

CEP: 35.020.220

Editor e Jornalista Responsável: Prof. Franco Dani - MTb MG 03.319 JP Repórteres: Alunos do 6º período de Jornalismo Editoração Eletrônica: Prof.Elton Binda Impressão / Tiragem: Gráfica e Editora Leste / 500 exemplares

universidade na preparação para o torneio. “Tivemos cursos envolvidos, principalmente os de Farmácia, Educação Física, Psicologia, Sistemas de Informação e Jornalismo. Cada curso soube desempenhar da forma certa cada função e ajudaram da melhor forma os atletas em preparação. O curso de Farmácia, por exemplo, teve uma preocupação com a proteção solar, com a glicemia, não deixar as pessoas muito tempo sem se alimentar. O curso de Educação Física ajudou na preparação física dos atletas. O curso de Psicologia fez toda parte de motivação desses atletas, e o de Sistemas de Informação, trabalhando na avaliação de desempenho”, elencou a Pró-Reitora, ressaltando ainda a cobertura feita pelas equipes do curso de Jornalismo.

PROFA. LISSANDRA falou sobre outras ações da parceria

Além de receber ajuda dos alunos e professores da Univale durante os próximos torneios, os atletas do Filadélfia terão total acesso ao acervo bibliotecário da universidade, tanto físico quanto virtual. “O aluno do Filadélfia, o aluno que pratica esporte no Filadélfia, ele tem que ser bom de escola. E para ser bom de escola, ele tem que ler. E com isso [a parceria] nós disponibilizamos todo o acervo da Univale, que é um dos maiores acervos do estado de Minas Gerais, para que ele já faça sua pesquisa e já comece a viver o ambiente universitário”, disse o Reitor.

Outra novidade é a inclusão desses jovens atletas em um curso online a ser ofertado pela Univale. Como passam maior parte do tempo sempre conectados, o curso será ofertado a distância. “Esses meninos já estão matriculados no curso. É um curso online, que os ajuda a orientar como estudar e ao mesmo tempo pensar no esporte. Ajuda a orientar o tempo, ajuda a se organizarem e como render mais no estudo”, adiantou a professora Lissandra. Por conta do curso, os alunos vão ter acesso às bibliotecas física e virtual.

“Parceria é interessante”

Comunicação

Universidade Vale do Rio Doce Reitor: Prof. José Geraldo Lemos Prata

Projeto Gráfico e Design: Prof. Mayer Moraes Lana Sírio Prof. Elton Binda

Lissandra Lopes Coelho Rocha, esclareceu que a parceria com o Filadélfia não visou apenas o apoio do torneio de junho deste ano, mas permanecerá, inicialmente por mais uma temporada, podendo se estender por vários anos, tanto na cobertura de eventos esportivos promovidos pelo clube, quanto no atendimento de atletas no âmbito acadêmico. “A gente se interessou em fazer parte dessa parceria e, para nós, é importante pensar nesses pequenos atletas, não só na questão do esporte, mas também na organização dos estudos, para que sejam pessoas de sucesso tanto no esporte quanto na educação”. Ainda de acordo com a professora Lissandra, com a parceria os atletas do Filadélfia receberam todo apoio dos cursos da

Gerais Contato: (33) 3279-5548 circulando@univale.br

O técnico de tênis do Filadélfia, Marcelo Silva, falou da importância da parceria com a Univale para seus atletas. “Na verdade, a parceria é muito interessante, pois todo treinador sonha ter uma equipe disciplinar e competente, que possa estender o seu trabalho extra quadra. O fato de podermos ter preparador físico, psicólogo e pessoal da área da informática, ou seja, mão de obra qualificada da Univale na preparação desses atletas, para mim é a receita do sucesso. Vai ser bem produtivo para nossa equipe”.

Ainda segundo o treinador, seus alunos também ficaram felizes com a parceria. “Estão muito satisfeitos, super felizes. Na época do torneio, eles fizeram um trabalho de motivação com o professor Omar [coordenador do curso de Psicologia], foi sensacional. Fizemos com o professor Destter [coordenador do curso de Educação Física], um acompanhamento de todos os confrontos dos nossos atletas durante o torneio. O pessoal da informática [curso de Sistemas de Informação] fez um gráfico mostrando onde

os meninos erraram o que eles acertaram, que me permitirá desenvolver, daqui pra frente, trabalhos em cima desses resultados”. O presidente da Sociedade Recreativa Filadélfia, Carlos Alberto Thebit, também falou sobre o apoio que clube vem recebendo da Univale desde a realização do torneio, em junho. “Essa parceria com a Univale é muito importante, porque nunca houve uma parceria desse nível aqui [no clube]. Uma instituição igual à Univale, do porte dela, um patrimônio da nossa cidade, vir nos

TÉCNICO DO Filadélfia, Marcelo Silva

ajudar, é algo fantástico, sensacional. Tenho certeza que a tendência é melhor e crescer ainda mais essa parceria”.


3 ESPECIAL

JULHO 2015

POR LETTÍCIA GABRIELLA E NATÁLIA CARVALHO 6º PERÍODO

Das quadras para o mundo FOTOS: Natália Carvalho e Mauro Lúcio/6º Período

CAMPEÃO DE tênis nos anos 1990, o ex-tenista Jaime Oncins hoje trabalha como treinador nos Estados Unidos. Ele esteve em Valadares no final de junho para uma palestra na cerimônia de abertura do Torneio Univale de Tênis

Aliar a educação ao esporte. Para o ex-tenista profissional Jaime Oncins, esta é a receita para o sucesso. Famoso nas quadras, Jaime é considerado um dos principais tenistas da história do Brasil. No entanto, a paixão pelo esporte começou a ser cultivada desde pequeno, por meio do incentivo dos pais: “Na minha casa o tênis sempre foi uma paixão. Meus pais gostavam, acompanhavam os tenistas da época, eram fãs mesmo, e acabaram passando isso para mim. Então, comecei a jogar ainda muito novo e fui evoluindo até me tornar profissional”, comenta o ex-tenista, que esteve em Governador Valadares no final de junho, para uma palestra no salão social do Filadélfia, na cerimônia de abertura do Torneio Univale de Tênis Infanto-Juvenil. Como tenista profissional, o paulistano foi um dos principais nomes do tênis masculino antes de Gustavo Kuerten e chegou a ocupar o posto de 34° tenista do mundo em 1993. E seu histórico de vitórias e grandes conquistas é longo. Participou da Copa Davis de 1992, onde integrou a equipe brasileira que chegou à semifinal do grupo, superando a Alemanha de Boris Becker (atual treinador

do tenista Novak Djokovic, nº1 do ranking mundial), e a Itália, e em 2000, quando disputou na categoria de duplas. Também em 1992, ganhou do lendário Ivan Lendl, o ex-número 1 do mundo - considerado um dos melhores jogadores da história - em Roland Garros, chegando às oitavas de final do torneio. Jaime também participou dos Jogos Olímpicos de Sydney, em 2000, na dupla junto com Gustavo Kuerten, o Guga. Mesmo depois de encerrar sua carreira como tenista profissional, Jaime não deixou as quadras. Hoje vive nos Estados Unidos, onde é treinador e diretor técnico de tênis da escola

Monteverde Academy. Localizada na cidade de Monteverde, perto de Orlando, na Flórida, a instituição visa aliar o ensino com a prática de esportes. “Hoje eu faço o que eu sempre quis fazer, que é não só preparar um atleta, mas auxiliar na formação de uma pessoa. O objetivo é que o aluno saia apto para se tornar um tenista profissional, mas também pronto para uma universidade, também com a possibilidade de ingressar no tênis universitário. Para mim, era um sonho unir estas duas coisas”, conta. E foi para colocar esta dobradinha de sucesso em prática que o tenista compareceu ao Torneio Univa-

le de Tênis Infanto-Juvenil, realizado pela Confederação Brasileira de Tênis (CBT) em parceria com a Sociedade Recreativa Filadélfia e a Univale. A abertura oficial do evento, no dia 25 de junho, contou com a participação de atletas de todo o país, de cinco categorias, da modalidade individual e também de duplas, além de pais e representantes tanto do Filadélfia quanto da universidade, mas a estrela da noite foi o ex-tenista profissional, que ministrou uma palestra sobre sua trajetória profissional e o trabalho que desenvolve com atletas na América do Norte. Uma oportunidade e

JAIME ONCINS ao lado do treinador da equipe de tênis de Filadélfia, Marcelo Silva

tanto para os jovens tenistas brasileiros que sonham em treinar e estudar no exterior. “Torneios como este são muito importantes para estes jovens, porque muitos deles ainda são muito novos e estão começando no esporte, é uma oportunidade de serem notados de alguma forma. Sendo um torneio categoria G1, de nível nacional, também é a chance de se tornarem ranqueados”, disse.


4 JULHO 2015

ESPECIAL

POR LAISLA ANDRADE 6° PERÍODO

Software de Sistemas de Informação auxiliará no desempenho de atletas A parceria entre a Sociedade Recreativa Filadélfia e a Univale envolveu também o curso de Sistemas de Informação. Durante o evento, alunos do curso tiveram a chance de participar ativamente da competição promovendo trabalhos com o objetivo de dar suporte aos atletas e ao mesmo tempo colocar em prática o que eles aprenderam em sala de aula. Na ocasião, eles utilizaram um software para acompanhar e registrar o desempenho de alguns esportistas. Uma ação que, segundo a coordenadora do curso, professora Rossana Cristina Ribeiro Morais, deverá ser adotada nas competições que estão previstas para o segundo semestre deste ano no Filadélfia. De acordo com a professora Rossana, durante o torneio os alunos do curso de Sistemas de Informação fizeram um escalte (que é a verificação do condicionamento físico de cada atleta) usando um software gratuito já existente para fazer o levantamento de toda estatística dos jogos, atendendo à necessidade do técnico da equipe de tênis do Filadélfia, Marcelo Silva. Em parceria com o curso de Educação Física, os alunos emitiram as estatísticas de cada jogador para analisar as falhas no treinamento e obter melhoras para as partidas seguintes. O trabalho feito pelos alunos não se restringiu ao torneio. Os dois cursos (Sistemas de Informação e Educação Física) estarão trabalhando juntos para o desenvolvimento de um novo software, para aten-

FOTOS: Gabriella Mariano/6º Período

DURANTE O torneio no Filadélfia, alunos de Sistemas de Informação, acompanhados do professor Herbert Costa, faziam o escalte dos atletas

der as necessidades de todos os atletas da equipe de tênis do Filadélfia. “Será

feito com o acompanhamento do professor. O trabalho vai ser contabilizado

como estágio tanto obrigatório quanto não obrigatório, contabilizar atividade

complementar, além da experiência para o aluno de desenvolver um aplicativo

desse porte”, afirma a professora Rossana. Segundo ela, os alunos de Educação Física não tinham uma ferramenta que dá esse tipo de suporte aos esportistas, então o trabalho em conjunto com o Curso de Sistemas de Informação foi de suma importância, pois atende a necessidade dos dois cursos. “O novo software vai acompanhar todo o treinamento do atleta e fará o levantamento da necessidade dele. De acordo com suas medidas, o aplicativo vai mostrar o que ele precisa fazer para melhorar seu condicionamento físico, quais foram as melhoras e as pioras de uma semana para outra, o que precisa ser adequado, enfim, vai entregar todos os dados manipulados para a equipe técnica”, explica a coordenadora. A previsão para o início desse monitoramento pelo software é em agosto deste ano.

OS DADOS eram coletados por alunos, anotados numa folha, e depois transferidos para um software desenvolvido especificamente para esse fim

Curso pretende estimular estudos e prática esportiva Por Daniela Franco 6º Período

Conscientizar o estudante e atleta a utilizar seu cérebro e aproveitar os benefícios da tecnologia. Esse é o objetivo da professora Cristiane Mendes Netto, ao desenvolver a proposta do Curso 2.0 para Atletas. O projeto nasceu por meio de um pedido da Pró-Reitoria Acadêmica da Univale, em função do convênio firmado recentemente entre a instituição e a Sociedade Recreativa Filadélfia. O curso tem como público-alvo um grupo de alunos de tênis do clube, e o objetivo

é apresentar técnicas para atletas que precisam conciliar os treinos com os estudos. O curso tem carga horária de 10 horas e será realizado online, a partir do segundo semestre deste ano. A proposta do Curso 2.0 para Atletas, segundo a professora Cristiane, é estimular atletas ao estudo e à prática de esportes, capacitando-os a organizar melhor suas atividades escolares através da tecnologia e de ferramentas que visam proporcionar um estudo eficiente, evitando assim, que os treinos esportivos atrapalhem o de-

senvolvimento acadêmico desses atletas. Segundo a professora, o uso das tecnologias é fundamental para o aprendizado humano, pois desenvolve cada vez mais as técnicas de estudo utilizadas pelo estudante e ainda contribui com seu tempo e entendimento. “O estudante que hoje é atleta e precisa conciliar a suas atividades enquanto aluno e jogador, deve buscar mecanismos para estudar, seja para registrar um estudo que ele fez, criar um novo esquema, ou para salvar seus documentos e ter acesso a eles. Esse é o

objetivo: criar novas possibilidades”, ressalta. O Curso 2.0 para Atletas trabalhará em parceria com o curso de Sistemas de Informação da Univale, a fim de promover uma discussão sobre o conceito de Neurociência, que por sua vez, questiona como o cérebro pode ser aproveitado para aprender, levando em conta a conciliação entre a organização e a rotina diária. A previsão de início do curso é para o segundo semestre deste ano. O período para as inscrições e data de início serão divulgados através do site da Univale (www.univale.br).

FOTO: Ildo Amaro/Egresso do curso de Jornalismo

O CURSO foi idealizado pela professora Cristiane Mendes Netto


5 ESPECIAL

JULHO 2015

POR MARIANA PEREIRA 6º PERÍODO

Tenistas mais confiantes com preparo psicológico FOTOS: Ascorg/FPF/Univale

NA PRIMEIRA etapa do torneio, os atletas participaram de uma preparação psicológica com o professor Omar, realizada no Filadélfia

Quando um atleta participa de um campeonato, é natural que o objetivo seja a vitória. Ninguém entra em um jogo para perder. Mas, como trabalhar questões, como autoconfiança, derrota, trabalho em equipe, ansiedade e superação para um público tão jovem? O Torneio Univale de Tênis Infanto-Juvenil reuniu atletas com faixa etária de 8 a 16 anos, e o curso de Psicologia da Univale teve como missão um trabalho muito importante de preparação psicológica com os atletas da equipe de tênis do Filadélfia para que eles conseguissem desenvolver o equilíbrio emocional, como forma de melhorar o

desempenho em quadra e obter resultados satisfatórios. Segundo o professor Omar de Azevedo Ferreira, coordenador do curso de Psicologia, o atendimento psicológico aos atletas irá acontecer em três etapas. A primeira etapa ocorreu uma semana antes do torneio, em junho, onde os atletas participaram de uma palestra na qual foram discutidos aspectos motivacionais, a importância do trabalho em equipe e o senso de cooperação. Na mesma época, foram feito dinâmicas de grupo e exibido um vídeo que conta a história da nadadora Dailza Damas, atleta que ficou

famosa por atravessar o Canal da Mancha a nado. Ao final das atividades, os atletas receberam o estimulante “motivol”, um remédio fictício, com confetes e frases motivacionais, com objetivo de criar motivação para os jogos. Para o professor Omar, essa primeira etapa foi avaliada de maneira positiva, pois houve grande retorno por parte dos atletas, que se mostraram motivados. “A ideia de trabalhar as habilidades psicológicas é justamente trabalhar a vitória, para que o atleta vivencie aquele momento de desafio cumprido, mas prepará-lo também para a derrota. Ele precisa assimilar

essa situação e imaginar o futuro. Não pode ficar preso na derrota, assim como não deve ficar se gloriando da vitória. E sempre recomeçar um novo ciclo”, explicou o professor. Na segunda etapa, que começa em agosto, será feita uma análise do torneio. O professor e alguns estagiários se reunirão com os atletas para fazer uma análise do comportamento deles. Vão relatar como foi a sensação de perda ou vitória, como cada um se sentiu, quais os sentimentos surgiram e como cada um lidou com suas emoções. A terceira etapa acontece no final de agosto e nos meses de

setembro e outubro, onde serão verificadas a personalidade e características de cada atleta. O objetivo é traçar um mapa de cada um e entregar para o treinador do Filadélfia, para que ele possa conhecer a personalidade dos atletas, a capacidade de lidar com problemas, superar obstáculos, resistir à pressão, lidar com a derrota, a facilidade em se adaptar a desafios e mudanças. Para os tenistas Mariana Peixoto Dielle, de 13 anos, Enzo Garajau Magalhães, de 12, e Sophia Martins Vasconcelos, 10, a preparação psicológica foi importante para os resultados alcançados. “Pra

mim foi muito importante, pois antes eu ficava nervosa e essa preparação uniu muito toda a equipe, e com ajuda de todos, eu consegui me controlar”, conta Mariana. Para Enzo, a experiência foi gratificante: “Eu gostei muito das atividades, foi passado pra gente que nunca desistíssemos, mesmo diante dos obstáculos, e que sempre devemos focar nos nossos sonhos e objetivos”. Sophia conquistou o segundo lugar e disse estar muito satisfeita. “Meu objetivo era ganhar experiência para os próximos, não imaginava que chegaria à final. Esse prêmio foi uma grande conquista”, disse.

Educação Física: apoio fundamental dentro e fora das quadras Por Viviane Ferreira 6º Período

O curso de Educação Física tornou-se parte fundamental na parceria da Univale com o Filadélfia. Já no Torneio Univale de Tênis Infanto-Juvenil os alunos trabalharam muito, sendo escalados para a função de boleiros, ou seja, as pessoas responsáveis por recolher e distribuir as bolinhas aos atletas dentro de quadra, durante as partidas. De acordo com o professor Destter Alacks Antonietto, coordenador do curso, durante os cinco dias de competição os alunos se dividiram em equipes, sendo a dos boleiros e a de apoio aos alunos do curso de Sistemas de Informação que realizavam o escalte dos atletas. A parceria entre Filadélfia e Univale prevê outras ações que contarão com o apoio dos alunos, incluindo a preparação fí-

sica dos atletas. Segundo o professor Destter, o envolvimento dos alunos no torneio, e os projetos futuros resultantes dessa parceria – já que outras competições estão previstas já para o segundo semestre deste ano no Filadélfia - têm gerado grandes benefícios aos alunos no que diz respeito às ações práticas que muitos deles só conheciam na teoria. “Até essa fase da parceria, todas as nossas expectativas foram alcançadas. Confesso que ficamos um pouco receosos por se tratar da primeira participação de alunos do curso de Educação Física num torneio desse porte, auxiliando atletas de alto nível. A partir de agora, sentaremos e estudaremos uma forma de melhorarmos esse acompanhamento para que possamos ajudar ainda mais nas próximas competições”.

FOTO: Gabriella Mariano/6º Período

DURANTE O torneio de tênis, em junho, alunos do curso de Educação Física auxiliaram como boleiros


6 JULHO 2015

FOTOS: Guinter Carvalho, Mauro Lúcio e Gabriella Mariano (6º Período) e Ascorg/FPF/Univale

GALERIA DE FOTOS


7 GALERIA DE FOTOS

JULHO 2015


8 JULHO 2015

POR FÁBIO VELAME 6º PERÍODO

ESPECIAL

Curso de Farmácia priorizou trabalhos de prevenção Tão importante quanto o rendimento dentro de quadra é o apoio que se recebe fora dela por meio de ações preventivas, como aferição da pressão arterial e proteção para a pele para enfrentar as altas temperaturas de Valadares durante as partidas. Foi essa a proposta do curso de Farmácia da Univale durante o Torneio Univale de Tênis Infanto-Juvenil. Cerca de 20 alunos do 5º ao 9º período realizaram atividades preventivas em apoio aos atletas, e também às pessoas que visitaram o estande da Univale, no Filadélfia, durante os dias do evento. O coordenador do curso, professor Rafael Silva Gama, comentou sobre o trabalho desenvolvido durante o torneio. “O curso de Farmácia trouxe para o torneio de tênis a aferição de pressão arterial e o teste de glicemia capilar. Além disso, fizemos orientações sobre o uso racional de medicamentos e condutas quando o paciente tem glicose ou pressão muito alterada. Também aconteceu a distribuição de um filtro solar que os alunos e professores do curso prepararam. A produção do filtro foi feita com a orientação do professor Carlos Alberto Silva, no laboratório de farmacotécnica. Os alunos do 8º e 9º períodos produziram o filtro solar, que basicamente é a mesma coisa dos outros filtros existentes no mercado, só que a gente fez um produto mais personalizado, com uma quantidade menor, usando umas essências mais agradáveis e uma base mais suave, que pudesse agradar as pessoas”. O professor também destacou a importância da participação dos alunos. “Eles saíram da sala de aula e aplicaram o conhecimento que adquiriram, e isso é o maior ganho, colocar em prática aquilo que estão vivenciando na sala

FOTOS: Gabriella Mariano e Guinther Carvalho/6º Período

Visibilidade positiva Por Francislaine Ribeiro 6º Período

DURANTE A competição, os alunos fizeram atendimento a atletas e demais pessoas que passavam pelo estande da Univale

de aula. Também foi muito importante o contato com o público, ao fazer um exame laboratorial, um exame simples a princípio, mas a gente já consegue fazer uma orientação, e poderemos acompanhar essas pessoas depois, no laboratório de assistência farmacêutica que nós temos na Univale. Ao cadastrar essas pessoas, elas serão encaminhadas ao laboratório e avaliar o uso de medicamentos, principalmente aos pacientes mais idosos, hipertensos e diabéticos, que são pacientes que temos bastante interesse. Os alunos aprendem a prestar uma assistência e uma atenção farmacêutica”. O coordenador disse estar satisfeito com o resultado. “O trabalho foi muito importante. Nós tivemos a oportunidade de mostrar o curso de Farmácia e levar os alunos para aplicar o conhecimento adquirido dentro de sala de aula. Os professores ficaram satisfeitos com o trabalho dos alunos, com a dedicação, e vemos que eles aprenderam. Já os alunos ficaram maravilhados de saber trabalhar com as pessoas e ver o resultado de uma análise que eles estão fazendo”, disse. O aluno do 9º período, Ra-

mon Aquino, também ficou satisfeito. “Foi um trabalho gratificante. A possibilidade de atender as pessoas e aplicar o conhecimento que aprendemos no curso. Isso é muito bom”.

Trabalho continua Em função da parceria entre Univale e o Filadélfia, assinada em maio deste ano, que prevê o acompanhamento multidisciplinar aos atletas da equipe de tênis do clube valadarense, outras ações envolvendo o curso de Farmácia estão previstas. “O nosso trabalho após o torneio de tênis será acompanhar os atletas, fazendo os exames laboratoriais. Vamos aferir glicose, fazer um hemograma

completo desses atletas, ver colesterol, triglicérides e outras enzimas relacionadas ao metabolismo. Vamos acompanhar durante um ano, avaliando bimestralmente o metabolismo deles. Sabemos que uma alteração no metabolismo pode interferir no desempenho dos atletas. Vamos também fazer a avaliação da farmacoterapia, porque alguns atletas fazem uso de medicamentos e esses medicamentos podem influenciar no rendimento. Vamos verificar se o uso está correto, se a dosagem está correta e ver com o médico do atleta se realmente precisa da medicação e se há possibilidade de mudança, em caso de prejuízo ao atleta”, adiantou o professor.

FILTROS SOLARES foram produzidos por alunos do curso de Farmácia e distribuídos durante o torneio

A qualidade de uma empresa ou instituição reflete na satisfação e na confiança dos clientes. Atenta a isso, neste ano a Univale criou o setor de Gestão da Qualidade, que tem como meta fazer com que a universidade tenha excelência na prestação de serviço e implante normas de qualidade e produtividade com objetivo de alcançar a certificação ISO 9001, norma internacional que estabelece requisitos para o Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) de uma empresa, organização ou instituição. Ao vincular sua marca a um importante evento esportivo, como o Torneio Univale de Tênis Infanto-Juvenil, a Univale deu um grande passo para alcançar esse objetivo. A gestora de Qualidade da Univale, Jacqueline Martins de Carvalho Vasconcelos, foi uma das responsáveis pela concretização da parceria entre a universidade e o Filadélfia. Foi ela quem fez os primeiros contatos entre as partes interessadas. Se de um lado o Filadélfia procurava parceiros para viabilizar o torneio, de outro a universidade vislumbrava a possibilidade de associar sua marca a um dos clubes que mais investe no esporte em Valadares e também a um torneio de abrangência nacional, que receberia atletas de alto nível de todo o Brasil, muitos deles bem ranqueados na Confederação Brasileira de Tênis (CBT). Jacqueline, que tem 20 anos de experiência no mercado na área de gestão da qualidade, falou da importância do evento para a imagem da Univale. “A qualidade trabalha a visibilidade da instituição, ou seja, a imagem que a instituição tem junto à sociedade. E a participação da Univale em um torneio desse porte, contribui para essa positividade. Esses pontos positivos refletem diretamente na qualidade institucional. E a visibilidade é extremamente positiva, por se tratar de um evento bem feito, bem cuidado, bem representado pelos alunos, professores, coordenadores e

FOTO: Arquivo Pessoal

Jacqueline, gestora de Qualidade

gestores da Univale. Isso melhora a imagem que a comunidade tem de nós, atinge diretamente nosso cliente, porque se a comunidade está satisfeita, ela vai falar bem da universidade, vai falar da qualidade que a universidade tem”. Além de contribuir para os processos internos e externos, como o torneio de tênis, Jacqueline considera que esse tipo de participação é uma prestação de serviço. Isso, pela abrangência, cobertura e importância com que foi feito. “Esse torneio é do G1, um dos mais importantes que acontecem no circuito de tênis. Tivemos aqui dezenas de atletas do Brasil inteiro, histórias de pessoas que viajaram 20 horas para chegar aqui. Todas essas pessoas vão levar o nome da Univale com elas. Então, quando a gente percebe isso, vê até onde podemos atingir. Se a Univale tivesse feito um trabalho mal feito, todos iriam comentar negativamente, mas nós fizemos um trabalho excelente. A participação dos alunos e professores foi primorosa. Os atletas levaram uma imagem extremamente positiva de uma instituição que funciona dentro e fora dela”, destaca.


9 ESPECIAL

JULHO 2015

POR DEIVIDSON RODRIGUES 6º PERÍODO

Tênis do Filadélfia ajudou a promover Valadares Dissociar tênis e Sociedade Recreativa Filadélfia é o mesmo que dissociar a história desse importante clube com Governador Valadares. De certa forma, tudo está interligado, se pensarmos que por várias vezes a cidade foi promovida nacional e internacionalmente por projetar atletas do clube ou por sediar alguma importante competição esportiva, como foi o caso recente do Torneio Univale de Tênis Infanto-Juvenil, realizado pela Confederação Brasileira de Tênis (CBT) e pela Federação Mineira de Tênis (FMT), e sediado no Filadélfia, no final de junho. Para compreender melhor a importância de um torneio de tênis como esse em Valadares, é preciso conhecer um pouco da história desse esporte no país. O tênis começou no século 12, na França, mas diferente do que conhe-

FOTOS: Guinther Carvalho e Gabriella Mariano/6º Período

O TORNEIO permitiu a Valadares figurar no seleto grupo de cidades mineiras a sediarem uma competição promovida pela CBT no primeiro semestre de 2015. As outras são Belo Horizonte e Montes Claros

cemos hoje, o esporte era praticado com as mãos, em locais cobertos e a bola era lançada contra a parede. O nome “tênis” vem da palavra francesa “tenez”, que pode ser traduzida como “segure”. O esporte passou por várias mudanças ao longo dos séculos. A prática e delimitações de

quadra como conhecemos hoje foi estabelecida com o surgimento de entidades nacionais e da federação internacional. O primeiro torneio oficial foi realizado na Inglaterra, em 1877. No fim do século 19, os ingleses trouxeram em suas malas não só as bolas de futebol, mas também raquetes e bolas de tênis. E em 1882, nasce em São Paulo o primeiro clube dedicado ao tênis. Já em 1913, é realizado o primeiro campeonato estadual. A aceitação e o crescimento do esporte em diferentes cidades do país fez com que no dia 19 de novembro de 1955 fosse criada a CBT, que regulamenta e dá apoio aos tenistas profissionais do país.

Destaque Governador Valadares tem um papel de destaque dentro desse esporte. Graças

MARCELO SILVA é treinador de tênis no Filadélfia há sete anos

ao Filadélfia, o tênis tem se tornado um divulgador do nome da cidade pelo Brasil, estando entre os quatro melhores clubes de Minas Gerais e com atletas de ranking nacional. O Torneio Univale de Tênis Infanto-Juvenil foi o primeiro desse porte realizado no leste mineiro, comprovando que o tênis na cidade tem seu valor e mérito reconhecido entre os organizadores. Para conhecer um pouco mais sobre o tênis e sua história no Filadélfia, o Circulando conversou com Marcelo Silva, que há sete anos é treinador no clube. Marcelo vem de uma família de tenistas e foi tenista até os 19 anos. Especializou-se na área de treinamento de atletas através de cursos nacionais e in-

ternacionais. Segundo ele, em nível de competição o esporte teve seu início no Filadélfia, com a criação da Apatef (Associação dos Pais do Tênis do Filadélfia). “Em 1999, fundou-se a Apatef com o intuito de ajudar a equipe de competição, e até hoje existe a associação e o tênis competitivo no clube”, explica. O treinador citou alguns competidores que fizeram parte e tiverem seu início no clube e hoje são destaque no Brasil e também fora dele. “Nós sempre tivemos bons atletas, como a Vanessa Nominato, que foi quarta no Brasil; Daniel Nominato, que esteve entre os cinco do Brasil; Caio Aguiar, que foi campeão de torneio internacional e que hoje joga pela univer-

sidade do Texas, nos Estados Unidos. Germano Pena, Pedro Aiala, Rodrigo Amaral, que também estão nos Estados Unidos competindo, entre outros. Sempre tivemos bons jogadores”. Apesar de o clube possuir grande destaque no esporte, ainda falta um pouco mais de divulgação em Valadares, o que acaba tornando o tênis um esporte distante do público e do apoio de patrocinadores. “Quanto mais visibilidade, melhor para o atleta futuramente fechar parcerias. Quanto mais visibilidade, mais interesse o patrocinador tem de associar a marca ao jogador, ao clube. Além de levar o nome da cidade para o Brasil e para o mundo”, afirma Marcelo.


10 JULHO 2015

POR DAVIDSON FORTUNATO 6º PERÍODO

ESPECIAL

O pai de um campeão Quem acompanha o tênis já deve ter ouvido falar nesse nome: André Rezende de Sá, ou simplesmente André Sá. Um tenista mineiro, profissional desde 1996, nascido em Belo Horizonte e que traz em sua bagagem muitas conquistas de peso. Entre elas, o título de campeão na competição de duplas do ATP 250 de Munique, na Alemanha, em 2011. De acordo com o Ranking Brasil, em 2012 ele foi considerado o tenista brasileiro com o maior número de participação em Olimpíadas. Em março deste ano, conquistou mais uma vez o primeiro lugar no pódio, ao lado do tenista finlandês Jarkko Nieminen, no ATP de Buenos Aires, na Argentina. Um orgulho para o país e principalmente para a família, que o incentivou desde o começo. A equipe do Circulando encontrou um dos responsáveis pela carreira vitoriosa de André, durante o Torneio Univale de Tênis Infanto-Juvenil, realizado no final de junho, no Filadélfia. José Geraldo Pedra Sá, pai de André, estava acompanhando o torneio. E foi ali, relembrando os momentos de seu filho, que ele compartilhou as etapas e histórias do

FOTO: Salomão Renato/6º Período

JOSÉ GERALDO, pai do tenista André Sá, esteve no Filadélfia acompanhando o Torneio Univale de Tênis Infanto-Juvenil

campeão.

O início José Geraldo chegou em Governador Valadares em 1969, integrando uma das primeiras turmas do curso de Engenharia da Univale. Formou-se em 1973, casou-se e trabalhou como engenheiro até o ano 2000. O tênis já estava em sua família. O irmão mais velho, Vinícius, praticava o esporte

FOTO: Arquivo Pessoal

ANDRÉ SÁ (terceiro da esquerda para a direita) ainda adolescente

em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro. Certo dia, após um dos treinos do irmão, o pai de André Sá lembra que algo diferente aconteceu. “A primeira vez que ele [André] viu uma quadra de tênis, foi em um dia em que um aluno que treinava depois do Vinícius faltou. De tanto o André insistir pra jogar, eu conversei com o professor Almir para deixar ele entrar na quadra. O professor jogou 10 bolas com o André e o André devolveu as 10 bolas para o outro lado”, lembra o pai. Foi desse jeito, demonstrando talento, que André convenceu seu pai a investir em aulas juntamente com as de seu irmão. Logo, a família teve que se mudar novamente, dessa vez para Belém do Pará. Mas essas viagens não atrapalhavam o foco de André nos treinos. Um esforço que trouxe resultados bem cedo. Aos oito

anos, ele ganhou o primeiro Torneio de Clubes, em Belém do Pará. Daí pra frente, começou a pensar ainda mais em seguir no esporte, sempre muito motivado e focado, de acordo com José Geraldo.

A consagração Aos 12 anos, André foi o número 1 do Brasil. Participou de doze torneios e ganhou sete, passando pelas cidades de Cascavel, Joinvile, Santos, Belo Horizonte, Fortaleza, entre outras. O Brasil parecia pequeno para esse pequeno campeão. E foi com 13 anos que seu talento contagiou outra parte do mundo. Ele foi jogar nos Estados Unidos, convocado pela Confederação Brasileira de Tênis, e mudou-se para Bradenton, na Florida, treinando na Nick Bollettieri Tennis Academy, uma das academias mais bem con-

ceituadas do mundo. Lá, ele ficou por duas semanas, sendo observado. A academia concedeu uma bolsa de 50% para ele poder estudar e treinar. Depois, André ganhou uma bolsa integral, que foi renovada por cinco anos. O pai conta como foi esse tempo de ausência do filho, que só voltou ao Brasil aos 19 anos. “Ele telefonava tristonho, com saudades do feijão da mamãe, da carne com inhame, que é o prato predileto dele. E tinha uma passagem no bolso. Eu sempre falei com ele: ‘Meu filho, você está indo com uma passagem de volta, se alguma coisa te incomodar ou você não estiver satisfeito, é só voltar’”. E André Sá não para de

surpreender o pai. Enquanto José Geraldo concedia entrevista para o Circulando, o filho participava de um torneio internacional. Poucos momentos depois, o próprio José Geraldo procurou a equipe de reportagem para contar que havia acabado de ser informado de que o filho conquistou o título das duplas do ATP 250 de Nottingham, na Inglaterra. Com esse resultado, André Sá deu um salto significante no ranking de duplistas da Associação de Tenistas Profissionais (ATP), sendo confirmado como novo 44º colocado desta listagem. Ao subir nove postos, o veterano tenista brasileiro, de 38 anos, voltou a figurar no Top 50 depois de quase três anos.

FOTO: Arquivo Pessoal

FOTO: Divulgação (Aegon Open Nottingham)

CAMPEÃO DE duplas do Torneio de Nottingham, André Sá deu um salto no ranking de duplistas da ATP, voltando a figurar entre os 50 melhores dessa categoria

FOTO ENVIADA pelo celular para o pai de André Sá no momento da premiação


11 ESPECIAL

JULHO 2015

POR RAFAEL ROCHA 6º PERÍODO

Cumplicidade, disciplina e amor Naturais de São Carlos (SP), Aureliana Rosa Dourado e sua filha, Jennifer Rosa Dourado, competem nas quadras de tênis de todo o país em busca de um sonho em comum: a carreira de Jennifer. Assumidamente mãe coruja, Aurélia, ex-atleta que passou por modalidades como atletismo e tênis, atua hoje como técnica da filha, numa parceria que vai muito além das demarcações existentes na quadra. Apesar de ter apenas 14 anos, Jennifer tem um rendimento superior à maioria das atletas de sua idade e, portanto, compete na categoria sub-23, tendo o auxílio de suas caraterísticas mais fortes para superar o desafio: a marreta e o martelo, apelidos dados aos seus potentes golpes com as mãos direita e esquerda respectivamente, logo quando começou a competir, aos 6 anos. Com um jogo de características muito semelhantes às da grande tenista Serena Willians, pela força e agressividade, Jennifer confessa se inspirar na multicampeã norte-americana, além do astro Rafael Nadal e sua técnica e mãe, Aureliana. “Sempre gostei muito da Serena e acabei me inspirando nela. Meu jogo é bem parecido com o dela. Me inspiro também na minha mamãezinha, que é um exemplo para mim, além de amar o Rafael Nadal”. Perguntada sobre seu sonho na modalidade, Jennifer é enfática: “Ser a número um do mundo”.

FOTO: Guinther Carvalho/6º Período

Torneio reuniu muitas revelações Por Fagnar Coelho 6° Período

AURELIANA E a filha Jennifer têm viajado o país juntas em busca de um sonho comum: a carreira da adolescente

A seriedade, disciplina, foco e espírito de luta foram herdados por Jennifer através de sua mãe. Aureliana credita o rendimento da filha à disciplina que lhe é passada diariamente nos treinamentos em busca da sua formação como atleta profissional, e vai, inclusive, um pouquinho além, estabelecendo uma comparação entre o atleta e o craque. “O atleta é aquele disciplinado, que cumpre as regras e estabelece metas, enquanto o craque é aquele que cria, inventa. Com isso, a grande maioria deles para no meio do caminho, enquanto que alguns poucos chegam lá apenas por serem craques”. A cada erro ou acerto, Jennifer, que atua com bastante empenho, postura e seriedade de campeã, volta

imediatamente o olhar para a técnica na espera de um feedback, seja ele em forma de instrução ou de incentivo para passar confiança. Confiança essa que é proporcionada pelo combustível mais poderoso que elas poderiam ter: o amor entre mãe e filha. Elas parecem conversar pelo olhar e pequenos gestos frutos de uma cumplicidade incrível. “Eu tenho o grande amor da minha filha. Ela se preocupa comigo, me chama de mamãezinha, pergunta se eu estou bem. Eu acho isso lindo! Percebo que o zelo e comprometimento que ela tem comigo e consigo mesma foram ensinados por mim. Então, sou uma mãe e técnica muito orgulhosa”, conta Aureliana. Em sua participação no Torneio Univale de Tênis In-

fanto-Juvenil, no Filadélfia, Jennifer, que está em 78º lugar no ranking da Confederação Brasileira de Tênis (CBT), competiu na categoria sub-23 de simples, chegando à semifinal. Ela perdeu para a tenista Ana Laura Silva Faria, de 17 anos, também considerada uma das grandes promessas do tênis feminino no Brasil, num jogo muito equilibrado. Jennifer chegou a fechar o primeiro set, mas perdeu os dois seguintes. Ao lado da mineira Isabella Villela Sarquis, de 17 anos, ela ainda competiu na categoria sub-23 de duplas, mas também foi eliminada na semifinal. Nada, segundo ela e a mãe Aureliana, que comprometa o trabalho e as impeça de continuar em busca desse sonho compartilhado.

O tênis vem conquistando muitos adeptos em Valadares, principalmente por causa do trabalho realizado pelo Filadélfia. O Torneio Univale de Tênis Infanto-Juvenil abriu oportunidades para a garotada que leva esse esporte muito a sério. Um belo exemplo é João Pedro Morra Lopes, que tem apenas 11 anos, e joga desde os 8. Com muita dedicação, treina praticamente todos os dias. Já competiu em vários países, como Peru e Estados Unidos, onde recebeu um convite do Cepet Tennis Club para jogar e por meio do qual já conquistou títulos. No torneio realizado no Filadélfia, ele disputou a categoria 12 anos simples e de duplas, chegando às oitavas-de-final na primei-

ra, e nas quartas-de-final na segunda. Em julho, João Pedro desembarcou na Europa, onde participou de jogos na França, Alemanha e República Tcheca. Outro jovem talento, Brenda Duarte Teixeira, de 15 anos, tem o tênis como uma grande paixão. Ela também esteve em Governador Valadares, no torneio do Filadélfia, em junho, e está entre as tenistas mais promissoras de sua faixa-etária. Veio de Belo Horizonte e disse à equipe de reportagem do jornal Circulando que estava entusiasmada e motivada ao disputar o torneio pela primeira vez. Ela, que é 26ª colocada na categoria 16 anos pelo ranking da Confederação Brasileira de Tênis (CBT), ficou em terceiro lugar no torneio realizado em Valadares.

FOTO: Julia Denadai - 6º Período

Dedicação para alcançar os objetivos Por Salomão Renato 6º Período

Nascido em Itabirito, interior de Minas Gerais, Thallys Henrique Gois Santos, de 17 anos, revela o segredo da vitória: muita perseverança e força de vontade. Para ele, o ataque é a melhor defesa. A vida de Thallys e o tênis estão entrelaçados há oito anos. Ele conheceu o esporte por meio de amigos de escola. Com o apoio e incentivo da família, começou a praticar e não parou mais. O atleta ficou 10 meses nos Estados Unidos, treinando e estudando. Não ganhou nenhum campeonato, porém, fez bons jogos e obteve muita experiência como atleta. Representando a Academia de Tênis de Itabirito, Thallys fez bonito no Torneio Univale de Tênis Infanto-Juvenil, realizado no Filadélfia, ficando em segundo lugar na categoria sub-23. E é nas quadras mesmo

que o atleta impressiona. O estilo próprio de jogar tênis, atacar e atacar... É difícil para os rivais acompanhar o ritmo do jovem. O talento com a raquete é reforçado todos os dias. Thallys acorda cedo, treina, mantém a dieta, estuda e vai à academia. Parece que não sobra tempo para nada, mas os minutos ociosos são usados na quadra mesmo. Com tanto foco, o objetivo de Thallys no tênis atualmente é participar do maior número de competições possíveis e garantir uma boa colocação nos rankings, pois segundo ele, isso atrai os olhares das faculdades nacionais. Fôlego para isso, o jovem já provou que tem. Atualmente, Thallys é o número 266 no ranking da Confederação Brasileira de Tênis (CBT). Em 2015, ele participou de diversos torneios e sua média de vitórias vem aumentando. Para se ter uma ideia, o desempenho do atleta, con-

FOTO: Davidson Fortunato/6ºPeríodo

NO TORNEIO no Filadélfia, Thallys chegou à final, mas ficou com o segundo lugar

siderando o número geral de vitórias e derrotas, é de 53,52%. Só a média deste ano já é de 71,43%. Ele alcançou esses dados em sete jogos, cinco dos quais

saiu vencedor. Em toda sua carreira como tenista profissional, o adolescente disputou 71 partidas. Venceu 38, perdeu 33. Foram 82 sets e 665 games vencidos.

JOÃO PEDRO, de 14 anos, é considerado um atleta promissor no tênis


12 JULHO 2015

POR LARISSA BARROS E LEANDRO AQUINO 6º PERÍODO

ESPECIAL

Uma grande cobertura para um grande evento Todo grande evento merece uma grande cobertura. E foi o que o curso de Jornalismo da Univale se propôs a fazer durante o Torneio Univale de Tênis Infanto-Juvenil 2015. Equipes de reportagem da TV Univale e do jornal-laboratório Circulando, formadas por aproximadamente 30 alunos do 5º e 7º períodos, estiveram no Filadélfia acompanhando e registrando cada detalhe. A cobertura jornalística desse torneio ainda permitiu ao canal de TV universitário estabelecer um importante marco em sua história de mais de 12 anos de existência: a primeira transmissão ao vivo de um torneio externo. O coordenador dos cursos de Jornalismo e Produção Publicitária (PP), professor Dileymárcio de Carvalho, falou sobre as ações planejadas e executadas durante o torneio. “Tanto o curso de Jornalismo quanto o de Produção Publicitária estiveram envolvidos na divulgação desse evento. E os alunos ficaram responsáveis por documentar o torneio e produzir uma edição especial do jornal Circulando, assim como notícias para a TV Univale”. Ele ressalta que ao canal de televisão universitário coube a responsabilidade de transmitir ao vivo as partidas nos dois últimos dias. Ainda segundo o professor Dileymárcio, foram produzidas diversas matérias durante o torneio, sendo em torno de 5 a 10 por dia somente para a TV Univale. Entre as matérias, bastidores e perfis dos atletas e profissionais que participaram do evento, além de professores e alunos da

FOTOS: Gabriella Mariano/6º Período

EQUIPES DE reportagem da TV Univale e do jornal-laboratório Circulando, formadas por aproximadamente 30 alunos estiveram no Filadélfia acompanhando e registrando cada detalhe do torneio de tênis

Univale que compareceram ao Filadélfia para prestigiar ou mesmo trabalhar durante o torneio. Sobre a importância do envolvimento dos alunos do Jornalismo e de PP nesta cobertura jornalística e de divulgação e promoção do evento, o coordenador frisou: “Foi um desafio para os estudantes. Eles vivenciaram na prática uma cobertura com prazo mais ‘apertado’ e sem aquela pauta elaborada, tendo que procurar as pessoas. Além de adquirir conhecimento, eles também ganharam horas de atividades complementares e horas de estágio com essas atividades”.

Além da cobertura ao vivo feita pela TV Univale nos dois últimos dias do torneio, 27 e 28 de junho, foram produzidas pequenas matérias que estão sendo veiculadas na programação da emissora, no canal 25 da TV a Cabo, com o nome “Minuto do tênis”. O quadro aborda curiosidades e histórias contadas por atletas que participaram do evento. Para o jornal Circulando, os alunos se dividiram em funções de reportagem, edição e cobertura fotográfica, priorizando entrevistas com atletas e seus técnicos e familiares, além de professores e alunos da

Univale envolvidos no torneio. Mas tudo isso, como reforça o professor Dileymárcio, é apenas o começo, uma vez que a parceria entre Univale e Filadélfia prevê a realização de outros importantes torneios ainda este ano. “No segundo semestre deste ano iremos fazer varias ações com esses alunos, como a comunicação integrada e produção de vídeos. E os estudantes de Produção Publicitária vão criar peças gráficas, produzir vídeos, tudo que envolve a comunicação visual, para as equipes de tênis do Filadélfia”, completou.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.