35
RRJ
ANOS
www.rronline.com.br editorial@metodista.br facebook.com/rudgeramosonline
Produzido pelos alunos do Curso de Jornalismo De 31 de março a 13 de abril de 2016
ANO 35 - Nº 1048
Alexandre Leoratti/RRJ
NOVO ESPAÇO
São Bernardo inaugura Teatro Inezita Barroso, na Vila São Pedro, com capacidade para 500 pessoas.
Pág. 11
Larissa Pereira/RRJ
» HANDEBOL
Anderson Rodrigues/Dicom
Metodista/São Bernardo estreia dia 16 de abril no Super Paulistão Pág. 12
» OBRA
Centro de Controle de Zoonoses atrasa término da reforma para final de abril; serviços como vacinação e doação de animais continuam funcionando. Pág. 3
» DANÇA DAS CADEIRAS - Oito dos 28 vereadores da Câmara da cidade mudaram de partido Pág. 2
2
POLÍTICA
De 31 de março a 13 de abril de 2016
RUDGE RAMOS Jornal da Cidade
DE OLHO NA CÂMARA
Quase 30% dos vereadores da Câmara mudam de partido Um deles já registra três mudanças de sigla ainda no primeiro mandato; maioria alega questão ideológica Thamiris Galhardo
OITO DOS 28 vereadores da Câmara Municipal de São Bernardo trocaram de partido. Esse número representa quase 30% dos parlamentares da Casa. Nenhum vereador entrevistado admitiu outro motivo para a mudança que não a questão ideológica, e não eleitoral. Entre os partidos que mais perderam no troca-troca partidário estão o PSD e o PC do B, ambos com dois representantes cada um. Os comunistas deixaram de ter representação na Casa. A mesma
situação vive o PSD, que perdeu seus dois filiados. Em contrapartida, a sigla que mais saiu ganhando foi o PRB, que conquistou duas cadeiras na Câmara: Rafael Demarchi (ex-PSD) e João Batista (ex-PTB). Agora, a composição na Câmara ficou assim: a maior bancada de oposição ao prefeito Luiz Marinho (PT) é o PPS, com cinco parlamentares. O PT foi o único partido em que não houve nem ingresso nem saída de filiado e mantém sete petistas na Casa. O PSDB ficou com três. O PRB e o PSB, dois cada um. PMDB, PR, PDT, PT
Funcionária diz ter sido demitida da Saúde por motivo político Alexandre Leoratti Thamiris Galhardo
EM SESSÃO da Câmara de São Bernardo nesta quarta-feira (30), a munícipe Elaine Gomes da Silva, 26, funcionária da Fundação do ABC, que presta serviço para a Secretaria de
Rudge Ramos JORNAL DA CIDADE editorial@metodista.br Rua do Sacramento, 230 Ed. Delta - Sala 141 Tel.: 4366-5871 - Rudge Ramos São Bernardo - CEP: 09640-000
Produzido pelos alunos do curso de Jornalismo da Escola de Comunicação, Educação e Humanidades da Universidade Metodista de São Paulo
Saúde, afirmou na Tribuna Livre que foi demitida pela secretaria após fazer “manifestação ideológica junto aos colegas de trabalho”. Elaine contou que ela e mais cinco pessoas combinaram de irem na quinta-feira (17) com roupas pretas para protestar contra a corrupção no Brasil, e não contra o
DIRETOR Nicanor Lopes COORDENADOR DO CURSO DE JORNALISMO Rodolfo Carlos Martino. REDAÇÃO MULTIMÍDIA Editor-chefe - Júlio Veríssimo (MTb 16.706); EDITORA-EXECUTIVA E EDITORA DO RRJ Margarete Vieira (MTb16.707); EDITOR DE ARTE José Reis Filho (MTb 12.357); ASSISTENTE DE FOTOGRAFIA Maristela Caretta (MTb 64.183) EQUIPE DE REDAÇÃO: Adílson Junior, Alexandre Leoratti, Allaf Barros, Claudia Leone, Erika Daykem, Erika Motoda, Felipe Siqueira, Gabriel Mendes, Laís Pagoto, Larissa Pereira, Lucas Laranjeira, Marcelo Argachoy, Paula Gomes, Pedro Giordan, Rogério Nascimento, Thais Souza, Thamiris Galhardo, Victor Godoi e alunos do 5º semestre de Jornalismo.
TIRAGEM: 10 mil exemplares - Produção de Fotolito e Impressão: Gráfica Mar-Mar
COMO FICOU 7 5 3 2 2 1 1 1 1
Sem Partido
1 1 3
“partido que está no governo”. “Cerca de 80% da equipe estava de preto em protesto contra a situação do país. No horário do café, tiramos uma foto e colocamos na rede social, mas não havia nenhum teor político na legenda”, disse. A funcionária também disse que no mesmo dia foi chamada a atenção pela chefia do local, que afirmou terem que “pagar pelas consequências”. Um dia após a foto, Elaine e as colegas foram chamadas ao RH que, segundo ela, demitiu todas as funcionárias. A funcionária também
do B, DEM e Solidariedade seguem com um vereador. Já o vereador Martins Martins deixou o PC do B e ainda não definiu o novo partido. O mesmo aconteceu com Reginaldo Burguês, que deixou o DEM. O vereador José Walter Tavares, que saiu do PCdoB, disse não ter interesse em disputar novas eleições para vereador em 2016. Mas o parlamentar disse que irá apoiar o irmão, o candidato Toninho Tavares, do PSDB, partido representado pelo deputado estadual Orlando Morando, que também disputará vaga no Executivo. Outro vereador que antes encabeçava o PSD na Câmara é Fábio Landi, atual PSB. O agora socialista ressaltou que sua decisão foi tomada após o presidente do PSD e atual minis-
tro das Cidades, Gilberto Kassab, anunciar apoio à administração petista, que terá como candidato a prefeito Tarcisio Secoli, atual secretário de Serviços Urbanos e Coordenação Governamental. O também oposicionista Pery Cartola anunciou a sua terceira troca de partido em seu primeiro mandato, após o PPS e o Solidariedade, o vereador encabeça o PSDB, também oposicionista em relação à administração petista. Cartola falou que a mudança se deu após o governador Geraldo Alckmin (PSDB) chamá-lo para reforçar a oposição ao PT no âmbito regional. Além disso, o vereador também contou que se sente mais representado pela sigla tucana devido à semelhança de ideias. Outra troca que movimenta o âmbito político é do vereador Marcelo Lima, antigo PPS e atual Solidariedade, que disse ter trocado de partido para disputar vaga no Executivo sucedendo o atual prefeito Luiz Marinho (PT).
contou que discutiu com a chefe para que somente ela, que atuava como coordenadora da Central de Regulação Ambulatorial, fosse demitida, e não os funcionários. “No final, ela [a chefe] acabou voltando atrás e revogando a demissão de quatro profissionais. Somente eu e a colega que postou a foto na rede social fomos demitidas”, disse Elaine. O vereador Julinho Fuzari (PPS), que faz oposição à administração da cidade, disse que dará assistência Jurídica aos demitidos. O parlamentar afirmou tam-
bém que vai convidar a secretária de Saúde para prestar esclarecimentos na Casa. Em nota, a Secretaria de Saúde afirmou que “reconhece e respeita o direito de expressão de todos os seus trabalhadores. Contudo, o desligamento de Elaine Gomes da Silva se deu por ela ter organizado um protesto dentro do local de trabalho e no horário de expediente. Todo trabalhador que atua em serviço público tem a responsabilidade de manter postura adequada e de neutralidade em respeito à população atendida.”
Reitores e diretores das Instituições Metodistas de Educação Marcio de Moraes (reitor da UMESP e do Centro Universitário Metodista Bennett); Gustavo Jacques Dias Alvim (reitor da UNIMEP); Márcia Nogueira Amorim (reitora do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix); Walker Soares do Nascimento (diretor da Faculdade Metodista Granbery); Roberto Pontes da Fonseca (reitor do Centro Universitário Metodista IPA e Diretor da FAMES); Walter Chalegre dos Santos (diretor geral do IMED e coordenador Administrativo da Educação Básica Metodista); Débora Castanha (coordenadora Pedagógica da Educação Básica Metodista); Marilice Trentini de Oliveira (diretora do Colégio Metodista Americano); Gilka Silvia de Rezende Figueiredo (diretora do Colégio Metodista Bennett); Angela Maria Nerys (diretora do Colégio Metodista em Bertioga); Flávio Setembrino Pereira (diretor do Colégio Metodista Centenário); Shirlei Debussi Pissaia (diretora do Colégio Metodista em Itapeva); Elizabeth Raad Nassif (diretora do Colégio Metodista de Ribeirão Preto); Lúcia Lopez (coordenadora Pedagógica do Colégio Metodista União); Raquel Paula de Fortunato (coordenadora administrativa do Instituto Educacional Metodista de Passo Fundo; Sergio Luiz Polizel (diretor do Instituto Noroeste de Birigui); Arlene Magda Charantola (diretora do Instituto Americano de Lins); Simone Borrelli Achtschin (diretora do Colégio Metodista Granbery); Márcia Amorim (diretora do Colégio Metodista Izabela Hendrix); Joselene Henriques (diretora do Colégio Metodista Piracicabano).
Colégio Episcopal - Bispo Paulo Tarso de Oliveira Lockmann (1ª Região Eclesiástica); Bispo Luiz Vergílio Batista da Rosa (2ª Região Eclesiástica); Bispo José Carlos Peres (3ª Região Eclesiástica); Bispo Roberto Alves de Souza (4ª Região Eclesiástica); Bispo Adonias Pereira do Lago (5ª Região Eclesiástica); Bispo João Carlos Lopes (6ª Região Eclesiástica); Bispa Marisa de Freitas Ferreira (Região Missionária do Nordeste); Bispo Carlos Alberto Tavares Alves (Região Missionária da Amazônia).
Leal Clavel (vice-presidente); Esther Lopes (secretária); Rev. Afranio Gonçalves Castro; Augusto Campos de Rezende; Jonas Adolfo Sala; Rev. Marcos Gomes Tôrres; Oscar Francisco Alves Jr.; Ronilson Carassini; Valdecir Barreros; Anelise Coelho Nunes (suplente); Renato Wanderley de Souza Lima (suplente).
Coordenação Geral de Ação Missionária Pastora Giselma Souza Almeida Matos; Deise Luce de Sousa Marques; pastor Clemir José Chagas; Iara da Silva Côvolo; pastora Cristiane Capeleti Pereira; Luiz Roberto Saparolli; pastora Hideide Brito Torres; Elias Bonifácio Leite; Recildo Narciso de Oliveira; Eric de Oliveira Santos; Silas Dornelas de Novaes.
Diretor de Finanças e Controladoria - Ricardo Rocha Faria
Conselho Superior de Administração - Paulo Borges Campos Jr. (presidente); Aires Ademir
Diretor Geral - Robson Ramos de Aguiar Vice-Diretor Geral - Gustavo Jacques Dias Alvim
Diretor de Inovação, Comunicação e Marketing - Luciano Sathler Conselho Geral das Instituições Metodistas de Educação - Rev. Luis de Souza Cardoso (secretário executivo); Evandro Ribeiro Oliveira (auditor interno); Marina Camilo Pereira Fazolim (secretária)
RUDGE RAMOS Jornal da Cidade
CIDADE
De 31 de março a 13 de abril de 2016
DE OLHO NA CIDADE
Obras do Centro de Controle de Zoonoses seguem atrasadas
3
Fotos: Larissa Pereira/RRJ
Apesar de a reforma ainda estar em andamento, serviços continuam sendo prestados a munícipes Larissa Pereira Maristela Caretta
INICIADA em agosto de 2014, a obra de reforma e ampliação do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) estava prevista para terminar em agosto de 2015, mas alguns imprevistos exigiram que os serviços fossem estendidos. A Prefeitura de São Bernardo, por meio da Secretaria de Saúde, informou, em nota, que, a partir da execução da terraplanagem no terreno, nas áreas de ampliação, constatou-se a necessidade de uma maior remoção de terra por causa de resíduos encontrados no solo, abaixo da camada superficial de recobrimento, como lixo, entulho e restos de construção, não detectado nos pontos de sondagem e que deveriam ser obrigatoriamente removidos. Além disso, em razão de novas diretrizes da concessionária de água e esgoto, foi preciso transferir o lan-
Segundo placa no local, obra deveria ter sido entregue em agosto do ano passado; vacinação contra a raiva continua sendo oferecida de segunda a sexta
çamento final do esgoto da obra para um novo ponto de coleta na avenida Dr. Rudge Ramos, distante do ponto inicialmente previsto. A Secretaria de Saúde também decidiu fazer alguns ajustes no projeto de reforma e incluiu outros serviços não programados inicialmente, como novos
Laudo aponta falta de higiene em mutirão contra catarata Claudia Leone
A SECRETARIA de Saúde de São Bernardo recebeu relatório da Comissão de Sindicância, na quarta-feira (30), que investigou as possíveis causas de cegueira em pacientes que passaram por mutirão da catarata realizado no Hospital de Clínicas no dia 30 de janeiro. De acordo com o laudo
divulgado, a principal causa da infecção que atingiu os pacientes foi a alta de esterilização dos instrumentos cirúrgicos utilizados durante as operações. Ao todo, 27 pacientes foram operados e 21 apresentaram infecção pela bactéria Pseudomonas aeruginosa. Uma vítima foi fatal, 18 ficaram cegas e dez tiveram que remover o globo ocular. Outro trecho do relatório aponta falhas da equipe
pontos de rede lógica e elétrica; criação de novos acessos; colocação de coberturas em policarbonato nos acessos do bloco do centro cirúrgico e auditório, e substituição do reservatório metálico de água, entre outros detalhes. Ainda em nota, a prefeitura informou que a obra
está seguindo normalmente, sem interrupções, mas teve de ser adiada para readequações no projeto original. Ela já está em fase final de conclusão e sua entrega deverá acontecer até o final de abril.
médica que realizou as cirurgias, como não lavar as mãos, não trocar os aventais cirúrgicos e partilhar instrumentos entre uma cirurgia e outra. Os serviços foram realizados pela equipe do Instituto de Oftalmologia da Baixada Santista, contratado em 2014. Na investigação, foram constatadas falhas nos serviços prestados pela equipe, não atendendo as normas de segurança dos pacientes. Ainda de acordo com o laudo da investigação, não há fatores relacionados ao ambiente do hospital em que o mutirão foi realizado. De acordo com exames colhidos dos pacientes, a bactéria apresentou sensibilidade a todos os antibióticos tes-
tados, eliminando a hipótese de contaminação por bactéria multirresistente, frequentemente encontrada em ambiente hospitalar. Foi considerado que o processo de contaminação teve início durante as primeiras cirurgias, uma vez que os últimos pacientes não tinham apresentado sintomas da infecção. A hipótese levantada é que tenha havido higienização por submersão dos instrumentos, o que pode ter ajudado a diminuir a carga de bactérias presentes no material. Os resultados conclusivos da investigação constataram que houve contaminação durante as cirurgias, quando não houve a higienização adequada dos instrumentos
Atendimento Mesmo durante as obras, o CCZ continua prestando os
serviços diários de atendimento ao público. Entre eles, a vacinação de cães e gatos contra a raiva e a adoção de animais. O motorista Reginaldo Gonçalves da Silva, 36, estava pela primeira vez no CCZ e afirma ter gostado do atendimento que recebeu. Ele esteve no local para vacinar seu gato de seis meses. “Recebi a informação de que o atendimento era bom e vim até aqui. Encontrei esse gato pequenininho, há três meses, fiquei com pena de deixar ele jogado na rua e levei para casa. Foi ótimo, porque minha filha tem problema de desenvolvimento mental e se deu super bem com o gato. Agora, ele já está vacinado e é o xodó lá de casa”, afirmou Silva. Para ver a lista completa de serviços prestados pelo centro e os animais disponíveis para adoção acesse o site www.saobernardo. sp.gov.br/zoonoses.
entre um procedimento e outro, contribuindo para que a bactéria se espalhasse mais rapidamente. Entenda o caso A bactéria Pseudomonas aeruginosa, que afetou pacientes do mutirão da catarata realizado em São Bernardo no mês de janeiro, é extremamente agressiva, levando a um processo infeccioso grave e com evolução rápida, bem como os sintomas observados nos munícipes que participaram do mutirão. A investigação para detectar as causas da infecção foi instaurada pelo Ministério Público de São Paulo, após serem apresentados os primeiros casos de cegueira nos pacientes.
4
CIDADE
De 31 de março a 13 de abril de 2016
Apesar da crise, ciclovias estimulam vendas de bikes
Donos de bicicletarias dizem que a alta do dólar faz lucro diminuir
Impostos embutidos na venda de bicicletas são
15% maiores do que os dos carros Fotos: Gabriela Guimarães/RRJ
Gabriela Guimarães
A CHEGADA das ciclovias, das ciclofaixas e de grupos que pedalam até de noite, fez com que aumentasse o movimento nas bicicletarias. O problema é que isso aconteceu justamente no momento em que a crise econômica atingiu o Brasil. Por isso, os donos de bicicletária comemoram e também se queixam muito da alta do dólar e do custo das bicicletas, já que em média 70% das peças são importadas, mesmo bikes de empresas brasileiras. Essas peças tiveram aumento entre 25% a 40% por conta da desvalorização cambial. Hoje, um dólar vale em torno de R$ 4. Os proprietários dessas lojas também disseram que essa alta causou diminuição nos lucros mesmo com o aumento das vendas e da procura por bicicletas. Ricardo Mian, 39, é dono da MW Bike e, além de negócio em duas rodas, pedala há mais de 25 anos. Já correu no Campeonato Paulista e Brasileiro de mountain Bike, está no ramo há três anos e nunca fechou o rendimento da loja no prejuízo. Mas, segundo ele, está difícil lucrar no ramo, já que até as empresas brasileiras precisam comprar peças importadas, pois funcionam mais como uma montadora. Mesmo assim, Mian disse que em 2015 vendeu, em média, 12 bicicletas por mês. E que, nos dois primeiros meses deste ano, essa média passou para 35. Ele atribui o crescimento à divulgação das pedaladas noturnas. Outra razão para se manter a venda, apesar do custo e da redução do lucro, são as ciclofaixas, como a que foi entregue em Santo André no dia 1º de fevereiro do ano passado. Depois disso, o lojista Denis Alves Gugia, 39, disse ter tido uma grande procura por bicicletas, principalmente, para as pedaladas noturnas que acontecem de terça-feira na cidade. Já Ricardo Payão, 33,
RUDGE RAMOS Jornal da Cidade
Denis Gugia, dono da Concept Bike, em Santo André, abriu sua segunda loja na cidade após o aumento de vendas com as ciclofaixas
está no ramo há 12 anos, e abriu a sua própria bicicletaria há 5 anos, a Bike Store. Ele afirmou também que aumentou a procura com as pedaladas noturnas e que incentiva seus clientes com uma pedalada toda quinta-feira, às 20h. Clientes o procuram para pedalar, principalmente, buscando segurança. Bikes reformadas Payão percebeu que muitos dos seus clientes recuperam as bicicletas dos pais ou de algum parente que estava encostada dentro de casa em vez de comprar uma nova. Para ele, isso acontece porque, comparativamente, os im-
Acima, a Concept Bike, segunda loja de Denis Gugia em Santo André. Ao lado, loja que vende bicicletas e acessórios para quem gosta de pedalar
postos que estão embutidos em uma bike são de 10% a 20% maiores do que os cobrados nos carros, proporcionalmente. “Se o nosso Estado estivesse mais estruturado, o ramo de bike estaria mais em alta”, afirmou o empresário. Para Payão, o segmento tende a crescer, mas é necessário investimentos na área para que as pessoas tenham maior acesso.
RUDGE RAMOS Jornal da Cidade
Uso de bicicleta para trabalhar ajuda a diminuir gastos Caroline Yumi
O PROFESSOR de educação física Isnard Quintela, 38, sentiu um alívio no bolso quando resolveu usar bicicleta para se locomover até o trabalho. Morador de Santo André, ele disse que se desloca até São Paulo diariamente e faz isso há, aproximadamente, 10 anos. Com isso, disse que economiza até R$ 450 ao abrir mão do transporte coletivo. Ele é um dos trabalhadores que, com a migração dos carros para as bicicletas, perceberam no orçamento a redução de gastos. Além disso, foi uma forma que conseguiram para evitar o estresse do congestionamento, preservar o meio ambiente e investir na saúde. Quintela afirmou que não precisa investir em combustível, estacionamento nem na manutenção diária, já que ele mesmo realiza essa função e quando pre-
cisa de uma revisão mais aprofundada é um gasto a mais a cada seis meses. Isso sem falar na economia do tempo também. O professor disse que, de ônibus, chegava a gastar uma hora e dez minutos, em média, para fazer o mesmo trajeto. Agora, de bike, leva 50 minutos. Quintela disse ainda que, quando ia de São Bernardo para avenida Luiz Carlos Berrini, na zona sul de São Paulo, também teve redução no tempo: passou de até três horas e 30 minutos, dependendo do transporte, para 60 minutos no selim de uma magrela. No caso de Jorge Olivério, 19, que trabalha com administração, o aumento da tarifa dos transportes públicos e a necessidade de praticar atividades físicas para emagrecer foram os principais fatores para que utilizasse a bicicleta para se locomover até o trabalho. A economia era de apro-
Brasileiros investem em seguro para bikes Gabriela Renzetti
COM O retorno das bicicletas causado pela criação de ciclofaixas, ciclovias e de grupos que pedalam até de noite, muitos ciclistas têm feito seguro de suas bikes. Público para isso existe. Segundo uma pesquisa divulgada pelo Ibope em setembro de 2015, cerca de 7% da população usa a bicicleta diariamente, sendo 31% do sexo feminino e 69% do masculino. O levantamento ainda mostra que 54% dos brasileiros que adotam a bicicleta como principal meio de locomoção afirmam que o princi-
CIDADE
De 31 de março a 13 de abril de 2016
pal motivo é por ser o meio mais rápido para chegar aos seus destinos. Outros 22% alegam que é uma prática saudável e 13% por ser o único meio de locomoção disponível ou financeiramente mais acessível. Ainda segundo o levantamento, 18% dos ciclistas estão mais sujeitos a acidentes. Por isso, como qualquer meio de transporte, a bicicleta acabou se tornando um bem precioso na vida de muitos brasileiros, não só pelo seu custo, mas também, por seus benefícios. Uma das empresas que atuam nessa área é a Estar Seguro. A seguradora foi procurada pela reporta-
Arquivo Pessoal
Isnard, de amarelo à esquerda, passeia aos finais de semana utilizando transporte público em São Paulo
5
Segurança Apesar de as bicicletas serem consideradas um meio de transporte, elas ainda não são muito aceitas pelos motoristas que
acabam desrespeitando os ciclistas. Segundo dados divulgados pelo Ibope, em setembro de 2015, 18% dos ciclistas correm o risco de se envolver em acidentes e isso pode prejudicar a segurança e a confiança do acidentado, fazendo com que ele perca a vontade de pedalar. Renan Barbosa, 30, estagiário na área de TI (tecnologia da informação), é um exemplo de alguém que sofreu acidente causado pelo motorista. Quando estava na rua Clodomiro Amazonas, zona sul de São Paulo, costumava trafegar pela esquerda, mas começou a
perceber que muitos carros faziam conversões naquela direção. Até que um dia um motorista ultrapassou e virou à esquerda, mesmo com o trânsito parado. Ele não conseguiu frear a tempo e acabou batendo na lateral do carro, mas não chegou a sofrer nenhum acidente grave. Após esse episódio, Barbosa começou a se sentir inseguro no trânsito, mas esse fato não fez com que parasse totalmente de usar esse meio de locomoção. Ele só diminuiu a frequência com que ia para o trabalho de bike. E isso fez com que ficasse mais atento no trânsito e pensasse mais nele e nos outros. Mesmo com o incentivo das ciclofaixas e ciclovias, aumentou o número de mortes com ciclistas que se envolvem em acidentes de trânsito. Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), em 2014, cresceu em 34,3% as mortes em acidentes. Por isso, os usuários de bike precisam tomar cuidado ao usar vias em que trafegam outros tipos de veículos.
gem, mas não deu retorno para falar sobre os planos. No site www.estarseguro. com.br consta que são oferecidos planos, serviços e assistência para seus clientes. Ainda no site consta que, para segurar uma bike, o preço não pode ser menor do que R$ 1,2 mil. O pagamento é anual e pode ser dividido em até quatro vezes sem juros. O preço do seguro varia de acordo com o valor da bike. Por exemplo, a bicicleta de valor mínimo tem um seguro de R$165 e uma de R$ 5 mil tem seguro de R$ 380. As modalidades oferecidas são de seguro contra roubo, furto qualificado e acidentes envolvendo o veículo transportador válido somente no território nacional. Tonimar Dal Alba, 34, é gerente de tecnologia e recorreu ao seguro em 2015 como uma garantia a mais
de evitar possíveis problemas e, caso aconteça, tenha como ser ressarcido. O gerente de tecnologia dispõe de duas bicicletas, uma para trilhas, que são realizadas nos finais de semana e outra que utiliza para se locomover até o trabalho. Fora os gastos com manutenções necessárias. Tonimar paga cerca de R$350 por ano com o seguro que é equivalente a quase 8% do valor total da bike. Como São Paulo ainda não está totalmente preparada para receber adequadamente as bikes, os bicicletários e paraciclos ficam concentrados em determinadas áreas da cidade, o que dificulta o ciclista parar. Com isso, eles são obrigados a amarrarem as magrelas em postes, corrimões, grades, e isso acaba trazendo certo desconforto e apreensão. De acordo com o portal Bi-
cicletas Roubadas, criado em 2001, para ajudar a recuperar as bikes e mapear as zonas de risco, São Paulo aparece em primeiro lugar do ranking com 1.204 furtos e roubos. Nos dois primeiros meses de 2016, já foram registrados 12 casos. No ranking, os municípios de São Bernardo e Santo André estão entre as 30 cidades que mais cadastraram ocorrências, totalizando 1,3% dos casos. Mas, esse não é o único medo dos ciclistas. Cerca de 44% das pessoas que não usam a bicicleta como principal meio de transporte alegam que a falta de segurança é um fator que faz com que elas abandonem a ideia de usar a bike diariamente. De acordo com os dados, aproximadamente 18% da população brasileira andaria se tivesse mais sinalização nas ruas e 13% alega sentir falto das ciclovias.
ximadamente R$ 200,00 por mês. Em relação ao tempo, enquanto demorava de 40 a 45 minutos, passou a fazer o trajeto em 20 minutos, no máximo 30, quando pegava farol fechado. Atualmente, não usa mais esse meio de transporte, porque mudou de empresa. Mas, em nenhum momento, durante o trajeto do antigo emprego, se sentiu inseguro no trânsito.
Confira no rronline.com.br as notícias de São Bernardo e do ABC
editorial@metodista.br facebook.com/rudgeramosonline
6
SAÚDE
RUDGE RAMOS Jornal da Cidade
De 31 de março a 13 de abril de 2016
Livros, risadas e cães são remédios no ABC Projetos voluntários auxiliam tratamento de pacientes hospitalizados na região Fotos: Gabriel Bordin/RRJ
Voluntárias do Big Riso em ação no Hospital Estadual Mário Covas; as visitas são semanais; crianças e familiares aprovam e esperam por elas Gabriel Bordin
PUBLICITÁRIO, dona de casa e adestrador de cães. À primeira vista, encontrar semelhança entre essas três carreiras parece complicado, mas é fora do ambiente de trabalho que elas se unem por um objetivo em comum: levar aos pacientes hospitalizados um motivo de alegria em meio ao tratamento. Eles são voluntários que dedicam um tempo regular na semana para hospitalizados do ABC sem esperar nada em troca. Valdir Cimino, publicitário, presidente e fundador da associação Viva e Deixe Viver, que leva leitura a 93 hospitais em todo o país, inclusive no ABC, conta que, atualmente, existem 15 instituições que gostariam de receber esse projeto. “Hoje, a associação conta com 1.200 voluntários pelo país, mas ainda não é suficiente para suprir nossa demanda, pois leva tempo para formá-los”, disse. Mas, é preciso preparação e identificação para con-
viver com a realidade de um hospital. Cimino afirmou que é necessário um período de ensino sobre como lidar com o ambiente hospitalar. “Quem vira voluntário tem que entender que não é adequado certos tipos de falas e movimentos, pois pode causar efeito contrário do esperado”, contou. O fundador ressalta, também, que o treinamento é necessário para adaptar os interessados ao contexto do hospital. Para auxiliar esses voluntários, os livros, principal instrumento de trabalho utilizado, formam um acervo de cerca de 1.200 títulos, segundo Cimino. Tais literaturas são frutos de parceria com o Ministério da Educação, por meio do Plano Nacional de Incentivo à Leitura, editoras e livrarias que renovam seus acervos. Além da biblioteca da associação, o presidente conta que, com as doações, são criados acervos nos hospitais, mas o número de títulos nesses locais não são conhecidos. As histórias contadas não são escolhidas ao acaso. Segundo o fundador, as
crianças têm suas preferências por contos de fadas e personagens infantis de Walt Disney. Mesmo assim, começam a introduzir narrações de autores brasileiros. “No primeiro contato, a criança reage com repulsa, mas, com o passar do tempo, ela começa a criar e escrever suas histórias. Estamos criando autores”, contou. Outro medicamento que está tomando conta dos corredores hospitalares é a
risada. Voluntários como os da Big Riso se transformam em palhaços para alegrar o período de internação. Segundo a dona de casa e palhaça Edna Gil Magro Pascoalinda, o trabalho realizado faz a diferença na vida dos pacientes. “Às vezes, as crianças e as familias vêm com a impressão de que o hospital é um ambiente pesado e os palhaços trazem cor e alegria”, explicou. Edna acredita que a ale-
Valdir Cimino: publicitário e presidente da associação Viva e Deixe Viver
“
No primeiro contato, a criança age com repulsa, mas com o passar do tempo ela começa a escrever as suas próprias histórias. Não incentivamos apenas a leitura, incentivamos, também a escrita. Estamos criando autores”. Norberto Vieira
Professor de Ed. Física
gria age de forma eficiente no tratamento das crianças. “Um ambiente onde a a tristeza e a depressão é frequente, o quadro do paciente tende a piorar. Você demonstrar alegria nesse ambiente, a doença não se manifesta de uma forma tão negativa.” Além de livros e risadas, cães têm levado carinho em forma de lambidas. Mikael Freitas, diretor fundador do instituto MAPAA (Meio Ambiente E Proteção Animal), contou que a pet terapia é um trabalho que procura, por meio dos animais, facilitar o processo terapêutico de várias formas. “Nossos animais atuam como um facilitador do processo conduzido por um profissional da área da saúde”, explicou. Os caninos voluntários são treinados e não forçados à interagir com os pacientes, tornando sua presença nos quartos segura. Freitas conta que os animais, todos frutos de resgate e com características calmas, passam por um período de adestramento. “Eles aprendem comandos básicos como sentar e deitar, comandos que receberão durante as visitas”, disse. O cidadão que quer transformar seu pet em voluntário pode procurar a associação para que seja realizada uma avaliação de caso, pois, além do animal, o seu dono precisa ser preparado para a situação que ele vai encontrar. As ações realizadas pelos voluntários são bem recebidas pelos pais e acompanhantes. Segundo Érica Silva Santos, mãe de um paciente, é perceptível a melhora emocional da criança. “Os voluntários são muito animados e o que conta para o quadro das crianças não é o tipo de trabalho, mas a alegria que o voluntário traz”, contou. Jéssica Lousia das Dores, mãe de outro paciente, concorda que o trabalho dos voluntários faz diferença. “Antes, eu não conhecia esse tipo de trabalho, mas, agora, vi o quanto pode ser bom para as crianças”, completou.
RUDGE RAMOS Jornal da Cidade
SAÚDE
De 31 de março a 13 de abril de 2016
Voluntária muda a rotina em hospitais
Claudia Leone
ADVOGADA, arquiteta e urbanista, pós graduada em administração financeira e diretora administrativa da construtora MBigucci. Mesmo sendo mãe de quatro filhos e com uma rotina super agitada, aos 45 anos, Roberta Bigucci não abre mão de uma de suas grandes paixões: alegrar pacientes em hospitais. A ideia começou cedo. Aos 15 anos, Roberta se uniu com seus três irmãos e amigos para alegrar festas
infantis e, mais tarde, o grupo titulado como “Turma do Pirulito” passou a visitar orfanatos e instituições carentes em datas especiais, como o Dia da Criança e o Natal. “Acredito que tenha acontecido por acaso. Sempre tive muitos exemplos dentro de casa, com os meus pais realizando doações em orfanatos e em outras entidades, então, para mim, isso sempre foi muito natural”, contou. Anos mais tarde, já trabalhando na empresa formada pela família, a
Fotos: Divulgação
Roberta Bigucci disponibiliza um tempo em sua rotina para levar alegria as crianças em hospitais
advogada decidiu formar um novo grupo inspirada pelo filme “Path Adams – O Amor é Contagioso”. Logo de início, Roberta recebeu apoio dos demais funcionários. Juntos, formaram o programa “Big Riso”. Em 2016, o grupo completa 11 anos e já reuniu mais de 460 voluntários. Atualmente, é integrado por
70 pessoas que são profissionais da empresa MBigucci e demais voluntários interessados na proposta. Hoje, no ABC, o Big Riso atua três vezes por semana, visitando o Ambulatório de Oncopediatria da Faculdade de Medicina do ABC, o Hospital Estadual Mário Covas e a Casa Ronald Mcdonald, ambos no município de Santo André. Mesmo com horários apertados, a atual diretora da MBigucci explicou que a motivação para continuar trabalhando como voluntária é ver o sorriso das crianças.
Segundo Roberta, as pessoas que estão nos hospitais pensam o tempo todo na doença e, por meio das brincadeiras, conseguem sorrir. “Quando não pensamos na dor, ela para de doer”, disse. Quem quiser ser voluntário do grupo deve acessar o site do grupo (www.bigriso.com.br), fazer a inscrição e aguardar ser chamado. Um dos requisitos para participar, de acordo com Roberta, é ter amor em tudo o que fizer, seja no trabalho, na rua ou em casa. “Quando nós doamos amor, recebemos o dobro de volta.”
Diversão ajuda no tratamento médico “ Gabriel Bordin / RRJ
Cleber C. Oliveira
A ATIVIDADE lúdica é uma prática utilizada em hospitais para recuperação da saúde física e mental dos pacientes. A diversão e o entretenimento estão diretamente ligados ao alívio da dor em procedimentos médicos além de melhorar o comportamento durante a hospitalização. Um estudo realizado por alunos de psicologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, feito em 2008, com 15 crianças com câncer hospitalizadas na enfermaria de um hospital, mostrou que o entretenimento amenizou as dores de algumas delas.
Jéssica faz tratamento médico no Hospital Estadual Mário Covas e tem a leitura como a principal diversão
7
As recreações levadas para hospitais podem variar entre atividades com palhaços, oficinas de leitura com os pacientes e a
terapia assistida por animais, popularmente conhecida como pet terapia. Por meio dessas atividades, o corpo libera as substâncias chamadas serotonina e endorfina. Ambas trazem a sensação de bem-estar e são antidepressivos naturais. Segundo a psicóloga e professora em psicologia social Miria Gomes, estas atividades auxiliam, principalmente, as crianças, a terem uma aceitação e compreensão melhor durante o período de hospitalização. “Desta forma, o tratamento, seja para qualquer doença, se torna mais leve, mais fácil de ser levado. O paciente aprende brincando”, disse. Mas a atividade de ludoterapia não se aplica somente a quem está internado. A
Desta forma, o tratamento, seja para qualquer doença, se torna mais leve, mais fácil de ser l evado. O paciente aprende brincando”. Miria Gomes
Professora psicologa
intervenção não farmacológica, ou seja, atividade aplicada sem a utilização de remédios controlados para o combate de dor e estresse, é levada cada vez mais a sério. Quanto ao alívio e ao efeito emocional gerado, a psicóloga especialista completa: “Existe uma evolução no quadro comparado a crianças que não fazem o acompanhamento dessas atividades e isso já está mais que comprovado”, explicou.
8
CIDADE
Mirelle Souza
O PLANTIO de hortas para quem gosta de cultivar e ter sempre alimentos frescos na cozinha não é só para quem mora em grandes espaços. Moradores de São Bernardo e região estão optando por montar sua própria plantação no quintal e semear diversas mudas e sementes, inclusive hortaliças, temperos e ervas. A bióloga Sirley dos Santos disse que não há um espaço pré-destinado para se fazer uma plantação. É possível ter uma horta doméstica em diferentes recipientes como, embalagens recicladas, painéis, vasos, hortas verticais, entre outras opções. Um dos fatores mais importantes é a luz solar, o local precisa ser bem iluminado para receber o sol. O aposentado Agostinho Soares, 69, mora no bairro Baeta Neves e tem plantação de frutas, verduras e temperos no quintal de casa. Ele contou que a tradição é de família, seus pais já faziam o plantio na casa. No espaço de cultivo da horta tem mamão, laranja, milho, tomate, alface, cebolinha, salsinha, abobora, hortelã e até feijão. Ele afirmou que a época do outono é a mais propícia para o crescimento das plantas. “Compro a semente, planto em um recipiente com areia e depois de uns quinze dias transfiro para horta”, comentou o aposentado. Ele contou ainda que dependendo do clima a facilidade para a plantação reproduzir é melhor. Orvanil Martins, 73, aposentada, também tem uma mini horta no quintal de casa. “Quando a gente planta é mais saudável, sem agrotóxico, regando com água limpa, e quando se é comprado não sabemos como é feito esse processo”, disse a aposentada. Ela comentou também que quando precisa é só andar alguns paços e colher fresco do pé. Os cuidados com as hortas segundo os entrevistados são basicamente de dedicação durante alguns minutos por dia, verificando se não há nenhuma praga, manter a terra úmida e retirar as folhas secas. Jardim vertical Outra opção é a horta ou jardim vertical, para quem mora em apartamento ou casa sem muito espaço. A dica é fazer na sacada, varanda ou terraço, desde que
De 31 de março a 13 de abril de 2016
RUDGE RAMOS Jornal da Cidade
Hortaliças e ervas vão do quintal para a mesa É possível fazer e cuidar de uma horta caseira mesmo em pequenos espaços Fotos: Mirelle Souza/RRJ
Agostinho Soares mostra horta no quintal de casa que está em boa época de reprodução, localizada no bairro Baeta Neves, em São Bernardo
“
Quando quero algo da plantação fresquinho, vou lá no quintal e pego. Não precisa ficar guardado na geladeira, acaba estragando e perdendo o sabor.”
Bióloga Sirley dos Santos afirma que
4 ou 5
Orvanil Martins
horas de sol são fundamentais para as hortaliças
Aposentada
seja arejado. O empresário Ronaldo Maia, de São Bernardo, trabalha na preparação dos ambientes para plantação. Uma das suas especialidades é o jardim vertical, que é basicamente um painel de madeira com os vasos suspensos. A preferência é que se utilize mudas prontas, para facilitar o processo de crescimento. Maia falou que as plantas ou hortaliças indicadas para o jardim vertical dependem de alguns fatores para ter uma boa reprodução. “O ambiente pela quantidade de luz disponível, incidência de luz direta ou indireta, temperatura, tamanho do local, vento ou corrente de ar,
Plantação de escarola que Orvanil Martins tem há algumas semanas
ambiente fechado ou aberto, coberto ou descoberto”, disse o empresário. A bióloga Sirley ainda diz que os nutrientes e adubos
orgânicos são importantes para adicionar ao solo, eles são necessários para o cultivo e crescimento das plantas. E podem ser comprados em
lojas de jardinagem e até mesmo pela internet. Ela afirma que com o surgimento de pragas em hortaliças menores o ideal é tirar as partes afetadas, e dá dica: “Se houver maior dano podem ser usadas receitas caseiras com água, por exemplo: pimenta, tomate, sabão de coco ou alho”. Com o espaço limitado como em apartamentos, é possível usar as sacadas e terraços para o cultivo, pensando sempre na extensão que a planta irá precisar para seu crescimento.
RUDGE RAMOS Jornal da Cidade
CIDADE
De 31 de março a 13 de abril de 2016
Alimentos orgânicos contribuem para a qualidade de vida Thiago Humberto
UMA ALTERNATIVA para ter uma alimentação mais saudável é criar o hábito de frequentar feiras e lojas de produtos orgânicos para comprar direto do produtor. Ter o contato com o produtor pode ser uma experiência muito satisfatória. A nutricionista Jane Gleide Pugliessa, 39, disse que os alimentos orgânicos respeitam a sazonalidade, ou seja são produzidos cumprindo as respectivas épocas do ano. Já os alimentos que não são orgânicos, facilmente são encontrados o ano todo. Jane contou ainda que não há nenhum alimento que só pode ser ingerido se for orgânico. “Salvo a restrição por base em dieta alimentar.” Segundo a empresária Camila Braghetto, 34, proprietária da loja Tutto Natural, que existe há 6 anos
“
9
Márcia Munhoz/ Orgânicos Viva Bem
Para se ter uma ideia, há 4 anos, a produção de produtos orgânicos era praticamente insignificante e hoje representa quase 2% de toda produção. Camila Braghetto
Empresária
em Santo André, o cultivo desse tipo de alimento vem crescendo no país. Alimentos orgânicos são produzidos sem nenhum tipo de adubo químico, agrotóxico e herbicida. Além disso eles têm uma preocupação com o meio ambiente como o cuidado com as nascentes, mata ciliar, etc. Gabriel Ribeiro, 33, é sócio na empresa Vida e Saúde, que há mais de 20 anos está no mercado em Santo André e também é a primeira loja de produtos orgânicos do ABC. Além das verduras
Mães com filhos de até 3 anos, terceira idade e vegetarianos são os principais clientes desses produtos
orgânicas, o comércio disponibiliza legumes, laticínios, doces, pães, etc. “Tudo 100% orgânico”, afirmou. Segundo Ribeiro, as folhas, como alface, rúcula, couve, e as frutas da época, têm um preço similar aos não orgânicos. “Antigamente, o preço desses produtos eram altos e a procura muito baixa, hoje os valores já são muito mais acessíveis e o custo benefício é incalculável”.
Saiba como montar uma horta hidrôponica Tatiana Romano /Panelaterapia
Camila Rodrigues, 32, é empresaria no ramo óptico e há 7 anos consome só esse tipo de produto. Ela comenta que a sua qualidade de vida melhorou e hoje enfrenta o dia a dia com mais disposição, “No começo eu tinha muito cansaço, dores no corpo e falta de ar”, explicou.
Craisa, toda terça-feira. A outra é na quinta, no Paço Municipal da cidade.
Feiras Santo André tem duas feiras de produtos orgânicos. Uma delas ocorre no
Paço Municipal Local: Praça IV Centenário, s/ nº - Centro Horário das 16h às 20h.
Hidroponia é opção de cultivo de hortaliças Sabrina Scarlett
PROCEDIMENTOS NECESSÁRIOS:
MODO DE MONTAGEM
Uma barra de 6 metros de cano de PVC 75mm (é possível reduzir o projeto conforme o seu espaço disponível);
4Prepare a parede para sustentar o cano principal. É necessário um desnível de sete centímetros entre uma ponta e outra. 4Fure buracos no tubo principal, separados por 15 cm. 4Após posicionar o tubo, instale a bomba no tambor de água e conecte a mangueira na extremidade superior do tubo principal. 4Agora, afixe o tubo de 20 mm na extremidade inferior do cano principal com um desnível de 2 cm até o reservatório de água 4É importante que a horta seja localizada em um espaço que tenha tomada para que possa ser ligada a bomba.
4Duas tampas para cano de 75mm; 4Dois joelhos para cano de 20 mm; 4Uma barra de 6 metros de cano de PVC de 20mm; 4Uma bomba d’água de aquário para 90 l/h; 460 cm de mangueira fina (que encaixe na bomba) 4Tambor para colocar água 4A barra pode ser fixada na parede com suportes de ferro e fita braçadeira.
Serviço: Craisa Local: Galpão do Produtor – av. dos Estados, 2.193 – Santa Terezinha Horário das 16h às 20h
UM CONCEITO crescente em diversas metrópoles ganha espaço também no ABC. É possível implantar pequenas hortas que podem ser cultivadas em casa. Uma dessas opções é o cultivo de alimentos hidrôponicos, sem a utilização do solo. É usado um recipiente com água e elementos nutritivos, essenciais para o bom desenvolvimento das plantas. Para o aposentado Eduardo Silvino, 72, as verduras que cultiva em casa são mais saudáveis e ainda consegue gerar complemento de renda com a venda desses produtos. “São hortas livres de produtos que fazem mal à saúde, contém somente os nutrientes necessários para o crescimento natural delas”, comentou.
Os métodos para cultivo são diversos, um dos mais utilizados são os canos de PVC usados para esgotos. Podem ser produzidas hortaliças como alfaces, coentro, couve etc. Estes tubos são furados com serra copo, para que se fixem as plantas, com espaçamento conforme o tipo de hortaliça e sua raiz. Solução Nutritiva É necessário um controle rigoroso para manter as características, assim o crescimento ocorre sob as melhores condições possíveis e com os nutrientes necessários mesmo sem utilização de adubo/solo. As soluções podem ser compradas em lojas de jardinagem ou produtos agrícolas, e também em sites especializados na internet, assim como as mudas e sementes que serão utilizadas no cultivo.
10 CULTURA
Salvador Arena tem música grátis neste sábado
RUDGE RAMOS Jornal da Cidade
De 31 de março a 13 de abril de 2016
Beto/ Divulgação
Sesc organiza eventos que ocorrem no mês de abril em todo o Estado
NESTE SÁBADO, uma boa pedida de cultura é a apresentação da Banda Eddie, no Parque Salvador Arena, na avenida Caminho do Ar, em show grátis promovido pelo Sesc em todo o Estado. Natural de Pernambuco, o grupo está na trilha sonora do filme “Que Horas Ela Volta”, que concorreu à indicação para o Oscar-2016, mas não obteve classificação. A banda foi formada em 1989 e já participou de edições do Lollapalooza e Circo Voador.
A banda já teve passagens por Santo André, cidades do interior do Estado e capital São Paulo. Seu estilo é influenciado por gêneros como o punk e o rock e passando também por música popular brasileira. “Todos tinham influências de frevo, samba e punk. É a mistura da música universal com o pop brasileiro”, afirmou o vocalista e percussionista da Eddie, Alexandre Barreto. Serviço Parque Salvador Arena Av. Caminho do Mar, 2.980 – Rudge Ramos Sábado (2), às 20h
De Pernambuco, Banda Eddie paticipou da trilha sonora do filme “Que Horas Ela Volta”, de Ana Muylaert
Nilson Sandre/Divulgação
Adilson Junior
SOB A ALEGAÇÃO de dificuldades financeiras, funcionários do CAV (Centro de Audiovisual de São Bernardo) suspenderam as aulas desde a última segunda-feira, 28 de março. A falta de equipamentos adequados e salários atrasados são os principais problemas enfrentados. Segundo a atriz e estudante do 2º semestre noturno de Cine/TV Mariana França, 28, a instabilidade financeira existe há tempos. “Não é a primeira vez que atrasam pagamentos. No final do ano, a situação foi parecida. Agora, novamente isso está acontecendo. Os professores não recebem o salário ou ganham apenas uma parte do pagamento”, disse. A aluna também disse que os problemas vão além do atraso de salário dos funcionários. “Faltam equipamentos básicos como refletores, lâmpadas para projetores. Tem professor que está dando aula no monitor do computador porque não tem projetor”, contou. Por isso alguns alunos realizaram protestos por meio de redes sociais e passeatas. No último dia
Centro de Audiovisual tem dificuldades financeiras 29 de março, os estudantes protestaram em frente da Secretaria de Cultura de São Bernardo, no Baeta Neves. O intuito foi de cobrar esclarecimentos e
dialogar com os responsáveis. O grupo oi recebido pelo secretário-adjunto de Cultura, Evandro de Lima. Uma das fontes de recurso para o CAV é a Telem
S.A (Técnicas Eletromecânicas), que assinou um contrato com a Prefeitura de São Bernardo para explorar os estúdios do Vera Cruz por 30 anos em troca
Fundado em 2012 pela Prefeitura de São Bernardo, CAV passou por outros periodos de problemas finaceiros anteriormente
de investimentos de mais de R$ 150 milhões em cultura na cidade. A Prefeitura de São Bernardo, por meio da Secretaria de Cultura, informou que, após a reunião com a Telem, será realizada uma visita técnica no Centro Audiovisual visando o início da manutenção de infraestrutura. Na sexta (1º), a instituição terá uma reunião com os profissionais da escola para solucionar os problemas de pagamento, tendo como previsão o retorno normal das aulas na segunda (4). Murilo Rodrigues
Felipe Siqueira
RUDGE RAMOS Jornal da Cidade
CULTURA 11
De 31 de março a 13 de abril de 2016
Alexandre Leoratti
Preço da obra foi de R$ 6,8 milhões e ocupa área de cerca de quatro mil metros quadrados
‘Inezita Barroso’ é novo espaço teatral aberto à população Prédio funcionará como extensão do CEU Regina Rocco, na Vila São Pedro
Teatro no ABC Segundo o produtor e diretor Rafael de Castro,33, os teatros do ABC têm historicamente preços de ingressos mais baratos. Entretanto, avisa que diversos espaços na região apresentam problemas de estrutura, divulgação e programação. “O Teatro Municipal de Mauá, por exemplo, está fechado desde maio de 2015. O Teatro Elis Regina, em São Bernardo, está bem conservado, mas não apresenta muitos recursos técnicos.” O diretor disse também que na região observa grupos com muitos talentos se extinguirem. “Não há contato suficiente entre as secretarias de Cultura dos municípios com esses grupos. Não é possível sobreviver de arte somente no ABC, então muitos grupos migram para São Paulo, onde existe um ritmo cultural mais ativo e companhias mais estáveis”, explicou. Murilo Rodrigues
A COMUNIDADE da Vila São Pedro ganhou um novo teatro em fevereiro. Com o nome de Inezita Barroso, a estrutura tem capacidade para 500 pessoas e conta com áreas para exposições de arte. O espaço fica ao lado do CEU (Centro de Educação Unificado) Regina Rocco e além de peças e espetáculos, vai servir como local para alunos terem aulas de teatro. No total, o preço da obra foi de R$ 6,8 milhões e ocupa área de cerca de quatro mil metros quadrados. Na inauguração, alunos do CEU Regina Rocco realizaram duas apresentações musicais. A primeira teve cenário imitando a savana africana e as crianças realizando danças da região. Na segunda, a apresentação foi musical e misturou alunos cantando música popular brasileira, hip hop e o som da bateria de samba da escola. Para o professor de arte Josmar de Freitas, 37, o teatro vai contribuir com as atividades culturais dos estudantes da região. “Antes, as apresentações eram feitas na escola, agora os alunos são inseridos ao teatro de fato, com palco, plateia, espaço e equipamentos adequados. Isso dá mais vivência e prática a eles”, disse Além das apresentações estudantis, o espaço receberá peças de teatro, espetáculos de danças e outros gêneros. Segundo o Secretário de Educação, Paulo Dias, todas as pessoas da cidade vão poder ter uma grade de utilização. Dias explicou também como será o funcionamento da programação no local. “É um local para toda sociedade do ABC, em especial São Bernardo. As pessoas podem procurar na Secretária de Educação a programação de utilização das escolas, de espetáculos, eventos e assim fazer o agendamento para a utilização do espaço”, contou De acordo com Dias, a equipe da prefeitura quer gerenciar o local com isenção financeira de até 100%, para instituições sem fins lucrativos e que sejam voltadas à educação. Segundo o secretário, caso o interessado não seja da área citada, haverá um preço público para pagar e assim poder utilizar o teatro. O preço para utilização ainda será discutido.
Fotos: Alexandre Leoratti/RRJ
12 ESPORTE
RUDGE RAMOS Jornal da Cidade
De 31 de março a 13 de abril de 2016
Metodista/São Bernardo mescla juventude e experiência para 2016 Equipe perde atletas como Diogo Hubner e Cauê Herrera, que foram para o São Caetano Marcelo Argachoy
VICE-CAMPEÃ do Super Paulistão Masculino em 2015, a Metodista/São Bernardo passa por uma reformulação para a disputa da temporada 2016 de handebol. Cinco jogadores deixaram a equipe. Entre eles, o central Diogo Hubner, que agora jogará em São Caetano, e o pivô Cauê, também com destino ao rival local. O ponta Victor se transferiu para a equipe de Guarulhos. O goleiro Gabriel foi para o Tênis Clube/Fupes/ Santose o armador Patrick também deixou a equipe. “Nesses últimos dois anos, estamos nos acostumando com isso. A perda de jogadores como o Diogo e o Cauê, que fizeram uma temporada excelente, será sentida, mas estamos confiantes”, afirmou o treinador José Ronaldo do Nascimento, o SB. “Vamos mesclar jogadores experientes como Jeison, Carlito e Leandro, com jogadores mais jovens, muito abaixo dos 22 anos.” Ex-capitão da Metodista/ São Bernardo e jogador da seleção brasileira, Hubner deixa a equipe em que atuou
Anderson Rodrigues/Dicom
por 13 temporadas. “Já aconteciam estes diálogos com o São Caetano, eles tinham um projeto interessante”, disse o central. Esta não é a primeira vez que o jogador de 33 anos deixa a equipe de São Bernardo, tendo atuado pelo Taubaté em 2014. Segundo SB, ainda não foi definido o novo capitão do time. “Temos o Carlito, que capitaneou o time no ano retrasado. o goleiro Leandro, que é experiente e pode ser um líder dentro da quadra, ou o Jeison, que é mais novo, mas tem personalidade e pode também assumir essa função”. Para a posição de Hubner, a Metodista/São Bernardo contratou o central Caio “Bebê” Yamauchi. “Ele faz uma leitura muito boa da defesa do adversário, sabe fazer a armação do time”, declarou o técnico. Bebê, que jogou pelo time nas categorias de base, estava no São Caetano. “A adaptação tem sido boa, os dois times possuem um estilo de jogo parecido”, afirmou o jogador. Além de Bebê, a Metodista/São Bernardo também contratou o central Gabriel Vicentin, que esta-
Clube do ABC estreia no Super Paulistão Masculino no dia 16 de abril, fora de casa, contra o time de Franca
va no XV de Piracicaba. “É um menino muito novo que precisa de mais rodagem. Ele tem potencial, mas não esperamos um resultado imediato. Ele tem uma boa visão para distribuir passes, tem um grande futuro”, analisou SB. Para completar o elenco, a Metodista/São Bernardo trouxe ainda o pivô Victor (ex-São Caetano) e promoveu para o elenco principal o meia Vinicius e o pivô Fábio, que estavam no Juvenil. A expectativa para a temporada 2016, de acordo com o treinador, é de chegar aos playoffs. “Sabemos que para este ano temos duas equipes muito fortes, Taubaté e São Caetano, e não podemos descartar o Pinheiros, também.” A Metodista/São Bernardo estreia no Super Paulistão fora de casa, contra a equipe de Franca. O jogo será no dia 16 de abril, um sábado, no Ginásio Amauri Destro.
ESPORTE PASSA POR MUDANÇA DE REGRAS A PARTIR DE JULHO A FEDERAÇÃO Internacional de Handebol (IHF) anunciou cinco alterações no livro de regras do esporte. As mudanças foram testadas no Mundial Júnior do ano passado, realizado em Minas Gerais, e entrarão em vigor a partir do dia 1º de julho. Uma das mudanças é a introdução do cartão azul ao jogo. Ao ser advertido, o atleta será desqualificado, assim como o cartão vermelho, e será feito relatório sobre sua conduta na partida. Assim, existe a possibilidade ou não de o jogador sofrer outra punição após o jogo.
1
O jogo passivo também será regulado. A prática, que significa que a equipe com posse da bola não está buscando o gol. “Os técnicos ficavam chateados porque, em alguns momentos, o juiz assinalava que o jogo passivo ocorria após três passes, em outros, a equipe podia fazer dez passes e o jogo passivo não era marcado”, declarou SB, técnico do time metodista/São Bernardo. Com a nova regra, após o árbitro da partida sinalizar o jogo passivo, a equipe atacante pode trocar, no máximo, seis passes antes de finalizar para o gol. Caso contrário, a posse de bola será revertida.
3
Uma modificação que dividiu opiniões foi a do uso do goleiro-linha. O sétimo jogador de ataque em quadra não precisa mais utilizar o uniforme da mesma cor do goleiro. Para o central da seleção brasileira e do São Caetano, Diogo Hubner, a mudança pode não ser benéfica para o esporte. “Se um time jogar o tempo todo com sete jogadores contra seis, o jogo fica desigual”, afirmou o atleta.
2
Outra regra alterada diz respeito aos jogadores lesionados durante a partida. Se o árbitro entender que o atleta pode se levantar sozinho para ser atendido fora de quadra, ele deve sair por conta própria. A equipe médica só estará autorizada a retirar o atleta com a permissão da arbitragem. O jogador que for atendido do lado de fora da quadra só poderá retornar à quadra após três ataques de sua equipe.
4
A última mudança define que sanções que antes eram aplicadas ao último minuto de jogo, como a punição com cartão vermelho seguido de tiro de sete metros, será utilizada apenas em casos de falta mais agressiva, e passa a ser válida apenas para os últimos 30 segundos da partida.
5