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RRJ
ANOS
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Produzido pelos alunos do Curso de Jornalismo ANO 35 - Nº 1044
De 5 a 18 de novembro de 2015
» PROJETO - Corte no número de vereadores causa polêmica entre oposição. Pág. 2
» SÃO CAETANO X SÃO BERNARDO
Fotos: Maristela Caretta /RRJ
Pedestres têm problemas para caminhar em divisas Pág. 3
» GASTRONOMIA
Larissa Pereira/RRJ
Ana Carolina Lorente /RRJ
» GEEKS
Festival Rotas dos Sabores ocorre pela quinta vez na cidade
Aumenta consumo de gibis e produtos de super-heróis
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Págs. 10 e 11
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POLÍTICA
RUDGE RAMOS Jornal da Cidade
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DE OLHO NA CÂMARA
Oposição diverge sobre corte no número de vereadores Contenção salarial também não é consenso entre parlamentares da cidade Fotos: Thaís Valverde/RRJ
Guilherme Pimenta Thaís Valverde
UM PROJETO do vereador oposicionista Pery Cartola (SDD), que prevê redução de cadeiras na Câmara Municipal de São Bernardo, passando de 28 a 21 para contenção de custos, causou discussão entre os próprios integrantes da oposição à administração municipal na última quarta-feira (4). Antes do início da sessão, houve debate entre Cartola e o também oposicionista Osvaldo Camargo (PPS). Depois, o vereador do PPS pediu para usar o plenário e teceu críticas a Pery, afirmando que ele fez demagogia com a proposta. “Pense um pouco, não faça besteira, aprenda com pessoas de mais idade, suba aqui e peça desculpas”,
Rudge Ramos JORNAL DA CIDADE editorial@metodista.br Rua do Sacramento, 230 Ed. Delta - Sala 141 Tel.: 4366-5871 - Rudge Ramos São Bernardo - CEP: 09640-000
Produzido pelos alunos do curso de Jornalismo da Escola de Comunicação, Educação e Humanidades da Universidade Metodista de São Paulo
declarou. Camargo tem 65 anos. Cartola, 35. Para Camargo, a redução de cadeiras não seria boa para a cidade, que é muito grande, e que “28 vereadores não são suficientes”. “Segundo a lei, podemos ter até 33. Se o senhor [Pery] quer fazer economia, que reduza o próprio salário”, criticou. Cartola, que não subiu ao plenário, afirmou que não houve repercussão negativa do texto com a oposição. “Não sei se Camargo está um pouco fora da realidade, do cenário [econômico]. Se fossem 21 vereadores, eu mesmo não teria certeza se seria eleito”, afirmou. Questionado sobre redução salarial, ele respondeu que não puxa mais “uma questão dessa sozinho”. Na cidade, fora os benefícios, cada vereador recebe
DIRETOR - Nicanor Lopes COORDENADOR DO CURSO DE JORNALISMO Rodolfo Carlos Martino. REDAÇÃO MULTIMÍDIA Editor-chefe - Júlio Veríssimo (MTb 16.706); EDITORA-EXECUTIVA E EDITORA DO RRJ Margarete Vieira (MTb16.707); EDITOR DE ARTE José Reis Filho (MTb 12.357); ASSISTENTE DE FOTOGRAFIA Maristela Caretta (MTb 64.183) EQUIPE DE REDAÇÃO: Adílson Junior, Amanda Guilhen, Bianca Santos, Cibele Garcia, Erika Daykem, Felipe Siqueira, Gabrielli Salviano, Guilherme Pimenta, Larissa Pereira, Laura Reif, Letícia Ticianeli, Lucas Laranjeira, Marcelo Argachoy, Natália Scarabotto, Pedro Giordan, Rogério Nascimento, Thaís Valverde, Thais Souza, Thamiris Galhardo, Vinícius Claro e alunos do 5º semestre de Jornalismo.
TIRAGEM: 15 mil exemplares - Produção de Fotolito e Impressão: Gráfica Mar-Mar
R$ 15.031 por mês. Somados os 28 membros do Legislativo, os vencimentos pessoais totalizam um gasto mensal de R$ 420.868 aos cofres públicos e, anualmente, de R$ 5.020.416. Em uma conta básica, com a extinção de sete cargos, a proposta de Cartola causaria uma economia salarial de cerca de R$ 105 mil mensais, fora outros benefícios e verba de gabinete. O líder de governo, Zé Ferreira (PT), disse que não falou com Cartola e que não conhece o projeto por inteiro, mas afirmou que a cidade comporta “legalmente” 28 vereadores. Salários Em alguns municípios do país houve redução do salário dos vereadores, prefeito e vice-prefeito. No interior de São Paulo, por
Reitores e diretores das Instituições Metodistas de Educação Marcio de Moraes (reitor da UMESP e do Centro Universitário Metodista Bennett); Gustavo Jacques Dias Alvim (reitor da UNIMEP); Márcia Nogueira Amorim (reitora do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix); Karen Estefan Dutra (diretora da Faculdade Metodista Granbery); Roberto Pontes da Fonseca (reitor do Centro Universitário Metodista IPA e Diretor da FAMES); Walter Chalegre dos Santos (diretor geral do IMED e diretor de Educação Básica das Instituições Metodistas de Educação); Débora Castanha (diretora de Educação Básica das Instituições Metodistas de Educação); Marilice Trentini de Oliveira (diretora do Colégio Metodista Americano); Gilka Silvia de Rezende Figueiredo (diretora do Colégio Metodista Bennett); Simone Borrelli Achtschin (diretora do Colégio Metodista Granbery); Márcia Amorim (diretora do Colégio Metodista Izabela Hendrix); Joselene Henriques (diretora do Colégio Metodista Piracicabano).
Osvaldo Camargo (PPS), à esquerda, afirma que Pery Cartola (SDD), à direita, faz demagogia ao propor redução
exemplo, a Câmara da cidade de Matão (280 km de São Paulo) aprovou a redução dos vencimentos do Legislativo de R$ 7.000 para R$ 5.000. A reportagem questionou vereadores de São Bernardo sobre uma possível redução salarial como alternativa à crise econômica. Na cidade, no entanto, a discussão está mais longe. O tema, polêmico, foi motivo de divergência entre os parlamentares. O presidente da Câmara, Luís Ferrarezi (PT), afirmou ser “totalmente contra” esse debate. “Nós percebemos movimentos de redução de ministérios, secretarias e
Colégio Episcopal - Bispo Paulo Tarso de Oliveira Lockmann (1ª Região Eclesiástica); Bispo Luiz Vergílio Batista da Rosa (2ª Região Eclesiástica); Bispo José Carlos Peres (3ª Região Eclesiástica); Bispo Roberto Alves de Souza (4ª Região Eclesiástica); Bispo Adonias Pereira do Lago (5ª Região Eclesiástica); Bispo João Carlos Lopes (6ª Região Eclesiástica); Bispa Marisa de Freitas Ferreira (Região Missionária do Nordeste); Bispo Carlos Alberto Tavares Alves (Região Missionária da Amazônia). Coordenação Geral de Ação Missionária - Pastora Giselma Souza Almeida Matos; Deise Luce de Sousa Marques; Pastor Clemir José Chagas; Iara da Silva Côvolo; Pastora Cristiane Capeleti Pereira; Luiz Roberto Saparolli; Pastora Hideide Brito Torres; Elias Bonifácio Leite; Bispo Adonias Pereira do Lago; Recildo Narciso de Oliveira; Bispo João Carlos Lopes; Eric de Oliveira Santos; Bispa Marisa de Freitas Ferreira; Silas Dornelas de Novaes. Conselho Superior de Administração - Paulo
salários em algumas cidades, mas não podemos nos precipitar. O salário é conquistado”, disse. Segundo o petista, “há uma hipocrisia muito grande neste debate”, já que “um sempre quer reduzir o salário do outro”. O oposicionista Juarez Tudo Azul (PSDB) declarou que aceitaria a redução, desde que isso fosse feito também aos deputados estaduais e federais. “Se fosse algo em cadeia, ‘de cima para baixo’, não vejo problemas. No meu caso, teria que reabrir o escritório de advocacia”, relatou. Executivo No Executivo municipal, o salário do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), é de R$ 25.604. Já com relação aos secretários, cada um recebe R$ 19.216. Os 23 integrantes da administração totalizam R$ 441.968 por mês, o que dá, por ano, R$ 5.092.240. Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da Prefeitura de São Bernardo não respondeu se há algum procedimento por parte de Marinho sobre redução de custos. Em medida de redução de custos, a presidente da República, Dilma Rousseff (PT), reduziu, recentemente, o próprio salário e também do vice-presidente, Michel Temer (PMDB), em 10%. Além disso, o número de ministérios passou de 39 para 31. Houve também um corte de 3.000 cargos comissionados. Os dados salariais citados na reportagem, tanto dos vereadores quanto dos membros do Executivo, foram coletados dos portais da Transparência da Câmara Municipal e da Prefeitura de São Bernardo, respectivamente.
Borges Campos Jr. (presidente); Aires Ademir Leal Clavel (vice-presidente); Esther Lopes (secretária); Rev. Afranio Gonçalves Castro; Augusto Campos de Rezende; Jonas Adolfo Sala; Rev. Marcos Gomes Tôrres; Oscar Francisco Alves Jr.; Ronilson Carassini; Valdecir Barreros; Nelson Custódio Fér (suplente). Diretor Geral - Robson Ramos de Aguiar Vice-Diretor Geral - Gustavo Jacques Dias Alvim Diretor de Finanças e Controladoria - Walter Chalegre dos Santos (em exercício) Diretor de Inovação, Comunicação e Marketing Luciano Sathler Conselho Geral das Instituições Metodistas de Educação - Rev. Luis de Souza Cardoso (secretário executivo); Rodrigo Ramos Sathler Rosa (gestor administrativo-financeiro); Evandro Ribeiro Oliveira (auditor interno); Marina Camilo Pereira Fazolim (secretária).
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CIDADE
DE OLHO NA CIDADE
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Falta manutenção nas divisas entre São Bernardo e São Caetano Pontes e calçadas que dividem os municípios oferecem riscos aos moradores que passam pelo local Fotos: Maristela Caretta/RRJ
Cibele Garcia Maristela Caretta
Guarda-corpos danificados na Estrada das Lágrima (acima) e na avenida São João Batista (ao lado) não oferecem segurança aos pedestres que caminham entre as divisas das cidades
localizadas na avenida São João Batista e Estrada das Lágrimas, bem como de todo o sistema viário local, é de responsabilidade exclusiva dos municípios. A Prefeitura de São Bernardo também foi questionada, mas não respondeu até o fechamento desta edição.
Murilo Rodrigues
A DIVISA entre São Bernardo e São Caetano está abandonada. Essa é a impressão passada em razão, por exemplo, da má conservação das calçadas, que não é um problema pontual da “fronteira” e já foi abordado na edição 1.043 do Rudge Ramos Jornal. As pontes instaladas entre os dois municípios não oferecem segurança para quem passa pelo local. Na avenida São João Batista o guarda-corpo é feito de ferro, mas já perdeu a sua funcionalidade há anos. Segundo o comerciante Nivaldo Absolon da Silva, 53, a ponte nunca foi reformada. “Eu trabalho aqui há 20 anos e só vi reparos no asfalto da avenida. Na ponte mesmo, nunca vi mexerem. Tem uma parte dela que está sem corrimão. Imagina se alguém tropeça e cai dentro do rio”, disse. Já na Estrada das Lágrimas o guarda-corpo é feito de concreto, mas está quebrado e também oferece risco aos pedestres. O frentista Elenilson dos Santos Pereira, 38, mora e trabalha na região da divisa e contou que as duas pontes estão “péssimas”. “O estado delas está feio e para o pedestre é pior, porque, além do piso danificado, a passagem é estreita”, afirmou. Questionada, a Prefeitura de São Caetano informou, em nota, que os reparos não são responsabilidade do município e afirmou, ainda, que o Governo do Estado de São Paulo seria o responsável pela manutenção das pontes citadas, assim como de todos os viadutos sobre rios do Estado. A reportagem entrou em contato com o Governo do Estado que informou, também em nota, que a responsabilidade do Estado se restringe apenas às obras de combate às enchentes e à manutenção do canal dos rios estaduais. Já a manutenção das pontes
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ocê tem alguma reclamação do seu bairro para mandar ao Rudge Ramos Jornal? Anote o número do nosso WhatsApp, conte qual é a sua sugestão, que a gente pode publicar aqui.
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CIDADE
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Nem personagem consegue ajudar pedestres a atravessar na faixa Mister Mão ensina gesto para atravessar a rua, mas motoristas não respeitam sinalização Divulgação
Laura Reif Lucas Laranjeira Pedro Giordan
VOCÊ JÁ teve dificuldades para atravessar a rua? Quem mora em uma cidade grande normalmente enfrenta esse problema: mesmo na faixa, muitos carros não dão a preferência para o pedestre passar. Uma Campanha do Consórcio Intermunicipal ABC tenta conscientizar a população sobre a importância de usar a faixa por meio do projeto “Travessia Segura”, no qual o pedestre faz um gesto com a mão, sinalizando para o motorista que vai atravessar. A campanha criou o personagem Mister Mão, que tem roupa vermelha e uma mão gigante estendida. Criado em junho deste ano, ele participa de eventos na região, conscientizando a população sobre a travessia segura. A arquiteta e técnica de programas e projetos do Consórcio, Sandra Malvese, contou que a ideia foi desenvolvida em 2013 para unificar as campanhas das prefeituras da região. “O super herói tem como principal missão mudar o comportamento dos motoristas que não enxergam o pedestre. Quem está atrás do volante tem um conjunto de signos reconhecíveis, como placas, semáforos, os carros no entorno, mas o pedestre não foi incorporado neste campo de visão”, explicou Sandra. O projeto já faz parte do cotidiano de algumas escolas selecionadas e, segundo Sandra, o próximo passo é inserir a campanha no currículo escolar. “As crianças do ABC terão essa conscientização durante as aulas de segurança no
De acordo com pesquisa realizada pela CET-SP (Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo) em 2013,
514 pedestres foram vítimas fatais de atropelamentos
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As crianças do ABC terão essa conscientização durante as aulas de segurança no trânsito. Esperamos que elas levem a informação para casa.”
Sandra Malvese Arquiteta
trânsito. Esperamos que elas levem a informação para casa”, disse. Teste Mas será que os motoristas respeitam o gesto da mão estendida para dar a vez para quem está cami-
nhando? A reportagem foi às ruas observar e conversar com os pedestres sobre a iniciativa. Por três vezes, nos dias 5, 6 e 7 de outubro, em horário de pico, a reportagem presenciou a travessia de mais de 50 pedestres em vias movimentadas do bairro Rudge Ramos: ruas Planalto, Alfeu Tavares e do Sacramento. A constatação não foi boa: a maioria dos motoristas não respeita os pedestres, e os passantes não fazem uso do gesto. O arquiteto Adilson Brito, 41, conhece a campanha, mas não faz o gesto. “Chega a ser perigoso, espero a gentileza por parte de algum motorista para
Confira no rronline.com.br as notícias de São Bernardo e do ABC
Superherói tem como principal missão mudar o comportamento de motoristas que não enxergam os pedestres
atravessar”, disse. De acordo com pesquisa realizada pela CET-SP (Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo) em 2013, 514 pedestres foram vítimas fatais de atropelamentos. Um grupo de cinco estudantes do Colégio Metodista contou que conhece a campanha, mas que ao tentar fazer o gesto achou perigoso porque os moto-
ristas não respeitaram o movimento. Não só alunos, mas até os mestres já sentiram o drama. A professora de inglês Sonia Maria, 53, contou que já tentou gesticular para os carros pararem, mas mesmo assim se sente insegura e, na maioria das vezes, espera os veículos passarem para fazer a travessia. A reportagem tentou atravessar as ruas citadas utilizando o gesto, mas somente um motorista respeitou o sinal. Ao ver o pedestre com o braço esticado esperando para atravessar, em 10 tentativas, nove motoristas ignoraram ou aceleraram para evitar parar.
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Precisamos entender as dificuldades do setor empresarial e o Rotas dos Sabores nada mais é do que ter ouvido, há cinco anos, uma demanda do setor.”
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O resultado foi muito bom, percebemos que o cliente liga para saber qual o prato do estabelecimento e, realmente, vai prestigiar a casa.”
Luciana Hidaka
Hitoshi Hyodo
Comerciante
Secretário do Desenvolviomento Econômico
Larissa Pereira
SÃO BERNARDO realiza pela quinta vez o Festival Rotas dos Sabores, entre os dias 6 e 29 de novembro. Lançado no último dia 3, no São Bernardo Plaza Shopping, esta edição conta com 187 estabelecimentos que vão oferecer descontos de até 50% em diversos pratos elaborados especialmente para o evento. Segundo o diretor de fomento à atividade econômica, Ademir Gasparetto, há muitos consumidores que vêm da região metropolitana e de outras cidades do ABC para aproveitar o festival. “A gente percebeu que de uns dois anos para cá vem crescendo. Isso é bacana, porque é uma forma de divulgar a nossa gastronomia e fazer o pessoal conhecer rotas além da do Frango com Polenta e dos bares da Kennedy”, afirmou. A principal novidade deste ano é o aplicativo “Festival Rotas dos Sabores”, disponível para os sistemas Android e IOS. Por meio dele, o consumidor que quiser aproveitar as promoções pode acessar a lista de todos os comércios participantes divididos por rota. Além de ter informações sobre o endereço, o telefone, o horário de funcionamento, o prato participante e o desconto oferecido por comércio. Durante o evento, a prefeitura irá sortear gratuitamente pratos dos estabelecimentos participantes, por meio do Facebook. Os interessados devem curtir as páginas oficiais da prefeitura e do festival e acompanhar as publicações. O festival tem como objetivo fomentar a atividade entre os restaurantes e os consumidores, trazendo durante o período do evento uma movimentação maior nas rotas tradicionais da cidade: as Rotas do Frango com Polenta, do Peixe, do Petisco a Aperitivos, do Prato Executivo, da Comida Típica, das Padarias e Confeitarias e das Pizzarias e Pastelarias. De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turis-
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São Bernardo recebe neste mês 5º Festival Rotas dos Sabores Evento acontece entre os dias 6 e 29 de novembro; aplicativo é principal novidade desta edição Larissa Pereira/RRJ
Secretário de Desenvolvimento Econômico apresenta aplicativo e 2ª edição do livro de receitas do festival
mo, Hitoshi Hyodo, o mais importante é a aproximação e a possibilidade de poder ouvir os empresários. “PreReprodução
cisamos entender as dificuldades do setor empresarial e o Rotas dos Sabores nada mais é do que ter ouvido, há cinco anos, uma demanda do setor”, explicou. Uma das empresas que participaram de todas as edições, percebendo resultado positivo durante o festival foi o Bar do Boli-
nho. Com três unidades na cidade, todas participantes do evento, a proprietária Luciana Hidaka conta que o melhor benefício de participar é a divulgação da marca e a oportunidade para lançar novos produtos. “O resultado foi muito bom, percebemos que o cliente liga para saber qual
o prato do estabelecimento e, realmente, vai prestigiar a casa”, afirmou Luciana. Para ela, com o aplicativo os clientes terão uma proximidade maior com o festival. Outro estabelecimento presente em todos os anos foi o restaurante São Judas Tadeu. Segundo a responsável pelo marketing, Julia Gonçalves Pedro, o evento proporciona ao cliente ter uma primeira experiência com os pratos típicos da casa. “Vai experimentar os nossos carros chefe e provavelmente se tornará um cliente”, disse. Livro No lançamento da quinta edição do festival, foi divulgado também a segunda edição do livro de receitas “Rotas dos Sabores”. A publicação conta com 56 receitas dos estabelecimentos participantes do festival de 2014 que autorizaram compartilhar seus pratos. Foram impressos 2.000 exemplares que serão distribuídos gratuitamente. Além da versão impressa, é possível acessar a versão digital pelo site www.festivalrotadossabores.com.br. O encerramento do evento será no Senac São Bernardo no dia 1º de dezembro, às 18h, quando serão entregues certificados aos estabelecimentos participantes. Murilo Rodrigues
A publicação conta com
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receitas dos estabelecimentos participantes do festival de
2014
que autorizaram compartilhar seus pratos.
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Aplicativos para saúde atraem novos usuários Sob recomendação do seu médico, a servidora pública Claudia Olivel utiliza um aplicativo que a notifica para beber água
tiva bastante nas corridas, tanto que quando corro sem ele em provas, por exemplo, percebo que fico mais desmotivada, além de ficar um pouco perdida por não saber o quanto já corri, quanto falta para terminar e qual minha velocidade”, disse. Daniela também já utilizou o Contador de Calorias, voltado para registro diário da alimentação. A quantidade de informações sobre os alimentos lhe foi útil, já que na época ela tentava perder peso.
mais utilizado no mundo atualmente, desenvolvido pelo Google. O aplicativo da marca norte-americana de calçados já teve mais de 10 milhões de downloads no sistema. “O que me atraiu mais nele foi o esquema em que ele se integra ao GPS. Então, ele consegue calcular certinho os quilômetros percorridos”, disse Bittencourt. O Nike+ Running também dá dicas de treinos e pode se integrar a redes socais do usuário, realizando interações entre ele e seus amigos. O recurso de monitoramento da distância percorrida também despertou o interesse da nutricionista Daniela Lopes, 27. “Me mo-
Cuidados Apesar dos elogios ao aplicativo, ela alerta a possíveis enganos ao utilizá-lo, já que as informações sobre os alimentos são criadas comunitariamente pelos usuários. “Já vi o mesmo alimento com dados bem diferentes, e, como nutricionista, soube avaliar quais eram mais adequados, mas acredito que para pessoas que não são da área podem ocorrer equívocos no cálculo das dietas”, declarou. Daniela aponta a carência da observação a outros fatores que devem ser analisados para a perda de peso, que vão além do consumo de caloria e de aspectos individuais dos usuários, como a quantidade de massa muscular e doenças.
Segmento do mercado deve valer US$ 26 bilhões até 2017, mas preocupa especialistas Felipe Leme
Felipe Leme/RRJ
MARIA PAULA Vieira, 22, admira tecnologia e resolveu baixar um aplicativo em seu celular que prometia auxiliar os usuários a perder peso. Após uma amiga elogiar o dispositivo, Maria Paula, jornalista, se sentiu atraída pelas informações nutricionais que o aplicativo TecnoNutri trazia. Como ela queria aderir a hábitos saudáveis e emagrecer, o aplicativo lhe ajudou a fazer melhores escolhas nas refeições e a equilibrar a quantidade calórica consumida diariamente. “Com ele, percebi que muitos alimentos que a gente acha que têm pouca caloria ou que são saudáveis nem sempre são uma boa escolha”, disse. Apesar de usar um recurso que é disponibilizado gratuitamente, Maria
Paula integra um grupo que faz crescer um setor da economia: o mercado de aplicativos de saúde para smartphones deve somar US$ 26 bilhões em 2017, segundo a empresa de consultoria móvel alemã Research2guidance. O tecnólogo da informação Leandro Bittencourt, 33, também aderiu ao uso
desses dispositivos. No caso dele, para monitorar o desempenho em atividades físicas. Bittencourt faz treinos de corrida de dez quilômetros durante os fins de semana e, uma vez por mês, de 15 quilômetros. Ele utiliza o Nike+ Running, um dos aplicativos de saúde mais baixados para Android, o sistema operacional móvel
O Congresso Metodista está chegando. Participe!
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A Universidade Metodista de São Paulo realiza, nos dias 11 e 12 de novembro de 2015, o Congresso Metodista. Além de conhecer os trabalhos que foram inscritos, você poderá participar de mesas-redondas sobre diferentes temas, como mobilidade urbana, maioridade penal, conjuntura econômica do Brasil, entre outros. Confira a programação completa no site e participe! Inscrições para monitoria Quem quiser participar do Congresso como monitor ainda pode se inscrever. Para isso, envie um e-mail para congresso@metodista.br até o dia 6 de novembro e informe seu nome completo, matrícula e curso.
XVIII Congresso de Iniciação e Produção Científica XVII Seminário de Extensão da Metodista XII Seminário PIBIC/UMESP de Pesquisa II Seminário PIBITI/UMESP de Pesquisa I Encontro PIBID de Pesquisa I Encontro PARFOR de Pesquisa
#congressometodista2015 | metodista.br/congresso-metodista
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TECNOLOGIA
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O hábito saudável é muito mais do que uma conta matemática. O treino que você faz não se aplica ao que seu colega deveria fazer”. Sueli Longo Especialista em nutrição esportiva
“Acho que o aplicativo não substitui o acompanhamento de um profissional, mas pode ser bastante útil se usado em conjunto com ele e com parcimônia.” Generalização Para a docente nos cursos de Nutrição e Educação Física da Universidade Metodista de São Paulo e autora do livro “Manual de Nutrição para o Exercício Físico”, Sueli Longo, é difícil enumerar a quantidade de fatores que cada usuário poderia apresentar e que necessitaria de um tratamento diferenciado. Ela exemplifica problemas de pisada, desvios posturais e problemas cardiovasculares. “O hábito saudável é mais do que uma conta matemática. O treino que você faz, não se aplica ao que o seu colega deveria fazer.” Sueli aponta o tratamento como generalizado e lembra que o profissional da área da saúde, por mais que contribua para a criação dos aplicativos, não pode fazer nenhum atendimento online. “Só com os dados que você me passa, sem fazer exames físicos, sem ver seus exames laboratoriais e sem fazer uma entrevista bem feita, eu não consigo saber qual é a necessidade que você tem”. A especialista em nutrição esportiva defende que os recursos requerem avaliação de um profissional para definir até que ponto eles ajudariam ou prejudicariam o usuário. “Se você for educado para usar o aplicativo mediante a sua saúde, ele vai ser extremamente útil para você.” É o caso da servidora pública Claudia Olivel, 45. Após um problema nos rins, o médico recomendou que ela utilizasse um aplicativo que lembra o usuário de tomar água. “Ajudou, porque eu não bebia água nenhuma. Eu cheguei a perceber que eu não tomava nem um copo por dia”, disse. A meta de Claudia agora é ingerir quatro litros de água todos os dias.
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Jovens usam ferramenta para paquera Camila Barbi/RRJ
Camila Barbi
O AMOR de sua vida pode estar a um clique do seu smartphone. A paixão à moda antiga, que antes dependia ao menos de uma troca de olhares, agora tem a web como possível cupido. São os aplicativos de paquera hoje disponíveis em celulares que facilitam a busca de um novo relacionamento. Dois desses aplicativos são o Tinder e o Happn. Eles podem ser baixados no seu aparelho pelos sistemas iOS e Android. O Tinder, por exemplo, foi criado em 2012. Ele traz uma lista de fotos de quem está à procura de um amor. No dispositivo, há um teclado em formato de coração verde. Basta apertar na foto que causou interesse e aguardar o personagem dar “match” para que possam conversar e se conhecer melhor. O sucesso desses aplicativos pode ser medido pelo número de acessos. Segundo reportagem divulgada pelo portal UOL, no ano de 2014, o aplicativo Tinder já possuía 100 milhões de usuários
espalhados pelo mundo. Ainda de acordo com a matéria, o Brasil é responsável por 10%, considerado um dos principais mercados. Mas os usuários desses aplicativos sabem que existem riscos nos encontros por meio desse recurso, mas mesmo assim continuam a utilizar. A estudante de publicidade e propaganda Leticia Zilli Lins, 19, faz parte dos usuários desse aplicativo. Já teve um encontro até o momento, mas demorou quase dois meses até que se encontrassem. Ela sabe que o perigo existe, por isso toma diversas precauções. “Primeiro, eu demoro
bastante para marcar um encontro com a pessoa, verifico um pouco a vida dela para ver se ela realmente existe e se é realmente aquela pessoa que ela está falando”, disse. Leticia também afirma que é importante sempre avisar algum familiar ou amigo que está saindo com a pessoa e para onde estão indo, já que na verdade, não se sabe realmente quem é pessoa que está lidando. Amiga e colega de classe de Leticia, Heloisa Cruz Greco, 18, também aderiu ao aplicativo. Uma das razões para isso, segundo ela, é a timidez. A estudante contou que já teve por volta de quatro
Leticia Zilli Lins usa o aplicativo de namoro Tinder para encontrar um companheiro ideal
encontros. Desses, um deles foi um “sucesso”, porque ficou com um menino por nove meses. Mas também ressalta os cuidados para usar. A psicóloga e especialista em neuropsicologia Janaina de Carvalho, 36, tem uma certa resistência ao incentivar esses tipos de relacionamento. Pois, segundo ela, as relações pessoais são muito mais “ricas” do que aquelas que acontecem virtualmente, porque há maior estímulo, como o olhar, o próprio toque, a conversa e os encontros. A especialista também acredita que o uso desses dispositivos tende a aumentar nos próximos anos. “O grande desafio é saber lidar com essa ferramenta. As pessoas não podem ficar só nisso. Acho que elas podem utilizar o aplicativo como uma fonte, e também devem estabelecer formas de relacionamento pessoais”, concluiu a psicóloga.
Tecnologia ajuda na gestão de gastos Bruno Rahal
A FALTA de organização e de um planejamento no orçamento pessoal pode custar caro ao bolso. Não achar uma fatura na casa bagunçada e perder o dia do vencimento para pagar também fará mal às finanças. Porém, hoje, em pleno ambiente tecnológico, já não há desculpa para ficar no vermelho. É possível recorrer a aplicativos de economia disponíveis na web, que ajudam nas finanças pessoais. Entre esses aplicativos, destacam-se o GuiaBolso e o Mobills. Ambos são programas nacionais, gratuitos e disponíveis para os sistemas iOS e Android. O primeiro, que já passou de um milhão de downloads, sincroniza os dados do usuário com a conta bancária e a partir daí contabiliza as receitas e despesas, facilitando a gestão de recursos. No segundo, os saldos e gastos são divididos por categorias e apresenta-
dos em gráficos e relatórios. O planejador de processos Guilherme Angerame, 26, já vivenciou uma realidade de boa parte das famílias brasileiras: 57,5% delas informaram estar endividadas, de acordo com a Peic, Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, divulgada em janeiro de 2015. Com o saldo negativo e uma dívida “pesada” com o banco, Angerame buscou nas ferramentas eletrônicas a resolução dos seus problemas financeiros. “Com os relatórios que o aplicativo gerava, com o destaque na diferença entre o que eu tinha de renda e os meus gastos, consegui começar a equilibrar minha conta. ” Mesmo após ajustar as finanças, Angerame não abandonou a ferramenta. “O aplicativo ainda é o principal meio que uso para controlar meus gastos, justamente porque os bancos não fornecem esses dados de forma clara.” Mas nem todos procuram
Bruno Rahal /RRJ
Dispositivos ajudam os usuários a não entrar no vermelho
esse tipo de aplicativo quando já estão com as finanças em desordem. Alguns passam a utilizá-lo como forma de precaução. É o caso da estudante de ciências contábeis Victoria Giroto, 21. Ela conta que conheceu o aplicativo quando estava no exterior. “Um amigo me indicou durante o intercâmbio. Foi bom, porque centralizou tudo que eu precisava em relação às minhas finanças e me fez poupar. ” Victoria afirma ainda que o mais importante no
GuiaBolso foi ver o gráfico de gastos separado por categorias. Dessa forma, ela consegue ver onde está gastando mais para poder planejar e organizar as contas. A precisão em relação aos números também foi um fator determinante. “O fato de você conectar sua conta bancária ao aplicativo dá 100% de certeza que não terá erros. Porque quando você vai anotando com papel e caneta, por exemplo, quase sempre esquece de marcar algum gasto”.
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QUALIDADE
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INOVAÇÃO
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DESENVOLVIMENTO REGIONAL
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INTERNACIONALIZAÇÃO
QUALIDADE METODISTA
PARA QUEM BUSCA EXCELÊNCIA, NADA MELHOR QUE UMA UNIVERSIDADE 5 ESTRELAS. A Universidade Metodista de São Paulo ganhou 70 estrelas em 18 cursos, no Guia do Estudante. Destaque para Publicidade e Propaganda e Rádio, TV e Internet, que conquistaram 5 estrelas cada. E tem mais: batemos também o recorde de cursos avaliados como ótimos ou muito bons, com 14 no total. Somos a melhor universidade não pública na área de Comunicação e Informação do País. Isso sim é excelência no ensino.
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ESPORTES/CULTURA
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Felipe Siqueirta/RRJ
Metodista/S. Bernardo está na final do Super Paulistão e joga semifinal da Liga Nacional Equipe enfrenta São José nos dias 5 e 8 na competição nacional e decide o estadual contra Pinheiros, no dia 15, no Baetão Vinícius Claro
O TIME feminino de handebol Metodista/São Bernardo está em um mês de decisões. Se prepara para a final do Super Paulistão contra o Pinheiros, que acontece no dia 15, e disputa a semifinal da Liga Nacional com o São José nos dias 5 e 8. A partida de ida da semifinal acontece no Vale do Paraíba, e a volta em São Bernardo, no Ginásio do Baetão. Já a decisão do estadual será em jogo único, no mesmo estádio em São Bernardo. A partir das 14h, São José e Santo André jogam pelo bronze, e logo em seguida o campeão será conhecido. O São José é a única
equipe que venceu a Metodista tanto no estadual como no nacional. No entanto, para o técnico Eduardo Carlone, as derrotas foram em momentos específicos. “No primeiro turno quando perdemos o time estava em formação. Várias jogadoras estavam na seleção, principal, outras na universitária, e as atletas não estavam tão entrosadas. E aqui em casa, pela Liga Nacional, já estávamos classificados com duas rodadas de antecedência, então tentei algumas táticas diferentes”, afirmou Carlone. A equipe de São José tem a pior defesa da fase de grupos, sofrendo, em média, 24,7 gols por jogo. O técnico da Metodista afirmou que vai explorar essa deficiên-
cia. “Precisamos ter uma boa efetividade no ataque. Meu time é bastante ofensivo, apesar de não ter o melhor ataque do campeonato.” Pinheiros, terceiro colocado na fase de classificação era teoricamente o adversário mais fraco. Perdeu o primeiro jogo por 24 a 22 em casa, mas na volta, em São José, conseguiu reverter a desvantagem e venceu por 28 a 24. Mas o avanço da equipe da capital não é nenhuma surpresa para o treinador da Metodista. Carlone conhece bem algumas jogadoras do Pinheiros, já que trabalhou com elas no ano passado, quando era técnico da Seleção Júnior. “É uma rivalidade histórica no handebol, que se formou principalmente no masculi-
no, mas que existe agora no feminino também. Vai ser um bom jogo para quem for assistir.”
Equipe de São Bernardo está na nona final do estadual em dez anos de história e pode chegar a décima decisão da Liga
Números No décimo ano de existência, a equipe de São Bernardo disputa pela nona vez a final do estadual. Ficou de fora apenas em 2013, quando foi eliminada nas semifinais pelo time de São José dos Campos. Caso consiga também a vaga na Liga Nacional, será a décima vez que a Metodista joga a decisão do principal torneio do Brasil.
São oito taças e um vice em 2013. Mas Carlone ignora esses números na hora que entra em quadra. “Isso é um dos segredos de nossos time ser bastante campeão. Não ficar deitando nas glórias do passado. A gente sempre pensa no jogo seguinte, no campeonato seguinte, no ano seguinte.” Fotos: Divulgação
Sou Show Afro faz homenagem ao líder Martin Luther King Amanda Guilhen
NO MÊS de novembro é comemorado o Dia da Consciência Negra. É também neste mês que acontece, desde 2005, o Sou Show Afro, ação artística do Núcleo de Arte e Cultura e do Núcleo de Formação Cidadã da Universidade Metodista. Neste ano, o tema é “Nós temos um Sonho”, inspirado no famoso discurso “I have a dream” (Eu Tenho um Sonho), de Martin Luther King. “Nós temos um sonho de ver essa possibilidade de não existir mais desigualdade social, não precisar mais falar sobre esse tema, se tornar um assunto ultrapassado”, disse Claudia
Cezar, coordenadora do Núcleo de Arte e Cultura da Metodista. A 12ª edição do Sou Show Afro terá seminários sobre o contexto do discurso de Martin Luther King; Educação e diversidade, com foco na criança negra; cultura angolana a partir da música e da dança; a escravidão da alma cativa e do corpo liberto a partir da relação com a cultura. Esses seminários vão ser intercalados por apresentações artísticas que reúnem poesia, música, dança, capoeira e samba de roda. Para Claudia, é muito importante tratar desse tema dentro de um espaço de uma comunidade universitária. “A gente sabe que é um espaço branco, de classe média, de elite. Temos que provocar essa reflexão.”
Ação artística acontece na Universidade Metodista e reúne seminários e apresentações culturais
Segundo Claudia, o Sou Show Afro nasceu quando ela era diretora sociocultural da associação de funcionários. “Foi depois de uma oficina de dança afro que aconteceu que pensamos em dar mais visibilidade para esse assunto.” A coordenadora espera que, além das ações artísticas, as pessoas aprendam. “As apresentações são mui-
to bonitas, mas a minha expectativa é sempre que elas saiam de lá com algum conteúdo”. 12º Sou Show Afro Sexta-feira (6), às 19h30 Local: Salão Nobre – Campus Rudge Ramos – Universidade Metodista Endereço: Rua Alfeu Tavares, 149, Rudge Ramos, São Bernardo. Entrada: doação de 1 litro de leite.
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De 5 a 18 de novembro de 2015
Super-heróis mobilizam mercado e cultura geek Filmes que retratam o tema já atingiram recordes de bilheteria mundial e nacional Beatriz Carpentieri/RRJ
Beatriz Carpentieri
OS SUPER-HERÓIS estão nas lojas, livrarias e até mesmo nas ruas. Viram bonecos, acabam aparecendo em jogos de videogame, estampam roupas, canecas, chaveiros e pendrives que são comprados por seus fãs, que até têm um nome: geek (pronuncia-se “guic”). Influenciados por histórias em quadrinhos e, principalmente, pelo cinema, os geeks passam a consumir produtos com essas marcas. Um dos filmes que retratam super-heróis, “Os Vingadores”, é uma dessas razões. A película alavancou a bilheteria do cinema mundial, tornando-se a terceira maior arrecadação da história: US$ 1,331 bilhão, de acordo com reportagem divulgada pelo site UOL. Já “Os Vingadores 2: A Era de Ultron” faturou quase R$ 38 milhões em apenas três dias no Brasil. Nos EUA, alcançou a segunda maior bilheteria americana de todos os tempos em seu fim de semana de estreia. E a fila de filmes com super-heróis que estão prestes a serem lançados continua. Entre 2015 e 2016, mais de oito vão para as telas, com menos de dois meses de diferença entre um e outro. O principal problema desse lançamento em série,
Coleção de quadrinhos e livros do estudante Bruno Sanfelice, 21, que começou a comprar em 2007
segundo o crítico de cinema e autor do livro “Jornalismo Cultural no Século 21”, Franthiesco Ballerini, é que filmes de heróis acabam sendo muito repetitivos e podem cansar. “As franquias estão cada vez mais longas e os efeitos visuais não mudam de um filme para outro, isso traz um cansaço natural.” Mas os geeks, grandes fãs desse universo, não enxergam dessa maneira. O estudante de publicidade
Bruno Sanfelice, 21, relata que essa febre de super-heróis é a grande causa de tantos longas do gênero e só tende a acrescentar. “A maioria do conteúdo que está sendo produzido por causa dessa tendência é de alta qualidade e muito rico para o fã por trazer mais detalhes daquela história, possibilitando uma nova forma de vivenciar as aventuras”, declarou. Um reflexo dessa tendência de super-heróis foi
o aumento de fãs desse segmento que, influenciados pelos filmes e séries, acabaram se identificando com o assunto e começaram a ler quadrinhos (leia texto na página ao lado). O webdesigner Marcos Lima, 22, se interessou pelo universo ainda na infância por ser um mundo novo, onde tudo vai além da sua imaginação. “Me identifiquei com os personagens quando era pequeno, afinal, que criança nunca quis ser
38 milhões de reais foi o valor arrecadado em apenas três dias de exibição no Brasil de “Os Vingadores 2”
1,3
bilhão de dólares foi o total arrecadado mundialmente com o primeiro filme da saga
um super-herói? Acompanhava os desenhos animados na TV. Quando cresci, comecei a ver os filmes e então percebi que só isso não bastava. Eu queria sempre mais informações e, por isso, comprei meu primeiro quadrinho. Desde então não consegui parar.” O blogueiro Felipe de Lima, do site Legião dos Heróis, disse que a tendência de super-heróis começou em 2000 com o primeiro filme da franquia “X-Men”, mas a febre mesmo surgiu em 2008. “A Marvel lançou o primeiro ‘Homem de Ferro’ e anunciou que ia criar um universo cinematográfico para levar todos esses heróis e suas aventuras para o cinema formando uma equipe. Até 2012, esse alvoroço estava um pouco apagado. ‘Os Vingadores’ gerou tudo isso”, explicou. Lima acredita que essa febre vai continuar por um bom tempo. “Levando em conta tudo que vai ser lançado, a Marvel tem planos até 2019 e a DC até 2020. Acho que ainda vai ter uns dez anos pela frente em que filmes de herói vão ser o que tem de mais legal no mercado de ação.”
NERDIANDO TIPOS DE BONECOS
PRODUTORAS
DC Comics: Responsável por Batman, Superman, Flash e outros.
Diorama: estatuetas paradas em pedestais. Action Figure: esculturas com “articulações”. Bubble Head: bonecos que balançam a cabeça.
NONA ARTE Arte sequencial, uma mistura entre fotografia desenho e cinema, justamente por usar cor, palavras e imagens. Os quadrinhos são a nona arte.
Marvel: Responsável por X-Men, Homem Aranha, Vingadores e outros.
ANTI-HERÓI Populares como os heróis, os anti-heróis são conhecidos por fazerem justiça por razões egoístas, pessoais, vingança, nada que seja altruísta.
GEEK Nerd que tem uma vida social mais agitada, em muitos casos sendo bastante conhecido e popular em blogs, sites e vídeos no Youtube.
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De 5 a 18 de novembro de 2015
Busca por quadrinhos aumenta 500% Ana Carolina Lorente/RRJ
Ana Carolina Lorente
O LANÇAMENTO de filmes e séries que retratam o universo dos super-heróis impulsiona a busca por quadrinhos geeks. Prova disso é que, no final de semana da estreia do filme “Vingadores: A Era de Ultron” nos cinemas brasileiros, a procura pelo quadrinho de mesmo nome aumentou 300% na loja Comix Book Shop. Já com o lançamento da série “Demolidor”, no Netflix, o número é ainda maior: 500% de aumento. Considerada a nona arte, as HQs têm ampliado o número de adeptos ao universo geek. O que antes era visto como um hobby para nerds, hoje tem seu público formado por 60% de jovens. O blogueiro do “Crise Comics” e vendedor da Comix Book Shop, Sidartas Pacheco, 24, acredita que o aumento na procura por quadrinhos de super-heróis se deve aos filmes e séries que foram lançados nos últimos anos. O fã do Lanterna Verde tem 6.000 quadrinhos em sua coleção e acredita que essa nova moda é positiva. “Com o número de fãs aumentando, você não vai mais falar só com aquele ni-
Stand de quadrinhos da loja Comix Book Shop; colecionadores chegam a gastar R$ 150 por mês
cho específico. Quanto mais gente acompanhando os quadrinhos, maior a qualidade. O universo dos super-heróis está crescendo porque as mídias estão dando mais abertura para esse tema.” Em busca da coleção perfeita, os colecionadores chegam a gastar R$ 150 por mês em quadrinhos, livros, filmes, jogos de vídeo game, bonecos e camisetas, de acordo com Sidartas. A lista é longa e, na maioria das vezes, o dinheiro é curto. Por isso é necessário
ter muito amor por super-heróis e, claro, economizar para conquistar a tão sonhada coleção. “Para quem quer começar a colecionar e nunca leu um quadrinho antes, recomendo ‘Batman - Ano Um’, da DC Comics, ou “Guerra Civil” e “X-Men: Deus ama, o homem mata”, da Marvel”, clássicos que retratam as origens destes super-heróis.” Lado humano Um dos pontos que cha-
Fernanda Cordeiro/RRJ
Lojas online vendem produtos de séries Fernanda Cordeiro
QUEM ESTÁ à procura do seu super-herói preferido, daquela história em quadrinhos predileta, de pôsteres e até de bonecos em miniatura vai encontrar lojas de empresários do ABC que comercializam produtos de nerds ou geeks, que são os aficionados em séries de TV, filmes e quadrinhos. Algumas dessas lojas são online. Uma delas é a Ideal Shop, que vende camisetas, canecas, chaveiros. A empresária Maria Maier, 28, de São Bernardo, conta que a loja começou vendendo apenas produtos de bandas de rock. Mas, por causa da procura, decidiu acrescentar novos itens. Maria afirma que há seis anos percebeu a demanda por produtos nerds. Tanto
que ela admite que, hoje, faz parte também desse universo. “A procura por esses produtos é muito grande”, disse. De acordo com a empresária, os itens nerds representam em média 20% do lucro bruto da empresa, que faz cerca de 200 camisetas por dia. O perfil do consumidor é amplo. Vai de adolescentes a adultos. Um deles é o empresário Breno Passos, 28, de São Bernardo, que coleciona legos, quadrinhos, miniatura de bonecos e de carrinhos desde criança. “Tenho até hoje o meu primeiro action-figure do Scooby Doo que ganhei dos meus pais quando tinha alguns meses de vida. ” Os chamados geeks, não economizam na hora de fazer suas vontades. Um diorama (boneco de resina sobre uma base) de algum super-herói custa no míni-
mam atenção dos jovens é o lado humano dos personagens, saber que, apesar dos super poderes, no fim o herói é apenas um homem. Nerd assumido, o estudante de cinema Marcelo Miceli, 21, coleciona livros, quadrinhos e estatuetas desde 2009 e traz essa justificativa ao explicar esse “vício” em super-heróis. “Meus quadrinhos favoritos são os que trazem o super-herói para a vida cotidiana, afinal de contas, eles são seres humanos assim
mo R$ 200 e pode chegar até R$ 1.500, dependo do tamanho e do peso. Outra loja online é a “Bonecos de Resina Comics”, de Wellington Loureiro, 31, de Mauá, que inclusive fez um curso de aerografista, para poder confeccionar os bonecos do mundo geek. Ele começou a trabalhar na área em 2004. Os bonecos são feitos de resina e talco industrial.
Loureiro contou que demora em média de três a 10 dias para produzir uma peça, dependendo da medida e dos detalhes. O peso e o tamanho dos bonecos variam de acordo com o personagem, mas pode ser de 40 cm a 65 cm e podem pesar de 2 kg a 8 kg. Atualmente, Loureiro disse que o Rio de Janeiro é o Estado para onde ele envia mais peças.
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como nós. Tanto que considero como meus personagens favoritos os anti-heróis Deadpool e o Justiceiro.” Para o colecionador de action figure, o estudante de cinema Vitor Ortona, 21, seu super-herói favorito é o Homem Aranha, um ótimo exemplo do lado humano dos personagens. Tanto que das características que mais encantaram o jovem uma é o fato de ele ser do bairro, aquele que cuida da sua comunidade, e não o que salva o mundo. “Na Marvel, você tem os heróis que são muito próximos aos humanos psicologicamente. É a personagem que mesmo com super poderes passa pelas mesmas dificuldades psicológicas que você. Por exemplo, o Homem Aranha, que mantém o emprego de fotógrafo para poder sobreviver, mesmo sendo um super-herói”, falou. Para a psicóloga e doutora em Psicologia da Personalidade e Desenvolvimento Humano, Miria Benincasa, esse hobby que remete à infância funciona na vida dos jovens como um meio de construir suas realidades. “O fantástico é muito comum na infância. Porém permanece até a idade adulta hoje em dia, porque as pessoas estão imaturas emocionalmente. Os jovens pegam ‘emprestado’ as escolhas desses personagens e assumem como deles.” Maria Maier, dona da loja Ideal Shop, viu a demanda do mercado nerd crescer e decidiu investir no tema
De acordo com o aerografista, quando há novos filmes de super-heróis, os pedidos por personagens dessas películas aumentam consideravelmente. Loureiro afirmou que está recebendo pedidos do “Huklbuster”, uma nova armadura do “Homem de Ferro” que foi construída para deter o Hulk. Os filmes e séries impulsionam a produção. “Agora está com uma nova série do Demolidor e eu já recebi diversos pedidos desse herói”, afirmou Loureiro. Mas os super-heróis antigos ainda são os preferidos de sua clientela: Batman, o homem morcego, da DC Comics, personagem da década de 60, e Hulk, da Marvel, que já foi até série de TV e agora ressurge repaginado nas telas de cinema, no filme “Os Vingadores – A Era de Ultron”.
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