Edição1045

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RRJ

ANOS

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Produzido pelos alunos do Curso de Jornalismo De 19 de novembro a 2 de dezembro de 2015

ANO 35 - Nº 1045

» LARGO DO RUDGE

» ARTE NA CIDADE Maristela Caretta/RRJ

Confira o que muda após as obras de revitalização Maristela Caretta/RRJ

Programação especial marca aniversário de 35 anos da Pinacoteca Pontos de ônibus, de táxi e base comunitária da PM sofrerão alterações; local ganhará via elevada. Págs. 4 e 5

» HANDEBOL FEMININO Metodista/São Bernardo decide Liga Nacional no Ginásio do Baetão Pág. 10

» 50 KM/H Lauro Gomes e mais duas avenidas têm velocidade reduzida Pág. 3

Pág. 9 Maristela Caretta/RRJ

POLÍTICA

RUDGE RAMOS Jornal da Cidade

De 19 de novembro a 2 de dezembro de 2015

DE OLHO NA CÂMARA

Vereadores questionam Eletropaulo sobre a falta de energia no município Representante da empresa também deve ser convocado para prestar esclarecimentos Guilherme Pimenta/RRJ

Guilherme Pimenta

MURILO RODRIGUES

A CÂMARA Municipal de São Bernardo aprovou dois requerimentos de informação sobre falta de energia na cidade. Os vereadores questionam a AES Eletropaulo, responsável pelo fornecimento de energia, sobre as “constantes quedas na região”.

O primeiro, de autoria do vereador Fabio Landi (PSD), aprovado em plenário, questiona o órgão especificamente sobre os bairros do Riacho Grande e a região do pós-balsa.

Já o outro é de autoria do vereador Rafael Demarchi (PSD) e cobra o órgão sobre falta de energia no bairro Demarchi.

Outros bairros da cidade também sofreram com falta de energia na última semana. Rudge Ramos, Alvarenga, Irajá, Planalto e Jardim do Mar são exem-

Rudge Ramos JORNAL DA CIDADE editorial@metodista.br Rua do Sacramento, 230 Ed. Delta - Sala 141 Tel.: 4366-5871 - Rudge Ramos São Bernardo - CEP: 09640-000 

Produzido pelos alunos do curso de Jornalismo da Escola de Comunicação, Educação e Humanidades da Universidade Metodista de São Paulo

plos de outras regiões. Neste último bairro, por exemplo, cada vez que chove com intensidade há queda no fornecimento de energia.

“O serviço em São Bernardo é de péssima qualidade. Investimento tem sido muito pequeno por parte da Eletropaulo”, criticou Tião Mateus (PT).

Julio Fuzari (PPS), da oposição, afirmou que falta “planejamento dos governantes federais, estaduais e municipais”. “Há um colap-

DIRETOR - Nicanor Lopes COORDENADOR DO CURSO DE JORNALISMO Rodolfo Carlos Martino.

REDAÇÃO MULTIMÍDIA Editor-chefe - Júlio Veríssimo (MTb 16.706); EDITORA-EXECUTIVA E EDITORA DO RRJ Margarete Vieira (MTb16.707); EDITOR DE ARTE José Reis Filho (MTb 12.357); ASSISTENTE DE FOTOGRAFIA Maristela Caretta (MTb 64.183) EQUIPE DE REDAÇÃO: Adílson Junior, Amanda Guilhen, Bianca Santos, Cibele Garcia, Erika Daykem, Felipe Siqueira, Gabrielli Salviano, Guilherme Pimenta, Larissa Pereira, Laura Reif, Letícia Ticianeli, Lucas Laranjeira, Marcelo Argachoy, Natália Scarabotto, Pedro Giordan, Rogério Nascimento, Thaís Valverde, Thais Souza, Thamiris Galhardo, Vinícius Claro e alunos do 5º semestre de Jornalismo.

TIRAGEM: 15 mil exemplares - Produção de Fotolito e Impressão: Gráfica Mar-Mar

Landi solicita explicações sobre a falta de energia nos bairros do Riacho Grande e a região do pós-balsa

so de energia neste país, e também há falta de responsabilidade com árvores, que acabam caindo. Se o serviço não está bom, o prefeito tem que cobrar com veemência a Eletropaulo”, falou.

O oposicionista Minami

Reitores e diretores das Instituições Metodistas de Educação Marcio de Moraes (reitor da UMESP e do Centro Universitário Metodista Bennett); Gustavo Jacques Dias Alvim (reitor da UNIMEP); Márcia Nogueira Amorim (reitora do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix); Karen Estefan Dutra (diretora da Faculdade Metodista Granbery); Roberto Pontes da Fonseca (reitor do Centro Universitário Metodista IPA e Diretor da FAMES); Walter Chalegre dos Santos (diretor geral do IMED e diretor de Educação Básica das Instituições Metodistas de Educação); Débora Castanha (diretora de Educação Básica das Instituições Metodistas de Educação); Marilice Trentini de Oliveira (diretora do Colégio Metodista Americano); Gilka Silvia de Rezende Figueiredo (diretora do Colégio Metodista Bennett); Simone Borrelli Achtschin (diretora do Colégio Metodista Granbery); Márcia Amorim (diretora do Colégio Metodista Izabela Hendrix); Joselene Henriques (diretora do Colégio Metodista Piracicabano).

(PSDB) chegou a protocolar um requerimento para que o representante da Eletropaulo na região vá à Câmara prestar esclarecimentos aos munícipes sobre a falta de energia na cidade.

A reportagem procurou, por e-mail, a assessoria de imprensa da Eletropaulo para obter um posicionamento do órgão. A empresa informou por meio de nota que ainda não foi notificada do requerimento em questão.

Colégio Episcopal - Bispo Paulo Tarso de Oliveira Lockmann (1ª Região Eclesiástica); Bispo Luiz Vergílio Batista da Rosa (2ª Região Eclesiástica); Bispo José Carlos Peres (3ª Região Eclesiástica); Bispo Roberto Alves de Souza (4ª Região Eclesiástica); Bispo Adonias Pereira do Lago (5ª Região Eclesiástica); Bispo João Carlos Lopes (6ª Região Eclesiástica); Bispa Marisa de Freitas Ferreira (Região Missionária do Nordeste); Bispo Carlos Alberto Tavares Alves (Região Missionária da Amazônia).

Coordenação Geral de Ação Missionária - Pastora Giselma Souza Almeida Matos; Deise Luce de Sousa Marques; Pastor Clemir José Chagas; Iara da Silva Côvolo; Pastora Cristiane Capeleti Pereira; Luiz Roberto Saparolli; Pastora Hideide Brito Torres; Elias Bonifácio Leite; Bispo Adonias Pereira do Lago; Recildo Narciso de Oliveira; Bispo João Carlos Lopes; Eric de Oliveira Santos; Bispa Marisa de Freitas Ferreira; Silas Dornelas de Novaes.

Conselho Superior de Administração - Paulo

Lei Orçamentária A votação da Lei Orçamentária Anual para o ano de 2016 foi adiada pela terceira vez. Toninho da Lanchonete (PT) afirmou que ela já está “apta” para ser votada, mas que mais tempo permite que os vereadores elaborem emendas ao projeto.

O projeto, que chegou ao Legislativo no dia 4 de novembro, visa um orçamento municipal no valor de quase R$ 5,15 bilhões. Para a saúde, é previsto um investimento de cerca de R$ 1 bilhão. Já para a educação, o PL deve destinar R$ 902 milhões. Mobilidade urbana e habitação vão receber, respectivamente, R$ 672 milhões e R$ 372 milhões.

Os vereadores têm o prazo de 15 de dezembro para aprová-la.

Vetos O prefeito Luiz Marinho (PT) vetou projetos de parlamentares da base aliada que haviam sido aprovados no Legislativo.

No entendimento da administração municipal, os textos são inconstitucionais.

A leitura dos vetos era o segundo item na “Ordem do Dia” da Câmara, depois da Lei Orçamentária. Porém, devido a urgências de outros projetos, a apreciação dos vetos ficou para a próxima sessão, no dia 25 de novembro.  Murilo Rodrigues

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Borges Campos Jr. (presidente); Aires Ademir Leal Clavel (vice-presidente); Esther Lopes (secretária); Rev. Afranio Gonçalves Castro; Augusto Campos de Rezende; Jonas Adolfo Sala; Rev. Marcos Gomes Tôrres; Oscar Francisco Alves Jr.; Ronilson Carassini; Valdecir Barreros; Nelson Custódio Fér (suplente).

Diretor Geral - Robson Ramos de Aguiar Vice-Diretor Geral - Gustavo Jacques Dias Alvim Diretor de Finanças e Controladoria - Walter Chalegre dos Santos (em exercício) Diretor de Inovação, Comunicação e Marketing Luciano Sathler Conselho Geral das Instituições Metodistas de Educação - Rev. Luis de Souza Cardoso (secretário executivo); Rodrigo Ramos Sathler Rosa (gestor administrativo-financeiro); Evandro Ribeiro Oliveira (auditor interno); Marina Camilo Pereira Fazolim (secretária).

RUDGE RAMOS Jornal da Cidade

CIDADE

De 19 de novembro a 2 de dezembro de 2015

DE OLHO NA CIDADE

Velocidade de 50 km/h chega a avenidas de São Bernardo

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Lauro Gomes, Faria Lima e João Firmino são as primeiras a terem redução; previsão é de mais quatro Thamiris Galhardo/RRJ

APÓS SÃO PAULO adotar a medida, chegou a vez de São Bernardo reduzir a velocidade das vias por onde trafegam veículos.

Neste ano, pelo menos três avenidas tiveram a velocidade máxima permitida reduzida de 60km/h para 50km/h. São elas: Lauro Gomes, Brigadeiro Faria Lima e João Firmino.

Além dessas, outras estão em fase de avaliação antes da implantação do novo limite de velocidade: Senador Vergueiro, 31 de Março, Pery Ronchetti e Pereira Barreto.

A Prefeitura de São Bernardo informou, por meio de nota, que a decisão de reduzir a velocidade foi tomada com o intuito de promover a mobilidade com maior segurança no trânsito, visando reduzir o número de acidentes. Mas a nota não informa quando foi implantada a medida.

Como forma de coibir a velocidade acima do permitido, a administração municipal instalou oito radares, cinco estáticos e três fixos, nessas avenidas e em seus principais cruzamentos. Ainda de acordo com a prefeitura, mais de 28 mil multas foram aplicadas após a mudança de velocidade, com destaque para o cruzamento entre as avenidas Lauro Gomes e Winston Churchill, no sentido bairro-centro, onde foram registradas 9.828 multas.

De acordo com o site do Detran, dirigir com velocidade superior à permitida, “medida por instrumento ou equipamento hábil, em rodovias, vias de trânsito rápido, vias arteriais e demais vias com velocidade acima de 50% da máxima permitida”, gera multa no valor de R$ 574,60 e sete pontos na carteira. Se atingidos 20 pontos, o motorista passa por uma reciclagem com cursos e aula de direção.

Creso Franco Peixoto, mestre em segurança pela Faculdade de Engenharia

AVENIDAS COM VELOCIDADE REDUZIDA PARA 50 km/h Av. Lauro Gomes Av. Brigadeiro Faria Lima Av. João Firmino AVENIDAS EM FASE DE AVALIAÇÃO Av. Senador Vergueiro Av. 31 de Março Av. Pery Ronchetti Av. Pereira Barreto

Industrial (FEI), afirma que a redução de velocidade traz benefícios para os motoristas, pedestres e também ao ambiente. “Além de prevenir acidentes, a redução gera uma velocidade homogênea, ou seja, o veículo tem menos força de aceleração e isso faz com que ele se torne mais econômico, gaste menos combustível e polui menos a cidade”, disse o professor.

Sobre uma das críticas

Avenida Brigadeiro Faria Lima é uma das que teve redução de velocidade para melhorar a mobilidade

de alguns motoristas, de que com a redução gasta-se mais tempo na viagem, o professor explica que isso não ocorre. “O motorista pensa que ele circula com a velocidade que está no velocímetro, mas o automóvel só chega a 1/4 da velocidade máxima permitida na via [em razão Fotos: Adécio Capello/leitor

de paradas, tráfego lento, semáforos]. Quando se diminui para 50 km/h a redução da velocidade média, que é de 15km/h, diminui, então, de 2 a 3 km/h. Isso impacta em poucos minutos”, afirmou Peixoto.

Em âmbito mundial, o mestre citou Londres como

exemplo. Segundo ele, a capital britânica reduziu para 30 km/h a velocidade nas vias. Com isso, registrou-se menos de 10 mortes por ano causadas pelo trânsito. Ainda de acordo com Peixoto, o trânsito de São Paulo tira a vida de cerca de 600 pedestres anualmente. 

Morador teme por queda de árvore na rua Ângela Tomé Cibele Garcia Maristela Caretta O morador do Rudge Ramos Adécio Capello, 61, entrou em contato com a redação por meio do Whatsapp para reportar o estado de uma árvore localizada na rua Ângela Tomé, no Rudge Ramos. Segundo ele, a árvore está torta e pode oferecer riscos a quem passa pelo local.

“Eu posso garantir que a árvore está assim há mais de quatro anos e quando chegar a temporada de chuvas, agora em dezembro, não sei se ela terá estrutura para aguentar, pois ela aumenta o peso devido à umidade e pode vitimar alguém”, contou.

A reportagem entrou em contato com a prefeitura, que não respondeu até o fechamento desta edição. 

V

ocê tem alguma reclamação do seu bairro para mandar ao Rudge Ramos Jornal?

Faça como Adécio Capello, anote o número do nosso WhatsApp e conte qual é a sua sugestão, que a gente pode publicar aqui.

Murilo Rodrigues

Thamiris Galhardo

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CIDADE

De 19 de novembro a 2 de dezembro de 2015

RUDGE RAMOS Jornal da Cidade Divulgação/PMSBC

Projeto 3D divulgado pela prefeitura mostra como vai ficar o Largo do Rudge após o término das obras; o protótipo conta com árvores, bancos e um chafariz ao centro

Ruas serão transformadas em praça Segundo folheto informativo distribuído pela prefeitura na reunião do Orçamento Participativo do Rudge Ramos, a rua Laurindo Ádamo e parte da travessa Daré farão parte da Praça da Capela e não terão mais tráfego de veículos.

Com a reforma,

85

Projeto de revitalização do Rudge Ramos prevê entrega das obras em dezembro Entenda o que muda após a reforma do Largo da Igreja e da Praça da Capela Cibele Garcia Maristela Caretta

GRANDE PARTE do projeto de revitalização do Rudge Ramos, cujas obras começaram em abril deste ano, prevê a execução de uma marquise de concreto na Praça da Capela e o assentamento de pisos no Largo da Igreja, envolvendo todo o quarteirão e a praça. O valor investido na obra, de responsabilidade da administração municipal, é de aproximadamente R$ 6 milhões.

Com a reforma, 85 vagas de estacionamento rotativo foram eliminadas. Hoje, restaram na região 601 vagas.

Em nota, a Prefeitura de São Bernardo, por meio da Secretaria de Serviços Urbanos, informou que a previsão de conclusão da obra é de oito meses, portanto até dezembro deste ano.

Travessia elevada Após o término da obra, o centro do Rudge Ramos contará com duas travessias elevadas. Uma ligando a Praça da Capela ao Largo

Confira no rronline.com.br as notícias de São Bernardo e do ABC

da Igreja e outra ligando o Largo da Igreja ao comércio da avenida Senador Vergueiro.

Base de segurança A base da Polícia Militar, que hoje está localizada no Largo da Igreja, será demolida e construída novamente na Praça da Capela. A escolha do local onde será implantada a nova base foi feita para que ela ficasse estrategicamente entre as quatro principais vias da região: avenidas Dr. Rudge Ramos, Senador Vergueiro, Caminho do Mar e São João Batista.

vagas de estacionamento rotativo foram eliminadas.

Hoje, restaram na região

601 vagas.

Taxistas O ponto de táxi, que ainda funciona no Largo da Igreja, será transferido para a Praça da Capela. Os taxistas serão realocados para o novo ponto.

Segundo o taxista André Grassato, 40, o novo ponto será onde hoje ainda é a travessa Daré, na lateral da Praça da Capela. “A princípio, estamos vendo como uma mudança negativa, porque o ponto da igreja é bem melhor. Na outra praça, vamos ficar mais escondidos. Ainda não temos uma data certa para mudar, mas disseram que até o final de dezembro estaremos lá”, contou.

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RUDGE RAMOS Jornal da Cidade

Ônibus O antigo ponto de ônibus da Praça da Capela hoje está dividido em dois, um na av. Dr. Rudge Ramos e outro na av. Caminho do Mar. Com o término das obras, esses pontos voltarão a ser um só e funcionarão no canteiro central, em frente ao Largo da Igreja.

De acordo com o diretor operacional da Empresa de Transportes Coletivos de São Bernardo, Alberto Alécio Batista, o ponto de ônibus, que hoje funciona na calçada do comércio e é ponto de parada para quem vem no sentido centro-bairro, passará para o outro lado da rua, onde hoje ainda é o ponto de táxi.

“A faixa exclusiva de ônibus passará para o lado esquerdo da via e o embarque e desembarque na Dr. Rudge Ramos será feito no canteiro central”, disse.

Os ônibus com portas dos dois lados são uma obrigação da empresa de transporte público, e não da administração. “A empresa de ônibus é obrigada a renovar os veículos de tempos em tempos”, disse o secretário de Serviços Urbanos, Tarcisio Secoli.

Chafariz O projeto da Praça da Igreja conta também com um chafariz na área central. Para o secretário, a construção de um chafariz pode não ser um bom investimento. “Eu não gostaria que tivesse, porque qualquer chafariz é um problema de manutenção futura”, afirmou. 

De 19 de novembro a 2 de dezembro de 2015

CIDADE

Imagens: Divulgação/PMSBC

u

x u y

uTravessias eleva-

das ligando as praças;

vMarquise na Praça

da Capela com a nova Base Comunitária;

w

v

5

wPonto de táxi e o calçadão do Rudge

xPonto de ônibus centro-bairro;

yPonto de ônibus bairro-centro

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COMPORTAMENTO

Beatriz Direste

QUEM COME fora de casa todos os dias não tem desculpa para alegar que, com isso, deixa de fazer uma boa refeição, balanceada e com todos os nutrientes necessários. Pelo menos essa é a avaliação da nutricionista Thaís Penteado Salomão, 35, da Clínica ABC Nutri.

Segundo Thaís, a razão para essa tese é que a gama de opções oferecidas por restaurantes e padarias pode ser até mais saudável do que comer alimentos caseiros. “Tudo depende do local escolhido. Eu indico refeições em restaurantes self-service, onde existem alternativas melhores.”

De acordo com a especialista, se você comer diariamente fora, mas procurar escolhas mais sadias, como grelhados, cozidos e saladas, não terá problema algum. “É até melhor, tudo já está disponível.”

Porém, como selecionar os melhores restaurantes e padarias? A dica da nutricionista é prestar atenção no menu e optar por produtos que mais condizem com a sua situação corporal.

O dono da Padaria Nova Brasília, Carlos Alberto Lorente, 55, de São Caetano, segue a tese defendida por Thaís. O cardápio de seu estabelecimento é elaborado pensando em uma rotina saudável. “As opções estão sempre mudando, o menu se

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Comer fora todos os dias não significa má alimentação Cliente deve prestar atenção no cardápio e ter disciplina adequa. No almoço, que é oferecido todos os dias, possuímos variedade de legumes, verduras, massa integral”.

Outro ponto importante é tentar verificar a procedência dos alimentos e ouvir opiniões sobre o local antes de escolhê-lo. O engenheiro mecânico João Luís Archanjo, 45, come em estabelecimentos comerciais diariamente e, além de sentir ganho de peso, já sofreu problemas de saúde por falta de atenção.

“Almoço fora todos os dias e tomo café da manhã em padarias com frequência. O segredo é verificar se os produtos são bons, frescos. Já percebi ganho de peso quando comia em determinados locais, e sofri uma intoxicação alimentar por ingerir alimentos estragados, foi bem complicado. Agora mantenho a atenção dobrada.”

A escolha dos melhores

estabelecimentos e alimentos quase sempre interfere na balança. O estudante de odontologia Edson Tokashiki Tadamitsu, 18, só observa o peso no bolso na hora de escolher um restaurante para almoçar.

“Como no que estiver disponível. Não presto atenção no local. Senti um ganho intenso de peso.” A consequência vem agora, pois como ele pratica judô e luta olímpica, admite que terá que perder alguns quilos para participar de competições.

Praticidade A praticidade também é um fator importante na hora de escolher onde comer fora. O vendedor Felipe Friedmann, 20, afirma que, quando necessita manter uma dieta radical, prefere ir a estabelecimentos especializados do que fazer as refeições em casa.

“Acho melhor apenas

chegar e escolher, tudo já está lá, pronto. Não preciso comprar alimentos diferentes, o que muitas vezes sai caro. Se fico em casa, acabo não fazendo da melhor forma.”

Mas essa disciplina nem sempre vem fácil. Para o estudante de engenharia Leonardo Pastorello, 19, o grande número de opções oferecidas muitas vezes não é aproveitado. “Quando vou a restaurantes, apesar das alternativas boas, geralmente não como da forma correta. Não escolho o melhor. Apesar disso, não senti alterações no peso.”

Já o estudante de economia Gabriel Neves Tosini, 20, prefere comer em casa, pois não conseguia dividir o que comia em períodos curtos. “Ingeria maiores quantidades menos vezes.

Sentia uma má distribuição de energia. Chega o fim do dia e você está morto de

RUDGE RAMOS Jornal da Cidade Beatriz Direste/RRJ

Produtos naturais são uma boa opção para substituir os lanches e alimentos gordurosos

fome, não consegue pensar mais em nada.”

A nutricionista Thaís dá a dica. Para esses casos, é importante levar algum lanche de casa para poder comer entre as refeições.

Não é necessário dividir o que se come de três em três horas para todos os tipos de metabolismo. A prática é indicada para quem apresenta sobrepeso. Para os outros casos, é importante se alimentar bem nas principais refeições, reforçando no café da manhã e no lanche da tarde.

Tempo reservado Ter um tempo para comer em paz, com calma, também pode fazer a diferença na questão do peso e da saúde. Ainda segundo a nutricionista Thaís Penteado Salomão, quebrar esse momento destinado a aproveitar a refeição atrapalha a digestão e causa problemas. “É importante comer devagar, prestar atenção no alimento, apreciar.”

Segundo ela, ao comer com pressa ingere-se maiores quantidades de comida, dando a sensação de “estufamento”, que desacelera ainda mais o metabolismo.

“Menos do que trinta minutos para a refeição é loucura”, disse. 

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COMPORTAMENTO Cynthia Miagi/RRJ

Compulsividade pela comida é impulsionada por fatores emocionais e pode provocar doenças crônicas

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ças crônicas correspondem 72,4% das mortes no país.

De acordo com uma pesquisa feita pela Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) e divulgada pelo Ministério da Saúde, os homens apresentam 56,5% dos índices de obesidade; os que tem menos nível de escolaridade são 22,7%, enquanto os indíviduos que estudaram por 12 anos ou mais são 12,3%. Já que, com mais acesso à informação, melhor é a escolha de alimentos e melhora no estilo de vida, incluindo exercícios físicos.

Traumas podem causar sobrepeso Cynthia Miagi

UMA QUESTÃO emocional foi a causa apontada pela técnica de enfermagem Samara Cardoso, 24, para ficar vários quilos acima do peso, desde os 15 anos, e atingir o que a medicina classifica por obesidade. Moradora de São Bernardo, Samara contou que, com a morte do avô, há 9 anos, passou a comer sem parar e chegou a pesar mais de 100 quilos.

“Já perdi 28 quilos só com reeducação alimentar.

Mas fiquei com obesidade mórbida por um tempo’’, disse Samara, que há cinco meses baixou para 95 kg o marcador da balança. Mas ela também tem diabetes e lembra que a saúde ficou comprometida.

“A minha glicemia não baixava de forma alguma.

Precisava de insulina e comprimidos. Nem com exercício físico conseguia manter a minha glicose’’, contou Samara. Mesmo que atualmente consiga manter a glicose com exercícios físicos e caminhadas, isto e a mudança de alimen-

tação não são o suficiente para a perda de peso.

O caso de Samara ilustra o alerta que é feito pela nutricionista funcional Andrea Rodrigues Bellotto, 45.

Segundo ela, a obesidade pode trazer várias complicações. “A pessoa pode ser um futuro diabético, pode ter problemas de colesterol.

Se associar o colesterol alto, hipertensão, pressão alta, é um risco grande de dislipidemia (aumento de gordura no sangue) junto a obesidade.”

Samara, porém, não está sozinha nesse problema.

A obesidade é uma doença

Obesidade infantil começa em casa Carolina Perez

A CORRERIA do dia a dia, a facilidade dos fastfoods e a falta de atividade física são os maiores vilões quando se busca uma vida saudável e o peso ideal. Ainda mais perigoso é quando isso afeta a vida de uma pessoa logo na infância. A falta de cuidado dos pais pode agravar ainda mais a situação.

Uma pesquisa do IBGE, divulgada em novembro do ano passado, afirma que quase metade das crianças brasileiras (47,6%) de 5 a

9 anos tem obesidade ou sobrepeso. Menos de 5% dos casos se deve a doenças endocrinológicas. Os outros 95% se devem ao sedentarismo e alimentação desregrada.

A nutricionista infantil Hélide Eloisa de Souza, 41, afirma que o bom exemplo é importante e que a boa alimentação começa em casa. “É muito difícil para uma criança seguir uma dieta saudável se os pais comem fritura e pizza todos os dias.”

Hélide ainda enfatiza que a pressa não é a culpada do descuido. “O pai pode

cada vez mais comum e atinge proporções epidêmicas no mundo todo. No ano passado, 18,5% da população brasileira era obesa, o que equivale a 25 milhões de habitantes. O número de obesos mórbidos saltou de 3,5 milhões em 2007 para 6,8 milhões em 2014.

Complicações Só que, além do excesso de peso, pode desencadear outras complicações como diabetes, apnéia do sono, hipertensão, doenças cardiovasculares e até cânceres. As doenCarolina Perez/RRJ

congelar sucos e polpas naturais para o filho levar para a escola no dia seguinte, em vez de adotar sucos industrializados cheios de açúcar, corantes e conservantes.”

Solução prática Em contrapartida, a bio-

médica Ana Paula Arnold, 32, mãe de dois filhos, segue uma dieta rígida e passa o exemplo para os seus filhos “Eu nunca fiz nenhuma restrição alimentar para eles. Desde pequenos eles se acostumaram a comer o que tinha em casa.”

Cuidados O processo de emagrecimento para escapar da obesidade requer cuidado e deve ser acompanhado por um profissional, como médico e nutricionista. Sem acompanhamento, um efeito colateral pode ser a desnutrição.

A nutricionista Andrea alerta para o risco de voltar a ter obesidade no caso de adotar algumas dietas. “Se você só come proteina, vai emagrecer, depois vai parar a dieta e voltar a engordar.’’

Segundo ela, deve-se comer de duas em duas horas, para estimular o metabolismo. Ter um cardápio com verduras, legumes, pouco arroz e feijão. Ainda de acordo com Andrea, o ideal não é fazer uma dieta, e sim uma reeducação alimentar.  Rotina agitada faz pais optarem por alimentos menos saudáveis

A biomédica aponta outros motivos para comentar o crescimento da obesidade entre as crianças. “Antigamente, criança brincava na rua e corria o dia inteiro.

Agora, ela fica parada na frente da TV, comendo e sem praticar atividade física.”

O recomendado pela nutricionista é prevenir a doença antes de ela atingir níveis perigosos. “O tratamento da obesidade é algo longo e complicado. É difícil para um adulto e ainda mais para uma criança.”

O melhor jeito de evitar o sobrepeso é prestando atenção na alimentação. 

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Pinacoteca de São Bernardo completa 35 anos

CULTURA O espaço tem

1.375 obras de

181

9

deles são locais.

522 1.050 artistas.

Para comemorar a data, espaço tem programação especial

obras são fruto de doação

Maristela Caretta/RRJ

Gabrielli Salviano

Atualmente a Pinacoteca está localizada no Jardim do Mar, depois de ter passado por diversos pontos da cidade

vezes não têm condições de entrar em eventos de fora, já que as seleções são muito rigorosas.”

Henrique Hammler, artista plástico do Rudge Ramos, frequenta o local há 26 anos e expôs sua primeira obra no local à convite da bibliotecária Ilva Aceto Maranesi, que dá nome à biblioteca de arte do espaço.

Além disso, o artista tem três obras no acervo. “O espaço é como se fosse uma extensão do meu ateliê. As experiências que tive du-

rante todo esse período foi de enriquecimento.”

Hammler falou que um dos grandes motivos para o sucesso da Pinacoteca é o trabalho realizado pelo curador João Deilijaicov, que tem uma relação próxima com os artistas. “Me sinto muito à vontade para falar da Pinacoteca porque foi um dos lugares que me instruiu. Ela é um patrimônio regional, a estrutura e o acervo que ela oferece deixa visitantes de outras cidades de boca aberta.”

A Pinacoteca está aberta para visitas monitoradas gratuitas de escolas. Outro projeto realizado para a comunidade é um trabalho social com os pacientes do CAPS (Centro de Atenção

Psicossocial) de São Bernardo. Os pacientes participam de oficinas de arte e depois chegam a expor suas criações. “Eles também são artistas, a arte é um tratamento. Aqui na Pinacoteca não precisa de remédio.”

Programação Duas mostras serão realizadas a partir de novembro no espaço. “Arte como trabalho” propõe a reflexão sobre o tema e questiona se produção cultural deve ter fins econômicos. O artista visual e curador andreense Saulo Di Tarso traz obras de Almir de Castro, Emanoel Araújo, Luiz Sacilotto, entre outros.

A exposição “Somos todos filhos do carvão” completa 21 anos e resgata obras pro-

duzidas entre 1994 e 2015.

As exposições têm início a partir do dia 28 de novembro, às 17h. As mostras estarão abertas para visitação até o dia 20 de fevereiro. A Pinacoteca está aberta ao público das 10h às 18h, de terças aos sábados. Nas quintas, o horário é das 10h às 21h.  Murilo Rodrigues

A PINACOTECA de São Bernardo, maior espaço de exposição permanente de arte do ABC, completa 35 anos em novembro. O espaço tem 1.375 obras de 522 artistas, sendo que 181 deles são locais. A maior parte do acervo, 1.050 obras, é fruto de doação.

Com o objetivo de divulgar arte moderna e contemporânea, o espaço conta com um salão de exposições, tem uma biblioteca de arte, quatro espaços expositivos e realiza oficinas gratuitas. Um dos seus criadores é o atual curador, João Deilijaicov Filho, que trabalha com artes em São Bernardo há 40 anos.

Deilijaicov disse que testemunhou todas as fases do local. Hoje, a Pinacoteca está localizada na rua Kara, no Jardim do Mar, mas o ambiente já passou por diversos bairros da cidade.

“Ela foi instalada no bairro Assunção em 1980, cinco anos depois que a Pinacoteca foi criada por lei. Ao longo dos anos passamos pelo Centro, pelo Baeta Neves, no Espaço Henfil. Agora estamos aqui, este lugar é uma realização.”

O curador contou que esse processo foi importante e que ao longo das gestões municipais todos os prefeitos contribuíram um pouco para a solidificação do projeto.

Mas um entrave para a consolidação da Pinacoteca era expandir o projeto para além da exposição de obras. “Queremos formar público com as oficinas e com a visitação.

Agora teremos gerações que passaram por aqui.”

Artistas como Luiz Sacilotto, Orlando Mattos e Pierino Massenzi estão representados na Pinacoteca, que tem também como objetivo valorizar a cultura local.

Deilijaicov fala que é preciso estimular a produção regional com a criação de salões de arte. “Os artistas do ABC reclamam que às

10 ESPORTES Vinícius Claro

O TIME feminino de handebol Metodista/São Bernardo enfrenta o UnC/ Concórdia na decisão da Liga Nacional, no Ginásio do Baetão, no próximo sábado (21), às 15h. É a quarta final consecutiva entre as equipes.

Nas últimas três decisões da competição, foram duas taças para o ABC (2012 e 2014) e uma para o Concórdia (2013).

Neste ano, os times foram os dois primeiros colocados da fase de classificação. A Metodista ficou na liderança com 16 pontos (sete vitórias, dois empates e uma derrota) e Concórdia, em segundo com 15 (sete vitórias, um empate e duas derrotas). Nos dois confrontos que fizeram, um empate por 23 a 23, em Santa Catarina, e uma vitória para a Metodista por 23 a 21, em São Bernardo.

O técnico da Metodista/ São Bernardo, Eduardo Carlone, acredita que será a final mais equilibrada de todas as disputadas contra Concórdia. “Os nossos confrontos foram sempre equilibrados. Em alguns anos as equipes estavam com problemas de contusão, mas em 2015 os times estão sem problemas para final.

Chegamos em igualdade de

RUDGE RAMOS Jornal da Cidade

De 19 de novembro a 2 de dezembro de 2015

Campeã paulista, equipe Metodista/São Bernardo decide Liga Nacional Time enfrenta Concórdia em busca do nono título no torneio Larissa Pereira/RRJ

Meninas do ABC ganham do Pinheiros por 32 a 21 e conquistam bicampeonato do Super Paulistão

condições tanto tática como fisicamente.”

Para Carlone, o ponto forte da equipe de Santa

Catarina é o entrosamento.

“Elas vêm jogando juntas desde a categoria júnior.

Três ou quatro meninas

estão juntas há, no mínimo, quatro, cinco anos. O conjunto é muito bom.”

A goleira e capitã da

Futebol americano ganha espaço na região Marcelo Argachoy

O FUTEBOL americano tem crescido no Brasil nos últimos anos. Segundo pesquisa do jornal britânico “The Independent”, o país possui o terceiro maior número de fãs do esporte no país. São 19,7 milhões, atrás dos Estados Unidos e do México.

No ABC, o crescimento também ocorre.

A região conta com duas equipes na Freedom Four Cup, competição que reúne os quatro times novatos no futebol americano paulista: o Palmeiras Locomotives, de São Bernardo, que conta com 99 atletas em seu elenco, e o Diadema Diamond, composto por 45 jogadores.

“Quando iniciei era difícil encontrar times de futebol americano para

jogar, ou de ver jogos sendo transmitidos”, contou o defensor do Palmeiras Locomotives Vinicius Elme.

O crescimento da cena esportiva nacional despertou o interesse da NFL (principal liga do esporte no mundo), que cogitou trazer uma partida para o Brasil.

Mesmo com esse crescimento, a situação dos jogadores de futebol americano no país é complicada. O esporte ainda é considerado amador, e poucos atletas, em grande parte estrangeiros, são remunerados.

“Você não pode se dedicar em 100%, precisa tirar o dinheiro de algum lugar para continuar jogando.

Uma vez que você não tem remuneração o suficiente, todos têm uma segunda profissão”, declarou o defensor dos Locomotives, Guilherme Canassa.

“A gente não tem recurso

Divulgação

Palmeiras Locomotives e Diadema Diamond representam o ABC

financeiro no futebol americano. Temos que gastar com viagem, hospedagem, além de comprar o equipamento e fazer a manutenção”, contou o coordenador ofensivo do Diadema Diamonds, Bruno Rutiguel. Segundo o treinador, o preço mínimo gasto por um jogador novato

é de R$ 2.000.

Equipamentos como capacete, calças protetoras e chuteiras são todos importados. Apenas a proteção de ombro pode ser adquirida nacionalmente. “Para se conseguir patrocinadores é um pouco complicado, e muitas equipes treinam em

Metodista/São Bernardo, Ariadne Moreira, vê o time muito equilibrado e acredita que isso pode ser uma vantagem na final. “Acho que é o primeiro em que o elenco está muito homogêneo, toda posição tem duas ou três meninas que estão jogando muito bem. Qualquer uma que entrar dará conta do recado.”

Nono título estadual No domingo (15), a Metodista foi campeã do Super Paulistão pela nona vez. A vitória foi sobre o Pinheiros, por 32 a 21. No décimo ano de história do time feminino, é o nono título estadual - apenas em 2013 não foi campeão. A equipe do ABC jogou 23 partidas no torneio, venceu 22 e perdeu apenas uma.

A ponta-direita da Metodista/São Bernardo, Célia Costa, é a jogadora mais experiente do elenco e está no time desde a sua fundação.

Para ela, o time consegue conquistar tantos títulos por causa da filosofia mantida desde 2006.

“Todo ano é diferente, com meninas novas, mas a gente consegue manter ainda a nossa filosofia na hora de jogar uma decisão ou campeonato. Isso é muito importante para quem está aqui.”

A goleira do time, Ariadne Moreira, foi eleita a melhor jogadora da final. 

parques, ou nos ‘areiões’, por exemplo”, explicou o presidente do time diademense, David Aloi.

Os custos também impactam a comissão técnica das equipes, conforme explica o técnico dos Locomotives, Anderson Mendes. “Temos que fazer vários cursos para passar o conhecimento, o gasto é constante. O custo é geralmente de cerca de R$ 700 por ano”, afirmou.

O técnico da equipe alviverde disse também que outro problema na modalidade do país são técnicos não especializados: “Ensinam coisas erradas para os jogadores.”

Outro problema enfrentado pelas equipes é a carência de jogadores em algumas posições. Para o técnico do Diadema Diamond, é difícil a procura por jogadores de linha ofensiva e defensiva (posições que exigem maior força física e jogadores maiores). 

RUDGE RAMOS Jornal da Cidade

ESPORTES 11

De 19 de novembro a 2 de dezembro de 2015

PERFIL

Monique Poles

Ex-jogadora, treinadora e mãe de Thomas

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“

Quando treinava com minha mãe era basquete 24 horas por dia. Se fazia algo errado, já era cobrado.”

Thomas Antônio Poles

Atleta e filho da treinadora Monique

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UMA FAMÍLIA do bairro Assunção, em São Bernardo, respira basquete. A começar pela mãe. Monique Poles, 51, que foi jogadora por 17 anos e hoje é treinadora da categoria de base da Metodista/São Bernardo. Mas seus ensinamentos não atingem apenas os atletas do time. Há alunos na sua própria casa.

Um deles é Thomas Antônio Poles, 20, 1,88 m, que hoje treina com o time adulto da Universidade Metodista e, tudo indica, seguirá a carreira da mãe. O outro filho, Átila Ferreira Poles, 23, até passou pelas mãos experientes de Monique, ainda na época de categoria de base. Mas resolveu enveredar pelos caminhos da engenharia, assim como o pai, Marco Antônio Poles, 54, que, apesar de não atuar nas quadras, não sai delas, acompanhando Thomas.

O atleta, que já passou pelo São Bernardo, Corinthians, Apaba/Santo André e duas passagens pelo Club Athletico Paulistano, hoje joga contra clubes das principais capitais do país. Ele entrou no esporte por incentivo da mãe e, aos 13 anos, jogava simultaneamente futebol e basquete. “Aos finais de semana, ia correndo de um jogo para o outro”, afirmou.

Monique também começou a carreira de forma semelhante: foi atleta federada por cinco anos em natação.

Na época do colégio, tomou a decisão que mudou o rumo da carreira: fez uma peneira com 62 meninas, foi uma das duas que passaram e entrou para o time de basquete.

Quando mais experiente, pelo São Bernardo, enfrentou Hortência, Janete e Paula, três das maiores jogadoras da história do basquete feminino brasileiro. “Gostava muito do jogo da Hortência, eram quatro jogadoras em cima dela e ela

“

Ser filho de técnico não é fácil, tem que mostrar serviço. Eles [filhos] nunca tiveram regalias.”

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Guilherme Pimenta Alysson Rodrigues

FILHO Thomas já passou por diversos clubes de SP...

Família do bairro Assunção, em São Bernardo, respira basquete: Monique Poles, 51, é ex-jogadora e treinadora, mas não tem alunos somente nas quadras; seu filho Thomas já foi treinado por ela e hoje joga pela Metodista/São Bernardo

resolvia tudo”, destaca.

Hoje em dia, a mãe trocou de lado nas quadras: está no banco de reservas, comandando os times. Anos atrás, treinou os dois filhos quando jogavam pela Associação dos Funcionários Públicos de São Bernardo.

“Ser filho de técnico não é fácil, tem que mostrar serviço. Eles nunca tiveram muita regalia, pelo contrário, eram cobrados até mais que os outros”, fala.

Thomas, sob o comando da mãe, chegou a ganhar o prêmio de melhor armador do Campeonato Paulista, em 2008, quando jogava pela Associação dos Funcionários Públicos de SBC. “Era basquete 24 horas por dia. Se fazia algo errado já era cobrado”, disse o atleta.

Apesar das dificuldades do esporte no país (falta de visibilidade, interesse e investimento), ambos acreditam ser possível fazer carreira aqui. “A NBB [Novo Basquete Brasil] dá muita visibilidade, é uma boa oportunidade”, declara Thomas, que tem uma rotina difícil, com treinos praticamente todos os dias da semana, fora os jogos.

Ele tem o sonho de jogar fora do país, mas assim como sua mãe, é cauteloso. “Bom no basquete tem vários, mas tem que ter sorte de um olheiro estar vendo um dia bom. Às vezes, bem naquele dia, o time joga mal. Ele [Thomas] joga no nível de muitos jogadores de lá, mas isso envolve muita coisa, não só o basquete”, explica a mãe, que tem conhecimento na causa, já que treinou meninos observados por times da NBA. A dificuldade no Brasil, segundo a treinadora, é a opção que os meninos têm que tomar: ou treinar ou estudar. “Thomas, por exemplo, não está estudando, pois tem viagens e treinos. Nos EUA é um esquema que você precisa estudar”, destaca. Enquanto a chance não vem, a família do bairro Assunção segue nos ares da bola ao cesto.  Fotos: Arquivo Pessoal

... e, tudo indica, seguirá a carreira da mãe

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RUDGE RAMOS Jornal da Cidade

De 19 de novembro a 2 de dezembrode 2015

A Metodista é a melhor universidade não pública do País em Comunicação.

Sala de Projetos

CURSOS

Venha estudar na melhor universidade privada do segmento Comunicação e Informação do Brasil segundo o Guia do Estudante da Editora Abril. É a sexta vez que a Universidade Metodista de São Paulo conquista esse prêmio, com destaque para os cursos de Publicidade e Propaganda e Rádio, TV e Internet, que alcançaram a nota máxima de 5 estrelas na avaliação, e Jornalismo e Relações Públicas que obtiveram 4 estrelas.

Graduação: • Comunicação Mercadológica • Jornalismo • Produção Multimídia • Publicidade e Propaganda • Rádio, TV e Internet • Relações Públicas Pós-Graduação: • Comunicação Empresarial • Gestão de Conteúdo em Comunicação: Jornalismo • Gestão Estratégica de Marketing • Marketing

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