Edição1059

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Produzido pelos alunos do Curso de Jornalismo De 17 a 30 de novembro de 2016

ANO 36 - Nº 1059

João Souza/RRJ

» ORLANDO MORANDO

Prefeito eleito da cidade diz que vai reduzir o número de secretarias Pág. 2 Thais Souza/RRJ

Pág. 5

» DIVISAS Locais com falta de manutenção colocam munícipes em perigo Pág. 3

Érika Motoda/RRJ

» TOMBAMENTO

Alexandre Leoratti/RRJ

São Bernardo possui 31 bens que mantêm características iniciais Págs. 4 e 5

» PICHAÇÕES Casas, comércios e espaços públicos são alvos de vandalismo. Pág. 8

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POLÍTICA

RUDGE RAMOS Jornal da Cidade

De 17 a 30 de novembro de 2016

Orlando Morando diz que vai reduzir número de secretarias Prefeito eleito quer diminuir de 24 para 15 as atuais pastas da administração municipal João Souza/RRJ

Érika Motoda Thaís Souza Alexandre Leoratti

“Temos

“COMO primeira medida, quero tornar o serviço público mais eficiente, cortando gastos que considero desnecessários”, afirmou o prefeito eleito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), em entrevista ao Rudge Ramos Jornal e ao site do jornal (www.rronline.com.br).

Segundo Morando, 42, uma das medidas será a redução do número de secretarias. O tucano afirmou que pretende reduzir o número de pastas das atuais 24 para 15. Para isso, a Secretaria de Relações Internacionais pode ser anexada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo.

Já a Secretaria de Orçamento e Planejamento Participativo entraria na pasta de Finanças, por exemplo. Na entrevista, o atual deputado estadual, que toma posse em janeiro de 2017, também falou sobre segurança pública, mobilidade urbana, cultura e emprego. Leia a seguir os principais trechos: GCM “Temos um déficit de aproximadamente 400 Guardas Civis Municipais.

Pretendemos devolver 100 homens por ano para completar o efetivo de mil homens até o fim da gestão.

Além de equiparar o salário

Rudge Ramos JORNAL DA CIDADE editorial@metodista.br Rua do Sacramento, 230 Ed. Delta - Sala 141 Tel.: 4366-5871 - Rudge Ramos São Bernardo - CEP: 09640-000 

Produzido pelos alunos do curso de Jornalismo da Escola de Comunicação, Educação e Humanidades da Universidade Metodista de São Paulo

76 mil desempregados. Vamos manter um diálogo permanente com as empresas.”

desses funcionários com o da Polícia Militar, que está com a diferença de R$ 1.000.”

Segurança “Integrar o trabalho da GCM com a PM e a Polícia Civil. Os dois primeiros fazem o patrulhamento extensivo, enquanto a Polícia Civil faz o trabalho de investigação. Também compartilhar as imagens de câmeras de segurança com a PM, porque atualmente só a GCM tem acesso aos registros.”

Corredor de ônibus “O ônibus tem que ser mais ágil. Quando você vê que o tempo gasto dentro do carro é o mesmo dentro de um ônibus, você opta pelo carro. Temos que ter mais corredores de ônibus dentro da cidade.”

Em entrevista, Morando falou que pretende mudar Museu do Trabalhador para um espaço de cultura

Desemprego “Em momentos de crise econômica, as cidades industriais, como a nossa, sentem mais os efeitos. Temos 76 mil desempregados. Vamos manter um diálogo permanente com as empresas.

Marquei reuniões com as montadoras para saber o que elas precisam da prefeitura para lançar novos produtos e gerar mais empregos. Por

ERRAMOS - O prefeito eleito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), obteve 78,21% dos votos válidos no segundo turno da eleição, e não 8,21%, conforme constou de quadro da página 2 da edição nº 1.058.

exemplo, a Volkswagen vai lançar um novo carro. Se ela lançar em São Bernardo, o que ela quer? Isenção de IPTU? Reduzir o Imposto Sobre Serviço (ISS) e o custo do produto?”

Museu do Trabalhador “Eu não sou contra museus, mas acho que a cidade tem outras prioridades. Minha proposta é transformar o espaço do Museu do Trabalho e do Trabalhador em um equipamento de educação voltado para a cultura, em parceria com o Governo do Estado de São Paulo. Os jovens poderão aprender

DIRETOR - Nicanor Lopes COORDENADOR DO CURSO DE JORNALISMO - Rodolfo Carlos Martino.

REDAÇÃO MULTIMÍDIA - Editor-chefe - Julio Verissimo (MTb 16.706); EDITORA-EXECUTIVA E EDITORA DO RRJ - Margarete Vieira (MTb16.707); EDITOR DE ARTE - José Reis Filho (MTb 12.357); ASSISTENTE DE FOTOGRAFIA - Maristela Caretta (MTb 64.183)

EQUIPE DE REDAÇÃO - Alexandre Leoratti, Amanda Leonelli, Claudia Leone, Erika Daykem, Érika Motoda, Gabriel Mendes, João Souza, Laís Pagoto, Lucas Laranjeira, Nathalia Nascimento, Paula Gomes, Raquel Gamba, Thais Souza, Victor Godoi, Victoria Roman e alunos do 5º semestre de Jornalismo.

TIRAGEM: 10 mil exemplares - Produção de Fotolito e Impressão: Gráfica Mar-Mar

música, pintura, cinema e teatro.”

Incubadora “A ideia é ter uma incubadora de empresas modernizada e um parque tecnológico. As unidades podem ter um papel fundamental nisso, fornecendo mão de obra qualificada, de acordo com as demandas do mercado. 

ASSISTA a íntegra da entrevista com o prefeito eleito no portal RROnline (www.rronline.com.br).

DIRETOR DE FINANÇAS E CONTROLADORIA - Ricardo Rocha Faria DIRETOR DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO, MARKETING E SUPRIMENTOS - Ronilson Carassini CONSELHO SUPERIOR DE ADMINISTRAÇÃO - Paulo Borges Campos Jr. (presidente); Aires Ademir Leal Clavel (vice-presidente); Esther Lopes (secretária); Rev. Afranio Gonçalves Castro; Augusto Campos de Rezende; Jonas Adolfo Sala; Rev. Marcos Gomes Tôrres; Oscar Francisco Alves Jr.; Valdecir Barreros; Renato Wanderley de Souza Lima (suplente).

DIRETOR GERAL - Robson Ramos de Aguiar VICE-DIRETOR GERAL - Gustavo Jacques Dias Alvim

REITOR: Fábio Botelho Josgrilberg (interino), Coordenadora de Graduação e Extensão - Vera Lucia Gouvea Stivaletti, Coordenador de Pós-Graduação e Pesquisa - Fábio Botelho Josgrilberg DIRETORES - Rogério Gentil Bellot (Escola de Ciências Médicas e da Saúde), Nicanor Lopes (Escola de Comunicação, Educação e Humanidades), Carlos Eduardo Santi (Escola de Engenharias, Tecnologia e Informação), Fulvio Cristofoli (Escola de Gestão e Direito) e Paulo Roberto Garcia (Escola de Teologia).

CIDADE

De 17 a 30 de novembro de 2016

DE OLHO NA CIDADE Fotos: Érika Motoda/RRJ

Érika Motoda Thaís Souza

AS DIVISAS de São Bernardo com os municípios de Diadema e São Caetano estão em estado precário. Mureta de um rio quebrada, que põe em risco quem passa pelo local, calçadas esburacadas ou com raízes de árvores à mostra, asfalto esburacado e até grades de proteção que não protegem.

Esses são alguns problemas que a reportagem detectou na fronteira entre essas cidades do ABC. Quem passa, por exemplo, na avenida Humberto Alencar Castelo Branco, entre São Bernardo e Diadema, precisa tomar cuidado para não cair no rio, pois a grade de proteção está quebrada de um lado e, do outro, nem sequer existe.

Outro ponto negativo são os desníveis e buracos no asfalto, causados pelo tráfego intenso de carros, ônibus e caminhões que passam pela avenida. O motorista de ônibus Evaldo Silva opera a linha 004 (Sacomã / Alvarenga) e percorre a avenida todos os dias, há pelo menos 5 anos. De acordo com ele, o mau estado do asfalto prejudica os ônibus e aumenta o tempo do percurso. “Quando passa [pela avenida], preciso reduzir bem. Se acelerar, os passageiros pulam e corro o risco de machucar alguém”, disse.

A Prefeitura de São Bernardo informou, por meio da assessoria, que existe um projeto de recapeamento

Fronteiras do ABC oferecem risco para pedestres Asfalto ruim, calçadas esburacadas e barreiras de proteção dos rios estão degradadas da via. Segundo a administração, esse projeto facilitará o acesso entre o bairro Alvarenga e Diadema. Já sobre a grade de proteção, foi informado que é de responsabilidade de Diadema.

A reportagem enviou e-mail para a assessoria

da prefeitura da cidade no dia 20 de setembro. Depois, ligou no dia 21, para saber se haveria um posicionamento da administração.

Até o fechamento desta reportagem, a Prefeitura de Diadema não se pronunciou até o momento.

Outra divisa Em outra área fronteiriça, calçadas e muro estão quebrados. Essa situação ocorre na divisa de São Caetano com São Bernardo há pelo menos um ano, de acordo com imagens feitas pelo Google Maps

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Calçada danificada por conta de raízes da árvore localizada na divisa entre São Caetano e São Bernardo foi reformada recentemente; mureta e pedras da calçada continuam sem reparos e ainda geram riscos de acidentes aos pedestres

em setembro de 2015.

Quem cruza a pé a Estrada das Lágrimas, na altura do nº 100, precisa tomar cuidado para não cair em dois desníveis da calçada. O primeiro (à esquerda, partindo de São Caetano e chegando a São Bernardo) se deve à inclinação de duas pedras.

Já o segundo desnivelamento existe por causa das raízes de uma árvore que danificaram a calçada.

A reportagem retornou ao local no dia 7 de novembro e constatou que houve o reparo dessa parte da calçada.

Do outro lado da estrada, o muro de proteção do Ribeirão dos Meninos está quebrado no centro. Há ferros expostos que deveriam estar concretados. Desse lado, a última pedra da calçada, próxima a um poste, está totalmente esmagada e compartilha espaço com lixo, como bitucas de cigarro e papéis de bala.

A Prefeitura de São Caetano afirmou, por meio de e-mail da assessoria, que “a responsabilidade pela conservação de viadutos sobre rios e córregos de divisa é do governo estadual, assim como dos canteiros destes cursos d’água”. Já a Secretaria Estadual de Logística e Transportes, também por meio de assessoria, afirmou que a responsabilidade é da prefeitura, mas não especificou qual.

A reportagem também procurou a Prefeitura de São Bernardo, para que comentasse o assunto. Enviou e-mail no dia 13 de setembro. Depois, telefonou.

Mas até a publicação deste texto, a administração não se pronunciou.  Murilo Rodrigues

RUDGE RAMOS Jornal da Cidade

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CIDADE

RUDGE RAMOS Jornal da Cidade

De 17 a 30 de novembro de 2016

Fotos: Seção de Pesquisa e Documentação da PMSBC

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CÂMARA DE CULTURA ANTONINO ASSUMPÇÃO

ÁRVORE DOS CARVOEIROS

ÁREA DA ANTIGA CHÁCARA LAURO GOMES

Rua Marechal Deodoro, 1325 - Centro

Via Anchieta, Km 24

Av. Taboão, 899 - Taboão

BENS TOMBADOS

Patrimônios tombados mudam de “atividade” Prédios mantêm características iniciais, mas abrigam outros tipos de negócios

CAPELA NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM

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Rua Marechal Deodoro, 1131 - Centro

Érika Motoda Thaís Souza CAPELA SANTA FILOMENA

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Rua Marechal Deodoro, 637 - Centro

CAPELA DE SÃO BARTOLOMEU INTERIOR DO PARQUE ESTORIL

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Rua Portugal, 107 - Estoril

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CAPELA SANTO ANTÔNIO Rua Leonardo Martins Neto, 1 - Bairro dos Casa

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CASA DO COMISSÁRIO DO CAFÉ Rua João Gross, 221 - Vila Gonçalves

O CINEMA virou loja de calçados.

O antigo posto de saúde agora é um escritório. No bar antigo, funcionam uma agência de banco e um restaurante.

Em São Bernardo, prédios tombados como patrimônio cultural mantiveram a arquitetura, mas passaram a abrigar outras atividades.

Ao todo, a cidade tem 31 bens tombados (veja quadro). Oito desses bens, entre eles alguns que mudaram de função, estão na rua Marechal Deodoro. Um deles é o antigo Cine São Bernardo, que hoje abriga a loja de calçados Mundial. Desse estabelecimento, somente a fachada foi tombada em 2010, o que permite mudanças no interior do espaço.

Uma placa fixada na entrada indica que aquele é um lugar histórico.

Mas para saber mais sobre o assunto, é preciso ir até o fundo da Mundial, perto dos caixas, onde há um painel descrevendo a trajetória do ambiente.

A inauguração do cinema foi em 1921. Surgia o Cine Enrico Caruso, em homenagem ao tenor italiano de Nápoles, morto nesse ano. O espaço foi adquirido pelo dono da Mundial em 2012. De acordo com o gerente da loja, Henrique Bellido, a prefeitura visitou o local antes e depois das reformas para certificar que a entrada permaneceria com as características iniciais.

Outro exemplo de patrimônio em que houve mudança de atividade fica no nº 1.737 da rua. É a casa da Ouvidoria da Secretaria de Saúde Municipal.

Antes, era moradia da família Setti, uma das mais importantes da cidade.

CHÁCARA SILVESTRE

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Av. Wallace Simonsen, 1800 - N. Petrópolis

O local se tornou de uso público quando os Setti deixaram o espaço para o funcionamento de um posto de saúde.

Já no nº 1.259 da rua, há uma construção de dois andares. Lá, no térreo, ficava o Bar Expresso, onde comerciantes, políticos e industriais, como Wallace Simonsen, Armando Setti, Pery Ronchetti, se reuniam para articular a retomada da autonomia de São Bernardo na década de 1940.

Hoje, os funcionários do banco Ibi ocupam esse andar. No de cima, ficava o Esporte Clube São Bernardo, que era dirigido pelo dono do imóvel, Pietro Henry. Atualmente, pelo espaço há mesas e cadeiras de um restaurante.

Mesma finalidade Ainda assim, a Marechal mantém três patrimônios tombados exibindo as mesmas funções. As capelas Santa Filomena e Nossa Senhora da Boa Viagem e o Edifício Wallace Simonsen, do antigo banco Noroeste, que foi incorporado pelo Santander.

Comparando as fotos da década de 1940 com uma atual, é possível ver que a estrutura da Capela Santa Filomena foi preservada. A construção é de 1881.

A fachada está coberta com pichações e cartazes de pessoas desaparecidas. A reportagem não teve acesso ao interior do patrimônio, pois ele estava trancado durante a apuração, às 9h40.

Já a Capela Nossa Senhora da Boa Viagem estava aberta. Por fora, ela estava bem conservada. Mas o interior apresentava sinais de deterioração.

Foi possível ver os tijolos da construção, pois o reboco havia caído. Uma goteira estava perto do portão. Do lado, também havia uma caixa de luz com os fios estragados. A construção data de 1814.

O Edifício Wallace Simonsen é um prédio de esquina. A parte que se en-

CHAMINÉ DA AVENIDA PERY RONCHETTI

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Alameda Dom Pedro de Alcântara, s/n - N. Petrópolis

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CIDADE

De 17 a 30 de novembro de 2016

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PAINEL “MEMÓRIA DE UMA CIDADE” INSTALADO NO BANCO SANTANDER

PAINEL DE AZULEJO DA FONTE ÁGUA MINERAL SÃO BERNARDO

PAVILHÃO E ESTÚDIOS DA ANTIGA CIA. CINEMATOGRÁFICA VERA CRUZ

Rua Marechal Deodoro, 1164 - Centro

Rua Dona Júlia César Ferreira, 260 - Baeta Neves

Av. Lucas Nogueira Garcez, 856 - Jardim do Mar

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21 TORRE DA ELNI Rua Henrique Alves dos Santos, 85 - Vila Euclides

Fotos: Seção de Pesquisa e Documentação da PMSBC

CINE SÃO BERNARDO Rua Marechal Deodoro, 1237 - Centro

ÁREA VERDE DA ANTIGA INDÚSTRIA DE EMBALAGENS MATARAZZO

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Rua Braga, 200 - Centro

CHÁCARA COLÚMBIA Av. Senador Vergueiro, 3490 - Rudge Ramos

TERREIRO ILÊ ALAKETU ASÉ AIRÁ

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OBELISCO DO SOLDADO CONSTITUCIONALISTA Praça Ângelo Marin Bairro Paulicéia

JATOBÁ DA VERGUEIRO Av. Senador Vergueiro, 1001 - Bairro Rudge Ramos

IGREJA SANTA MARIA Rua João Morassi, 1233 - Bairro Demarchi

IGREJA PRESBITERIANA INDEPENDENTE Rua Dr. Fláquer, 824 - Centro

contra na rua Marechal Deodoro funciona como agência do Santander no térreo e moradia nos outros andares.

A razão do tombamento da fachada foi por ter sido pioneiro no processo de verticalização da cidade. O imóvel foi construído em 1953, por Wallace Simonsen, que fundou o banco Noroeste e abriu a sua primeira filial no térreo de edifício. Nos oito andares acima, eram salas comerciais e apartamentos residenciais.

A parte desse prédio na rua Dr. Fláquer funciona como escritório e atendimento do Rotativo de São Bernardo no primeiro andar. No segundo, funciona o Centro de Referência e Apoio à Mulher Márcia Dangremon. Não há placa que indique o tombamento.

Em outra agência do Santander na Marechal, há um painel de 2m x 14,6m que retrata a história de São Bernardo. A obra de Adélio Sarro Sobrinho

representa os primeiros imigrantes, indústrias de móveis e automóveis e a estrutura da cidade. O painel foi pintado em 1994 e tombado em 2005.

Cultura A Câmara de Cultura Antonino Assumpção também é tombada. Hoje, abriga exposição sobre a industrialização da cidade durante a República Velha no cômodo principal. No fundo da casa, o espaço funciona como biblioteca. O interior da casa está bem conservado. Em compensação, a fachada está suja e pichada.

De acordo com a Seção de Patrimônios, o imóvel foi a primeira Câmara Municipal da antiga São Bernardo, construída por volta de 1890, que na época, envolvia todo o atual ABC. Serviu, ainda, como gabinete para prefeitos e, posteriormente, sediou a Casa dos Esportes. Foi tombada em 1987. 

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Rua Antonio Batistini, 226 - Batistini

IMÓVEL DA FAMÍLIA SETTI

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(Posto de Saúde) Rua Marechal Deodoro, 1737 - Centro

BAR EXPRESSO Rua Marechal Deodoro, 1259 - Centro

MIZUHO Estrada Particular Eiji Kikuti, 1502 - Cooperativa

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EMEB SANTA TEREZINHA Alameda Glória, 197 - Centro

CAPELA DOS QUAGLIA Estrada Velha Caminho do Mar, 3001 - Capelinha

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EDIFÍCIO ALFA DA UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO

CAPELA FAMÍLIA IMPLIGLIA

Rua do Sacramento, 230 - Bairro Rudge Ramos

(Capela Santa Cruz) Estrada do Rio Acima, 8315 - Tatetos

CIDADE DA CRIANÇA

EDIFÍCIO WALLACE SIMONSEN (BANCO NOROESTE)

Rua Tasman, 301 - Jardim do Mar

Rua Dr. Fláquer, 208 - Centro

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CIDADE

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Comércio local preserva a fidelidade dos clientes Apesar das grandes redes, lojas tradicionais movimentam mercado do bairro Fotos: Larissa Ferreira / RRJ

Larissa Ferreira

AO CAMINHAR pelos corredores do Mercado Municipal de São Bernardo, que existe há mais de 40 anos, é possível encontrar lojistas e comerciantes que, praticamente, nasceram junto com o empreendimento. O carisma dos comerciantes impulsiona as vendas, mas, acima de tudo, sela a amizade com os clientes que se tornam fiéis consumidores.

De trás do caixa de umas das lojas, Marlene Faria, 75, conta como inaugurou o açougue Cadicar.

“Eu e meu marido já tínhamos um comércio em Santo André. Mas, quando abriu a licitação para o mercado e a gente ganhou, decidimos vir para cá. Depois de um tempo, meu marido morreu e eu continuei sozinha.”

O açougue, que funciona há 48 anos, hoje é comandado por Faria e seu neto.

“Não sei se ele vai continuar. Mas eu gostaria muito”, disse a lojista. Para Marlene, que, além de comerciante, também virou cliente do mercadão, o local se tornou uma instituição no bairro.

“O mercado é muito bem visto pela clientela.”

Além do açougue, ou-

Milton Gamarra, Marlene Faria e Lúcia Ishikawa são alguns dos lojistas que fazem história no mercado municipal; Antônio Paulo, cliente da Tudo Bom, frequenta o mercado desde sua inauguração

tro comércio tradicional que compõe os corredores do estabelecimento é a Mercearia Tudo Bom. A quitanda especializada em produtos orientais foi uma das primeiras a se instalar, e está no mercado há mais de 30 anos.

Herança Hoje, comandado por Lúcia Ishikawa, 62, o estabelecimento passou do pai para a filha, e ainda atende clientes daquela época. “Tem cliente que tem uma rotina.

Vem ao mercadão todo dia pela manhã tomar café na lanchonete e passa por aqui.”

De acordo com Antônio Paulo, 62, aposentado e cliente da Tudo Bom, as principais vantagens do mercado são o preço e o atendimento. “O mercado

atende todo o pessoal da região. Os lojistas são bem antigos. Tem muita amizade entre os clientes e a gente trata as pessoas pelo nome. É muito caseiro”, completou Souza.

Mais novos Apesar da forte tradição, as lojas antigas não são as únicas que permeiam os corredores. Há 13 anos Milton Gamarra, 50, inaugurou o Empório Zanatta, uma loja de bebidas e produtos de mercearia. “Eu sempre tive vontade de ter um comércio aqui, desde 1998.

Surgiu essa oportunidade e deu certo, então a gente começou. Mas sem essa

estrutura, era uma coisa bem pequena.”

Ex-feirante, ele ressaltou a importância da perseverança para se tornar bem-sucedido. Mas, de acordo com Zanatta, há dois pontos específicos para conquistar a clientela. “Um ótimo atendimento, porque todo mundo gosta, e ter preços que sejam acessíveis e dentro da realidade.”

Apesar de ficar bem

próximo a mercados como o Extra e o Coop, o mercado municipal parece não perder clientes para a concorrência.

Segundo Gamarra, a explicação está nos produtos, pois, de acordo com o comerciante, mesmo os clientes que vão às grandes redes voltam ao mercadão. Além disso, Gamarra ressaltou uma grande diferença entre os comércios.

“No mercado grande, o cliente é só mais um. Aqui não.

Ele não é um cliente, é um amigo também.”

Rodolfo Alberto, 60, frequenta o mercado municipal há 22 anos e é um dos clientes fieis do Empório Zanatta. De acordo com o aposentado, morar próximo ao mercadão é uma vantagem, pois é possível encontrar uma grande variedade de produtos. “Às vezes, você vai no mercado grande e só tem aquilo que está na prateleira. Aqui não, se não tem num lugar as pessoas indicam um outro e você encontra. Tem mais variedade”, disse Alberto.

Saudosismo Não muito longe do mercado municipal está a Comercial Jacquey Ltda, um comércio especializado em doces que está no número 183 da rua Jacquey desde 1983. A loja, até hoje conhecida como Dillis, se tornou um ponto de referência no Rudge Ramos, e o hábito de frequentá-la passou de geração em geração entre os moradores do bairro.

O dono da loja, Kléber Athos, 62, conta que é comum os clientes, principalmente os jovens, pedirem para que a loja seja preservada. “Teve uma menina que veio aqui e ficou meio emocionada. Ela me pediu para nunca mudar a loja porque ela lembrava de uma memória que tinha com o pai, já falecido”, afirmou Athos.

Apesar das paredes revestidas de madeira e do balcão azul antigo, a loja hoje é informatizada e conta com um sistema de caixa moderno, mas não foi sempre assim. Athos lembra que no início não havia códigos de barra, as notas eram feitas à mão e conferidas pelos vendedores.

De acordo com o proprietário, apesar de não oferecer os melhores preços e da forte crise econômica, a fidelidade dos clientes continua. “Hoje há uma fase difícil, mas a clientela não deixa de comprar, só compra menos.” 

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CIDADE

De 17 a 30 de novembro de 2016

Amizade marca relação entre lojistas e clientes que frequentam o local Marcelo Argachoy

O CLIENTE gosta mesmo é de carinho, de fazer amizades. Pelo menos é isso que a reportagem constatou ao entrevistar clientes e proprietários de lojas comerciais para entender a preferência por comércios tradicionais de bairro na hora de comprar.

O Rudge Ramos, além do comércio tradicional, também tem grandes redes. O tamanho dos estabelecimentos e sua grande variedade em produtos e serviços são atrativos que fizeram esse segmento faturar mais de R$ 315 bilhões no ano passado. Mesmo com essa comodidade, ainda há consumidores que preferem fazer suas compras em mercados de bairro.

A dimensão menor dos comércios locais proporciona uma proximidade maior entre os proprietários e os clientes. É o caso do aposentado Norberto Cabral, morador da região. “É a questão da amizade. Nos conhecemos, ele não vai me vender um produto ruim.

Marcelo Argachoy/RRJ

E para trocar, é bem mais fácil do que em um supermercado”, declarou Cabral.

“Essa relação com o cliente ajuda a optar por um mercado menor. São geralmente as mesmas pessoas, então deixa de ser uma simples relação de vendedor e se torna uma amizade”, contou o proprietário do Mini Mercado Borges, Carlos dos Santos, 46.

No bolso Essa preferência pode ser comprovada por uma pesquisa feita pela Associação Paulista de Supermercados (Apas). Segundo o levantamento, os supermercados de vizinhança, como são conhecidos, tiveram um crescimento de 48% em 2015.

Esse aumento também tem sido aproveitado pelas grandes redes varejistas que têm expandido suas marcas com a criação de minimercados, buscando atender a este público.

“Você pode até pagar mais caro às vezes, mas é pela qualidade do produto. E o atendimento é mais pessoal”, declarou o

Mercados de bairro cresceram

48% em 2015, segundo a Associação Paulista de Supermercados aposentado Regno Vieira.

A relação entre o cliente e vendedor também pode resultar em facilidades ao pagar, conforme conta

Santos. “Geralmente, o comércio menor possui uma caderneta de compras. Aí o cliente pode vir e fazer um pagamento quinzenal ou mensal. Tem também entrega a domicílio.”

E não são poucas pessoas que optam pela filosofia de comprar no varejo local.

De acordo com a proprietária do Laticínios Luso-Brasileiro, Siomara Moeller, seu comércio chega a receber mais de 500 clientes em três dias.

“Temos clientes bem fiéis, desde quando a loja

SE NÃO bastasse a presença de grandes redes de supermercados na região, os proprietários de comércio mais caseiro, de pequenas lojas vêm enfrentando um outro adversário bem mais poderoso: a crise econômica. Isso implica comprar menos mercadorias, reduzir estoque e ter mais atenção no negócio.

A dona do Frios e Laticínios Universal, Débora Lopez, 39, conta que nunca enfrentou dificuldades tão grandes. A concorrência de atacadistas e mercados maiores não só interfere na clientela, mas também no caixa. “O preço dos produtos que eles compram são menores por conta da quantidade maior que pegam. Nós pegamos pouca

quantidade, pois vamos vender pouco. Sendo assim, nossos descontos com os fornecedores são menores.”

A ausência de estocagem é uma das alternativas que o comerciante Alexander do Santos, 42, adota no Mercado e Quitanda Sandy.

Embora seja uma opção, a consequência pode ser o cliente não achar o produto desejado. “Não fazemos estoque, só compramos do fornecedor o que vende.”

Os comerciantes comentam que um dos principais motivos para seus mercados continuarem de pé é a fidelidade dos clientes da região. Mesmo assim, existe a preocupação com o preço.

“Os preços dos produtos são fixos. Mas, se eles baixarem, a chance de falir é grande”, disse Débora.

Até o clima justifica a situação do negócio. Sueli An-

Siomara Moeller, proprietária do Latícinios Luso-Brasileiro, afirma que contato com clientes é o diferencial em relação à grandes supermercados

começou há 35 anos, em outro endereço”, disse Siomara, 51. “Eles se sentem um pouco como donos do estabelecimento. Se tem algo errado, eles falam, chegam inclusive a sugerir mercadorias que encontram em outros lugares. É como uma família.”  Guilherme Urso/RRJ

Lojas passam dificuldades Guilherme Urso

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tônio, 42, afirma que, além do faturamento baixo no final do mês e as altas taxas cobradas pela prefeitura, o Mercado Marabá é mais lucrativo no verão. “A seca dificulta muito, pois sempre vendemos boa quantidade de verduras e frutas. Mas neste ano, as coisas não vão bem.”

Inovação Falta de planejamento prévio, liderança e gestão empresarial são os principais motivos para um comércio falir. Segundo uma pesquisa do Sebrae, 39% dos empreendedores entrevistados não sabiam qual era o capital de giro necessário para abrir o negócio, 61% não procuraram ajuda de pessoas ou instituições e 55% não elaboraram um plano de negócios.

O consultor do Sebrae Leandro Perez afirma que

Sueli, dona do Mercado Marabá, lida diariamente com o baixo faturamento

os empresários precisam inovar. “Às vezes, uma simples mudança com a fachada, melhora de iluminação, limpeza, cartazes e produtos, organizados e bem expostos, já são aspectos que fazem os clientes se in-

teressarem pela loja.” Mas se você pretende ingressar no ramo, o economista David Heidone sugere cautela. “É bom esperar o cenário econômico se estabilizar, pois vivemos uma época de incertezas”, afirmou. 

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CIDADE

RUDGE RAMOS Jornal da Cidade

De 17 a 30 de novembro de 2016 Fotos: Alexandre Leoratti/RRJ

Moradias e comércio do Rudge Ramos são alvos de pichações

Reportagem verificou pelo menos 137 pontos com inscrições, entre os alvos estão residências, áreas comerciais, espaços públicos como praças, UBS, UPA e uma biblioteca

Pelo menos 137 lugares, em três avenidas e seis ruas da região, estavam pichados Alexandre Leoratti

MUROS, portões e prédios de moradias e comércios do Rudge Ramos estão pichados. A reportagem constatou pelo menos 137 pontos de pichações na região, incluindo muros e portões. Os alvos são, além de casas e áreas comerciais, espaços públicos como praças, UBS, UPA e uma biblioteca.

Entre os dias 8 e 22 de setembro, a reportagem percorreu as avenidas Dr. Rudge Ramos, Dacorso Filho, Caminho do Mar e as ruas Lídia Tomé, Júlio Tomé, Angela Tomé, Sacramento, Helena Jacquey e Anchieta. Em todas essas vias havia algum estabelecimento ou espaço pichado.

A maioria das pichações traz palavras de ordem, frases às vezes desconexas e palavras em inglês.

Porém a grafia tem um estilo próprio. Fica, num primeiro olhar, difícil de entender a mensagem que

o pichador quis passar. É como se estivessem feito hieróglifos (tipo de escrita feita na antiguidade por egípcios e também por indígenas americanos).

A via mais afetada foi a avenida Bispo Dacorso Filho, com 30 lugares pichados. Até a placa de identificação da Praça Dr. Aurea da Silva Vieira estava rabiscada. Outra placa, que identificava um local como ponto para entulho, na altura do número 326, também estava borrada.

Já na avenida Caminho do Mar, são os portões comerciais os maiores alvos.

Doze estabelecimentos comerciais estavam com suas entradas desenhadas por sprays. Na mesma avenida, houve mais 16 casos de pichações em muros públicos, de comércios e em casas particulares. No total, foram encontrados 28 pontos de pichação, somando portões e muros.

O comércio da rua Helena Jacquey também foi

o espaço preferencial de quem faz pichação. Foram encontrados, pelo menos, nove pontos comerciais com suas entradas afetadas. Na mesma rua, nem o muro lateral da Biblioteca Municipal Malba Tahan escapou.

Doação e lei O comerciante Justino

De Souza Charrua, 58, adotou a estratégia de fixar uma placa no muro do seu estabelecimento em que sugere doar dinheiro para instituições de caridade caso não se faça pichação no espaço.

Entretanto, de acordo com Charrua, a situação não melhorou. “Temos esse

problema de pichação há, mais ou menos, quatro anos. Já pintamos a parede do comércio três vezes”, afirmou o comerciante, que disse ter gastado R$ 1.500,00 com tinta.

A UBS e UPA Rudge Ramos também estão com suas entradas pichadas.

Os dois pilares vermelhos com o nome da UBS estão rabiscados. Na UPA, que fica ao lado da UBS, além dos pilares, há um muro lateral também afetado por pichações.

A pichação é considerada crime, conforme a lei de crimes ambientais n°9.605/98, em seu artigo 65, que prevê pena de três meses a um ano de detenção e multa. A lei também indica que, em caso de “monumento ou coisa tombada em virtude de seu valor artístico”, a detenção é de, no mínimo, seis meses.

A mesma lei foi alterada em 2011, pois em sua versão original o ato de grafitar também era criminalizado, sendo atualizada para: “Não constitui crime a prática de grafite realizada com o objetivo de valorizar o patrimônio público ou privado mediante manifestação artística[...]”

De acordo com Lucieneida Praun, socióloga e professora da Universidade Metodista, a pichação surge como uma forma de jovens deixarem suas marcas nas cidades que, para ela, estão organizadas e estruturadas para excluí-los.

De acordo com a socióloga, é necessário perguntar o que está por trás desses atos de pichação. “É uma forma de comunicação alternativa para, por exemplo, dizer o que a grande mídia não diz”, afirmou.

Segundo Katia Milan, advogada membro da Comissão de Direito Urbanístico da OAB/SP, na essência, é um ato de resistência onde há a tentativa de “sair do silêncio” ocupando o espaço urbano.

“Se por um lado o assunto deve ser analisado principalmente no campo social, por outro lado, da forma como é praticado não há como desconsiderar a criminalização”, afirmou Katia, acrescentando que, no geral, o ato de pichar vem acompanhado por descumprimentos das regras.

A Prefeitura de São Bernardo foi questionada nos dias 31 de agosto, 6 e 23 de setembro para comentar o assunto, mas não deu retorno. 

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Fotos: Emerson Mota/RRJ

Emerson Mota

Murilo Rodrigues

ESTUDAR idiomas somente com professores em salas de aulas já se tornou uma técnica ultrapassada. Grandes escolas de idiomas se adaptam à educação virtual com o objetivo de ajudar os alunos a aprender uma língua em qualquer lugar ou horário, além de tornar a aula mais divertida e interessante.

A escola Fisk, por exemplo, criou o Cyber Fisk, uma plataforma online que proporciona aos alunos treinar em casa o que aprenderam na sala de aula. Há atividades escritas, de audição para treinar a pronúncia e até jogos interativos.

Os professores aprovam o método. Jackson Dias, da unidade Fisk de São Bernardo, disse que o mais interessante do sistema é que o aluno não fica somente preso nas aulas presenciais. “É uma influência muito boa para aprendizado do aluno.”

Além do site, o Cyber Fisk conta com um aplicativo separado de cada livro para o aluno. Esse app está disponível tanto no Play Store para celulares com o formato Android quanto para Iphones na Apple Store.

Mas a Fisk não é a única. O CNA também proporciona ensino em plataformas digitais com base em seus livros didáticos. Tanto o QR Code quanto o CNA 360 são aplicativos em que o aluno pode interagir tanto de forma on ou offline com jogos interativos de acordo com o que é aprendido em sala de aula.

Por exemplo, o World Bubbles é um game interativo que proporciona aprender se divertindo. No jogo, o participante tem que montar frases em inglês como se estivesse brincando nas chamadas antigas “forcas”. O site também traz jogos musicais em que o aluno ouve um trecho de uma música e tem que completá-la com uma frase ou palavra.

Para Adriana Freitas, dona de casa e mãe

Ensino adere ao uso digital Escolas de línguas adaptam ao ensino virtual com o objetivo de facilitar o aprendizado de seus alunos da aluna Milena Freitas, 12, esse método tem dado resultado não somente no CNA como na escola também: “As notas da minha filha, após usar os jogos, melhoraram”, disse.

Já a Wizard encontrou uma solução um pouco diferente, trazendo a caneta Wizpen, em que o aluno de qualquer nível recebe com seu material. O objetivo é exercitar a pronúncia fora da sala de aula.

Para o estudante usar é

Uso de dispositivos virtuais se torna cada dia mais importante para o ensino; aplicativos e sites interativos são bem vistos pelos pedagogos

“

A convivência com professores e outros colegas ainda não foi substituída e dificilmente será.”

Rafael Gomes de Proença

Pedagogo da Escola Wizard

A caneta wizpen da Wizard tambem é um modelo tecnológico afim de ajudar o aluno fora da sala de aula

bem simples. Basta passá-la sobre uma palavra do livro. Com isso, a Wizpen emitirá um som com a pronúncia correta, tanto para o inglês quanto para o espanhol. A Wizpen funciona a base de bateria interna.

O aluno recebe um cabo USB para carregá-la, e a cada livro ele pode atualizar sua caneta ao seu nível.

Já para o pedagogo Rafael Gomes de Proença, da unidade Piraporinha da Wizard, todos devem investir nos aplicativos e plataformas usadas para o ensino. Mas ele ressalta que ainda não chega a ser uma forma de substituir o ensino dentro de sala de aula. “A convivência com professores e outros colegas ainda não foi substituída e dificilmente será.” 

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Bruna Dib

NA PROCURA por um curso de idiomas, há quem recorra a um professor particular, sob a alegação de não ter tempo hábil para frequentar uma escola. A comodidade, os horários flexíveis e o acompanhamento exclusivo fazem muitos alunos aderirem a essa prática.

“Eu trabalho e meu marido também. Fica difícil levá-lo até uma escola nos horários disponíveis. O professor em casa traz mais conforto”, afirmou a fisioterapeuta Rachel Gomes, que contratou os serviços de um professor de inglês para Matheus, 10, seu filho, duas vezes por semana.

Ser professor particular virou uma atividade comum e mais vantajosa para ele e para o aluno, uma vez que a atenção do professor para o conteúdo da aula é exclusivamente para o estudante.

“Já trabalhei em escola, mas não gostei do método de ensino. Nas aulas particulares, faço meus horários e uma avaliação do desempenho dos alunos baseados em nossas conversações, não só em nota de prova”, declarou o professor particular de inglês Vitor Bariviera.

Segundo Bariviera, quem procura as aulas

COM O mercado cada vez mais disputado, a necessidade de aprender outro idioma tem sido o objetivo de muitos jovens e adultos que desejam permanecer ou crescer no mercado de trabalho.

Segundo pesquisa realizada pela Catho, o domínio de outro idioma pode aumentar os salários em até 51,89%. O levantamento aponta também que apenas 11% dos brasileiros conseguem se comunicar bem em inglês.

Baseadas nessas informações, escolas de idioma desenvolveram métodos de curta duração para atender esse público. Na frente das escolas de idiomas, há faixas promocionais oferecendo aprendizado da língua

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Aulas particulares viram método comum Bruna Dib/RRJ

Prática de aulas particulares em casa com professor e aluno é considerada como uma alternativa para correria do dia a dia e a falta de tempo

particulares não necessariamente já possui um domínio da língua. Muitos alunos são iniciantes. o tempo das aulas pode variar de acordo com a disponibilidade do aluno e

do professor. Podem ser de uma a três horas diárias, quantas vezes na semana forem necessárias. As aulas particulares são para todas as idades.

Os valores do ensino

Escolas de idiomas e suas promessas de tempo Cristian Chagas

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de Shakespeare entre 12, 18, 24 e 60 meses.

Para quem busca uma alternativa rápida e prática, os cursos de curta duração são uma alternativa que tem atraído cada vez mais público, segundo Arlete Silvério, 37, diretora da escola UpTime São Bernardo, que oferece aprendizado em 12 meses. “A procura é maior por pessoas entre 25 e 40 anos, que perderam oportunidades de emprego por não dominar o inglês.”

Mas há quem duvide da eficácia dos métodos compactos. Uma delas é a estudante de biomedicina Renata Venâncio, 19, que na hora de escolher uma escola de idiomas optou pelo método tradicional, mesmo sabendo o tempo que isso custaria. “Aprender outro idioma é muito complexo para tão pouco tempo.”

particular, em que há um reforço na conversação, variam. “Hoje, tenho dois alunos. Dou o mesmo número de aulas diárias que eu dava na escola. Mas ganho bem mais hoje”, afirmou Divulgação/UpTime

Para o pedagogo Rafael de Proença, 27, o método de curta duração não funciona.

“Dizer que um aluno vai estar fluente em 12 meses é delimitar o tempo, mas cada pessoa tem seu tempo para aprender”, disse.

Autodidatas Além das pessoas que recorrem a escolas ou aulas particulares para aprender outro idioma, existem também as que aprendem outra língua sozinhas, são os chamados autodidatas.

Bariviera. Normalmente, um professor iniciante cobra entre R$ 30 e R$ 40 a hora. Já os que estão há mais tempo ensinando podem cobrar até R$ 120 pelo mesmo período.  Cursos de línguas prometem prazos variados para proficiência em outro idioma

A vontade de aprender muitas vezes é maior que do ter alguém capacitado para ensinar e tempo disponível para isso. A estudante de tecnologia em jogos digitais Gabriela Albuquerque, 20, disse que aprendeu inglês sozinha.

Segundo ela, seu primeiro contato com o idioma foi aos 16, por meio de séries assim como Friends e Game of Thrones.

Outro estímulo veio da família. Sua avó, que é professora do idioma, sempre a incentivou a estudar sozinha. Em caso de dúvida, recorria a ela. “Sempre tive muita facilidade com o inglês e, quando comecei a jogar e a me interessar por programação, meu contato com o idioma aumentou, foi quando comecei a me dedicar de verdade.” 

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