Rudge Ramos Jornal - Edição 1.075

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Produzido pelos alunos do Curso de Jornalismo

De 27 de setembro a 17 de outubro de 2018

ANO 38 - Nº 1075 Arquivo pessoal

» SAÚDE

» PROJETO

Frequentadores do Parque Salvador Arena conhecem benefícios do yoga ao ar livre

“Cozinheiros da Alegria” misturam receitas e solidariedade na luta contra o câncer infantil

Pág. 10 e 11

Pág. 4

Letícia Rodrigues / RRJ

TECNOLOGIA A FAVOR DA DEMOCRACIA Aplicativos e sites auxiliam eleitores na escolha de candidatos, de acordo com propostas e ideias, e na fiscalização dos trabalhos durante os mandatos. Primeiro turno das eleições será no dia 7 de outubro. Pág. 3

» MEIO AMBIENTE

Dia Mundial Sem Carro: um alerta sobre a liberação de gases de efeito estufa no ar Pág. 5

Maristela Caretta / RRJ


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CIDADE

RUDGE RAMOS Jornal da Cidade

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Bibliotecas de S.Bernardo têm consulta ao acervo pela Web

CENTRO OFERECE CURSOS NO RUDGE COM PREÇOS ACESSÍVEIS

Serviço foi disponibilizado no mês passado e deve agilizar o atendimento Mayra Clemente

AS BIBLIOTECAS públicas de São Bernardo foram pioneiras no processo de informatização do acervo. Desde a década de 1970, utiliza o sistema TAUBIPE (Total Automação de Bibliotecas Públicas e Especializadas), desenvolvido em parceria entre o Departamento de Processamento de Dados e o Departamento de Bibliotecas Públicas. Com o passar do tempo,

Rudge Ramos JORNAL DA CIDADE editorial@metodista.br Rua do Sacramento, 230 Ed. Delta - Sala 141 Tel.: 4366-5871 - Rudge Ramos São Bernardo - CEP: 09640-000 

Produzido pelos alunos do curso de Jornalismo da Escola de Comunicação, Educação e Humanidades da Universidade Metodista de São Paulo

as mudanças de equipe e a descontinuidade das atualizações, o sistema passou a não atender mais às necessidades dos serviços de informação. A grande mudança veio em 2013, com o acesso à internet e o início da digitalização dos livros. Entretanto, somente em 2017 esse processo foi concluído. José Ricardo Quaglio, encarregado pelo serviço de informatização das bibliotecas públicas do município, diz que a infor-

matização traz mudanças relativas ao controle e gerência do acervo em rede e na agilidade dos serviços de atendimento. “Com o novo sistema dá para saber os materiais existentes, em quais unidades temos os títulos, quais estão emprestados, danificados e aqueles com maior fluxo de circulação”, explica Quaglio. A chefe de seção Lucimara de Almeida comenta sobre a utilização do sistema. “Ainda é muito cedo

DIRETOR Kleber Nogueira Carrilho COORDENADOR DO CURSO DE JORNALISMO Eduardo Grossi EDITORA-EXECUTIVA Eloiza Oliveira (MTb 32.144) EDITORA DO RRJ Camila Escudero (MTb 39.564) EDITOR DE ARTE José Reis Filho (MTb 12.357) ASSISTENTE DE FOTOGRAFIA Maristela Caretta (MTb 64.183) EQUIPE DE REDAÇÃO - Andressa Navarro, Ariel Correia, Camila Falcão, Camilla Thethê, Flávia Fernandes, Gabriel Batistella, Giovanna Vidoto, Giulia Marini, Giulia Requejo, Gustavo Garcez, Helena Tortorelli, Letícia Rodrigues, Luchelle Furtado, Luis Henrique Leite, Marcelo Hirata, Mayara Clemente, Natália Rossi, Victor Augusto e alunos do curso de Jornalismo.

para avaliar, pois o acervo está disponível desde o dia 19 de agosto. Estamos acompanhando o acesso, que está crescente, a repercussão nas bibliotecas e no serviço de atendimento e fazendo melhorias na página. Porém já tivemos comentários positivos de quem utilizou”, afirma. O catálogo de todas as bibliotecas públicas para consulta dos usuários pode ser acessado por meio do site: http://bibliotecapublica.saobernardo.sp.gov.br. 

CONSELHO SUPERIOR DE ADMINISTRAÇÃO Valdecir Barreros (presidente), Aires Ademir Leal Clavel (vice-presidente). Conselheiros titulares: Almir de Oliveira Júnior, Andrea Rodrigues da Motta Sampaio, Cassiano Kuchenbecker Rosing, Marcos Gomes Tôrres, Oscar Francisco Alves Jr., Recildo Narcizo de Oliveira, Renato Wanderley de Souza Lima. Suplentes: Eva Regina Pereira Ramão e Roberto Nogueira Gurgel. Esther Lopes (secretária) e bispa Marisa de Freitas Ferreira (assistente do Conselho Geral das Instituições Metodistas de Educação). DIRETOR GERAL - Robson Ramos de Aguiar DIRETOR DE FINANÇAS, CONTROLADORIA E GESTÃO DE PESSOAS - Ricardo Rocha Faria DIRETOR DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO, COMUNICAÇÃO E MARKETING - Ronilson Carassini

O Centro Comunitário São João Batista localizado no Rudge, na Rua Rafael Thomé,72, está instalado num pequeno prédio de três andares há aproximadamente 30 anos e, integra o complexo da Paróquia São João Batista. “O centro funciona como um núcleo pastoral para nós, oferecemos catequese, primeira eucaristia e crisma, mas também acontecem as reuniões pastorais. É um lugar para formação “, explica o pároco Roberto Alves Marangon. Para se manter e movimentar o espaço, a paróquia resolveu promover novas atividades. Além de cursos básicos como dança do ventre, dança de salão, yoga, ballet, jazz e até de cuidadores de idosos, há também atendimentos de acupuntura, psicopedagógico para crianças com dificuldade de aprendizado e reuniões de auxilio as pessoas usuárias de droga. Informações pelo telefone: (11) 41775548. (Ariel Correia)

DIRETOR NACIONAL DE ENSINO SUPERIOR - Fabio Botelho Josgrilberg DIRETORA NACIONAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA - Débora Castanha de Barros

GERENTE JURÍDICO - Rubens Gonçalves

REITOR: Paulo Borges Campos Jr.; Coordenadora de Graduação e Extensão: Alessandra Maria Sabatine Zambone; Coordenadora de Pós-Graduação e Pesquisa: Adriana Barroso Azevedo; Coordenador de EAD: Marcio Oliverio. DIRETORES - Nilton Zanco (Escola de Ciências Médicas e da Saúde), Kleber Nogueira Carrilho (Escola de Comunicação, Educação e Humanidades), Carlos Eduardo Santi (Escola de Engenharias, Tecnologia e Informação), Fulvio Cristofoli (Escola de Gestão e Direito) e Paulo Roberto Garcia (Escola de Teologia).


RUDGE RAMOS Jornal da Cidade Éverton Siqueira

AS ELEIÇÕES de 2018 serão a disputa mais tecnológica da história brasileira. Em um cenário dominado pelas redes sociais, permeado por incertezas quanto à interferência de robôs virtuais e à disseminação de informações falsas (as chamadas fakenews), a tecnologia é vista como vilã da corrida eleitoral. Algumas iniciativas digitais, no entanto, tentam mostrar que também é possível utilizar a inovação como aliada da democracia brasileira. O aplicativo Poder do Voto auxilia eleitores a fiscalizar e a enviar demandas aos políticos com mandato vigente. Segundo um estudo realizado pelo app, intitulado Monitor Democracia 2.0, no primeiro semestre deste ano, mais de sete milhões de pessoas acessaram iniciativas digitais que compõem os três segmentos avaliados pela pesquisa: monitoramento de atividades de políticos, auxílio na escolha de candidatos, além de ações voltadas à educação para cidadania. Para Mario Mello, fundador e CEO do Poder do Voto, que atua principalmente no pós-eleição, a grande contribuição desses projetos é a transparência. “Existia muita informação disponível na internet, mas o grande desafio era simplificar esses dados respondendo perguntas simples, como fizemos em três questionamentos: Em quem você votou? Como você acompanha o candidato? Ele te representa?”. Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apontam a existência de mais de 27 mil candidatos a Assembleias Legislativas e à Câmara Federal, média superior a 17 concorrentes por vaga. Como consequência, o alto número de postulantes acaba confundindo o eleitor e dificultando as escolhas. Quase 80% das pessoas não se lembram em quem votaram para o parlamento na eleição de 2014, segundo levantamento da empresa de pesquisas Ideia Big Data. Entre os motivos para que “a escolha dos deputados fique relegada ao segundo plano”, o coordenador do aplicativo Vota SP, André Bordignon, cita a “concorrência por visibilidade com candidatos a cargos do executivo e, até mesmo, ao Senado”, levando “as pessoas a encontrarem dificuldades para es-

POLÍTICA

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Tecnologia a favor do voto nas eleições deste ano

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Aplicativos e sites auxiliam eleitores a definir perfil de candidatos para votar Éverton Siqueira/RRJ

EM TEMPO No próximo dia 7, os brasileiros vão às urnas para a escolha do novo presidente do país, dos governadores dos Estados e dos deputados estaduais, federais e senadores

colher seus representantes”. Bordignon acredita que os aplicativos podem suprir a disparidade de espaço dado pela mídia a cargos do executivo e do legislativo. “Quando você coloca uma ferramenta com questões que os candidatos têm que se posicionar, a escolha do eleitor é facilitada, porque ele vai se colocar frente às mesmas questões [respondidas pelos usuários]”. O estudo do Poder do Voto também indicou 15 projetos que têm como objetivo disponibilizar informações, por meio de testes, para que o cidadão faça sua escolha, ou acompanhe o trabalho dos políticos. O funcionamento desses sites e apps é similar, variando a metodologia em alguns casos. Um exemplo é o Tem Meu voto. Inspirado em aplicativos de paquera, como o Tinder, faz com que

o usuário escolha entre afirmações sobre temas pré-definidos para que encontre candidatos que mais se alinhem ao perfil indicado. “O objetivo principal do Tem Meu Voto é ajudar os eleitores a escolher os candidatos ao legislativo que mais se parecem com sua visão de mundo”, explica Christian Miguel da Silva, diretor de comunicação do app. No final, o usuário dá “Match” em quem mais tem afinidade com suas ideias. Na avaliação do cientista político Eliel Cardoso, do Centro Universitário Santo André, este ciclo eleitoral é menos sobre políticas públicas e mais sobre valores. “As pessoas estão usando o posicionamento dos candidatos como uma medida do quanto a visão de mundo dele é parecida com a do eleitor”. Eliel Cardoso avalia

Usuários de sites e aplicativos voltados às eleições opinam sobre afirmações para encontrar candidato compatível com suas ideias

ainda que o uso de ferramentas tecnológicas no processo eleitoral racionaliza o debate, mas pondera, no entanto, que ainda não é possível estimar o impacto delas no eleitorado. “É um elemento interessante, porque traz a discussão para o terreno concreto da política pública, mas não se sabe se isso terá efeito no comportamento do eleitor, porque a experiência é novíssima”. O estudante de Relações Internacionais da Universidade Federal do ABC Renato Billota, 20, acredita que os aplicativos e sites tornam mais simples o acesso à informação. “O método tra-

dicional de buscar conhecer candidatos a deputado é a propaganda eleitoral (que é raso) ou buscar santinhos. Nem sempre esses recursos mostram a opinião do candidato sobre certos assuntos”. Apesar de terem se popularizado nos últimos meses, as iniciativas digitais voltadas à eleição ainda são minoria entre os meios levados em conta para decidir os votos do dia sete de outubro. “Minha família ainda escolhe de forma mais tradicional. Já na universidade, alguns colegas escolhem por partido, outros pesquisam mais a fundo”, diz o estudante de Química da UFABC Matheus Lopes, 23. Tão importante quanto a escolha do voto é fiscalizar o trabalho desempenhado pelos eleitos, que terão de defender os ideais que os conduziram à vitória. A tecnologia pode ter importante papel também na futura cobrança aos políticos. “Há aplicativos que acompanham se o eleitor está sendo coerente, nas votações, com o que foi prometido em campanha”, ressalta André Borges Martins, secretário-executivo do movimento Pacto pela Democracia. Mesmo com a contribuição dos apps para o aumento do nível de participação dos cidadãos na política, o professor Eliel Cardoso ressalta que a sensação de maior integração não necessariamente se efetiva na prática. “Uma coisa é a percepção subjetiva que o eleitor tem pelo aumento da oferta de material de acompanhamento político, mas o quanto as instituições, partidos e candidatos são permeáveis a uma futura pressão da cidadania ainda é algo indefinido”, finaliza. 


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REGIÃO

RUDGE RAMOS Jornal da Cidade Fotos: Vitória Merola de Oliveira/RRJ

Vitória Merola de Oliveira

FARINHA, fermento, sujeira. Assim são as divertidas aulas de gastronomia realizadas no Instituto Ronald McDonald’s, em Santo André. O projeto “Cozinheiros da Alegria” existe há sete meses e conta com o auxílio de mais de 25 voluntários que levam um pouco de distração às crianças vítimas de câncer atendidas pela instituição. A idealizadora da ação, Sheila Lima, é professora na Fatec São Bernardo e explica como o projeto começou. “Conheci a Casa Ronald McDonald’s de Moema (São Paulo) em uma ação também voluntária. Lá, despertou em mim uma vontade de fazer mais. Decidi ajudar com o que eu mais amo que é ensinar. Criei um projeto e apresentei para o Instituto Ronald McDonald’s de Santo André. Assim que eles aprovaram, começamos”. Segundo ela, o trabalho tem sido “maravilhoso” e a cada encontro o número de voluntários aumenta. “As crianças adoram”. A voluntária Késia Veiga é uma das que atua no projeto. Ela conta que eles chegam quatro horas antes das crianças para que seja possível organizar o espaço e montar uma mesa de café da tarde para os participantes. “Enquanto os alimentos que preparamos aqui com as crianças estão assando, por exemplo, elas se distraem com brinquedos que deixamos pelo espaço”. Durante esse período, há recreadoras que ajudam também. Os pais também participam e ganham com a atividade. Joanna D’arc da Silva, mãe do Pedro Augusto da Silva, conta como a ação voluntária auxilia na melhora do quadro clínico do filho. “O Pedro saiu do coma em novembro, ficou muitos meses fazendo exames e vivendo em hospitais. Esse tipo de interação é importante. Fico feliz em vê-lo sorrindo, conversando com outras crianças. E para nós que somos pais é bom também, esquecemos um pouco do sofrimento”. Os encontros duram em média três horas e são realizados no segundo domingo do mês. As crianças recebem toucas e aventais descartáveis e o aval de poder se divertir enquanto literalmente colocam a mão na massa. Não há um núme-

“Cozinheiros da Alegria”ajudam crianças com câncer Projeto voluntário no Instituto Ronald McDonald’s, em Santo André, mistura receitas com solidariedade

ro exato de participantes em cada edição, tudo depende de quantas crianças estão na Casa no momento.

A maioria dos voluntários é composta por alunos de gastronomia que a idealizadora convida nos locais

que dá aula. “Começamos com dez participantes e estamos crescendo”, diz Sheila Lima.

Acima: Atualmente 23 famílias residem no Instituto Casa Ronald McDonald Sto. André. Crianças em tratamento contra o câncer recebem até seis projetos voluntários por mês. Abaixo: Equipe “Cozinheiros da Alegria”

Liduina Marretti é outra voluntária do projeto. Ela conta que os alimentos preparados com as crianças são feitos a partir de doações de produtos. “O projeto aceita doações de ingredientes necessários para a confecção de pães e bolos”. Para realizar doações, basta entrar em contato pelo site do projeto, no endereço www.cozinheirosdaalegria. com.br. Rosemeire da Silva, analista de relacionamento da Casa Ronald McDonald’s, reforça a importância de projetos como esse em Instituições Assistenciais. Atualmente, a entidade conta com seis projetos como esse. “A Sheila promove uma interação gigante dentro da Casa, inclusive envolvendo uma parte importante do processo de melhora das crianças: os pais. A alegria é contagiante e é muito bom para todos ter essa ocupação nos finais de semana”.


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MEIO AMBIENTE Fotos: Shamuel Bailão/RRJ

Campanha foi oficializada pela Comissão Europeia em 2000 e se expandiu por diversos países, entre eles, o Brasil

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aquecendo e provocando o famoso aquecimento global”. Para Viviane, campanhas como o Dia Mundial Sem Carro são importantes para a conscientização, mas somente haverá uma redução efetiva de GEE se participarem tanto o governo quanto a população. “Precisam ser feitas políticas adequadas, investimento em veículos elétricos, mecanismos de fiscalização eficientes e por aí vai”. Quanto às pessoas, a professora afirma que ações como caronas solidárias, o uso do transporte público e alternativo, como as bicicletas, precisam se tornar um hábito. “Porque um dia só não vai causar o impacto positivo que se precisa, mas é importante no sentido de chamar a atenção para o problema”. A reportagem saiu às ruas e verificou que, no bairro do Rudge, a adesão foi pequena, uma vez que muitos carros trafegavam pelas principais avenidas. apesar de ser sábado. Daniel Paulussi, 36, morador de São Bernardo, parAutomóveis liberam gases de efeito estufa (GEE) no ar, como CO2 e metano ticipou da campanha no ano passado. De acordo com ele, a experiência foi boa, indo Shamuel Bailão de bicicleta até o trabalho, porém reclama que há poucas ciclovias na cidade. “Até NO ÚLTIMO dia 22, foi sabemos de alguns passeios celebrado o Dia Mundial organizados de bicicleta de Sem Carro, evento que busvez em quando, mas poderia ca conscientizar a população ter um investimento maior”. sobre os problemas do excesAlém disso, segundo Pauso de automóveis nas ruas, lussi, ainda falta estrutura como o congestionamento e nas empresas para “tomar a poluição do ar. A data, que banho e se trocar depois de incentiva os cidadãos a deium trajeto feito a pé ou de xarem de usar seus carros bicicleta, por exemplo. por um dia, foi oficializada Já Vailton Vitor da Silpela Comissão Europeia em va trabalha no Rudge e 2000, após algumas campadesconhecia a data. Apesar nhas isoladas em cidades da de gostar da ação, ele conta França, do Reino Unido e da que não compensa particiIslândia a partir de 1997. No par se a data for em um Brasil, há movimentos readia útil, devido ao custo do lizados no município de São ônibus até o trabalho. “Fica Paulo desde 2003, se estencaro, porque eu teria que dendo para outras regiões, Professora de Egenharia Ambiental alerta para o perigo do aquecimento global causado também pelos veículos pagar dez passagens, cinco incluindo São Bernardo, para vir e cinco para voltar. Santo André e Diadema. Pereira Alves, professora de simas, causando oscilações quando “a Terra fica cober- No meu caso, sai mais em Uma das metas do Dia Engenharia Ambiental na dos recursos hídricos e das ta por uma nuvem de po- conta eu vir de carro porMundial Sem Carro é com- Universidade Metodista de temperaturas, além de não luentes, enquanto o ar que que. São cinco passagens, bater a emissão de gases São Paulo, esse excesso de termos mais as estações do está entre a superfície ter- digamos que custa R$ 4,40 de efeito estufa (GEE) na CO2 liberado pelos automó- ano definidas como antiga- restre e esses poluentes não cada, daria mais de R$ 20. atmosfera, especialmen- veis provoca as alterações do mente”, explica Viviane. consegue circular, ficando Isso só a vinda. Se contar a te gás carbônico (CO2) e aquecimento global. “Suas Ainda de acordo com a em uma estreita faixa do volta, é o dobro, então, não metano. Segundo Viviane consequências são violentís- professora, isso acontece planeta. Essa faixa acaba tem condições”.

Dia Mundial Sem Carro alerta sobre poluição


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Tayla Santos

CONTATO com a natureza. Concentração. Relaxamento. Tranquilidade. Essas são as experiências vividas por quem faz yoga ao ar livre. No parque Salvador Arena, no Rudge, há um exemplo de grupo que se reúne semanalmente para praticar, como forma de renovar as energias diante do cotidiano de uma vida agitada. A prática é milenar e tem como objetivo unir o corpo e a mente. No Brasil, desde 1936, o yoga ficou conhecido em diversas partes do país por estar diretamente ligado à saúde e ao bem estar. Porém, a atividade ainda está associada a estúdios e academias quando, na verdade, o contato com a natureza é algo sugerido pela cultura do exercício. “A prática ao ar livre é um desafio, pois a concentração exigida é maior do que em estúdio, por exemplo”, disse a professora Bruna Paludetti, 30, que dá aulas ao ar livre há um ano. Segundo ela, o barulho urbano acaba contrastando com os sons da natureza, o que requer um esforço maior da mente. Bruna ainda disse que, nas aulas, aborda diferentes modalidades do yoga. Nomeado como integrativo, o exercício reúne mais de um

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Saiba os benefícios do yoga ao ar livre No parque Salvador Arena, praticantes destacam contato com a natureza para facilitar concentração e equilíbrio Arquivo Pessoal

Grupo exercita semanalmente a posição “Saudação ao Sol”, uma das mais conhecidas do yoga

estilo na mesma turma. “Na minha aula, todos podem fazer. Eu consigo ter vários alunos diferentes”. Joana Ramos, 19, é estudante de fotografia e

faz yoga há um ano. Ela diz que gosta de praticar ao ar livre por diversos motivos. “Quando se está em contato com a natureza, você fica mais concentrado e conse-

gue perceber o equilíbrio entre corpo e mente”. A estudante ainda disse que o exercício melhorou a flexibilidade e se sente mais conectada com

seu corpo, além de auxiliar questões emocionais. “Hoje, consigo enfrentar e refletir sobre os problemas do dia a dia com menor dificuldade do que antes”. Moradora do Rudge, a gerente de vendas Cristiane de Castro Capecci, 30, também fala sobre o contato com a natureza ao praticar o exercício ao ar livre. “A concentração vem dessa energia do barulho das árvores e dos pássaros”, disse a aluna que faz yoga há oito meses e já sente mudanças significativas no corpo e na mente. Essa também é a sensação da bioarquiteta Arianne Costa Azevedo, 29. Ela conta que, ao menos uma vez por mês, procura espaços abertos para a prática do yoga. Segundo Arianne, quando o local tem a presença de animais ela acha mais curioso. “É interessante observar como, por muitas vezes, a energia acaba atraindo os animais”. Praticante desde 2014, Arianne costuma frequentar o Parque Central, em Santo André, outra opção na região para a prática de yoga em ambientes abertos. “Quando estamos ao ar livre um animal pode se aproximar, ou pode chover, ventar; o sol aparecer. Tudo pode acontecer e isso é bom, é da natureza”. 


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Benefícios vão do corpo à mente Thalita Ribeiro

PARA quem está em busca de uma vida mais saudável, o yoga pode ser uma opção. O exercício trabalha e fortalece os músculos, além do desenvolvimento da autoconsciência e controle das emoções. Profissionais da área também afirmam que doenças como depressão e ansiedade podem ter a prática como auxílio ao tratamento. O yoga foi incluído no Programa da Academia de Saúde do SUS (Sistema Único de Saúde), em abril de 2011. Em 2017, o Ministério da Saúde divulgou um panorama sobre o projeto, com base nas atividades ocorridas em 2016. O yoga aparece entre as atividades mais praticadas pelos participantes. Para a professora e psicóloga da Universidade Metodista de São Paulo

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Suzana de Mello Contieri, a atividade oriental é diferenciada por ter um caráter multidisciplinar. “Tem como base uma visão global e interdependente entre o ser humano e o mundo”, disse. Ela acredita também que o yoga pode proporcionar um bem estar geral por auxiliar no controle das emoções. Ainda de acordo com Suzana, o yoga costuma ajudar no processo de autoconhecimento, autoconfiança e concentração. “Essa atividade física em particular tem sido utilizada como um dos recursos para melhoria da qualidade de vida no trabalho, pois visa a saúde integral do ser humano”. A psicóloga também disse que há estudos científicos que relacionam o yoga à psicologia, em especial nas áreas psicossomática (doenças com origem na mente) e

coping (enfrentamento). A professora de Educação Física Flávia Correia Salvador, de São Bernardo, cita benefícios do yoga que vão além da flexibilidade e força física. Para ela, a prática do exercício proporciona uma limpeza interna do corpo e da mente. “Com o tempo de prática, você vai notando o que te faz mal e para de consumir coisas que são tóxicas”. A educadora física dá aulas particulares e diz que nota diferença na flexibilidade corporal de seus alunos. Ela acrescenta que as pessoas procuram no yoga um complemento de treinos físicos. Partes do corpo como abdômen e perna estão entre os mais trabalhados. Cuidados Flávia também disse que, a princípio, qualquer pessoa pode praticar yoga, o importante é ir procurar orientação médica, como em outros tipos de exercício físico. Porém, faz ressalva para quem já tem problemas de saúde. “De repente, uma pessoa que tem uma hérnia de disco, por exemplo,

SAÚDE

POR QUE PRATICAR?

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Desenvolve o bem estar geral Ajuda no controle de emoções Estimula o autoconhecimento Fortalece a autoconfiança Exercita a concentração Melhora a qualidade de vida Atua no fortalecimento Trabalha a flexibilidade INDICAÇÃO PARA QUEM SOFRE DE: Depressão Ansiedade Pressão alta

precisa vir à aula com uma prescrição do médico porque é perigoso”. No caso das grávidas, a professora diz que a gestação não é um impeditivo, basta o exercício físico ser adaptado, em força e intensidade. A fase da gravidez também vai

influenciar na readequação do yoga, ou até mesmo na interrupção, caso esteja próximo do nascimento do bebê. Fora esse cuidado, Flávia acredita que o exercício é um benefício neste momento da mulher. “Só traz coisas boas”, finaliza. 

Nielly Nunes/RRJ

São inúmeros livros que indicam quais são os benefícios do corpo e da mente de quem pratica o Yoga

Yoga é mais que uma prática corporal Nielly Nunes

ORIGINADO de uma sociedade tântrica que existiu na Índia, o yoga se popularizou como uma prática, sobretudo corporal, que promove melhoras físicas. Porém, de acordo com a cultura in-

diana, a atividade é muito mais do que exercícios para o corpo. Segundo o livro “Asana Paranyama Mudra Bandha”, do escritor indiano Swami Saraswati, o yoga “é um auxílio para estabelecer um novo modo de viver, que envolve tanto a realidade

interior, como a exterior”. A palavra yoga significa “união” ou “unidade”, justamente por unificar e balancear a harmonia da mente, corpo e emoções. Durante a história do yoga, as tradições foram transmitidas oralmente, portanto não existe data exata de seu surgimento. Os mestres, denominados gurus, ensinavam as técnicas ao seus alunos em segredo, por esse motivo os registros ficaram escondidos. Na mitologia, algumas tradições

acreditavam que o yoga foi um presente dos deuses para os homens sábios. Segundo o autor, no século XI a.C., o líder Gautama Buddha trouxe o ideal da meditação, “mas logo os mestres perceberam as limitações dessa visão”. Foi um acontecimento importante que agregou à prática, conhecimentos que visam a auto-realização íntima. No Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Yoga Integral, a atividade teve início oficialmente em

1935, com a chegada do mestre francês Swami Asuri Kapila, em Porto Alegre. Muitas pessoas vinculam o yoga com a ideia de uma prática religiosa, principalmente por ele estar presente em rituais budistas. Regina Shakti, mestre de Yoga do Ashram, explica que a prática não tem base religiosa. “O budismo é posterior ao yoga, surgiu há cerca de 2500 anos. Yoga não é religião, mas é divino. Pessoas de qualquer religião se conectam melhor com o poder superior quando fazem yoga”. Mas a prática não é restritiva a quem não possui crença. Ao longo dos anos, escolas foram instaladas no país, ensinando práticas que vão além de exercícios físicos. Swami Saraswati afirma que “o yoga proporciona um meio às pessoas para encontrarem seu próprio caminho de se conectar com a verdadeira essência. Por meio desta conexão com o verdadeiro ser, torna-se possível as pessoas manifestarem harmonia”. 


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