RROnline - Edição 1.014

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Rudge Ramos JORNAL

São Bernardo do Campo 4

DA CIDADE

de

28 de Fevereiro a 13 de Março de 20144 Ano 334 Nº 1.014 MARISTELA CARETTA/RRJ

Carnaval BRUNA TOLEDO/RRJ

Cidade se prepara para receber os desfiles das dez escolas de samba nos dias 1º e 2 de março.

Págs. 6 e 7

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BAETA NEVES MARISTELA CARETTA/RRJ

Moradores reclamam do trânsito, buracos das calçadas e falta de médicos; mas acham local privilegiado. Págs. 4 e 5

3STAND UP PADDLE 4GASTRONOMIA

Prática do esporte Crianças aprendem tem custo alto, mas em cursos como vira mania no ABC preparar refeições Págs. 8 e 9

Págs. 10 e 11

2

POLÍTICA

- Rudge Ramos Jornal

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De 28 de Fevereiro a 13 de Março de 2014

DE OLHO NA CÂMARA

Discussão sobre CPI barra as votações na Câmara

LEONARDO VANTINI/RRJ

LEONARDO VANTINI ALYSSON RODRIGUES

q Na sessão do dia (26), nenhum dos quatro projetos que estavam na pauta de votação da Câmara de São Bernardo foi apreciado. Houve um trancamento da votação para discutir se implanta ou não uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), a pedido da oposição, para investigar supostas irregularidades da prefeitura na compra de calçados escolares, que já é alvo de investigação por parte do Ministério Público do Estado.

O autor do pedido de instalação da CPI é o vereador Júlio Fuzari (PPS), líder da bancada que faz oposição ao prefeito Luiz Marinho (PT). Fuzari criticou a bancada governista, que é maioria na Casa, por não dar os votos necessários para a instalação da CPI. De acordo com o vereador, é importante a instalação da comissão porque as empresas que participaram da venda dos calçados para a prefeitura eram eliminadas da licitação antes mesmo de poder concorrer à oferta.

Segundo ele, as licitações eram dirigidas. A prefeitura foi procurada para comentar, mas não deu o retorno. Desde que o caso foi divulgado, a administração sempre negou qualquer irregularidade na compra dos calçados.

Já o líder da base governista na Câmara, vereador José Ferreira (PT), criticou a atitude

ACESSE Rudge Ramos

Online

HORTA Feira comercializa verduras sem agrotóxicos em São Bernardo http://goo.gl/OxrRmL DANÇA Bailarinas de São Bernardo ganham título em Festival Internacional em Berlim http://goo.gl/Zg4i92 INFANTIL Cidade da Criança baixa preço do ingresso no Carnaval http://goo.gl/pvml92 ECONOMIA São Bernardo economiza R$ 245 mil por ano com recuperação de placas http://goo.gl/SFoNur SAÚDE Universidade Metodista oferece atendimento gratuito a pessoas diabéticas http://goo.gl/cV2b7m ATENDIMENTO

Líder da oposição Júlio Fuzari (PPS), ao centro, discute com vereadores da base a aprovação da CPI dos uniformes de Fuzari. “Ele está fazendo um espetáculo. O Ministério Público já está investigando e trazendo os dados, portanto não necessita instaurar a CPI dos Uniformes”, disse Ferreira.

Ainda de acordo com Ferreira, o caso foi comunicado pelo governo federal para o Cade (Conselho Administrativo de Defesa

4 CONSELHO DIRETOR - Stanley da Silva Moraes - Presidente, Nelson Custódio Fér – Vice - Presidente, Rev. Osvaldo Elias de Almeida - Secretário, Jonas Adolfo Sala, Aureo Lidio Moreira Ribeiro, Kátia de Mello Santos, Augusto Campos de Rezende, Marcos Vinicius Sptizer, Aires Ademir Leal Clavel, Oscar Francisco Alves Junior, Regina Magna Bonifácio de Araújo - Suplente, Valdecir Barreros - Suplente.

4REITORIA - Reitor - Marcio de Moraes, Pró-Reitora de Graduação - Vera Lúcia G. Stivaletti, Pró-Reitor de Pós-Grad. e Pesquisa - Fábio Botelho Josgrilberg 4DIRETORES - Sérgio Roschel (Diretor de

Econômica), que é vinculado ao Ministério da Justiça.

INVESTIGAÇÃO O Ministério Público (MP) do Estado de São Paulo apontou superfaturamento de cerca de R$ 3 milhões na compra de calçados escolares pela Prefeitura de São Bernardo. O parecer técnico do MP, apresentado nesta quarta-feira (26) pelo vereador Júlio Fuzari (PPS), indica um sobrepreço de 95% em relação a compras semelhantes realizadas pela cidade de Santos.

Finanças e Controladoria), Daví Nelson Betts (Diretor de Tecnologia e Informação), Paulo Roberto Salles Garcia (Diretor de Comunicação e Marketing), Débora Castanha (Diretora do Ensino Básico), Carlos Eduardo Santi (Faculdade de Exatas e Tecnologia), Jung Mo Sung (Faculdade de Humanidades e Direito), Fulvio Cristofoli (Faculdade de Gestão e Serviços), Luiz Silvério Silva (Faculdade de Administração e Economia), Paulo Rogério Tarsitano (Faculdade de Comunicação), Rogério Gentil Bellot (Faculdade de Saúde) e Paulo Roberto Garcia (Faculdade de Teologia).

4COMUNICAÇÃO - Paulo Salles (Diretor).

Segundo o MP, em 2009, a prefeitura adquiriu tênis para estudantes por R$ 30,25. Já o município de Santos realizou compra semelhante pagando R$ 15,53. De acordo com o parecer, o tênis dos alunos santistas, além de sair mais em conta, apresenta melhor qualidade. O sobrepreço apontado pelo MP foi de R$ 2.483.322,88 pelos 168 mil pares comprados pela administração de São Bernardo, quantia que, atualizada para março de 2013, representa R$ 3.028.726,20. A prefeitura nega o sobrepreço. g

JORNAL

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RUDGE RAMOS JORNAL - PUBLICAÇÃO DO CURSO DE JORNALISMO DA FAC

DIRETOR - Paulo Rogério Tarsitano COORDENADOR DO CURSO DE JORNALISMO - Rodolfo Carlos Martino.

REDAÇÃO MULTIMÍDIA - Editor-chefe - Júlio Veríssimo (MTb 16.706); EDITORA-EXECUTIVA E EDITORA DO RRJ - Margarete Vieira (MTb16.707); EDITOR DE ARTE - José Reis Filho (MTb 12.357); Assistente de Fotografia - Maristela Caretta (MTb 64.183)

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ERRAMOS Diferentemente do que foi publicado na legenda da foto da matéria “Moradores do Rudge recordam histórias antigas do bairro”, na página 4, da edição 1.013, os nomes “Roberto Nicolleti” e “Augusto Dotto” foram grafados incorretamente, sendo os certos Noberto Nicolleti e Humberto Segatto, respectivamente.

4Equipe de Redação: Alysson Rodrigues, Amanda Souza, Bruno Madrid, Bruno Yonezawa, Caio dos Reis, Felipe Leme, Fernanda Cordeiro, Italo Campos, Leonardo Vantini, Magda Souza, Maria Paula Vieira, Sergio Neto, Victor Hugo Storti, Vinícius Requena, Yago Delbuoni e alunos do 5º e 6º semestres de Jornalismo.

4Produção de Fotolito e Impressão: Diário do Grande ABC

Guarda Civil Municipal e Polícia Militar vão fiscalizar “pancadões” FERNANDA CORDEIRO VICTOR HUGO STORTI

q A Guarda Municipal de São Bernardo e a Polícia Militar firmaram uma parceria para atuar na fiscalização de eventos que podem incomodar a população pelo excesso de ruído, principalmente os chamados “pancadões”, carros que utilizam o som em níveis inadequados para a realização de festas nas ruas da cidade.

A Lei de Controle de Ruídos de São Bernardo, que foi aprovada pela Câmara em dezembro de 2013, fiscaliza o nível de barulho no município.

De acordo com o secretário de Segurança Urbana, Benedito Mariano, a parceria vai permitir que a fiscalização seja mais eficiente. “Vamos somar os esforços em prol de proporcionar aos cidadãos a paz pública e a ordem”, afirmou.

Para poder operar o aparelho medidor de ruído, o decibelímetro, 50 guardas municipais de São Bernardo receberam treinamento ministrado pelo

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Rudge Ramos Jornal - 3

CIDADE

De 28 de Fevereiro a 13 de Março de 2014

subcomandante da Guarda Municipal de Diadema, que foi a primeira cidade a implantar essa fiscalização.

A capacitação incluiu instrução teórica e prática, legislação do controle de ruído, além de simulações com a utilização do aparelho. Outros 250 GCM’s de São Bernardo já estão recebendo o mesmo treinamento nas Inspetorias Regionais.

Atualmente, o município conta com três aparelhos medidores de ruídos. E já há um procedimento para comprar mais seis.

Mariano afirmou que as ações da PM serão direcionadas para os locais onde os “pancadões” acontecem. “A Guarda, já credenciada pela Secretaria de Gestão Ambiental, vai munida de decibelímetro e de talão de autuação. Já a Polícia Militar, com esse novo convênio com o Governo do Estado, poderá aplicar sanções previstas na lei.”

O texto da lei de Controle de Ruídos de São Bernardo tem

seus limites baseados na NBR10.151 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e prevê três diferentes tipos de punições e que variam de acordo com a área (ver tabela).

A infração é considerada leve, para quem ultrapassar em 10 decibéis o limite; grave, de 11 a 40 decibéis acima do limite e, gravíssima, mais de 40 decibéis do limite. As multas são de R$ 300, R$ 2.100 e R$ 4.700, respectivamente.

O cidadão que for notificado pela fiscalização vai ter o carro apreendido. Para reavê-lo, o proprietário do veículo terá que se dirigir até o posto da Rede Fácil, pagar a multa e ir ao Ciretran em posse do comprovante de pagamento. Além disso, o dono do automóvel deve pagar também pelo tempo em que o carro ficou no pátio do órgão.

Para Igor Maia, conhecido como MC Binladen, a lei e a parceria que fortalecem a fiscalização de “pancadões” é prejudicial para a carreira dele. “Sem espaço nas ruas, só sobram as casas de shows, que

DE OLHO NA CIDADE

6 LIMITE DE RUÍDOS EM DECIBÉIS ÁREA

DIURNO

Sítios e fazendas

40

35

Estritamente residencial urbana ou de hospitais ou de escolas

50

45

Mista, predominantemente residencial

55

50

Mista, com vocação comercial e administrativa

60

55

Mista, com vocação recreacional

65

55

Predominantemente industrial

70

60

Fonte: NBR 10.151 - 2000

INFRAÇÃO

NÍVEIS ESTABELECIDOS

q Moradores do Parque Santo Antônio estão assustados com a violência no bairro.

Só neste ano, ao menos duas casas foram invadidas durante o dia, enquanto os proprietários estavam fora.

A região sempre foi considerada muito tranquila, principalmente por ser um bairro pequeno, onde todos se conhecem e, também, por abrigar uma sede da Guarda Civil Municipal. Mas, apesar da presença da GCM, os moradores afirmam que não são feitas rondas na região.

Com apenas três ruas, duas

delas sem saída, os motoristas são obrigados a entrar e sair sempre pelo mesmo lugar, onde há uma câmera de monitoramento da própria GCM. Mas isso não tem impedido a ação dos invasores, que chegam a furtar até brinquedos e roupas de cama.

A Prefeitura de São Bernardo, por meio da Secretaria de Segurança Urbana, informou, em nota, que as rondas preventivas serão intensificadas na região.

Segundo o Comando de Policiamento de Área Metropo-

MULTA

Leve

Ultrapassar em até 10 decibéis o limite

R$ 300

Grave

Ultrapassar de 11 a 40 decibéis o limite

R$ 2.100

Ultrapassar em mais de 40 decibéis o limite

R$ 4.700

Gravíssima

Fonte: Lei Municipal 6323/13

dão preferencia para os MC’s mais famosos. Sem esses bailes vamos perder o meio de divulgação do trabalho”, explicou.

Para denunciar a ocorrên-

cia de um “pancadão”, o munícipe deve entrar em contato com a base da Guarda Civil Municipal de São Bernardo pelo telefone 4126-2800. g

MARISTELA CARETTA/RRJ

Parque Santo Antônio é alvo de furtos e assaltos MARISTELA CARETTA

NOTURNO

Base da Guarda Civil Municipal está no bairro desde 2008; local abriga 3º e 4º Grupamentos o número 190 quando avistarem suspeitos no bairro e também sempre registrar as ocorrências nos Distritos Policiais, pois assim é possível melhorar as ações de polícia preventiva.

litana Seis, responsável pela região, nos últimos seis meses foram registrados seis furtos, dos quais quatro de veículos,

no bairro, de acordo com dados estatísticos do Infocrim.

Em nota, a PM orientou que os moradores devem ligar para

PRAÇAS Outra reclamação dos moradores é sobre a falta de cuidado com as praças da região. A Secretaria de Obras informou, também em nota, que já encaminhou vistoria para o local. g

4 - Rudge Ramos Jornal

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CIDADE

28 de Fevereiro a 13 de Março de 2014

DE OLHO NA CIDADE FOTO: MARISTELA CARETTA/RRJ

A cada 15 dias a reportagem do Rudge Ramos Jornal visita um bairro para descobrir o que ele tem de bom e o que precisa melhorar. Para isso, os repórteres vão contar com a ajuda de moradores, comerciantes e visitantes da região. É o “De Olho na Cidade” ampliado.

M

Moradores reclamam que nos horários de pico há dificuldade em trafegar pelo bairro; um dos exemplos é a avenida Getúlio Vargas ainda não é o pior de todos”, disse Bragagnolo.

Já Bárbara Guimarães, 24, moradora do bairro há nove anos, considera o trânsito ruim. “O trânsito aqui é terrível, porque a Getúlio Vargas dá acesso a muitos lugares, como Santo André e São Bernardo, nos horários de pico.”

Sobre a segurança na região, Bárbara ouve muito pouco sobre casos de violência.

“Apesar de estar bem perto de uma base da Polícia Militar, quase não vejo viaturas fazendo ronda. Em nove anos só soube de um caso de assalto, que chamaram a polícia e demorou horas para chegar.”

Saturnino Negrão Filho, 62, não mora mais no Baeta, mas trabalha há 34 em um despachante do bairro. “O bairro é bastante acolhedor, a gente tem amor por ele. A região tem problema de segurança, como em qualquer lugar, mas hoje em dia está bem sossegado.”

Comerciantes da avenida Armando Italo Setti reclamam do albergue localizado no Centro, porém bem próximo à avenida. “Acho que há falta de cuidado por parte da administração pública com os usuários do albergue, que precisam de assistência, pois levam uma vida muito sofrida”, disse Negrão.

Outra comerciante da avenida também reclamou da situação. “O albergue é um inferno. Eu fui à prefeitura, falei com todo mundo e ninguém resolveu. Quando eu vinha abrir a loja de manhã, tinha de oito a dez pessoas dormindo na porta, debaixo da cobertura.

Eles usavam drogas, bebiam, deixavam tudo sujo. Quase fechamos a loja. Só resolveu depois que eu coloquei uma cobertura retrátil”, afirmou Célia Narciso, 62. g

Trânsito intenso afeta ruas do Baeta Neves MARISTELA CARETTA VINÍCIUS REQUENA

q O “Rudge Ramos Jornal” visitou o bairro Baeta Neves, que tem 61.375 mil habitantes, em 3,77 km² de extensão. Moradores e comerciantes consideram o local privilegiado, por estar bem localizado, facilitando o acesso para o Centro de São Bernardo e Santo André.

arcia Gonçalves da Silva, 34, moradora do Parque São Bernardo, frequenta o Baeta Neves e elogia o transporte público na região. “Temos muitas opções de ônibus aqui.

Cheio sempre está, mas eles passam com frequência.”

Marcia utiliza a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e a UBS (Unidade Básica de Saúde) do Baeta Neves, mas reclama da falta de pediatra para atendimento de emergência. “Clínico tem, pediatria, não. O clínico só atende as crianças quando elas estão

com febre alta. Se minhas filhas precisam de atendimento por dor de barriga ou outra coisa, preciso procurar outro Pronto Socorro.”

O proprietário de uma banca de jornais no Baeta, Silvio Luiz Bragagnolo, 53, afirma ter uma relação carinhosa com o

bairro. “Eu vivo o Baeta Neves há 43 anos, adoro o Baeta. Eu acho que ele tem tudo que a gente precisa para um bairro.

Comercialmente tem tudo, não precisamos sair daqui para achar o que queremos.”

TRÂNSITO Os motoristas da região acreditam que nos horários de pico o trânsito é prejudicado em razão da grande quantidade de carros no Centro. “O trânsito é um mal do mundo.

O maior problema do Baeta é a falta de vagas para estacionar os carros na rua. De manhã, o trânsito trava no final da avenida Getúlio Vargas, quando se junta a Pereira Barreto, mas

FOTOS: MARISTELA CARETTA/RRJ

O outro lado q Sobre a falta de pediatras na UPA do Baeta Neves, a Prefeitura de São Bernardo informou, em nota, que devido às dificuldades e escassez na contratação de pediatras, São Bernardo adotou uma estratégia nas UPAs, em comum acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria. Foi definida a estratégia do médico socorrista, que é um médico que atende também a baixa complexidade em pediatria. Esse profissional recebe treinamento específico para essa demanda e, caso necessite, conta com o apoio dos demais pediatras da rede de UPAs ou Pronto-Socorro Central.

Das nove UPAs, três possuem o médico socorrista na escala. São elas: Baeta Neves, Taboão/Paulicéia e Riacho Grande. Portanto os médicos socorristas da UPA Baeta Neves estão capacitados para atender a demanda infantil. Para melhorar o trânsito na região, a prefeitura informou que o bairro foi beneficiado pela alteração no trecho da rua Thales dos Santos Freire, entre a av. Getúlio Vargas e a rua Amâncio de Carvalho. Os conflitos frequentes naquele local foram resolvidos com a mudança para mão dupla e instalação de semáforo para acesso à av.

Getúlio Vargas. O Baeta Neves também está na programação da Secretaria de Transportes para receber a manutenção da sinalização viária, com pintura de faixas e colocação de placas, além de revisão nos semáforos.

Segundo a administração, existem dois projetos que influenciarão positivamente o trânsito do bairro: abertura da continuação da av. Aldino Pinotti até o Paço Municipal e a abertura da continuação da rua Kara, ligando o Baeta Neves com a av. Senador Vergueiro, e a abertura da continuação da av. Aldino Pinotti até o Paço Municipal.

O Baeta Neves é atendido por quatro linhas municipais, operadas por 20 veículos.

Sobre a segurança na região, a prefeitura, por meio da Secretaria de Segurança Urbana, informou que são realizadas rondas preventivas diuturna-

Rudge Ramos Jornal - 5

CIDADE

De 28 de Fevereiro a 13 de Março de 2014

q A história do bairro data do final do século 19, quando Luiz Felipe Baeta Neves instalou uma cerâmica nas proximidades do cruzamento do córrego Taioca com a estrada de Santo André, atual avenida Pereira Barreto. A instalação da cerâmica atraiu outros tipos de comércio, gerando o povoamento da região.

O Baeta Neves abrangia uma área bem superior à atual, que se estendia desde a divisa com Santo André, até onde hoje se localiza o Jardim do Mar. Por volta de 1929 foi efetuado o primeiro projeto de loteamento executado e, neste mesmo ano, houve o remanejamento dos traçados de suas ruas.

Com a retirada do “Bondinho” foi construída uma nova estrada para Santo André, por onde passaram a circular “Jardineiras” (veículos abertos nas laterais, parecidos com bondes). Essa estrada recebeu o nome de avenida Pereira Barreto, e o seu movimento, junto ao desenvolvimento na-

cional da década de 40, trouxe novo progresso à Vila.

Até ser loteado, o Jardim Petroni era uma extensa área desabitada da Vila Baeta Neves. No local, por volta de 1948, existia apenas uma olaria, a Bom Jesus, que fornecia tijolos de graça para os compradores de lotes do Baeta.

A área hoje denominada Jardim Petroni pertencia à região de Vila Baeta, tendo sido comprada por um ex-gerente da Companhia Construtora Paulista, empresa responsável pelo loteamento do Baeta. O remanescente da área foi cedido a Irineu Ladeira de Souza Lima, corretor de imóveis e procurador de Arthur Petroni (daí originando o nome), que incorporou novas áreas do Sítio dos Vianas.

Ao longo da rua dos Vianas, que começa perto do Paço Municipal e termina no Jardim Petroni, foram criados vários loteamentos nas duas últimas décadas.

A propriedade de Baeta Neves abrangia desde o atual km 18 da Via Anchieta (compre-

endendo parte do Jardim do Mar, Chácara Inglesa, Vila São João, antiga Cia. Cinematográfica Vera Cruz, Cidade da Criança), ultrapassando a avenida Senador Vergueiro, o Rio dos Meninos, a Indústria de Fiação e Tecelagem Tognato, a atual avenida Pereira Barreto, toda a faixa compreendida entre o córrego Taioca e o Sítio dos Vianas, até atingir a estrada que liga os Vianas à Vila Luzita (Santo André), inclusive o atual Jardim Petroni.

Em 1957, a atual igreja do bairro estava quase concluída.

A construção tinha sido iniciada em 1953 e as paredes da nova igreja, lembrando bastante a Catedral de São Pedro, em Roma, começaram a ser erguidas em torno da antiga capelinha, que de tão pequena nem precisou ser imediatamente demolida.

Durante uma das fases de desenvolvimento, a Vila Baeta Neves constituiu-se de pessoas com poucos recursos e que construíram suas casas com madeira, de forma clandestina. Grande parte delas com tábuas de caixões de importação de automóveis das antigas indústrias.

Entretanto, as famílias foram trocando as casas de madeira pelas de alvenaria e, mais tarde, com a chegada dos melhoramentos públicos e a valorização dos terrenos, muitos proprietários não conseguiram se adaptar às novas exigências e tiveram que vender suas propriedades ou simplesmente abandonar a região, resultando hoje em um bairro de classe média. g

população, como o Centro POP (Centro de Referência para pessoas em situação de rua), a Abordagem Social nas ruas, as duas unidades de acolhimento voltadas ao atendimento da população adulta em situação de rua e o Centro de Convivência.

Todo o grupo recebe atendimento e é acompanhado pela equipe de Serviço Social.

Segundo a administração, os

serviços funcionam de forma articulada com as demais secretarias (Saúde, Segurança Urbana, Serviços Urbanos e Desenvolvimento Social), por meio de um Grupo de Trabalho Intersecretarial, coordenado pela SEDESC (Secretária de Desenvolvimento Social e Cidadania), por meio do Centro POP. Já sobre a má conservação das calçadas na região, a prefei-

tura informou que a fiscalização emitiu, até dezembro do ano passado, 340 notificações para passeios danificados no Baeta Neves, das quais 294 foram atendidas e 46 foram autuadas.

Também foram emitidas 96 I.M. (Irregularidade do Município) para reparos no passeio de próprios municipais e poda de raízes de árvores que estavam danificando o passeio público. g

Conheça a história

mente pela GCM. Diante das informações apresentadas na reportagem, informaram ainda que serão intensificadas as rondas na região, mas se faz necessário a indicação dos logradouros que são objetos da reclamação por parte dos moradores. Além disso, a situação será informada às Polícias Civil e Militar para adoção de providências que julgarem cabíveis.

Em relação às pessoas em situação de rua, são realizadas diversas abordagens no bairro em virtude da rotatividade do grupo, oriundas do próprio bairro que, devido a conflitos, foram para as ruas, e outras, que segundo elas próprias, se fixaram no bairro devido à grande oferta de doações de alimentos e roupas dos próprios moradores e frequentadores da Igreja São José e demais espaços de concentração de munícipes.

A administração esclareceu, ainda, que possui serviços especializados e dirigidos a esta

Albergue recebeu muitas queixas da população do bairro; motivo é a utilização do local como dormitório para usuários de drogas

6 - Rudge Ramos Jornal

CARNAVAL

De 28 de Fevereiro a 13 de Março de 2014

Dez escolas de samba vão ocupar a av. Aldino Pinotti

para estrutura e organização dos desfiles é de R$ 700 mil.

As instalações contam com uma arquibancada de 300 metros de largura, uma praça de alimentação com 40 barracas e 72 banheiros químicos.

FELIPE LEME

q A avenida Aldino Pinotti, no centro, recebe nos dias 1º e 2 de março o desfile de dez escolas de samba da cidade. O tema do Carnaval deste ano é “São Bernardo do Campo com a Bola Toda”, em referência a Copa do Mundo que será sediada pelo Brasil neste ano.

O evento é aberto ao público e a prefeitura da cidade estima que 30 mil pessoas devem comparecer.

A abertura será às 18h do sábado (1º) com apresentação do bloco de afoxé Omo Ayie Sele. A partir das 20h30, a escola pleiteante Acadêmicos de Vila Baeta Neves entra na avenida e terá entre 25 e 40 minutos para atravessá-la. Em seguida, a 3ª Idade Brilha São Bernardo, do Grupo II, fará seu desfile.

No domingo (2), as oito escolas do Grupo I terão o mesmo tempo para desfilar. Entre elas destaca-se a vencedora do Carnaval 2013, a Mocidade Alegre de São Leopoldo, do Bairro Jordanópolis.

VINÍCIUS REQUENA/RRJ

MARISTELA CARETTA/RRJ

Cidade prepara passarela para que os componentes das escolas possam desfilar; ao lado o ensaio da Acadêmicos de Vila Vivaldi, no Rudge

Duas escolas do bairro Rudge Ramos se apresentarão neste Carnaval: a Acadêmicos de Vila Vivaldi e a Império do Samba de Vila Vivaldi.

Em quarto lugar no Carnaval do ano passado, a Acadêmicos de Vila Vivaldi iniciou em setembro de 2013 a preparação para o desfile. “Mas tudo começou a se concretizar em outubro”, explicou Sideral de Sales, artista plástico que elaborou o tema e projetou os carros da escola.

Há três anos na escola, Sales traz para a avenida as festas e a cultura de cada região brasileira no tema Contos,

TRANSPORTES A avenida José Versolato (ao lado do Shopping Metrópole) terá o trânsito interditado nos dois sentidos. As linhas municipais também não vão utilizá-la.

A Prefeitura estima que seis mil pessoas devam utilizar a frota dos ônibus da cidade.

Cada linha terá dois veículos a mais e os micro-ônibus serão substituídos por ônibus convencionais.

A ETC (Empresa de Transportes Coletivos) informa que algumas linhas terão dois ônibus extras para transportar a população, casos do Alvarenga, São Pedro, Detroit/Lago/Ipê, Santo Ignácio/Calux, Industrial/ Farina, Los Angeles, Batistini, Jardim Represa, Riacho Grande (Balsa) e Cooperativa/Nazareth.

SEGURANÇA A Prefeitura informou também que serão deslocados para a região agentes da empresa ETC (responsável pelo transporte público da cidade), do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), 140 guardas municipais e 340 policiais militares. Banners também serão colocados na entrada do evento com alerta sobre os produtos que não podem entrar no espaço, entre eles, guarda-chuva. A indicação é levar capa de chuva.

INFORMAÇÕES Os foliões podem obter mais informações pelo telefone 0800-192280. g

Lendas, Histórias e Tradições do Folclore Brasileiro.

“Eu fico muito preocupado que a gente não vê as escolas do ABC realmente falando da nossa cultura e das nossas raízes”, afirmou.

A Acadêmicos de Vila Vivaldi faz o último desfile do evento. “A expectativa é das melhores. Ele [Sales] apresentou o tema e nós achamos rico para defender a escola”, contou José Carlos de Lima, presidente.

ESTRUTURA A Prefeitura declarou, em nota, que o orçamento previsto

6 SERVIÇO São Bernardo do Campo com a Bola Toda Data: 1º e 2 de março (sábado e domingo) Avenida Aldino Pinotti – Centro (São Bernardo) Horário: Abertura (apenas no dia 1º): 18h Desfiles: 20h30 Apuração Data: 4 de março (terça-feira) Centro Esportivo Prefeito Geraldo Faria Rodrigues (Baetão) Rua Dona Júlia César Ferreira, 270 – Baeta Neves (São Bernardo) Horário: 15h

De 28 de Fevereiro a 13 de Março de 2014

6 DESFILES Dia 1º, às 18h:

Abertura: Bloco Omo Ayie Sele

20h30: Escola pleiteante: Acadêmicos de Vila Baeta Neves Grupo II: 3ª Idade Brilha São Bernardo

Dia 2, às 20h30: Grupo I: Império do Samba de Vila Vivaldi Unidos da Vila Rosa

Mocidade Alegre de São Leopoldo - 1ª colocada em 2013

União das Vilas - 2ª colocada em 2013

Renascente de São Bernardo - 3ª colocada em 2013 Estação Primeira de Baeta Neves Camisa Vermelha e Branca Acadêmicos de Vila Vivaldi

CARNAVAL

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ESPECIAL

De 28 de Fevereiro a 13 de Março de 2014 FOTOS: BRUNA TOLEDO/RRJ

Stand Up Paddle vira moda nas águas do ABC

BRUNA TOLEDO

Você já deve ter visto alguns banhistas, no mar ou na represa, se equilibrando numa espécie de prancha de surfe e usando um tipo de remo. É um esporte. O nome é um pouco complicado: stand up paddle.

Também conhecido por suas iniciais, o SUP já conquistou mais de 6.000 adeptos no Estado de São Paulo, segundo a CBSUP (Confederação Brasileira de Stand Up Paddle). E o ABC não ficou fora dessa moda.

O número de supistas, como são denominados os praticantes, chega a aproximadamente 1.000 na região.

A prática do SUP tem origem antiga. Começou na década de 40, no Havaí, quando professores de surfe remavam em pé sobre pranchas de madeiras, que na época eram enormes e pesadas, para orientar seus alunos surfistas.

O esporte era praticado de forma anônima. Com o tempo, começou a ser feito regularmente e com equipamentos mais modernos e específicos.

O esporte chegou ao Brasil por meio do surfista brasileiro Rico de Souza, na década de 80. q

Hoje, já se promove campeonato da modalidade.

Segundo o presidente da confederação, Ivan Floater, atualmente há oito federações, nos Estados de Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Bahia, Rio de Janeiro, Ceará e Paraná. “O esporte é um forte candidato a se transformar em esporte olímpico”, declarou.

No ABC, o stand up paddle pode ser praticado na represa Billings, que serve também como espaço de escolas que oferecem cursos para iniciantes. “Em janeiro, a média de alunos por final de semana é de 70”, disse a professora Daniella Aiello, da Espaço Surf Allmada, Daniella Aiello. Segundo ela, um fim de semana de aulas é o suficiente para aprender a navegar em pé na prancha.

O esporte, segundo o presidente da confederação, pode ser praticado por qualquer pessoa independentemente da idade.

Os preços dos equipamentos variam de acordo com o porte, tamanho e material usado na fabricação das pranchas (leia os textos na próxima página).g

Atletas e amantes da modalidade se reúnem anualmente na Represa Billings, em São Bernardo

Rudge Ramos Jornal - 9

ESPECIAL

De 28 de Fevereiro a 13 de Março de 2014

FOTOS: BRUNA TOLEDO/RRJ

Praticantes precisam ter cuidados ao iniciar no SUP

PARA R A COMEÇ

3

$ ha...r MIL c n a pr

CAIO DOS REIS q Sem o mínimo de cuidados, o iniciante de stand up pode naufragar. Como em todo esporte, a preparação e acompanhamento profissionais são fundamentais para o futuro supista se sair bem. Preparo físico e bons equipamentos são outros pontos importantes que devem ser levados em conta na hora de começar.

Por se tratar de um esporte aquático, é essencial o uso de equipamentos de segurança.

Um deles é o lash, corda que é presa na prancha e no tornozelo. Ao cair, o atleta fica preso na prancha, que não afunda. Apesar de ser um esporte aquático, o supista vai ficar a maior parte do tempo com o corpo fora da água, por isso o uso de protetor solar é importante.

Já a utilização do colete salva vidas é fundamental, principalmente para crianças.

Porém os coletes para supistas

...r$ remo

500 ..r$

80

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60

e. colet

...r aula

A

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Alunos aprendem a praticar o SUP com orientação de professor ( à esq. de camiseta vermelha) são diferentes. Os tradicionais são feitos de um material pesado e que inibe movimentos.

Por isso, o colete deve ser mais fino e dar a mínima flutuação, deixando o atleta livre para

realizar movimentos.

Outro ponto importante é o alongamento. “Principalmente a parte dos ombros, já que o uso do remo exige muito dessa parte do corpo e o atleta pode

sofrer uma lesão séria”, explicou João Antônio, professor de educação física.

A postura é outro aspecto essencial. Uma posição errada sob a prancha pode prejudicar

o equilíbrio e causar um grande e desnecessário esforço físico, podendo até mesmo causar lesões mais sérias no atleta. g

Itens caros fazem supista criar prancha feita de garrafas pet BRENNO SOUZA q O stand up paddle ainda é um esporte caro. Uma prancha custa em média R$ 3.000. Um remo, até R$ 300, e o colete, média, R$ 80. Mas há alternativas para quem quer deslizar nas águas do mar ou da represa sem afetar o bolso.

O funcionário público e supista Luiz Roberto da Silva, 54, criou uma maneira mais barata para praticar o SUP. Beto, como é conhecido, idealizou uma prancha de garrafas pet, com o objetivo de ajudar crianças carentes. “O projeto foi criado para contribuir com o CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), localizado no Rudge Ramos”, afirmou. O centro

Prancha feita com garrafas pet foi saída encontrada por supista para praticar esporte; gasto foi de menos de R$ 100

realiza atividades de entretenimento na represa.

“Pesquisando na internet, encontrei fotos de pessoas que haviam feito essa prancha alternativa em Santa Catarina, e decidi entrar no projeto para colaborar com o CAPS”, declarou.

Beto não teve muitos gastos.

Conseguiu as garrafas de amigos que se uniram na coleta.

Depois, começou a fazer um protótipo. “Só tive que comprar o gelo seco, para inflar as garrafas, e a cola. Não gastei mais do que R$ 100 para fazer a prancha.” Dois protótipos foram feitos, contendo aproximadamente 96 garrafas cada.

“A ideia era reaproveitar material. Por isso usamos as garrafas pet e os remos de madeira para não precisar comprar nada novo”, contou Beto, que utiliza sua “invenção” com os jovens do CAPS na represa Billings.g

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COMPORTAMENTO

De 28 de Fevereiro a 13 de Março de 2014 ALINE DANIELLE SANTOS/RRJ

6 SERVIÇO SABOR & SABER GASTRONOMIA TOMAZONI Av. Senador Fláquer, 534 – Vl. Euclides – São Bernardo Valor: Preço integral para 3 meses de curso R$750. Inscrições até o dia 14/03 com desconto.

Para mais informações: (11) 4121-5315 ou 4123-2189 www.saboresabergastronomia.com.br INSTITUTO GASTRÔNOMICO IGA Rua das Monções, 231 – Santo Andre Valor: Preço integral para 6 meses de curso R$2,600.

Inscrições é o dia 28/02 com 10% de desconto.

Para mais informações: (11) 4902-0001 ou 4902-3636 www.igabrasil.com

Victor e Lucas Ferrari, alunos do curso Sabor & Saber, aprendem a fazer suco com a chef Ana Maria Tomazoni

Cursos de gastronomia para crianças estimulam o consumo de alimentos ALINE DANIELLE SANTOS

q Escolas de culinária no ABC são alternativas para o público infantil desenvolver habilidades na cozinha.

Os cursos oferecem técnicas gastronômicas e estimulam as crianças a criarem gosto e sabor pelos alimentos que não costumam consumir.

As aulas aprimoram e estimulam o desenvolvimento dos cinco sentidos, o conhecimento dos alimentos, das ervas, trabalhar com a terra, plantar temperos, aprender a hora e dosagem certa e como usá-los. Estes são elementos

de ensino que o espaço Sabor & Saber Gastronomia, em São Bernardo, disponibiliza para as crianças com a duração de três meses, com a chef Ana Maria Tomazoni.

O aluno aprende por meio de aulas especializadas para a sua faixa etária, segundo a chef. Eles treinam técnicas gastronômicas, etiqueta à mesa, higiene, manipulação dos alimentos, cuidados com o excesso de açúcar, o que representa a gordura em um alimento, técnicas de forno e fogão.

A chef conta que incentiva a sua classe a não consumir com tanta frequência fast-food e a

preparar os alimentos em casa.

Os alunos também aprendem a arrumar a mesa em todas as refeições. Os minichefs colocam em prática fora da escola todo o conhecimento com os pais.

“Quando vão ao supermercado, a lista acaba mudando depois que se inicia o curso, começando com o corte no consumo de refrigerante e produtos industrializados”, disse a chef.

O que leva os pais a procurarem esse tipo de conhecimento é a possibilidade de criar novos sabores, a chef conta que normalmente eles são os primeiros a não consumir frutas, verduras e legumes, o que

influência no gosto do filho que também consomem. As aulas estimulam um estilo de vida saudável. “A importância do aprendizado é por uma educação diferenciada e para amenizar futuras doenças”.

O Instituto Gastronômico Iga, em Santo André, também oferece cursos para crianças e jovens de 8 a 15 anos, com duração de seis meses. Segundo a chef e professora Sheila Lima, o método de ensino é totalmente prático, já que nessa faixa etária começa a ter curiosidade em conhecer mais o alimento e criar desenvoltura para cozinha.

Segundo a chef, durante o curso todos têm experiência de mexer com a faca, batedeira, aprender a ligar o fogão, sempre monitorados pelo professor, e com uma linguagem simples.

O foco da instituição é mostrar métodos mais saudáveis de alimentação, de uma forma divertida. Trabalhando de uma maneira lúdica, formatos e

cores que remetam a infância dos alunos. “Introduzindo, por exemplo, o espinafre no cardápio da criança, ensinando a fazer o bolo do Hulk, o suco verde de energia”, explicou a chef.

Os pais colocam os filhos no curso para desperatar mais interesse pela cozinha “a independência de fazer o seu próprio suco, por exemplo, e também de se virarem caso eu me atrase para fazer alguma refeição”, disse Edilena Ferrari, comerciante e mãe de Victor Ferrari, 9 anos, e Lucas Ferrari, 14 anos, alunos do curso de gastronomia.

“O que mais gosto na aula é de aprender coisas novas, e pode ser que eu me torne um chef no futuro”, afirmou Victor.

Já Lucas gosta de tudo, desde as brincadeiras, a etiqueta de como se portar na mesa, e dos sabores que acaba descobrindo que são agradáveis, mas diz que o curso de culinária é apenas um hobby. g

De 28 de Fevereiro a 13 de Março de 2014

Livros para o público infantil despertam o interesse pela cozinha DÉBORA FELIZARDO

q O livro é sinônimo de informação e caminho para o conhecimento de qualquer assunto, principalmente para as crianças, que estão em processo de desenvolvimento, e na cozinha não poderia ser diferente.

Livros de culinária específicos para este público são alternativa para os pais que desejam estimular os filhos para um aprendizado dinâmico e criativo sobre o assunto.

De acordo com a responsável pelo setor infantil da Livraria Saraiva, Leticia da Silva, a busca por títulos de culinária infantil é grande. “A livraria dispõe de cerca de dez obras com receitas práticas e ilustradas para as crianças prepararem os alimentos interagindo e aprendendo de forma lúdica, e quase todas estão esgotadas”, disse Letícia.

Os pais são referência e apoio essencial para as escolhas e o desenvolvimento dos filhos. Segundo a chef de cozinha e autora de livros de culinária infantil, Carla Pernambuco, o importante nessa fase de formação é tentarmos, através de estímulos e geração de oportunidades, permitir que desponte uma vocação.

“As crianças necessitam de boas referências. Filhos fazem o que fazemos antes de fazer o que dizemos. Educamos com exemplos e não com falas. Ou seja, tudo depende das condições que dermos para essa nova geração de cozinheiros que desabrocha”, falou Carla.

Priscila Maia, mãe de Giulia, diz que a menina demonstra interesse pela cozinha. “A Giulia sempre estava por perto, queria me ajudar e fui deixando que ela fizesse pequenas coisas e

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COMPORTAMENTO

DÉBORA FELIZARDORRJ

ela sempre queria mais”, falou Priscila. Ainda contou que comprou alguns livros de receitas para prepararem juntas, e desde então fazem receitas como

panquecas, biscoitos e salada.

A maioria dos títulos com receitas para crianças custa, em média, R$ 35, segundo Leticia, da Saraiva. g

Culinária pode levar a uma alimentação saudável HÉRICA ARGUELLO

q Seja por curiosidade, vontade própria ou incentivo inicial dos pais, há crianças que iniciam o aprendizado na cozinha de forma diferente.

Existem cursos específicos para esse público, que ensinam as crianças receitas de forma simples e têm foco no aprendizado com diversão e no estímulo à alimentação saudável.

De acordo com a nutricionista Carla Magrine, freqüentar um curso de culinária pode, de fato, estimular uma alimentação melhor. “Tudo o que a criança prepara por conta própria tem mais valor para ela. Quando aprende o que é o quê na cozinha, em quê pode ser usado, e é aplicado de forma divertida, pode tomar gosto e se habituar a fazer da mesma forma em casa”, disse a nutricionista.

Carla ressalta que o apoio dos pais para que a criança continue em casa o que aprendeu no curso é essencial. “É muito importante que a criança

também seja estimulada em casa, pois ela tende a imitar os hábitos dos pais”, explicou a nutricionista.

No caso de Kaylane Rodrigues, 10, o aprendizado começou no curso e continuou em casa. “Mexeu com os hábitos de todo mundo dentro de casa.

Agora, ela não aceita refrigerante, come mais verduras, diminuiu muito o sal e açúcar, e até experimenta comidas novas. Mudou muito”, relatou a mãe de Kaylane, a comerciante Ana Paula Mendes.

Kaylane começou a demonstrar mais interesse pela alimentação depois que iníciou o curso.

“Ela quer estar junto no preparo das refeições, começou a evitar muita comida que aprendeu que faz mal, trouxe até uma hortinha para casa, tudo por incentivo da professora do curso”, disse a mãe da aluna.

Hoje em dia, o estímulo para a alimentação saudável também vem da escola. Carla conta que existem programas de incentivo, e que, em dias comemorativos, como o Dia do

Livros de culinária infantil trazem receitas simples para as crianças aprenderem a cozinhar DIVULGAÇÃO

Alunos praticam de forma criativa e dinâmica o conhecimento adquirido em sala de aula Nutricionista, os professores fazem ações criativas durante a refeição para mostrar às crianças como conhecer os

alimentos e como se alimentar corretamente. “Há sempre formas de estimular o apetite, os hábitos saudáveis. Mesmo se a

criança não tem curiosidade, o estímulo diário vindo dos pais pode desencadear esse interesse”, falou a nutricionista. g

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ECONOMIA

Copa invade vitrines do ABC com diversos produtos sobre evento

De 28 de Fevereiro a 13 de Março de 2014

FOTOS: BIANCA DIAS/RRJ

BIANCA DIAS q A Copa do Mundo é em junho deste ano. Mas o tema futebol já domina as vitrines do comércio, tanto das grandes lojas como dos pequenos estabelecimentos comerciais que começaram a investir no tema.

A Esportiva, de Santo André, espera que as vendas tenham um aumento de 90% a 100%. Isso já aconteceu uma vez, durante a Copa das Confederações, em 2013, e a Copa de 2010, na África do Sul. Segundo a gerente Lourdes da Costa há uma grande procura por produtos oficiais.

“A bola Brazuca está vendendo muito bem, assim como as camisas do Brasil que, apesar de custarem R$ 239, são muito procuradas”.

Já o Centro Esportivo Futebol Clube, também em Santo André, investiu cerca de R$ 30 mil em mercadorias somente este ano, mas ainda comercializa produtos de quatro anos atrás, da Copa anterior. “A expectativa é que o lucro seja igual ao fim do ano passado.

Por isso, estamos investindo alto”, explicou o proprietário Rubens Pereira.

Para o professor de economia da Universidade Metodista

de São Paulo Sandro Renato Maskio, em geral o comércio do ABC não terá grande impacto no faturamento. “Se aqui fosse a sede de algum jogo ou tivesse uma seleção importante na região para gerar um eventual fluxo de turistas poderíamos ter um ganho expressivo.”

Mas em São Bernardo também há boa expectativa em relação ao Mundial de futebol.

Os comerciantes da cidade já expõem nas prateleiras chaveiros, chinelos personalizados, brinquedos e bandeiras.

No entanto, apesar de algumas lojas apostarem na decoração como chamariz, muitos consumidores ainda não aderiram ao clima da Copa.

“Tudo é comércio e o mercado sempre acha uma brecha em eventos de grande porte para poder vender e faturar. Como

Comerciantes entram no clima de Copa do Mundo na Rua Coronel Oliveira Lima, maior centro de compras de Santo André as pessoas são consumistas acabam movimentando esse mercado de época”, disse o professor de produção de áudio Robson Vanderlei Alves.

Amantes de futebol ou não, os vendedores se mostram confiantes com as vendas. “O movimento está muito bom.

Tem pessoas indo para o exterior e levando os produtos comprados aqui e isso gera uma divulgação”, falou a vendedora Isabel Cristina da Silva, de A Esportiva. g

De 28 de Fevereiro a 13 de Março de 2014

Lojistas investem em marketing para lucrar com o evento DANIELA GARCIA q Mesmo as empresas que não têm relação direta com a Copa do Mundo estão aproveitando o tema para promover seus negócios, aumentar o faturamento e atrair mais clientes.

Um exemplo é a escola de idiomas Skill, do Rudge Ramos. Segundo a divulgadora Cristina Zacarias, os alunos de turismo, de economia e de transporte estão procurando o curso de inglês para aprender mais para Copa.

Por isso, a instituição está com uma promoção de minibolas de futebol. “Se o aluno faz sua rematrícula, ganha o brinde. Se indica um amigo, ganha também, assim vai completando a coleção”, disse Cristina.

Lojas de roupas, bolsas e calçados também estão entrando no clima da Copa. A empresária Tatiane Fonseca,

da Thaty Modas, também no Rudge Ramos, conta que está investindo em um marketing para esse período porque o público quer e porque o brasileiro gosta disso e “veste a camisa”.

Tatiane vai montar uma vitrine de sua loja só com produtos nas cores verde e amarela. Com experiências em Copas anteriores, Tatiane se mostra animada com as vendas deste ano. “Acredito que a procura vai ser bem maior.”

Essa é a chamada “onda da Copa”, como explicou Luciano Bonetti, coordenador do curso de Comunicação Mercadológica da Universidade Metodista.

Segundo ele, é importante que os comerciantes busquem produtos que tenham o tema relacionado com o esporte. “Principalmente quando a gente fala de varejo, aproveitar na parte de merchandising para enfeitar a loja com temas que envolvem o Brasil, a brasilidade,

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ESPECIAL

DANIELA GARCIA/RRJ

Loja “Thaty Modas”, no Rudge Ramos, aposta em coleção inspirada na Copa do Mundo o futebol”, explicou Bonetti.

Quem já entrou na “onda” também é Carla dos Santos, proprietária de uma papelaria em São Bernardo. “Vai ser destacado tudo na vitrine na fren-

te da loja, onde o povo possa passar e já notar que estão ali”, disse Carla sobre os artigos da Copa do Mundo que venderá em sua loja, como chaveiros, copos e outros adornos.

Para Bonetti, “o país vai respirar a Copa do Mundo”.

“Então, se você, de alguma forma, consegue encaixar o seu produto no sistema, estará inserido no contexto”. g

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CULTURA

Bailarinas da cidade ganham título em Festival Internacional de Dança de Berlim, na Alemanha

AMANDA SOUZA

q Nove bailarinas da Academia Marcia Bueno, de São Bernardo, foram premiadas na décima edição do Festival Tanzolymp, na Alemanha.

A coreografia, baseada em uma tradição folclórica Chinesa, intitulada “O Império de Tang”, foi a vencedora na categoria entre 15 e 19 anos.

“Eu me senti muito especial e orgulhosa ao vencer.

Nós competimos com equipes estrangeiras renomadas. É uma satisfação representar o Brasil e São Bernardo lá fora”, afirmou a bailarina Aline Salemme Balçan. É a segunda premiação

internacional que o grupo traz para São Bernardo. A primeira aconteceu aqui no Brasil, no Festival de Dança de Joinville (internacional), em 2009, que recebeu bailarinas de várias partes do mundo.

A inscrição para o Festival Tanzolymp aconteceu no ano passado, quando as dançarinas da academia pesquisaram e sugeriram que o grupo enviasse um vídeo de apresentação com duas coreografias folclóricas para a organização do concurso.

Em setembro, a participação do Ballet Marcia Bueno no Festival Tanzolymp foi confirmada e, a partir daí, todo o grupo iniciou a busca pelo

patrocínio. “Nós fizemos divulgações, mandamos projetos para algumas empresas e não conseguimos nada”, explicou Marcia Bueno. Das treze bailarinas que participariam do Festival, quatro tiveram que desistir, pois não teriam condições de financiar a viagem com recursos próprios.

Além das dificuldades encontradas com o patrocínio, o grupo possuía quatro bailarinas que nunca tinham participado de uma apresentação folclórica. “Elas tiveram que aprender toda a parte artística da coreografia em pouco tempo. As danças misturavam movimentos com leques e mangas compridas de gueixa,

FOTOS: DIVULGAÇÃO

uma novidade para elas”, disse Aline.

Para preparar melhor a equipe, desde a segunda semana de janeiro deste ano, as meninas iniciaram uma série de ensaios intensivos. Todos os dias, durante três horas as coreografias eram revisadas.

Este treino durou até a véspera da viagem, no dia 13 de fevereiro. “Em Berlim continu-

Apresentação da coreografia “O Império de Tang” premiada na competição, em fevereiro amos ensaiando. Ficávamos praticamente 24 horas por dia juntas. Esta ligação íntima foi fundamental para o nosso sucesso”, afirmou Marcia. g

6 ROTEIRO CINEMA

TEATRO

INFANTIL

Recusa

Os Três Porquinhos

A peça é escrita baseada na história de dois índios Piripkura que foram encontrados e até então tinham sua etnia dada como extinta há pelo menos vinte anos. Os índios viviam de forma nômade percorrendo fazendas madeireiras do noroeste do Mato Grosso.

A história é narrada ora pelo olhar dos índios, ora pelo dos outros personagens. Classificação indicativa: 14 anos. Sexta-feira (7), às 21h. Sesc Santo André: Rua Tamarutaca, 302 – Vila Guiomar – Santo André. Ingressos: R$ 20 (inteira), R$ 10 (meia para estudantes, professores da rede pública, maiores de 60 anos, pessoas com deficiência, usuários inscritos no Sesc e dependentes) e R$ 4 (comerciários matriculados no Sesc e dependentes).

A peça do Grupo Trapiche conta a história clássica dos três porquinhos que resolvem construir suas casas. Enquanto Heitor e Cicinho utilizam materiais mais simples, Prático constrói a sua com tijolos. Em meio à perseguição do Lobo, o espetáculo abordará questões de desmatamento e da reciclagem. Classificação indicativa: Livre. Domingo (9), às 16h. Teatro Santos Dumont: Av. Goiás, 1.111 – Bairro Santa Paula – São Caetano. Ingressos: R$ 30 (inteira), R$ 15 (meia), R$ 10 (com filipeta de desconto.

MUSICA

Joyce Moreno

para estudantes, professores da rede pública, maiores de 60 anos, pessoas com deficiência, usuários inscritos no Sesc e dependentes) e R$ 6 (comerciários matriculados no Sesc e dependentes).

Cine São Caetano – Pontos MIS O festival trará os curtas O Gigante, Realejo, Destimação, A Garota das Telas e A Ilha. Classificação Indicativa: Livre. Terça-feira (11), quarta-feira (12) e quinta-feira (13), às 19h.

Teatro Santos Dumont: Av. Goiás, 1.111 – Bairro Santa Paula – São Caetano. Gratuito.

EXPOSIÇÃO

tações da Banda Raimonas e da cantora Mary Love. Classificação Livre. Domingo (9), às 11h. Praça João Olímpio Bassani, s/nº – Riacho Grande – São Bernardo. Gratuito.

Choro no Parque

POIN A Pequena Orquestra Interativa traz ao Carnaval um repertório de frevo e marchas de blocos de rua pernambucanos de forma ainda mais divertida e animada. Classificação Livre.

Sábado (1) e segunda (3), às 12h e às 14. Sesc Santo André: Rua Tamarutaca, 302 – Vila Guiomar – Santo André.

Gratuito.

A cantora e compositora faz um show a partir do seu novo CD, “Tudo”. O espetáculo combina samba, galope nordestino, jazz, choro e bossa nova clássica. Entre o repertório, destacam-se “Quero Ouvir João” e “Dor de Amor é Água”. Classificação indicativa: Livre. Sábado (8), às 20h.

Sesc Santo André: Rua Tamarutaca, 302 – Vila Guiomar – Santo André.

Ingressos: R$ 30 (inteira), R$ 15 (meia

A partir de iniciativa do grupo de choro Regional Descendo a Serra em parceria com a Secretaria de Cultura de São Bernardo do Campo, o projeto visa à divulgação do choro por meio de uma grande roda de reaproximação e fortalecimento do estilo musical. Classificação indicativa: Livre.

Domingo (9), às 10h. Parque Municipal Engenheiro Salvador Arena: Avenida Caminho do Mar, 2,980 – Rudge Ramos – São Bernardo. Gratuito.

1º Fest Riacho Bandas de rock independentes do Riacho Grande realizarão o primeiro festival, que contará com apresen-

De Bom Jesus a Milagres Orquestra Filarmônica de S. Caetano O concerto da orquestra sob regência de Sérgio Assumpção contará no repertório com Beethoven e Tchaikovsky. Classificação indicativa: 7 anos. Sábado (8), às 20h30 e domingo (9), às 19h30. Teatro Paulo Machado de Carvalho: Alameda Conde de Porto Alegre, 840 – Santa Maria – São Caetano. Gratuito.

A exposição do fotógrafo Claudio Edinger traz o sertão baiano em imagens com trabalho de camadas de foco e desfoque que remetem aos paradoxos da identidade brasileira.

Classificação indicativa: Livre. Até segunda-feira (7), das 8h às 17h.

Cecape Dra. Zilda Arns: Rua Tapajós, 300 – Bairro Barcelona – São Caetano. Gratuito. (FELIPE LEME). g

São Bernardo Vôlei vence Canoas e está no playoff da Superliga Masculina

VINÍCIUS REQUENA

q A equipe do São Bernardo Vôlei venceu nesta quarta-feira (26) o Kappesberg/Canoas por 3 sets a 0. Com a vitória, a equipe do ABC garantiu a sétima colocação na Superliga e se classificou para os playoffs da competição. Agora, a equipe enfrenta o Sesi-SP em duelo melhor de 3, sendo que duas partidas são na casa do adversário, e uma em São Bernardo.

Para o treinador da equipe, Peu, a fase de playoffs será bastante complicada. “Nossa equipe será exigida ao máximo. Precisamos de toda a concentração possível. Nosso time está bem fisicamente e tecnicamente”, disse.

DIVULGAÇÃO / BRUNA TOLEDO / SM PRESS

Peu ainda destacou a força da equipe do Sesi-SP. “Contra esses times, ou você está jogando no limite ou você dificilmente ganha. Temos que entrar concentrados em acertar o saque na pessoa certa, bloquear. A qualidade individual deles é enorme”, afirmou.

Nos jogos pela fase eliminatória, a equipe do São Bernardo perdeu duas vezes para o Sesi-SP, os dois por 3 a 0. Mesmo com as derrotas, Peu acredita que os jogos foram equilibrados.

“Já demonstramos contra eles que temos condições. Fizemos jogos muito bons. Levamos sets para momentos decisivos em que podíamos ter vencido. Comandamos o placar em alguns momentos da partida”, contou.

REPRODUÇÃO DE VÍDEO / VICTOR HUGO STORTI

BRUNO MADRID

“Nessa fase de playoff, é hora da gente mostrar que o time evoluiu durante a temporada. Precisamos de toda a torcida, lotando o Poli e apoiando nossa equipe”, disse Peu. A equipe do São Bernardo terminou a competição com 30 pontos, na sétima colocação.

O objetivo do treinador era ter alcançado a sexta colocação para fugir das duas melhores equipes da competição. “Havia a possibilidade de terminar em sexto, mas acabamos perdendo um duelo importante contra o Voltaço e a chance foi embora. Hoje temos que enfrentar uma das equipes mais poderosas do vôlei. O Sesi hoje tem metade da seleção brasileira”, afirmou Peu. g

Equipe terminou a competição em sétimo lugar e agora enfrenta o Sesi-SP

São Bernardo tem a terceira maior média de público do Campeonato Paulista q Não é só no resultado em campo que o São Bernardo está surpreendendo no Paulistão 2014. Nas arquibancadas, o Tigre também é destaque. Nos quatro primeiros jogos no estádio Primeiro de Maio, a média de público é de 9.477 torcedores por partida, confirmando a terceira maior do torneio, na frente de São Paulo e Santos e atrás somente de Corinthians e Palmeiras.

O número é alto. Porém, não é o maior do Tigre na história do Paulistão. Em 2011, a equipe estreou na Série A1 do campeonato e, nas quatro primeiras partidas, levou uma média de 11.605 pessoas ao estádio do bairro da Vila Euclides.

Naquele ano, o preço dos ingressos da arquibancada geral era de R$ 30 a inteira e R$ 15 a meia-entrada. Na 5ª rodada, inclusive, foi registrado o maior público e maior renda da história do Primeiro

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ESPORTES

De 28 de Fevereiro a 13 de Março de 2014

6 O PÚBLICO A média de 9.477 pessoas e a renda dos quatro jogos do São Bernardo em casa neste Paulistão: São Bernardo 1x0 Botafogo SP – 1ª rodada –

8.244 pessoas – R$ 126 mil

São Bernardo 0x1 Audax – 4ª rodada –

8.384 pessoas – R$ 128 mil

São Bernardo 3x1 Sorocaba – 7ª rodada –

8.441 pessoas – R$ 127 mil

São Bernardo 1x1 São Paulo – 9ª Rodada –

12.840 pessoas – R$ 293 mil Jogo contra o São Paulo teve cerca de 13 mil torcedores de Maio: no dia 30 de janeiro, 15.159 pessoas assistiram ao empate entre São Bernardo e Corinthians por 2 a 2, com uma arrecadação de R$ 363 mil.

Ano passado, com o aumento do preço dos ingressos feito pela FPF (Federação Paulista de Futebol) – de R$ 30 para R$ 40 na arquibancada geral -, logo na 1ª rodada do estadual, o São Bernardo teve o segundo maior faturamento de sua história em uma partida.

O confronto diante do Santos recebeu 13.436 pessoas e rendeu R$ 345 mil aos cofres do clube do ABC, que perdeu naquela ocasião por 3 a 1. A média de público nos quatro primeiros jogos em casa também foi animadora: 10.346 torcedores.

Nesta edição do Paulistão, o São Bernardo, apesar de estar levando um número menor de torcedores ao seu estádio em relação aos anos anteriores, possui a maior taxa de ocupa-

ção de torcida.

Até agora, em média, 71% do Primeiro de Maio é preenchido por torcedores. O número dá ao Tigre, com folga, a 1ª posição na categoria. O Corinthians, 2° colocado no segmento, ocupa 40% do Pacaembu em seus jogos.

Para o estudante Rodolfo Sundfeld, que foi em três dos quatro jogos do São Bernardo em casa, o torcedor, apesar de comparecer em grande número nas arquibancadas, ainda não se apegou ao Tigre. “O povo da região é apaixonado por futebol e não tem condição de ir aos jogos na capital para ver seu

time de coração. Dos que vão ao estádio, poucos realmente ligam ou torcem somente para o São Bernardo”, afirmou.

Vários projetos da diretoria da equipe estão sendo feitos para que essa identificação com o clube seja mais forte.

Um deles é o “Sou Bernô”, programa que permite se tornar sócio do São Bernardo.

Para isso, basta ao torcedor pagar R$ 49,99 em parcela única para ganhar vantagens, como desconto de até 50% nos ingressos, carteirinha personalizada, brindes e revistas oficiais do Tigre. g

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