RROnline - Edição 1.017

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Rudge Ramos JORNAL

São Bernardo do Campo 4 LEONARDO VANTINI/RRJ

DA CIDADE

de

11 a 24 de Abril de 2014 4 Ano 334 Nº 1.017

3SEGURANÇA

ARQUIVO: MUSEU DE SANTO ANDRÉ/SANTO ANDRÉ EM MEMÓRIA

Escolas e outros locais públicos ganham câmeras Pág. 3

4PARANAPIACABA No destaque, primeiro campo de futebol feito para receber partidas no Brasil passa por reformas.

Pág. 14

Demarchi

MARISTELA CARETTA/RRJ

População aponta congestionamento e falta de segurança como principais problemas de tradicional bairro da cidade. Págs. 4 e 5

Equipes de handebol da Metodista/S.Bernardo estreiam no Paulista. Pág. 15

2

POLÍTICA

- Rudge Ramos Jornal

De 11 a 24 de Abril de 2014

6DE OLHO NA CÂMARA

Justiça aceita denúncia contra secretária de Educação, que pode depor na Câmara LEONARDO VANTINI BRUNO YONEZAWA

q Os vereadores da Câmara Municipal de São Bernardo passaram a última sessão da Casa, na quarta-feira (9), discutindo a convocação ou não da secretária de Educação, Cleuza Repulho, para dar esclarecimentos sobre suposto superfaturamento na compra de uniforme escolar em 2009.

A discussão ocorreu dias depois de a 2ª Vara Criminal de São Bernardo ter aceitado denúncia elaborada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do MP (Ministério Público) do Estado de São Paulo contra a secretária. O juiz, no entanto, negou o pedido de prisão preventiva formulado pelo órgão.

Mais 19 pessoas estão envolvidas no caso.

A administração municipal sempre negou qualquer irregularidade na compra dos uniformes escolares e ontem também negou que a secretária será afastada do cargo.

A proposta para convocar Cleuza Repulho, feita pela oposição, ainda está na fase de recolhimento de assinaturas, mas a base governista pretende esperar o prefeito Luiz Marinho voltar de viagem internacional (a volta estava prevista para ontem) para então chamar a secretária. Como contraproposta, a oposição quer que Cleuza compareça ao plenário com a presença dos 28 vereadores e a imprensa, na próxima semana.

BRUNO YONEZAWA/RRJ

Vereadores da base de apoio ao governo Marinho assinam requerimento de solidariedade a secretária de Educação, Cleuza Repulho

prestados por ela são de significativa relevância para a cidade. “A bancada quis assinar o requerimento a portas fechadas devido à situação complicada em que a secretária se encontra”, disse o vereador Marcelo Lima (PPS).

Ao final da sessão um requerimento de urgência circulou, recolhendo 10 assinaturas de vereadores da base governista.

No documento, a bancada de sustentação declara apoio a Cleuza e diz que os serviços

SUPERFATURAMENTO O MP estadual apontou em um parecer técnico um superfaturamento de cerca de R$ 3 milhões na compra de tênis e mochilas escolares para alunos da rede municipal de en-

4 CONSELHO DIRETOR - Stanley da Silva Moraes - Presidente, Nelson Custódio Fér – Vice - Presidente, Rev. Osvaldo Elias de Almeida - Secretário, Jonas Adolfo Sala, Aureo Lidio Moreira Ribeiro, Kátia de Mello Santos, Augusto Campos de Rezende, Marcos Vinicius Sptizer, Aires Ademir Leal Clavel, Oscar Francisco Alves Junior, Regina Magna Bonifácio de Araújo - Suplente, Valdecir Barreros - Suplente.

4REITORIA - Reitor - Marcio de Moraes, Pró-Reitora de Graduação - Vera Lúcia G. Stivaletti, Pró-Reitor de Pós-Grad. e Pesquisa - Fábio Botelho Josgrilberg 4DIRETORES - Sérgio Roschel (Diretor de

Finanças e Controladoria), Daví Nelson Betts (Diretor de Tecnologia e Informação), Paulo Roberto Salles Garcia (Diretor de Comunicação e Marketing), Débora Castanha (Diretora do Ensino Básico), Carlos Eduardo Santi (Faculdade de Exatas e Tecnologia), Jung Mo Sung (Faculdade de Humanidades e Direito), Fulvio Cristofoli (Faculdade de Gestão e Serviços), Luiz Silvério Silva (Faculdade de Administração e Economia), Paulo Rogério Tarsitano (Faculdade de Comunicação), Rogério Gentil Bellot (Faculdade de Saúde) e Paulo Roberto Garcia (Faculdade de Teologia).

4COMUNICAÇÃO - Paulo Salles (Diretor).

sino. Um sobrepreço de 95% em relação a compras semelhantes pela cidade de Santos. O parecer do MP foi apresentado pelo vereador Júlio Fuzari (PPS), no dia 26 de março.

De acordo com o MP, enquanto Santos adquiriu tênis para estudantes por R$ 15,53, a cidade de São Bernardo comprou por R$ 30,25. A prefeitura nega sobrepreço.

CÓDIGO DE ÉTICA Na sessão de quarta-feira, também foi aprovado por una-

JORNAL

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RUDGE RAMOS JORNAL - PUBLICAÇÃO DO CURSO DE JORNALISMO DA FAC

DIRETOR - Paulo Rogério Tarsitano COORDENADOR DO CURSO DE JORNALISMO - Rodolfo Carlos Martino.

REDAÇÃO MULTIMÍDIA - Editor-chefe - Júlio Veríssimo (MTb 16.706); EDITORA-EXECUTIVA E EDITORA DO RRJ - Margarete Vieira (MTb16.707); EDITOR DE ARTE - José Reis Filho (MTb 12.357); Assistente de Fotografia - Maristela Caretta (MTb 64.183)

nimidade o desarquivamento do projeto de lei sobre o Código de Ética. A proposta é do vereador da oposição Pery Cartola (SDD). O Código de Ética, de autoria do ex-vereador Admir Ferro (PSDB), estava em discussão em 2011, mas, por falta de votação, foi arquivado.

Segundo Cartola, será formada uma comissão mista com os representantes de cada partido para discutir possíveis emendas e modificações ao projeto original. O objetivo é desburocratizar todos os trabalhos internos e dar mais agilidade nas discussões.

O projeto de lei é um regulamento que impõe limites para os vereadores, tanto dentro do plenário quanto fora. “A ideia é regulamentar as ações dos parlamentares para sempre ter transparência. Isso vai trabalhar em conjunto com a mudança do regimento interno”, disse Cartola.

O presidente da casa, Tião Mateus (PT), irá convocar uma reunião na próxima semana para discutir os aspectos jurídicos do projeto. “Vamos transformar o Código de Ética em um instrumento de conduta dos vereadores”, afirmou.

Uma das mudanças no regimento é que todos os vereadores tenham o direito de falar sobre pautas que estão fora da Ordem do Dia. Cartola explicou que “um parlamentar da oposição, por exemplo, não tem o mesmo tempo e nem o mesmo apoio para poder expor suas ideias”. g 4Equipe de Redação: Alysson Rodrigues, Amanda Souza, Bruno Madrid, Bruno Yonezawa, Caio dos Reis, Fernanda Cordeiro, Italo Campos, Leonardo Vantini, Letícia de Oliveira, Lucas Alencar, Oscar Bandtneris, Sergio Neto, Thais Souza, Victor Hugo Storti, Vinícius Requena, Yago Delbuoni e alunos do 5º e 6º semestres de Jornalismo.

4Produção de Fotolito e Impressão: Diário do Grande ABC

São Bernardo inaugura centro integrado para monitorar o município LEONARDO VANTINI BRUNO YONEZAWA

q São Bernardo dispõe de um novo CIM (Centro Integrado de Monitoramento). O modelo, considerado um dos mais modernos do país, conta com 400 câmeras espalhadas pela cidade que são monitoradas 24 horas por dia. O projeto teve um custo total de R$ 21,5 milhões, valor que saiu dos cofres municipais.

Do total, 100 câmeras estão instaladas nos interiores de escolas e as outras 300 estão aos redores de prédios públicos e pontos estratégicos nas principais vias da prefeitura e locais de grande circulação de pessoas. Os equipamentos operam em um raio de 360 graus, alcançando até 1 km. A central possui 28 estações de trabalho e tem capacidade de armazenar as gravações por 15 dias.

O sistema integra em um só ambiente a Guarda Civil Municipal, Trânsito, Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e Defesa Civil. O

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CIDADE

De 11 a 24 de Abril de 2014

vídeo inteligente, dispositivo presente em 200 câmeras, possibilita, por exemplo, que a Guarda Civil Municipal seja acionada automaticamente se houver uma invasão de escola ou que a Defesa Civil atue em caso de deslizamento de terra.

“Essa integração é um processo necessário para melhorar a segurança pública da nossa cidade”, afirmou o prefeito Luiz Marinho, que entregou o novo CIM da cidade na última sexta-feira (4).

Além de Marinho, estiveram na solenidade o presidente da Câmara Municipal da cidade, Tião Mateus (PT), o Secretário de Segurança Pública Municipal, Benedito Mariano, e outras autoridades, como o secretário de Segurança Pública do Estado, Fernando Grella.

Segundo Grella, a integração possibilita ações conjuntas com a tecnologia avançada no atendimento de ocorrências.

“Se quisermos desarticular o crime organizado, temos que trabalhar com a integração de diversos setores e com a alta tecnologia. O sistema implan-

tado na cidade é semelhante ao que é usado em Nova York”, afirmou Grella. O especialista em segurança pública e privada Jorge Lordello afirmou que as câmeras de monitoramento são inibidores da criminalidade. “Os infratores costumam a se sentir intimidados com elas e deixam de praticar crimes, pelo menos naquele local.”

Fazem parte também 20 sensores da Defesa Civil (10 de chuva, cinco de deslizamento de terra e cinco de nível de rio).

De acordo com Mariano, existe um limite para que o monitoramento não entre em conflito com o respeito ao direito constitucional de privacidade. “Todo o servidor que trabalhar na central vai assinar um termo se responsabilizando pelo sigilo das imagens produzidas”, disse o secretário.

Lordello explicou que normalmente centrais de monitoramento têm o cargo de gerente operacional. “Com esse gerente, o operador também é fiscalizado com base nas gravações que ficam armazenadas”, contou. g LEONARDO VANTINI/RRJ

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DE OLHO NA CIDADE OSCAR BRANDTNERIS/RRJ

OBRA EM TERRENO NA PERY RONCHETTI CAUSA TRANSTORNO PARA PEDESTRES E CICLISTAS QUE PASSAM PELO LOCAL OSCAR BRANDTNERIS

q Pedestres e ciclistas encontram dificuldades quando pas-

sam pela calçada ou ciclovia do sentido Centro da Av. Pery Ronchetti, em São Bernardo. O terreno que beira a avenida na altura do número 700 corria riscos de deslizamento e precisou ser contido com cimento.

As obras foram iniciadas há cerca de dois meses e acabaram deixando vários pontos com muita lama, gerando poças de água nos dias de chuva.

Além disso, parte da ciclovia e também a calçada ficaram destruídas, obrigando as pessoas a atravessar a rua fora da faixa ou a seguir pela beira da avenida.

Em nota, a Prefeitura de São Bernardo informou que as obras realmente causam transtorno e que a intervenção faz parte da canalização do córrego Saracantan, que custará R$ 34 milhões.

A previsão de término é somente para 2015. g

Acesse o rronline.com.br e assista o vídeo sobre o Espaço Braille: Considerado um dos melhores do país, sistema usado no município é semelhante ao de Nova York

sobre...

migre. me/iJros

4 - Rudge Ramos Jornal

CIDADE

De 11a 24 de Abril de 2014 FOTOS: MARISTELA CARETTA/RRJ

Trânsito congestionado e falta de segurança são problemas do

Nos horários de pico motoristas enfrentam dificuldade para sair ou entrar no bairro (acima); obra de canalização afeta moradores e deve terminar no meio deste ano (abaixo)

MARISTELA CARETTA VINÍCIUS REQUENA

q A cada 15 dias a reportagem do Rudge Ramos Jornal visita um bairro para descobrir o que ele tem de bom e o que precisa melhorar. Para isso, os repórteres vão contar com a ajuda de moradores, comerciantes e visitantes da região. É o “De Olho na Cidade” ampliado. ongestionamento no trânsito e falta de segurança.

Esses são os principais problemas apontados por moradores do Demarchi, que abriga cerca de 26,5 mil habitantes e tem uma extensão de 5,57 km² de extensão.

Mesmo com esses problemas, moradores e comerciantes ouvidos pela reportagem

consideram o local privilegiado, por estar localizado próximo ao acesso do Rodoanel, facilitando o acesso para rodovias.

Fatima Serrano, 53, é dona de uma papelaria na av.

Maria Servidei Demarchi, está no bairro há 23 anos e reclama da falta de comércio no bairro.

“Cada vez mais os pequenos comércios vão saindo daqui, porque você não encontra muita coisa. A maioria vai para o

centro da cidade, buscar o que quer comprar”, disse.

A moradora e comerciante ainda comentou sobre o trânsito na avenida. “O bairro possui poucas saídas. Você demora muito tempo para atravessar o

bairro. E é em todas as horas do dia, só melhora lá para as 21h”, afirmou.

Para o farmacêutico Gerson Suzuki, 43, o bairro é um lugar agradável para se morar. “O povo é muito amistoso. Faltam

algumas coisas relacionadas à estrutura, mas no todo eu gosto de morar aqui”, contou Suzuki, que reside no bairro desde quando nasceu.

O trânsito também é uma das reclamações de Suzuki em relação ao bairro. “Abro a farmácia às 6h30 e fecho às 20h.

Em nenhum momento essa avenida (Maria Servidei Demarchi) está vazia, mesmo aos sábados e domingos. A malha viária aqui é muito antiga, da década de 80, e não mudou nada daquele tempo. Só que a quantidade de carros aumentou”, explicou.

Com relação à segurança do bairro, Suzuki conta que falta ronda no bairro. “Não tem policiamento, mas quando havia, eles paravam a base móvel na avenida. A população começou a reclamar do trânsito e até fez um abaixo assinado para tirar os policiais. Ronda dificilmente tem, eles passam aqui na avenida de vez em quando. Tenho comércio aqui há 30 anos, e fui assaltado 16 vezes nesse período.”

A moradora do bairro, Iara Gurian, 42, conta que nunca foi assaltada, mas que sempre escuta as pessoas na rua comentando. “Estou aqui há um ano só. Nunca tive problemas, mas sempre escuto que assaltaram ‘tal casa’. Tem segurança particular de moto, mas não adianta muito. Policia não vejo também”, contou.

Comerciantes e moradores reclamaram sobre a obra que está sendo realizada na rua Shultz Wenk. A canalização do rio, de acordo com Suzuki, era para durar menos tempo do que está sendo realizada. “Se esperava mais da obra, pelo transtorno que trouxe. No fim será só para conter a enchente”, falou.

Para Iara, com as obras a tendência é que a situação dos moradores que residem próximos ao córrego melhorem.

“Aqui sempre tinha enchente quando chovia e trazia sempre um mau cheiro. Por enquanto as obras estão atrapalhando, porque a passagem para a avenida principal só acontece por uma rua, já que essa está fechada. Mas acho que vai melhorar a situação quando acabar”, afirmou. g

De 11 a 24 de Abril de 2014

Os córregos Capuava e Ribeirão dos Meninos, no Demarchi, começaram a ser canalizados no primeiro semestre de

Outro lado q Em nota, a Prefeitura de São Bernardo informou que o Departamento de Engenharia de Tráfego executou várias ações visando a fluidez viária no bairro. Entre elas, a inauguração das alças de acesso e do viaduto Moysés Cheid, no Km 22,5 da Via Anchieta, e as alterações no entorno da Praça Miguel Etchenique, que estão em fase final de execução. Além disso, a prefeitura realizou recapeamento do asfalto em toda extensão da avenida Maria Servidei Demarchi, dentro do Programa Rua Nova.

Ainda em nota, a Secretaria de Segurança Urbana informa que viaturas da Ronda Escolar e Ronda Cidadã fazem ações preventivas no Bairro Demarchi nas propriedades municipais (escolas, UBS, etc.) existentes na região. Todavia, a Inspetoria Regional Batistini/Alvarenga providenciará a intensificação de rondas no Bairro.

Os córregos Capuava e Ribeirão dos Meninos, no Demarchi, começaram a ser canalizados no primeiro semestre de 2013. A prefeitura informou que a previsão de término é para a metade de 2014. A intervenção minimizará os impactos causados pelas enchentes na região, beneficiando cerca de 55 mil pessoas.

Para o lazer da comunidade local, a prefeitura informou que o bairro Demarchi oferece o Ginásio Poliesportivo Rolando Marques - Terra Nova - com aulas de ginástica, cursos esportivos, atividades recreativas e o Projeto Tempo de Férias; o Ginásio Poliesportivo Domingos Bartolomeu Preto – Jerusalém - também com aulas, cursos e atividades recreativas; a Praça de Esportes Bartolo Basso - Campo do Jerusalém – com o Projeto Tigrinho e jogos de futebol; e

2013

UBS Demarchi conta com o Projeto De Bem com a Vida, que visa inserir práticas corporais e de lazer no cotidiano dos munícipes

o Campo de Futebol do Jardim Valdíbia – também com atividades do Projeto Tigrinho e jogos de futebol; a EMEB Sandra Cruz Martins Freitas oferece cursos esportivos; e a UBS Demarchi conta com o Projeto De Bem com a Vida.

Além disso, as praças recebem o Projeto Expresso Lazer, que tem atendido a região de forma itinerante. E está prevista a revitalização da Praça Afonso Demarchi - demanda do Orçamento Participativo - e que deve começar nas próximas semanas.

Já na área da saúde, a UBS Demarchi conta com um clínico geral, três generalistas, dois ginecologistas, um psiquiatra e três pediatras. g

Rudge Ramos Jornal - 5

CIDADE

C

om o progresso e a evolução industrial do município, seus herdeiros foram vendendo partes dessas áreas e hoje o bairro Demarchi constitui-se de Jardins e Vilas.

Conheça a história q Onde hoje está localizado o bairro Demarchi já pertenceu à Capitania de São Vicente. O território foi doado pelo rei de Portugal a Martim Afonso de Souza, quando surgiu a primeira vila denominada São Bernardo.

Posteriormente, essa área foi doada pelos herdeiros de Martim Afonso de Souza aos Frades Beneditinos. Naquela época, a faixa onde está o atual Bairro Demarchi pertencia à Fazenda São Bernardo.

Quando se oficializou a imigração, o governo imperial instalou o núcleo colonial, conhecido como São Bernardo antigo. Esse núcleo foi vendido e a cada proprietário foi também oferecido um terreno na parte urbana. A ideia naquela época era morar na cidade e trabalhar na área agrícola, e todas as colônias foram criadas desta maneira.

A Estrada Galvão Bueno, que recebeu esse nome em homenagem ao cidadão paulista, morador da fazenda na altura do Botujuru, era a principal via de acesso na época e cortava toda a região. Mais tarde a estrada foi

MARISTELA CARETTA/RRJ

denominada avenida Maria Servidei Demarchi e mantém o nome até hoje. Às margens dessa estrada formaram-se conjuntos de sítios e seus moradores eram imigrantes italianos que formaram colônias. A primeira família a se instalar foi a família Matheo e Maria Demarchi. Daí a origem do nome do bairro: Demarchi.

Esses imigrantes italianos dedicavam-se ao plantio de vinhas para fabricação de vinho e principalmente à indústria e comércio de carvão. Essas atividades proporcionaram à família Demarchi um enriquecimento de seus bens. Em razão disso, em 1927, com a construção da Represa Billings, a família adquiriu grande parte dessa região.

Com a fabricação do vinho caseiro da família Demarchi, nasceu em São Bernardo o hábito de “tomar vinho nas colônias”, onde se reuniam as duas maiores famílias da região, Demarchi e Batistini, juntamente com seus amigos e, ao mesmo tempo, serviam-se de frango com polenta, costume tradicional de sua descendência.

Por volta de 1940 a 1950 ainda havia esse hábito vigente, só que nessa época passou-se a adotar novo sistema. Marcava-se com antecedência o jantar restrito somente aos convidados. Daí a origem dos famosos restaurantes, hoje considerados pontos turísticos do município: “A Rota do Frango com Polenta”.

A represa e a industrialização acabaram com a plantação de uvas, mas não com o hábito de produzir vinho. Atualmente, produz-se o vinho caseiro nos restaurantes com uvas compradas de outras regiões.

Em 1954, como forma de prestar uma homenagem ao bairro, a família Demarchi cedeu a área onde está localizada a igreja de Santa Maria, que é tombada pelo Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural de São Bernardo.

Em maio de 1957 foi tornado oficial o “Dia das Mães” em São Bernardo e o prefeito da época, Lauro Gomes, instituiu o título de “Mãe do Ano” do município. A primeira a ser considerada “Mãe Símbolo de São Bernardo” foi Maria Servidei Demarchi, a qual deu origem a uma família com 600 membros, todos residindo em São Bernardo. Ela morreu aos 103 anos de idade.

Com o progresso e a evolução industrial do município, seus herdeiros foram vendendo partes dessas áreas e hoje o bairro Demarchi constitui-se de Jardins e Vilas. g

6 - Rudge Ramos Jornal

ECONOMIA

De 11 a 24 de Abril de 2014 FOTOS MARIANA VIEIRA/RRJ

Linha de produção na fábrica de chocolates Pan, em São Caetano, amplia quadro de trabalhos temporários para a data

Páscoa abre vagas para temporários nas fábricas e no comércio do ABC MARIANA VIEIRA

q A Páscoa se aproxima e as empresas do ramo de chocolates se preparam para a data, que é a mais importante para o setor. Segundo a ABICAB (Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados), a abertura de mais de 24 mil vagas temporárias no país reforça a produção, que se intensificou a partir do último trimestre do ano passado para atender a demanda do período.

A ABERTURA DE VAGAS É SEMPRE FAVORÁVEL, AINDA MAIS EM UM MOMENTO EM QUE O MERCADO DE TRABALHO VEM DESACELERANDO A GERAÇÃO DE NOVOS EMPREGOS SANDRO MASKIO, Coordenador Econômico

“

“

“A abertura de vagas é sempre favorável, ainda mais em um momento em que o mercado de trabalho vem desacelerando a geração de novos empregos”, comentou Sandro Renato Maskio, coordenador de estudos do Observatório Econômico da Universidade Metodista de São Paulo. Porém, ele diz que é ainda mais importante a criação de postos fixos de trabalho.

A Pan Chocolates, com loja de fábrica localizada em São Caetano, contratou 20 funcionários temporários, mas

realocou também colaboradores de outros setores para a temporada. Segundo Christian Falchero Molezini, gerente de marketing da empresa, a expectativa de aumento das vendas para este ano é de aproximadamente 12%.

“Depois da Páscoa, é natural que o consumo de chocolates caia durante pouco mais de um mês. No entanto, o aproveitamento da mão de obra temporária será absorvido pela empresa na medida em que os profissionais temporários apresentem capacitação e qualidade”. Ele afirma ainda que nos últimos 10 anos, cerca de 40% dos temporários foram remanejados após a data em toda a fábrica.

Já a Chocolates Munik

Produção de ovos de representa período de maior lucratividade para a indústria de chocolates

admitiu 80 funcionários este ano. Foram 30 para a linha de produção, com sede na capital paulista, e 50 para as 30 lojas, espalhadas pelo Estado. No ABC, a marca conta com quatro temporários para as revendas de São Bernardo, Santo André e São Caetano. Permanecem até a Páscoa os 20 colaboradores contratados para o período de Natal. Segundo Marcia Bergamini Ferreira, gerente de Expansão e Corporativo, a empresa prevê crescimento de 20% em relação ao mesmo período do ano passado.

“A Páscoa é o período mais importante do ano para a indústria de chocolates. Para atender à demanda é fundamental a contratação de mão de obra temporária, pois a data representa 30% do nosso faturamento anual. Dependendo das necessidades da produção, há a possibilidade de efetivação de até 10% deles”, afirmou.

A moradora de Santo André, Flavia Gomes, conseguiu trabalho como degustadora para uma marca de chocolates. Foi contratada na terceira semana de março e permanece até a Páscoa, dia 20 de abril.

Durante esse período, deixou a rotina de cabeleireira para se dedicar ao trabalho na fábrica. Ela conta que mesmo desempenhando essa função pela primeira vez, não encontra dificuldades, pois recebeu treinamento da empresa. Com o salário, pretende colocar as contas em dia. “O bom é que você não enjoa de trabalhar com a mesma coisa sempre, encontra maneiras diferentes de ganhar dinheiro. Mas, infelizmente, é por pouco tempo”.

Segundo a ABICAB, as empresas do segmento estão otimistas em relação às vendas neste período. A expectativa de crescimento das marcas associadas varia entre 6% e 30% e o setor está confiante principalmente nos produtos temáticos, inspirados na Copa do Mundo, que acontece no Brasil no próximo mês de junho. “Uma estratégia diferente neste ano foi colocar os ovos de Páscoa mais cedo nas vitrines, com o objetivo de ampliar o tempo de oferta do produto aos clientes”, disse Maskio. g

MICHELLE ALESSIO

q Eternizado como um dos símbolos fundamentais da Páscoa, os ovos de chocolates são a alegria da maioria das crianças, exceto, para aquelas que não podem desfrutar do produto por questões de saúde.

Como alternativa para os alérgicos, o mercado possui chocolates feitos sem leite e até sem glúten. Os preços variam e o consumidor pode chegar a pagar R$1 em barras de chocolate até R$ 30 em ovos de chocolate de 200g. A compra pode ser feita em casas especializadas de produtos naturais ou em sites na internet.

Existem também os produtos diet, que não tem açúcar e podem ser facilmente encontrados em redes de supermercados e de todas as marcas mais tradicionais VÍCIO Chocólatra assumida, Luana Miranda, estudante de administração, descobriu a alergia a lactose há dois anos.

Em uma festa com os amigos ao comer fondue de chocolate, teve que ser encaminhada ao hospital.

“Sempre comi chocolate e nunca fiquei com o corpo todo vermelho e coçando como naquele dia. Hoje em dia, passo horas no supermercado lendo rótulos e verificando o que contém cada alimento industrializado, esse foi o jeito para não consumir nada que prejudique a minha saúde”, comentou.

Segundo o alergologista Fernando Tavares, de uma clínica particular em Santo André, a dica para não cometer excessos nesses períodos é o autocontrole.

“O problema é comer alimentos em grande quantidade, o segredo é consumir produtos saudáveis, e no caso dos alérgicos quando a vontade de comer chocolates for grande, o ideal é procurar produtos especializados que não possuam em sua composição elementos que causam alergia”, afirmou o especialista.

A melhor forma de conhecer os próprios limites do corpo é realizar um exame

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ESPECIAL

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Chocolates especializados viram aposta do mercado para consumidores alérgicos FOTOS: MICHELLE ALESSIO/RRJ

Luana M verifica iranda compo a s de prod ição industr utos ia no mer lizados cado como f o de prev rma probleminir de saú as de

PREÇOS VARIAM E OS CHOCOLATES CUSTAM DE

R$ 1

EM BARRINHAS ATÉ

R$ 30 EM OVOS DE 200 GRAMAS

especializado. “Existe um nível que o alérgico pode consumir, mas isso é muito particular de cada pessoa e deve ser testado. Por meio desse exame é possível descobrir se a pessoa será alérgica a vida inteira ou se existe cura à doença”, explicou Tavares. g

Famílias trocam ovos por opções mais acessíveis JENNIFER SILVA

q Caixas de bombons, barras de chocolate e trufas são as apostas de muitas famílias do ABC nesta Páscoa para fugir do ovo de chocolate buscando opções mais econômicas para presentear.

De acordo com pesquisa da consultoria Kantar Worldpanel, que analisou hábitos de compra dos consumidores brasileiros, caiu para 24% o favoritismo da compra de ovos de Páscoa no ano passado, 76% preferem adquirir chocolates em barras. A tendência é que esses números sejam ainda maiores.

Segundo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), os ovos tiveram um aumento de 10% este ano, influenciado pela alta do dólar que reflete no preço do cacau.

O morador da Vila Nova Conquista, em Diadema, Manoel Ronaldo da Silva, 43, con-

Acesse o rronline.com.br

ta que os produtos estão muito caros e que por este motivo, dará aos sobrinhos barras de chocolate.

“Fui ao supermercado e levei um susto com o preço dos chocolates. Tenho sete sobrinhos, se eu resolver dar ovo de Páscoa para todo mundo, meu salário vai embora”, relatou.

Para Silva, não há motivos de gastar tanto com algo que para ele é somente “beleza”.

“Para falar a verdade, a gente compra um ovo de Páscoa só por causa do formato e do que vem dentro, porque se for pensar bem, chocolate é chocolate sempre, não importa o formato”, disse.

O auxiliar de segurança do trabalho, Rubens Paiva, 31, diz que até algum tempo atrás não sabia o quanto era vantajoso comprar uma barra de chocolate em vez de um ovo de Páscoa.

“Vi uma postagem no Facebook que comparava o preço

e o peso dos ovos de Páscoa e das barras de chocolate, a diferença entre os dois era de quase R$15, sendo que um tinha 10 gramas a mais que o outro. Quando vi aquela informação, me senti um burro”, falou.

O que para muitos é sinônimo de tradição, para outros o que importa mesmo é a economia realizada no final do mês. A dona de casa, Francisca Figueiredo, afirma que alguns costumes da data não são fáceis de seguir a risca, e que assim, para presentear 18 pessoas da família, optou por produtos mais baratos.

“Eu sei que as crianças preferem os ovos de Páscoa por causa do que têm dentro, mas eu posso ir até uma loja e comprar um brinquedo, ao invés de comprar um ovo que vem com uma bonequinha. Quando compro caixa de bombom para presentear, faço uma economia de mais ou menos R$ 65.”

Para ter uma ideia, um ovo de Páscoa pesando 350 gramas, custa em média nos supermercados R$ 29,90, já a barra de chocolate que pesa em torno de 200 gramas, custa R$ 4,99, a caixa de bombom R$ 6 e as trufas R$ 1,45 cada. g

e assista o vídeo sobre a produção caseira para ovos de Páscoa: migre.me/iJmvL

8 - Rudge Ramos Jornal MARIANA FONTAINHAS q Uma pista de 250 metros quadrados, localizada em Santo André, vira uma espécie de Interlagos para os amantes do automodelismo. São carros miniaturizados, que pesam em média 1,7 quilo, movidos a combustão ou a eletricidade, que podem atingir até 120 km por hora e são pilotados por controle remoto.

E quem acha que é um esporte para crianças é porque ainda não viu de perto a competitividade dos adeptos do automodelismo.

Um dos frequentadores da pista é o engenheiro automotivo Rafael Sea, 30, morador de Diadema.

Ele manobra um automóvel elétrico, de quatro portas, e curte a pista de Santo André há oito anos. Segundo ele, o esporte exige dedicação e altos investimentos.

Um simples carro de iniciante pode variar de R$ 1.000 até R$ 6.000. “Eu trago meu filho, mas eu não brinco com ele na pista.

Aqui não costuma vir muitas crianças, porque os carros são caros e as crianças querem pegar na mão e o carrinho pode acabar caindo.”

Cada automóvel tem uma finalidade. Existem modelos para andar na terra, na grama e em ruas, chamados de Off Road, e aqueles para andar em pistas, normalmente em terrenos de estabelecimentos, conhecidos como On Road. A pilotagem é feita por meio de um rádio controle com comandos para direção, aceleração e freio.

“Normalmente, a prática do automodelismo começa na rua ou em estacionamentos e parques.

A diferença é que, quando você vai para a pista, a brincadeira passa a ser um hobbie mesmo”, afirmou Sea. Ainda de acordo com o engenheiro, o maior desafio é aprender a controlar o carro. “Uma boa ideia para um iniciante é fazer uma simulação de uma corrida para treinar, o que também pode ajudar a analisar os diversos tipos de carros disponíveis nesse mercado, os diferentes tamanhos e conceitos.”

Sea sugere, para quem é iniciante, adotar o modelo elétrico, por ser mais fácil de manusear e preparar para uma corrida. Para ele, a principal lógica para quem está aprendendo é pilotar o carrinho imaginando estar dentro dele.

O engenheiro, Alan Pickhall, 66, também é adepto do automodelismo. Morador da zona sul de São Paulo, vai até Santo André para aliviar o estresse da sema-

ESPECIAL

De 11 a 24 de Abril de 2014

Santo André vira Interlagos do

FOTOS: MARIANA FONTAINHAS/RRJ

Rafael pratica o Automodelismo há oito anos e é apaixonado por seu carro. Nas competições, ele prefere os elétricos

Pouca opção de espaço prejudica a modalidade PAOLA CRUVINEL

na. Ele contou que começou a se interessar pela modalidade por meio do filho. “Meu filho tem 34 anos e já participou do Mundial e foi campeão do Brasileiro por duas vezes. Foi um incentivo para mim”, afirmou.

Outro praticante é Bruno Alves, 19, que trabalha com venda de produtos por meio de um site.

Ele pratica a modalidade há quatro anos, mas reclama da falta de divulgação do esporte. Para ele, pode ser que o esporte venha a ser extinto. “No Brasil, a gente não tem muita divulgação desse hobbie, e se tivesse, com certeza mais gente se interessaria. Infelizmente, a gente mora num país onde uma boa parte das pessoas não tem condições de desembolsar mais de R$ 1.000 para começar a brincadeira. Tem muita gente que nem sabe que o automodelismo existe”, explicou Bruno. g

Pit Stop: carro elétrico percorre box da pista de automodelismo com 250 metros quadrados localizada no Sam’s Club de Santo André. Asfalto do circuito é especial para os carrinhos

q Com mais de 200 associados, a AARC (Associação de Automodelismo Radio Controlado do ABC) é um dos maiores grupos de automodelismo do Brasil. Criada em 2001, a entidade conta hoje com cerca de 100 integrantes efetivos que se reúnem com frequência nos finais de semana, seja para competir, ou apenas se divertir.

Os associados utilizam a pista de um terreno localizado dentro do Sam’s Club, em Santo André. O presidente da AARC, Leonardo Anselmo de Abreu, disse que uma das maiores dificuldades da modalidade é conseguir terreno disponível para construir pistas, tanto pelo valor elevado como pela falta de espaço.

“O automodelismo no Brasil em geral é um hobbie caro que tem toda uma infraestrutura e vive de

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doação. A pista do Sam’s é a única que temos até agora no ABC, as outras são as de rua, chamadas de Off Road”, disse Abreu.

Segundo o dirigente da AARC, as pistas chamam atenção dos praticantes pois têm toda uma competitividade em ver quem bate um novo recorde ou faz a volta mais rápida, além de ser um lugar para se divertir, conversar e descontrair com outros esportistas do gênero.

Grande parte dos sócios da associação são homens, porém as mulheres também têm seu espaço garantido, ainda que minoritário.

“Todos têm um hobbie, algo diferente para fazer. Tem gente que gosta de jogar futebol, outros, videogame, e tem gente que gosta de carrinho. É algo que chama a atenção, seja pelo barulho ou pela velocidade”, disse.

A primeira etapa do Campeonato Brasileiro Radio Controlado de 2014, que deve contar com competidores de várias partes do País, não será mais sediada na pista do ABC pois a AARC e a Febarc (Federação Brasileira de Automodelismo Radio Controlado) não chegaram a um acordo sobre os custos para promover o campeonato. g

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ESPECIAL

Pilotar carrinho pesa no bolso MARIANA FONTAINHAS/RRJ

RAPHAEL ANDRADE

O automodelismo é um esporte caro, que tem pouca divulgação e ainda poucas lojas que comercializam os acessórios para quem quer praticar.

De acordo com o gerente da loja Point Modelismo, Roberto Pillegi, o esporte não é para qualquer um.

Em geral, o praticante deve gastar no mínimo R$ 1.000 para adquirir um carrinho.

Um dos modelos vendidos na loja de Pillegi, que fica no bairro da Mooca, em São Paulo, é o FW6 – Kyosho Aston Martin que, totalmente equipado e com controle remoto, acaba saindo por R$ 1.540. “Para a pessoa que quer pegar um carrinho pra começar, sentir como é, ela vai gastar na faixa de R$ 1.700 para brincar em uma pista.

Agora, se for para se divertir na rua mesmo, você encontra

Parafernália: praticantes levam diversos equipamentos para o circuito, como jogos de chaves, alicates, baterias, motores, cabos e tudo o que é necessário para por o carro na pista

q

carros mais baratos, que já vem com tudo o que é necessário para por o carro na rua”, contou. Esses tipos de carros são todos customizáveis, e o corredor pode escolher desde a cor da carroceria até o tipo de motor que o automóvel terá, de forma muito semelhante a um carro de verdade. Porém, quanto mais específico e potente o

carrinho é, mais caro ele fica.

Por outro lado, para competir profissionalmente, o investimento é bem mais alto. Vários fatores devem ser levados em consideração ao escolher o modelo, como as rodas, tipo de motor, material da carroceria e controle para o carro.

Por isso o preço pode variar muito. “Se você quiser

participar das provas e campeonatos, tem que ter um equipamento um pouco mais caro, na faixa de R$ 4.000 ou R$ 5.000. Esses carros são mais rápidos e o praticante também tem que ter um pouco mais de habilidade para pilotá-los”, disse o gerente.

Para o engenheiro Jean Alou, 54, que acompanha o esporte há 30 anos, chega um ponto em que os praticantes deixam de contabilizar os gastos. “Que minha mulher não saiba disso, mas acho que, até hoje, se pegar todo o dinheiro que já gastei com os carrinhos eu poderia comprar um Camaro”, disse. g

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REGIÃO

De 11 a 24 de Abril de 2014 FOTOS: RODRIGO MOZELLI/RRJ

RODRIGO MOZELLI q Cerca de quatro milhões de brasileiros doam sangue anualmente. Parece muito, mas, segundo o Ministério da Saúde, esse número corresponde a 1,9% da população do Brasil. Porém, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o recomendado é que entre 3% e 5% dos habitantes de um país faça doação todo ano. Mesmo mundialmente, o indíce é pequeno, pois, ainda de acordo com a organização, 92 milhões de pessoas praticam esse gesto, por volta de 1,3% da população mundial.

No ABC, uma forma de doar é por meio da Colsan (Associação Beneficente de Coleta de Sangue). De acordo com Solange Aparecida Rios, 49, gerente administrativa da entidade, a capacidade de atendimento na coleta é de 6.200 a 6.500 doadores por mês. “Conseguimos manter de 4.000 a 4.500, e essa quantidade nos permite manter o estoque”, afirmou.

A Colsan atende a nove hospitais na região, mais dois no litoral paulista. Para manter todos os centros de atendimento dentro dos níveis aceitáveis, Solange contou que o órgão busca ajuda de escolas, faculdades e empresas para ajudar na divulgação e na importância de se doar sangue. “A gente não pode ficar com os braços cruzados, senão, a quantidade de doadores cai.”

Nos períodos de férias, feriados e no inverno, o número de doadores cai na região.

“Estamos preocupados com a época da Copa do Mundo”, disse Solange, que completou: “Nossa busca por doadores é diária, e não pode parar.” Isso é necessário, pois uma bolsa de sangue só é aproveitável por 35 dias.

Os hospitais atendidos pela Colsan no ABC são: Hospital Marcia Braido, em São Caetano, Hospital da Mulher e o Hospital Mario Covas, em Santo André, HMU (Hospital Municipal Universitário), Hospital Anchieta e Hospital Municipal de Clínicas, em São Bernardo.

PROJETOS Além da Colsan, a Cruz Vermelha de São Paulo também tem projetos voltados para a conscientização de doar sangue. Um deles é o Clube 25, realizado em escolas, no qual jovens entre 18 a 25 anos parti-

De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o recomendado é que entre 3% e 5% de habitates faça a doação

doado na região vai para nove hospitais

DIVULGAÇÃO

Clube 25 visa mostrar para os jovens a importância de fazer a doação; acima, fachada da Colsan cipam de um jogo de perguntas e respostas sobre o funcionamento da doação de sangue e se comprometem a doar entre duas e três vezes ao ano. Cerca de 100 estudantes já participaram do projeto.

Para estimular a doação, foram criadas datas come-

morativas. Uma delas é em 14 de junho, considerado o Dia Mundial do Doador de Sangue, criado pela OMS em 2004. No Brasil, o dia 25 de novembro é considerado o Dia Nacional do Doador de Sangue, promulgado em 1964.

Outra ação que pretende mo-

bilizar a população é uma bolsa de sangue gigante, uma espécie de escultura móvel idealizada pelo artista Eduardo Srur, a convite da Johnson & Johnson.

Com o slogan “Carinho inspira carinho”, a empresa espera sensibilizar as pessoas com este sentimento, especialmente du-

rante a Copa do Mundo. A bolsa de sangue vai passar pelas cidades-sede da competição. A partir disso, a organização vai implementar uma grande campanha esperando receber 20 mil doações.

O Ministério da Saúde também criou algo parecido. Nesse caso, a Otima, empresa responsável pelos anúncios em pontos de ônibus na cidade de São Paulo substituiu dois espaços publicitários por grandes bolsas de sangue. Um mecanismo fará com que o nível do líquido, parecido com sangue, varie de acordo com o número de citações à frase “#doesangue e ajude a aumentar os estoques” por meio de divulgação no Twitter. O nome da campanha é “Seja para quem for, seja um doador”. g

Doação é fundamental, mas exige cuidados específicos YAGO DELBUONI q Doar sangue é importante, mas não são todas as pessoas que estão habilitadas a fazer este gesto. Quem é hipertenso, pesa menos de 50 quilos, tem menos de 16 anos ou mais de 67, tem anemia (um exame para checar é realizado momentos antes da doação), ou é portador do vírus HIV ou teve malária não pode doar.

Apesar das restrições, outra questão é a falta de costume do brasileiro em fazer doação. Essa é a opinião do hematologista do Centro Hospitalar de Santo André, Paulo Bortolotti. Segundo ele, o brasileiro não procura os bancos de sangues porque não viveu necessidades extremas.

“Historicamente, um aspecto para que o brasileiro não doe é o fato de que o país não ter vivido uma guerra, ou grandes catástrofes, como a Europa, que passou pela Primeira e Segunda

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REGIÃO

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Guerra Mundial, e lá se criou o hábito de doar sangue”, disse.

O hematologista afirmou também que o ato da doação é fundamental tanto para dar o suporte para tratamentos de doenças graves, como em casos de emergência. “Hoje em dia ,existem tratamentos sofisticados que são agressivos, como quimioterapia, transplante de fígado e medula. Para isso precisa de transfusão para o paciente sobreviver. Também existe o aspecto da violência urbana e no trânsito. Chegam pacientes às unidades de emergências para fazer cirurgia.

Portanto, precisa-se cada vez mais de sangue”, explicou.

TIPOS Todo sangue doado é separado por especificações. Por exemplo, quem tem sangue do tipo O pode doar para pacientes dos grupos sanguíneos A, AB, B e O.

Já quem tem sangue tipo A pode fazer a doação para quem os grupos A e AB. Os integrantes do grupo B podem ceder sangue para os grupos B e AB. E o grupo AB só pode receber sangue do mesmo tipo.

Bortolotti disse que é importante se atentar a este fator pelo fato de que na hipótese de uma pessoa receber o sangue de outro tipo pode causar queda na pressão, alterações na função renal e o paciente pode correr risco de morte.

Um exemplo de doadores de sangue é a comerciante Marcia Luiza Demarchi, 49.

Moradora de São Bernardo, ela começou a doar há 18 anos, depois de o avô passar por uma fase em que precisou receber sangue de outras pessoas: “Na época, eu senti de perto a necessidade de doar.

Assim comecei a participar.”

Marcia doa uma vez por ano, e lembra que este ato não causa

6 QUEM PODE DOAR:

Quem tem entre 16 e 67 anos; Estar em boas condições de saúde; Pesar acima de 50 quilos; Estar alimentado, porém evitar refeições gordurosas; No dia da doação, levar um documento com foto; acompanhados Doadores menores de 18 anos devem estar por um responsável. consequências para o doador. “É algo fácil e simples que não vai fazer falta, porque, se você doar uma bolsa (475 ml), em pouco tempo você recupera”, disse.

Outra doadora é a professora Cleuza Bávaro, 51, de Ribeirão Pires. Ela doou sangue há cinco anos e foi incentivada por campanhas realizadas em sua cidade. “Estava sendo feita

uma campanha, o centro de sangue estava com um problema e estavam necessitando.

Não custava nada e aproveitei que estava dentro do peso, idade e fiz questão de participar da campanha.”

Cleuza falou que, quando doa, se sente bem. “Sinto paz, porque eu estou ajudando alguém.” g

Ex-doadores agora dependem de sangue de outras pessoas MARINA CID q O aposentado Edmo Alves não aparenta seus 76 anos. Morador de Diadema há 37 anos, ele precisou de transfusão de sangue depois de ficar anêmico por causa de uma diverticulite, uma inflamação no intestino, que o fez perder sangue. Em maio do ano passado, Alves recebeu a transfusão de três bolsas de sangue.

Alves teve sorte, pois a doação foi em família. Ele contou que o sobrinho e a esposa dele foram os doadores. Contudo, ele sentiu na pele o quanto é importante a doação de sangue. “O brasileiro doa pouco.

Foi o maior sacrifício porque, se não fossem meus parentes, eu não teria conseguido”. Totalmente recuperado, o aposentado, natural de Minas Gerais, toma apenas um suplemento diário de ferro.

Um conterrâneo de Alves, que mora em Ribeirão Pires há 42 anos, Vicente de Paula

Quintão, 75, também passou por uma transfusão de sangue, mas em circunstâncias diferentes.

Em 2009, após um exame, os médicos descobriram tumores em seu intestino. Quintão foi submetido a uma cirurgia para a retirada dos tumores, mas, no pós-operatório, contraiu uma infecção. Ele precisou retirar seu sangue infectado e repor com novo. Para essa transfusão, precisou de duas bolsas de sangue.

No entanto, um ano depois, ele sofreu uma parada cardíaca e precisou de uma cirurgia no coração. Nessa operação, recebeu 16 bolsas de sangue.

O aposentado teve uma recuperação rápida e em dez dias estava em casa.

Os dois aposentados mineiros precisaram de bolsas de sangue recentemente. Porém, quando jovens, foram doadores.

Alves já doou cerca de seis vezes. “A Colsan passava na porta da firma em que eu trabalhava

FOTOS: YAGO DELBUONI/RRJ

Edmo (no destaque) e Vicente já foram doadores na juventude e recentemente receberam transfusão sanguínea

com um ônibus, levava todos os funcionários, nós fazíamos ficha e até ganhávamos um brochezinho”, contou.

Já Quintão tem até uma carteirinha de doador da qual ele se orgulha. Pai de nove filhos, três deles seguem seu exemplo e são doadores voluntários. “Se não fosse a idade, eu ainda doaria.

A todos que me pediram, fui e doei. É muito útil poder ajudar alguém. Como não doo mais, ajudo a arrumar pessoas quando algum amigo precisa.” g

6ONDE DOAR NA REGIÃO 4 Centro Hospitalar Santo André Av. João Ramalho, 326, Centro – Tel.: 4433-3718 4 Hemocentro Regional de São Bernardo – COLSAN Rua Pedro Jacobucci, 440, Jardim das Américas (atrás do Poupatempo) - Tel.: 4332-3900 4 Núcleo Regional de Hemoterapia Doutor Aguinaldo Quaresma – São Caetano Rua Peri, 361, Osvaldo Cruz – Tel.: 4227-1083

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CIDADE

Rua Kara passa por obras de ampliação SERGIO NETO YAGO DELBUONI

q A rua Kara, no Jardim do Mar, passa por ampliação. A via liga a avenida Kennedy até a avenida Senador Vergueiro. Com as obras, a expansão será até a avenida Aldino Pinotti, na altura da rua Dr. Marcel de Preotesco, responsável pela ligação até avenida Pereira Barreto.

Segundo a prefeitura, o orçamento previsto é de R$ 1,6 milhão.

No projeto inicial, o término das obras estava marcado para abril deste ano, mas elas estão em atraso devido à drenagem que está sendo realizada na avenida Aldino Pinotti. De acordo com a administração municipal, a previsão de nova data de entrega é em julho.

O intuito da obra é reduzir o trânsito na região do Paço em até 30%. A rua atualmente tem 600 metros de extensão e será ampliada para 1.200 metros. A via tem 15 metros de largura. Para o prolongamento, está sendo usado o terreno que antigamente pertencia à fábrica têxtil da Tognato. A iniciativa partiu dos moradores do bairro.

O aposentado, Antônio de Almeida, 58, é morador do Baeta Neves e convive

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Prolongamento da via resolve antigo problema de trânsito, entre av. Kennedy, Vergueiro, Aldino Pinotti e no Centro

SERGIO NETO/RRJ

diariamente com o trânsito na região. “Acredito que esta obra vai facilitar o trânsito.

Já cheguei a ficar mais de 40 minutos para cruzar a região do Paço.”

Para descongestionar o tráfego na área central é possível utilizar vias alternativas, como as avenidas Lauro Gomes e Aldino Pinotti, porém em horário de pico, elas ficam congestionadas. g

Com aumento de 600 metros, rua passa a ligar duas importantes avenidas do município

Casos de infecção do vírus HIV na cidade tem redução de 37% no período de um ano CASOS DE HIV NOTIFICADOS SÃO BERNARDO DO CAMPO

2012

q O número de novos casos de infecção pelo vírus HIV notificados em São Bernardo diminuiu 37% em um ano. Em 2013 foram 253 ocorrências, contra 403 em 2012. Considerando apenas o gênero, nos homens a queda foi de 28% (269 para 194) enquanto que nas mulheres a redução foi ainda maior 56% (134 para 59).

A secretária de Saúde do município, Odete Gialdi, afirmou, no entanto, que o resultado é afetado pela baixa procura para a realização dos testes, além do descaso das pessoas com relação às DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis).

“Grande parte da população não se considera em situação de risco para o HIV”, disse Odete, em resposta por e-mail.

A Secretaria de Saúde de São Bernardo realiza diversas ações preventivas, como a distribuição gratuita de preservativos masculinos em unidades

de saúde. Em 2014, esse serviço vai estar disponível em outros locais da cidade, como os parques Chácara Silvestre, Raphael Lazzuri e Salvador Arena.

Outra ação que será realizada neste ano é a da aproximação dos cidadãos com os profissionais da saúde para um melhor entendimento da infecção. “A presença da equipe técnica do CTA (Centro de Testagem e Aconselhamento) em eventos de grande porte no decorrer do ano de 2014 será maior, permitindo um contato mais próximo com a população, para desmitificar preconceitos sobre o HIV, a Aids e os testes”, afirmou Odete.

Qualquer cidadão que quiser se informar melhor sobre o HIV pode ir até o CTA, localizado na avenida Armando Ítalo Setti, número 402, salas 309 e 310, ou ainda pelos telefones 4126 9808 e 4126 9821. Também é possível tirar dúvidas e esclarecimentos pelo Disque Aids SBC, no número 0800 772 3233. g

HOMENS

MULHERES

134

269

TOTAL -

2013

VICTOR HUGO STORTI

403

HOMENS

MULHERES

194 TOTAL -

59 253

Município recebe prêmio por ação contra tuberculose ALYSSON RODRIGUES

q São Bernardo foi premiado pelo CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo) em razão do programa de prevenção contra a tuberculose que o município vem desenvolvendo. Desde 1975, o CVE auxilia no combate e controle da doença.

Na cidade, há o Programa de Controle da Tuberculose. Uma das formas de se detectar a doença é quando um paciente realiza o teste de HIV, para saber se é soropositivo. Quem é contaminado pelo vírus da Aids está mais propenso a desenvolver a tuberculose.

“Muitos pacientes somente descobrem que possuem a tuberculose quando vão fazer o tratamento do HIV”, afirmou Andreia Zamignani, coordenadora do programa no município. Segundo dados da ONU, que instituiu 24 de março como o Dia Mundial da Tuberculose, pessoas contaminadas pelo vírus da Aids têm mais de 30% de chance de desenvolver a tuberculose. O Brasil é um dos países com mais diagnósticos da tuberculose no mundo. Atualmente, são 115 mil casos comprovados.

No último trimestre de 2013, dos 55 casos de tuberculose detectados no município, mais de 90% foram por obtidos por meio do teste de HIV. A Secretaria de Saúde de São Bernardo promove campanhas duas vezes por ano, com testes gratuitos e a entrega de informativos para a prevenção da doença e até para diagnosticar com antecedência.

O controle e prevenção da tuberculose também são feitos por intermédio das UBSs (Unidades Básicas de Saúde), que realizam um exame. No caso de o resultado ser positivo, agentes comunitários da Saúde visitam a casa do paciente e passam a fazer um acompanhamento.

O tratamento é longo, podendo ultrapassar o mínimo que é de seis meses. “ Caso o paciente consiga seguir todas as orientações e recomendações, suas chances de cura podem chegar a 95%”, disse Andreia. Segundo o Ambulatório Especialidades Médicas , são 214 pacientes que recebem acompanhamento e tratamento no Programa de Tuberculose, localizado na Rua Armando Ítalo Setti, 402, no Centro.

Outra ação praticada em São Bernardo contra a doença é a parceria com o Centro de Detenção Provisória (CDP) do município.

Atualmente, são 17 presos que são tratados no sistema municipal de Saúde. A parceria com o CDP visa a capacitação dos agentes de saúde da unidade, com a realização de exames laboratoriais e acompanhamento dos casos na região.

Os indícios da tuberculose são tosse em mais de três semanas, febre, emagrecimento contínuo, suor excessivo, fraqueza do corpo e ausência de fome. O vírus pode ser prevenido com a aplicação da vacina Bacillus Calmette-Guérin (BCG) nas crianças a partir do nascimento. g

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Peça Treze é reencenada na Metodista SERGIO NETO

q A peça “Treze”, protagonizada por Paulo Goulart Filho e Wagner Molina, é reapresentada no dia 15 de abril, às 19h30, no Salão Nobre da Universidade Metodista. O evento é uma iniciativa do Núcleo de Arte e Cultura da instituição.

O espetáculo é escrito por Sérgio Jockymann e dirigido por Bárbara Bruno. Quem deseja assistir à apresentação precisa fazer a doação de

um litro de leite que deve ser entregue no Núcleo de Arte e Cultura a partir do dia 11 de abril.

A peça, que já foi encenada anteriormente em 1979, faz parte do projeto Teatro nas Universidades, do Ministério da Cultura em parceria com a Drogaria São Paulo. Na primeira vez que foi realizado, o espetáculo teve no elenco Paulo Goulart e Rubens de Falco.

Paulo Goulart Filho começou a carreira em 1976, na

Rudge Ramos Jornal - 13

CULTURA FOTOS: DIVULGAÇÃO

Paulo Goulart Filho e Wagner Molina encenam peça Treze antiga TV Tupi. Além de atuar, o ator também é dançarino e já atuou em diversas peças de teatro como “Enfim Sós”, “Dona Rosita, a Solteira” e “Poe, a Inveja Dos Anjos”.

O ator comentou o que espera do espetáculo. “O objetivo é

atingir uma maior quantidade de público dentro da universidade. E a expectativa é de lotar o teatro”, disse o ator.

A história retrata a vida de Paulo, empresário bem sucedido, e Pedro, seu motorista.

Em uma tarde de domingo,

os personagens se encontram sozinhos em um sítio localizado no interior de São Paulo.

Enquanto esperam por um proprietário para concluir uma negociação, Paulo começa a reparar na ansiedade de seu funcionário ao ouvir os resultados dos jogos de futebol da semana.

O empresário então descobre que Pedro está prestes a acertar os números em um bilhete de loteria, na semana em que o resultado dos 13 jogos surpreendeu a todos.

Começa assim uma discussão entre eles.

SERVIÇO “Treze” Auditório do edifício Sigma – Universidade Metodista – Rua: Alfeu Tavares, 149 – Rudge Ramos – São BernardoDia: 15/04 (terça-feira), às 19h30 - Ingressos: Para garantir o ingresso, é necessário a doação de 1 litro de leite . g

6 ROTEIRO INFANTIL Bate-papo na Feira O espetáculo traz a história de produtos de uma granja que conversam entre si. Neste bate-papo, a laranja, o tomate, a berinjela, o mamão e outras frutas falam sobre suas vitaminas e nutrientes. Livre. Sábado (12) e Domingo (13), às 16h, no Teatro Lauro Gomes: rua Helena Jacquey, 171, Rudge Ramos – São Bernardo.

Ingressos: R$ 4 (inteira) e R$ 2 (com apresentação da filipeta).

Os Três Porquinhos

q MÚSICA Rock Park Festival 2014 O primeiro evento de festival de rock do ano vai reunir as bandas da região. As atrações confirmadas desta edição são as bandas Decrux e Garage Dezoito. Grátis.

Classificação livre. Domingo (13), às 14h, no Parque Municipal Engenheiro Salvador Arena na Av. Caminho do Mar, 2,980 – Rudge Ramos – São Bernardo.

Toca Viola Neste mês o projeto da prefeitura traz o paulistano Junior da Violla para apresentar o seu repertório de viola instrumental, que mistura MPB, rock e música flamenca. Além disso, o show conta com faixas do seu disco Chão

Marcado. Livre. Gratuito. Sábado (26), às 17h, no Parque Municipal Salvador Arena, Av. Caminho do Mar, 2,980 – Rudge Ramos – São Bernardo.

A adaptação do clássico dos irmãos Grimm conta a história de três porquinhos que decidem construir suas casas para sem proteger do lobo mau, cada porquinho constrói sua casa com um material, e o lobo vai tentar destruir as casas. Livre. Sexta-feira (11), às 10h, 14h e 20h, no Teatro Lauro Gomes: rua Helena Jacquey, 171, Rudge Ramos – São Bernardo.

Ingressos: R$: 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada para estudantes e pessoas com 60 anos ou mais).

Acesse o rronline.com.br e assista o vídeo

Rapunzel A clássica história infantil da princesa presa na torre é interpretada pela Cia. Le Plat du Jour de modo irreverente. Além disso, a peça traz manipulação de bonecos, mímica, mágica e teatro de sombras.

Livre. Sábado (12), às 16h - Teatro Santos Dumont: Av. Goiás, 1111 – Santo Antônio – São Caetano.

Ingressos: R$ 10 (inteira), R$ 5 (meia entrada para estudantes, professores da rede pública, usuário do Sesc e dependentes). g FERNANDA CORDEIRO

sobre o artista que fabrica instrumentos musicais caseiros: migre.me/iJrJ6

14 - Rudge Ramos Jornal BRUNO MADRID

q Exatos 120 anos após sua inauguração, o primeiro campo de futebol planejado para receber partidas no Brasil vai passar por reformas. Localizado em Paranapiacaba, o espaço, hoje degradado, é um dos contemplados pelo PAC – Cidades Históricas, do governo federal.

Segundo o secretário de Gestão e Recursos Naturais de Paranapiacaba, Ricardo di Giorgio, a revitalização termina no ano que vem. “Faremos um restauro em mais de 240 imóveis, e um deles é o campo. Ele será todo reformado e, se tudo ocorrer dentro do planejamento, ficará pronto em março ou abril do ano que vem.”

Não se sabe ao certo o mês em que o estádio foi inaugurado, em 1894. Atualmente, o campo se encontra deteriorado. A altura da grama chega a ter mais de 30 centímetros em alguns pontos, não há rede nos gols e a arquibancada está mal conservada.

Giorgio também falou a respeito dos projetos turísticos na vila para a Copa do Mundo.

“Santo André é a única cidade do ABC que vai receber o Fifa Fan Fest (espaço que a entidade vai disponibilizar telões para que o público assista às partidas da Copa). Nossa intenção é trazer o turista para Paranapiacaba com a finalidade de mostrar onde tudo começou”, disse.

No fim do século 19, época onde o futebol era feito pela e para a elite, os operários da São Paulo Railway - primeira ferrovia do Estado -, a maioria inglesa e apaixonada por futebol, trouxeram o esporte para a vila e, segundo o historiador e monitor cultural Eduardo Pin, foram pioneiros.

“Na planta de execução da Vila Martin Smith, que é a parte mais baixa de Paranapiacaba, já havia o projeto para a construção do campo de futebol. Enquanto o futebol nasce dentro de um amadorismo em outros lugares, na vila já se pensou em criar um campo especificamente para a prática do esporte”, afirmou.

De 11 a 24 de Abril de 2014

ESPORTES

Campo de futebol de REPRODUÇÃO/RRO

Paranapiacaba passa por reformas

MARIO GALUZZI/ARQUIVO PESSOAL

Time do Lyra Serrano no primeiro campo planejado do Brasil

Há relatos de que Charles Miller, pai do futebol, provavelmente tenha atuado no campo da vila. Nascido em 1874, o brasileiro, filho de europeus, esteve diretamente ligado a Paranapiacaba. “Ele era funcionário da São Paulo Railway, então muito provavelmente ele tenha passado pela vila e, consequentemente, pelo campo”, disse Pin. O time que mais utilizou o campo certamente foi um clube local que surgiu da união entre futebol, música e cinema. Em 1903, foi fundado o Serrano Futebol Athletic Club, criado especialmente para o esporte.

Na década de 20, no entanto, o clube se uniu à Associação Recreativa Lyra da Serra, estabelecimento social que era destinado à divulgação do cinema e da música. Com a junção, a equipe passou a se chamar Clube União Lyra Serrano.

O time chegou a disputar diversas partidas oficiais e competiu nas divisões inferiores do Campeonato Paulista. Vários confrontos foram realizados no campo, que, na época, era cuidado pelo próprio clube.

Há também, na sede social do Serrano, um troféu relativo a uma partida entre a equipe e o Corinthians, disputada na década de 20 em Paranapiacaba. Não há registros oficiais do duelo, mas consta na taça o placar da partida: 2 a 1 para o time local.

Benedito de Oliveira Souza foi um dos jogadores do Serrano. O ex-meia atuou entre 1954 e 1962 no clube. “Foram muitos momentos felizes e até engraçados. A turma era fanática pelo Serrano, viajávamos de trem para vários lugares para jogar. Hoje, está tudo abandonado. É uma pena”, declarou o aposentado de 80 anos.

Quem quiser conhecer não só o campo e o clube, mas também a vila, pode fazer um passeio turístico por meio de transporte público. Todos os domingos, um trem sai da Estação da Luz, em São Paulo, e encerra a viagem em Paranapiacaba. g

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Metodista/SBC estreia contra o Ribeirão Preto no Paulistão 2014 CAIO DOS REIS

q A equipe masculina de handebol da Metodista/São Bernardo estreia neste sábado (12) no estadual contra o Ribeirão Preto, às 18h, na casa do adversário. Este será o primeiro jogo da equipe que sofreu uma grande reformulação no elenco.

Para a estreia, o técnico José Ronaldo, o SB, conta com 12 atletas. Entre eles, estão quatro remanescentes do time de 2013: o goleiro Gabriel, os pontas Fábio Chiuffa e Vitinho e o central Acácio. Além deles, o goleiro Ferrugem, o armador Renato Pato e o ponta cubano Carlito se recuperam de contusão e devem voltar apenas no 2º semestre.

Para completar a equipe, SB conta com cinco atletas da seleção júnior. O goleiro Marcos, os pontas Lucas, Vinicius e Fernando e o pivô

Gabriel participaram dos treinamentos com o restante do time pela primeira vez no início desta semana e já serão relacionados para a partida de estreia da equipe do ABC. O armador Jeison e o pivô Jefferson completam a lista dos relacionados.

Apesar de ter um elenco reduzido comparado ao time de 2013, o técnico SB foi cauteloso ao falar sobre o uso dos novos atletas. “Por uma necessidade, eles serão utilizados, mas temos que lembrar que são atletas novos e inexperientes e podem sentir a pressão de atuar na categoria adulta”, explicou.

O time que deve começar a partida contra o Ribeirão Preto é composto por Gabriel, Jeison, Chiuffa, Acácio, Vinicius, Vitinho e Jefferson. “Ainda não posso falar o que esperar do time, afinal tivemos poucos trabalhos juntos e o entrosa-

Rudge Ramos Jornal - 15

ESPORTES

FOTOS: CAIO DOS REIS/RRJ

mento é muito importante”, disse o técnico SB. A segunda rodada do campeonato estadual ocorre na próxima quarta-feira (16), às 20h, contra o Piracicaba, no Ginásio do Baetão.

SERVIÇO Ribeirão Preto x Metodista/ SBC, Sábado (12), às 18h, no Ginásio do Colégio Marista.

Metodista/SBC x Piracicaba, quarta-feira (16), às 20h, no Ginásio Baetão. g

SB (à direita) comanda a equipe em busca de mais um título estadual; time mudou filosofia e tem como base atletas juvenis

Equipe feminina joga em casa contra Piracicaba pelo estadual VINÍCIUS REQUENA

q A equipe feminina da Metodista/São Bernardo estreia no Campeonato Paulista de Handebol neste sábado (12) contra o time de Piracicaba, às 16h, no Ginásio do Baetão.

A novidade para a temporada é a contratação da meia-esquerda Jaqueline e a manutenção da atleta campeã mundial Deborah Hannah.

A equipe comandada por Eduardo Carlone manteve a base da equipe vice-campeã na Liga Nacional do ano passado e se reforçou com atletas de seleção brasileira. “A expectativa para a estreia é boa. Tivemos reforços da Jaqueline e da Livia, que vieram da Europa e conseguimos manter a Hannah. Ano

passado tivemos problemas, atletas saíram, algumas se machucaram. Espero que este ano seja melhor que o passado”, disse.

Para o treinador, a equipe deste ano está mais equilibrada em relação à do ano passado. “Estamos com 18 atletas.

Promovemos três da base este ano. Temos jogadoras de seleção brasileira como a Hannah, a Célia, Ariadne, fora as que chegaram agora”, contou.

No cenário nacional, Carlone avaliou as outras equipes que, assim como a Metodista, têm um elenco forte. “Concórdia manteve o time, com atletas de seleção e é a atual campeã da Liga. Itapevi está trazendo duas atletas de seleção argentina, reformulou a equipe inteira, mas está forte. Santo André manteve a base do ano passado. Blumenau tem tradição.

Rio de Janeiro está montando

um time novo. Vai ser um ano bom para o handebol”, afirmou.

“Começamos a trabalhar parte coletiva nessa semana que antecede o jogo. Antes, trabalhamos parte física e técnica individual. Até porque eu estava fora com a seleção júnior. Mas o José Rosa (auxiliar técnico) fez o trabalho com as atletas. Entramos na parte tática agora”, contou Carlone.

O time do ABC manteve a sua principal atleta, a central Deborah Hannah, atleta campeã mundial com a seleção em 2013. Para o treinador, a jogadora faz a diferença para a equipe de São Bernardo. “Ela é fora de série.”

A jogadora contou que está ansiosa para a estreia na competição estadual. “Estamos trabalhando há quase dois meses. Estamos prontos. Vai começar tudo de uma vez, jogamos sábado e terça já con-

Hannah continuou no time apesar de assédio europeu tra Itapevi, uma equipe forte”, disse Deborah.

A atleta também elogiou o grupo formado para esta temporada. “Ano passado já tínhamos um elenco forte.

Mas faltavam algumas coisas,

faltava uma meia-esquerda.

A Jaqueline chegou agora para ajudar, grande reforço. A equipe está mais forte com os reforços, e vamos em busca dos títulos”, afirmou a central. g

16 - Rudge Ramos Jornal

De 11 a 24 de abril de 2014