RROnline - Edição 1.024

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Rudge Ramos JORNAL DA CIDADE

São Bernardo do Campo 4 De 11 a 24 de setembro de 2014 4 Ano 34 4 Nº 1.024

Falta de Cidadania

Faixa de pedestre vira estacionamento irregular Faixas de pedestres viraram estacionamentos irregulares ao menos em duas feiras livres de São Bernardo. A reportagem foi às feiras da rua Enrico de Martino, travessa da avenida Kennedy, e da rua Ida Leoni Cleto, próxima à rua Afonsina, e constatou a infração. Motoristas aproveitam a instalação das barracas para estacionar seus carros sobre as faixas. Resta aos pedestres caminharem pelas avenidas de tráfego intenso. As faixas também estão quase apagadas.

Na rua Enrico de Martino, muitas famílias com crianças precisam fazer a travessia perigosa para chegar ou sair do parque Raphael Lazzuri. Já na rua Ida Leoni Cleto, no Rudge Ramos, a reportagem encontrou até cavalete de campanha eleitoral sobre a faixa de pedestres. Procurada, a prefeitura informou que tomará providências para autuar os motoristas infratores. A multa é de R$ 127,69, com ganho de cinco pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação). Pág. 3 FOTOS: LUCAS ALENCAR/RRJ

9 DE AGOSTO

Pedestres atravessam em pedaço de faixa tomado por carros na rua Enrico de Martino

4CULTURA Casamento é tema de peça com Heloísa Périssé no Lauro Gomes Pág. 14

6 DE SETEMBRO

Pedestre desvia de carro estacionado sobre a faixa na rua Ida Leoni Cleto, em feira livre no Rudge

4ESPORTES 4REGIÃO Morador de área metropolitana Metodista/São Bernardo encara time de Minas pela Liga Nacional ‘viaja’ de casa para o trabalho Págs. 6 e 7

Pág. 15

2

POLÍTICA

- Rudge Ramos Jornal

De 11 a 24 de Setembro de 2014

6DE OLHO NA CÂMARA

Câmara segue sem votar por causa de campanha eleitoral LEONARDO VANTINI/RRJ

LEONARDO VANTINI OSCAR BRANDTNERIS

Painel mostra resultado de votação sobre pedido negado a vereador que queria discutir matéria de revista

“

Não dá para negar que o momento eleitoral faz com que a produção diminua. Fora deste momento, nós produzimos muito, inclusive criamos até sessão extraordinária para votar. Eu acredito que, no segundo turno, os trabalhos sejam normalizados e possamos produzir mais.

Tião Mateus (PT), presidente da Câmara Municipal de São Bernardo

4DIRETORES - Sérgio Roschel (Diretor de Finanças e Controladoria), Daví Nelson Betts (Diretor de Tecnologia e Informação), Paulo Roberto Salles Garcia (Diretor de Comunicação e Marketing), Débora Castanha (Diretora do Ensino Básico), Carlos Eduardo Santi (Faculdade de Exatas e Tecnologia), Jung Mo Sung (Faculdade de Humanidades e Direito), Fulvio Cristofoli (Faculdade de Gestão e Serviços), Luiz Silvério Silva (Faculdade de Administração e Economia), Paulo Rogério Tarsitano (Faculdade de Comunicação), Rogério Gentil Bellot (Faculdade de Saúde) e Paulo Roberto Garcia (Faculdade de Teologia).

4COMUNICAÇÃO - Paulo Salles (Diretor).

sobre uma matéria veiculada por uma revista de circulação nacional, em sua última edição, sobre suposto caso de corrupção na Petrobrás que está sendo alvo de investigação da Polícia Federal.

Porém, por 14 votos contrários, o pedido de Fuzari não foi aceito. Houve um breve tumulto entre situação e oposição, mas Tião Mateus pediu para que os parlamentares respeitassem a ordem na sessão e foi atendido em questão de minutos. g

Veja mais: Vereadores reconhecem improdutividade durante as eleições http://bit.ly/Zh7ZfW

Confira no rronline.com.br 4CONSELHO DIRETOR - Stanley da Silva Moraes Presidente, Nelson Custódio Fér – Vice - Presidente, Rev. Osvaldo Elias de Almeida - Secretário, Jonas Adolfo Sala, Aureo Lidio Moreira Ribeiro, Kátia de Mello Santos, Augusto Campos de Rezende, Marcos Vinicius Sptizer, Aires Ademir Leal Clavel, Oscar Francisco Alves Junior, Regina Magna Bonifácio de Araújo - Suplente, Valdecir Barreros - Suplente.

4REITORIA - Reitor - Marcio de Moraes, Pró-Reitora de Graduação - Vera Lúcia G. Stivaletti, Pró-Reitor de Pós-Grad. e Pesquisa - Fábio Botelho Josgrilberg

“

q Pela terceira vez consecutiva, a Câmara Municipal de São Bernardo continua em ritmo de campanha eleitoral e os vereadores deixam de apreciar, discutir e votar sobre propostas tanto do Executivo quanto do próprio Legislativo.

Na sessão dessa quarta-feira (10), os itens que estavam no que é conhecido como “ordem do dia” não foram votados. Os 28 vereadores presentes apenas colocaram em votação sete requisições com caráter de urgência.

Mas elas eram ações de congratulação e títulos de “cidadão são-bernardense” que os parlamentares queriam destinar a personalidades da cidade.

Segundo o presidente da Câmara, Tião Mateus (PT), Executivo e Legislativo estão empenhados na atual campanha eleitoral para presidente da República, governador e as casas legislativas estaduais e Congresso. E, para o vereador, esse fato justifica a falta de projetos importantes.

“Nós não podemos negar que o momento eleitoral faz com que a produção diminua, mas isso acontece em todas as câmaras do Brasil. O Congresso Nacional não está se reunindo também, o que dificulta o nosso trabalho”, disse Mateus.

Mesmo sem votações importantes, houve um momento da sessão que teve discussão entre os parlamentares. Foi quando o vereador Júlio Fuzari (PPS) quis abrir um requerimento para ter o poder da palavra. O objetivo era discutir

JORNAL

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RUDGE RAMOS JORNAL - PUBLICAÇÃO DO CURSO DE JORNALISMO DA FAC

DIRETOR - Paulo Rogério Tarsitano COORDENADOR DO CURSO DE JORNALISMO - Rodolfo Carlos Martino.

REDAÇÃO MULTIMÍDIA - Editor-chefe - Júlio Veríssimo (MTb 16.706); EDITORA-EXECUTIVA E EDITORA DO RRJ - Margarete Vieira (MTb16.707); EDITOR DE ARTE - José Reis Filho (MTb 12.357); Assistente de Fotografia - Maristela Caretta (MTb 64.183)

4Equipe de Redação: Alysson Rodrigues, Amanda Goulart, Amanda Guilhen, Bruno Madrid, Bruno Yonezawa, Caio dos Reis, Fernanda Cordeiro, Gabrielli Salviano, Leonardo Vantini, Letícia Gomes, Lucas Alencar, Oscar Brandtneris, Renan Muniz, Sergio Neto, Vinícius Galvani, Yago Delbuoni e alunos do 5º e 6º semestres de Jornalismo.

4Produção de Fotolito e Impressão: Diário do Grande ABC

Rudge Ramos Jornal - 3

CIDADE

De 11 a 24 de Setembro de 2014

6DE OLHO NA CIDADE LUCAS ALENCAR

q O estacionamento irregular em faixas de trânsito, dificultando a passagem de pedestres, durante os dias de feira livre, continua em São Bernardo. Na rua Ida Leoni Cleto, travessa da rua Afonsina, no Rudge, os motoristas estacionam seus carros sobre a faixa, aos sábados. Até cavalete com propaganda política toma o espaço que deveria ser destinado ao cidadão que pretende atravessar a rua com segurança.

A reportagem esteve na feira livre da Afonsina no dia 6 de setembro, sábado, e constatou a irregularidade, que foi comunicada por leitores do Rudge Ramos Jornal. Na edição passada, o jornal publicou que o mesmo problema acontece na rua Enrico de Martino, que desemboca na avenida Kennedy, muito próximo de um setor do departamento de trânsito da cidade.

Este tipo de infração é considerado grave pelo Detran-SP e prevê o recebimento de cinco pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e multa

No Rudge, faixa de pedestre vira vaga de estacionamento

FOTOS: LUCAS ALENCAR /RRJ

de R$ 127,69, caso o infrator seja autuado. Durante os 30 minutos em que a reportagem esteve na feira do Rudge, não houve autuação ou presença de agentes de trânsito para fiscalizar as infrações.

Por conta dos carros estacionados na faixa, os pedestres são forçados a passar por dentro da feira ou pela beirada da rua Afonsina, que tem tráfego intenso e travessia perigosa.

Dentro da feira, cabos eleitorais entregavam panfletos e material de campanha de candidatos, o que também dificultava a passagem.

Cavaletes de campanha política também estavam em cima da faixa durante a feira.

De acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a colocação de cavaletes é permitida desde que não atrapalhe a passagem

Motoristas estacionam na faixa e dificultam a passagem; até cavalete de campanha eleitoral foi colocado na travessia em vias públicas. Esta irregularidade prevê multa de R$ 2.000 a R$ 8.000 aos candidatos infratores.

AUTUAÇÃO Quando o jornal divulgou o problema recorrente na rua Enrico de Martino, a prefeitura informou que o Departamento de Engenharia de Tráfego tomaria providências para

Confira no rronline.com.br

coibir os estacionamentos irregulares no local. Porém a reportagem constatou, nos dias 30 de agosto e 6 de setembro, que motoristas continuam estacionando em cima da faixa de pedestres nas feiras livres.

A reportagem entrou em contato novamente com a assessoria de imprensa da prefeitura para que comentasse o novo ponto de infração no Rudge Ramos e também para saber sobre as autuações no Jardim do Mar. Por telefone, a assessoria informou que havia encaminhado o assunto para o departamento responsável. g

Academias faturam mais de 5 bilhões por ano no Brasil http://goo.gl/urHUau

4 - Rudge Ramos Jornal

CIDADE

De 11a 24 de Setembro de 2014 FOTOS: LETÍCIA ANDRADE/RRJ

LETÍCIA ANDRADE

q Buracos nas calçadas, semáforos rápidos demais e degraus altos dos ônibus. Esses são alguns dos problemas de mobilidade urbana apontados por idosos. E as queixas devem aumentar, pois a população está envelhecendo e as cidades são pouco transitáveis.

Segundo estimativas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o número da população acima de 65 anos deve quadruplicar até 2060, passando de 14,9 milhões (7,4% do total), em 2013, para 58,4 milhões (26,7% do total).

De acordo com o urbanista e arquiteto Jair Oliveira, o principal problema da dificuldade de locomoção nas cidades brasileiras é a falta de planejamento do poder público e da iniciativa privada. “É um conjunto complexo de problemas que demanda uma ação muito séria, e o Brasil não está planejando seu futuro”, disse.

A legislação prevê algumas políticas sociais para melhorar a integração dos idosos aos serviços públicos. Desde o início deste ano, entrou em vigor a lei estadual que reduz para 60 anos a idade mínima para uso gratuito dos transportes públicos por homens e mulheres.

Além disso, há algumas leis para melhorar a mobilidade e acessibilidade deles. Em vigor desde 2012, a Lei da Mobilidade Urbana institui diretrizes em todos os municípios brasileiros aos meios de transporte não motorizados e ao serviço público coletivo.

Já a Lei da Acessibilidade, em vigor desde 2000, estabelece regras para garantir autonomia aos cidadãos com mobilidade reduzida.

Segundo Oliveira, existem soluções em termos técnicos, porém falta interesse do governo para resolver os problemas efetivamente. “As práticas são sempre insuficientes, dado o tamanho do trabalho.”

Para o aposentado Edison Carvalho, 67, o maior problema de mobilidade em São Bernardo é a falta de transportes públicos para São Paulo.

“Para ir daqui até o Centro de São Paulo eu fico no ponto de ônibus de 30 a 40 minutos no

MOBILIDADE URBANA URBANA:

afeta dia a dia dos idosos

Idoso caminha em calçada irregular em São Bernardo; abaixo, outro se exercita no Parque dos Meninos

mínimo”, contou.

O governo federal prevê desde junho de 2013 R$ 50 bilhões para obras de mobilidade urbana em todo país.

Além desses recursos, destina R$ 93 bilhões à melhoria do transporte público, totalizando R$ 143 bilhões ao setor.

O investimento inclui recursos públicos, sendo parte do Orçamento Geral da União (OGU), e também do setor privado via financiamentos e concessões.

Segundo o economista Sandro Maskio, as adaptações de mobilidade urbana envolvem obras de infraestrutura adaptáveis com dimensões muito grandes. “Não são alterações rápidas e nem simples, por isso é tão importante estabelecer prioridades.” g

Rudge Ramos Jornal - 5

CIDADE

De 11 a 24 de Setembro de 2014

Pequenas infrações cotidianas prejudicam a terceira idade MARIANA BONARELI

q Sentar em bancos preferenciais em transportes públicos ou estacionar em vagas destinadas a idosos em estacionamentos de shoppings ou supermercados: pequenas infrações cometidas diariamente. E muitos cidadãos, mesmo cientes da irregularidade, seguem cometendo o erro.

Quem sofre as consequências reclama. Josefina Mello, 75, disse que encontra dificuldade quando utiliza transporte público. “Várias vezes, quando uso metrô ou ônibus, as pessoas sentadas no banco preferencial não saem até que eu peça. Acho isso o fim.” A aposentada afirmou que se sente constrangida ao pedir lugar para as pessoas.

E quem comete a infração tenta justificar. O estudante de direito Pedro, 21, que pediu para não citar seu nome completo, vai estudar de ônibus diariamente e é um dos que usam os assentos preferenciais. Mas, segundo ele, faz isso devido à

ausência de bancos “normais” ou quando está realmente muito cansado. “Algumas vezes eu dou o lugar, mas quando eu vejo que a pessoa tem boa saúde permaneço sentado.”

Mas o desrespeito não se limita apenas a ônibus ou metrô. Em estacionamentos de shoppings e mercados é visível a falta de bom senso e de cidadania, com frequentadores utilizando vagas destinadas a idosos e deficientes.

No estacionamento do hipermercado Extra, na via Anchieta, em São Bernardo, uma mulher parou o carro em uma das vagas designadas aos idosos. Ao ser abordada pela reportagem, afirmou que estava parando o carro ali por estar com pressa. Em outro caso, uma mulher também alegou que o estacionamento estava lotado. Logo, estacionou seu carro numa vaga para idoso.

Por pressa ou não, parar em locais destinados a idosos é considerado uma infração leve, de acordo com o código de trânsito. Além de gerar uma multa

MARIANA BONARELI/RRJ

Idosos cada vez mais ativos competem por São Bernardo HELOÍSA MAGALHÃES

q Quem já chegou à fase da terceira idade, depois dos 60 anos, pode seguir ativo, por meio de prática de exercícios físicos e de diferentes esportes. Em São Bernardo, por exemplo, há o Programa Vitalidade, da Secretaria de Esportes do município, no qual idosos com mais de 60 anos participam de campeonatos em 15 modalidades diferentes, como vôlei simplificado, atletismo, natação e tênis de mesa.

A dona de casa Francisca Rossi, 70, está no programa desde o início, em 2006. É uma espécie de multi-atleta: joga vôlei simplificado, faz dança de salão e arremessa peso, entre outras modali-

dades. Com o marido, já conquistou quase 200 medalhas.

Para Francisca, essas atividades trazem uma qualidade de vida mais elevada. “Todo mundo tem que se exercitar, porque trabalha a mente, o corpo e fica com menos dores.”

O coordenador do programa, Marcos Pio, 39, destaca a importância da prática de esportes voltada aos idosos.

“Traz benefícios enormes, tanto para a saúde, como em questões sociais de convivência com outras pessoas, e até mesmo o combate ao abandono.”

A representante de vendas Sandra Regina, 60, também participa do programa e ajudou na formação do time ABC Paulistano Vôlei Social, voltado para aqueles que ainda não têm 60 anos, mas desejam competir. Sandra destaca a ação

Apesar das placas de exclusividade, as pessoas continuam parando em vagas preferenciais

de R$ 53, o motorista-infrator tem o registro de três pontos na carteira de habilitação. g

FOTOS: HELOÍSA MAGALHÃES/RRJ

À esquerda time de Vôlei Simplificado de São Bernardo; acima, treino que ocorre todas terças e quintas à noite

social da atividade. “O time que vai jogar fora de casa faz uma doação para uma entidade.”

Outra integrante do programa é a pedagoga aposentada

Irene da Rocha, 57. Ela é responsável pela divulgação do programa em blogs para tentar atrair mais integrantes. “Eu fui assistir os jogos regionais do

idoso em 2008, quando meu marido participou, me apaixonei pelos jogos. Fiz muitas fotos. Então, criei o primeiro blog. Hoje, já são 80.” g

6 - Rudge Ramos Jornal

REGIÃO

De 11a 24 de Setembro de 2014

YAGO DELBUONI q O paulista está viajando mais. Mas as viagens não são para aproveitar e conhecer outras cidades, e sim para trabalhar. É o que aponta pesquisa da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), mostrando aumento dos deslocamentos pendulares entre uma cidade e outra nos 39 municípios da região metropolitana de São Paulo.

Em 2000, o número de quem trabalhava em uma cidade e morava em outra, na região era de 1.015.221. Dez anos depois, o número aumentou 63%, chegando à marca de 1.663.374. Os dados do levantamento da universidade são de 2010.

Segundo a EMTU (Empresa Metropolitano Transportes Urbanos), na região, as pessoas que moram no ABC e trabalham na capital chegam à marca de 550 mil.

O engenheiro de tráfego Horácio Augusto Figueira disse que o fato de as pessoas morarem em uma cidade e trabalharem em outra significa que a maior oferta de emprego está próxima ao centro expandido de São Paulo.

“Como não tem emprego próximo de suas casas, as pessoas acabam vindo para cá.”

Segundo Figueira, não há como reduzir esse contingente.

“Não importa onde arruma o emprego, quem precisa do trabalho necessita fazer o deslocamento. É uma questão de sobrevivência.

Não tem como bloquear esse fenômeno.”

Perguntado se o deslocamento resulta de uma falta de organização das cidades, Figueira afirmou que esta não é a causa do aumento. “Com o passar do tempo, o número de quem precisa de emprego cresce, mas o de emprego não, e isto obriga a um deslocamento maior.”

Ainda de acordo com o engenheiro, o poder público pode incentivar as empresas a se instalarem em uma região mais afastada do centro, praticando a redução ou isenção do ISS (Imposto Sobre Serviços), como foi feito em Alphaville e Tamboré, o que proporcionou o desenvolvimento daquela região.

FOTO

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Quem vive na região metropolitana viaja para

TRABALHAR MARISTELA CARETTA/RRJ

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RJ

Avenidas Senador Vergueiro (esq.) e Lucas Nogueira Garcez (acima) e a Via Anchieta (abaixo) são algumas das vias mais utilizadas para sair de São Bernardo para trabalhar em outras cidades TRÂNSITO A maior consequência dos deslocamentos pendulares é o congestionamento. Figueira apontou que as estradas, antes tidas como solução para fugir do trânsito, acabam sendo mais uma rota complicada para o motorista. “É possível notar que todas as rodovias que dão acesso às cidades da região metropolitana de São Paulo estão com congestionamento nos períodos de pico da manhã, como se fosse um feriado prolongado.”

Para o especialista em trânsito, a solução para reduzir o tráfego intenso é a priorização do transporte coletivo, como a implantação de faixas exclusivas de ônibus. “Só que, para isso, deve reunir o governador e os prefeitos das cidades da região metropolitana, porque o trânsito virou um assunto banal, está na conversa de botequim. Todos enfrentam um congestionamento”, disse.

O engenheiro avalia que ampliar o número de faixas de rolamento não acaba com os congestionamentos. “A atitude é momentânea, porque os automóveis ocupam o espaço rápido. Nunca vai ser suficiente.

As pessoas mudam os horários e voltam a carregar o horário de pico“, afirmou. g

Rudge Ramos Jornal - 7

REGIÃO

De 11 a 24 de Setembro de 2014

Gerente gasta duas horas e meia para chegar à empresa

ARQUIVO PESSOAL

Antonio Carlos percorre

142

FOTO: REPRODUÇÃO/ GOOGLE MAPS

SUZANO

SÃO PAULO

km por dia

25 KM

44 KM RIBEIRÃO PIRES RODRIGO MOZELLI q O gerente de controles operacionais Antonio Carlos Alves Mendes, 49, mora em Suzano, um dos 39 municí-

pios da região metropolitana de São Paulo, e trabalha no bairro da Lapa, em São Paulo.

Diariamente, percorre 71 km para trabalhar. No total, gasta cerca de duas horas e

meia para fazer o trajeto, ida e volta. Essa distância equivale a sair da capital e ir para uma cidade do interior, como Serra Negra, ou a São Vicente, no litoral sul de São Paulo.

Gosto pelo trabalho faz supervisora percorrer 60 km

Antes do atual emprego, Mendes chegou a acompanhar a empresa anterior. Trabalhava no Ipiranga, mas a empresa mudou-se para Suzano, e ele foi junto. “A distância entre Ipiranga e Suzano é de 65 km, e, para não ter que percorrer essa distância toda, resolvi ir com eles”, disse.

Atualmente, Mendes não está mais trabalhando na mesma companhia, pois ela fechou.

Ele faz o caminho até a Lapa há

FOTO: REPRODUÇÃO/ GOOGLE

BUTANTÃ/SP

MARINA CID

30 KM

MARINA CID/RRJ

q Morar no Butantã, zona oeste de São Paulo, e trabalhar no bairro da Cooperativa, em São Bernardo, pode parecer impossível para muitos, mas não para Carolina Rodrigues. A supervisora de vendas trabalha desde setembro de 2011 numa empresa que produz baús de motos.

Desde então, percorre cerca de 60 km diariamente para trabalhar.

O dia de Carolina começa bem cedo. Ela acorda às 4h30 da manhã e, às 5h, já está no ponto de ônibus esperando o primeiro carro da linha para chegar ao Terminal Piraporinha, em Diadema. De lá, pega outro ônibus intermunicipal que a deixa na porta do trabalho. Apesar de serem apenas dois ônibus, Carolina chega ao trabalho às 7h, meia hora antes do seu horário.

Assim como muitos trabalhadores que saem antes de o sol nascer para trabalhar,

COOPERATIVA/SBC

Carolina percorre

60

Carolina depende da pontualidade dos ônibus, que demoram de 30 a 40 minutos para passar no ponto. “Se o ônibus das cinco não passar no horário correto, não vier por algum motivo ou até mesmo quebrar, eu só posso pegar o próximo que vem às 5h30 e isso já atrasa todo o meu caminho”, disse.

km por dia

O caminho de volta para casa segue a mesma rotina.

Deixa o emprego às 17h e pega carona com um colega até o Terminal Piraporinha. De lá, pega o trólebus até o Terminal Jabaquara; na sequência, metrô até a Estação da Luz; depois, trem até a Estação Villa-Lobos ou Jaguaré e, por fim, um ônibus até

a sua casa. Ela demora cerca de três horas nesse percurso, mas ainda tem disposição para outras atividades. “Durmo no ônibus porque depois eu ainda vou para a academia”, disse.

Com isso, ela acaba indo dormir à meia-noite.

Essa rotina puxada acabava refletindo em seus filhos, de 13 e 6 anos. “Antes, eu chegava às 10h no trabalho porque tinha que colocar minha filha na perua escolar. O perueiro passava muito cedo em casa e ficava rodando com ela bastante tempo. As professoras me disseram

quatro anos, mas afirma que quer voltar para São Paulo.

“Pretendo voltar ano que vem a morar no Ipiranga, já que o tempo de percurso até onde eu trabalho é menor”, contou.

Antonio sai de Suzano às 4h20 e deixa o carro em Ribeirão Pires. Poderia pegar o trem em Suzano mesmo e fazer uma baldeação em Guaianases, mas ele prefere ir até Ribeirão porque “a baldeação é muito complicada”.

Depois, pega o trem às 4h40 até o Brás. Às 5h40, ele pega o metrô e faz baldeações até a Barra Funda. Depois, às 6h, pega um trem no sentido Itapevi e desce na estação Imperatriz Leopoldina.

Carlos completa dizendo que esse caminho o deixa muito cansado. “Na quinta, você já está baqueado.

Na sexta, só quer chegar em casa logo para curtir a família. Além disso, tem o problema de você sair de um trem gelado e entrar em um quente”, disse ao reclamar do choque térmico. g

que ela se cansava muito, não tinha disposição e até dormia nas aulas”, contou.

De um ano para cá, ela conta com a ajuda da mãe, que fica com as crianças durante a semana. “Eu tive que abrir mão dos meus filhos porque eu saio muito cedo e volto muito tarde pra casa. Durante a semana, eu não os vejo.”

Mesmo no fim de semana, Carolina contou que não consegue tirar o atraso do sono e acorda às 4h30 da manhã. “Meu relógio biológico já está acostumado.

Levanto sem despertador e não consigo mais dormir.”

E ainda tem ânimo para espantar o cansaço. “Eu passo uma maquiagem nos olhos que fica tudo certo”, riu.

Embora ela encontre tráfego pesado no caminho de volta para casa, Carolina disse que não pretende trocar de emprego por causa do caminho e afirmou que, apesar do trajeto cansativo, ele não é um problema. “A distância não me atrapalha. Eu passo por tudo isso porque eu gosto muito de trabalhar na empresa.” g

8 - Rudge Ramos Jornal

EDUCAÇÃO

De 11 a 24 de Setembro de 2014

Ficção literária atrai jovens

HELOÍSA MIRO/RRJ

Livro “A Culpa é das Estrelas” é um dos mais vendidos HELOÍSA MIRO q A história de amizade, perseverança e lealdade do bruxo Harry Potter fez do estudante de ensino médio Guilherme Antônio Gonçalves, 16, um leitor assíduo. Ele se apaixonou por literatura fantástica por meio de obras sobre magia, passou por “Senhor dos Anéis” (J. R. R. Tolkien) e hoje a saga “As Crônicas de Gelo e Fogo” de George R. R. Martin é um dos destaques na sua estante.

Gonçalves contou que aprende muito com as obras ficcionais, desde vocabulário até história. “Há uma descrição muito bem feita da política e das ações humanas sobre a sociedade retratada no livro”, disse.

O estudante comentou que a maneira como o texto é apresentado em obras fantásticas torna o livro atrativo. “A leitura é mais fluída e há uma conexão com os dias de hoje, com as tendências de leitura atuais, que torna a leitura mais interessante, e eu acabo me identificando mais”.

A ficção também aparece na pesquisa do Instituto Pró-Livro.

A entidade mapeou o perfil do leitor brasileiro e constatou que 30% dos livros lidos são romances, 19% são histórias em quadrinhos e 11% livros infanto-juvenis. Os dados ainda mostram que, quando perguntados sobre o livro que mais marcou suas vidas, os leitores respondem, em sua maioria, obras de ficção. Entre os títulos mais citados estão as sagas de Harry Potter (J. K. Rowling) e Crepúsculo (Stephanie Meyer), O Pequeno Príncipe (Antoine de Saint-Exupéry) e o Código da

Vinci (Dan Brown).

Escritores como John Green representam a última leva de ficção e literatura fantástica a conquistar a juventude.

Foi Green quem atraiu a estudante de ensino médio Nathália Castro Oliveira, 16. Ela só começou a ler por vontade própria em 2013, por causa do escritor americano. Devorou “A Culpa é das Estrelas” em dois dias e já leu todas as obras publicadas do autor. Para ela, é um recurso importante na preparação do vestibular. “Ajudou bastante. Aumentou minha resistência em provas cansativas, como o Enem”, disse.

Para o professor de ensino médio Norival Leme, os jovens têm razão de consumirem esta literatura. “Acho saudável que estejam lendo, mas dizer que esses livros são a porta de entrada para o que chamamos de ‘grande literatura’ acho equivocado.”

Leme destacou que as obras clássicas têm papel fundamental na formação acadêmica e o jovem que se restringe à leitura fantástica perde aprendizado.

Já a professora de ensino fundamental Nathália Fajardo Maia acha que o hábito de leitura dos jovens deve conciliar as obras tradicionais com a fantasia. “Os clássicos têm inegável papel na formação dos jovens, devem ser lidos sim. Deixar de lê-los não é o caminho, pois o jovem por meio deles não entra só no mundo da literatura, mas também conhece a história de sua sociedade, compara passado e presente, lida com temas importantes e forma suas próprias opiniões”. g

EDUCAÇÃO

Rudge Ramos Jornal - 9

Paixão por livros começa em casa

De 11 a 24 de Setembro de 2014

LARISSA ALMEIDA

q “Uma criança que lê se torna um adulto que pensa”. É o que diz a pedagoga e contadora de histórias Laudia Catelan.

Para ela, nós pensamos de acordo com nosso vocabulário e quanto mais uma criança ler, maiores são as chances de se tornar um adulto que saiba questionar o mundo.

A paixão pela leitura deve começar dentro de casa, onde LARISSA ALMEIDA/RRJ

Isabela já leu três livros da série “Cachorrinho Mágico”

a principal motivação é o exemplo dos pais. “Uma criança que vê o pai lendo vai querer ler também”, disse Laudia.

E é assim que Isabela Banin, 8, afirmou não recordar mais quantos livros já leu. A menina se encantou pela leitura por incentivo dos pais. A mãe de Isabela, a jornalista Adriana Banin, conta que comprava um livro infantil novo por mês para ler para sua filha antes de dormir.

Uma ótima interpretação e um português correto são alguns dos ganhos que Isabela conseguiu com a paixão pela leitura. O que dar para Isabela de presente? A resposta é sempre: livros.

Encantar-se pela literatura na infância faz diferença na vida adulta. A atriz Patrícia de Sousa Ferreira, 22, começou a ler com quatro anos de idade e não parou mais. Incentivada por sua mãe, que é professora, Patrícia diz que a leitura permite que sua mente esteja sempre aberta a qualquer tipo de opinião. “Eu meio que sinto dó de quem não lê, porque vive preso no mesmo mundo sempre, não foge nem um pouquinho”. g

História em quadrinhos ajuda a despertar interesse GUSTAVO RODRIGUES

q “Guerra e Paz” adaptada para histórias em quadrinhos.

Foi assim que o professor de literatura Vanderley Capellozza apresentou a consagrada obra russa de Leon Tolstoi (9/9/1828 – 20/11/1910) aos alunos.

Editoras brasileiras têm investido em adaptações de livros normalmente requisitados nos vestibulares, obras clássicas, biografias e fatos históricos.

“Dom Casmurro” (Machado de Assis), “Clara dos Anjos” (Lima Barreto) e “Vidas Secas” (Graciliano Ramos) são alguns exemplos de livros cultuados que se tornaram gibi.

Estas obras recriam as histórias mundialmente conhecidas com uma abordagem muito mais próxima do público adolescente, mas mantendo as características básicas do original. Segundo Capellozza, esta abordagem é capaz de aproximar os jovens

estudantes dos livros.

“A adaptação não substitui o texto original, mas, em compensação, ela amplia o leque de informação que o aluno pode ter.

Ele não pode sair da escola sem conhecer Tolstoi, Kafka, Borges, Edgar Allan Poe. Eu acho que a adaptação é um auxiliar poderosíssimo. Dá para montar uma aula muito boa em cima disso. Não é um convite para todos, mas muitos vão querer conhecer o original.”

A estudante do último ano do ensino médio Mariana Cirillo, 17, nunca leu uma obra clássica ou fato histórico em quadrinhos, mas acredita que seria interessante o uso deste material pelos professores.

“Acharia ótimo porque algumas obras antigas são mais difíceis de compreender e as ilustrações podem nos ajudar nisso.

Se o gibi simplificar o palavreado, não prejudicando a história, melhor ainda.” g

10 - Rudge Ramos Jornal

SAÚDE

De 11a 24 de Setembro de 2014 FOTOS: GILBERTO PACHIONE/RRJ

Academias caseiras são opção para quem quer...

GILBERTO PACHIONE

q Quem opta por fazer exercícios físicos em casa tem várias justificativas. Algumas delas são a falta de tempo, o alto custo das mensalidades de uma academia e a praticidade ao se exercitar em casa.

Uma das opções para quem pratica atividades físicas em casa é o improviso de pesos.

A enfermeira Iris Fernandes, 28, improvisa seus pesos com garrafas de água de dois litros.

Ela contou que, após realizar sua caminhada de 45 minutos em seu bairro, utiliza pesos improvisados e faz quatro tipos de exercício para braços, peito e costas. As mudanças, segundo ela, apareceram e seu condicionamento físico melhorou bastante. ”Meus braços ficaram mais enrijecidos, e me sinto mais disposta para realizar minhas tarefas diárias.”

Há também quem opte por uma atividade diferente. A coordenadora administrativa Lécia Menezes, 30, comprou um CD de Zumba, que, de acordo com o site ”Vida Suave”, é um ritmo de músicas latinas como salsa, merengue, cumbia, reggaeton, mambo, salsaton, flamenco, rumba e calipso. Ela disse que, por meio da dança e de movi-

A enfermeira Renata faz exercício com pesos improvisados; à esquerda, a coordenadora administrativa Lécia dança zumba na sala de estar de sua casa

mentos aeróbicos, se exercita.

A coordenadora apontou a praticidade, por fazer em casa, e a economia, por não ter que gastar com mensalidade de academia de ginástica todo mês. “Pude adequar o meu horário a minha disponibilidade, sem precisar me preocupar com o tempo”, disse Lécia, que afirmou também que fez a es-

colha por esse tipo de atividade por adorar dançar.

Até por meio da internet é possível obter informação sobre como praticar exercícios físicos.

A dona de casa Priscila Oliveira, 36, por falta de tempo não consegue frequentar uma academia. Por esse motivo resolveu iniciar a prática de atividades físicas por intermédio de aplica-

tivos que baixa em seu celular.

A dona de casa disse que esses programas auxiliam na maneira correta em que os exercícios devem ser executados. “São excelentes, gosto de utilizá-los.”

Priscila contou que conseguiu adequar o seu horário de exercícios dentro de sua rotina diária. Ela apontou que, como tem que levar seu filho todos os

dias na escola às 7h, acorda às 5h para dar início ao seu treinamento, que dura em torno de uma hora por dia. “É uma correria, mas não deixo de fazer meus exercícios.” Além disso, afirma que, após realizar suas atividades, se sente melhor durante seu dia. “Fico mais disposta e alegre." g

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Parques e avenidas do ABC se tornam espaços de saúde JOÃO MARCOS

q Parques e ruas no ABC oferecem espaços para fazer atividades físicas. Podem ser encontrados desde aparelhos de ginástica para malhar o corpo até pistas para correr.

Um desses espaços é o Parque Chico Mendes, em São Caetano, onde são fornecidos aparelhos para malhar as pernas, como o esqui; para fortalecer os braços, como o surfe; a remada, a barra, e a cavalgada, que serve para os dois. Além disso, há uma pista (em área livre) onde se pode praticar corrida e caminhar.

O metalúrgico Gerson Luís Moreira da Silva, 49, é um dos frequentadores do parque.

Vai ao local duas vezes por semana, onde faz exercícios.

“Aqui é mais gostoso, é ao ar livre. Na academia, você está respirando o mesmo ar com

outras pessoas, é muito desagradável”, contou.

“Se quisesse ficar forte, iria até a academia, pois lá você levanta vários tipos de peso de acordo com o que consegue.

Aqui em alguns aparelhos você levanta o seu próprio peso, mas eles são só um apoio. Então você acaba usando muito mais a força dos músculos”, disse.

Os estudantes de educação física Orismar Motta, 19, e Joanderson Santos, 18, disseram que também prefere o local. “É melhor aqui porque a gente não paga e fica o tempo que quiser”, disse Orismar.

Outro que prefere atividades ao ar livre é Alcides Donizete Balista, 57, que gosta de correr pelo parque. “Geralmente duas vezes na semana, quando me sobra tempo. Não tem dia certo.

Faço atividades físicas há 20 anos”, disse o aposentado.

Balista contou também que

Fazer sessão de alongamento é a saída para evitar danos ISABELA KALIL

q Ficar sentado por um longo período de tempo e não praticar exercícios físicos é prejudicial à saúde. Segundo especialistas, pode diminuir anos de vida e ainda causar incômodos musculares, como tendinite.

Mas existem alternativas para minimizar esses problemas.

Fazer alongamento, levantar-se a cada hora e adaptar os instrumentos de trabalho são algumas opções.

Um estudo publicado pelo “Archives of Internal Medicine”, um dos mais importantes periódicos de medicina do mundo, indica que ficar mais de 11 horas sentado pode dobrar o risco de morrer das pessoas com mais de 45 anos nos próximos três anos. A estimativa para os jovens, apesar de mais atenuada, ainda é preocupante.

Para eles, seis horas por dia sentado é o suficiente para aumentar em 40% as chances de morrer nos próximos 15 anos. A

pesquisa foi feita com 250 mil pessoas, em 2012.

Rafaela Medeiros, 26, jornalista, passa oito horas, por dia, sentada em frente ao computador por conta do trabalho e mais duas horas dentro do carro no trânsito. Ela conta que não pratica atividade física. Por isso constantemente sente dores na coluna e vive com a musculatura tensa. “Tem semanas que é muito difícil. O corpo sente a falta de exercício.”

O bancário Jonathan Ferreira, 40, é mais um dos que passam muito tempo sentados.

“Atendo ao público, minha profissão exige.” Ele conta que também sente incômodos por causa disso. “Constantemente, sinto dores na lombar e nas costas. Às vezes, me sinto travado na mesma posição.”

Para amenizar esses problemas o educador físico Jamil Bernardo Kalil, de São Paulo, indica que é necessário levantar-se a cada hora para movimentar as pernas, alongamentos e ficar

Rudge Ramos Jornal - 11

SAÚDE

JOÃO MARCOS/RRJ

FOTO: GILBERTO PACHIONE

DIVULGAÇÃO

já sentiu benefícios em seu corpo. “Fortaleceu a musculatura das pernas, ganhei mais resistência”, afirmou. “Não corro porque o médico receitou, é por iniciativa própria mesmo e porque ajuda a evitar problemas cardíacos”, complementou.

A avenida Presidente Kennedy, no bairro Olímpico, é

outra boa opção. Na altura do número 1.700, há aparelhos de ginástica. Na calçada, há uma ciclofaixa, tanto para pedestre quanto para bicicletas.

O auxiliar de serviços gerais João Kleber Gonçalves, 23, faz exercícios na avenida há três anos e acha o local bem melhor que uma academia. “Aqui tem

Os estudantes de educação física Orismar (esq.) e Joanderson se exercitam no Chico Mendes mais espaço. Hoje faço surfe, remada e cavalgada nos aparelhos”, disse. g

DICAS DE ALONGAMENTO

Flexione a perna e apoie o pé próximo ao joelho, para alongar a coxa

Cruze a perna e deixe o pé apoiado no joelho, que ajuda a alongar a região do glúteo

Flexione o pé e segure com uma das mãos para alongar a panturrilha

atento a cuidados, como apoiar os cotovelos na mesa para usar o computador, manter as pernas num eixo de 90 graus e o monitor na altura dos olhos para evitar tensão no pescoço.

Porém ele aponta que essas medidas trazem apenas benefícios momentâneos. “Pode servir

para aliviar um incômodo, mas não tem nenhum benefício cardíaco, por exemplo. O ideal é arrumar um jeito e fazer atividade física intensa, pelo menos duas vezes por semana.”

Em contrapartida, o personal trainer Andrétt Costa, de Brasília, aponta os alonga-

mentos como boas alternativas para diminuir os problemas causados pelo sedentarismo.

“Promovem melhorias nas articulações e na musculatura.

Pequenas movimentações já têm um impacto satisfatório e, com certeza, irão ajudar a saúde em longo prazo”, disse. g

VINÍCIUS REQUENA

q A paixão de colecionar CDs é diretamente ligada à música. Pelo menos esse é o motivo apontado pela professora Lúcia Albuquerque, 43, que começou a comprar seus primeiros discos nos anos 90 e mantém o hábito até hoje.

“Meu quarto foi projetado justamente para eu poder guardar meus CDs. Às vezes, mudo completamente a ordem deles nas prateleiras.

Tem vezes que eu coloco em ordem alfabética, outras vezes, em ordem dos melhores”, contou a professora.

O que motivou Lúcia a comprar os discos de suas bandas favoritas e de outras é sua paixão pela música, que começou aos 16 anos de idade. “Das bandas que sou apaixonada, compro a discografia completa. De outras, gosto de comprar coletâneas como ‘The Best of’. Não posso ver uma promoção. Amo ler os encartes e adoro ler as letras e cantar junto”, disse.

Já para o arquiteto Marcelo Mortari, 30, o interesse pela música começou ainda no colégio, quando foi influenciado pelos amigos. “Comecei a comprar CDs com 14 anos.

Na época, começou a estourar o estilo grunge e os grandes sucessos eram Nirvana, Pearl Jam, entre outros”, disse.

O gosto pelo rock não veio do pai, que prefere mais o samba e a MPB. O estilo roqueiro surgiu com a troca de músicas que ocorriam com seus amigos.

“Hoje, tenho vinil e CDs que comprei desde que começou meu interesse. É um hobbie que vou manter. O CD é uma valorização do artista, ali no encarte está todo o trabalho de produção dele ao longo dos anos. Se o CD tem um encarte ruim, ou muito simples, decepciona às vezes”, afirmou.

Independentemente da geração, há lojas para atender a esse público. Jean Gantinis, dono da Metal, em Santo André, conta que a loja sobrevive até hoje pelos clientes fiéis. “Tem clientes que vêm aqui desde que abri a loja em 87. Tem clientes que vinham aqui, e hoje os filhos vêm juntos. O pai traz o filho e, às

CULTURA

CD, VINIL “ E ATÉ VHS...

De 11a 24 de Setembro de 2014

O CD É UMA VALORIZAÇÃO DO ARTISTA, ALI NO ENCARTE ESTÁ TODO O TRABALHO DE PRODUÇÃO DELE AO LONGO DOS ANOS. SE O CD TEM UM ENCARTE RUIM, OU MUITO SIMPLES, DECEPCIONA AS VEZES MARCELO MORTARI, ARQUITETO

“

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FOTOS: ARQUIVO PESSOAL

...sobrevivem à mídia digital vezes, até os filhos trazem os pais”, afirmou.

Mortari possuía uma coleção de cassetes de música, porém acabou dando para um amigo, seu companheiro que fazia parte de sua banda.

“Hoje ele tem pelo menos 100 fitas. Começamos a colecionar juntos, mas como não tinha espaço em casa acabei deixando com ele. Às vezes, vou na casa dele, colocamos algumas originais do Sonic Youth para ouvirmos. O som é ruim, mas gostamos de lembrar do passado”, contou.

Ao todo, Mortari (à dir.) e seu pai possuem uma coleção com mais de 300 CDs e LPs de vários estilos musicais

O cassete tem a vida útil estimada em dez anos, já que as fitas magnéticas vão se degradando com o tempo.

Um DVD dura 100 anos, mas depende dos cuidados para armazená-lo. g

CULTURA

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Direitos autorais são ignorados na rede RAFAEL PEZZO/RRJ

RAFAEL PEZZO

q A popularização da internet no final do século 20 desencadeou uma grande crise na indústria fonográfica. A facilidade do acesso às músicas fez crescer a pirataria, e o lucro das gravadoras caiu.

Entre os anos de 2000 e 2001, as produtoras de discos norteamericanas tiveram queda de 39% em suas receitas.

Desde esse período, a maior discussão em relação à música na internet é a gratuidade do serviço, que passa por cima dos direitos autorais. No Brasil, o dispositivo sobre o assunto é a Lei dos Direitos Autorais, de 1998. Esta norma não protege somente as músicas, mas muitas outras criações, como obras literárias, filmes cinematográficos e programas de computador.

O advogado Paulo Hoffman afirma que “a pirataria é o uso gratuito de algo que deveria ser pago, mas não é. O ato de baixar uma música ou um filme é comum hoje em dia, mas é contra a lei”.

Na lei brasileira não há uma descrição sobre o meio em que o crime do direito autoral ocorre.

“Portanto um download entra nas categorias de atos que constituem uma infração”, disse

Solução contra pirataria foi a criação de sites que remuneram os artistas através de downloads feitos o advogado especializado em propriedade intelectual Fábio Pereira. Ele defende a atualização da lei em pontos específicos.

“A norma não determina o limite SERGIO NETO/RRJ

do uso de uma obra, como no caso da compra de um CD e a transferência dele para o meu computador”, declarou Pereira.

Segundo o Código Penal

não o lucro, a pena sobe para entre dois e quatro anos de prisão. Porém, em ambos os casos, o mais comum é a aplicação de multa, que pode ser convertida em serviços comunitários.

Sobre toda a criação existem os direitos morais dos autores. A advogada Jane Resina explica que “cabe ao compositor determinar o que ele está licenciando ou o que está cedendo, qual o tempo e os meios que a obra será divulgada”.

Com o tempo, os governos e a indústria perceberam que o combate ao download de músicas seria ineficiente. A solução foi a descoberta de meios que distribuem a música pela internet e, ao mesmo tempo, remuneram os artistas.

Sob esse cenário emergem os serviços de streaming. Neles, o usuário paga uma taxa e cria uma biblioteca online.

Essas plataformas, que em 2010 contavam com 8 milhões de cadastrados, alcançaram 28 milhões de contas no ano passado e uma receita superior a US$ 1 bilhão.

O avanço da internet ainda não decretou o fim dos CDs. No ano passado, álbuns, singles e coletâneas físicas foram responsáveis por 51,4% das vendas de música em todo o mundo. O número, no entanto, decresce, já que em 2012 o comércio desse material representava 56,1%. g

Lojas de CDs resistem à era digital SERGIO NETO

Para se manter no mercado, lojas diversificam seus produtos

Brasileiro, quem viola a Lei dos Direitos Autorais está sujeito a detenção de três meses a um ano. Nos casos de quem disponibiliza o arquivo, visando ou

Rudge Ramos Jornal - 13

q Antigamente, era comum ir a uma loja de CDs mais próxima quando se procurava um artista ou novo álbum. Porém tais estabelecimentos estão rareando e uma das principais razões foi a falta de hábito e interesse por parte dos consumidores devido à possibilidade de adquirir os produtos em casa ou até mesmo virtualmente.

De acordo com pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Produtores de Discos, de 2011 para 2012, o lucro das vendas pela internet de músicas e outras mídias passou de R$ 60 milhões para R$ 111 milhões.

Mas como fazer para manter uma loja de CDs em funcionamento? Os comércios remanescentes procuram ampliar o seu

leque de opções, fornecendo outros produtos relacionados à música. É possível encontrar lojas que oferecem aluguel de DVDs, camisetas, até mesmo CDs usados e instrumentos musicais. É o caso da loja Metal, no centro de Santo André. O estabelecimento que está em funcionamento há 30 anos sobrevive não só da venda de álbuns, como também de instrumentos musicais, discos de vinil e camisetas. Foi aberta até uma segunda loja a poucos metros da primeira para que o fosse possível essa diversificação de produtos.

O dono da loja Metal, Jean Gantinis, explica quando começou a cair a venda do comércio e o que fez para sobreviver na crise. “Foi em 2005 que começou a dar uma queda acentua-

da na procura e na venda de CDs. Assim como a internet, a pirataria também começou a nos prejudicar, então tive que migrar para outros produtos para ajudar a manter a loja”, afirmou Gantinis.

Mas não são só os produtos que contribuem para a sobrevivência das lojas.

De acordo com o gerente da Merci Disco, Júnior Souza, outro fator que contribui para a permanência da loja é sua clientela que se mostra fiel. “A gente sobrevive muito por causa dos colecionadores e clientes mais fieis. Atendemos até a terceira geração de algumas famílias. Tem gente que vem aqui com filhos e até netos, e isso vai criando o hábito de colecionar CDs nas famílias”. g

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CULTURA

Casamento é tema de peça em SBC

FOTOS: DIVULGAÇÃO

FERNANDA CORDEIRO

q “E Foram Felizes Quase Para Sempre” é o nome da peça que a atriz Heloísa Périssé exibe neste domingo (14) no Teatro Lauro Gomes.

A comédia mostra o drama na vida da escritora Lele Santana, que está planejando uma viagem para ela e o marido quando ele decide pedir o divórcio na noite do lançamento do seu livro.

A partir disso, a peça se torna um verdadeiro desabafo da escritora, na qual ela conta suas decepções com relação ao seu conturbado casamento.

“Peixonauta” aterrissa no Lauro Gomes AMANDA GUILHEN

SERVIÇO:

E Foram Felizes Quase Para Sempre Teatro Lauro Gomes – rua Helena Jacquey, 171 – Rudge Ramos - Domingo (14), às 18h. Recomendado para maiores de 14 anos. Ingressos: R$ 80 (inteira), R$ 60 (com a apresentação do flyer promocional) e R$ (40) (meia entrada para estudantes, idosos com mais de 60 anos e clientes Porto Seguro com direito a um acompanhante). g

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Heloísa Périssé traz espetáculo ao Teatro Lauro Gomes neste domingo (14)

6 ROTEIRO q TEATRO

DANÇA

Tá Rindo Do Quê?

5ª Mostra Experimental de Dança

O espetáculo se baseia em textos escritos por Plínio Marcos e Bertold Brecht e conta quatro histórias breves, protagonizadas por dois palhaços. A peça tem o objetivo de levar ao público reflexões sobre o capitalismo e a diferença de classes. O evento foi selecionado pelo Vai 2013 (Programa para Valorização de Iniciativas Culturais). Recomendado para maiores de 16 anos. Sábado (13) e domingo

Com o objetivo de divulgar a pesquisa e produção de dança na cidade, o Núcleo Especial de Dança de São Bernardo realiza a Mostra Experimental, na qual são apresentados ao público espetáculos como balé clássico, balé clássico de repertório, dança moderna (ou contemporânea), dança popular, dança de salão, dança urbana, jazz, musical, dança inclusiva e sapateado. Livre. Sábado (13), às 14h.

Teatro Elis Regina. av. João Firmino, 900, Bairro Assunção – São Bernardo.

Ingressos: R$ 15 (inteira) e R$ 7,50 (estudante e idoso).

(14), às 20h. Centro Livre de Artes Cênicas (Clac) - praça São José, 240, Baeta Neves – São Bernardo.

Sábado (20) e domingo (21), às 20h. Teatro Elis Regina - av. João Firmino, 900, Bairro Assunção – São Bernardo. Ingressos gratuitos.

Em caso de chuva, apresentação não será realizada.

Vidas Secas

O espetáculo é inspirado no livro de mesmo nome de Graciliano Ramos, publicado em 1938. A peça conta a história de uma família de retirantes composta por Fabiano, Sinhá Vitória, o menino mais velho, o menino mais novo e a cachorra Baleia, que, devido à seca, é obrigada a atravessar o sertão em busca da sobrevivência. Recomendado para maiores de 12 anos. Domingo (14), às 10h e às 20h. Teatro Elis Regina. av. João Firmino, 900, Bairro Assunção – São Bernardo. Ingressos: R$ 30 (inteira), R$ 15 (estudantes e idosos acima de 60 anos) e R$ 12 (preço unitário para cada ingresso para grupos acima de 20 pessoas).

MÚSICA Brazil Rock Tribute As bandas ZoomBeatles e CreedenceAll realizam um show onde serão reproduzidas músicas clássicas como Help e HeyJude, dos Beatles, e Proud Mary e Have You Ever Seen The Rain, do Creedence Clearwater Revival. Livre. Domingo (14), às 19h30. Teatro Elis Regina. av.

João Firmino, 900, Bairro Assunção – São Bernardo. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (estudante e idoso). Venda antecipada na Escola de Música Vivo Som pelo telefone 4109-8248. (SERGIO NETO). g

q Neste sábado (13), o Teatro Lauro Gomes, em São Bernardo, recebe a peça de teatro do famoso Peixonauta, peixinho que usa roupa de astronauta, permitindo que ele voe e respire fora d’água. Junto com seus inseparáveis amigos, Marina e Zico, o detetive profissional vai solucionar “O Caso do sumiço das cestas de piquenique”.

A adaptação do desenho animado da TV foi produzida pela Companhia FazArte, do Rio de Janeiro. O espetáculo é feito por bailarinos fantasiados que interpretam o texto, que é reproduzido nos alto-falantes.

“Fizemos uma audição para selecioná-los, pois só tínhamos uma bailarina na companhia”, contou o produtor da peça, Will Gama.

Gama contou ainda que a ideia de transformar o desenho em peça teatral aconteceu porque o filho dele, que tem um ano e meio, adora assistir Peixonauta. “Procurei então o pessoal da TV PinGuim, criadora do desenho, e consegui direitos autorais para montarmos a peça. A nossa companhia teatral trabalha com peças educativas e o Peixonauta fala sobre meio ambiente, então foi muito bacana”, falou.

O responsável pela peça contou que a TV PinGuim também monitorou a produção das fantasias. “Através de fotos eles nos auxiliaram nos detalhes, como a forma oval do Peixonauta e o olho da Marina”.

A apresentação de 60 minutos, que já passou pelo Rio de Janeiro, São Luís, São Paulo e São Caetano, tem momentos de interatividade com as crianças da plateia. “Assim, elas se sentem importantes dentro do espetáculo”, afirmou Gama.

SERVIÇO:

Peixonauta Teatro Lauro Gomes - rua Helena Jacquey, 171, Rudge Ramos – Sábado (13), às 15h.

Ingressos: R$ 40 (inteira), R$ 30 (com apresentação de flyer promocional, recorte de bônus de jornal e funcionários públicos) e R$ 20 (meia-entrada para crianças de 2 a 12 anos, estudantes e pessoas com 60 anos ou mais). g

ESPORTES

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Metodista/São Bernardo enfrenta time mineiro na Liga Nacional de Handebol

CAIO DOS REIS

q O calendário apertado e a grande quantidade de compromissos durante a semana não são exclusividade do futebol brasileiro. A equipe masculina de handebol da Metodista/São Bernardo está sofrendo com jogos de dois campeonatos, a Liga Nacional e o Super Paulistão.

Com um elenco reduzido, a equipe comandada por José Ronaldo, o SB, volta às quadras nesta quinta-feira (11), quando enfrenta os mineiros do ADFJ/ MR Logística, às 18h, no Ginásio do Baetão. A partida é válida pela 4ª rodada da Liga Nacional 2014, e a equipe do ABC busca a segunda vitória no campeonato.

A única partida que a Metodista venceu foi na primeira rodada, contra o Praxis (RS), por 30 a 13, no Baetão. Nos outros dois compromissos, ambos fora de casa, a equipe perdeu por 34 a 32 e 27 a 22, contra Maringá e Balneário Camboriú, respectivamente.

No duelo contra os ADFJ,

a Metodista conta com alguns problemas, mas concentra em um estrangeiro a esperança de gols. O cubano Carlito é artilheiro do time e do campeonato, com 24 gols marcados. “É o atleta mais experiente do nosso time e tem aparecido muito bem nesse momento, mesmo jogando fora de posição”, disse SB. O cubano é originalmente ponta-esquerda, mas vem atuando como meia-esquerda, devido à falta de atletas no plantel. “Estamos com algumas baixas e um elenco muito pequeno, então temos que improvisar alguns jogadores.

Alguns correspondem muito bem, como é o caso do Carlito”, explicou SB. O ADFJ tem apenas um jogo na competição. A equipe mineira foi derrotada pelo Maringá jogando fora de casa. O artilheiro do time, com 9 gols, é Nailson Amaral, que, além de atuar como atleta de handebol de quadra, joga o Beach Handball, categoria que é disputada nas praias. Em julho, a seleção

CAIO DOS REIS/RRJ

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brasileira da modalidade conquistou a Copa do Mundo de Beach Handball após vencer a Croácia na final.

DECISÃO Outro compromisso importante do time do ABC é no Super Paulistão. No sábado (13), às 14h, o adversário é o Hebraica, no Ginásio do Baetão. A equipe da capital é o concorrente direto pela quarta vaga na segunda fase do torneio estadual.

Pinheiros, Taubaté e São José (com 25, 24 e 21 pontos, respectivamente) já estão classificados para a fase final.

Metodista/São Bernardo e Hebraica, com 12 pontos cada um, lutam pela última vaga. “É um jogo importante contra um concorrente direto, então temos que entrar em quadra focados e buscando a vitória, já que sem ela a classificação fica mais difícil”, disse SB. O duelo de sábado é o último jogo da equipe da capital na competição. Já a Metodista ainda tem um jogo pendente contra Piracicaba, que deve acontecer no dia 22, às 20h, na casa do time do interior.

SERVIÇO

Carlito é o artilheiro da Metodista na Liga, com 24 gols SERGIO NETO/RRJ

Metodista/São Bernardo x ADFJ/ MR Lojística Local: Ginásio do Baetão Horário: 18h Entrada: Gratuita

Basquete de SBC pega o líder do Paulista SERGIO NETO

q A equipe da Metodista/ São Bernardo enfrenta neste sábado (13) o XV/Raizen/ Unimed/Unimep/Selam, em Piracicaba, às 18h. A partida é válida pelo Campeonato Paulista Estadual da 1ª Divisão Masculina.

O time do ABC está na 7ª colocação no torneio, enquanto os rivais ocupam a primeira colocação. Com cinco jogos realizados, o time do interior lidera com cinco vitórias. Já a Metodista/ São Bernardo tem quatro jogos, sendo três derrotas e uma vitória, triunfo conquistado ao estrear na competição contra Bragança, pelo placar de 80 a 77.

O assistente técnico da Metodista/São Bernardo, EduTécnico Sidney orienta atletas durante amistoso contra Apaba/SA, no dia 7 de agosto ardo Tadeu Arashiro, assumiu

o comando do time nos últimos três jogos devido à punição aplicada ao técnico Sidney Coppini pela Federação Paulista de Basquete. A Metodista recorreu, mas ainda não obteve resposta da entidade.

“Apesar dos últimos resultados adversos, a equipe está se preparando bem. E sempre tem uma motivação extra para jogar contra o líder. A expectativa é a melhor possível”, disse Arashiro.

A equipe se apresentou somente na terça-feira (9) pela manhã para trabalhos físicos.

“Agora vamos direcionar o trabalho para este jogo especificamente”, afirmou o assistente técnico sobre como o time tem se preparado para o confronto.

O próximo jogo da equipe de São Bernardo é contra o Osasco, dia 18, às 19h, na quadra da Universidade Metodista. g

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