RROnline - Edição 1.026

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Rudge Ramos JORNAL DA CIDADE

São Bernardo do Campo4 De 9 a 22 de Outubro de 2014 4 Ano 34 4 Nº 1.026

4FUTEBOL BRUNO MADRID/RRJ

Região elege dois deputados a menos na Assembleia e Congresso Pág. 3

12 DE OUTUBRO

MARISTELA CARETTA/RRO

Bengala Azul confia em recuperação do Azulão depois de três quedas Pág. 15

4CULTURA DIVULGAÇÃO

Crianças Histórias de Verissimo são contadas em peça no Teatro Lauro Gomes Pág. 13

ganham atividades gratuitas em parques e apresentações teatrais em três shoppings em data comemorativa. Pág. 12

4FALTA DE CIDADANIA

Faixas de pedestres viram vagas em feiras livres Pág. 3

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POLÍTICA

- Rudge Ramos Jornal

De 9 a 22 de Outubro de 2014

LUCAS ALENCAR

ELEIÇÕES

6DE OLHO NA CÂMARA q A representatividade do ABC na 2014 Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa foi reduzida nesta eleição de 2014.

Em 2010, a região garantiu 7 das 94 cadeiras da Assembleia Legislativa de São Paulo e 4 das 70 cadeiras da Câmara dos Deputados, em Brasília. Neste ano, o ABC perdeu uma cadeira em cada um dos dois parlamentos.

Entre os deputados estaduais que já cumpriam mandato, foram reeleitos Orlando Morando (PSDB), com 237.020 votos, e Ana do Carmo (PT), com 72.238 votos. Outros três petistas foram eleitos para a Assembleia Legislativa: Luiz Fernando, com 102.905 votos, Barba, com 95.156 votos, e Luiz Turco, com 78.760 votos.

Outra novidade é Atila Jacomussi (PC do B), de Mauá, eleito com 62.856 votos.

Vanessa Damo (PMDB) recebeu a votação de 80.684 eleitores, número suficiente para ser reeleita. Porém sua candidatura segue indeferida

ABC perde representantes na Assembleia e no Congresso 6 CANDIDATOS DO ABC ELEITOS CANDIDATOS

PARTIDO

CARGO

VOTOS

CANDIDATOS

PARTIDO

CARGO

VOTOS

Alex Manente Vicentinho Orlando Morando Luiz Fernando Barba Luiz Turco Ana do Carmo Atila Jacomussi

PPS PT PSDB PT PT PT PT PC do B

Deputado federal Deputado federal Deputado estadual Deputado estadual Deputado estadual Deputado estadual Deputado estadual Deputado estadual

164.760 89.001 237.020 102.905 95.156 78.670 72.238 62.856

Rafael Demarchi Gilberto França Marcelo Lima José Tavares Índio

PSD PMDB PPS PC do B PR

Deputado federal Deputado federal Deputado estadual Deputado estadual Deputado estadual

31.583 12.003 35.061 18.884 4.477

por causa de uma condenação no TRE-SP. Vanessa aguarda julgamento de recurso no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para saber se poderá assumir novo mandato. Se isso acontecer, o ABC manterá o mesmo número de deputados da legis-

Vereadores da cidade têm em média 20 mil votos LUCAS ALENCAR OSCAR BRANDTNERIS

q A pauta de projetos para serem votados ficou parada mais de um mês na Câmara Municipal de São Bernardo. O presidente da Casa e líderes de cinco partidos reconheceram que as campanhas prejudicaram o trabalho dos parlamentares. Porém nenhum dos cinco vereadores-candidatos

6 VEREADORES CANDIDATOS

da cidade conseguiu votos suficientes para ser eleito deputado estadual ou federal. Em média, os cinco candidatos receberam cerca de 20 mil votos.

Para a Assembleia, Marcelo Lima (PPS), obteve 35.061 votos. José Alves, o Índio, do PR, 4.477 votos e foi o parlamentar com a menor votação entre os vereadores da cidade. José Tavares (PC do B), com 18.841

4 CONSELHO DIRETOR - Dr. Paulo Borges Campo Jr. - Presidente, Aires Ademir Leal Clavel – Vice-Presidente, Dr. Oscar Francisco Alves Jr. - Secretário, Rev. Afrânio Gonçalves Castro, Augusto Campos de Rezende, Esther Lopes, Jonas Adolfo Sala, Rev. Marcos Gomes Tôrres, Ronilson Carassini e Valdecir Barreros - Titulares - Nelson Custório Fér e Robson Gomes de Aguiar - Suplentes.

4REITORIA - Reitor - Marcio de Moraes, Pró-Reitora de Graduação - Vera Lúcia G. Stivaletti, Pró-Reitor de Pós-Grad. e Pesquisa - Fábio Botelho Josgrilberg

latura atual.

Já o atual deputado estadual pela região, José Bittencourt (PT) não conseguiu votos suficientes para se reeleger: 48.420. Carlos Grana (PT) e Donisete Braga (PT), eleitos para a Assembleia Legislativa

votos, também não foi eleito.

Na Câmara dos Deputados, Gilberto França (PMDB) e Rafael Demarchi (PSD) também não conseguiram se eleger. O peemedebista atingiu 12.003 votos, e Demarchi, 31.583.

Os dois ficaram distantes do ‘número de corte’, que foi de aproximadamente 80 mil votos.

Alguns candidatos com menos votos foram eleitos por coeficiente eleitoral.

Durante a sessão desta quarta-feira (8), a reportagem procurou os vereadores para comentar a derrota nas urnas.

O popular-socialista Marcelo

4DIRETORES - Sérgio Roschel (Diretor de Finanças e Controladoria), Daví Nelson Betts (Diretor de Tecnologia e Informação), Paulo Roberto Salles Garcia (Diretor de Comunicação e Marketing), Débora Castanha (Diretora do Ensino Básico), Carlos Eduardo Santi (Faculdade de Exatas e Tecnologia), Vera Lúcia Gouvea Stivaletti (Faculdade de Humanidades e Direito), Fulvio Cristofoli (Faculdade de Gestão e Serviços), Luciano Venelli Costa (Faculdade de Administração e Economia), Paulo Rogério Tarsitano (Faculdade de Comunicação), Rogério Gentil Bellot (Faculdade de Saúde) e Paulo Roberto Garcia (Faculdade de Teologia).

4INOVAÇÃO E MARKETING - Luciano Sathler (Diretor).

Fonte: TSE (Tribunal Superior Eleitoral)

FEDERAL O único deputado federal da região reeleito foi Vicentinho (PT), com 89.001 votos. Alex Manente (PPS), que cumpre mandato como deputado estadual, foi eleito para a Câmara dos

Deputados, com 164.760 votos.

Vanderlei Siraque (PT), com 53.285 votos, e Helcio Silva, com 43.872 votos, não atingiram o número de sufrágios suficiente para serem reeleitos. William Dib (PSDB) não tentou a reeleição e José de Filippi Júnior (PT) abriu mão do mandato para assumir a Secretaria de Saúde da cidade de São Paulo. g

Lima disse que o mandato segue normal, com a mesma dedicação. “O mais importante é discutir o orçamento do ano que vem para a Câmara e continuar descobrindo as necessidades da população”, disse.

Rafael Demarchi declarou que os parlamentares precisam ter o mesmo empenho na volta aos trabalhos que tiveram durante as suas campanhas.

“Durante o processo eleitoral, estive mais perto da população e quero completar meu mandato dialogando e descobrindo os problemas da cidade”, afirmou o social-democrata.

O peemedebista Gilberto França afirmou que, independentemente do resultado das eleições, as prioridades de seu mandato continuam as mesmas. “Sigo destacando a importância do primeiro emprego para o jovem e a criação da UBS do idoso”, disse.

José Alves não estava presente na sessão e José Tavares tirou licença para se dedicar à campanha e só retorna à vereança no dia 15 de outubro.

O vice-prefeito Frank Aguiar (PMDB), com 26.013 votos, também não conseguiu vaga no Congresso. g

em 2010, abriram mão do mandato e foram eleitos prefeitos em Santo André e Mauá, respectivamente, em 2012.

JORNAL

Rudge Ramos

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RUDGE RAMOS JORNAL - PUBLICAÇÃO DO CURSO DE JORNALISMO DA FAC

DIRETOR - Paulo Rogério Tarsitano COORDENADOR DO CURSO DE JORNALISMO - Rodolfo Carlos Martino.

REDAÇÃO MULTIMÍDIA - Editor-chefe - Júlio Veríssimo (MTb 16.706); EDITORA-EXECUTIVA E EDITORA DO RRJ - Margarete Vieira (MTb16.707); EDITOR DE ARTE - José Reis Filho (MTb 12.357); Assistente de Fotografia - Maristela Caretta (MTb 64.183)

4Equipe de Redação: Alysson Rodrigues, Amanda Goulart, Amanda Guilhen, Bruno Madrid, Bruno Yonezawa, Caio dos Reis, Fernanda Cordeiro, Gabrielli Salviano, Letícia Gomes, Lucas Alencar, Oscar Brandtneris, Renan Muniz, Sergio Neto, Vinícius Galvani, Yago Delbuoni e alunos do 5º e 6º semestres de Jornalismo.

4Tiragem: 15 mil exemplares

4Produção de Fotolito e Impressão: Diário do Grande ABC

Rudge Ramos Jornal - 3

CIDADE

De 9 a 22 de Outubro de 2014

6DE OLHO NA CIDADE FOTOS: LUCAS ALENCAR/RRJ

Feiras livres em SBC viram estacionamento irregular Carros e

LUCAS ALENCAR

q Em dias de feira livre, faixas de pedestres se transformam em estacionamentos irregulares em São Bernardo.

A irregularidade que foi constatada em uma feira, em agosto, é, na verdade, uma prática comum. E em quatro localizações diferentes da cidade, a mesma situação: a ausência de fiscalização para coibir o abuso.

No dia 28 de agosto, a reportagem mostrou o estacionamento irregular que acontece na faixa de pedestre da Rua Enrico de Martino, travessa da avenida Kennedy, no bairro Anchieta, durante as feiras livres de sábado de manhã e quarta-feira de noite.

Aos sábados, muitas famílias passam pela rua para chegar ou sair do parque Raphael Lazzuri. Impedidos de passar pela faixa, os pedestres são forçados a passar pelo meio da feira ou pela beirada da avenida.

A aproximadamente 200 metros do local das infrações, fica o Centro de Reflexão do Trânsito da cidade, onde ficam estacionadosos carros da DET (Departamento de Engenharia de Tráfego).

até cavaletes de campanha estavam sobre faixa na feira do Rudge

Motoristas

formavam fila esperando ‘vaga’ para estacionar na faixa no Jardim do Mar

Mesmo problema acontece na feira do bairro Anchieta; pedestres passam pela avenida Na época, em nota enviada por e-mail, a prefeitura informou que “o DET tomará as providências cabíveis para coibir os estacionamentos irregulares no local”.

A reportagem voltou à feira nos dias 30 de agosto, 6 de setembro e 20 de setembro e verificou que as infrações continuavam acontecendo, sem

fiscalização.

RUDGE RAMOS O mesmo tipo de infração acontece na feira livre de sábado na rua Ida Leoni Cleto, travessa da rua Afonsina, no Rudge. No dia 6 de setembro, havia carros estacionados e até cavaletes de propaganda eleitoral sobre a faixa de pedestres.

Os pedestres também eram obrigados a passar pelas barracas ou pela beirada da rua Afonsina, que tem tráfego intenso. Novamente, por meio de nota, a prefeitura informou que iria intensificar a fiscalização.

JARDIM DO MAR Em 26 de setembro, na feira livre da rua Luís Nelo Rossi,

travessa da rua Continental, no Jardim do Mar, a mesma cena: Lá, os motoristas faziam até fila à espera de “vaga”. Próximos à feira, há dois estacionamentos particulares.

Nesse dia, a reportagem foi abordada por motoristas, feirantes e flanelinhas, que exigiam que as fotos tiradas fossem apagadas e insistiam que o estacionamento era regular em dias de feira livre. Ninguém quis dar entrevista.

CENTRO Na feira livre de sábado, na avenida Francisco Prestes Maia, no centro, o mesmo problema. Mas com um agravante: os carros estacionados sobre a faixa atrapalham até feirantes, pois eles passam com seus veículos pelo meio das barracas para ir embora, mas encontram as saídas bloqueadas.

Estacionar em local proibido é considerado infração grave pelo Detran-SP. Caso seja autuado, o motorista receberá cinco pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e multa de R$ 127,69.

A reportagem, novamente, entrou em contato com a assessoria de imprensa da prefeitura solicitando esclarecimentos sobre os estacionamentos irregulares nas feiras do Rudge Ramos, Jardim do Mar e Centro e explicações para a falta de fiscalização prometida na feira do bairro Anchieta, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição. g

4 - Rudge Ramos Jornal

CIDADE

De 9 a 22 de Outubro de 2014 FOTOS: LETÍCIA VIEIRA/RRJ

LETICIA VIEIRA

q Os japoneses que moram no ABC encontram espaços para manter viva a cultura e realizar atividades e eventos típicos do seu país de origem.

Esses locais são chamados de “Kaikans”, que são pequenos clubes de bairro criados pelos imigrantes, ainda não adaptados ao Brasil, para que pudessem se reunir e confraternizar.

Segundo dados da Polícia Federal, os japoneses são a segunda maior comunidade de imigrantes na região, representando 4.133 dos 28.474 estrangeiros de diversos países.

Para atender a comunidade, há cerca de 11 espaços espalhados pelo ABC. Uma das mais antigas é a Associação Cultural Mizuho, fundada em 1935 no bairro Alves Dias, em São Bernardo.

Formado a partir dos termos “Kai”, que quer dizer reunião, e “kan”, que significa prédio, os Kaikans eram mais tradicionais quando foram criados. Eles oferecem tanto cursos típicos, como Shuji (caligrafia japonesa), Odori (dança típica), e Taikô (arte milenar que utiliza tambores), como outros que já se popularizaram, como o tênis de mesa.

Hoje, não é apenas a necessidade de manter contato com as tradições do país dos pais ou avós que estimula a frequentar esses espaços. “Grande parte destes clubes conta com não descendentes em seu quadro de sócios. Muitos frequentam por serem admiradores da cultura ou simpáticos a ela”, disse o presidente da União Cultural Nipo-Brasileira de São Bernardo do Campo, Henrique Minami.

Para Minami, esta abertura aos não orientais tem um lado positivo, mas isso não pode fazer com que o espaço perca sua identidade. “É preciso alguém com descendência ou ligação com a cultura para dirigir uma comunidade, senão ela se desvirtua do seu objetivo, que é o de preservar e difundir a cultura japonesa.”

O “Bunka”, como é chamada a União Cultural Nipo-Brasileira, que fica no centro de São Bernardo, foi o espaço que o casal Issao e Toshiko Matsuda encontrou para não

Espaços preservam costumes japoneses Bunka São Bernardo oferece aula de coral para a terceira idade toda quinta, às 11 horas perder contato com as tradições da família.

Eles já participam das atividades do local há 25 anos e, mesmo sendo brasileiros, não abriram mão de matricu-

lar os filhos nos cursos que o espaço oferece. “Colocá-los para aprender a língua e fazer outras atividades típicas foi o jeito que encontramos para que eles tenham contato com a

cultura”, relatou Toshiko.

Já para a professora de Kendô Lilian Natsumi Miyazawa, dar aulas desta arte marcial japonesa é a principal forma de manter viva, no Brasil, a

Alunos de espaço recreativo no Rudge Ramos praticam a luta marcial Kendô

cultura do país de origem da família. Filha de pais japoneses, a professora pratica Kendô desde os oito anos junto com os pais e irmãos.

Ela explica que, além de ser uma luta que trabalha o espírito, corpo e mente, o Kendô faz com que os brasileiros aprendam a respeitar a cultura nipônica. “Ele incorpora em sua prática regras de etiqueta japonesa, como a disciplina e o respeito aos mais velhos.

Isso é bem próprio da nossa cultura”, concluiu.

O Grêmio Recreativo Rudge Ramos, a Associação Cultural Mizuho e o Bunka fazem parte da União das Associações Nipo-Brasileiras de São Bernardo do Campo, que anualmente realizam um evento na cidade para comemorar a imigração japonesa. g

Rudge Ramos Jornal - 5

CIDADE

De 9 a 22 de Outubro de 2014

Cultura do país do sol tem adeptos ocidentais q A cultura Japonesa está presente no país por meio da alimentação ou mesmo quando se assiste algo na televisão.

As suas tradições não estão restritas apenas aos descendentes. As suas caracteristicas acabam conquistando mesmo aqueles que não possuem nenhum vínculo com o Japão.

A admiração pode surgir de várias formas. Um exemplo é colecionar objetos relacionados à cultura do país do sol nascente, e um dos principais elementos que contribuem para essa propagação da cultura oriental por aqui são os Animes (desenhos japoneses) e Mangás (quadrinhos japoneses).

O estudante Danilo Seixas de Souza, 20, é um bom exemplo. Ele iniciou a coleção de Mangás em 2010 e atualmente possui mais de 60. “Comecei a acompanhar quando era adolescente, e o personagem que me atraiu foi o Naruto. Ele é muito carismático, eu o via se desenvolvendo, crescendo e

lutando por seus sonhos, coisas com que eu me identificava e estava passando naquela época.”

A forma como os personagens são retratados também é um atrativo. Eles não são estereótipos da cultura japonesa. “Eu me apaixonei vendo um ninja vestindo laranja, algo totalmente fora da visão que temos do Japão. São personagens que qualquer um pode se identificar, como, por exemplo, os super-heróis americanos”, disse Seixas.

Outro elemento japonês que também é bem presente por aqui são os Cosplays, pessoas que se vestem baseadas em um personagem que pode ser de um desenho, um Mangá, um filme, um super-herói ou até mesmo de vídeo game.

Existem competições sobre quem consegue ser mais fiel à figura a qual deseja se fantasiar. “Fiquei atraído em fazer um e participar de torneios porque sempre achei legal poder encarnar o seu personagem favorito”, disse o estudante Alexandre Rodrigues

ARQUIVO PESSOAL

LUCAS ICHIMURA

LUCAS ICHIMURA/RRJ

Damião, 21, que faz Cosplays há sete anos.

A influência oriental na cultura ocidental pode estar

Odori ajuda manter as tradições orientais JÉSSICA FERREIRA

q Às vésperas de completar 80 anos de idade, a aposentada Hideko Miyuri é a mais idosa e uma das mais assíduas nos ensaios de odori, dança tradicional japonesa.

Ela faz parte de um grupo que participa da atividade, na sede da União Cultural e Esportiva Nipo-Brasileira de São Bernardo. Segundo Hideko, a dança tem uma grande importância na sua vida. “Quando danço me sinto leve, contente. Fico mais perto da minha cultura.”

Talvez a dança seja uma das atividades culturais mais marcantes e abrangentes, pois é a representação de uma memória, um estado de espírito, uma história ou mesmo de um pequeno momento na vida de um povo. E é exatamente isso que acontece com o odori.

A leveza dos movimentos e as roupas típicas são a marca registrada da dança de cunho

folclórico, que surgiu na antiguidade como parte de cerimônias religiosas.

Embora tenha nascido no Brasil, a aluna que é a mais jovem de um grupo de odori, localizado em Santo André, Tainá Watanabe, 20, conheceu as tradições orientais por meio dos pais e familiares e passou a dedicar-se à atividade para difundir a cultura de seus antecedentes. “Faço desde os meus seis anos. E todas as vezes que vou às aulas me sinto muito alegre. Sinto que estou cultivando a tradição japonesa, da qual faço parte.”

A dança ganhou expressão artística. Hoje, conquista espaços em festivais típicos. “Geralmente, nas apresentações, dançamos as músicas mais alegres, uma música muito conhecida até pelos brasileros é o Soran Bushi, que celebra, por exemplo, a fartura na colheita da pesca”, explicou Tainá.

A professora de odori Sanay

No alto, Danilo Seixas com seus mangás colecionados desde 2010; atualmente, possui mais de 60; ao lado, Alexandre Damião que faz cosplay há sete anos

relacionada pela forma como os japoneses vivem e se comportam. “Eles seguem um padrão de comportamento que, de certa forma, nós gostaríamos de ter.

Seja com Cosplay, comidas ou tradições, os japoneses possuem um jeito curioso e único de viver, a cultura deles e isso nos atraiu por ser muito diferente do que estamos habituados por aqui”, declarou Damião. g LETÍCIA VIEIRA/ RRJ

Miname elogia a aplicação e a disciplina de suas alunas, que conseguem interpretar as músicas e aprender cada movimento com muita destreza.

Sanay dá aulas há mais de 30 anos e explica que hoje são poucas as professoras capacitadas para ensinar o odori.

“Além de passarmos muito tempo estudando a dança é muito rigida devido a nossa cultura que segue esse padrão,

Alunas de centro cultural de São Bernardo dançam o odori, que representa alegria e também serve para celebrar fatos, como fartura em uma colheita talvez esse seja um dos motivos para isso”.

A idade das participantes varia, mas normalmente a aula

não é tão frequentada por pessoas com menos de 50 anos.

Tainá é uma exceção.

Para participar das aulas é preciso agendar um horário na União Cultural Nipo-Brasileira de São Bernardo, na rua Bragança, 15, Vila Lusitânia, no Centro. É aberto para pessoas de todas as nacionalidades.

Basta se interessar pela cultura japonesa e querer entender como funciona a dança. g

6 - Rudge Ramos Jornal

SAÚDE

Trabalho noturno afeta

HELOÍSA MAGALHÃES/RRO

QUALIDADE DE VIDA HELOÍSA MAGALHÃES

q Trabalhar à noite e descansar durante o dia faz com que se tenha menos horas de descanso e, consequentemente, um sono pior. Uma pesquisa realizada pelo Centro de Pesquisa do Sono da Universidade de Surrey, na Inglaterra, divulgada em janeiro deste ano, aponta que a atividade noturna pode alterar o metabolismo e prejudicar o funcionamento das moléculas.

Deve ser o caso do porteiro Kleber de Souza, 33. Ele começa a trabalhar às 19h e sai às 7h da manhã. Souza sabe bem como é ter uma rotina diferente das outras pessoas.

Dorme quatro horas por dia e destaca as dificuldades enfrentadas na hora de dormir. “Não tenho um relógio biológico, meus horários são confusos e a luz do dia acaba atrapalhando meu sono.”

A pesquisa britânica também revelou que, em horários de sono durante a noite, cerca de 6% dos genes estão programados para ficarem mais ou menos ativos em momentos específicos do dia. Porém, quando o horário de sono é durante o dia, apenas 1% dos genes fica programado. A atividade genética tem uma harmonia e acaba perdendo o ritmo quando o corpo não descansa durante à noite.

Apesar de o sono ser incontrolável e não depender da vontade de ninguém, Souza afirma que tem algumas estratégias para evitar que ele apareça enquanto está traba-

Kleber de Souza é porteiro e trabalha das 19h às 7h lhando. “Tento cochilar pelo menos uma hora antes de vir trabalhar. O café também me ajuda a ficar acordado.”

Na tese de doutorado “Avaliação do impacto do trabalho em turnos noturnos na produção de citocinas inflamatórias salivares e na secreção dos hormônios melatonina e cortisol“, de abril de 2013, da Faculdade de Saúde Pública da USP, a bióloga Érica Lui Reinhardt constatou que trabalhar no período noturno traz alterações negativas para o sono. A principal consequência é o encurtamento do sono diurno. O trabalhador acorda duas ou quatro horas antes do necessário, porque o organismo não permite que ele continue dormindo.

Noites mal dormidas podem causar obesidade e diabetes MARIANA BONARELI

q Dormir poucas horas durante o dia leva o organismo a um descompasso cujas consequências vão muito além da sonolência. Dentre os problemas gerados pela falta de sono está a obesidade, perda de neurônios e o início de diabetes.

Segundo o biólogo Rogério Santos, do Instituto do Sono, dormir mal é tão perigoso quanto não se alimentar bem e não praticar exercícios físicos.

“Analisando resultados de várias pesquisas, posso classificar a falta de sono como fator de risco para várias doenças, inclusive a obesidade.”

A médica Rosana Hasan,

Mesmo quem dorme à noite sofre com as poucas horas de sono. O radialista Ricardo Grecco, 23, disse que tem uma rotina extremamente agitada.

Dorme em média cinco horas por dia. Ele se levanta às 5h30 e vai dormir por volta de uma hora da manhã. “Durmo no trem e chego a perder a estação. Estou sempre sonolento.”

Quem tem sono constantemente durante o dia pode apresentar problemas, tanto na vida pessoal, quanto na vida profissional, segundo a clínica geral Patrícia dos Santos. De acordo com ela, há alterações de humor, dificuldade de concentração, além da possibilidade de desenvolver doenças como insônia, diabetes, hipertensão arterial e obesidade. g do Laboratório do Sono da Faculdade de Medicina do ABC, afirmou que quem possui “débito” de sono geralmente tende a ter maior ansiedade e, consequentemente, acabam comendo mais, acarretando o aumento de peso.

“O organismo produz mais insulina, que altera o ciclo de produção de cortisol, o que resulta uma maior intolerância à glicose, que também pode causar ganho de peso”, afirmou.

Sem o repouso noturno adequado, o corpo e a mente

De 9 a 22 de Outubro de 2014

Usar tablet e até checar e-mail prejudica o sono LETÍCIA ANDRADE

q O hábito noturno de checar e-mails, jogar videogame ou responder mensagens de texto contribui para baixar a qualidade do sono. Essa é a conclusão de um estudo feito com 1.508 pessoas entre 13 e 64 anos divulgado em 2011 pela Fundação Nacional para o Sono dos Estados Unidos.

Segundo o estudo, o uso desses aparelhos é um fenômeno generalizado. Dos entrevistados, 95% disseram utilizar algum aparelho eletrônico pelo menos uma hora antes de ir para cama, sendo que dois terços não conseguem dormir o suficiente para descansar.

“Já cheguei a acordar de madrugada para jogar. Quase nunca desligo meu computador”, contou o analista de infraestrutura Bruno Chiantia, 26.

Ele chega a dormir menos de seis horas por dia, e reconhece que a falta de sono prejudica bastante nas atividades diurnas, mas não acha que precisa de ajuda.

De acordo com o neurologista Gilmar Fernandes do Prado, especialista em distúrbios do sono, as pessoas precisam entender que necessitam de um período de descanso para restaurar as energias. “Levar esses aparelhos para o quarto causa dependência. É como se quisesse dormir no meio de uma festa.

E você não consegue se desligar daquele ambiente”, explicou.

Outro dado do estudo aponta que a insuficiência do sono pode comprometer as atividades do dia a dia, afetando negativamente as relações sociais no ambiente de trabalho, com a família e a saúde de uma forma geral.

“Perda e dificuldade de concentração e alteração de humor, são problemas frequentes para quem dorme menos. E o cérebro padece com isso”, alertou o neurologista. Para ele, é importante notar se o sono está sendo suficiente, pois a readequação do sono não é uma mudança de comportamento imediata para o padrão de funcionamento do cérebro. g LETÍCIA ANDRADE/RRO

Bruno Chiantia utiliza todos os dias tablet antes de dormir perdem muito mais do que a chance de repor as energias gastas durante o dia. Uma noite mal dormida, além dos problemas de saúde, também traz mau- humor, falta de concentração e ansiedade.

O engenheiro mecânico Carlos Nastre, 45, faz parte do grupo de pessoas que sofrem de insônia. Ele disse que dorme pouco por ter apneia, doença que leva a falta de ar quando se está dormindo. “Durmo pouquíssimo, se totalizar seis horas é muito. Quando vou aos

médicos, muitos deles dizem que meus problemas de saúde, inclusive o aumento de peso, são provenientes do cansaço”, disse Nastre que pesa pouco mais de 90 quilos.

Não há uma quantidade certa de horas que uma pessoa deve dormir para se sentir bem.

Porém, especialistas dão algumas dicas para ter uma boa noite de sono: evitar praticar exercícios próximo ao horário de deitar, não ingerir álcool e cafeína no período noturno, não comer antes de dormir. g

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TECNOLOGIA

De 9 a 22 de Outubro de 2014

MARISTELA CARETTA/RRJ

BRUNO YONEZAWA

q Os telefones celulares têm em média 3,1 anos de vida útil. Esse período de durabilidade é bem menor do que 5,3 anos, que é o tempo em que os consumidores pretendem trocar os aparelhos. Esses dados fazem parte de pesquisa do final de 2013 do Idec (Instituto de Defesa do Consumidor).

De acordo com o instituto, essa baixa durabilidade se deve ao que é conhecido como obsolescência programada, ou seja, a resistência do aparelho é reduzida para impulsionar as vendas.

Segundo Walter Lima, especialista em tecnologia de comunicação e professor de pós-graduação da Universidade Metodista de São Paulo, é o capitalismo se apropriando da tecnologia. “A característica é a não permanência, a troca constante dos aparelhos.

Compramos coisas que não têm durabilidade e somos obrigados a adquirir novos pouco tempo depois.”

Já Murilo Loiola, professor de engenharia de informação

Celulares têm vida útil de 3,1 anos REPRODUÇÃO/RRO

Durabilidade de aparelhos depende também dos cuidados do usuário; Assistente técnico Alex Trevisan (à esq.) recebe cerca de 100 smartphones por semana e 60% apresentam problemas no touchscreen

da UFABC (Universidade Federal do ABC), acredita que, comparado aos modelos mais velhos, os celulares novos estão mais resistentes. “As

tecnologias estão ficando mais poderosas, dando mais tempo de vida aos aparelhos.” Porém ele alertou: “Não significa que os telefones não apresentam

problemas. Existem peças que são facilmente danificadas quando o aparelho sofre uma queda”.

A tese de Loiola é confir-

mada pela assistência técnica Mastercell, no Rudge Ramos.

Tela quebrada é o principal problema dos celulares dos clientes. Na loja, há uma parede ocupada por touchscreens (tela que funciona por meio do toque do dedo) rachados.“De cada 100 aparelhos que recebo por semana, 60 deles apresentam problemas no touch”, contou o assistente técnico e empresário Alex Trevisan.

Entretanto os problemas não se restringem apenas ao hardware (parte física do celular que é composta por peças, como a chamada placa-mãe ou o cartão de memória), mas também ao software (parte lógica dos aparelhos que fornece instruções para o funcionamento do hardware, como programas e aplicativos).

O touchscreen, por exemplo, pode apresentar problemas com o tempo de uso, como falhas no funcionamento em determinadas áreas. Além disso, os aparelhos possuem uma capacidade de memória, limitando assim o uso de apps (aplicativos) e, muitas vezes, o usuário abre diversos programas sem saber que o processador do telefone pode travar.

DESCARTE Uma consequência do ciclo de vida reduzido dos aparelhos eletrônicos é a poluição. De acordo com Walter Lima, o descarte irregular é parecido com o de bitucas de cigarros.

“Produzimos e consumimos numa velocidade assombrosa e jogamos fora em qualquer lugar, isso contamina o solo.”

O especialista ainda disse que é comum acharem que apenas a bateria faz mal à natureza, mas esquecem que no próprio aparelho existem diversos componentes, como alguns metais pesados e plásticos.

Como solução, Lima propõe a conscientização na hora do consumo e especialmente no descarte. “Devemos mudar os hábitos, porque se continuarmos e percebermos que está nos fazendo mal, será difícil reverter a situação. O consumo constante é uma lógica capitalista e das empresas, mas o descarte fica por nossa conta, então vamos fazer o certo.”

Lojas de operadoras de telefonia, fabricantes de eletrônicos e algumas redes de supermercados costumam ter pontos de coleta de aparelhos e de baterias. g

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De 9 a 22 de Outubro de 2014

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COMPORTAMENTO

De 9 a 22 de Outubro de 2014

MAITÊ LEAL

q Jovens internautas estão aderindo a uma nova maneira de renovar o guarda roupa.

Agora, o que parecia ser uma brincadeira está se tornando um meio inovador para estar na moda.

Em pouco tempo, a página no Facebook ‘Escambinho’, criada por Vanessa Miller, já tem mais de 900 usuários, que se encontram nas principais estações de trem, metrô, e até pontos de ônibus para realizar as trocas de roupa.

Vanessa, 25, contou que o objetivo sempre foi maior do que apenas trocar roupas e que a ideia surgiu quando ela passou por uma cirurgia.

“As trocas me chamaram a atenção porque fiz cirurgia bariátrica. Perdi 56 quilos e não tinha como renovar o armário inteiro, não tinha ‘grana’. Além disso fiquei cheia de roupas tamanho 54, que muitas meninas ‘plus’ não achavam, e eu queria ajudar.”

Vanessa disse ainda que peças de roupa na maioria das vezes são desvalorizadas em brechós. Por isso as meninas têm buscado cada vez mais trocas online. “Não vale a pena vender roupas em brechó.

Muitas meninas não costumam ir em brechó e pagam muito pouco.”

A ideia funciona de forma bem simples: os usuários criam álbuns com as roupas que desejam “desapegar” e escolhem peças de outros álbuns. Dessa forma, cada uma opta por uma peça de roupa de outra internauta. Após as escolhas, as meninas marcam pelo próprio Facebook os chamados “encontrinhos” em estações de trens e metrôs, para então, realizar a troca.

Para a jornalista Débora Moscardini, a página na internet representa bem mais do que apenas troca de roupas.

Débora tem 25 anos e sempre gostou de brechó e roupas novas. Para ela, utilizar páginas da Escambinho representou a cura de uma doença. “Passei por um momento em que entrei em depressão e tive que me afastar do trabalho. Não tinha dinheiro para comprar roupas.

Funcionou como uma terapia.

Além de reformar meu guarda roupas inteiro, fez com que eu começasse a sair de casa e me distrair.”

Débora realiza trocas toda semana. Segundo ela, as tro-

MARIANA VASQUES/RRJ

Troca de roupas vira febre na

6 SERVIÇO PRINCIPAIS PÁGINAS DE TROCA NA INTERNET

• Bazar de trocas da Estilo

• Escambinho

21

995

mil fãs no Facebook

usuários no Facebook

cas são uma tendência que promete triplicar de tamanho nos próximos anos. “Quanto mais esses grupos e brechós crescem, as pessoas vão se dando conta do quanto os preços de shoppings e lojas são abusivos”.

A jornalista criou recente-

mente a sua própria página de trocas na internet, chamada “Débora não quer mais”, que já possui quase 500 visitantes, e acredita que as trocas são uma forma sustentável de renovar o guarda-roupa. “É uma forma de reciclagem, o que não serve mais para você pode ser-

• Troca-troca CWB

2.565 usuários no Facebook vir para outra pessoa.”

A técnica em administração Karoline Soares, 20, começou a trocar suas roupas pela internet devido à facilidade.

“Não conheço nenhum lugar físico que faça isso.”

Além disso, para Karoline, a exclusividade de algumas

Redes sociais ajudam usuários a renovar o guarda-roupa em grupos

peças também é uma vantagem nas trocas. “Eu posso economizar tempo, dinheiro e, muitas vezes, conseguir peças únicas que já não são mais encontradas por aí.”

Para a usuária frequente da página, a gestora ambiental Flávia Gigli, 32, o principal benefício das trocas é a economia que elas geram, com o guarda roupa sempre cheio.

Além disso, para Flávia, novas amizades são um ponto importante que as trocas proporcionam. “Fiz amizades lindas.

Você acaba trocando mais informações com as pessoas e descobre afinidades pelas mesmas coisas. A troca de telefones gera novos encontros, é natural.”

A relação entre as “fashionistas” não fica apenas no mundo virtual. De mês em mês os usuários se reúnem para se conhecer, fazer amizade, e é claro, trocar roupas. g

COMPORTAMENTO

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Rudge Ramos Jornal - 11

Página na internet estimula prática de trocas MARIANA VASQUES

q As redes sociais cada vez mais ganham destaque com as inúmeras novidades que podem oferecer. Uma delas é poder se desfazer de objetos guardados em casa e que não são mais usados.

Por isso o profissional de relações internacionais Mauro Cristiano Mattedi, 27, decidiu criar uma rede de troca solidária, onde é possível doar qualquer coisa, exceto produtos piratas, comidas, bebidas alcóolicas e drogas.

A ideia surgiu quando Mattedi decidiu doar o seu computador antigo e notou que não conhecia ninguém que realmente precisasse. Quando acessou a internet, logo percebeu a dificuldade que teria para realizar a doação e então decidiu criar uma plataforma que possibilitaria isso.

Viu também que era possível trocar algo em qualquer categoria, como, por exemplo, acessórios para veículos, acessórios pessoais, livros, móveis e decorações.

Inaugurado em setembro de 2013, o Doabox tem cerca de 2.900 cadastrados. Para se cadastrar é simples. É preciso

colocar o nome, e-mail e uma senha. Qualquer um pode ser doador, apenas é necessário cadastrar o item com foto, descrição e localização. É da mesma maneira como acontece nos grandes sites de compra e venda pela internet e em seguida é só esperar para que o contato seja feito. Cada pessoa cadastrada pode receber o mesmo número de itens que doou, sendo essa uma condição: só quem doa pode receber.

No site, estão disponíveis as informações de como são realizadas as trocas solidárias.

Os usuários devem marcar um lugar para se encontrar, para que a doação seja realizada e os pontos contabilizados no site.

O Doabox integra muitas pessoas que defendem a ideia de desapegar e com isso já houve doações bem diferentes, como bola de boliche, quimono, tênis Nike novo, sofás e até uma cozinha completa.

Para o criador do site, a doação de objetos é uma maneira que as pessoas acabam, de certa forma, trocando afetos, confiança e cordialidade umas com as outras. E o outro motivo para criar a ferramenta foi para ajudar as pessoas a viverem de LUCIANA VASCONCELOS/RRJ

Uso de redes sociais facilita a troca de favores entre usuários

MARIANA VASQUES/RRJ

uma maneira mais sustentável.

“Se nós vivemos todos em um lugar, temos que cuidar dele. E a forma de cuidar do planeta é se nós nos unirmos e pensarmos formas mais inteligentes de viver. Uma maneira mais sustentável, mais leve, mais harmônica de se viver.”

Já a usuária Priscila Silveira, 45, contou que ao conhecer o

Internautas fazem uso das redes sociais para trocar objetos que não usam mais em seu dia a dia site fez questão de conversar com as filhas e olhar por todo o canto da casa para encontrar alguma doação para que depois pudesse também receber algo

em troca. “É uma experiência muito agradável. Ao mesmo tempo que doava um livro antigo e que não usávamos mais, sabia que poderia acumular pontos e trocar por alguma coisa que teria mais utilidade”, disse Priscila, que ainda aguardava a contagem de pontos para saber o que poderia receber em troca. g

LUCIANA VASCONCELOS

O usuário precisa apenas preencher um cadastro com suas habilidades. Ao prestar um serviço, você forma um banco de horas, que pode ser usado a seu favor, quando você necessitar de um profissional que participe do sistema.

Durante o cadastro, o usuário pode delimitar até a região onde ele pretende ajudar alguém. Para isso é necessário indicar o endereço de moradia.

Nessa comunidade na web é possível encontrar profissionais de diversas áreas, desde fotógrafos profissionais até cuidadores de idosos. A contagem do tempo gasto nos serviços é igual para todas as habilidades.

Um dos usuários da plataforma, onde é cadastrado, é o economista Safiri Félix, 31. Ele trabalha no desen-

volvimento de novos modelos de negócios. No ano passado, Félix ofereceu horas de consultoria para uma psicóloga.

Segundo ele, a psicóloga se tornou sua cliente por mais quatro meses após a troca.

Para o economista, as relações de troca são parte de um modo de vida em rede, baseado na construção de capital social, fortalecimento das relações de confiança e reputação.

Como a moeda de troca do portal é o tempo, e não o dinheiro, Félix, depois solicitou os empréstimos da psicóloga e de outros profissionais, “pagando” com seu banco de horas. “Conheci pessoas muito interessantes e dispostas a compartilhar suas experiências comigo, se estabelece uma proximidade com outras pessoas até então desconhecidas.” g

Rede social incentiva gentilezas

q Você já ouviu falar sobre troca de roupas, acessórios ou até mesmo de móveis. É uma prática antiga, chamada escambo. Agora, essa troca não precisa envolver um bem material, e sim tempo e talento de quem se dispõe a participar.

Na internet, há uma rede social que pode ajudar a encontrar alguém que esteja apto a realizar a tarefa para você.

Na plataforma conhecida como Timerepublik, o dinheiro que seria utilizado para contratar um serviço é trocado pelo tempo necessário para realizar o trabalho requerido.

Nesse site, há vários tipos de profissionais. É possível encontrar, babás, cuidadores de idosos, economistas, psicólogos e encanadores.

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ESPECIAL

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FOTOS

: MARIS

Cidade tem atrações gratuitas para o Dia da Criança VINÍCIUS GALVANI YAGO DELBUONI

q São Bernardo tem opções gratuitas em shoppings e parques para que pais e filhos possam comemorar o Dia da Criança durante o mês de outubro.

Nos domingos desse mês, o Golden Square Shopping oferece peças de teatro na praça de alimentação. No dia 12, a peça “Simba” conta a história de um leão que precisa enfrentar as artimanhas de seu tio para se manter no trono.

Nos outros domingos do mês, o shopping abrigará as peças “Primavera”, no dia 19, e no último domingo do mês (26), “João e Maria”.

O Shopping Metrópole também apostou em apresentações teatrais para atrair o pú-

blico infantil. No dia 12, haverá a apresentação de “O Mágico de Oz” e será distribuído algodãodoce durante todo o dia, .

Nos dois domingos seguintes ao Dia da Criança, o shopping oferece os espetáculos “Um Conto Mágico de Circo”, que trata do surgimento do circo moderno, e “Show de Mágica & Ilusionismo, com Ossamá Sato”, nos dias 19 e 26 de outubro, respectivamente.

PARQUES Além dos shoppings, o morador da cidade pode recorrer aos parques da cidade para que a criançada se divirta no dia 12 de outubro.

Por nota, a Prefeitura de São Bernardo informou que está organizando nos parques Estoril, Salvador Arena, Chácara Silvestre e Raphael

Confira no rronline.com.br

TELA C

ARETT A/RRJ

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Parques da cidade têm atividades para o Dia das Crianças; “O Mágico de Oz”, “Simba” e “Show do Mágico Ossamá Sato” são atrações em shoppings Lazzuri a Ciranda da Sustentabilidade, que oferece atividades de educação ambiental no dia 12, às 14h e às 17h.

Ainda na nota, a prefeitura informou que no Parque do Estoril ocorrerá a Feira de Troca de Brinquedos, das 10h às 12h. Para participar é necessário trazer um brinquedo ou livro, que pode ser trocado entre as crianças. g

Cursos e livros de culinária levam as crianças para a cozinha

http://goo.gl/gPGYrv

CULTURA

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Rudge Ramos Jornal - 13

6 ROTEIRO FOTOS: DIVULGAÇÃO

MÚSICA Tributo ao Bee Gees O grupo composto por Gustavo Tassi (Barry), Germano Brissac (Robin) e Oswaldo Porto (Maurice) se apresenta no show “Bee Gees Brazil Tribute Band”. O espetáculo conta com diversos ritmos musicais, desde o rock, até o country, música disco, pop moderno, entre outros. Recomendado para todas as idades. Sábado (11), às 20h30. Teatro Lauro Gomes - rua Helena Jacquey, 171, Rudge Ramos - São Bernardo. Ingressos: R$ 50 (inteira), R$ 35 (antecipado até o dia 10), R$ 25 (meia entrada para estudantes e pessoas acima de 60 anos ou mais).

TEATRO “Facebullying” Estrelado pelo humorista Maurício Meirelles, o espetáculo “Facebullying” chega a São Bernardo. Depois de fazer sucesso na internet, o show traz o humorista selecionando pessoas da plateia, abrindo seus perfis no Facebook e improvisando piadas sobre os escolhidos na rede social. As brincadeiras serão transmitidas em tempo real por meio de um telão para todo o público presente. Recomendado para todas as idades. Sexta-feira (10), às 20h. Teatro Lauro Gomes - rua Helena Jacquey, 171, Rudge Ramos - São Bernardo. Ingressos: R$ 50 (inteira), R$ 40 (antecipado até o dia 9) e R$ 25 (meia entrada para estudantes, pessoas com 60 anos ou mais, professores da rede pública de ensino, pessoas com recortes de bônus de jornais da região, flyers promocionais, clientes da Porto Seguro com 3 acompanhantes cada e clientes com cartão fidelidade da CA Produções).

Espetáculo estreou há um ano e esta é a primeira apresentação em São Bernardo

Crônicas de Verissimo são encenadas no Lauro Gomes FERNANDA CORDEIRO

q Nos dias 18 e 19 de outubro, o Teatro Lauro Gomes apresenta peça baseada em crônicas do livro “Histórias Brasileiras de Verão” do escritor Luis Fernando Verissimo.

“Procuramos histórias que juntas fizessem sentido e não ficassem parecendo 12 esquetes, e sim uma história com começo, meio e fim”, disse a atriz e roteirista Amanda Mendes.

O espetáculo começa com os atores Amanda Mendes e Rodrigo Framptom encenando o conto chamado “Bandeira Branca”, sobre a história de um jovem casal que se

conhece desde criança mas que depois fica afastado por 15 anos. “A partir disso, nós pensamos o que teria acontecido com os dois se eles tivessem ficados juntos durante esses 15 anos? É nesse ponto em que entram as outras 11 crônicas de Verissimo”, afirmou Amanda.

Para encerrar o espetáculo, o primeiro conto da peça é retomado e o casal principal se encontra 15 anos depois.

SERVIÇO: Teatro Lauro Gomes Rua Helena Jacquey, 171 – Rudge Ramos Ingressos: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)

A Comédia dos Erros O espetáculo conta a história de gêmeos idênticos. Separados ainda cedo por causa de um naufrágio, são levados para cidades diferentes. Agora adultos, vivem uma série de mal-entendidos cômicos ao se reencontrarem.

Baseado no texto de William Shakespeare. Recomendado para todas as idades. Sábado e domingo (18 e 19), às 19h. Centro Cultural Bairro Baeta Neves/ Centro Livre de Artes Cênicas (Clac) - Praça São José, 240, Baeta Neves - São Bernardo. Entrada gratuita.

(SERGIO NETO) g

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ESPORTE

Metodista/São Bernardo faz sequência de jogos no Baetão CAIO DOS REIS/RRJ

CAIO DOS REIS

q A equipe de handebol da Metodista/São Bernardo tem dois jogos importantes pela Liga Nacional de Handebol.

Nesta quinta-feira (9), às 18h, o time enfrenta o Balneário Camboriú. Já no sábado (11), às 14h, o jogo é contra o Maringá. As partidas são válidas pela 2ª e 3ª rodadas do returno do campeonato nacional, respectivamente. Ambos acontecem no Ginásio do Baetão.

Com seis pontos, a Metodista/São Bernardo é terceiro colocado do grupo A. O líder da chave é o Maringá (PR), com oito pontos, seguido por São José, com mesma pontuação, porém saldo de gols inferior. Em quarto, Balneário Camboriú (SC) soma quatro pontos. ADJF/Logística (MG) e ASH/Praxis (RS), que ainda não pontuaram, completam o grupo.

“Bons resultados nesses dois jogos em casa são fun-

Carlito (7) é o artilheiro do time na competição com 47 gols marcados em quatro jogos

Equipe de basquete joga com Assis para manter reação no Paulista SERGIO NETO

q A Metodista/São Bernardo começou o segundo turno do Campeonato Estadual da Primeira Divisão do basquete masculino com o pé direito. Após vencer apenas um jogo no primeiro turno, o time do ABC venceu o Osasco e o XV de Piracicaba na segunda fase de competição.

Em seu último compromisso, o time comandado pelo técnico Sidney Coppini venceu o XV de Piracicaba pelo placar de 82 a 68. O jogo foi realizado na quadra da Universidade Metodista, em São Bernardo. Na primeira vez em que as equipes se enfrentaram, no dia 13 de setembro,

o time do interior se saiu melhor e venceu o confronto por 80 a 67.

Para Coppini, as vitórias no segundo turno foram importantes para aumentar a confiança da equipe. “Vencemos duas das três equipes que estão em primeiro lugar.

Isso mostra que nós somos capazes de lidar com as melhores equipes da competição.

O time está mais entrosado e confiante com essas vitórias.”

Em oitavo lugar, a Metodista/São Bernardo tem 13 pontos em dez jogos. Coppini ainda destacou quais os próximos objetivos da equipe de São Bernardo.

A Metodista/São Bernardo volta às quadras nesta

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damentais para a fecharmos a primeira fase da competição como estava previsto no planejamento”, disse o técnico da equipe, José Ronaldo, o SB. A equipe do ABC vem de resultado positivo. No sábado (4/10), jogando no Baetão, o time venceu o São José por 31 a 26 (15 a 11 no primeiro tempo) e alcançou os seis pontos no grupo A da competição. O duelo foi o quinto jogo do ano entre as equipes e, até então, o São José tinha vencido todos.

“Nos dois últimos jogos, já estávamos batendo na trave e essa vitória foi muito importante para as nossas pretensões na Liga”, disse o técnico.

O desejo de SB é “se classificar entre os dois primeiros e escapar de enfrentar Pinheiros ou Taubaté já na próxima fase”.

Para isso acontecer, o time do ABC tem que vencer o dois duelos diretos em casa e conseguir pontuar fora, contra os outros dois integrantes do grupo, os mineiros do ADJF/Logística e os gaúchos do ASH/Praxis.

Sem contar com Renato Pato e Jayson, o time da Metodista/São Bernardo aposta no cubano Carlito, artilheiro da competição, com 47 gols.

“O Carlito é fundamental para o time e mesmo com a sequência de jogos sem descanso, ele está conseguindo manter um bom ritmo”, explicou o técnico SERGIO NETO/RRJ

quinta-feira (9), às 19h, contra a equipe de Assis. O jogo será realizado na quadra da Universidade Metodista e a entrada é franca. Logo após,

no sábado (11), o time de São Bernardo continua com seus compromissos, desta vez visitando a equipe de Poá, às 18h, fora de casa. g

Metodista/São Bernardo ocupa oitava colocação do estadual com 13 pontos ganhos em 10 jogos

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ESPORTE

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Bengala Azul torce por ressurgimento do AD São Caetano

FOTOS: BRUNO MADRID/RRJ

BRUNO MADRID

q A atual fase da Associação Desportiva São Caetano não lembra em nada o início dos anos 2000, época do auge da equipe. Nos últimos dois anos, o clube disputou quatro campeonatos e, para a tristeza de seu torcedor, foi rebaixado em três deles.

Uma das causas para o fracasso é o fato de a atual diretoria, que comanda o Azulão há 18 anos, ter sido abandonada. Este é o pensamento de Agostinho Folco, 80, um dos fundadores e atual presidente da Bengala Azul, uma das mais diferentes torcidas organizadas do Brasil.

Criada em janeiro de 1998, mesmo período em que o São Caetano começou a iniciar sua trajetória nas divisões nacionais do futebol brasileiro, a Bengala Azul surgiu do tédio dos aposentados da cidade, que assistiam os treinos e os jogos da equipe no Anacleto Campanella. “Não tínhamos muito o que fazer. Então, um dos integrantes pensou, em um destes encontros no estádio, na ideia de formarmos uma torcida própria”, afirmou Folco.

A partir daí, vieram inspirações para o nome da futura torcida. Como só havia aposentados, os nomes foram variados: “INSS”, “Pé na Cova”, entre outros. Folco explicou como foi o processo de definição. “Algumas pessoas do grupo usavam bengalas, e uma delas tinha um problema na perna e fez uma de madeira, pintada toda de azul.

Aí veio a ideia: por que não colocar Bengala Azul?”, contou.

E não era qualquer um que se transformava em membro

da torcida. “Aqui sempre foi diferente. Só quem tem mais de 60 anos pode ser integrante.

Somos uma torcida famosa, a única que não pode gritar gol, senão os membros perdem a dentadura, entre outras coisas presentes na rotina dos idosos”, brincou Folco, que disse existir um bom relacionamento entre a Bengala Azul e as outras três organizadas do clube (Gladiadores, Comando Azul e Torcida Jovem).

A Bengala Azul, além de comparecer a todos os confrontos do São Caetano no estádio Anacleto Campanella, viaja pelo Brasil e chegou a acompanhar

Espaço da Bengala Azul no Anacleto Campanella conta com réplicas das troféus conquistados; No destaque, Agostinho Folco, 80, presidente e fundador da torcida o clube estádios do exterior: a torcida já esteve na Argentina e no Paraguai apoiando o Azulão nas edições da Taça Libertadores da América. Hoje, são 635 torcedores registrados como membros da organizada.

Folco se lembrou de um jogo do São Caetano, disputado entre o clube do ABC e o Goiás,

Confira no rronline.com.br

válido pela Série B de 2012, que para ele foi um divisor de águas.

“Brigávamos para voltar à Série A. A partida estava 1 a 1, quando perdemos um pênalti nos últimos minutos. Acabamos não subindo. A partir daí, tudo mudou”. Para o aposentado, a permanência na Série B acabou com todo o planejamento realizado.

Desde 1996 no clube, a diretoria do Azulão perdeu importantes personalidades durante os anos 2000. Luiz Olinto Tortorello (ex-prefeito da cidade entre 1997 e 2004), Luiz de Paula (vice-presidente do clube) e Serginho (zagueiro) morreram.

José Carlos Molina deixou de ser diretor de Esportes, e a Casas Bahia parou de apoiar a equipe. “Essa estrutura foi perdida. Nós encontramos o Nairo Ferreira, nosso presidente, sozinho e isolado. Não tem onde buscar ajuda. É preciso de um apoio fiel ao São Caetano.”

Apesar do atual momento, Agostinho Folco é otimista em relação ao futuro do Azulão.

“Está na mão das autoridades municipais. Esta questão política está atrapalhando um pouco a gente, mas vai melhorar. Vamos sentar, planejar e reerguer o São Caetano a partir do ano que vem.” g

Cultura Hot Rods se mantém viva em cidades do ABC http://goo.gl/ELTQIB

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