RROnline - Edição 1.038

Page 1

www.rronline.com.br editorial@metodista.br facebook.com/rudgeramosonline

Produzido pelos alunos do Curso de Jornalismo ANO 34 - Nº 1038

De 11 a 24 de junho de 2015 Cibele Garcia/RRJ

Maristela Caretta/RRJ

Falta de manutenção Praça Bruno Stangorlini, na Vila Caminho do Mar, sofre com falta de segurança e com problemas na estrutura, como desnível e buracos no passeio. Já na rua Júlio Tomé, um buraco na via dificulta a passagem dos veículos. Pág. 3

» FONTES PÚBLICAS

» CÂMARA

Alysson Rodrigues/RRJ

Bancada do PT se divide ao votar projeto do Executivo Pág. 2

» TURISMO INDUSTRIAL Letícia Gomes/RRJ

Visitantes conhecem cotidiano das fábricas de São Bernardo Págs. 6 e 7

Cidade possui duas bicas que servem como alternativa para economia de água e dinheiro. Pág. 4

» AOS LEITORES - O Rudge Ramos Jornal entra em período de férias. Voltamos em agosto.


2

POLÍTICA

RUDGE RAMOS Jornal da Cidade

De 11 a 24 de maio de 2015

DE OLHO NA CÂMARA

Projeto do Executivo divide petistas no Legislativo Três parlamentares do Partido dos Trabalhadores deixaram o plenário antes do início da votação Divulgação/Oscar Jupiraci/CMSBC

Guilherme Pimenta

O PROJETO nº 16/15, que foi enviado à Câmara Municipal pelo prefeito Luiz Marinho (PT) e aprovado nesta quarta-feira (10), liberando a abertura de crédito no valor de R$ 2,8 milhões para diversas secretarias de São Bernardo, dividiu a base composta por vereadores do PT no Legislativo. A divisão aconteceu em razão de alguns vereadores petistas considerarem que o projeto favorece o presidente da Câmara, Luís Ferrarezi (PT), já que, dentre a quantia, R$ 810 mil serão enviados pelo Governo do Estado para a área de esportes, principalmente para a realização do 59º Jogos Regionais de 2015. O presidente do Legislativo já foi secretário de Esportes da cidade e é considerado o responsável pelo plano de governo de Marinho na área. Durante a sessão, o projeto não entrou como uma das primeiras urgências e, com isso, ficou apenas para a oitava. O Executivo pressionava os vereadores, pois, caso o texto não fosse aprovado nesta quarta-feira (10), o cronograma do torneio, que tem início em 15 de julho, seria prejudicado. Sem acordo, Ferrarezi teve de convocar sessão extraordinária para aprovação da proposta. Ao ser aprovado, o projeto de Marinho não contou com os votos

Rudge Ramos JORNAL DA CIDADE

editorial@metodista.br Rua do Sacramento, 230 Ed. Delta - Sala 141 Tel.: 4366-5871 - Rudge Ramos São Bernardo - CEP: 09640-000 

Produzido pelos alunos do curso de Jornalismo da Faculdade de Comunicação da Universidade Metodista de São Paulo

Mesmo sem o voto dos petistas e de Pery Cartola, o prefeito Luiz Marinho obteve a aprovação do texto pela maioria dos vereadores

dos petistas Zé Ferreira, Tião Mateus e Paulo Dias, que saíram do plenário e não participaram da votação. A divisão, segundo alguns governistas, aconteceu na reunião de bancada, que ocorre nas terças-feiras. Ferreira negou que houve “racha”. Ferrarezi afirmou que “não dava para não deixar o projeto passar”, mas descon-

versou sobre um possível “racha” na bancada. Já a oposição considerou o projeto importante para a cidade. Servidores Públicos A Câmara aprovou por unanimidade a regulamentação da proposta do Executivo aos servidores públicos municipais, que estavam em greve até a quarta-feira (3). Os funcionários públicos

DIRETOR - Paulo Rogério Tarsitano COORDENADOR DO CURSO DE JORNALISMO - Rodolfo Carlos Martino. REDAÇÃO MULTIMÍDIA - Editor-chefe - Júlio Veríssimo (MTb 16.706); EDITORA-EXECUTIVA E EDITORA DO RRJ - Margarete Vieira (MTb16.707); EDITOR DE ARTE - José Reis Filho (MTb 12.357); ASSISTENTE DE FOTOGRAFIA - Maristela Caretta (MTb 64.183) EQUIPE DE REDAÇÃO: Alysson Rodrigues, Amanda Goulart, Amanda Guilhen, Bianca Santos, Cibele Garcia, Fernanda Cordeiro, Felipe Siqueira, Gabrielli Salviano, Guilherme Pimenta, Larissa Pereira, Letícia Gomes, Marcelo Argachoy, Natália Scarabotto, Renan Muniz, Thaís Valverde, Vinícius Claro e alunos do 5º semestre de Jornalismo. TIRAGEM: 15 mil exemplares. Produção de Fotolito e Impressão: Gráfica Mar-Mar

atingiram um marco histórico, ao completar 22 dias de paralisação, a maior da história da cidade. Para eles, o governo ofereceu um abono de R$ 1,5 mil e a reposição salarial no valor de 7,68%. Líder de governo na Câmara, Zé Ferreira parabenizou os trabalhadores, mas criticou a diretoria do Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos Muni-

CONSELHO SUPERIOR DE ADMINISTRAÇÃO - Paulo Borges Campos Jr. (presidente); Aires Ademir Leal Clavel (vice-presidente); Oscar Francisco Alves Jr. (secretário); Rev. Afranio Gonçalves Castro; Augusto Campos de Rezende; Esther Lopes; Jonas Adolfo Sala; Rev. Marcos Gomes Tôrres; Ronilson Carassini; Valdecir Barreros; Nelson Custódio Fér (suplente); Robson Ramos de Aguiar (suplente) DIRETOR GERAL - Wilson Roberto Zuccherato DIRETOR DE FINANÇAS E CONTROLADORIA - Sérgio Roschel DIRETOR DE INOVAÇÃO, COMUNICAÇÃO E MARKETING - Luciano Sathler

cipais e Autárquicos de São Bernardo do Campo). “Foi equivocado decretar uma greve no momento em que a negociação estava aberta.” O oposicionista Pery Cartola (SDD) criticou o prefeito Luiz Marinho, mas votou a favor do texto. “Hoje chega um projeto de valorização aos servidores após um tratamento desumano da administração.” 

REITOR: Marcio de Moraes, Pró-Reitora de Graduação - Vera Lúcia G. Stivaletti, Pró-Reitor de Pós-Grad. e Pesquisa - Fábio Botelho Josgrilberg DIRETORES - Sérgio Roschel (Diretor de Finanças e Controladoria), Débora Castanha (diretora de Educação Básica das Instituições Metodistas de Educação), Carlos Eduardo Santi (Faculdade de Exatas e Tecnologia), Vera Lúcia Gouvea Stivaletti (Faculdade de Humanidades e Direito), Fulvio Cristofoli (Faculdade de Gestão e Serviços), Luciano Venelli Costa (Faculdade de Administração e Economia), Paulo Rogério Tarsitano (Faculdade de Comunicação), Rogério Gentil Bellot (Faculdade de Saúde) e Paulo Roberto Garcia (Faculdade de Teologia)


RUDGE RAMOS Jornal da Cidade

CIDADE

De 11 a 24 de junho de 2015

DE OLHO NA CIDADE

Cibele Garcia Renan Muniz

MORADORES DA Vila Caminho do Mar reclamam do abandono da Praça Bruno Stangorlini. Segundo eles, o local tem problemas com o desnível e buracos nas passagens, más condições das árvores, bancos e quadra. Há também falta de segurança. Na área, é possível presenciar o alambrado da quadra danificado, o piso em mal estado e muros com pichações. Os bancos da praça estão bambos e lascados. Além disso, há poucos postes de iluminação pelo local. De acordo com o aposentado Jaime Osir Netto, o local não recebe manutenção há mais de 20 anos. “Ela teve uma reforma e nunca mais mexeram em nada. Na região, tem quatro cadeirantes, e eles nem passam mais por aqui. Além dos buracos, tem muitas árvores podres”, contou. O aposentado Antônio Augusto Neto também explica que o problema não é atual e que a praça não é apropriada para o uso da população. “Desde que conheço essa praça, ela tem o piso todo quebrado, é suja, sem iluminação, não tem bebedouro e nem se pode falar em segurança. Todos poderiam usar mais se ela tivesse em condições para isso”, afirmou. A aposentada Maria de Jesus Martinez Silveira, que mora há mais de 45 anos em frente à praça, relata que já sofreu um acidente ao transitar pela

Praça Bruno Stangorlini precisa de manutenção há quase 20 anos Falta de segurança e buracos são os principais problemas de quem passa pela área Cibele Garcia/RRJ

Além das calçadas, os assentos, postes de iluminação, alambrados, muros e piso da quadra estão em más condições de conservação

área. “Um dia levei um tombo aqui, me machuquei muito, cai de boca”. Além disso, ela teme que a sua casa seja atingida pelas árvores. “Já me indicaram a ir à prefeitura assinar um papel lá, disseram que assim fico segura caso a árvore caia”, disse Maria. Além da falta de refor-

ma na área, os moradores contam que sentem insegurança ao passar pelo local, principalmente à noite. “O maior problema aqui é a segurança. Policial só passa em horários da manhã e tarde, depois das 19h não tem mais ronda por aqui”, declarou o aposentado José de Souza Bispo.

Segundo os moradores, a falta de fiscalização noturna faz com que haja diversas irregularidades no local. “De noite, é muita droga, casal se escondendo, usando como motel”, relatou Netto. Já a dona de casa Maria de Fátima Barbosa se preocupa com a fama negativa da praça. ”Faz pouco tempo

UM BURACO no meio da rua Júlio Tomé tem atrapalhado motoristas da região que passam pela via. Segundo moradores, não é a primeira vez que o asfalto apresenta problemas. “Faz um ano mais ou menos que ele foi consertado, mas o asfalto começou a ficar ruim e abriu de

novo. Já faz uns quatro meses que está assim. A gente vê o pessoal desviando e se tiver carro parado pode até bater”, afirmou o comerciante Gildo Neves, 49. Além do perigo de causar um acidente, o carro também sofre as consequências. “A suspensão do carro ‘vai embora’, porque o buraco é grande e o carro bate seco no chão”, disse Neves. “Eu já quebrei o batente do carro em buracos na rua”,

que moro nesta área, mas já me falaram até de violência por aqui, pois falta iluminação. Ficam também muitos viciados em drogas na praça”, contou. A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de São Bernardo e até o fechamento desta edição não obteve retorno.  Maristela Caretta/RRJ

Moradores reclamam da má conservação do asfalto na rua Júlio Tomé Cibele Garcia Maristela Caretta

3

contou o motorista Grimauro das Graças Souza, 40. A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de

São Bernardo pela primeira vez no dia 22 de maio, mas não recebeu retorno até o fechamento desta edição. 

Pavimento já foi recapiado, mas buraco reabre no mesmo local, segundo moradores


4

CIDADE

RUDGE RAMOS Jornal da Cidade

De 11 a 24 de junho de 2015

Alysson Rodrigues/RRJ

Fontes públicas são tradicionais em São Bernardo

Letícia Gomes/RRJ

População busca as chamadas bicas gratuitas para poupar água e dinheiro Guilherme Pimenta Letícia Gomes

COLETAR ÁGUA de forma gratuita em fontes públicas, popularmente conhecidas como bicas, se tornou um costume para os moradores de São Bernardo que buscam alternativas para economizar água e fugir do aumento no preço do galão de água. A cidade tem duas bicas gratuitas: uma administrada pela própria prefeitura, na avenida Robert Kennedy, e a outra oferecida pela Termomecânica, localizada na rua João Daprat, no Rudge Ramos. O aposentado Luís Silva de Miranda, 80, vai à bica da Termomecânica há três

anos, e sempre com três galões de 20 litros. “Chego a ficar três horas esperando, por isso chego cedo para pegar um bom lugar na fila”, contou. O tempo médio para encher um galão de 20 litros é de dois minutos. A qualidade da água da bica não é inferior à dos galões de mercado, segundo o aposentado Zilmar de Almeida, 64, que mora no bairro Baeta Neves. Ele disse que só utiliza a água para beber. Há até quem diga que a água é “milagrosa”. “Quando comecei a pegar a água aqui, a gastrite de minha esposa melhorou”, disse o aposentado da Mercedes, Antônio Jorge Adorno, 69. Antes, o local era aberto às 6h e fechado apenas às 20h, com dez torneiras,

mas, para economizar, atualmente o horário de funcionamento é das 10h às 16h e com apenas quatro torneiras. No espaço há 20 vagas para carros, mas nunca é suficiente devido à grande procura. Já na fonte municipal da Robert Kennedy, o movimento é mais intenso. O responsável pela manutenção do local, José Antônio, que trabalha lá há seis anos, afirmou que mais de

mil pessoas frequentam o local diariamente. Antônio afirmou que, com a crise hídrica, a procura pela fonte aumentou neste ano. A dona de casa Rosemary Raduan Alexandrina, 51, frequenta a fonte há mais de 20 anos. Ela contou que, quando seu filho nasceu, deixou de ir ao local por comodidade, mas acabou voltando. No local, a água é tratada e tem a avaliação positi-

Confira no rronline.com.br População cria meios para economizar água  http://migre.me/qdoqu

Cidade possui duas bicas com distribuição gratuita de água; uma da prefeitura e outra da Termomecânica

va do laboratório de saúde pública do município, que mensalmente avalia sua qualidade. Lá, é aberto para a coleta de água das 7h às 21h, de segunda a sexta e, de sábado, das 8h às 18h; aos domingos, das 8h às 11h40. 

editorial@metodista.br facebook.com/rudgeramosonline


RUDGE RAMOS Jornal da Cidade

Thais Miraldo

MARLEY, UM golden retriever de 4 anos, entrou na vida da dentista Caroline Frainer, 33, pela internet. Foi pelo Facebook. Caroline contou que foi alertada por sua amiga sobre uma publicação na rede que mostrava um cachorro para adoção. Na mensagem, os antigos donos contavam que, por conta do trabalho, não estavam conseguindo cuidar de Marley. Da rede social para ter Marley nos braços, foi rápido, no dia seguinte. A dentista, que mora em São Bernado, se disse louca por cachorros e pretendia adotar um novo companheiro para

De 11 a 24 de junho de 2015

O ABANDONO de animais de estimação já se tornou um problema mundial. Tanto que a OMS (Organização Mundial da Saúde) estima em seu relatório (http://www. paho.org/bra/), que cerca de 30 milhões de animais são abandonados no país. Essa situação, segundo a

Foto: arquivo pessoal

Redes ajudam a comprar ou adotar bichos de estimação Internet contribui para garantir a integridade dos pets sua nova vida de casada. Depois de tratar das lesões de pele ocasionadas pelo estresse e de treinos de adestramento, seu pet

Animais resgatados recebem cuidados Raquel Fernandez

COMPORTAMENTO

entidade, se deve à falta de lei para proteção aos animais, principalmente contra maus tratos. Mas o que leva uma família a se desfazer de um animal como se fosse um móvel velho? Quando crescem, dão trabalho. Essa é a opinião do veterinário Roberto Scarpelli, que trabalha em uma clínica veterinária em Santo André. “As pessoas gostam dos animais quando

está ao seu lado há três anos e ainda tem ansiedade de separação devido ao trauma que sofreu pelos maus tratos de seus antigos donos.

O caso de Caroline e Marley é um dentre milhares que acontecem nas redes sociais como Twitter, Instagram e o Facebook na busca

estão pequenos, depois que crescem, os donos não querem mais”, disse Scarpelli. Casos de abandono não faltam. O médico, que atua como veterinário há 10 anos, contou que uma vez atendeu uma vira- lata que tinha sido abandonada. Por conta de maus tratos, não conseguia se movimentar direito. Além disso, havia sido atropelada. “Sua recuperação só foi possível graças a cirurgias e muitos cuidados, como fisioterapia. Agora, ela está bem e já foi adotada.’’ Outra veterinária, Valéria Araújo, com consultório em Santo André, afirmou que em sua clínica não há doação

de animais abandonados por conta da restrição do Conselho Regional de Medicina. A entidade proíbe a exposição de animais em gaiolas e vitrines. “Como eu não tenho um espaço adequado para os animais, esperei todos serem adotados e procuro ajudar de outra forma, atendendo voluntariamente os casos mais graves.’’ Adoção Existem diversas ONGs (organizações não governamentais) que se dedicam a cuidar de animais abandonados. Há também projetos de prefeituras para incentivar as pessoas a não abandona-

Perfil de Bud no Facebook possui mais de cinco mil amigos

5

por um animal de estimação. Alguns adotam, mas há quem recorra a sites de compra e venda para obter seu bichinho. É a história de Bud, que estava sendo anunciado para ser vendido no site Mercado Livre. O anúncio na internet mostrava uma ninhada de nove filhotes de Golden. Quem escolheu e comprou Bud foi a dona de casa Sandra Agnone, 56. Ela contou que fez contato pelo telefone e escolheu o filhote por meio de fotos. A espera foi de 45 dias para buscá-lo. Nove anos após sua adoção, Sandra ainda mantém contato com os vendedores. Seu amor incondicional pelo seu cachorro a motivou até a criar uma conta exclusiva para Bud no Facebook, que conta com mais de 5.000 amigos que visualizam frequentemente suas fotos, vídeos e experiências. Sandra diz que muitas pessoas mandam mensagens de carinho, que declaram amor por ele e que adorariam conhecê-lo. Tanto a venda como a adoção de animais pelo meio virtual é uma alternativa à resolução 1.069/2014, do Conselho Federal de Medicina Veterinária, aprovada no dia 15 de janeiro de 2015, que visa deter práticas que vão contra o bem estar dos animais. Expor em vitrines e gaiolas é um exemplo, já que não garante conforto, segurança e higiene. Desse modo, adotar ou comprar pela internet ajuda a preservar a integridade do futuro animal de estimação. 

rem e adotar animais em vez de comprá-los. Em São Bernardo, quem tiver interesse em adotar um animal de estimação pode procurar o Centro de Controle de Zoonoses, que fica na rua Dr. Rudge Ramos, nº 1.740. O centro cuida e disponibiliza animais para adoção gratuitamente. Para adotar um pet é simples: basta levar cópia do CPF, comprovante de residência, telefone e uma coleira com guia ou caixa de transporte. Além da adoção, o centro também oferece vacinas e castração. 


6

CIDADE

RUDGE RAMOS Jornal da Cidade

De 11 a 24 de junho de 2015

Turismo industrial na cidade tem visitas programadas até 2016 De acordo com a Secretaria de Turismo, 80% dos visitantes são de outras regiões do país Letícia Gomes/RRJ

Letícia Gomes Thaís Valverde

O PLÁSTICO que vira uma cadeira, o vidro que se transforma em embalagem de remédio e a montagem de um caminhão são algumas das atividades diárias de milhares de trabalhadores das indústrias de São Bernardo. Mas o trabalho nas fábricas pode ser um passeio que atrai visitantes de várias partes do país. É o Turismo Industrial. O chão das fábricas se tornou uma verdadeira trilha para estudantes e pessoas curiosas em saber como funciona um processo produtivo e a tecnologia empregada pelas indústrias. E de acordo com a Secretaria de Turismo da cidade, quem quiser realizar o passeio terá que encontrar um espaço na lista de visitas, que estão programadas até julho de 2016, sendo 80% dos visitantes de outros estados. No mês de maio, o projeto recebeu a oitava turma de Goiás. O estudante de engenharia mecânica da Faculdade Anhanguera de Anápolis, Rafael Soares Cordeiro, 23, estava com mais sete pessoas no roteiro que incluía as empresas, Mercedes-Benz do Brasil, Scania Latin America, Wheaton Brasil Vidros, Zurich Termoplásticos, Friozem Logística, Basf (Tintas Suvinil) e Fundação Espaço ECO. "Decidi vir pela oportunidade de conhecer o processo de produção e fabricação dessas grandes empresas. Isso acrescenta para o conhecimento na minha área", disse o estudante. Além do roteiro nas fábricas, a prefeitura oferece aos visitantes passeios por outros pontos turísticos, como o Polo Ecoturístico Caminhos do Mar, a Rota dos Restaurantes e o parque Cidade das Crianças.

No mês de maio, oito visitantes do Estado de Goiás estiveram em empresas para conhecer o processo de produção das fábricas

As pessoas da região deveriam conhecer também. Porque embora moremos na região, tem muita gente que não sabe. Existem mais visitantes de outras cidades do que nós daqui.” Glaucia Silva Moradora

Em abril o projeto do Turismo Industrial superou a marca de

1.125 pessoas. A meta é atingir

"Não conhecia São Bernardo, mas já ouvi falar do ABC. Minha cidade também é um polo industrial, mas nada como aqui. Gostaria que esse tipo de turismo tivesse por lá também”, afirmou Rafael Soares. O roteiro industrial também é atrativo para quem vive na região. A estudante

de administração da Uniesp Glaucia Silva, 35, moradora de São Bernardo, resolveu fazer o roteiro porque precisava fazer um trabalho sobre administração de materiais e combinou com os colegas. Ela agendou a visita um mês antes. "As pessoas da região deveriam conhecer tam-

2.000 pessoas até dezembro.

bém. Porque embora moremos na região, tem muita gente que não sabe. Exis-

Confira no rronline.com.br Incubadoras ajudam empresas a crescer  http://migre.me/qdmSF

tem mais visitantes de outras cidades do que nós daqui", disse Glaucia. Em março, o projeto recebeu sua primeira turma internacional, da Universidade Tecnológica de Lima, no Peru. Para o chefe do Departamento de Turismo de São Bernardo, Fernando Bonísio, esta visita foi resultado das feiras de turismo que a prefeitura participa e do site do turismo da cidade. “Ficamos muitos surpresos e satisfeitos de saber que o projeto está ultrapassando fronteiras. Foi uma experiência marcante e buscamos ampliar ainda mais”, disse Bonísio.

editorial@metodista.br facebook.com/rudgeramosonline


RUDGE RAMOS Jornal da Cidade

A prefeitura ainda não conta com um observatório de turismo para mensurar o número real de turistas em São Bernardo, mas em abril o projeto do Turismo Industrial superou a marca de 1.125 pessoas. A meta é atingir 2.000 pessoas até dezembro. Projeto O turismo industrial é

De 11 a 24 de junho de 2015

um segmento que acontece em outros países como França, Portugal, Japão e os Estados Unidos. O roteiro consiste em uma visita monitorada a uma determinada empresa. Nela, as pessoas interessadas conhecem a história do local, percorrem o setor produtivo e conhecem de perto a produção de uma indústria. “Nós identificamos um

grande potencial na cidade para este tipo de roteiro devido ao número de indústrias localizadas aqui e na região”, afirmou o chefe do Departamento de Turismo. A primeira empresa a entrar no projeto em agosto de 2013 foi a Wheaton Brasil, produtora de vidros para a indústria farmacêutica, perfumaria e cosméticos. Para o responsável pelo Centro de

CIDADE Divulgação

Treinamento Técnico Operacional da Wheaton Brasil, Edison José Toporcov, as visitas criam vínculo com a comunidade. “As fábricas de vidro são muito fechadas, mas esse projeto quebrou um paradigma. Todos podem conhecer a fabricação, o processo, ver a origem do produto que eles compram e que tem em suas casas”, disse Toporcov.

Cidade já recebeu 1.125 pessoas em abril; a meta da prefeitura é receber até 2 mil visitantes até o mês de dezembro

7

Em 2014 se juntou ao projeto a indústria de termoplásticos Zurich Termoplásticos, a gráfica e editora Formag’s, além das montadoras Scania Latin America e Mercedes-Benz do brasil. No início deste ano, três novas empresas se juntaram ao programa: Basf- We Create Chemistry (Tintas Suvinil), Friozem Logística (Armazéns Frigoríficos) e Volkswagen do Brasil. Termomecânica São Paulo, Bacardi Martini do Brasil e a Usina Henry Borden ainda estão em negociação. “O turismo industrial tem o diferencial da imprevisibilidade. O turista se surpreende com o que encontra no interior da fábrica e cria um olhar diferenciado para os objetos a sua volta, como um caminhão ou um vidro de perfume, pois, aprende como isto foi produzido”, disse Fernando Bonísio. 


8

CIDADE

De 11 a 24 de junho de 2015

Faixas de pedestre estão sem reparos no Rudge Sinalizações apagadas dificultam travessia dos usuários em trechos do bairro Nathalia Torquato

A LEGISLAÇÃO de trânsito diz que as pessoas devem atravessar as ruas e avenidas pelas faixas de pedestres por uma questão de segurança. Mas e quando essas faixas não existem, estão apagadas ou simplesmente sumiram do trecho da rua onde foram pintadas? A reportagem constatou que cerca de 10 faixas de pedestre no percurso da avenida Dr. Rudge Ramos até a rua Afonsina, passando por suas paralelas e ruas que cruzam a via, estão praticamente apagadas, em péssimo estado de conservação. Isso faz com que os pe-

destres atravessem as ruas fora da faixa, aumentando o risco de serem atropelados. Um servidor público, que só aceitou falar sem ser identificado, foi abordado quando estacionou o carro em cima de uma faixa de pedestre. Ele alegou que não havia notado que existia uma ali já que estava tão apagada. Além disso, o rapaz lembrou que corre o risco de ser multado por ter parado ali para aguardar o farol abrir, mesmo não tendo feito de propósito.. “Acho que o pedestre e motorista devem se sentir seguros em circular nas ruas. Mas a população deve cobrar, pois é quem utiliza o local e não apenas aceitar”, falou o servidor. Rita de Cássia Garcia, 45,

foi abordada pela reportagem quando tentava atravessar a rua Afonsina, na altura do número 135. Ela estava em uma faixa de pedestre que há no local, mas que está apagada e ali onde estava não havia farol. O motorista que passa que deveria parar e dar passagem. Mas não foi isso que aconteceu, ficamos com a pedestre por cerca de 5 minutos até ela conseguir atravessar e, mesmo assim, ela teve que correr enquanto vinha carro. “É perigoso, ninguém para. Mesmo você erguendo a mão, eles não respeitam. Eu já vi acidente de carro e moto aqui e tenho receio, por isso sempre corro”. A Prefeitura de São Bernardo do Campo, por meio

da Secretaria de Transportes e Vias Públicas, informou em nota, que a definição de locais para implantação de faixas de pedestres é feita pelo Departamento de Engenharia de Tráfego da prefeitura, a partir de critérios de engenharia que levam em conta o volume de tráfego de pedestres e de veículos, os sentidos de deslocamentos, os tipos de travessias e de cruzamentos, o tipo de piso ou revestimento bem como as estatísticas de ocorrências de acidentes. A manutenção das faixas já implantadas é orientada conforme uma programação que leva em conta: o tempo decorrido da implantação ou última pintura e intensidade de desgaste (que será

RUDGE RAMOS Jornal da Cidade Nathalia Torquato/RRJ

A atleta Rita de Cássia demorou quase cinco minutos para atravessar a rua Afonsina, na altura do número 135, onde a faixa, quase apagada, não é respeitada pelos motoristas

maior ou menor, conforme o tipo de material e intensidade de atrito do fluxo de veículos); solicitações de munícipes; programas de revitalização do viário; reconstituição necessária após obras que exigiram agressão ao revestimento da via. A aposentada Maria Fátima Szamszoryk, 68, que atravessava a rua em mais uma via com trecho apagado, relatou que tem visto desrespeito a faixa de pedestre da parte dos motoristas, mas que não vê manutenção nas faixas do bairro há alguns meses e pensa que isso faz os motoristas não respeitarem quem atravessa a rua. “O problema pode ser educação também, não só a falta de manutenção nas faixas e falta de faróis, mas se quem dirige visse as sinalizações teriam menos problema e seria mais fácil atravessar tranquilamente”. 


RUDGE RAMOS Jornal da Cidade

CIDADE

De 11 a 24 de junho de 2015

Pressa é motivo para burlar lei Vanessa Oliveira

FALTA DE tempo. Fácil acesso ao pegar o ônibus. Dificuldade para caminhar trechos longos. Pressa. Carregar compras. Essas foram algumas das razões apontadas por transeuntes que não utilizam a faixa de pedestre para atravessar uma rua ou avenida da cidade. No último dia 4 de março, a reportagem permaneceu por cerca de uma hora e meia na altura do número 500 da avenida Dr. Rudge Ramos, para verificar o comportamento das pessoas na hora de atravessar a rua. No local, existe uma faixa de segurança a cerca de 30 metros de um ponto de ônibus. A maioria alegou os motivos acima relacionados. Dados do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) mostram que os pedestres estão no topo das listas de causas de morte por acidentes relacionados ao tráfego. Número de pedestres mortos em acidente, somente em 2014, o órgão informa que houve 204 brasileiros que morreram nas ruas e estradas do país. E olhe que a legislação brasileira prevê multa para os pedestres que não respei-

Fotos: Nathalia Torquato/RRJ

9

ciente”, alegou Dantas, para justificar a travessia fora da faixa. Outra pedestre que passava pelo local, a operadora de telemarketing Amanda Santana, 20, tentava atravessar a avenida também fora da faixa. No momento, ela já estava com os dois pés na rua, fora da calçada. Nesse momento, quase foi atingida por um ônibus que passava. O motivo que ela alegou: pressa. “Na hora do almoço é mais viável atravessar pelo meio-fio já que a empresa fica do outro lado da calçada”, disse Amanda. Ela e outros pedestres abordados poderiam evitar sofrer um acidente se seguissem alguns cuidados básicos, além de usar a faixa de pedestre. Essas são algumas medidas necessárias:

Dicas básicas Atendente de telemarketing Amanda Santana se arrisca ao atravessar a Dr. Rudge fora da faixa

tarem as normas de trânsito, em especial para quem atravessa fora da faixa exclusiva para pedestres. Quem for pego cruzando a via fora da faixa de segurança a 50 metros ou menos dela, estará cometendo uma infração. No período em que a reportagem ficou na avenida, três de dez entrevistados,

alegaram falta de tempo e até comentaram que é mais fácil passar pela rua em meio aos carros. Um deles é o promotor de vendas Caio Borete, 23 anos. Ele contou que atravessa fora da faixa porque isso facilita o acesso ao banco que fica próximo e ao ponto de ônibus da avenida. “Em dias de chuvas é

impossível ir até a faixa de pedestre, pois fica longe de onde estou.” Outro fator alegado foi a mobilidade reduzida. O aposentado Mario Dantas, 75, disse que, após sofrer um acidente de trabalho, tem certa dificuldade para caminhar. “O tempo dos faróis às vezes não é sufi-

ATRAVESSE sempre na faixa de pedestres ou nas passarelas. Elas foram feitas para ajudar. SE A RUA não tiver faixa nem semáforo atravesse em lugar reto e sem curvas para poder enxergar os carros. ANDE na calçada. SE NÃO tiver calçada ande próximo ao muro da direção contrária dos veículos. NÃO CORRA ao atravessar a rua. 

Obra retira sinalização da rua Afonsina Nicole Pinhatti

QUEM TRAFEGA pela rua Afonsina não encontra na via as faixas de sinalização e demarcação das pistas. A rua liga os municípios de Santo André, bairro Palmares e Rudge Ramos. Quando sinalizada, a rua tem duas pistas no sentido Santo André e duas no sentido São Bernardo. E, pelo menos até abril, essa confusão irá continuar. É que a área abriga as obras do projeto Drenar (Programa de Combate às Enchentes de São Bernardo do Campo) da Sabesp, desde o dia 3 de novembro. Ou são quatro meses de congestionamento e confusão no trânsito. Os motoristas estão se confundindo para ir

no sentido da avenida Lauro Gomes e voltar no sentido da avenida Rudge Ramos. Se as obras do Drenar prometem acabar com as enchentes, o que será benéfico, por enquanto quem passa pelo local terá que ter paciência. O aposentado Renato Castanho, 62, morador do Rudge, passa de carro pela rua pelo menos três vezes por semana. “Com a falta de sinalização, você não sabe como se projetar no trânsito. Você vê as lombadas, as faixas de pedestres, tudo esta apagado aqui, e isso é um perigo tanto para os motoristas quanto para os pedestres.” Segundo o diretor do departamento de engenharia de tráfego de São Bernardo do Campo, Maurício Souza Pereira, estima que em abril, com o fim das obras,

Faixas do local estão apagadas causando transtornos aos motoristas que circulam pela via

não será preciso mexer mais no asfalto da pista, possibilitando a pintura das faixas. “O projeto está em andamento, e isso implicou a retirada e recolocação do revestimento da via. Assim que acabar, nossas equipes

de pintura e demais sinalizações irão para o local fazer o necessário para que volte ao normal a segurança e a circulação da rua.” O gerente de logística Cássio Moreira, 43, relatou que bateu seu veiculo por

conta do caos na rua. “O pessoal que passa aqui de vez em quando acha que é duas faixas, três faixas e fica confuso. Eu, por exemplo, já bati o carro aqui. Tem muita barbeiragem e os buracos não acabam nunca.” 


10 ESPORTES

RUDGE RAMOS Jornal da Cidade

De 11 a 24 de junho de 2015

Pista de skate do Parque da Juventude passa por reforma Estrutura de ferro e superfície que entra em contato com patins, skates e bicicletas serão revitalizadas Maristela Caretta/RRJ

Cibele Garcia Renan Muniz

A PISTA Half Pipe (rampa em forma de U para a modalidade vertical) do Parque da Juventude, no centro de São Bernardo, será reformada, de acordo com informações divulgadas pela prefeitura da cidade. A restauração começou na segunda-feira (8) e deve terminar em 60 dias. A manutenção está focada nos equipamentos que necessitam de revitalização da estrutura de ferro e substituição das placas que entram em contato com skates, patins e bicicletas. Em nota, a administração não informou o valor estimado para esta reforma. Para a coordenadora da Cajuv (Coordenadoria de Ações para a Juventude), Mariana Penin, a importância da obra se deve pelo fato de ser um local que recebe atletas amadores e profissionais de todo o país. “O Half Pipe é um cartão de visita do

São Bernardo é o único município da região que oferece equipamento específico para a prática da modalidade vertical gratuitamente

Parque da Juventude e também é equipamento de treino para os principais atletas de esportes radicais, não só do ABC, mas do Brasil. Com isso, nós também esperamos formar novos esportistas, além de retomar os treinos de alto rendimento”, disse a

coordenadora. Segundo Mariana, as categorias eram separadas por bateria e por número de atletas. Porém agora só vai ser possível saber como será a separação quando estiver próximo da entrega da obra. O que se sabe é que terá um

horário próprio para atletas da cidade. De acordo com a skatista amadora Camila Godoi, o fato de ser o único Half Pipe público da região é a principal relevância da pista. “É o único Half que todos podem usar gratuitamente. Fora

ele, tem o da Tent Beach, em Santo André, mas tem que pagar R$ 20 e nem todos têm condições para ir treinar constantemente. Fora que é uma rampa que tem uma qualidade muito boa, mas estava sem manutenção”, disse Camila. 

Rafael Moura/RRJ

Local é referência para a prática da modalidade Rafael Moura

William Sergio é skatista da categoria amador e monitor da pista; além de acompanhar novos atletas, ele aproveita para praticar

O PARQUE Città di Marostica, de São Bernardo abriga uma das melhores pistas de skate construídas no Estado, inaugurada há 33 anos. Segundo a CBSK (Confederação Brasileira de Skate) o local é um dos espaços mais importantes e completos para a prática do esporte, por sua estrutura e variedade de seus obstáculos, corrimãos, rampas, mini-ramps, bowls e half. O espaço tem cerca de 6 mil metros quadrados de área útil para a prática do skate. A pista é considerada berço de novos talentos e


RUDGE RAMOS Jornal da Cidade

De 11 a 24 de junho de 2015

Passo a passo para montar o seu skate

ESPORTES 11

Marcos Candido

QUATRO RODINHAS, dois trucks, um shape e alguns parafusos. As peças para montar um skate são sempre as mesmas, mas os preços variam de acordo com o bolso e o nível de cada skatista. Os iniciantes, em média, podem optar por peças mais básicas e sair andando por um pouco mais que R$100. O gerente da loja especializada The House Skate, Isaac “Dion”, em São Bernardo, diz que é possível comprar o primeiro skate já montado por entre R$ 150 a R$ 195. Aos praticantes de nível intermediário, ele recomenda modelos a partir de R$ 200. Caso o praticante opte por peças importadas, os preços aumentam. O custo de um modelo importado e montado pode chega à casa dos R$ 800. Além de modelos completos, é possível comprar peças separadas, como um shape (‘tábua’ em que o praticante sobe) nacional (R$ 40) e rodinhas com rolamentos importados de até R$ 500. O esporte também precisa acessórios de proteção, como joelheira e capacetes. Além de essenciais para evitar acidentes mais grave em caso de quedas, os itens de segurança são obrigatórios para ter acesso a algumas pistas. Estes equipamentos custam a partir de R$ 79 e variam de acordo com o tamanho, nível de proteção para impactos, e o local de fabricação. Os modelos mais caros podem custar, em média, até R$ 300.

campeões mundiais, como o hexacampeão mundial Sandro Dias, 39, mais conhecido como ‘Mineirinho’. Na década de 80, o atleta saía de Santo André, cidade onde morava, em direção ao parque localizado no centro de São Bernardo. “Eu me considero parte dessa pista. Minha infância no skate foi dentro dela”, disse o skatista, que é profissional há 17 anos. Para ele, o importante para quem está começando é usar sempre equipamentos de proteção. “Os equipamentos evitam lesões e escoriações graves, e a pista de São Bernardo exige o uso desses itens”, falou Mineirinho. Outros skatistas também seguiram os mesmos passos de Mineirinho. William Sergio, 30, com 17 anos no esporte. “Comecei no skate como brincadeira, andando na rua com meus amigos, acabei gostando e

Você pode montar ou comprar um skate já montado por pouco mais de

Rodinhas importadas podem chegar até

R$ 100

R$ 500

“Trucks”, espécie de suspensão das rodinhas. A partir de

R$ 40

“Shape”, tábua em que o skatista sobe em cima. Um modelo nacional sai por

R$ 40

sigo até hoje”, relatou. O skatista acredita que a pista de São Bernardo é importante para novos praticantes. “A estrutura é muito boa, principalmente em campeonatos, onde alavanca o nível dos atletas em busca de se profissionalizarem.” O dono da marca URGH, Jorge Kuge, 52, tem 40 anos de experiência em skate e ajudou a fundar a primeira pista de São Bernardo. Segundo o empresário, “a pista pública dá acesso democrático para os jovens que queiram praticar o skate”. Hoje, ele frequenta a pista em um horário reservado para veteranos, às segundas-feiras, na bateria “Old School”. “O skate foi feito pelos sonhos de garotos que queriam andar e viver esse estilo de vida, por isso os jovens devem seguir seus sonhos e estudar bastante, não se preocupar em se tornar profissionais, se for o caso isso vai

Capacetes são obrigatórios em algumas pistas. A partir de

R$ 80

acontecer naturalmente”. As meninas também praticam o esporte, assim como Karen Cristina Moreira Paiva, 21, que anda de skate há quase seis anos. “Para mim o skate é uma fuga das loucuras do dia a dia ”, afirmou. Segundo nota da prefeitura, 13 mil jovens estão cadastrados para praticar esportes radicais como skate, patins e BMX (bicicleta). Desse número, 90% são skatistas. Ao longo da semana, aproximadamente 23.000 pessoas passam pelo parque da Juventude de São Bernardo. Serviço O Parque Cidade Escola da Juventude Città Di Marostica fica no Centro de São Bernardo, na avenida Armando Italo Setti, 65 - Vila Baeta Neves. Funciona de segunda-feira a domingo, das 6h às 22h. 

Fotos: Rafael Moura/RRJ

Local tem 6 mil metros quadrados para a prática da modalidade


12

De 11 a 24 de junho de 2015

RUDGE RAMOS Jornal da Cidade


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.