Curitiba

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Este livro faz parte da Coleção Capitais do Brasil. Contém 94 páginas, mas aqui neste modelo estão apenas algumas delas. O livro está dividido em 4 capítulos. No primeiro, temos Geografia: a cidade em seu caráter natural, mostrada como era antes da chegada de seus primeiros desbravadores. Aqui falamos da terra, águas, flora, fauna e clima. Depois vem o capítulo sobre História, que trata da transformação do meio natural e da evolução urbana. No capítulo A Cidade Hoje, são abordadas as características gerais, mostrados seus pontos extremos e estudadas sua arquitetura, economia e estrutura. A viagem termina com o capítulo Cultura, onde o morador da cidade é apresentado, estudando as etnias que o formaram, seu artesanato, sua arte e sua gastronomia. 6


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Coleção Capitais do Brasil - Ensinando a Cidade CURITIBA Eduardo Fenianos Edição: Editora Univer Cidade Criação, Texto e Fotos: Eduardo Emílio Fenianos Capa e Programação Visual: Tatiana Kropernicki Ferreira Pesquisa sobre natureza: Eduardo Emílio Fenianos Pesquisa Histórica: Aimoré Indio do Brasil Revisão e Tradução: Paulo Roberto Maciel Santos

Reservados todos os direitos. Proibida qualquer reprodução desta obra por qualquer meio ou forma, seja mecânica ou eletrônica, sem permissão expressa, sob pena de incidir nos termos previstos em lei.

CURITIBA / 2007 1ª edição EDITORA UNIVER CIDADE Rua Presidente Rodrigo Otávio, 813 Alto da XV - Curitiba - PR Fone: 41 3079-7879 / 41 3362 3307 editora@urbenauta.com.br

Dados internacionais de catalogação na publicação (CIP) Bibliotecária responsável: Mara Rejane Vicente Teixeira

Fenianos, Eduardo Emílio, 1970 Curitiba / Eduardo Fenianos ; revisão e tradução: Paulo Roberto Maciel Santos. - Curitiba : Univer Cidade, 2007. 94p. ; 25 cm. -- (Coleção Capitais do Brasil - Ensinando a Cidade ; v. 3) ISBN 978-85-86861-17-8 Texto também em inglês. Inclui bibliografia. 1. Curitiba (PR) - História. 2. Curitiba (PR) Descrições e viagens. 1. Título. II. Série

CDD (21ª ed.) 981.62

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FIQUE PARA SEMPRE NA MEMÓRIA DE SEUS PARCEIROS E CLIENTES Espaço de até 1700 caracteres em português, com tradução para o inglês para a mensagem do presidente ou representante da empresa aos seus colaboradores, parceiros e clientes. Há muito o que fazer em Curitiba e muito o que não fazer em Curitiba. Isso vai depender dos olhos, das pernas e da percepção de quem viaja por ela. Em minha expedição pela cidade, durante 100 dias conheci todas as suas ruas, que são mais de 8.200 e naveguei 216 km de seus rios, sempre me hospedando e me alimentando na casa de seus moradores. Isso me revelou várias Curitibas e Curitibanos dentro da mesma cidade. A cidade tem 25 parques e bosques, sendo que vários deles são temáticos, homenageando as principais etnias formadoras do caldo cultural curitibano. Aqui, a Alemanha fica a cerca de 1 km da Polônia e o Japão fica no início da Avenida que homenageia a República Argentina. A Ucrânia e sua mais pura arquitetura estão em um parque que recebe o nome de Tingüi, homenagem aos índios que habitavam o território curitibano antes da chegada dos primeiros desbravadores. Na Praça Tiradentes, no Centro Histórico ou no calçadão da Rua XV de Novembro se resumem a história e a cultura curitibanas. Pela Rua XV de Novembro, entre a Praça Santos Andrade e a Praça Osório, obrigatoriamente se deve andar a pé. Afinal, ela é a primeira rua exclusiva para pedestres do país. Ainda não nos obrigam a olhar pra cima ou com calma ao andar por ela. Mas, por enquanto, vale como conselho: “Ande com calma e olhe pra cima ao conhecer a XV. Viva nela o lado cidade do interior de Curitiba”.

There is much to do in Curitiba, and much not to do in Curitiba. It depends on the eyes, the legs and the perception of those who travel around it. In my expedition around the city, during the span of 100 days I got to know all its over 8,200 streets and sailed its 216 kilometers of rivers, always sleeping and eating in the houses of its inhabitants. This revealed to me several Curitibas and Curitibanos inside the same city. The city has 25 parks and woods, several of them are thematic, honoring the main ethnic groups that formed the city’s cultural melting pot. Here, Germany is located around one kilometer away from Poland, and Japan is located at the beginning of the Avenue that honors Argentina. The Ukraine and its purest architecture are located in a park, the Tingüi, which is named after one of the tribes that inhabited the territory of Curitiba before the arrival of the Europeans. On Tiradentes Square, in the Historical sector, or on the pedestrians-only XV de Novembro Street history and culture of Curitiba are summed up. On XV de Novembro Street, between the Santos Andrade and the Osório squares, one must walk. After all, this is the first pedestrians-only street in Brazil. We are not forced yet to look upwards or calmly when we walk on it. However, for the time being, here’s an advice: “Walk calmly and look upwards when you walk on XV de Novembro Street. Live in it the small town face of Curitiba.”

Eduardo Fenianos Urbenauta

Eduardo Fenianos Urbinaut

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Nome Name

Curitiba vem de Kur Yt Yba, e significa muito pinhão. Curitiba derives from Kur Yt Yba, which means lots of pine seeds. Uma das mais antigas referências ao nome Curitiba é de 1653, quando na Planta da Baía de Paranaguá e região contígua, que hoje se encontra no Arquivo de Marinha e Ultramar, em Lisboa, aparece grafado o nome “Caminho de Queritiba”. O nome designava a região dos campos, além da serra, recentemente descoberta pelos bandeirantes portugueses. Desde então, foram muitas as explicações sobre as raízes e a etimologia da palavra. Segundo o professor Aryon Dall’Igna Rodrigues, estudioso de línguas indígenas que fez a mais completa pesquisa sobre o termo Curitiba, o nome da cidade é proveniente do tupi guarani Kur’ yt’ yba (Kur – pinhão/ yt – árvore e yba – sufixo para grande quantidade), significando pinhal ou pinheiral. Essa é atualmente a explicação mais aceita. A maioria dos estudiosos não aceita a antiga explicação de que o nome Curitiba veio de Coré-Etuba. É bom lembrar que, ao ser fundada como vila em 1693, Curitiba era chamada de Vila de Nossa Senhora da Luz e Bom Jesus dos Pinhais. Somente em 1721 foi novamente utilizado o nome Coritiba, pelo Ouvidor Raphael Pires Pardinho. A partir daí, foi longo o caminho até se chegar à grafia atual. No alvará de 1812, que criava a comarca da cidade, aparece a grafia Curityba. Em 1941, Euclides Bandeira se preocupou com o samba de letras da linguagem oral e dos documentos oficiais. Dizia ele que, em 1919, pelo Decreto 1.126 de 19 de dezembro, quando plenamente vitoriosa a grafia Coritiba, em uso unânime na imprensa, o governo estadual, endossando a resolução de 24 de abril, da Câmara Municipal, decretou como grafia oficial Curityba. E assim, com a simplificação ortográfica advinda com a Terceira República suprimiu o ípsilon, finalmente alcançando a forma atual Curitiba.

One of the oldest references to the name Curitiba is from 1653, when a map of the Paranaguá Bay and adjacent area, which presently is in the Arquivo de Marinha e Ultramar in Lisbon, Portugal, a road is named “Caminho de Queritiba.” The name referred to the prairie region, beyond the Serra do Mar range, which had just been discovered by Portuguese explorers. Since then, several explanations about the root and etymology of the word have been given. According to professor Aryon Dall’Igna Rodrigues, a researcher of Indian languages who has done extensive investigation into the name Curitiba, it comes from the Tupi Guarani Kur’ yt’ yba, meaning pine-wood (Kur = pine-nut; yt = tree; yba = a suffix designating many). This currently is the most accepted explanation. Most scholars do not accept the old etymology Coré-Etuba any longer. Lest we remember that, when it was founded in 1693, Curitiba was named Nossa Senhora da Luz e Bom Jesus dos Pinhais. Only in 1721 the name Curitiba reappeared, used by Raphael Pires Pardinho. Since then, there has been a long way until today’s spelling, Curitiba. In the 1812 Bill that established the city, it was spelled Curityba. In 1941, Euclides Bandeira was concerned with the spelling confusion both in the spoken language and in official documents. Bandeira said that when the spelling Coritiba seemed already more accepted because of its use in the press, the State Government, by way of a 1919 decree, endorsed a resolution by the Municipal Chamber establishing Curityba as the official name. Thus, because of a spelling reform that took place during early Twentieth Century, when some letters were dropped from the alphabet, the name was updated to Curitiba.

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Símbolos da Cidade Symbols of the City

Bandeira Municipal O Brasão no seu centro simboliza o Governo Municipal e o retângulo no qual é aplicado representa a própria cidade sede do Município. As faixas simbolizam o Poder Municipal que se expande a todos os quadrantes do território e as figuras geométricas trapezoidais representam as propriedades rurais existentes no território municipal.

The Flag The crest at its center symbolizes City Government and the square in which it is applied represents the city itself. The stripes symbolize the Municipal power which extends to all quadrants of its territory and the trapeze figures represent the properties within the city’s territory.

Brasão Municipal de Curitiba O Brasão do Município de Curitiba é um escudo clássico flamengo ibérico, tendo em cima a coroa mural que classifica a cidade como de primeira grandeza (capital), representada pela cor do metal ouro. No seu centro está um pinheiro, árvore símbolo da cidade. Como suporte à direita, hastes de trigo e, à esquerda, um ramo de videira.

Curitiba’s Coat of Arms The Coat of Arms of the City of Curitiba is a classic Flamish-Iberian shield, carrying a mural crest above which classifies it as a first grade city (or capital city), in gold. At its center, there is a Paraná-pine, the tree that is the symbol of the city. To the right, wheat shafts and to the left a vine branch.

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A Flora

The Flora

Os botânicos definem a flora curitibana como vecampo. getação mista de mato e de campo A Oeste e Noroeste a vegetação nativa de Curitiba era formada por florestas de Araucária angustifolia angustifolia.. Nelas se destacavam as araucárias cobrindo um bosque denso formado principalmente por árvores como a imbuia (Phoebe porosa), o sassafrás (Ocotea odorifera), a bracatinga (Mimosa scabrella), a canela-sebo ou canela-guaicá (Ocotea puberula), o pinheiro-bravo (Podocarpus lambertii) e a erva-mate (Ilex paraguariensis). Nas porções Sul, Centro e Nordeste surgiam os campos formados por gramíneas e tiriricas, separados por arbustos, capões e pelas matas justafluviais, que margeiam os rios. A Sudeste e Sudoeste a vegetação característica era a das várzeas do Rio Iguaçu e seus afluentes, principalmente os rios Atuba, Barigüi, Passaúna e Belém. Essa vegetação de campos e florestas facilitou bastante a colonização da cidade. Enquanto as florestas ofereciam áreas repletas de madeira, os campos, descobertos e planos, propiciavam um bom local para o desenvolvimento da agricultura.

Botanists define the flora of Curitiba as a mixed vegetation composed by field and woodland woodland. To the West and Northwest, the native vegetation of Curitiba was formed by forests of Araucaria angustifolia angustifolia, the Brazilian-pine. In these forests the Brazilian-pines were prominent above a dense wood formed mainly by trees such as the imbuia (Phoebe porosa), the sassafrás (Ocotea odorifera), the bracatinga (Mimosa scabrella), the canela-sebo (Ocotea puberula), the pinheiro-bravo (Podocarbus lambertii) and the maté shrub (Ilex paraguaiensis). In the southern, central and north-eastern parts, there were grass fields divided by shrubs, groves and riverside forests. The distinctive vegetation to the Southeast and Southwest were the marshes of the Iguaçu river and its affluents, especially the rivers Atuba, Barigui, Passaúna and Belém. This vegetation of fields and woods made it easy to settle the area. Whereas the forests offered wood, the fields, open and flat, presented a good place for the development of agriculture.

O Pinheiro A Araucaria brasilienses, Pinheiro do Paraná ou Araucária Angustifólia, é planta nativa, característica de regiões de altitude. Cresce em linha reta, chegando a 30 metros de altura e 1 ou 2 metros de diâmetro. Alguns pinheiros atingem alturas superiores a 50 metros, medindo de 2 a 3 metros de diâmetro. Ela forma as chamadas “florestas de araucária”, com espécies de menor porte em seu sub-bosque. Ocorre desde Minas Gerais e Rio de Janeiro até o Rio Grande do Sul, em altitudes de 500 a 900m. A árvore jovem tem forma piramidal e a adulta tem forma de taça. Os estróbilos masculinos, ou amentos, iniciam a produção de pólen nos meses de setembro e outubro, quando polinizam os estróbilos femininos, já formados alguns meses antes. A maturação dos frutos se dá em abril e maio, 20 meses após o inicio da formação das flores femininas. Seus frutos são consumidos por várias espécies da fauna: gralha azul, serelepe, cutia, ouriço, muitas aves de pequeno porte, etc. A araucária consta na “Lista Vermelha de Plantas Ameaçadas de Extinção do Estado do Paraná”. 14

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Campos formados por gramíneas e tiriricas, separados por arbustos, capões de pinheiros e matas, que margeavam os rios. Fields made up by several species of grass, separated by bushes, Pine tree groves and woods that sidelined the rivers.

Região de florestas de Araucaria angustifolia, que cobriam bosques com árvore de menor porte. Area of Paraná Pine forests that covered woods with smaller trees.

Região onde predominavam a vegetação de várzea dos rios Iguaçu, Atuba, Barigüi, Passaúna e Belém. Area where marsh vegetation predominated on the rivers Iguaçu, Atuba, Barigüi, Passaúna, and Belém.

Bosques e áreas de preservação ambiental. Woods and environmental protection areas.

The Paraná Pine Araucaria brasiliensis, Paraná Pine or Araucaria Angustifolia, is a native tree common in the high lands. It grows straight up, reaching 30 of height and 1 to 2 meters in diameter. Some trees reach heights of over 50 meters, measuring 2 to 3 meters in diameter. It makes up the so-called “araucaria forests,” along with smaller species in its sub-woods. It occurs from Minas Gerais and Rio de Janeiro down to Rio Grande do Sul, at heights from 500 to 900 meters. The young trees has a pyramid-like shape and the adult ones present a cup-like shape. The male strobiles, or aments, begin producing pollen during September and October, when they pollinate the female strobiles, which were formed in the previous months. Fruit maturation happens between April and May, some 20 months after the beginning of the formation of female flowers. Its nuts are the source of food of several fauna species, such as the Azure jay, squirrels, agoutis, hedgehogs, and several small birds. The Paraná Pine is listed as endangered in the Red List of Endangered Plants in the State of Paraná. 15

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A Pinha e o Pinhão

A Pine cone and the Pine

A pinha nasce nas pontas dos galhos do pinheiro e abriga os pinhões. Num só galho, às vezes, nós temos duas ou três, enquanto outros podem não ter nenhuma. A pinha cresce devagar até chegar ao seu ponto ideal, entre 20 e 30 cm de diâmetro. O seu formato é idêntico ao de uma bola de cor verde, toda protegida por espinhos. Dentro da pinha estão os pinhões pinhões, que são a semente do pinheiro pinheiro. Alguns têm uma castanha muito saborosa dentro e outros são falhados, funcionando como uma forma de complemento, dando mais robustez e tornando a pinha mais resistente e compacta. O amadurecimento do pinhão acontece perto do inverno, depois das primeiras geadas, quando ele estará pronto para comer.

The pine cone grows at the ends of the pine tree branches and shelters the pine nuts. Sometimes, we find two or three pine cones on one branch whereas others may not present any. The pine cone grows slowly until it reaches maturity, at a 20 to 30 centimeters diameter. Its shape is identical to a green ball, all covered with pricks. Inside the pine cone cone, there are the pine nuts nuts, which are the seeds of the pine tree tree. Some present a very tasteful core, others are just shells, working in a complementary way, making the pine cone more robust, resistant and compact. The pine nuts reach maturity near winter time, after the first frosts, when it is ready to be eaten.

A pinha, como é popularmente chamada, é o estróbilo feminino, e só ela gera o pinhão. O estróbilo masculino é este filete logo acima. O estróbilo é a estrutura florífera de coníferas, como o Pinheiro do Paraná.

The pine cone, commonly referred as “pinha,” is the feminine strobile, and only female trees produce the nut. The male strobile is this thread above. The strobile is the flower structure of conifers such as the Paraná Pine.

Como Plantar um Pinheiro Hoje, que as gralhas estão em extinção, a solução é o ser humano, que no passado destruiu tantos pinheiros, voltar a plantá-los. Se você conseguir uma muda de pinheiro, melhor. Se não, isso pode ser feito com o próprio pinhão. Ao colocá-lo na terra, vire a ponta mais fina para baixo, já que o primeiro embrião desce no solo para depois voltar-se para cima, em forma de anzol, em busca do ar e das altitudes. Sendo o pinheiro uma árvore de capão, é aconselhável que ele seja plantado entre outras espécies, para que se desenvolva melhor.

How to Plant a Pine Tree Since azure jays are endangered nowadays, the solution is that human beings, who in the past destroyed so many pine trees, plant them again. It is best if you get a pine tree seedling. If you do not, it can be done with the nut itself. When you place it in the soil, place it with the thinner part down, since the first embryo descends in the soil before it turns upside, forming a hook, seeking open air and the heights. Since the pine tree is a grove tree, it is advisable that it is placed among other species in order that it develops better.

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Lendas do Pinheiro

Tales of the Pine Tree

Além de dar origem ao nome de Curitiba, o pinheiro também originou muitas lendas. Besides originating the name of the city, the Paraná Pine has also originated several legends. PINHEIRO E CLIMA THE PINE TREE AND THE WEATHER Quando um dos galhos do pinheiro caía de repente, produzindo na floresta um grande estrondo, era sinal de que as águas dos rios iriam transbordar. Quando o sol nascia e as ramagens do pinheiro procuravam a sua direção, era sinal de bom tempo. Porém, se elas se conservassem despreocupadas dos raios solares, era aviso de grandes temporais. When a branch from the pine tree suddenly fell, producing a great rumble in the forest, it was a sign that the rivers would overflow. When the sun came up and the branches turned into its direction, it was a sign of good weather. However, if they did not care for sunlight, it was a warning of great storms ahead. A MORTE E O PINHEIRO DEATH AND THE PINE TREE Quando os galhos do pinheiro rangiam à noite com o impulso dos ventos, significava que alguém estava para morrer e o pinheiro, bondoso, estava oferecendo madeira para o caixão do cadáver. Era como se aquele pinheiro estivesse autorizando que a sua madeira fosse utilizada no caixão. Outro sinal: quando alguém encontrava algum pinheiro caído na mata era porque havia na região alguém gravemente ferido. When the branches of pine trees creaked at night as a result of the wind, it meant that somebody was going to die and the pine tree, in its goodness, was offering timber for the coffin. It was as if that pine tree was allowing its wood to be used to manufacture the coffin. Another sign: when somebody found a fallen pine tree in the wood, there would be someone gravely hurt in the area. PINHEIRO E FARTURA PINE TREE AND BOUNTIFULNESS Quando o pinheiro deixa cair as folhas no silêncio da noite, é prenúncio de graves acontecimentos. Sinal de seca nos campos e diminuição de produção. Já quando as pinhas são desenvolvidas e os frutos se apresentam crescidos, isso significa fartura. Outro sinal importantíssimo: se por um acaso você algum dia estiver andando por um pinheiral e vir uma pinha caindo sem a intervenção de ninguém, isso significa que você terá muita paz e felicidade. When pine leaves (or needles) fall during the silent hours of the night, it is a ominous sign of serious events to come. It is a sign of draught and reduced production. On the other hand, when the pines are well developed and the nuts have matured, it means bountifulness. Another very important sign: if by any chance you are walking around in a pine forest and see a pine cone falling without the help of anybody, it is a sign of peace and happiness. O PINHERO E O CASAMENTO

PINE TREE AND MARRIAGE Contam os antigos que se um pinheiro cantar quando seus galhos são embalados pela brisa da madrugada, isso indica que teremos noivado na vizinhança. Já se, pela manhã, desprendemse gotas cristalinas da ramagem do pinheiro, é porque uma noiva está chorando ao deixar o lar dos seus pais e, provavelmente, não está muito satisfeita com o casamento e com o marido que terá. It was believed that if a pine tree sings when the branches are shaken by the night wind, there would be people engaged to be married in the neighborhood. If in the morning, crystalline dewdrops fall from the branches, it is because a bride is crying for having to leave her parents’ home and, probably, is not very satisfied with the wedding and her husband-to-be. 17

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Século XVIII Eighteenth Century

Em 1721, com uma população de 1400 habitantes, Curitiba recebeu a visita do Ouvidor Raphael Pires Pardinho, que definiu as primeiras posturas para a cidade e as novas formas de convivência para a comunidade. As principais posturas urbanas delimitavam áreas para o corte de árvores, exigiam que nas novas propriedades só fossem construídas casas cobertas com telhas e outras benfeitorias e proibiam a construção de casas sem autorização da Câmara. Determinavam também que “as novas casas deveriam continuar as ruas que estivessem principiadas para que os habitantes tivessem vizinhos em caso de necessidade e a vila crescesse uniformemente”. Outra exigência era que os moradores limpassem todos os anos o Ribeiro (rio Belém), para evitar o banhado que se formava em frente à igreja matriz. Apesar dos primeiros cuidados urbanísticos, a cidade se mantinha pobre e sem comércio. Até a metade do século, os curitibanos viviam basicamente da agricultura e da criação de gado. O desafio era possuir utensílios como enxadas para trabalhar a terra, conseguir sal para charquear a carne e transportar alimentos do litoral para Curitiba e vice-versa. Foi somente com a política portuguesa de buscar novas fronteiras que Curitiba, ponto mais ao Sul do Brasil na época, ganhou importância. Este é também o período do tropeirismo,, que transforma a pequena vila num importante ponto de comércio para os tropeiros que viajavam, transportando gado, muares e alimentos de Viamão, no Rio Grande do Sul, a São Paulo e às Minas Gerais, pelo Caminho do Viamão. Nesta época, os fazendeiros abandonavam suas fazendas, alugando-as para os tropeiros as usarem como invernadas, e se mudavam para Curitiba, abrindo lojas, armazéns e escritórios de negócios, ligados ao transporte de gado. Curitiba teve seu comércio aquecido com a vinda de tropeiros que paravam na cidade para gastar seu dinheiro, buscar fiança e deixar seu gado nas invernadas. Além disso, naqueles tempos, o Estado já cobrava impostos sobre a passagem do gado. Por tudo isso, é

In 1721, when Curitiba had a population of 1,400 souls, Corregidor Raphael Pires Pardinho visited it. He established the first urban regulations for the village and its community. They restricted the areas for logging trees, imposed that the new buildings should be authorized by the Municipality and have tile roofs and other improvements. The regulations also required that the new houses should be built in the “already existent roads, so that people would have neighbours in case of need and the village would grow uniformly.” The inhabitants should also clean the Belém river yearly, in order to prevent it to flood the area in front of the Main Church. In spite of this first urbanistic attention, the city was still poor and without relevant commerce. Until the middle of the century, the people from Curitiba lived on agriculture and cattle rearing. It was difficult to find tools, like hoes and ploughs, to work the land, salt to jerk the meat and transportation of food from the sea-side to Curitiba and vice-versa. Curitiba, the last village in the extreme South of Brazil at that time, would only acquire some importance with the Portuguese policy of conquering new frontiers. This is the period when the trade of cattle transformed the little village in an important commercial point for the herdsmen, called tropeiros. They travelled from Viamão, in Rio Grande do Sul State, to São Paulo or Minas Gerais, through the Viamão path (Caminho de Viamão) transporting their cattle and mules. It was a time when farmers would let out their lands for the tropeiros to winter their cattle, move to Curitiba, and open shops, stores and business offices for the trade of cattle. The State was also already taxing the traffic of cattle. Thus it is possible to say that the tropeiros, who used to movement food and information before the existence of roads, were accountable for the increase in Curitiba’s commerce. The people from Curitiba at this time had the rustic look of inlanders, dedicated to raising and riding horses. As Alfredo R. Martins described them, “looking half Indian, half Castilian, with their thoughts turned towards the

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possível dizer que os tropeiros, que movimentavam alimentos e informações, quando ainda não havia estradas, foram os grandes responsáveis pela intensificação do comércio em Curitiba. A feição do curitibano nessa época é a de um homem do campo e do sertão, criador e utilizador do cavalo. Na descrição de A. R. Martins, “meio índio, meio castelhano, com o pensamento sempre voltado para os horizontes, num constante impulso de aventuras”. Esse tipo de ocupação humana permanece pelo século seguinte, a ponto de o governador de São Paulo, Dom Luiz Gonzaga, ter comentado: “...Essa gente de Curitiba é muito semelhante ao índio nos costumes, habituada ao uso do cavalo, audaciosa nas suas empresas sertanistas e propensa a desertar para o lado dos castelhanos por ser muito parecida com estes.” Essa fama guerreira da gente curitibana levou muitos habitantes a serem aliciados para as bandeiras e a expansão das fronteiras portuguesas, causando séria crise econômica e social. Os homens partiam para as aventuras de conquista e as mulheres tinham que assumir cada vez mais tarefas nas povoações, incluindo o trabalho rural. No século seguinte, os índios domesticados e mamelucos da população inicial foram sendo substituídos por um curitibano de nova face, com características mais européias.

horizons, in a continuous search for adventures.” In the following century, the Governor of São Paulo would also comment that “these people from Curitiba are very much like Indians in their customs, and in their use of the horse. They are very undaunted in their inland enterprises and tend to desert us and go over to the Castilians because of being so similar to them.” This warlike reputation of Curitiba’s people induced many of them to be enrolled in the Portuguese expeditions to conquer new frontiers, causing a serious economical and social crisis: the men would depart to their adventures, so that the women had to undertake more and more tasks in the village, including husbandry. In the following century, the Indians and Mamelucos from Curitiba were gradually substituted by a people of new appearance, of European features.

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Anos 60 The Sixties

Em 1960 iniciam-se as atividades da TV Paranaense (Canal 12), de Nagib Chede, e TV Paraná (Canal 6), da Rede Associada. Curitiba, com 430 mil habitantes, testemunha a inauguração do chafariz da Praça Osório pelo prefeito Iberê de Mattos. A cidade ganha nova fisionomia. Em 1964, arquitetos e urbanistas da Universidade Federal do Paraná levam ao prefeito Ivo Arzua um novo plano urbanístico para solucionar problemas de circulação e trânsito. No mesmo ano, surge a Assessoria de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (APPUC), que no ano seguinte é transformada no Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC). É também em 1964, quando se instala o regime militar no Brasil, que a Liga das Senhoras Católicas sai às ruas para afastar o pretenso fantasma da instalação de um regime comunista pelo presidente João Goulart. No agitado ano de 1968, quando as sociedades organizadas em todo o mundo vão às ruas exigindo mais liberdade e novos tempos, os estudantes curitibanos enfrentam o regime militar e literalmente derrubam do pedestal o busto do então reitor da UFPR, Flávio Suplicy de Lacerda, transformando a cidade numa grande praça de guerra. O fotógrafo Édison Jansen, de “O Estado do Paraná”, ganha o Prêmio Esso de Jornalismo por flagrar a queda de um policial, montado num cavalo, que perde o equilíbrio depois de centenas de bolinhas de gude serem disparadas por estudantes com ajuda de estilingues, no Centro Politécnico. O “footing” na Rua XV reunia vistosos Simca Chambord, Aero Willys, Fusca, Dauphine, Gordini, quando não um ou outro FNM JK, então o único automóvel nacional com bancos de couro, painel de jacarandá e câmbio de 5 marchas - um luxo.

The Nagib Chede TV Paranaense (Channel 12) and TV Paraná (Channel 6) belonging to the Associated network begin their activities in 1960. 430,000 inhabitants witness, in the beginning of the 60s, the inauguration of Osório Square’s fountain by mayor Iberê de Matos. In 1964, architects and urban planners from Universidade Federal do Paraná present a new urban plan to mayor Ivo Arzua which they thought would solve traffic problems. In the same year, the Urban Research and Planning Consultancy (APPUC) is established, transformed a year later in an Institute (IPPUC). It was also in 1964, when the League of Catholic Ladies goes to the streets protesting against the communist menace embodied by president Goulart, that the military seize power in Brazil. In the agitated year of 1968, when the world’s organized societies go to the streets demanding freedom, students in Curitiba boldly face the military power, throwing down from its pedestal the bust of the university’s rector, Flávio Suplicy de Lacerda, and transforming the city in a battle field. Photographer Édison Jansen, from O Estado do Paraná, is awarded the Esso Journalism Prize for photographing, in the Polytechnic centre, the fall of a mounted policeman, after his horse is broughr down by hundreds of marbles shot by students armed with slings. The car paradings on Quinze de Novembro Street would gather nice Simca Chambords, Aero Willys, VW Beetles, Dauphines, Gordinis, as well as one or two FNM, then the only Brazilian-made car with leather upholstery, jacaranda panels and 5-speed gears. Imagem aérea de Curitiba. Aerial view of the city.

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Anos 70

The Seventies A cidade, com 609 mil habitantes em 1971, apóia sua economia no comércio e na prestação de serviços. É na década de 70 que Curitiba vai iniciar o processo de mudança de seu perfil. Em maio de 1972, a Prefeitura Municipal devolve o centro da cidade aos pedestres, ao transformar a Rua XV de Novembro - a mais central e movimentada - no primeiro calçadão do País. No inverno de 1973, as áreas descampadas a Oeste da cidade viram brotar os primeiros barracões de empresas nacionais e estrangeiras. Nasce a “Cidade Industrial de Curitiba”, empreendimento ousado e pioneiro fora do eixo Rio-São Paulo. O novo desenho urbano é de 1974, quando os ônibus expressos inauguram uma nova fase do transporte coletivo, rodando em vias exclusivas formadas pelos eixos estruturais que cortam a cidade em forma de estrela. Em 17 de julho de 1975, a cidade acorda branca de neve. O fato muda os hábitos cotidianos, no centro e nos bairros, surpreendendo toda uma população que, até ali, de neve, só conhecia imagens publicadas em revistas de países onde este fenômeno é uma constante no inverno. Nos anos 70, surgem os pioneiros parques Barigüi e São Lourenço e, em pouco mais de 25 anos, o índice de áreas verdes por habitante evoluiu de raquítico meio metro quadrado para invejáveis 55 metros quadrados, em 1999.

Vista aérea da região da Praça Santos Andrade. Aerial view of the Santos Andrade Square area.

Counting 609,000 inhabitants in 1971, the city bases its economy on business and services. It is in the 70s that Curitiba would start changing its profile. In May 1972, the Municipality gives back the downtown are to pedestrians, turning the XV de Novembro - its most central and busiest street - into the country’s first pedestrian-only street. In the winter of 1973, the empty spaces to the West of the city see a number of industrial buildings of national and foreign companies brought into existence. It is the birth of the Industrial City, an early and bold enterprise, since it was located outside the Rio-São Paulo axis. The new urban plan dates from 1974, when express buses open a new era of public transportation, running in exclusive lanes traced from a star-shaped structural framework that now crosses the city. On July 17, 1975, the city wakes up covered with snow. This changes the population’s habits for a day, surprising them, who used to see snow only in images from countries in the northern hemisphere. In the 70s, the first city parks, Barigüi and São Lourenço, are created. In a span of little more than 25 years, the amount of green areas grows from a mere half square-meter per inhabitant, up to enviable 55 square-meters per inhabitant in 1999. Avenida João Gualberto, em 1974. João Gualberto Avenue in 1974. 35

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A Cidade Hoje The City Today

Com uma área de 432,17 km2, Curitiba aprendeu muito bem como aproveitar seu território. Dividida em 75 bairros, a cidade tem 22.234.481 metros quadrados de áreas verdes. Desse total, 18.407.873 metros quadrados são compostos por parques e 632.815 metros quadrados são formados por bosques. Os 3.193.793 metros quadrados restantes são formados por praças, jardinetes e largos. Em outras palavras, Curitiba é compacta e bem distribuída. Nada na cidade é muito longe. Curitiba é bastante conhecida por sua criatividade arquitetônica e urbanística, e também por seu sistema integrado de transporte coletivo, que tem como ícones as estações-tubo, as canaletas exclusivas para os ônibus e os expressos biarticulados, assim como a reutilização de espaços para a construção de parques. Chama a atenção a limpeza e organização de suas ruas. Quem a escolhe para morar vem atrás de qualidade de vida.

With a 432.17 square kilometers area, Curitiba has learned very well how to take full advantage of its territory. Divided into seventy-five boroughs, the city has 22,234,481 square meters of green areas. Of this total, 18,407,873 square meters are made up by parks and 632,815 are made up by small woods. The remaining 3,193,793 square meters are made up by squares, boulevards, and so forth. In other words, Curitiba is compact and well distributed. Nothing in the city is very far away. Curitiba is renowned for its architectural and urban creativity, and also for its integrated mass transportation system, which has the tubular stations, bus-only lanes, and biarticulated buses as its icons, as well as recycling spaces to build parks. The clean and organized streets also catch one’s attention. Whoever chooses to live in it, does so because the quality of life in the city.

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Centro

Downtown

A região central envolve os bairros mais antigos e tradicionais da cidade. Os bairros do Centro e São Francisco abrigam o Centro Histórico de Curitiba. O Batel, o bairro mais charmoso de Curitiba, concentra, em suas principais ruas, bares, restaurantes, danceterias e belíssimas construções do começo do século XX. O Alto da Glória abriga o estádio do Coritiba Football Clube. Com suas belas casas, lembra a riqueza do ciclo da erva-mate. The downtown area is comprised of the oldest and most traditional districts in the city. Both downtown and the São Francisco district encompass Curitiba’s Historical Center. Batel, the city’s most sophisticated concentrates, in its main streets, bars, restaurants, dance clubs and gorgeous buildings dating from early 20th century. The Alto da Glória is the location of the stadium belonging to Coritiba Football Club and, with its beautiful houses, reminds one of the wealth of the Maté cycle.

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Centro Downtown

Agora chegou a hora de desbravarmos o Centro de Curitiba. Afinal, foi aqui que ocorreu o nascimento da Curitiba cidade, seus edifícios mais antigos, sua história. Nossa viagem começa pela Praça Tiradentes Tiradentes, onde, em 29 de março de 1693, foi fundada a Vila de Nossa Senhora da Luz e Bom Jesus dos Pinhais, hoje Curitiba. Por essa razão, na praça existem dois obeliscos: um histórico, representando a presença portuguesa na cidade; e outro geográfico, o Marco Zero Zero, de onde são demarcadas as distâncias de Curitiba em relação a outras cidades e estados. Em 1880, passou a chamar-se Largo D. Pedro II, em homenagem à visita do Imperador ao Paraná. O nome atual foi dado nove anos depois, no início da República. Sua construção mais importante é a Catedral Basílica Menor que, na época da fundação da cidade era uma pequena capela, onde funcionou pela 1ª vez a Câmara Municipal de Curitiba. Em 1875 sua segunda construção foi demolida e em 1893, construída a atual, em estilo neo-gótico com duas torres e um belíssimo interior.

Now it is time for us to explore Downtown Curitiba Curitiba. After all, it was in here that the city was founded, and where its oldest buildings are located, its history is told. Our journey begins at Tiradentes Square Square, where, on March 19, 1693, the Village of Nossa Senhora da Luz e Bom Jesus dos Pinhais – i.e. Curitiba – was founded. For this reason, in the square there are two obelisks: one historical, representing the Portuguese presence in the city; and another, a geographical one, Ground Zero Zero, where the distances between Curitiba and other cities or states are engraved. In 1880, the square was renamed Largo D. Pedro II, in celebration to the visit of the then-emperor of Brazil to Paraná. The current name was given nine years later, when the Republic was proclaimed. Its most important building is the Basilica Minor Cathedral which, at the time of the city’s founding was a small chapel, where the Municipal Assembly of Curitiba gathered for the first time. In 1875, it was demolished and, in 1893, replaced by the current one, built in a neo-gothic style, with two towers and a very beautiful interior.

Acima, a Catedral Basílica Menor de Curitiba e o monumento que identifica o Marco Zero de Curitiba. Above, the Basilica Minor Cathedral of Curitiba and the landmark that identifies the city’s ground zero. 50

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O Mapa

The Map

A partir daqui, você tem quatro sugestões de roteiro para desbravar o centro de Curitiba, além, é claro, daquelas que você mesmo(a) criar. 1ª: Seguir para o Norte e desbravar o Centro Histórico de Curitiba Curitiba. 2ª: Ir em direção da Praça Generoso Marques e seguir até o final da Rua Barão do Rio Branco. 3ª: Partindo da Praça Santos Andrade, fazer todo o trajeto da Rua XV de Novembro Novembro. 4ª: Ir até o Passeio Público e depois conhecer toda a região do Centro Cívico até chegar ao Bosque do Papa. Cada um deles tem seu traçado desenhado no mapa abaixo, que também indica outras trilhas centrais de Curitiba. Escolha o seu caminho. O meu está nas próximas páginas.

From here, you have four choices of tours to explore downtown Curitiba, besides, naturally, the one you can create yourself. 1st. Go North and explore the Historical Sites of Curitiba Curitiba. 2nd. Go in the direction of the Generoso Marques Square Square, and go all the way down Barão do Rio Branco Street. 3rd. Departing from Santos Andrade Square, walk all the way on XV de Novembro Street Street. 4th. Go to Passeio Público and then visit the Centro Cívico area all the way to the Bosque do Papa. Each one of these choices has its own route depicted on the map below, which also shows other routes in Curitiba. Choose your route. Mine is on the following pages.

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Centro Histórico Historical Sector

Saindo da Praça Tiradentes, segui pela Rua José Bonifácio, que tem este mesmo nome desde 1886, cruzei a Galeria Júlio Moreira - única subterrânea em Curitiba, que neste dia estava aberta, e cheguei ao Largo Coronel Enéas Enéas, homenagem ao Coronel Benedito Enéas de Paula. Ele é mais conhecido como Largo da Ordem Ordem, por abrigar a Igreja da Ordem Terceira de São FFrancisco rancisco de Chagas Chagas, construída em 1737, e que tem ao seu lado o Museu de Arte Sacra Sacra. Na região do Largo, já no século XVIII, havia algum comércio e casas simples como a Romário Martins Martins, considerada a casa mais antiga de Curitiba e um bom exemplo de arquitetura colonial portuguesa. Em seu centro, o Largo já abrigou um chafariz, que foi substituído por um bebedouro de água para animais, onde os imigrantes europeus a partir do final do século XIX passaram a vender as frutas, verduras e legumes plantados nas colônias. Um marco das modificações arquitetônicas deixadas principalmente pelos imigrantes ermelha alemães no centro de Curitiba é a Casa V Vermelha ermelha,

construída em 1891 por Wilhelm Peters e que funcionou por muito tempo como casa de ferragens. Ganhou esse nome quando um de seus proprietários a pintou de vermelho forte, em 1938. Outros sobrados da região também seguem a influência alemã. Seguindo pela Rua Claudino dos Santos cruzei o Memorial da Cidade Cidade, criado em 1996, para preservar a memória e cultura paranaenses; e a Igreja Presbiteriana Independente que, depois de concluída em 1935, passou a chamar a atenção com sua bela torre de colunas cilíndricas que sustentam uma cúpula circular prateada.

Departing from Tiradentes Square, I went up José Bonifácio Street, which was thus named in 1886, then I crossed the Julio Moreira Underpass – the only of its nature in Curitiba, which was open in this particular day, and arrived at the Largo Coronel Enéas Enéas, named after Coronel Benedito Enéas de Paula. It is better known as Largo da Ordem Ordem, because in it there is the Church of the Ordem TTerceira erceira de São FFrancisco rancisco de Chagas gas, which was built in 1737. The church also shelters the Museum of Sacred Art Art. In the Largo area, in the 18th century, there were some business establishments as well as residential houses, such as the Romário Martins Martins, which is considered to be the oldest building in Curitiba and a good example of Portuguese colonial architecture. The Largo used to have a fountain at its center, which was replaced by a watering trough for animals, around which European immigrants started to sell their produce in the late 19th century. A landmark of the architectural modifications left by the immigrants, specially the Germans, in downtown Curitiba is the Casa VVermelha ermelha (Red House) House), built in 1891 by Wilhelm Peters and for a long time hosted a hardware store. It was named thus when one of its proprietors painted it entirely red, in 1938. Other two-story houses in the area were also German-influenced. Going up the Claudino dos Santos Street Street, I passed in front of the

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Atravessando a Rua do Rosário, cheguei à Praça Garibaldi. Como não era domingo, dia em que todo Garibaldi centro histórico dá lugar à Feira de Artesanato, tive tempo de observar com calma cada uma das suas construções. No seu centro, um chafariz de onde jorra água pela boca de um cavalo lembra as carroças e o trabalho dos imigrantes. À sua esquerda há um belo conjunto de casas construídas no século XIX. À sua direita está a Igreja do Rosário dos Pretos de São Benedito Benedito, construída e freqüentada por escravos no século XVIII e reinaugurada em 1946 com nova arquitetura. No século XIX, por causa da demolição da antiga catedral, os ricos da cidade se viram “obrigados” a rezar lado a lado com seus escravos. Um pouco à frente fica o Relógio das Flores Flores, com 8 metros de diâmetro e funcionamento à base de emissão vibrátil de quartzo. E, dominando quase toda a praça, vi a Societá Giuseppe Garibaldi di Beneficenza Beneficenza, fundada em 1883 para auxiliar os imigrantes italianos que chegavam à cidade.

City Memorial Memorial, founded in 1996 in order to preserve the memory and culture from Paraná; and the Independent Presbyterian Church that, after it was finished being built in 1935, started calling everyone’s attention because of its bell tower made up of cylindrical columns supporting a silver dome. Crossing the do Rosário Street, I arrived to the Garibaldi Square Square. Since it was not Sunday, the day when the entire historic zone hosts an Arts and Crafts Street Fair, I had time to observe calmly each one of the buildings around it. At its center, there is a fountain where water flows from a horse’s mouth reminds one of the immigrants and their wagons and work ethic. To its left, there is a beautiful set of 19th century houses. To its right, there is the Rosário dos Pretos de São Benedito Church Church, built and attended to by slaves in the 18th century and reinaugurated in 1946 with new design. In the 19th century, because of the demolition of the old cathedral, the wealthy saw themselves having to pray side by side with their servants. A little ahead, there is the Relógio das Flores Flores, a clock with a diameter of eight meters and quartz-based mechanism. Moreover, reigning over the entire square, I saw the Societá Giuseppe Garibaldi di Beneficenza, which was founded in 1883 to give aid to Italian immigrants who were arriving to the city.

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Uma Viagem pela Rua XV

A Journey along the XV de Novembro Street

Comecei a viagem pela Rua XV na Praça Santos Andrade. Usada como depósito de lixo ainda no século Andrade XIX e depois espaço para o exercício de tiro (vejam como Curitiba cresceu!), seu nome homenageia José Pereira dos Santos Andrade, presidente do Estado em 1896. Suas duas principais construções são a Universidade Federal araná do PParaná araná, fundada em 19 de dezembro de 1912 como instituição privada e considerada a primeira universidade do Brasil, no sentido de união de faculdades; e o Teatro Guaíra Guaíra, que está ali desde 1954. Hoje conta com o grande auditório, com 2.173 lugares; o pequeno auditório Salvador de Ferrante, com 504 lugares, e o mini-auditório, com 120 lugares. Após conhecer a Praça Santos Andrade, segui pelo Calçadão da Rua XV de Novembro. Ao caminhar por ele, encontrei lugares que marcam a história da cidade. Na esquina com a Rua Presidente Faria está a sede da Associação Comercial do PParaná araná araná. Um pouco adiante, o Edifício Visconde de T aunay Taunay aunay, um dos primeiros prédios a contar com uma passagem ladeada por lojas comerciais, a famosa Galeria Lustoza Lustoza, ligando as ruas XV de Novembro e Marechal Deodoro, muito antes dos shopping centers se tornarem moda. Continuei seguindo, sempre olhando para os lados para observar o comércio, para frente para admirar as figuras humanas e para cima para admirar as belas construções. Na esquina com a Rua

I started my journey along the XV de Novembro Square. In the 19th Street at the Santos Andrade Square century, it was used as a dump and then as shooting ranges (see how Curitiba has grown!), and it is named after José Pereira dos Santos Andrade, state president in 1896. The two main buildings around it are the Univeraraná sidade FFederal ederal do PParaná araná, which was established in December 19, 1912 as a private institution and is considered the oldest university in Brazil, in the sense of a union of colleges; and the Guaíra Theater Theater, which was inaugurated in 1954. Nowadays, the theater has 2,173 seats on its main auditorium, as well as 504 seats on its auxiliary auditorium, Salvador de Ferrante, and 120 seats on its mini-auditorium. After I got acquainted with Santos Andrade Square, I walked the pedestrians-only XV de Novembro Street. On the corner of Presidente Faria Street, there is the headquarters of the Associação Comercial do Paraná (Chamber of Commerce of PParaná) araná) araná). Ahead there is the Visconde de TTaunay aunay Building Building, one of the first buildings in the city with a mall, the renowned Galeria Lustoza Lustoza, connecting the XV de November and Marechal Deodoro streets, well before shopping centers became fashionable. I kept walking along, always looking at my sides to observe commerce, ahead to admire the human beings and up to admire the beautiful buildings. On the corner of Monsenhor Celso

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Monsenhor Celso encontrei um belo prédio coberto de ladrilhos portugueses e, um pouco adiante, um local conhecido como Senadinho Senadinho. Sua história é bastante interessante. Conta-se que no início do século XX, o jornal Gazeta do Povo, que então funcionava nessa quadra, estampava as últimas notícias em um retângulo de granito preso à fachada, conhecido como “pedra”, atraindo políticos, jornalistas e intelectuais. Com isso, o local se tornou um ponto de conspirações, conversas e acalorados debates, e que por isso recebeu o apelido de “Senadinho”. Pode-se dizer que o Senadinho precedeu a Boca Maldita, fundada em 1957 na Avenida Luís Xavier, para onde se transferiram os seus antigos freqüentadores.

Street, I found a beautiful building, covered with Portuguese tiles and, a little farther, a place known as the Senadinho Senadinho. Its history is quite interesting. It is said that in early 20th century, the Gazeta do Povo newspaper, which had its headquarters in this block, put the latest news on a granite headstone that was placed on its front, known as “rock,” thus attracting politicians, journalists and intellectuals. Because of this, the place became a place for conspiracies, conversations and heated debates, receiving the moniker “Senadinho” (“Small Senate” in Portuguese). It can be said that the Senadinho preceded the Boca Maldita, which was founded in 1957 at Luís Xavier Avenue, and became the meeting place for the old Senadinho goers.

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Do Centro ao Centro Cívico From Downtown to the Civic Center O Passeio Público pode ser considerado o primeiro parque de Curitiba. Foi inaugurado em 1886, graças ao esforço do Comendador Franco, um barão do mate que transformou um terreno pantanoso às margens do Rio Belém em parque. Até a década de 70, foi o único zoológico da cidade. Hoje abriga pequenos animais, em meio à exuberância da vegetação. Seu portão é cópia fiel do que existiu no Cemitério de Cães de Paris. Endereço: Entre a Avenida João Gualberto e as ruas Presidente Faria, Carlos Cavalcanti e Luiz Leão, Centro. Idealizado no início dos anos 40, o Centro Cívico reúne os poderes executivo (Prefeitura Municipal de Curitiba e Governo do Estado) Legislativo (Assembléia Legislativa) e Judiciário (Tribunal de Justiça e Tribunal de Contas). O lugar foi inspirado nos civic centers americanos - Washington é um exemplo deles - para ser um marco das comemorações do centenário de Emancipação Política do Paraná, em 1953, mas só ficou pronto alguns anos depois. Apesar de estar no território do Centro um de seus marcos é a Praça Dezenove de Dezembro e seu Homem Nu Nu, escultura do artista Erbo Stenzel, que retrata um homem sem qualquer veste caminhando

The Passeio Público (“Public Promenade” in Portuguese) can be considered Curitiba’s first park. It was inaugurated in 1886, thanks to the efforts by Comendador Franco, one of the maté barons that turned a swamp on the banks of the Belém River into a park. Until the seventies, it was the city’s lone zoo. Currently, it presents small animals, amidst luscious vegetation. Its gate is a copy of the one at the Dog Cemetery in Paris. Address: between João Gualberto Avenue and the Presidente Farias, Carlos Cavalcanti and Luiz Leão streets, Downtown. The Civic Center Center, which was designed in the early forties, is the location where all the state and city powers are gathered: the Executive power (both City Hall and State Governor’s Office), Legislative (State Assmbly), and Judiciary (Court of Justice and the General Accountant’s Office). The location was inspired by American civic centers – Washington being a good example of them – as a landmark of the state’s Centennial celebration, in 1953, but it was ready only a few years afterwards. Despite being located –regarding city administration issues – in the downtown district, one of the Civic Center’s most distinguished features is the Dezenove de Novembro Square and its statue of a Naked Man Man, a sculpture by Erbo Stenzel portraying a nude man walking toward the West/

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em direção ao Oeste / Noroeste do estado. Para alguns, ele simboliza o desbravamento do interior do Paraná, na época pouco habitado. Para outros, o Paraná emancipado, sem medo do futuro. Na praça oty também há um painel de PPoty Lazzarotto azzarotto, que retrata a história do Paraná. Atrás do Palácio do Governo, se concentram conjuntos de prédios que abrigam várias secretarias de Estado e o famoso olho de concreto armado, que faz parte do Museu Oscar Niemeyer Niemeyer. Com 17.744,64 metros quadrados de área expositiva potencial, o Museu está instalado em um complexo de 144 mil metros quadrados de área. É uma obra de arte que abriga obras de arte. aulo II ou Bosque Atrás dele, fica o Bosque João PPaulo do PPapa apa que foi inaugurado em dezembro de 1980 para marcar a visita do Papa João Paulo II a Curitiba. O local onde hoje está o parque era a antiga chácara de floresta com araucária preservada por Júlio Garmatter, que também tinha nos seus arredores a fábrica de velas Estearina. A primeira casa de troncos que acolheu o Papa com pão e sal em 1980 foi transformada em capela, em honra à padroeira da Polônia, a Virgem Negra de Czestochowa. As demais compõem o museu ao ar livre, em forma de aldeia polonesa. Cada uma guarda um pouco da cultura polonesa e de seus imigrantes.

Northwest. For some, the statue symbolizes the exploration of the upstate, which at that time had few inhabitants. For others, it symbolizes an emancipated Paraná, without any fear of the future. In the square there is also a panel designed by local artist PPoty oty LLazzarotto azzarotto azzarotto, portraying the history of the state. Behind the State Governor’s Palace, there is a series of buildings hosting several state secretaries, and the famous eye made of concrete, part of the Oscar Niemeyer Museum Museum. With 17,744.64 square meters of exhibition area, the museum is located in a 144,000 squaremeters-area. It is a work of art sheltering works of art. aulo II Grove Right behind it there is the João PPaulo Grove, or Pope’s Grove Grove, which was inaugurated in 1980 to mark Pope John Paul II’s visit to Curitiba. The place where the park is located used to be an old estate owned by Júlio Garmatter which also had a candle industry next to it. The first log cabin, in which the Pope was welcomed with salt and bread in 1980, was turned into a chapel honoring the patron saint of Poland, the Black Virgin of Czestochowa. The other cabins are part of an outdoors museum in the shape of a Polish village. Each one keeps a little of the Polish culture and that of its immigrants.

Endereço: R. Mateus Leme / R. Vieira Santos / R. José C. Cortes / R. Wellington Oliveira Viana, Centro Cívico. Address: Mateus Leme Street / Vieira Santos Street / José C. Cortes Street / Wellington Oliveira Viana Street, Civic Center. 61

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Jardim Botânico

Botanical Garden

Antes de se tornar um dos cartões-postais mais conhecidos de Curitiba, o local onde hoje está o Jardim Botânico tinha outro nome: Mato dos Francos, uma grande área que pertencia a Antônio Martins Franco, um dos moradores mais antigos do bairro Capanema, hoje Jardim Botânico. Parte desse matagal foi preservada, e ali ainda podem ser encontrados pinheiros do Paraná, imbuias, cedros, aroeiras, pitangueiras e até animais nativos, como saracuras, gambás, ouriços, sanhaços e canários-da-terra. Em 1992 foi inaugurada sua maior atração: uma estufa em ferro e vidro, inspirada no Palácio de Cristal que existiu em Londres, na Inglaterra. Esta estufa é cercada por um jardim todo feito em desenhos geométricos, formados pelos canteiros triangulares dos jardins franceses. O imenso espaço, abriga também o Museu Botânico Municipal. Quem dá o nome à área é a engenheira Francisca Maria Garfunkel Rischbieter, falecida em 1989, e que ficou marcada como uma das pessoas que mais defendeu o respeito ao bom planejamento urbano em Curitiba. Endereço: Rua Engº. Ostoja Roguski, s/n, Jardim Botânico.

I started the trip at the Jardim Botânico which, before becoming one of Curitiba’s most well known postcards, had another name: Mato dos Franco (Franco Woods), a large area belonging to Antônio Martins Franco, one of the earliest residents in the Capanema neighborhood, also known today as Jardim Botânico. Part of the forest was preserved, and in there remaining patches of the original forest coverage can be found, with Paraná pines, Brazilian walnuts, cedars, aroeiras, and Surinam cherry trees, as well as native animal species such as opossums, hedgehogs, the Greynecked Wood-Rail, tanagers, and saffron finches. In 1992, its main attraction was inaugurated: an iron-andglass greenhouse inspired by the Crystal Palace in London, England. The greenhouse is surrounded by geometrical gardens in the shape of triangles like those in France. The area also shelters the Municipal Botanical Museum. The area was named in honor of Francisca Maria Garfunkel Rischbieter, an engineer who died in 1989 and was renowned for advocating good urban planning practices in Curitiba. Address: Rua Engenheiro Ostoja Roguski, Jardim Botânico.

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Museus Museums

Curitiba possui alguns museus de importante acervo histórico, arqueológico, etnológico e artístico. Alguns tombados pelo IPHAN. Nesta página você encontra fotos e referências de alguns desses museus.

Museu Paranaense

Curitiba presents several museums with important historical, archeological, ethological, and artistic patrimony. Some of them are enrolled in the historical registry. In this page, you will find pictures and references about these museums.

Reúne um grande acervo que resume a história do Paraná. Uma das suas atrações é uma maquete representando a cidade de Curitiba no ano de 1876. Rua Kellers, 289, Alto São Francisco. 41 3304-3300. De terça a sexta das 9:30h às 17:30h. Sábado e domingo das 11h às 15h. Ingresso R$ 2,00. Estudantes e maiores de 65 anos R$ 1,00. Crianças até 10 anos não pagam. Aos sábados a entrada é gratuita para todos.

Museu Oscar Niemeyer

Com cerca de 17.000m2, lembra um grande olho e por si só é uma obra de arte. Apresenta sempre excelentes exposições. Rua Marechal Hermes, 999, Centro Cívico. 41 33504400. De terça a domingo, das 10h às 18h. Entrada R$ 4,00 e R$ 2,00 (estudantes identificados). Crianças até 12 anos e adultos maiores de 60 anos não pagam.

Casa Andrade Muricy

Está situada em um prédio de estilo eclético, construído em 1926 e tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Estado. Apresenta exposições e eventos. Alameda Dr. Muricy, 915, Centro. 41 3321-4744 cmuricy@pr.gov.br. Exposições de terça a sexta, das 10h às 19h e sábados, domingos e feriados, das 10h às 16h.

Paranaense Museum It has a great patrimony that sums up the history of Paraná. One of its main attractions is a scale model depicting Curitiba in 1876. Rua Kellers, 289, Alto São Francisco. 41 3304-3300. Tuesdays to Fridays from 9:30 A.M. to 5:30 P.M. Saturdays and Sundays from 11 A.M. to 3 P.M. Admittance: R$ 2.00. Students e senior citizens over 65 years of age: R$ 1.00. Children up to 10 years of age do not pay admittance. On Saturdays, admittance is free of charge for everyone.

Oscar Niemeyer Museum

At an area of around 17,000 square meters, it reminds one of a huge eye and is a work of art in itself. It always presents excellent exhibitions. Rua Marechal Hermes, 999, Centro Cívico. 41 3350-4400. Tuesdays to Sundays, from 10 A.M. to 6 P.M. Admittance: R$ 4.00 e R$ 2.00 (students with identification). Children up to 12 years of age and senior citizens over 60 are free of charge.

Andrade Muricy House

Casa da Memória Possui um grande acervo de fotos, documentos e livros antigos sobre a cidade. Rua São Francisco, 325, Largo da Ordem. 41 3322-1525 ramal 2236. De segunda a sexta das 9h às 18h.

It is locates in a building of eclectic style, built in 1926 and registered in the state’s artistic and historical buildings registry. It hosts exhibitions and special events. Alameda Dr. Muricy, 915, Downtown. 41 3321-4744 cmuricy@pr.gov.br. Exhibitions held from Tuesdays to Fridays, from 10 A.M. to 7 P.M. Saturdays, Sundays and holidays, from 10 A.M. to 4 P.M.

House of Memory

It has a great collection of pictures, documents and old books about the city. Rua São Francisco, 325, Largo da Ordem. 41 3322-1525 ramal 2236. Mondays to Fridays, from 9 A.M. to 6 P.M.

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Museu do Expedicionário

Expeditionaries’ Museum

Criado em 1946, dedica-se à participação do Brasil e, principalmente dos paranaenses, na Segunda Guerra Mundial. Praça do Expedicionário s/nº, Alto da XV. 41 3362-8231. mexp@pr.gov.br. De terça a sexta das 10h às 12h e das 13h às 17h. Sábados e domingos das 13h às 17h.

It was established in 1946, and is dedicated to the memory of the participation of Brazilian troops, especially soldiers from Paraná, in World War II. Praça do Expedicionário s/nº, Alto da XV. 41 3362-8231. mexp@pr.gov.br. Tuesdays to Fridays from 10 A.M. to 12 A.M. and from 1 P.M. to 5 P.M. Saturdays and Sundays from 1 P.M. to 5 P.M.

Além de manter exposições permanentes de João Turin, um dos pioneiros da escultura no Paraná, a casa promove exposições temporárias de artistas, escultores e projetos de interação museu/escola. Rua Mateus Leme, 38, Largo da Ordem. 41 32231182 / 3323-5715. De segunda a sexta das 9h às 18h e aos sábados e domingos das 10h às 16h.

Besides hosting permanent exhibitions of the works by João Turin, one of the pioneer sculptors in Paraná, the house also hosts temporary exhibitions by artists as well as museum-school interaction projects. Rua Mateus Leme, 38, Largo da Ordem. 41 32231182 / 3323-5715. Mondays to Fridays from 9 A.M. to 6 P.M. Saturdays and Sundays from 10 A.M. to 4 P.M.

Espaço dedicado à memória, às artes e à cultura de Curitiba. Rua Claudino dos Santos, s/nº, Largo da Ordem. 41 3321-3263. De terça a sexta das 9h às 18h. Sábados, domingos e feriados das 9h às 15h.

It is a space devoted to the memory, the arts and culture of Curitiba. Rua Claudino dos Santos, s/nº, Largo da Ordem. 41 3321-3263. Tuesdays to Fridays from 9 A.M. to 6 P.M.. Saturdays, Sundays and holidays from 9 A.M. to 3 P.M.

Expõe e preserva a obra de Alfredo Andersen. Também organiza exposições temporárias de seus discípulos. Rua Mateus Leme 336, Centro. 41 3222-8262. De terça a sexta, das 9h às 18h e aos sábados e domingos das 10h às 16h.

Hosts permanent exhibitions of the works of Alfredo Andersen. It also hosts temporary exhibitions by his disciples. Rua Mateus Leme 336, Downtown. 41 3222-8262. Tuesdays to Fridays, from 9 A.M. to 6 P.M. Saturdays and Sundays from 10 A.M. to 4 P.M.

Possui várias peças que contam a história ferroviária do Paraná, dentre elas uma Maria Fumaça. Avenida Sete de Setembro, 2775, Rebouças. 41 2101-9202. De terça a domingo, das 12h30 às 20h30.

It presents several pieces that tell the railroad history of Paraná, amongst them a genuine steam train. Avenida Sete de Setembro, 2775, Rebouças. 41 21019202. Tuesdays to Sundays, from 12:30 P.M. to 8:30 P.M.

Casa João Turin

Memorial da Cidade

Museu Alfredo Andersen

Museu Ferroviário de Curitiba

João Turin House

City Memorial

Alfredo Andersen Museum

Railroad Museum of Curitiba

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Arte e Artesanato Art and Craftwork

Curitiba tem cerca de 30 feiras de arte e artesanato. A mais famosa delas é a Feira do Largo da Ordem, que acontece todos os domingos pela manhã, recebendo cerca de 18 mil visitantes. Ali se encontra tudo o que precisamos e o que imaginávamos não precisar para casa ou para si mesmos. Muitos trabalhos utilizam o pinheiro como tema, árvore símbolo tanto de Curitiba, quanto do Paraná ou a influência da reciclagem muito difundida na cidade a partir dos anos 90. Outros são inspirados na influência e ensinamento das etnias que colonizaram a cidade, apresentando trabalhos e técnicas São ensinamentos que passaram de geração para geração. Além das feiras, as Lojas Leve Curitiba, da Prefeitura Municipal, e Feito Aqui, da Provopar também são bons lugares para encontrar a arte e o artesanato de Curitiba e do Paraná.

Curitiba has 30 fairs of arts and crafts. The most renowned of them is the Largo da Ordem Fair, which takes place every Sunday morning and is visited by around 18,000 people every Sunday. It is there that we are able to find everything we need or that we imagined not need for our homes and ourselves. Several pieces use Paraná pine-related themes, since the tree is the symbol of both the city and the state, or recycling-based artifacts, since the city has been famous for its recycling programs since the ’90s. Other artifacts are inspired by the traditions of the ethnic groups that colonized the city, representing craftsmanship and techniques used by them. This is knowledge that is passed on throughout generations. Besides the fairs, stores such as the Leve Curitiba, which is run by the city administration, and the Feito Aqui, which is run by Provopar, are also good places to find arts and crafts from the city and the state. Por seus traços retos e toscos, Poty Lazzarotto, curitibano do antigo bairro Cajuru, atual Cristo Rei, se marcou como um dos grandes artistas brasileiros do século XX. Because of his primitive style of drawing and illustrating, Poty Lazzarotto, who was born in Curitiba and lived most of his life in the Cajuru borough, currently Cristo Rei, established himself as one of Brazil’s greatest 20th century artists.

Hélio Leites é um dos mais criativos artistas curitibanos. Misturando literatura, artes plásticas, teatro e muita criatividade, ele consegue colocar em caixas de fósforo, botões e dezenas de outros suportes histórias que normalmente usariam muitas páginas de um livro. Hélio Leites is one of the most creative artists in Curitiba. Mixing literature, art, theater and a lot of creativity, he is able to assemble stories that otherwise would occupy several pages of a book, using materials such as match boxes, buttons, and several other types of bases.

Efigênia Ramos Rolim é uma das artesãs mais conhecidas da cidade. Ex-moradora de rua, começou sua arte juntando os papéis de bala que encontrava nas ruas. É uma verdadeira artista da reciclagem, pois a matéria-prima de seu trabalho é tudo o que normalmente as pessoas caracterizam como lixo. Efigênia Ramos Rolim is one of the city’s most well known artisans. A former homeless, she started her artist work using candy wrappings that she found on the streets. She is a true recycling artist, for the raw material of her work is everything that people usually classify as trash. 88

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A marchetaria é a arte de aplicar peças recortadas de madeira ou outro material numa obra de marcenaria, formando desenhos. Aqui vemos o trabalho de Gedeão Reynaud. Machettery is the art of applying cut out pieces of wood or other material on a carpentry work, forming pictures. Here is the work of Gedeão Reynaud.

Entalhes em nó de pinheiro com aplicação de cerâmica, produzidas por Lídia Lapchenski. Carvings in pine tree knots with ceramic applications, produced by Lídia Lapchenski.

Lápis Artesanais. Criados e desenvolvidos pelo artesão Orlando P. de Souza desde 1983. A madeira utilizada é lixo florestal (podas). O giz-decera é atóxico, feito com matéria-prima natural. Artisan pencils. They have been created and developed by Orlando P. de Souza since 1983. The wood he uses comes from garden trimmings. The color strip is nontoxic, made of natural substances.

Trabalho de pirografia feito em galho de Araucária, produzido por Heraldo Cardoso Finger. Pyrography work on a branch of Paraná pine, produced by Heraldo Cardoso Finger.

Gravuras com temática ucraniana aplicadas na madeira. Família Malhovano. Engravings using Ukrainian themes applied on wood. Malhovano Family. Imagens sacras produzidas em papel marchê. Criação de Maria Helena Martins e Elise Dolabela. Sacred images produced with papier-mâché. Created by Maria Helena Martins and Elise Dolabela. Pêssankas. Tradição ucraniana. Pessankas (traditional Ukrainian Easter eggs).

Abajur com bordado em tela, produzido por Alice Solda. Embroidered lampshade produced by Alice Solda.

Boneco Cata-vento. Obra produzida em madeira por Francisco dos Santos. Windmill doll. Work made of wood by Francisco dos Santos.

Feira de artesanato de domingo, no Largo da Ordem. Arts and crafts street fair on Sundays, at Largo da Ordem. 89

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